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The (never) end(ing) game
First half On this field I have played and I have lost Felt the taste of glory, a hint of hue Even with the red warning in sight Or especially because of it Because the best players know To love is to fear the loss And then, I was interrupted
Second half I remain in black and white gloom To love is to feel it too As I lift my head up and say: Yet I will wait with patience and hope In this suffering, I equally shall Be interrupted once again
For as many rounds as it takes
RNF
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Já não sei mais o amor e também não sei mais nada. Amei os homens do dia suaves e decentes esportistas.
Amei os homens da noite poetas melancólicos, tomistas, críticos de arte e os nada.
Agora eu quero um amigo. E nesta noite sem fim confiar-lhe o meu desejo o meu gesto e lua nova.
Os que estão perto de mim não me veem… Estende a tua mão. Ficaremos sós e olhos abertos para a imensidão do nada.
Hilda Hilst
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Para B.
The architects of time and space have drafted a winding script scattered with fragments of stitch prayers and tiny rituals I now practice every forthnight
Well, I'm a seamstress myself and as I sew what-ifs upon what I was It fills me up and mends you whole through the subtile pathways between your fingers and my mind
A kiss on the nape of your neck is the key to unlock and see the hidden corners I kept lost to the draftsmen's plans but so easily navigated by me
RNF
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Letter from Vincent van Gogh to Theo van Gogh, The Hague, 21 July 1882
[text ID: Though I am often in the depths of misery, there is still calmness, pure harmony and music inside me.]
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(be)longing
I'm so alone as one could be Shadows now are something else bigger than the silhouette of a tree I run and seek for you, for them, for him and all I can find is me I look back, I give in to mad, I, I, I suppose now I'm free Reflection in the mirror is now something else Locked in my mind freeloading against myself, One could say I feel small, but I'm so big I keep bumping into a wall And I do not climb mountains anymore only to ascend skyscrapers that aren't high enough The paychecks I get, the elevators I get… none of it pays it off All I feel is the urge to cuddle in a nest, lay in my mother’s lap, crawl into gramma’s bed Back and forth so many times to the sacred places I once called home, I don't how to name them now Coming back is going there or coming here? I guess the only place I can rest is in me
RNF
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"Clara deixava-se conduzir com uma doçura que não era imbecilidade, mas distração, (...)."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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"Não poderia imaginar que aquela mansão solene, cúbica, compacta e pretensiosa, instalada como um chapéu sobre seu contorno verde e geométrico, acabaria por encher-se de protuberâncias e conexões, de múltiplas escadas tortas que conduziam a lugares indefinidos, de torreões, de postigos que não se abriam, de portas suspensas sobre o vazio, de corredores sinuosos e de pequenas janelas que ligavam os quartos para as conversas na hora da sesta, de acordo com a inspiração de Clara, que a cada novo hóspede que precisasse instalar mandaria fazer outro quarto em qualquer parte e, se os espíritos lhe indicassem que havia um tesouro oculto ou um cadáver insepulto nos alicerces, derrubaria uma parede, até transformar a mansão num labirinto encantado impossível de limpar, que desafiava numerosas leis urbanísticas e municipais."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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"Clara passou a infância e entrou na juventude sem ultrapassar os muros de sua casa, num mundo de histórias de encantamento, de silêncios tranquilos, em que o tempo não se marcava pelos relógios nem pelos calendários, e os objetos tinham vida própria, as aparições se sentavam à mesa e falavam com os humanos, o passado e o futuro faziam parte da mesma coisa, e a realidade do presente era um caleidoscópio de espelhos desordenados em que tudo podia acontecer. (...) Clara habitava um universo criado para ela, protegida das inclemências da vida, se confundiam a verdade prosaica das coisas materiais e a verdade tumultuada dos sonhos, onde nem sempre funcionavam as leis da física ou da lógica."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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"Trueba continuou cultivando seu prestígio de valentão, semeando a região de bastardos, colhendo ódio e armazenando culpas que não o atingiam, porque se lhe havia curtido a alma e aplacado a consciência sob o pretexto do progresso."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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"Cuidara dele e servira a ele como fazia agora com a mãe e também o envolveu na rede invisível da culpabilidade e das dívidas de gratidão não pagas."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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A ditadura de Pedro Álvaro Sánchez
Os momentos que antecederam o início da ditadura transpareciam normalidade e qualquer desvio era lido como uma excepcionalidade necessária para que se concretizasse a Revolução com a qual muitos jovens haviam sonhado, dentre eles, Rosário Fiorella. Já são anos suportando a opressão do capitalismo, pensava Rosa, algo há de acabar com o lascivo privilégio de classe dissimulado de liberdade, clamava Rosa. Ainda não sabia naquela época que as suas súplicas fantasiosas soaram como um apito para que viesse até ela o falso arauto revolucionário e salvador de todas as suas dores, também conhecido como Capitão Pedro Álvaro Sánchez. Ela não sabia naquela época que a sua missão pública e de uma vida para com a sua comunidade seria interrompida.
Rosa era uma burocrata com contundente espírito republicano e estava sempre cercada de pares. Na repartição onde trabalhava não eram admitidos retratos de governantes ou cruzes penduradas nas paredes. Todos tomavam café de questionável qualidade que se obtinha por meio das licitações públicas e compartilhavam responsabilidades que, apesar de por muitos serem vistas como enfadonhas, mantinham em funcionamento toda a ordem pública da Província de Costaverde. A rotina só era interrompida às quintas-feiras à noite, quando Rosa e seus colegas burocratas se reuniam para tomar cerveja, ouvis vinis e discutir ideias de desígnios para Província que eram sonhadas com criatividade que geralmente não se espera de meros manejadores de carimbos. Numa dessas noites é que tomou palco um acontecimento que marcaria para sempre a vida de Rosa, mas que passou absolutamente despercebido por todos que ocupavam o local: a aparição de Pedro.
Desde então os dias de todos na Província de Costaverde eram preenchidos por acontecimentos pouco impressionantes, menos os de Rosa, que se deixava continuamente sobressaltar pela inventada altivez do Capitão Pedro Álvaro Sánchez. Ela agora encontrava-se oscilando entre o dever cívico e o fascínio por um homem que prometia mudanças radicais. Esse Capitão, com sua aura de revolucionário, parecia arrancar cada página de um livro nunca escrito sobre a verdadeira liberdade, uma mistura de ideais tão vívida quanto os relatos mágicos de García Márquez.
Assim é que Rosa passou a faltar algumas reuniões de quinta-feira para conhecer melhor o Capitão Pedro e logo tomou conhecimento que ele e seus colegas planejavam uma Revolução mais abreviada que as reformas sonhadas pelos burocratas. Parecia que daria certo, pois Pedro tinha o espírito resoluto e estava rodeado por pessoas que o respaldavam, entre eles as mulheres mais competentes e o melhor cozinheiro da Província.
Com a ajuda de Rosa, Pedro assumiu a chefia pública da Província. Ele manteve a repartição na qual Rosa costumava trabalhar, mas sempre a criticou; dizia buscar os mesmos ideais republicanos, mas sempre alguma fatalidade - inexplicável para o público, mas muito conveniente para os seus interesses particulares - colocava à frente o interesse de grandes corporações. Mesmo para uma apaixonada e idealista como Rosa passou a ser impossível evitar o abismo da constatação de que Pedro utilizava os ideais da Revolução apenas para dar ares míticos à sua própria repugnância e que aos poucos ele pretendia desaparelhar a burocracia e corromper a República. Um rompimento imediato não foi possível, entretanto. No dia em que Rosa flagrou pessoalmente as inclinações capitalistas do Capitão, ele pela primeira vez lhe entregou a tão desejada carta de infinidade: “eu te amo”, naquele momento, foi suficiente. Como era típico de grandes revoluções apaixonadas, o ideal político passou a dividir uma fronteira não delimitada com sentimentos entre companheiros.
Rosa logo aprendeu que fascínio e desilusão podem coexistir ao mesmo tempo. Quando temporariamente descia ao reino da razão, tinha rompantes de raiva e, ao mesmo tempo em que era encorajada por Pedro a ser uma mulher forte, só tinha as suas reações validadas se elas não extrapolassem os limites que ele admitia por meio de rol exaustivo estabelecido num de seus decretos autoritários. Passavam-se semanas para um novo olhar ser dado até que um novo perdão provisório era concedido. Pedro mandava plantar um mar de girassóis nas rotatórias da cidade e esconder chocolates onde Rosa pudesse neles tropeçar, então a docilidade era reestabelecida.
Apesar disso, as insurgências de Rosa não podiam mais ser toleradas, sobretudo porque agora elas se voltavam não apenas contra o projeto político e econômico que Pedro imprimia na Província de Costaverde, mas porque passaram a atingir também a imagem pessoal e o ego daquele líder autocentrado. Foi imediata a tomada de providências por Pedro, que expulsou Rosa de sua vida e deu à comunidade uma desculpa diplomática.
Foi inevitável para a Rosa sentir culpa. Afinal de contas, traiu seus ideais republicanos por uma tentativa de projeção de autoritarismo masculino autocentrado. Exilou-se, então, numa metrópole cinza e distante da Província de Costaverde. A hostilidade de seu novo lar era o merecido castigo que ela suportava por ter entregado as chaves do seu oásis para aquilo que sequer chegava a ser um homem, pois ele tinha seus contornos superlativos projetados por ela.
Por vezes Rosa retorna à sua terra natal e a cada viagem foi percebendo que restava ainda mais uma revelação que até então não havia compreendido: apesar de tudo, Pedro não foi nocivo para a Província e para suas repartições públicas. Desde que fora elevado por Rosa ela imaginava que o Capitão governava plenamente, mas a verdade é os funcionários públicos – até mesmo aqueles que se diziam ser seus aliados – colocavam sobre sua mesa falsos memorandos. Assim que assinados, eles eram queimados numa fogueira que era acesa toda noite ao lado de fora da casa de Pedro enquanto todos se secretamente riam do pretenso governante. Pedro, embebido da dissociação típica daqueles que precisam viver uma realidade alternativa para sentir autorrealização, achava graça que sob o seu comando estava tão feliz o corpo burocrático.
Finalmente Rosa Fiorella compreendeu que o território dominado por Pedro não era tão vasto ela imaginava. Na realidade, entendeu que foi alvo de censura pelo Capitão porque ele jamais suportaria ver a sua única súdita perceber que ele, na verdade, governava um cercadinho. É justo reconhecer, entretanto, que era verdadeiro o mar de girassóis plantados para ela por uma ordem de Pedro e que Rosa até hoje cultiva para nunca se esquecer que figuras míticas são patéticas e pretensões de eternidade são fugazes.
RNF
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Ementas de São Paulo, II, Chuvas de verão
Naquela noite a chuva caía com fúria, desafiando de forma irônica o contínuo e supostamente invencível fluxo de caos paulistano. Refugiada num prédio, ela pensava que tamanho era o volume de água que seria possível criaturas aquáticas emergirem dos bueiros para voar entre os arranha céus da Avenida Paulista. Isolada em seu refúgio de concreto e devaneios de realismo mágico, contemplava o delírio aquático que se desenrolava diante de seus olhos e sentia a impotência de quem se vê aprisionada. A cidade de São Paulo, com suas artérias inundadas e seus habitantes noturnos emergentes, parecia reivindicá-la.
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Para B.
A highway is between us, and yet I’m in a haze inhaling our smokissing It was all settled, now reboot and reset The man in black is the one I’m reminiscing
A highway is between us, and yet Today’s morning sun felt like his hazel eyes Do not think about it or go white mad Little mice Fel into the maze from Copan’s heights
A highway is between us, and yet The bitter in my mouth tastes like sweet His jokes echoe with a warning red And I write this poem in cold concrete
RNF
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Virginia Woolf, A Room of One’s Own [originally published 1929]
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"Era ainda uma bela mulher, de formas generosas e rosto ovalado de madona romana, mas sua pele pálida com reflexos de pêssego e seus olhos cheios de sombras já insinuavam a fealdade da resignação."
Isabel Allende - A casa dos Espíritos
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"Iam de luto, silenciosos e sem lágrimas, como convém às normas de tristeza num país habituado à dignidade da dor."
Isabel Allende - A Casa dos Espíritos
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