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A definição de morfossintaxe de acordo com o dicionário é:

1. O nível da estrutura ou da descrição linguística que engloba a morfologia (estudo das formas) e a sintaxe (regras de combinação que regem a formação de frases).

2. É a parte da gramática que estuda os morfemas gramaticais relativamente à sua função sintática

Stauchuk, para facilitar o entendimento da morfossintaxe nos diz que a língua funciona morfossintaticamente, onde há dois eixos. O eixo paradigmático e o eixo sintagmático.

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Esta prática de ensino funciona da seguinte forma:

● EIXO PARADIGMÁTICO = MORFOLOGIA. É a seleção de palavras que escolhemos ao montar uma frase/oração.

● EIXO SINTAGMÁTICO = SINTAXE. É a organização das palavras selecionadas para que haja sentido.

Ao observar estes eixos, temos:

EIXO PARADIGMÁTICO : Estuda as palavras separadamente, analisando assim a qual classe gramatical pertence.

EIXO SINTAGMÁTICO : Estuda a frase/oração já pronta, analisando assim o sentido da frase/oração. E quando ambas as áreas são estudadas em conjunto temos a morfossintaxe.

No post a seguir, veremos as definições e exemplos das dez classes gramaticais existentes.

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As dez classes gramaticais

Substantivo: Palavras que nomeiam as coisas, os seres, os lugares. Podem ser flexionados em "gênero", "número" e "grau". Gramaticalmente, substantivo é qualquer palavra que nomeia tudo que existe. É tudo que dá nome aos seres, a tudo que você vê, ouve, sente ou imagina. Ex.: casa, avião, grito, música, felicidade, amor etc. Qualquer palavra pode ser substantivada. Para tanto basta precedê-la de um artigo. Ex.: O não é uma palavra cruel. (advérbio substantivado). O amar e o odiar não conhecem limites. (verbos substantivados).

Adjetivo: Palavras que caracterizam ou qualificam os substantivos. Podem ser flexionados em "gênero", "número" e "grau". Adjetivo é toda palavra que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito, estado, condição, etc. Ex.: homem bom (qualidade), menino traquina (defeito), moça feliz (estado), família rica (condição).

Verbo: Palavras que indicam uma ação, estado, ocorrência ou um fenômeno. Podem ser flexionada em “número”, “voz”, "pessoa", "modo", "tempo" e "aspecto". Os verbos são classificados quanto à Conjugação (primeira, terminados em ar; segunda, em er; terceira, em ir), Semântica (transitivos, intransitivos, impessoais e verbos de ligação) e ainda quanto à Morfologia (regulares e irregulares, nos quais incluem os verbos anômalos, defectivos e abundantes). Os verbos podem ser flexionados em Pessoa (primeira, segunda e terceira), Número (singular ou plural), Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), Tempo (presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito) e Voz (ativa passiva ou reflexiva).

Pronome: Palavras que substituem, acompanham, determinam ou modificam alguns substantivos nas frases. Podem ser flexionados em "gênero", "número" e "pessoa". Pronome é a classe de palavras que substitui o substantivo (nome). Tem a finalidade de indicar a pessoa do discurso ou situar no tempo e espaço, sem utilizar o seu nome. Pronome substantivo é aquele que desempenha a função de substantivo. Exemplo: Ela é minha convidada. Pronome adjetivo é aquele que acompanha ou modifica um substantivo. Exemplo: Minha caneta é azul, aquelas canetas são azuis.

Advérbio: Palavras que alteram um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São invariáveis, mas alguns advérbios podem ser flexionados em "grau". Advérbio é toda palavra invariável que acompanha o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, modificando o seu sentido. Exemplo: Cheguei cedo. Esse carro é muito bom. Ele estava muito bem. São dois os graus do advérbio: comparativo e superlativo: O grau comparativo pode ser de igualdade: Ele chegou tão cedo quanto o colega. De superioridade: Ele chegou mais cedo que o colega. De inferioridade: Ele chegou menos cedo que o colega. O grau superlativo pode ser analítico: a indicação de aumento de grau é feita por outro advérbio: Cheguei muito cedo, O grau superlativo sintético: a presença de sufixo indica o grau: Cheguei cedíssimo.

Artigo

: palavras que antecipam o substantivo. Podem ser flexionadas por gênero (masculino e feminino) e número (singular ou plural)

Portanto, fazem parte da coesão de um texto ou uma frase, ou seja, são princípios fundamentais para a construção das escritas.

Existem dois tipos o artigo definido : aquele que define o substantivo, sendo ele, objeto, lugar ou pessoa e o artigo indefinido : aquele que indetermina ou imprecisa uma pessoa, objeto ou lugar.

Artigo definido:

O ——— ( gênero masculino/número singular)

A ———(feminino /singular)

Os———(masculino/plural)

As———(feminino/plural)

Exemplo: O menino gosta de estudar

A menina gosta de dançar

Os carros estão engarrafados

As praças estão floridas

Artigo indefinido:

Um———(masculino/singular)

Uma———( feminino/singular)

Uns———(masculino/plural)

Umas———(feminino/plural)

Exemplo: Um dia iremos ganhar

Uma certa tarde saímos para passear

Uns meninos vieram me chamar

Fui ao mercado fazer umas compras.

Numeral: palavras que determinam  termos numéricos, número exato, quantidade de pessoas, objetos, coisas, lugar ou a posição de uma série.

Existem 5 tipos de numerais:

Cardinais: aqueles que de forma b��sica dos números (1,2,3...) determinam quantidade e alguns deles variando de gênero (um-uma, dois-duas) ou em número (milhão-milhões, bilhão- bilhões)

Ordinais: aqueles que determinam a ordem de uma sequência e de séries, seja de seres, coisas, objetos ( primeiro, segundo, terceiro...) alguns deles possuem o valor de adjetivo sendo flexionados por gênero e número Exemplo: primeiro-primeira, terceiro-terceira.

Fracionários: aqueles que determinam as proporções numéricas exemplos as frações  ¼ ( um quarto sobre quarto )

Coletivos: definição de um conjunto de seres determinados por números exatos por exemplo dúzia ( conjunto de 12) dezena ( conjunto de 10). Flexionados por gênero e número

Multiplicativos:   Determina o aumento da quantidade através de múltiplos dando uma característica a um conjunto de seres. Por exemplo: dobro, triplo..

Numerais substantivos:  numerais multiplicativos que podem substituir substantivos. Exemplo: fizeram o dobro do trabalho e conseguiram o triplo de produção.

Numerais adjetivos:  são os 5 tipos de numerais que modificam o substantivo os adjetivando.

 exemplo: essa roupa é de segunda.

Preposição: palavra que aproxima dois termos da oração. Também chamados de conectores

Tipos de preposição:

Lugar: O avião veio do Rio de Janeiro

Modo: os mantimentos eram separados em fileira

Tempo: por dois anos ela morou aqui

Distância: A dez quilômetros daqui tem uma rodovia

Causa: com a pobreza, as pessoas morrem de fome

Instrumento: Ele cortou a árvore com a Serra elétrica

finalidade: A casa foi enfeitada para a festa.

Conjunção: liga duas orações ou duas palavras relacionando entre elas o mesmo valor gramatical.

Exemplo: Ela dança balé e hip Hop (dois termos semelhantes)

Eu iria ao zoológico, mas estou sem companhia. (duas orações).

Com base no personagem de Star Wars Mestre Yoda, o post a seguir mostra como aplicar essa matéria em sala de aula

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Morfossintaxe é tanto o estudo individual de uma palavra (morfologia) ou organização estrutura de uma frase (sintaxe). Nesse artigo estaremos focando na parte sintática e algumas peculiaridades dentro do mundo da cultura pop/geek.

Você, leitor, não necessariamente conhece tudo sobre as diversas regras da gramática portuguesa, mas lembra daquela aula na escola quando a professora explicou sobre a ordem que as frases em sua maioria teriam? Vocês provavelmente conseguem associar isso com aquela formulazinha “sujeito +  verbo + complemento”, então é sobre exatamente isso que falaremos nesse artigo.

Apesar do, “sujeito + verbo + complemento” ser ensinado como uma regra em certo período da nossa educação, essa organização sintática é algo implícito nos falantes da língua portuguesa. Agora fica o questionamento, é impossível entender um falante que não obedeça a essa regra? Por exemplo, alguém que se comunique usando “complemento + sujeito + verbo” ou outras variações que não correspondam a nossa.

A cultura pop ou geek, mesmo que sem intenção, fez esse favor a nós linguistas ao criar um personagem um tanto quanto curioso e singular. Esse ícone atingiu uma proporção tão grande, e mesmo que você não faça parte dessa sub cultura, você com certeza já ouviu falar dele.

Yoda, o mestre Jedi. Um alienígena verde ancião e guia do protagonista Luke Skywalker na primeira trilogia da franquia de filmes Star Wars, famoso não apenas pela suas habilidades de combate com sabres de luz e conhecimento sobre a força, mas também por suas frases cômicas em sua primeira aparição no cinema, nas quais, a personagem não se comunica por uma diferente ordem sintática que nós falantes do português.

Como vocês podem ver é possível entender a frase da personagem mesmo que alguns elementos não estejam na ordem da gramática tradicional. Na frase acima a palavra “futuro” estaria no começo da frase obedecendo à regra “sujeito + verbo + complemento”, dessa maneira, “Futuro + está + sempre em movimento.”

É possível entende-lo, porque, a frase constitui uma unidade de sentido, mesmo que, seus elementos estejam alterados. Ou seja, podemos concluir que existem diversos tipos de variações linguisticas que vão do morfológico ao sintático e que é possível haver comunicação, desde que, essas formem uma unidade de sentido.

Por fim, um plano de aula com a mesma abordagem do post anterior:

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Plano de aula

Inicie a aula conversando com os alunos sobre uma das frases do Yoda, pergunte se existe alguma diferente ou mesmo algo de errado na frase, após ele responderem explique o que é ordem direta (Sujeito + Predicado + Complemento). Caso os alunos não conheçam esses elementos, explique-os.

Divida a classe em pares ou trios e utilize essas dez frases do Yoda como exercício para que os alunos as transfiram para ordem direta.

“Aventura. Excitação. Um Jedi anseia não por essas coisas.”

“Poderoso você se tornou, o lado escuro sinto em você."

“Quando 900 anos de idade chegar, tão boa aparência você não terá”

“Paciência você deve ter meu jovem Padawan.”

“O lado negro mancha tudo. Impossível de ver o futuro é.”

“A morte é uma parte natural da vida.  Feliz fique por aqueles que na Força se

transformam. Apego leva ao ciúmes, a sombra da ganância isso é.”

“Verdadeiramente maravilhosa, a mente de uma criança é.”

“Tamanho importa não. Olhe para mim. Você julga a mim pelo tamanho?”

“Seres luminosos somos nós. Não esta matéria bruta.”

“Guerras não faz grande ninguém.”

Dê um tempo limite para que eles terminem de responder e corrija os exercícios de maneira conjunta em sala.

Para ter certeza que o conteúdo foi assimilado, peça aos alunos para criarem suas “frases Yoda”, ou seja, farão o processo inverso, que serão apresentadas na frente da sala pelos próprios. Promova uma competição entre os alunos, onde você, professor, será o juiz. A frase que for mais criativa, engraçada e que estiver correta ganha.

Como lição de casa peça para eles assistirem Star Wars.