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Tua família ocupa espaço imenso no teu coração.

Como posso me deleitar na tua presença como antes fazíamos, se tuas raízes inflam nos momentos de contenda? Chiara, lembro dos prazeres intelectuais que compartilhamos, das manhãs e noites de confidências, das ligações demoradas e despretensiosas que roubavam horas do relógio e enchiam nossas cabeças de lembranças mútuas. Uma concordância que antes era palpável, mas que agora, verbalizada por você, me nomeava como presente em algo não planejado, eterno e necessário.

Você me fez pertencer. Pertencer ao teu mundo. Me fez querer girar na tua órbita e, de fato, comecei a girar. A pensar sempre em você.

A te querer todos os dias, mas principalmente à noite, quando a nostalgia e a ilusão do “tudo é possível” te traziam para minha cama. Eu, no teu colo, no meu quarto, na minha casa, em mim. Me enlouquecia com os momentos de amor que imaginei e com a memória do toque das tuas digitais na minha nuca, no queixo, na cintura, no meu cabelo, no monte de Vênus.

Chiara, a nossa conexão, a inteligência partilhada, a possibilidade de um “nós” existir fisicamente… é como se estivéssemos fazendo amor por telepatia nesse instante. Eu amo esse universo particular que criamos.

Mesmo sabendo do outro sistema solar que você construiu primeiro, sempre alimentei a ilusão de ter você pra mim. Achei que pudéssemos desafiar convenções, o mundo. Acreditei que seria escolhida, vista, notada como a mulher de sorte ao teu lado. Que poderia conviver com teus filhos, estar nos almoços de família, passar tardes contigo jogadas no sofá — planejando a semana seguinte ou apenas reclamando dos vizinhos novos.

Eu te amo. E sei que você me ama.

Sei que existe um “nós” aqui e em qualquer lugar.

Marcamos a vida uma da outra, corrigimos nossos relógios na direção da possibilidade de existir e de nos completar.

No entanto, hoje percebi: o outro sistema solar ainda vive em você. E contra isso eu jamais poderia lutar. Contra toda essa vida que veio antes de mim e de nós. Contra quem te habitou primeiro.

No momento difícil dele, sei que tua principal qualidade fala mais alto.

Cuidar. Segurar. Proteger.

Primeiro plano.

Está aqui. Está lá.

Tua família ocupa espaço imenso no teu coração.

E eu respeito isso. E te entendo.

Te amo daqui, enquanto você ajusta os ponteiros de um luto no teu antigo sistema solar.

Eu te amo.

Lorrane 04/09/2025

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Te quero...

Te quero. Te quero com ternura. Te quero com a calma de quem esperou por esse momento — e por esse amor — a vida inteira. Te quero como a certeza de que uma escolha bem feita é como colher bons frutos. Te quero com simplicidade. Com afeto. Te quero por puro delírio. Te quero à margem das convenções sociais. Te quero dia após dia, lado a lado. Te quero por ser força, norte, certeza, passo firme. Te quero por ser minha chance de ser feliz. Te quero pelo que construímos — mesmo sem termos consciência da tentativa. Te quero porque foi natural. E imprevisível. Te quero porque você ultrapassou minha epiderme, tocou a artéria mais cálida, entrou na minha corrente sanguínea e escolheu viver na minha mente e no meu coração. Te quero pela construção. De nós. Te quero porque, sem querer, você abriu a porta pra mim. Te quero porque eu me dei a chance. Te quero porque você se faz presença. Te quero. Te quero com ternura. E com lascívia.

23/05/25.

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“Vou te dizer algo que nenhum adolescente acredita, você vai se apaixonar de novo. E vai ser mais forte, e talvez você se machuque mais, mas até lá seja sua própria âncora.”

— Teen Wolf.

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“Meu coração tem mil anos. Eu não sou como as outras pessoas.”

— Charles Bukowski

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nós éramos próximos, como dezembro e janeiro, mas tão distantes quanto janeiro e dezembro, separados por 365 dias, nossos caminhos se cruzaram brevemente, para depois se perderem no tempo, como as estações que se alternam, num ciclo de proximidade e distância, entre o calor do encontro e o frio do desencontro, entre o efêmero e o eterno, como dezembro e janeiro, sempre juntos, mas nunca ao mesmo tempo. céu de júpiter em: notas sobre o (nosso) fim

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por que você se diminui assim por uma pessoa que não está nem aí pro seu amor?

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Reconhecimento.

Um susto bom. Vi meu reflexo em você. Você, em mim.

Risos ácidos. Sarcasmo compartilhado. Cúmplices sem nome.

Cabelo curto. Charme sem esforço. Inteligência que provoca. Sagacidade que encanta.

Talento. Foco. Estudo. Admiração silenciosa.

Apoio. Suporte. Presença.

Convidei. Você ficou. E o melhor: sem querer mudar quem eu sou.