é minha necessidade de deixar registrado meu pulso e impulsos
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erro meu ter esses olhos atenciosos reparando cada mínimo gesto teu. descuido fatal, tem sido guardar todas as palavra que direcionas à mim e interpretá-las de tempos em tempos para que não fiquem fora de contexto ou apenas pereçam como de costume. falha inevitável essa minha de estar sempre com a mão estendida; pronta para te sustentar quando o terreno é ingrime e eu mal consigo ficar de pé. é involuntário sorrir em conjunto, mesmo quando a gravidade da dura realidade esmaga meu peito e me quebra em pedaços. tenho vivido de tuas felicidades e chorado tuas lágrimas. você diz que eu acabei com seus dias cinzas e me chama de “meu sol”. mas não percebe que no meio do percurso acabei sendo rebaixado de estrela à satélite; tenho me nutrido apenas das fagulhas de luz que me alcançam. estou definhando e sofrendo da falta de mim mesmo, porque eu entreguei mais do que tinha; amei mais do que devia; suportei por nós dois. te privei das dores que deveriam ser nossas e agora estou esgotado. fui um mártir desperdiçado de uma relação que se foi e me levou junto. e tudo o que eu queria saber é: como poderia eu ter errado por te fazer feliz demais?
r-etalho
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Confesso, tenho a mais profunda admiração pelos narcisistas. Eles cruzam as fronteiras de nossos costumes, este afeto vívido e incontrolável que necessitamos doar aos outros, o narcisista transborda para si. Não possuem as vergonhas mundanas, não, eles estão acima disto, mas nada está acima deles. Amor incondicional pelo reflexo no espelho, sentir na transparente carne o único refúgio possível. Amar a si, ânsia mais simplória de tantos. Como não sentir um gotejar de inveja no sangue ao ver alguém que se dedica tanto, que se respeita tanto, que não encontra restrições para o seu físico ou psicológico? Eu, que não tenho nada disto, só consigo fitá-los, perplexo, desandando neste meu universo covarde.
Lorenzo Fonseca
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Onde encontra-se sua felicidade? No teu temperamento ou no teu orgulho? Quanto tempo você consegue sorrir? Já se olhou no espelho hoje? Preste atenção, não tem mais espaço no seu pulso, se insistir em manter esse olhar de desistência do mundo por mais um dia, não acredito que conseguirá se livrar mais dele. Os dias passam, a barba por fazer e esse cigarro que não admite acabar. Não foi esse futuro que eu imaginei pra você, não foi essa a primeira impressão que eu tive de você e você nem faz o tipo bom ator. Então, faça-me o favor! Entrega os pontos. Deixa a vida te engolir e vomitar os restos podres de um passado que não tem mais como consertar. Entenda, que se quer continuar, o universo exige aceitação e persistência. Deitado no comodismo não há lugar pra você. Não sou livro de auto-ajuda, tampouco texto reflexivo. Mas junte-se a mim no chá da tarde, e vamos discutir a que passos anda tua vida? Prometo que com dois tapas na tua fuça e balde de água fria a gente conserta tudo. O problema não está na tristeza, mas no ânimo de colocar tudo a perder. Não tem um "siga em frente" que seja escutado e nem um "estou com você" que tenha importância. Talvez a otária da história seja a insistência inocente que acredita que toda a confiança depositada tenha retorno algum dia; só que não há retorno sem esforço. Pode dizer o que quiser e tacar a mesa pro alto, fazer teu teatro, espernear como criança de colo faminta. Só tem comoção quando estiver terminada sua obra-prima, quando todos os cacos estiverem cuidadosamente encaixados nos seus devidos lugares. Enquanto isso, trabalhe duro que quem é contigo, estará exatamente onde deveria estar. O tempo todo. E há mais gente que se importa do que você imagina. Bom retorno de volta pra casa.
Ofegar
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Antes você soubesse como eu te adoro, e gostasse. Antes você soubesse das minhas vontades, e sorrisse. Antes você soubesse que eu não pretendo dar um passo pra trás, e quisesse ficar.
Ofegar
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Eu conheço bem a saudade. De perto, de longe. Contida, exteriorizada. Apesar de todos os dias dar de cara com, quiçá, milhares de pessoas chegando e/ou partindo nesse terminal, ainda faz falta um alguém. Não alguém específico, mas alguém que eu possa ter deixado no meio do caminho, ou alguém que ainda me espera em algum lugar, alguém que me permitiu partir e, talvez, até quem tenha me pedido pra ficar e que, por força do destino, eu tenha tido que deixar. Com um 'até breve', ou até mesmo a incerteza de um reencontro. Falo de todas as pessoas cativadas num abraço ou até mesmo pelo olhar. Diga-me, quantas pessoas foram embora depois de te fitar por alguns instantes (infinitos)? Não foi qualquer olhar, parecia devorar sua alma, conhecê-lo mais que você mesmo, adivinhar teus pensamentos e conhecer teus mais profundos segredos. Diga-me, quantas vezes você quis parar alguém no meio da rua por causa do seu desejo quase obsessivo pelo perfume, pela roupa, pela capa da revista que este estava lendo, pelo sapato que você desejou pra si mesmo? Diga-me, onde você se escondeu quando, inesperadamente, uma paquera virtual apareceu, e você não estava pronto para o "prazer em conhecê-lx"? Ou em qual estado teus pais ficaram chorando pela tua partida? Quantos 'adeus' você foi obrigado a dizer? O coração é cheio de vielas, algumas fáceis de esquecer que existe, e inigualáveis avenidas, todas cheias de sentimento e de pessoas que, acomodando bem, cabem todas. Conhecendo bem tudo que ali há guardado, pode até parecer pequenino em tamanho, mas é bastante extenso e expansível, não basta o que há de existir, sempre caberá mais. E todos aqueles "ei, como vai?" "olá, como tá?" vão se encaixando, reencontrando vez ou outra. Deixando uma lágrima rolar no canto da saudade que apertou o lado esquerdo do coração. E olhando pela janela, enquanto o ônibus vai partindo, você volta a passar pela viela mais inesperada e deixa teu coração abrir e, dele, escapam as mais belas canções e os momentos que você não esperava relembrar. Tudo isso no instante de uma canção. Uma vida, no instante de uma canção.
Ofegar
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bochechas enrubescidas mamilos entumecidos corpo quente é assim o amor da gente prende arranca a raiz dos olhos dos meus olhos te põe dentro profundo em mim nosso amor é assim silencia com beijo adormece com um chamego acorda com acordes do teu violão viaja no teu céu e mar onde jaz poesia onde nascemos nós atados e conexos interestelados predestinados a correr nas galaxias num balão azul sob teu peito me deito ouço a sinfonia do teu coração é ali meu lar meu ar e falta de ar habita-te aqui também em mim enquanto moro em ti e quando vivo em ti perco a noção do perigo do medo - sou teu -
ofegar + mar particular
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a vida tem um jeito engraçado de levar as pessoas. com um gosto meio agridoce, e uma estrada que acaba bem no meio do caminho. porque, quando você acha que vai caminhar mais, ela resolve voltar do começo, mas de uma forma diferente. não sei se me entende, eu sou meio complicado e com esses meus discursos complexos e que não fazem questão de ajudar no entendimento. o que eu quero dizer é que, de um jeito torto, a vida me trouxe pra você e agora eu não encontro caminho de volta. começou tudo de novo, do zero: aprender a amar, cuidar pra que os dias tenham lá sua eternidade e que seja fácil acordar todos os dias sabendo que ao meu lado tem uma vida que agora também me pertence. e que é preciosa, frágil, delicada. que eu não posso deixar cair e, caso tropece, eu tenho que ajudar a levantar. no meio do caminho houve uma pedra, mas em cima dessa pedra, hoje, nasce uma árvore: para regarmos e colhermos os frutos e partilharmos dessa benção que nos foi concedida.
Ofegar
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ofegar é minha necessidade de deixar registrado meu pulso e impulsos. ofegar é a paralisia instantânea do lado esquerdo do rosto quando avista de longe a pessoa amada. ofegar é correr pro abraço. ofegar é sentar com a mão na cabeça depois de uma briga sem discursos pausados. ofegar é se jogar na cama depois da transa. ofegar é correr do cachorro solto da vizinha. ofegar é a maneira que seu corpo expressa o cansaço, o prazer e o sentir.
Ofegar
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AMORES, Fiz um blog pra ficar mais fácil me ler. Eu não vou abandonar o tumblr, os textos serão postados lá e aqui, a diferença é que lá no blog eu devo repostar alguns textos antigos, mas será mais uma atualização mesmo da minha escrita e como não haverão reblogs, o único conteúdo do blog serão minhas autorias. Enfim, a quem se interessar... Beijos, lindxs Boa noite
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tenho sentido mais urgência que o normal. urgência de me deixar registrado, urgência de caber em mim, de não ser particular, de não viver ímpar. de ter olhos, braços e pernas. de fazer valer cada segundo que passo com vida. tenho sentido urgência de amar com o amor de muitos, dos mundos, dos poetas e dos músicos. eu sou uma criança, de quase 20 outonos, mas com o pesar de uma infinidade de anos. sou o arquiteto de mim mesmo, o aborto das minhas fantasias, o autor da minha preferência, e o sentimental mais banal da última década. eu crio expectativas, eu me fodo, eu me reviro no túmulo em dez mil anos. eu sou capixaba de natalidade, mineiro de criação, um pouco baiano e, agora, um pouco carioca de coração. eu vivo deixando um pouco de mim em cada canto por onde passo e carregando muito de tudo. eu tenho mais em mim do que caibo. eu tenho mais dos outros do que mereço. sou a frustração dos anos, o arrependimento dos dias, mas, acima de tudo, eu transbordo a inocência do sorriso no olhar de uma criança que acaba de nascer. eu sou drama, mas sou felicidade.
prazer, Ofegar
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compreenda que meus olhos já tem suas cores. que minha pele tem o seu cheiro. que meu coração sente teu gosto. e que é verdade que queríamos entrar um no outro naquela noite. compreenda que eu não posso explicar nossas dúvidas. que eu não posso discernir nossas questões. que não faz sentido nosso querer. e que mesmo se todo mal, bem tem nos feito. e se você estiver lendo isso agora, não me julgue por ser urgente. não me julgue por ser honesto. não me julgue por já ser tão teu. não me tome por poeta. nem tampouco diga que minhas palavras são fofas [porque eu me sinto forçado, porque eu me sinto insosso, porque eu me sinto sem conteúdo e impostor]. e eu não faço pra te agradar. me desculpa se eu parecer grosso. mas eu te dou minhas palavras com a mesma naturalidade e brutalidade com que as ondas quebram na praia em dias de tempestades, ventos fortes e maré cheia. aliás, maré, vem me buscar de mim. vem me tirar de mim. vem [mim] fazer teu. revela tua face aos poucos ao meu amor. mas sejamos honestos com nós mesmos. e daí que não soubemos esperar? e daí que parecemos desesperados? e daí que [o que vem fácil vai fácil]? quem disse que foi fácil? quem disse que vai? quantos pedaços juntamos até encontrar alguém fácil? quantas decepções foram necessárias para que tivéssemos o olhar disposto? as mãos de aceitação? quantas rasteiras levamos até encontrar um peito confortável? tem certeza que foi fácil demais? tuas mãos buscaram as minhas no escuro, enquanto ainda estávamos cegos das metralhadas. enquanto nossos corpos ainda nem tinham o tato. enquanto nossas vozes ecoavam no vazio. quando não havia mais chão. quando chovia em nossas cabeças. minhas mãos encontraram as suas, enquanto vagávamos por um beco infinito e sem saída. quando a areia do deserto era soprada em nossos olhos. quando não nos cobríamos nem do sol e nem da chuva. quando não era seguro caminhar. no teu abraço eu encontrei o que eu havia perdido. o amor a mim mesmo e na vida, nas pessoas e até o que eu poderia te dar. no teu braço eu encontrei o frevo, o samba e o carimbó. a tulipa ruiz e o wilson simonal. na tua pele, o meu cheiro. e no teu corpo, eu encontrei a mim.
Ofegar
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diga-se de passagem que eu joguei a tua passagem de volta no triangulo das bermudas que é pra ficar no esquecimento que você outrora teve casa e, hoje, habita em mim
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O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Paulo Mendes Campos
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