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DROP THE ADDY.
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↬ ❛ PARTNER ❜ ― kish.
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pandaplots · 4 months ago
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momentos de liberdade tola, sem orações de um homem amaldiçoado pairando no ar, quantos teve ? se fosse sobre o ponto singular no tempo em que havia espaço para simplesmente gostar de outra pessoa e cantar com ela no carro, tinha theodore já se permitido ? mesmo seus chás com victoria eram em sua maioria silenciosos , pois não haviam muitas coisas boas das quais falar . eram felizes pela companhia um do outro , e sempre seriam - mas nada além disso. já havia se perguntado , caso tudo fosse diferente ; quem poderia ser ? alguém melhor ou pior ? talvez um pai de família com um trabalho de escritório ? seria mais feliz ? finalmente estaria bem o suficiente para ficar satisfeito com sua parte ? não importava realmente , certo ? pois as coisas eram - simplesmente como deviam ser. portanto não cantaria no carro com uma bela garota , apenas a levaria para segurança, afinal, cada minuto era importante para sua sobrevivência , e esta era a única relação que iriam compartilhar. ainda sim, esboçou um leve sorrir e disse : ❛ ⎯⎯⎯⎯    a discrição é muito bem vinda.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  , fechando a porta para ela.
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❛ ⎯⎯⎯⎯    vamos para uma cidadezinha na serra, poucas pessoas, fora do mapa.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  respondeu, afivelando o próprio cinto, e tirando o carro do estacionamento. ❛ ⎯⎯⎯⎯    você vai poder viver normalmente ali, com algumas regras , é claro. como por exemplo, não contar seu nome. pode assumir um falso. se precisar de documentos posso providenciar.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  outra vez, um ligeiro curvar dos lábios.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    mas eu vou te conhecer, se é de algum consolo.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  assistiu pelo retrovisor enquanto os carros parecidos com o seu começavam a os seguir. ❛ ⎯⎯⎯⎯    vou passar essa noite com você e depois ainda vai ter meu número .   ⎯⎯⎯⎯ ❜  tirou do console a garrafa térmica e estendeu para ela. ❛ ⎯⎯⎯⎯    café ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜ 
ela não queria pensar em como poderia não haver uma vida após sair daquele hospital, mentia para si, naquela perspectiva de que haveriam dias melhores – confiando muito na palavra de um homem desconhecido, que facilmente, poderia estar a iludindo como tantos outros. tinha que pensar assim, conhecia muito bem a si para perceber as pequenas armadilhas que estavam diante dos seus olhos, que estreitavam-se por seu caminho e a fazia confiar nas pessoas erradas ou, que fazia com que as certas acabassem morrendo em promessas que ela nunca fora capaz de fazer. assentiu quando ele dissera sobre a falta de confiança no hospital, ao menos, encarava daquela forma; e de fato, anthony tinha uma rede de apoio enorme, facilmente homens como os que estavam na sua porta poderiam estar ao lado dele e isso a assustava.
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contudo, deixou que theodore cuidasse deles; uma parte dela alienando-se com tudo o que estava acontecendo, traçando pequenas rotas, apegando-se a dor das costelas quando se movia e andava devagar, um pouco de indisposição, o receio de ficar sozinha – tudo acumulando-se no mais profundo do seu âmago, a deixando zonza. quando outrem abriu a porta do carro, ela sorriu um pouco, contente pelo pouco de ar puro.         ،           não acho que tenho sono, mas posso fingir se você começar a cantar.          brincou, se permitiu um pouco enquanto adentrava no veículo, passando o cinto com cuidado pelo próprio corpo.          ،         posso saber agora para onde vamos? vou precisar assumir outra identidade como nos filmes? questionou quando ele estava ao seu lado.
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pandaplots · 5 months ago
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ela o assombrava de uma forma espetacular - que cena mais fantasmagórica era aquela ; nova parecia apenas uma parte da pessoa que uma vez conheceu , ainda que muito brevemente. abatida e levada ao esmo . connor sabia como era o sentimento , ser usado & usado de novo, torturado todas as vezes que a salvava , lentamente o deixava instável . realmente agora , tinham razão para o temer. embora sua particular apatia que nunca parecia o deixar impedisse que lutasse com mais afinco contra todo o sofrimento. ele queria que ela morresse, finalmente o deixando em paz e acabando com sua dor , suas dúvidas, sua vontade por liberdade. então porque ? porque continuava a salvá-la ? decidiu que seria a última vez que escolheria seu coração tolo , estava farto de a impedir , iria deixar que ela achasse a paz que pensava merecer. quanto a ele ? seguiria lutando por uma causa que já não acreditava mais, e um dia , iria esquecer da garota com os cabelos avermelhados, como se ela tivesse sido um sonho febril que cedeu.
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❛ ⎯⎯⎯⎯    estou bem cansado de morrer no seu lugar, então provavelmente sim.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse maldoso , como nunca tinha dito antes . jamais compartilhou as punições que levava , e agora - apenas aludia a elas, a outra poderia nem sequer entender. ou talvez finalmente fizesse sentido seus desaparecimentos, as bandagens quando entrava na cela. porém, pensou que ela estava em pedaços fraturados demais para que se lembrasse do que havia passado. ele se levantou enquanto outrem também se erguia, e assistiu os braceletes deixarem seus braços com uma expressão entediada.
' teste número trinta e nove , comecem. ' uma voz que não reconheceu passou pelos auto falantes, e claro, ele sempre soube que estavam os assistindo, mas não sabia o que esperavam de si. ela sorriu quando pareceu recuperar os poderes, mas ainda não tinha atacado então algo estava errado . ' comecem. ' , a voz repetiu, e o mutante deu de ombros. se transportou para o lado de trás dela e a chutou direto nas costas, tentando a derrubar no chão, esperando ganhar alguma reação.
ela tentava juntar os pedaços da consciência que haviam se partido em fragmentos distintos; mas nada parecia fazer sentido ou encaixar-se de forma correta, ela sentia isso pelos espaços que ainda restavam, pela força que perdia com o passar dos dias ou semanas – tinha parado de fazer as contas. quando os homens adentraram em sua cela, pensou que a levariam para o laboratório, nada questionou enquanto mãos firmes a mantinham no caminho, os olhos buscando algo que pudesse parecer com um sinalizador, um marcador do caminho que seguia, mas a claridade a incomodava. quando deixada sozinha em uma sala ampla, percebeu que não estava tão sozinha assim, connor estava diante de si, os joelhos ao chão. o corpo estremeceu um pouco, parte dela desejando ter o controle novamente, porém, a consciência quebrada a levava para outro percorrer, um que a fizera apenas semicerrar os olhos quando o ouviu, perguntando em silencio se deveria reagir a ele.
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،         e você vai me permitir morrer?         nunca tivera a chance de conhece-lo, mas agora ele parecia ainda mais estranho, quase como se tivesse sido afetado diretamente pelas ações dela. nova testou a força das pernas, colocando-se de pé e afastando-se de outrem três passos. os olhos buscaram pela saída na sala, mas estava escura demais quase, ou a visão estava embaçada a ponto de não deixa-la perceber. o frio que outrora sentia, fora tomado por calor, quentura, fogo; os braceletes caíram dos pulsos e instantaneamente, sentiu o momento que suas habilidades estavam livres. sorriu, como se recebendo de volta algo que lhe era muito precioso, ignorando que parecia ter algo errado com seu poder, fraco demais para que entrasse em combustão.          
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pandaplots · 5 months ago
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theodore era veterano na guerra, duas medalhas de honra no nome por seu trabalho e também um especialista em sentir saudade das coisas mais tolas da vida. como jogar futebol com o pai aos domingos , aprender francês com a mãe aos sábados, e pescar nas manhãs com seu guardião . tudo parecia tão longe de si , e realmente estava - anos entre quem foi então & quem era agora. havia visto muito mais , vivido muito mais, perdido muito mais ; nenhuma das pessoas de sua infância e adolescência ainda estavam vivas, e ele as vezes se surpreendia pensando no fato. todos tinham desaparecido de si , o deixando para descobrir quem seria - sozinho. imaginou que para ashley , era de alguma forma, o mesmo predicamento . uma garota que se perdeu nas luzes da cidade, e no brilho dos diamantes ; agora sem rumo. sem saber pelo que vivia e quem poderia ser. ele entendia melhor que qualquer um , e por isso não podia desistir dela. como seus amigos não desistiram de si . como victoria ainda o chamava para os chás no jardim, mesmo quando dizia que sentia sua falta mas preferia estar sozinho. ela ligava todos os dias, a única que escapou de um destino ainda mais trágico que a solidão e ele era eternamente grato.
❛ ⎯⎯⎯⎯    excelente.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou, mesmo que não sentisse confiança no tom dela. tinha a convencido ao menos a ir até o esconderijo, depois que se sentisse segura , poderia tentar novamente. ❛ ⎯⎯⎯⎯    é melhor que eu não fale,   ⎯⎯⎯⎯ ❜ fez um gesto para a porta com a cabeça, sinalizando para os policiais que tinham deixado a coroa de flores entrar.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    as paredes parecem ter ouvidos nesse lugar.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ pegou a mala, e pediu que o seguisse.
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já no corredor, se virou para os dois apontados pela delegacia local e disse, na voz mais contida que podia , ainda sentindo a cólera intravenosa. ❛ ⎯⎯⎯⎯    estão dispensados. assumimos daqui.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ tentaram insistir, mas foi um olhar frio dele , dizendo : ❛ ⎯⎯⎯⎯    disse que acabaram aqui.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ e pareceram ficar com medo de interferir ainda mais, se afastando com resmungos murmurados. covardes. ❛ ⎯⎯⎯⎯    vamos.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse a ashley, e enquanto se aproximavam das portas do hospital , um dos agentes de confiança qual ele tinha colocado no time dela , veio ao seu lado para receber instruções. ❛ ⎯⎯⎯⎯    vamos subir a serra, sigam o carro mas fiquem a uma distância confortável, eu mesmo vou dirigir.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ com um ' yes, sir ' , o jovem se afastou , e eles passaram pela saída, em direção ao estacionamento onde mais agentes esperavam. colocou a mala no banco de trás da suv , e abriu a porta do passageiro para ela. ❛ ⎯⎯⎯⎯    pronta ? é uma longa viagem, pode dormir um pouco se quiser.   ⎯⎯⎯⎯ ❜
não saberia dizer pelo que exatamente vivia – algumas pessoas tinham propósito, o dela há muito tempo tinha sido apenas sobreviver, achar um lugar na selva de pedra.  no entanto, aquele tempo parecia um pouco mais distante agora, ashley parecia pensar que tinha estagnado, que seus sonhos ou vontades, estavam distantes demais para que fossem alcançados. não tinha quinze segundos, seu existir era de pensamentos rápidos, precisos; não tinha tempo para analisar a forma como o coração batia, repensar suas ações, era sempre movida por uma força maior a ela, a seus anseios. mas naquele maldito quarto de hospital, diante de outrem, parecia estar abaixo de tais forças, buscando algum tipo de alicerce – que outrora era sempre líquido – para que se firmasse, para que pudesse reconhecer um pouco de esperança. ela odiava a ideia de que pela primeira vez, estava colocando a sua vida na mão de outra pessoa, de um alguém que não conhecia, mas que parecia tão disposto a defende-la que sentia todas as suas barreiras ruindo, mesmo que tentasse contê-las, mesmo com a ideia de que era apenas uma menina que nunca tivera alguém a defendendo com tanta garra.
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‘preciso que tenha a vontade de lutar’...outrem parecia não perceber o que estava fazendo, aquele território inóspito que adentrava juntamente a suas palavras; ashley queria discordar, dizer a ele que nunca tivera muito para ela reservado naquele mundo, mas a menção de milena a fizera estremecer. a ideia de que estava abrindo mão de algo que certamente, a amiga lutaria por, a incomodou, fez com que um nó na garganta se formasse e ela precisou lutar com a vontade de chorar, afastar aquele turbilhão; parte dela estava cansada sem ter começado aquela caminhada, uma outra, em exaustão por parecer ser tão fraca.         ،           vou adiante então.            dissera, em nada passando confiança, mas estava muito mais consciente de que talvez, ele tivesse um pouco de razão, mesmo que ela julgasse em duvida que o existir dele era tão vago quanto o seu. eles não tinham a mesma razão para viver, a menos que... em loucura, pensasse que ele estava compartilhando sua vida com ela, como ela fazia com ele. louca.         ،             para onde vamos? você pode dizer?      
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pandaplots · 5 months ago
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seu tédio permeia os ossos , suas mãos cicatrizaram mas ele sente que uma parte de si jamais vai se curar. ainda não tinha pensado sobre como havia um número de série marcando a pele , o clamando como uma posse do governo dos estados unidos. sua ideia de família tinha desaparecido e percebeu que estava completamente sozinho naquele mundo . culpava nova por lhe fazer entender que nunca seria mais que um monstro com um coração frágil. a odiava , e mesmo assim não conseguia a deixar ir . queria que ela sumisse - mas não daquela forma. pensou que se ficasse calado, aceitasse seu destino miserável , ninguém mais iria se machucar , mas via pelas câmeras ela perder o pouco que lhe restava da sanidade. ele também - de certa forma - enlouquecia aos poucos . 
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naquela tarde , foi mandado invés da cela dela para a arena de treinamento , e só podia imaginar que fariam outro espetáculo dos dois . as centenas de tentativas de morte não eram o suficiente , queriam que ele a deixasse caída no chão cuspindo sangue, lhe arrancasse todos os dentes - quem sabe não cederia aos seus instintos e a vontade de outrem e tirasse seu coração da caixa torácica ? novamente, estava enlouquecendo. ainda sim, vestindo as roupas pretas de treino , viu enquanto eles a arrastavam para dentro e a derrubavam de joelhos sem cuidado algum. ele se agachou para sussurrar perto dela :  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não quis tanto morrer ? essa pode ser sua chance.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ o provocou, tentando trazer a tona o espírito indomável de uma lutadora. 
@kisuniverse
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pandaplots · 5 months ago
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um palácio no inferno , ainda era o inferno & connor era príncipe daquele reino árido. percebeu isto quando acordou , preso a cama , usando os braceletes que limitavam seu poder. não se moveu, não lutou contra as amarras. liberdade, liberdade, liberdade - o que diria sua garota em chamas ao vê-lo ali ? idiota, tolo, imbecil ; pensou que podia confiar neles ? gostaria de ter o ímpeto de resistir, queria que estivesse integrada na sua persona a mesma paixão ensandecida pela vida - enquanto que irrestrita - qual nova parecia tanto ter. porém, a diferença circunstancial entre eles, era que ela só conhecia a luta. enquanto a agente - ou melhor, o experimento que deu certo - só conseguia desaparecer em momentos de dor. portanto quando os procedimentos começaram , apenas aceitou que o fim do mundo viria em chamas.
começou nos braços, agulhas perfurando sua pele como se o tatuando mas duvidava que fosse o caso , depois choques pelo abdômen, e enfim , o metal fervendo nos pés , marcando algo nos solos em ferro quente. o tempo todo , imaginava as belas imagens do telão de seu quarto , e pensava em pássaros , que talvez voar para algum lugar distante fosse sua única saída , mas tinham lhe mantido enjaulado , o deixando doente & cortado suas asas. enquanto o moviam para uma cela , e ligavam os aspersores , ele finalmente entendia que aquela água não era chuva . liberdade, liberdade, liberdade - o faria ter mais amor por cada dia ? vivendo livre entre os civis , sem propósito grandioso ou família, como um desconhecido com nenhuma causa ; iria ter mais vontade de lutar ? o líquido enxarcava suas roupas finas, e ele não podia evitar tremer . não tinha medo , havia passado deste ponto . mas existia a vontade de ver a mãe pela última vez , dizer : ' obrigada por me tornar um fantasma, não senti dor no final '.
porém, como todas as coisas que estava agora entendendo, devia saber que era apenas o começo.
os choques se repetiram, alguns cortes nas palmas das mãos , e nas pernas , e quando a água gélida bateu em seu corpo, formou uma poça de sangue ao seu redor. ele estava vazio - muito dormente para qualquer coisa . apenas deitava no chão , olhos fechados e esperava ; para que se cansassem, para que o matassem , o que fosse. não poderia ter previsto o que veio em seguida.
lhe remendaram todo , sua pele uma vez pristina e macia cheia de pontos que se transformariam em tristes cicatrizes & ele sentou-se em um quarto branco, paredes vazias de calor , enquanto capitã yoojin lhe dizia que se ele não voltasse a si , muitas pessoas iam sofrer - entendeu a mensagem.
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talvez um mês tenha se passado , até que voltasse a vê-la, pisando nos sapatos, o número de série que gravaram nele ainda era desconfortável mas tinha em sua maioria sarado, assim como os outros machucados. os braceletes tinham sido tirados , um voto de confiança, disseram e tinha retornado ao seu quarto, batendo a cabeça na parede as vezes para sentir algo - em vão . sentou-se frente a ela, expressão fria & tom irritado.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    nome , idade , poder , local de nascimento.  ⎯⎯⎯⎯ ❜
de todos os cenários que poderia imaginar, nenhum deles tinha outrem com a arma apontada para a própria cabeça; nova não soubera dizer o que a percorreu. um pouco de raiva porque ele estava direcionando o momento para ele, quando deveria ser sobre ela; sentiu algo parecido com inveja, porque ele tinha a possibilidade de acabar com a própria vida se fosse muito rápido, ela não ia o parar, ainda que quisesse estar naquele lugar; e havia um outro sentimento a percorrendo, um que ela não conseguira dar nome. começou com um aperto no peito, em seguida, a curiosidade lhe tomando a consciência, a fazendo pensar o que ele tinha passado, de onde vinha aquela coragem ou vontade de – protege-la? ele estava a protegendo? qual era o motivo? aquele era o teste dele afinal, um que ele estava arriscando demais se colocando naquela posição, mas ela pensou em ilusão, que poderia dar certo, que eles o ouviriam e então ela ganharia a sua liberdade.
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observou a movimentação atrás de outrem, rostos surgindo naquele campo que até então, era estéril, ninguém tinha pisado ali por ela, mas estavam todos o encarando. raiva de novo, estava começando a compor a ideia de que ele era importante para eles. ela avançou um passo na direção de outrem, as mãos estendidas na ideia de que talvez pudesse pegar a arma novamente, precisava só atirar na direção de algumas daquelas pessoas, um tiro bem dado e ela receberia outros dez – pensava. contudo, no instante em que deixou de fita-los com curiosidade, passaram a ser alvos naquele jogo, um que claramente, nenhum dos dois sabia jogar.
nova sentiu o ar mudar, a porta fechou-se atrás do outro e ela tarde demais, percebeu a armadilha; o teto acima de suas cabeças abriu-se um pouco, a ventilação expulsava um gás. ela tentou não respirar, tapou o nariz com as mãos, mas antes que pudesse pensar em controlar-se, engasgou-se.          ،           idiota!        gritou na direção de outrem, as mãos em torno da garganta enquanto perdia os sentidos; primeiros os joelhos não aguentaram o peso do corpo, logo, estava sentindo o peso do mundo sobre os olhos, adormecendo forçadamente – ela não aguentava mais, possivelmente, morreria de tanto tomar tranquilizantes como a porra de uma fera enjaulada.
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pandaplots · 5 months ago
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quinze segundos - o tempo para que tudo mude. nesse recorte dos instantes mais infelizes de sua vida, a assistia desistir de lutar e partia seu coração. mas percebe com um estalo que quer vê-la resistir , ter uma vida completa & feliz. quinze segundos - é o necessário para ver alguém em uma luz completamente diferente, e ele enxergava finalmente não o medo, mas o conformismo , com a própria morte, com o preço de seus pecados. quinze segundos - é tudo que se precisa para mudar a rota de uma vida, e ele sentia a sua estranhamente desviando do caminho que traçou até então. nunca teve um complexo de herói , nunca pensou que colocaria a vida de outro alguém frente a sua . por mais que amasse os amigos, mesmo que se achasse tão pouco comparado a eles, não considerou jamais entrar na frente da bala. ele estava ocupado - construindo algo que ninguém poderia destruir. o coração, que se tornou marfim, a aço , carregava muitas cicatrizes . mas por um instante, ele considera , não seria esta uma forma de deixar ir dessa culpa ? parecia injusto, colocar aquele peso nela , mas talvez fosse seu propósito. quinze segundos - e de repente, ele não está mais desmoronando , não , ele se torna um alicerce sólido. apenas quinze segundos , e tudo mudou.
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❛ ⎯⎯⎯⎯    você tem agora.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  insistiu, lhe poupando um olhar que era inteiramente suave demais. ❛ ⎯⎯⎯⎯    preciso que tenha a vontade de lutar.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  disse com súplica na voz, pedindo - para que ele não deixasse um destino terrível lhe acometer por falta de coragem . ❛ ⎯⎯⎯⎯    você sobreviveu até aqui, não acha que merece mais do que essa vida ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜  tentou argumentar, e voltou a tocar seus ombros . ❛ ⎯⎯⎯⎯    e quanto a milena ? pediu que a morte dela não fosse em vão , mas nada disso tem sentido se você não tentar viver.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  então , ela lhe pede o impossível - para que não a salve . theodore novamente desconfia das próprias razões, e cerca de quinze segundos se passam até que ele diz : ❛ ⎯⎯⎯⎯    eu prometo.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  suspirou, e deixou um aperto leve nos ombros dela . ❛ ⎯⎯⎯⎯    mas acredite, tenho tanto pelo que viver quanto você.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  confessou , de repente a soltando e olhando para além de sua cabeça - os fantasma de seu passado bem ali naquele quarto , lembrando que poderia ir para onde quisesse , mas nunca acharia um lar.
quando mais nova, permitia-se sonhar com uma família; uma mãe amorosa que pentearia seus cabelos antes de levá-la a escola, um pai protetor que leria sua história preferida antes de dormir, talvez um irmão, com quem pudesse dividir as brincadeiras, as pequenas brigas que os fariam rir quando crescessem. depois, na adolescência, sonhava com as coisas que as demais garotas tinham: um caderno rosa para que desenhasse pequenos corações, um gloss, talvez até algumas paletas de sombra para os olhos, um garoto que se apaixonaria por ela e imploraria por um beijo – seu primeiro beijo fora distante dessa realidade. quando adulta, passou a sonhar com uma casa própria, um carro, com a faculdade...mas a realidade sempre batia a sua porta, normalmente tinha gosto de cigarro ou suor, a fazendo questionar por mais quanto tempo aguentaria, quanto seria o bastante para que juntasse um bom dinheiro e comprasse sua própria liberdade. agora ela sabia que anthony somente a liberaria quando estivesse morta, que ele seria incapaz de renunciar a ela. ashley era uma burra, uma puta burra como ele havia dito, em acreditar que teria um futuro longe do que outrora, já havia marcado seu corpo, feito dela quem era.
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então não tinha do quê abrir mão, parte daquela decisão, voltando-se a ideia de que não era justo que outras pessoas assumissem as responsabilidades pelos seus erros.         ،        eu nunca tive.           dissera a outrem, desejando muito ignorar a forma como ele a segurava, como a voz parecia carregada de uma súplica que ela nunca compreenderia, como os olhos dele a fitavam e pareciam querer atravessar em direção a sua alma. ashley mordeu o canto dos lábios enquanto o ouvia, as palavras dele a afetando, fazendo com que os pensamentos vacilassem, ela discordava; não tinha futuro, não quando sabia que anthony sairia impune, ele sempre dava um jeito. porém, fora surpreendida pela fala do mais velho, fazendo com que semicerrasse os olhos, um pouco em descrença e talvez, a ideia de que tivesse ouvido errado. não podia! ele não tinha aquele direito.          ،     só se...          desviou os olhos dele por um segundo, o coração quebrando-se na ideia de que estava entregando sua vida a ele, que de alguma maneira, ele carregasse-a como um fardo quando tudo viesse a acontecer.          ،        você me prometer, que não irá tentar proteger a minha vida com a sua.       era ousado, insano, mas precisava.
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pandaplots · 5 months ago
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tudo que tocava - aparentemente - se tornava doente com tristeza . nunca teve um real amigo, pois todos os jovens técnicos que lhe prestavam atenção acabavam de uma maneira ou outra desistindo de estar ali ; as mulheres com quem se envolvia desapareciam depois de um tempo , e ele se perguntava agora se era mais que aversão a si , ao que ele submetido. e sim parte de um esquema maior onde devia ser o soldado perfeito e não ter distrações. mas aquela - aquela era uma crueldade diferente e sofisticada que não podia aguentar . deixar que colocassem na frente dela uma forma de escapar , para atingir a liberdade pela qual parecia tanto prezar e saber - pois tinham de saber - que ele iria impedir.
lembrou-se vagamente do menino em veneza quando tinha apenas quinze anos ; sua primeira morte. lutaram brevemente na calçada & sem querer , connor o empurrou frente a um caminhão em movimento. mas teria sido realmente um acidente ? quem dirigia aquele veículo & porque nunca pararam ? porque nos jornais não houveram noticiais sobre um falecimento tão público ? estava repassando todos os anos que pareceu estar cego a verdade de que ninguém ali podia ser confiado . o sorriso da capitã yoojin lhe invadiu a mente, não queria - nunca mais - fazer parte da vida no circo. portanto - apontou a arma para a própria cabeça.
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    você estava certa, eles nos temem.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ para o mutante era razão o suficiente para morrer. tinha aprendido a ser uma coisa, menos que um alguém , uma posse medida pelo poder que trazia a mesa. mas não queria - ser um monstro. por mais que tentassem, não iriam o fazer uma besta. ' connor ! ' - entraram os cientistas chefes, e a própria capitã do esquadrão, preocupados com quão longe ele realmente estava disposto a ir.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    eles vão deixar você ir.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ fechou os olhos e ouviu na voz da mãe , o chamado - ' meu pequeno monstrinho ' ; messias ? que grande palhaçada, ela só queria uma atração .
com os olhos fechados, nova se viu no centro do picadeiro, o circo tinha sido a única casa que havia conhecido; ela sorria, os olhos atentos as pessoas que a cercavam. os mágicos testando mais um numero, o palhaço divertindo a algumas crianças, os contorcionistas estavam em mais um numero de tirar o fôlego, a fazendo prender a respiração por um instante – mas quando chegara a vez de nova, tudo se resumia a fogo. CHIMERA, CHIMERA, a plateia gritava, chamando por ela, a iludindo que eles a amavam. não, coitada, eles não poderiam amar alguém como ela, tão cheia de mortes nas costas, tão desconexa de si. eles amavam o que ela proporcionava por alguns minutos, aquele autocontrole em fingimento, que logo escapava de suas mãos sempre que sentia raiva, que sentia a solidão a abraçando novamente.
desejou morrer outras vezes, quando sozinha em seu trailer, quando pensando no quê exatamente era sobre aquele existir. sentia dor todas as vezes que usava os poderes, conseguia sentir as chamas a percorrendo, a cicatriz de grande extensão nas costelas lhe sendo um lembrete daquele dia, do momento em que queimou a porra da igreja como o próprio diabo faria. e se fosse ela a reencarnação do vil? do malvado, perverso, sujo? e se fosse nova que traria ao mundo o seu fim? com certeza, seria em chamas que o mundo se desfaria.
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mas então, ela sabia que o seu próprio mundo acabaria em tranquilidade, apertou o gatilho ou imaginou que o fizesse. no instante seguinte, a arma não estava mais em sua mão e ela grunhiu em ódio quando os olhos se abriram e perceberam outrem diante de si, a impedindo de chegar ao final daquele ato. com as mãos em punho e cega pela fúria, avançou na direção dele, o acertando na altura do peito diversas vezes.           ،        por que, maldito? por quê?         questionou enquanto seguia o batendo, cansando tão rápido quanto a onde de energia viera; nova caiu de joelhos ao chão, os olhos vermelhos fixos nele para suplicar:        ،        por favor...          ela não queria viver, não naquelas condições.        ،         me deixe terminar.
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pandaplots · 5 months ago
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antes da colisão não havia nada. tempos atrás , bilhões de anos luz, a grande singularidade mandou voando no cosmos várias estrelas & se perguntadas, elas certamente diriam : ' dói , o ato de ser algo ' - e como sabiam, eventualmente cada estrela moribunda encontra seu fim em alguma cratera , a colisão muito atrás de si.
naquela manhã, acordou e fez tudo que fazia em todas as manhãs. tomou banho, se trocou , e passou pelo telão do quarto várias imagens - lugares onde nova cresceu & ele nunca tinha visitado. sorriu suave, de forma que jamais deveria , e pela qual seria punido se pego , mas sorriu. de repente, a frase com qual lhe deixou ontem voltou a mente : ' eles temem a nós. ' ; era verdade, não ? connor sabia racionalmente que alguns daqueles cientistas e agentes do governo tinham medo do que ajudaram a criar . ele, entre todos, apenas um animal domesticado mas igualmente perigoso. agora, mais do que nunca. o que a mãe diria ? para recolher forças para lutar e se tornar o messias que ela sonhava em ter parido ? ou pediria para que ele ficasse quieto , poupando a própria vida de um final prematuro ? no final, sabia bem a resposta, e o deixava doente com algo que se assemelhava demais a raiva. mas o frio estava instalado nas veias, não sabia como um coração que batia tão lento, poderia jamais tornar-se irregular. ou isto era - até a ver.
imaginou que estaria fazendo o de sempre, conversando com ela & tentando a convencer de que aquela causa era uma por qual valia a pena lutar. mas devia saber que era uma armadilha - do momento que deixaram ele compartilhar tanto com ela sem reprimendas, tinha de ter se tocado que iriam fazer algo diferente para saber com quem estava sua real lealdade. o esquadrão hermes ou então ; aqueles como si mesmo. enquanto assistia a nova disparar as balas do vidro por de trás da cela , o coração finalmente acelerou , tão desacostumado que estava com isto, pensou que ia morrer junto com ela.
primeira bala - vazia, e a tensão no lugar crescia, ele podia sentir as pessoas se tornando ansiosas como se a vida dela fosse uma grande aposta . segunda bala, vazia e alguns realmente soltaram grunhidos de insatisfação , fazendo o estômago dele embrulhar. liberdade, liberdade, liberdade - quanto custa ? quanto pode durar ? o que é ? terceira bala, vazia , e capitã yoojin tinha um sorriso masoquista nos lábios avermelhados, entredita pelo desespero dela . era assim que olhava para ele quando estava dopado demais para se mexer enquanto corriam os testes ? foi assim que o resguardou quando voltou do que era um futuro , quase morto ? como uma atração de circo ? quarta bala, vazia & ela estava chorando , enquanto o mutante engolia em seco ; queria falar algo, pedir que parasse, implorar para que lutasse mais um pouco, de forma diferente. liberdade, liberdade, liberdade. quinta bala, vazia - e então restava uma, que certamente estaria lhe esperando . viu enquanto apontava para a própria cabeça de novo e o mundo parou por um instante. como poderia deixá-la morrer ? daquela forma vil ? isso não era liberdade.
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    chega.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ afirmou, e quando sentiu olhos em si , já era tarde demais, estava em um momento na sala com eles assistindo o show de horrores, e no outro, dentro da cela com ela, lhe tomando das mãos o revólver.
antes da colisão não havia nada. tempos atrás , bilhões de anos luz, a grande singularidade mandou voando no cosmos várias estrelas & se perguntadas, elas certamente diriam : ' dói , o ato de ser algo ' - e como sabiam, eventualmente cada estrela moribunda encontra seu fim em alguma cratera , a colisão muito atrás de si , e aquela - era uma supernova.
deixaria apenas caos em seu rastro.
 ،      eles temem a nós.           dissera com convicção, compreendendo que outrem que até então era um aliado, talvez tivesse girado a chave de sua persona, o novo poder podendo lhe abrir outras portas, oportunidades e quem quer que estivesse no controle, temia que isso acontecesse. por isso nova tinha aqueles braceletes, por isso...tinham a colocado diante de outrem, daquele que nem ao menos sabia o nome: queriam que ele se provasse, que se não fosse capaz de fazê-la ficar e servir, certamente o descartariam. um alguém que pelo peso na voz, a forma como declarava a ela ter chegado ali muito novo, não conhecia o mundo da forma como ela conhecia, não tinha a mesma gana em lutar, em fugir; para onde ele iria? mas ela não queria pensar nisso, não queria de forma alguma, sentir que aquele laço se estreitava, quanto menos soubesse sobre ele, menos a vida dele teria algum valor quando a hora chegasse.             ،         obrigada.             fora capaz de dizer antes que ele fosse embora, sentindo a língua tornar-se pesada assim como as pálpebras; havia um pouco de ânsia, mas esta logo estava sendo superada pelo sono, um cansaço que fizera com que adormecesse, porém, em nada um sono tranquilo. sentia calafrios, ouvia gritos – sentia o cheiro de carne humana queimando.
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despertou encharcada de suor, o coração batendo firme no peito; havia um pequeno latejar na lateral da cabeça e a frustração de não saber que horas eram somente crescia, mas algo além de onde estava lhe chamou a atenção. no centro da cela um pano preto, destoando de todo o lugar; sentiu um pequeno arrepio na nuca, seus instintos gritando, mas aproximou-se, revelando diante de si um revólver prateado. afastou-se dois passos, assustada, os olhos buscando pelas câmeras como se esperando que alguém fosse surgir, que fosse a deter – eles sabiam que ela tentaria. a ideia de que aquele era um teste estando em destaque na consciência, contudo, não tinha como desperdiçar a oportunidade. a destra alcançou a arma com pressa, a destravando e puxando o gatilho na lateral da cabeça; esperou pelo barulho, pela paz ou pelo fogo do inferno, o que fosse, mas nada aconteceu.
tentou uma outra vez, a respiração acelerada no que não obtinha êxito. ela xingou alto, a mão que estava livre dando um soco no chão. na terceira tentativa, nova tinha lágrimas lhe manchando o rosto, eles estavam brincando com ela. na quarta, mudou a direção da arma, o cano apontado para a boca, pronta para livrar-se da sensação de que estava sendo usada, mas quem a observava, possivelmente estava rindo. na quinta tentativa, ela esperou que algo acontecesse, mas houve apenas o girar automático da arma, mudando a posição do cartucho. só havia uma única bala naquele maldito revolver, a sua esperança estava em tentar mais uma vez.
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pandaplots · 5 months ago
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saiu rapidamente do quarto para lhe dar privacidade enquanto a enfermeira trabalhava & ela se trocava , ficando na porta sem olhar para os policiais incompetentes e muito provavelmente corruptos ao seu lado. deus, precisava de um cigarro , as mãos coçando para ter algo com que as ocupar. porém, quando entrou e ouviu ashley proferir tais palavras derrotistas , até mesmo o vício foi esquecido. pouco importava para ele o que significaria para o caso que estavam construindo na chance de que ela não testemunhasse. o que realmente fez seu semblante amargar e tornar-se rígido era a ideia de que a garota estava essencialmente desistindo da própria vida, como ele tentou fazer aos dezessete.
ainda lembrava, o cheiro de peixe da casa e como cada dia que passava se sentia mais um problema e menos um ser humano. pensou que não iria importar , ninguém choraria por si . ninguém iria ver a cova na terra que seria feita para ele& jamais iriam sentir sua falta. era ninguém e não tinha ninguém, quem o impediria de sangrar dos pulsos no chão daquele lugar ? por sorte, seu guardião o fez. falando de propósitos e nascimentos que não eram uma coincidência , não lhe afetou. mas o carinho que teve consigo enquanto aquelas feridas nos braços se tornavam cicatrizes que segundo o homem mais velho iriam o tornar mais forte. aquilo - o salvou.
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portanto desfez a carranca e usando de um tom suave , lhe segurou pelos ombros, com cuidado e gentiliza.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não faça isso.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ praticamente implorou .  ❛ ⎯⎯⎯⎯    ele vai te achar e sem proteção, você não tem nenhuma chance.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou pesado, fechando os olhos por um segundo antes de focar as orbes azul marinho nela outra vez, a cabeça inclinada para que pudesse a fitar direito.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    sei que é mais fácil desistir, acredite em mim.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ deixou um leve carinho onde tocava com o polegar.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    mas você tem uma chance agora. uma chance de uma vida diferente, de uma vida melhor.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ disse, com o tom persuasivo mas genuíno . acreditava realmente em cada uma de suas palavras e esperava que ela acreditasse também.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    serei honesto,   ⎯⎯⎯⎯ ❜  tirou as mãos dela, deixando que caíssem ao seu lado.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não posso te dar a certeza de que vai sobreviver, mas posso afirmar que com minha ajuda tem muito mais chances.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ e por fim, falou algo que jamais poderia - ou tinha intenção de retirar.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    se vai jogar sua vida fora de qualquer forma, porque não a entrega a mim ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜
por uma fração de segundo imaginou-se usando aquela coroa de flor, estaria ela no meio de tantas outras que ornariam seu velório. ash estava usando um vestido preto, havia algodão lhe tapando os ouvidos e nariz, o semblante pálido, em sua visão, ela carregava consigo um terço de madeira, incapaz de reconhecer em que momento da sua vida havia o ganhado. ao seu lado, apenas o vazio; não havia ninguém chorando por ela, lamentando a sua morte; seus clientes não saberiam que havia morrido e nem eram importante para que a informação chegasse a eles; suas colegas de trabalho, possivelmente, dariam risada e contentariam-se em assumir o posto dela; anthony se sentiria aliviado, talvez assim como theodore que poderia seguir com a sua vida sem perder tempo com ela – questionava-se pela primeira vez, se ele tinha família, talvez uma esposa que estava preocupada com ele, com aquela dedicação a uma desconhecida, mas certamente, era tudo para encerrar um caso grande. mas ela despertou do que parecia ser uma premonição, a voz do agente soando alta, os olhos demorando a encontra-lo.
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deixou que ele a ajudasse, uma parte de ashley crendo que ela não daria conta; de que...talvez, pela primeira vez, o medo pudesse falar mais alto. não costumava ser covarde, porém, precisava admitir que não tinha munição para lidar com anthony, ele parecia estar sempre um passo à frente, sempre cercado de informações. como ela ficaria escondida dele? não percebeu a ausência de theodore até que ele estava de volta ao quarto, a dizendo que precisavam ir e ela apenas concordou, negando sobre a ajuda. esperou que uma enfermeira viesse retirar o acesso do braço, trocando de roupa em seguida, as peças novas lhe cabendo perfeitamente.         ،          não acho que eu consiga seguir em frente.         disse diante de outrem, o semblante completamente afetado, aquela indisposição a cercando. não sabia o que sua desistência poderia significar para ele, mas para ela, poderia ser facilmente um grito de socorro.            ،           sinto que o anthony seguirá atrás de mim, talvez o melhor, seja fingir que nada aconteceu.           engoliu em seco, os olhos sendo desviados do homem, vergonha a percorrendo.            ،               me desculpe.
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pandaplots · 5 months ago
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nunca provou da liberdade então não saberia que gosto tinha - se perguntava nos momentos vagos pelo que nova estava lutando tão ferozmente. o poder de ir e vir , quando sua vida eram as ruas ? o poder de fazer o que bem entendesse , mesmo que fossem atrocidades ? ele não entendia . talvez nunca fosse realmente entender o que ela queria ganhar sendo libertada , pois novamente , esse sentimento sempre esteve longe demais de suas mãos. mas admitia que era injusto, a manterem ali para testar o quão longe ele iria por aquela causa . por aquelas pessoas que pensou serem família mas tinham medo de si .   ❛ ⎯⎯⎯⎯    alguns meses atrás eu descobri uma nova aplicação do meu poder,  ⎯⎯⎯⎯ ❜ contou, mesmo sabendo que levaria outra reprimenda . não perderia acesso a ela de qualquer forma, era a crise de sua fé, no fim.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    quase morri, mas me tornei muito mais poderoso. acho que algumas pessoas não gostaram disso.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ pois perdeu o controle construído com anos de treinamento , e de repente , tiveram medo que pudesse tornar-se instável. ambicioso. querer como ela , um gosto da liberdade. 
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    não entendo muito bem o que quer dizer.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou, dobrando as pernas abaixo de si no colchão.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    tudo que conheci foi esse lugar. vim ‘pra cá aos sete anos. ⎯⎯⎯⎯ ❜ deu de ombros, olhando para longe como se pudesse enxergar a criança assustado que uma vez foi - saberia ele a causa da rebeldia de outrem ? e teria vergonha de quem se tornou ? sentia-se separado daquele garotinho assim como do mundo, não totalmente morto mas não parte dos vivos também. ele tinha sim um coração batente , mas era fraco. 
 ❛ ⎯⎯⎯⎯    porque não descansa ? as drogas vão te deixar zonza por mais algum tempo. vou pedir que te tragam algo melhor ‘pra comer. ⎯⎯⎯⎯ ❜ se levantou, guardando o restante dos chocolates no bolso e passou pelas portas de vidro, surpreso que ninguém mencionou o quanto tinha dividido com a outra e que concordaram com lhe dar algo mais palatável para comer. naquela noite tomou os remédios e teve um sono sem sonhos.
queria ou precisava de alguma forma, acreditar que havia algum motivo por trás de tamanho sofrimento; quando criança, pensava que havia alguém manipulando aquele jogo, mexendo com suas peças no tabuleiro para ensiná-la uma lição. a primeira delas, foi a de nunca abaixar a cabeça demais, para ninguém. em seguida, aprendeu sobre humildade, esta não a levaria para lugar algum, ao menos, nenhum lugar que fosse bom e que tivesse um espaço para ela, as pessoas não estavam buscando por isso. depois, quando os poderes apareceram, conheceu a maior lei de todas, a da sobrevivência; aprendeu que precisava colocar-se sempre em primeiro lugar, que nada ou ninguém importava mais que a si. usou isso para mentir, roubar, matar...construir um caminho que embora a deixasse sempre sozinha, fora o melhor que conseguira trilhar com o que detinha, com as oportunidades que lhe surgira. e agora, como prisioneira, tentava entender onde aquele caminho a levaria; a morte? a reconhecer suas fraquezas ou ensiná-la que o melhor seria sempre abaixar a cabeça? deveria ceder e fazer-se uma soldada de uma causa em que não acreditava? queria acreditar que não, ou perderia-se naquele processo, não reconheceria mais a si.
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mantivera-se atenta a outrem, a forma como as palavras dele as atingiam; um pouco de raiva a percorrendo, o pensamento de que estava ali exclusivamente para ser a prova de outrem, que tinham a escolhido só para isso. não tinha como.       ،       e por que eles estão o testando?           questionou. sabia que não deveria, que não podia mostrar-se curiosa, branda ou de guarda mais baixa, aquele poderia ser facilmente mais um jogo; ele poderia estar aproveitando de sua fragilidade, dos remédios que a deixavam zonza para fazê-la repensar em sua estadia ali, que o deixasse se aproximar só para enfiá-la uma estaca nas costas quando o momento chegasse.             ،             não posso deixar que eles ditem o que devo fazer.          ela dissera em sinceridade, encolhendo um pouco as pernas, os ombros mais baixos em cansaço. nunca fora uma mulher de fé, não tinha para onde a direcionar, mas sabia, confiava em si – daria um jeito.          ،         não posso deixar que roubem minha liberdade.
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pandaplots · 5 months ago
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se despediu de ashley com um pesar inexplicável no peito. provavelmente era a culpa ; ter deixado aquilo acontecer em primeiro lugar sendo uma falha pela qual não podia se perdoar . ao menos ela tinha sobrevivido , não sabia o que teria feito caso contrário. talvez finalmente desse o pulo daquela sacada com álcool suficiente nas veias . mas tudo tinha dado certo, na medida do possível, e logo mais ela estaria segura. portanto beijou a mão de victoria, agradecendo novamente por ficar ali enquanto ele ia para casa . precisava estar descansado se ia dirigir até o campo onde ia a deixar. chegou no apartamento, colocando a senha na porta e depois a trancando. apesar dos cuidados rígidos com a higiene e o fato que precisava de um banho e se barbear, ele se entregou ao cansaço e apagou ao deitar com a cabeça no travesseiro. o sono não foi nada além de mais uma tortura, tendo pesadelos que não conseguia entender e outros que entendia muito bem - não chegar a tempo, ser abatido antes de sequer cruzar a porta, mais uma sepultura sendo cavada e nem mesmo teria uma foto dela na lápide. mais uma - que morria como se nunca tivesse existido. 
acordou em suor frio, com um estalo, o dia nublado como sempre era & finalmente se colocou debaixo do chuveiro. deixou que a água lavasse de si os restos de sangue, esfregando como se pudesse se forçar a esquecer tudo que havia ocorrido com um pouco de sabão. ficou ali por mais tempo que deveria, a testa apoiada no ladrilho frio, pensando que podia estar perto de seu limite , mas se ele quebrasse , quem iria fazer aquele trabalho ? um propósito, tinha um propósito - e quem sabe fosse este. 
tomou café depois de se vestir , a torrada batendo estranha no estômago e o impedindo de comer mais que isso. fez a garrafa térmica de líquido amargo , e a levou na pequena mala que carregava para o hospital , com roupas suas para dois dias e uma noite , e algumas coisas que havia pedido que victoria comprasse para ashley até que ela se sentisse segura na pequena cidade para fazer compras por si mesma. dirigiu com cuidado, considerando que ainda estava exausto, pensando se talvez devessem esperar a manhã seguinte - uma ideia que voou para fora da janela quando finalmente chegou no quarto dela no hospital, depois de uma visita a farmácia para comprar os remédios que outrem iria precisar. 
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    ashley ?  ⎯⎯⎯⎯ ❜ se aproximou, deixando tudo que carregava no sofá da suíte onde ela ficou , e a ajudando a ficar de pé.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    o que …  ⎯⎯⎯⎯ ❜ não precisou terminar de perguntar o que tinha acontecido quando viu nos pés da cama a coroa. ajudou que ela se sentasse, e então pegou as flores com a mensagem ameaçadora nas mãos , murmurando :  ❛ ⎯⎯⎯⎯    inferno.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ checou pela arma , e foi para o corredor , dizendo para que a outra não saísse dali. andou pelo perímetro, procurando qualquer sinal de anthony e direcionou alguns agentes para a mesma tarefa , nenhum deles tendo sucesso. resolveu voltar para ash antes que algo mais pudesse acontecer. logo fora da porta, ele disse em um tom frio e cruel para os guardas da polícia:  ❛ ⎯⎯⎯⎯    se alguém tocar nela, acabo com a vida de vocês.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ parecendo os intimidar , e então entrou .  ❛ ⎯⎯⎯⎯    se vista, vamos agora. precisa de alguma ajuda ?  ⎯⎯⎯⎯ ❜
ela percebeu que theodore ficou surpreso com algumas das informações que ela trouxera, a fazendo questionar: onde estava seu próprio senso de certo e errado? quando a informação chegou a si, ashley nada conseguira sentir; talvez afetada demais por aquela realidade, por tantas coisas que havia ouvido, que fizera também, como parte dela, em nada mais conseguia sentir prazer pelos pequenos momentos da vida. sentia-se meramente feliz e viva quando sob efeito de drogas, aquelas que ajudavam a compor um existir mais colorido, mais intenso do que realmente era. talvez, em alguns daqueles momentos, havia visto em anthony uma porta, um alguém que poderia colocá-la onde realmente merecia, mas as promessas não foram o bastante. ele dizia que ela era a sua preferida, mas seguia com outras; dizia que ela merecia o mundo, que a encheria de joias enquanto ela o tomava na boca, mas permitia que ashley continuasse com outros...tola, havia sido tanto a ponto de prender-se a um homem como aquele. a vergonha que sentia, que nublava seus pensamentos, a fazia pensar que merecera apanhar, de certa forma, estava na hora de acordar.
o dia seguinte fora mais tranquilo, parecia menos dolorida, ainda que indisposta pelas medicações; no lugar de theodore, victoria passara o dia consigo, a animando como dava, a dizendo que logo estaria segura – mas uma parte dela, ainda não acreditava. questionou algumas vezes quando o agente retornaria, mesmo sabendo que precisava começar a desapegar dele, não estaria para sempre ao seu lado, nem poderia exigir isso, não. no dia seguinte, um pouco após victoria despedir-se, ashley acreditou que estava doida. ela sabia que receberia alta mais para o fim do dia, mas talvez estivesse ficando louca.
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porque no instante em que acordou, havia uma coroa de flores ao pé da cama. ela aproximou-se, ousando em levantar-se, arrastando os soros que pingavam a sua veia consigo, os olhos incrédulos na capacidade dele.  ‘EM MEMÓRIA DE ASHLEY EVANS’ estava escrito ali, como se aquele fosse um recado. ela tropeçou, a angustia ocupando a garganta, inúmeras perguntas a percorrendo, mas a mais crucial era: como ele tinha entrado ali?
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pandaplots · 5 months ago
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era uma tragédia não ser capaz de manter sua própria morte ; ele pensava em suicídio como uma esplêndida oportunidade de decidir a forma e o tempo em que deixamos o mundo. quantas noites não passou em claro olhando uma garrafa de bebida & a alta sacada de seu apartamento , perguntando-se : teria coragem ? supôs que não. afinal, tentou uma vez quando era mais jovem, salvo pelo guardião enquanto sangrava no chão , e ele lhe disse que não era sua hora ainda. que tinha sido trazido a esse mundo com um propósito que não podia ignorar . mas qual era ? a vida passava como um caleidoscópio de memórias tortuosas de desventuras que não pode impedir .
victoria dizia que seu ímpeto de morrer a sua própria maneira era covardice , mas ele entendia que ela só tinha medo de perder mais alguém , ser deixada sozinha no mundo com seu jardim e outra lápide. então ele resistia, não pela suposta missão que havia sido lhe entregue quando nasceu , mas porque a amiga era adorável e frágil, e não podia deixá-la para seus chás da tarde sem ele.
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ainda encarava ashley do final da cama quando a voz da garota ressoou pelo quarto, o tirando de seus devaneios. novamente pensou que era muito mais esperta do que qualquer um poderia imaginar, todos os detalhes que guardou valiosos.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    o senador mcgomery ?  ⎯⎯⎯⎯ ❜ inquiriu surpreso, sabia das armas, dos favores, das meninas que comprava , mas não imaginou que o verme seria tão ousado a se meter com políticos. levantou-se e andou pelo quarto por um instante , mão correndo pela extensão do rosto.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    as coisas são piores do que eu imaginei.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou, se voltando para a outra, recolhendo-se e assumindo outra vez seu semblante contido e ameno.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    tudo bem, obrigada. agora não pense mais nisso e se concentre em melhorar.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ sabia que ela teria de testemunhar frente a um júri em algum momento, mas não queria a assustar com tais fatos. não quando ainda estava incapacitada e com ossos quebrados em uma cama de hospital.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    vou falar com o médico sobre medicamentos que você deve tomar para comprarmos antes de ir. volto logo.  ⎯⎯⎯⎯ ❜
ela precisava acreditar nas promessas ou palavras de outrem, era a única coisa que detinha desde que decidiu colocar-se contra anthony e agora, não tinha mais expectativa de vida para ashley enquanto ela estivesse contra ele, muito menos, quando outrem estava ciente do lado que ela defendia. então apenas assentiu para theodore, muito apegada a ideia de que em breve estaria em um lugar protegido, que ninguém além dele teria acesso ou conhecimento – rezava para isso. no entanto, a fala seguinte dele a deixou desconcertada, franziu um pouco o semblante, como se questionando o que ele dizia; merecia ser protegida? não, ela discordava, mas optou por manter-se em silencio uma vez mais, ignorando como o coração bateu estranho, pela primeira vez desejando que alguém repetisse aquela frase para si, em um contexto diferente, a prometendo uma vida nova que ela aceitaria com olhos brilhando. mas naquele momento, o agente era só alguém interessado nas informações que ela detinha, ashley apenas uma garota de programa que estava pagando por suas ações.
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،          acho que não tenho outra escolha.         a voz soou mais baixa do que desejava, os ombros projetando-se mais para frente, em insegurança, receio de que após falar, acabasse em uma cova rasa.          ،         o anthony mantém duas casas de prostituição na cidade, todas as garotas são ilegais, mas algumas foram trazidas em contextos diferentes, não por quererem, ele as comprou. em uma dessas casas existe um cassino, ele costuma fazer apostas grandes lá.         tinha visto muita coisa.          ،         algumas pessoas importantes costumam fechar negócio com ele, políticos, policiais...         e de repente, a ideia de estar segura parecia bobagem.           ،           em troca de pequenos favores, venda de armas na maioria das vezes. nunca o vi com ninguém, mas já o ouvi falar a respeito do desaparecimento do senador mcgomery, ele esteve envolvido, acredito. algo sobre pagar uma dívida que ele tinha feito.
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pandaplots · 5 months ago
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maxime desconhecia confiança - desde o momento que a mãe matou o pai , ele aprender a estar alerta de tudo e todos , nunca realmente se entregando a qualquer tipo de relação. claro, confiava nos irmãos ; mas até certo ponto & se nem eles ganhavam a completa graça de credibilidade, como outra pessoa poderia o fazer ? isso era para dizer, que a qualquer momento , podia levar uma daquelas garotas para casa se fosse o que desejassem, mas nunca deixaria que fizessem parte de sua vida. não tinha haver com o que trabalhavam para sobreviver ou de onde vinham, era ele o problema . sempre olhando por de cima do ombro , sempre ciente que a facada nas costas podia vir de qualquer lugar se não fosse cuidadoso. e parecia apenas óbvio que a mais inclinada a lhe ferir fosse alexandra , pelo pequeno desastre que tinham protagonizado mais cedo naquele dia . tinha de se inserir naquele meio com cautela, ela sabia muito mais sobre a vida em sin city do que ele e francamente não a queria como inimiga, mas se fosse vontade da outra, ele se ergueria a ocasião. seria difícil ignorar a atração latente que fez todo o sangue do corpo viajar sul, e esquentar nas veias, quando a viu dançar mascarada. mas iria conseguir. tinha de conseguir.
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  ❛ ⎯⎯⎯⎯    sim, sente-se.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  replicou, fazendo um gesto em direção a cadeira frente a sua mesa de trabalho.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    eu gostaria de esclarecer as coisas entre nós.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  disse educado, a sobrancelha arqueada.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    não precisamos trazer desavenças de fora da boate para aqui dentro. apesar de você definitivamente ter tentado se matar e me usado 'pra isso.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  seu tom era de zombaria , mas logo ficou sério, e com os braços cruzados , ele se inclinou para frente .   ❛ ⎯⎯⎯⎯    mas se você tentar qualquer gracinha, faço da sua vida um inferno, e essa é uma promessa.    ⎯⎯⎯⎯ ❜ 
parte do seu existir era sobre ter controle – fosse das suas narrativas, do que poderia a afetar ou não, o que gostaria ou não de fazer. parte dessa quase necessidade muito provindo da forma como a sua criação fora dada, como sua mãe pouco parecia não se importar com o que fazia, ainda que alexandra tenha se esforçado muito para seguir um caminho diferente do dela, que a levasse para outros percorreres. e diante de outrem, de maxime, era como se estivesse perdendo o controle; a boate era um lugar que amava, era seu trabalho, mas muito mais que isso. ela tinha a consciência de que era um lugar seguro, agora...temia não reconhecer a si, que precisasse moldar-se em fingimentos para sobreviver a ele. ela assentiu quando ele a pedira que fosse a sua sala depois, o coração acelerando naquela ansiedade que se moldava e parecia pequenos adagas de gelo a pressionando. Ignorou parte dos risos das outras garotas, algumas torcendo para que se desse mal, ela sabia, desejando que fosse demitida e que seus lucros fossem para elas. não era fácil sobreviver ali, mas tinha dado um jeito.
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direcionou-se ao escritório, incerta de como deveria comportar-se; ela não ia abaixar a cabeça, disso tinha certeza. mas caso outrem fosse um pouco parecido com mais cedo, com o homem que tinha a atropelado, alexandra precisaria soltar seus demônios sobre ele. bateu na porta, esperando que ele a autorizasse entrar, os passos em tranquilidade enquanto ocupava um espaço na sala, de frente a ele.       ،         quer conversar comigo?       questionou, pensando que pudesse ser mais educada? talvez.
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pandaplots · 5 months ago
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parece fácil - partir, até que em algum momento , se torna impossível. cruzando seus dedos, coração amaldiçoado em uma bandeja de prata, desesperadas preces de um garoto perdido ; tudo era uma metáfora para o fato real de que resistência trazia dor. porém não era necessário o sofrimento para libertação ? não precisamos sangrar para crescer ? mas e quanto aqueles cujas as almas nunca realmente deixaram de ser várias notas de azul , que também era uma metáfora. dizendo : ' olhe para este absoluto amanhecer no circo da vida, que me fez temeroso , e mau ' & a vida no circo , era apenas uma metáfora para aquelas paredes monótonas , o cinza da construção e como podia passar por diferentes paisagens lindas no monitor de seu quarto , mas não haviam janelas para ver o lado de fora . tudo no plano de sua existência era metafórico - a chuva como um acalento , exceto que não deixavam de ser os aspersores lhe trazendo de volta a realidade quando ia longe demais ; quando ameaça se tornar algo que não podia ser controlado. e em algum momento , se tornou também uma metáfora - habitando a linha turva do final da sentença de uma vida, como palavras pingando do papel, usando uma máscara de apatia que significava , insuportável alegria. parece fácil - partir. contudo, um dia, você acorda & percebe ser apenas um figurante na própria história , uma metáfora . para onde ir , quando nada é real ?
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  ❛ ⎯⎯⎯⎯    o que mudou ?    ⎯⎯⎯⎯ ❜  devolveu para ela a questão , comendo seus pedaços de chocolate e sentindo os olhos azuis em si mas não virando a cabeça para lhe encarar.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    algumas coisas.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  deu de ombros, sentindo o doce cobrir a língua.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    sabe, esse teste não é 'pra você mas 'pra mim.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  confessou , finalmente a fitando .   ❛ ⎯⎯⎯⎯    querem saber o quão longe eu posso ir por essa causa. o quanto posso fingir não ver como esses hematomas.    ⎯⎯⎯⎯ ❜  o sorriso no rosto era brando , como se não lhe importasse estar sendo julgado, quando na verdade era incômodo e injusto - sentiria raiva, se ainda lembrasse algo além do gelo percorrendo suas veias.   ❛ ⎯⎯⎯⎯    pode resistir, mas não vai se libertar. vão te manter aqui, te machucar e usar , até estar desejando estar morta, mas também não vão te deixar morrer.    ⎯⎯⎯⎯ ❜ 
tinha um pouco de culpa a percorrendo na ideia de que tinha buscado por aquele caminho; nunca pôde ser conhecida por sua prudência, pelo resguardo ou pelas infrações que cometia, nenhuma delas pensando em se resguardar, em não chamar atenção. mas nova não tinha culpa total, não havia pedido para nascer daquela forma, para que poder lhe percorresse o âmago e fizesse dela quem era; queria refletir de forma sempre amena sobre isso, mas a raiva que a percorria parecia ter um estoque infinito, a tirando do eixo, a fazendo proferir os mais horrorosos xingamentos aos céus, a quem quisesse ouvir ou estivesse disposto. de alguma forma, seu destino havia sido traçado para colocá-la naquela cena, o karma agindo em torno de quem realmente era, talvez a solidão sendo sua única aliada em todos aqueles anos, em todo seu existir. e ainda que muito consciente de que havia feito o melhor que pôde, desejava um pouco mais de tempo.
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ela observou outrem se aproximando, os olhos o medido em ameaça, como se ele pudesse estar ainda tramando algo contra ela – não confiava nele, seus instintos a dizendo que outrem seria capaz de qualquer coisa para defender a causa em que confiava. o chocolate em nada lhe sendo atrativo, apenas negou com a cabeça, ainda pensando se deveria ser tão paciente com ele; uma parte dela, não compreendia aquela insistência, enquanto outra, estava começando a pensar que pudesse ser seu único ponto de sanidade, que mantivesse aquele pavio aceso. a fala de outrem a fazendo semicerrar os olhos, sem compreender onde ele desejava chegar.             ،          pensava? o que mudou?         o questionou. não queria fazer parte de tudo aquilo, desejava apenas seguir seu caminhar, fingir que nada a tinha tirado da sua própria liberdade, mas sabia que precisaria lutar para isso.           ،            não me importo.        assentiu, os olhos fixos nele.            ،         só preciso resistir.
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pandaplots · 5 months ago
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a mente afia , o corpo que resiste a mudança - rígido & austero em seus jeitos - , se torna maleável . a moralidade que já foi preta e branca, torna-se infinitos tons de cinza. raiva obstruiu a garganta , e de repente o que vê é vermelho ; mas mantém sua compostura , seus jeitos mansos e conformados pois seria mais fácil assim - escapar. como seria ? viver entre os civis & seus amados ? libertador ? doloroso ? quando a chuva viesse poderia tomá-la pelo que era , e não sentir o gosto de ferro na boca ? não sabia , pois uma coleção de corpos parece um circo para alguns e um cemitério para outros. seus corações seriam infinitamente mais pulsantes que o dele, ensinado a existir batendo fraco, o suficiente para nunca ser detectado , e ele ficaria feliz ? ou os ressentiria ? quando estivesse longe daquela base, uma casa simples em uma ilha, ou vila pequena onde ninguém o conheceria , finalmente poderia construir algo ordinário e contente ? ou seria para sempre uma posse ? quando lhe deixou com aquelas pessoas , a mãe tinha feito dele um fantasma ? e ele tinha coragem de ser mais que isto ? perguntas que levavam a mais perguntas, dúvidas que criavam mais confusão , e connor nem sequer sabia se era mesmo sua vontade ir embora . mas tinha certeza que estava cansado . não aguentava mais se provar - e então ela entrou com os machucados cobrindo o corpo, deixou ele doente, mesmo que jamais fosse admitir. se eram benevolentes , como podiam machucar alguém que simplesmente não queria ceder ? não seria melhor a devolver a sua vida contanto que ela prometesse não contar sobre eles ? o gelo no coração aumentava .
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saiu da cadeira com um suspiro, e em passos lentos , como se aproximando um animal enjaulado , o mutante se sentou nos pés da cama dela . novamente, levaria uma reprimenda, não devia estar nunca tão próximo da cobaia. mas sentia, pela primeira vez, que eles tinham algo em comum. eram prisioneiros a suas próprias circunstâncias.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    quer ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜  ofereceu um pedaço de chocolate a outra , que tirou do bolso junto com outros que guardava para si . abriu um dos embrulhos de papel alumínio sem olhar, provando que não havia nada demais na guloseima ao que colocava na boca, e deixava derreter na língua.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    sabe, já impedimos muitas guerras.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  começou, despreocupado com o que poderia escapar.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    ganhamos muitas também. trabalhar das sombras funciona assim. ninguém nunca vai te agradecer por salvá-los, mas você faz porque é seu trabalho.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  riu levemente.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    ao menos eu pensava assim.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  averteu seu fitar para a silhueta feminina, olhando intensamente seus ferimentos.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    vai piorar.   ⎯⎯⎯⎯ ❜  disse simplesmente, com a sabedoria de alguém que já tinha passado por tudo aquilo e mais.
demorou a perceber que não estava sozinha. os olhos azuis fixos no teto, como se aquelas paredes pudessem dizer-lhe algum segredo, como se misteriosamente, uma saída surgisse – queria muito uma. nova sentia-se em uma montanha russa, os pensamentos em conflito, a consciência ainda despertando dos sedativos e como o corpo parecia protestar devido a forma como fora tratado; o estomago vazio a incomodava, sentia enjoo, a boca seca; a voz de outrem a despertou, só não assustou-se por estar ainda inebriada, um pouco fora de si no que o fitou. ele era um pé no saco! grunhiu baixinho, muito mais resignada em não ter aquela conversa, queria o ignorar, queria...entender ou melhor, não entender o motivo que ele seguia ali, como se desejando fazer dela seu projeto pessoal. nova não seria projeto de ninguém, se ele estava buscando de alguma forma redenção, que fosse a outro lugar.
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،             eles podem continuar tentando.          dissera, a voz soando estranha, arrastada; engoliu em seco, a boca seca demais. tentou se levantar, mas cedeu no peso de um dos braços, o corpo mole, aquela sensação horrível de estar em alto mar e não conseguir lutar com a correnteza.         ،         eu não vou ceder.            reforçou, muito certa do que estava disposta a suportar, do que tentaria se eles continuassem com aquele jogo. de novo, a ideia de se tornar um brinquedo na mão daquelas pessoas, a deixando completamente ensandecida.         ،        quantas vezes vou ter que repetir: prefiro morrer a me tornar uma de vocês.
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pandaplots · 5 months ago
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trauma é algo que se herda - veio do avô que serviu seu país na guerra , ao pai que traiu a inteligência , da irmã que morreu por razão alguma, até ele . países e continentes eram construídos em trauma , o medo e a desconexão de um lar batalhando dentro da cabeça de todos ; desta forma, pensava não ser especial ou diferente. qualquer um podia ter vivido sua vida & talvez tivessem saído com mais graça , mais bondade . menos cruel e implacável. mas tinha sido ele o escolhido para ver o corpo no final das escadas, e o progenitor lavando as mãos. foi ele escolhido para todos os dias aprender o ponto fraco de um homem, e como matá-lo da forma mais eficaz enquanto pescava nas tardes com seu guardião. escolheram ele, para transformar em máquina, em uma teia de mentiras e decepções, com perdas que jamais poderia superar. tentava , tentava, tentava & de nada adiantava. era mais que a memória perfeita , a maneira que morreram, levados desse mundo como se nunca tivessem existido - ele quase não conseguia suportar. quando seria sua vez ? quando seria o fairchild a ser enterrado como um herói e ao mesmo tempo, um desconhecido para todos ? lembrava-se dos semblantes assustados das esposas e maridos de seus amigos quando contavam o que eles realmente faziam . qual o ponto ? viver sem poder ser honesto consigo mesmo , com aqueles que amamos e morrer - sendo lembrado como um estranho cuja a cor favorita jamais iam esquecer ? por isso se mantinha longe de relacionamentos , a única mantida sempre por perto sendo victoria . espaço era o que precisava para se proteger.
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 ❛ ⎯⎯⎯⎯    não vou deixar que ele te machuque de novo.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ prometeu, invés de dizer que o outro não iria chegar até ela eventualmente, pois ninguém sabia o que iria acontecer. porém, podia fazer um voto de confiança em si mesmo de que o rato não a machucaria - não como o fez outrora.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    não diga isso,  ⎯⎯⎯⎯ ❜ suspirou , e cruzou os braços acima do peito. precisava desesperadamente de um banho e comer algo , mas ignorou em favor de ficar ao seu lado.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    você merece ser protegida.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ concluiu, silenciosamente se desculpando de novo, por não ter feito um melhor trabalho. por ter deixado que aquele verme a tocasse outra vez.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    dois ou três dias.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ replicou sem um sorriso, apenas mantendo o tom na mesma cadência suave.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    depois disso , eu mesmo vou te levar ao esconderijo.  ⎯⎯⎯⎯ ❜ se moveu no quarto , indo se sentar no pé da cama dela.  ❛ ⎯⎯⎯⎯    está pronta para dizer tudo agora ?  ⎯⎯⎯⎯ ❜
gostaria que tudo não tivesse passado de um pesadelo, mas os flashes que lhe invadiam a consciência a dizia justamente o oposto – não tinha dormido. talvez pela dor ou a forma como tudo acontecera, a mente tinha quebrado o que vivenciou em pequenos fragmentos enquanto inconsciente; conseguia lembrar-se dos próprios gemidos de dor, a voz rouca de anthony por cima dos seus lamurios, como se a lembrando que estava sempre no comando. conseguia sentir o gosto ainda de sangue na boca, a forma como a respiração parecia entrecortada, mas as imagens ainda estavam borradas; sabia o que tinha acontecido é claro, lembrava-se de estar sendo arrastada para fora da boate, da voz masculina a dizendo que tudo ficaria bem. uma parte dela estava feliz que parecia inteira de alguma forma, além dos fragmentos perdidos na consciência, certamente dos traumas que a seguiriam dali em diante; mas uma outra parte e talvez a maior, temia o que estaria por vir, temia uma retaliação e ela sabia que viria – anthony era conhecido por isso, pela sua sede de vingança.
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ashley aceitou a água que theodore lhe oferecia, bebendo inicialmente com o copo sendo sustentado por ele, mas decidiu testar o movimento do próprio corpo, tomando-o para si; não havia dor naqueles pequenos movimentos, embora, sentisse os remendos na parte mais abaixo dos seios. o liquido a ajudava pouco, o coração ainda batia acelerado, as lágrimas lhe molhando a face ainda que o fizesse em silencio. o ouviu em atenção, os olhos fixos nele por cima do copo plástico, o semblante tornando-se mais relaxado quando a sentença fazia mais sentido; ela finalmente estava sob proteção. contudo, não conseguia esboçar alegria, talvez pela forma como os músculos estavam doendo ou por saber que anthony estava fugido.        ،       ele vai vir atrás de mim.        ela dissera, constatando o óbvio.  por mais que estivesse com segurança por perto, a ideia de que ele era imbatível a percorria. deixou o copo sobre a mesinha ao lado da cama, a mão livre buscando o lenço que ele a oferecia.        ،        você não teve culpa, fez muito mais do que deveria.          assentiu enquanto enxugava o rosto, muito apegada a ideia de que ele estava fazendo mais do que certamente, qualquer um outro faria.         ،         os médicos disseram por quanto tempo ficarei aqui?      
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pandaplots · 5 months ago
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assistindo calmo & quieto enquanto outrem resistia , connor se perguntava novamente sobre liberdade - o que era ? quanto custava ? quanto tempo podia durar ? mas acima de tudo, como obter ? viu os médicos a sedarem, e lentamente nova perdeu as forças, se deixando levar na maca . olhou diretamente para as câmeras, perguntando silenciosamente se era aquilo ; aquilo que queriam dele ? uma história de fé cega e ensurdecedora ? ressentia aquele teste, da forma que um conto só conhece sua grandeza através de monumentos , na grande sala de seu luto. vejam, olhem, admirem, o quão bom - posso ser. era o que dizia sem palavras, e sabia que do outro lado da tela alguém ia se perguntar se ele estava ficando instável , e quais as melhores maneiras de domá-lo . o mutante apenas se sentou na cadeira desconfortável ao final da cela , e esperou até que os exames acabassem, e ela fosse trazida de volta para o lugar onde ele aguardava. quando chegou , não pode negar que se espantou com quantos machucados ela tinha.
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apenas encarou e encarou sua forma dormente, imaginando que tipo de terrores ela havia enfrentado para estar daquela forma. não era tão invadido desde criança - quando não entendia o que estavam fazendo & porque doía . tolo, se acostumou com a dor . descobriu que seria menos agoniante se não resistisse. descobriu que quando deixava que levassem o sangue, e até mesmo a pele , recebia atenção mais cuidadosa depois . se tornou viciado em se provar. foi assim que parou anos a frente deste tempo, não ? voltando quase morto , traumatizado, desmemoriado e sem saber que iriam temê-lo por seus esforços, mas entendia agora. ❛ ⎯⎯⎯⎯    você acordou.   ⎯⎯⎯⎯ ❜ afirmou sem rodeios , a voz monótona como sempre. ❛ ⎯⎯⎯⎯    entende o que eu disse agora ?   ⎯⎯⎯⎯ ❜
estava moldando-se em rebeldia, pensando quais palavras ela usaria para tentar abalar a confiança de outrem, mas não estava esperando que ele fosse dar lugar a outras pessoas, não tão rápido. a menção de exames a deixou tensa, nova ergueu o olhar na direção dele em desafio, questionando em silencio a merda que ele estava fazendo, mas o olhar fora para além dele, ao guarda que se aproximava naquele alerta, como se ela pudesse o morder. e ela tentaria. ela sorriu como um cão raivoso, a língua por cima dos dentes, um pequeno grunhir quando o homem tentou pegá-la; com a pouca força que tinha, ergueu-se da cama e passou as pernas pela cintura do mais alto, os braços em torno do pescoço dele o apertando; ver outrem esganar-se em agonia lhe dera um pico de energia, seguiu apertando-o, mas logo estava sendo pressionada contra a parede, a cabeça batendo e a deixando atordoada, porém, não o largou. percebeu mais pessoas se aproximando e uma delas tinha uma injeção em mãos, não tinha como resistir.        
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passou parte do tempo do teste dormindo; não conseguia dizer com clareza onde estava ainda que tivesse pequenos flashes na mente; um corredor longo e claro, vozes por todo lado, movimentações com pequenos aparelhos – como se estivessem medindo seus sinais vitais. acordou horas mais tarde, sonolenta, os olhos ardendo, mas além deles, os braços pareciam doloridos; percebeu pequenas marcas por toda a sua extensão, as veias machucadas pelo excesso de força certamente. ainda zonza, levou uma das mãos a parte de trás da cabeça, sentindo um pequeno inchaço na região que havia batido. não se arrependia de nada, das escolhas que havia feito, das brigas que começara; no entanto, arrependia-se do que deixou de fazer naquela perspectiva, agora uma prisioneira, brinquedo na mão perversas ou fosse ser as mãos do destino, do karma.
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