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Almeida Júnior
Eis aqui meu quase conterrâneo. Este morreu onde nasci. Seria muito irônico se eu morresse em Itu. Uma trágica queda abismal do meio-fio, talvez?
Bem, hoje falaremos do Almeida Júnior. Ele que foi aclamado pela crítica brasileira por ser precursor do regionalismo, introduzindo temas inéditos na arte acadêmica brasileira. Ele tratou de representar pessoas humildes, anônimas, com bastante fidedignidade, opondo-se à monumentalidade academicista.
Caipira picando fumo
Note a humildade do homem. Pés descalços, roupas sujas. O cenário desgrenhado.
Foi o artista que melhor assimilou o realismo de Courbet. Estabeleceu uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal academicista. Isto o tornou bastante célebre ainda em vida. O dia nacional do artista plástico é celebrado no dia 8 de maio, dia de seu nascimento.
Morreu aos 49 anos, apunhalado. Foi vítima de crime passional. Morreu pelas mãos de seu primo, marido de uma mulher com quem ele se relacionava há anos. Além de bom pintor, talarico de mão cheia.
O violeiro
Saudade
Fuga para o Egito
Caipiras negaceando
A leitura
Adorei o estilo do autor! Uma inspiração, devo dizer.
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Aquela coisa boa você nunca vai achar! /
Aids, Pop, Repressão /
O que é que eu fiz para merecer isso?!
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Victor Meirelles
Um dos principais artistas do Segundo Reinado. Nascido em Floripa no ano de 1832, quando esta ainda tinha o nome deprê de Desterro.
A obra dele se enquadra no academicismo brasileiro, mas bebeu de fontes neoclássicas, românticas, realistas e até barrocas.
Aos quatorze anos foi aceito na Academia Imperial de Belas-Artes, após ter seus desenhos mostrados ao próprio Taunay. Como todo bom artista foi enviado ao exterior como bolsista.
Sua obra mais famosa é a Primeira Missa no Brasil
Moema
e seu rascunho
Batalha dos Guararapes
E uma representação de sua bela cidade, futura Floripa
Uma rua da cidade do Desterro
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Jean-Baptiste Debret
Também conhecido como João Batista Deprê foi um pintor, desenhista e professor francês. Fez parte da corrente neoclassicista, mas em alguns aspectos pode-se dizer que era um artista de transição entre o neoclassicismo e o romantismo.
Enquanto as representações glorificadas dos índios sejam características bem claras do neoclassicismo, mas se distancia deste ao se contrapor à racionalidade e rigor neoclássicos. No entanto, ao valorizar a emoção, o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, temas nacionais, passado e uma lista extensa de coisas que me fariam travar os dedos, se aproxima do romantismo.
Mas o que realmente nos interessa aqui é o período que morou no Brasil, onde integrou a Missão Artística Francesa. Convenhamos que de glorioso só o nome, por que os artistas que vieram para o Rio de Janeiro foram maltratados até mesmo pelo consulado francês. Vale lembrar que vieram após a derrocada de Napoleão, indicados por Humboldt, e ao chegar aqui encontraram tanto acusações de subversão como o rancor de artistas cariocas por ganharam uma quantidade absurda de dinheiro do governo.
Suas obras são um retrato antropológico do Brasil no século XIX.
Um crítico de arte francês disse:
A maior importância de sua obra, além do valor de um ensino que logo daria frutos, residiu paradoxalmente em sua capacidade de registrar o que estava prestes a desaparecer. O que não impediu o pintor de História de pôr em cena duas coroações e de representar em suas aquarelas a primeira corte de uma dinastia americana.
Família Ceiando
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Há flores por todos os lados,
Há flores em tudo que vejo!
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Pedro Américo
Romancista, poeta, cientista, ensaísta, filósofo, político, professor e detentor de um notável bigode, Pedro Américo é lembrado como um dos mais importantes pintores acadêmicos do Brasil.
Seu estilo na pintura, em consonância com as grandes tendências de seu tempo, fundia elementos neoclássicos, românticos e realistas, e sua produção é uma das primeiras grandes expressões do Academismo no Brasil em sua fase de apogeu, deixando obras que permanecem vivas até hoje no imaginário coletivo da nação, como Batalha de Avaí, Fala do Trono, Independência ou Morte! e Tiradentes esquartejado, reproduzidas aos milhões em livros escolares de todo o país.
Com 9 anos de idade foi contratado como desenhista da expedição do naturalista Louis Jacques Brunet, que durou nada menos que 20 meses.
Aos 11 foi admitido na Academia Imperial de Belas Artes, e aos 16 foi à Paris matricular-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes, tornando-se discípulo de grandes artistas como Ingres e Flandrin.
Durante sua vida adulta peregrinou pela Europa, em grande parte a pé. Nesta época também escreveu seu primeiro romance. Chegou a passar fome, e teve de pintar retratos em cafés para sobreviver.
Em 1869 retornou ao Brasil, antes passando por Portugal, onde no fim do ano se casou com a filha do cônsul brasileiro em Lisboa, a quem conheceu ainda no Brasil. Ainda desconhecido, embarcou na onda patriótica da Guerra do Paraguai e pintou A Batalha de Campo Grande, representando o Conde d’Eu, principal herói na batalha.
Não se passava um dia sequer sem que os jornais falassem sobre ele e sua obra. Ganhou diversas distinções neste período, e no mesmo estado de espírito pintou obras como Fala do Trono
Com a queda da monarquia, o regime republicano promove, em 1890, uma reforma na Aiba, que passa a chamar-se Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Os professores mais antigos e próximos do imperador são afastados. Entre eles está Pedro Américo. No mesmo ano, ele se elege deputado pela Paraíba. Não é muito presente nas sessões da Câmara, mas tem atuação importante. Encaminha projetos de criação de museus, galerias e universidades pelo país; de redução do mandato presidencial e de concessão de pensão vitalícia para o imperador deposto. Nos intervalos da função parlamentar, Pedro Américo pinta telas, como Tiradentes Esquartejado (1893).
Em 1894, com a saúde bastante abalada, o artista transfere-se para Florença, desta vez, em caráter definitivo. Lá escreve dois romances: Foragido, editado em 1899, e Cidade Eterna, publicado em 1903. Apesar de sua fragilidade, pinta muito. Permanece na Itália até sua morte, em 1905.
Eu pessoalmente gostei bastante deste autor, e me peguei comentando sobre ele com a minha família.
Mais algumas obras dele:
A Batalha de Avaí
Visão de Hamlet
A Rabequista Árabe
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