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#15 - Dayglow: Can I Call You Tonight? - “Could you tell me what’s real?”
Olá pessoal!
Dayglow (Sloan Struble) é um cantor, compositor e produtor estadunidense de Indie Rock/Pop, da província de Fort Worth, Texas. Ele já produziu o álbum Fuzzybrain, lançado em 2019.

Conheci Dayglow e Can I Call You Tonight? por meio de playlists aleatórias do YouTube, mais uma vez eu com o “reprodução automática” ligado e fazendo altas aleatoriedades rende uma banda boa, inclusive Bedroom pode aparecer mais tarde no blog...
Enfim, Can I Call You Tonight é uma música animada, caracterizada pelo filtro vocal usado na voz de Sloan, onde ela fica mais harmonizada, e também pelo uso categórico da guitarra. Um fato curioso sobre a canção é o clipe FENOMENAL produzido pelo Dayglow e por um amigo de vizinhança, esse é definitivamente um dos melhores clipes que eu já vi, sendo uma das maiores provas que para se fazer algo de qualidade não necessita necessariamente de uma grande produção, nesse caso, necessita apenas de uma tela verde, um editor de vídeo, uma câmera e um amigo.
A letra é sobre um término de relacionamento por telefone. Vemos, a partir de trechos como Don’t go, don’t go so easy Don’t go, don’t go and leave me e I hear your voice on the phone Now I’m no longer alone que o narrador é emocionalmente dependente de sua parceira, e isso atinge completamente na capacidade do mesmo de entender o que estava acontecendo. Isso explica por quê ele tem tanta dificuldade de entender o que estava acontecendo, como dito no trecho Why are these the things that I’m feeling?.
Um trecho que chama muito minha atenção é Batteries drain, I get the memo , nele, percebemos que o narrador está finalmente entendendo que ela realmente não o quer mais e está finalmente pronto para deixar-la ir. Não é o sentido que me afeta, mas sim a forma que é escrita essas 6 palavras, um jeito poético que me chama muita atenção. Dayglow com apenas 18 anos escreve letras tão bem quanto grandes veteranos.
Outro trecho que também se destaca é o refrão Hear your voice on the phone Now I’m no longer alone Just how I feel Could you tell me what’s real anymore?. Podemos notar que o narrador aqui está, diferente da estrofe posterior abordada no parágrafo acima, confuso em seus próprios sentimentos sobre o que está acontecendo. Também muito bem escrito, o trecho se foca em mostrar que o narrador, ao mesmo tempo que pergunta sobre quais sentimentos ainda são reais em seu relacionamento, ele também diz se sentir em companhia ao ouvir a voz de sua futura ex-namorada no telefone.
Um fator que me chama a atenção nesta letra é o enfoque na confusão emocional do narrador. Ao brincar com diversas analogias, Sloan Struble consegue de forma fenomenal criar uma letra complexa e bonita, mesmo tendo apenas 18 anos. Essa geração jovial de, além de cantores, compositores magníficos como Declan McKenna e o próprio Sloan me chama muita a atenção, o céu definitivamente não é o limite para eles.
O ritmo e composição de Can I Call You Tonight? são clássicos do Indie Rock e Pop. Com presença de muita guitarra e bateria, além de uma harmonização vocal, a música cria uma vibe divertida e até calma, uma canção perfeita para escutar de noite quando estiver ocupado. Não atoa esta é a música de maior sucesso de Dayglow. O único ponto negativo que eu avisto na música é o abuso na penúltima estrofe, onde se remete os mesmos versos mais de 5 vezes, chegando a ser bem irritante.
Can I Call You Tonight? é o single de maior sucesso da carreira e do único (até o momento de criação do post) álbum de Dayglow, Fuzzybrain. Acompanhado de um ritmo e melodia divertidíssimos, além de uma “classicidade” de Indie Rock e Pop, a música apresenta uma letra sobre um narrador que vive o término por meio de seu telefone e como a cabeça dele atordoa com isso, ocasionando em uma confusão emocional que encabeça o contexto do single. Tirando o abuso de versos na penúltima estrofe, a música é extremamente boa e divertida, perfeita para momentos noturnos. Sua nota é 4.8.
O single de Dayglow nos mostra mais uma vez como a idade não afeta necessariamente na qualidade das letras, e isso pode servir de exemplo para nós. Não é porque somos mais velhos ou novos que a maioria de uma área que não podemos nos destacar, longe disso, na verdade, são por motivos como esses que somos os mais prováveis a realizar tais feitos.
Referências Bibliográficas:
https://hitsdailydouble.com/
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#14 - Joywave: Tongues - “Sometimes I feel like they don’t understand me”
Olá pessoal!
Joywave é uma banda estadunidense, mais precisamente de Rochester, de Indie Rock. Ela é composta pelos músicos Daniel Armbruster, Joseph Morinelli, Paul Brenner e Benjamin Bailey. A banda possui 6 álbuns, sendo o mais recente Possession (2019).

Conheci a música por meio do jogo FIFA 15. É a melhor da soundtrack do game, este que foi o penúltimo da série de jogos de futebol que teve uma playlist descente.
Tongues é uma canção de 4 estrofes originais sobre um viajante que chega em sua terra após um longo tempo. Ela possui um ritmo divertido e animado, com uma eletrônica equilibrada e bem aplicada. Outra coisa notável é o clipe BIZARRO. Eu não sei o que aconteceu para ele existir mas ele existe, logo está longe de nossos controles.
Um fato interessante sobre a letra de Tongues é o crescimento da mentalidade do viajante. No começo da música, podemos notar uma pessoa curiosa, que acabara de retornar a sua terra diante de aplausos, porém a mesma fica assustada quando percebe que tudo, a cultura havia mudado, que, dando nome a canção, parecia que as pessoas falavam outra língua. Outra coisa que se nota é que ele deixa muito claro; ao dizer que irá embora caso as drogas acabarem; que ele está de passagem, ele não quer ficar ali por muito tempo, porém é surpreendido na próxima estrofe quando percebe que o povo o vê como um salvador, como alguém que iria defende-los de sabe-se lá o que.
A mudança de patamar sofrida pelo viajante mostra a enrascada que o mesmo entrou, ele saiu de ser apenas uma pessoa voltando a sua terra até o grande salvador. Um pensamento que tenho é que na verdade a estranheza que o viajante obteve após retornar a sua terra é, na verdade, um tratamento que o mesmo nunca antes teve. Ao dizer que “as pessoas falavam outra língua”, ele se remetia que as pessoas o elogiavam, o tratavam diferente, algo que ele aparenta nunca antes ter vivido. Por essa via de pensamento, vejo que ele, na verdade, poderia ser alguém glorioso, alguém majestoso, porém que não possui a auto-estima suficiente para se ver do mesmo jeito que esse povo se vê, e é assim que Tongues entra na vida real.
O que Joywave quer nos expressar é que nós podemos ser o viajante, alguém que lutou e conseguiu a glória que tanto merece, porém, nós podemos ser tão cegos quanto ele, podemos não perceber nossas próprias qualidades e merecimentos, e achar que ao ser reconhecido por tais feitos, as erradas seriam as outras pessoas que parecem ter mudado, que estariam falando outra língua. Tongues, então, poderia ser uma música sobre auto-estima e sobre auto-aceitação, sobre ver suas próprias qualidades e méritos.
O ritmo e a composição de Tongues é animado e extremamente good vibes. É a clássica música para se ouvir quando se está feliz com tudo. A eletrônica aplicada é perfeita e o vocal não possui imperfeições, é uma música quase nota 5, quase, pois existe um real abuso de estrofes, a música toca o refrão muitas vezes e o torna tedioso. Além disso, a letra é curta demais para o tempo da música de 3 minutos e 55 segundos. Esse espaçamento atrapalha absurdamente.
Tongues é a terceira música do álbum How Do You Feel Now, lançado em 2015 pela banda estadunidense Joywave. Ela possui uma letra muito intrigante, ao mesmo tempo que ela conta a história de um viajante antes desconhecido e que volta a sua terra completamente reconhecido e famoso, ela também nos expressa a falta de auto-estima e auto-aceitação, onde assim como o viajante não conseguia reconhecer em si mesmo os seus feitos, podemos analisar em nós mesmos. O ritmo melódico é muito bom, porém com abusos de estrofes e extensões desnecessárias no refrão, a nota final é 4.5.
De fato, as pessoas do seu povo estavam falando outra língua, porém cabia a ele entender que suas glórias e seus feitos eram responsáveis por tal tratamento, e, assim como aquele povo, devemos valorizar os nossos méritos.
Referência Bibliográfica:
audiotree.tv
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#13 - Phoenix: Armistice - “And I come down in your room”
Olá pessoal!
Phoenix é uma banda francesa de Indie Rock. Ela é formada por Thomas Mars (vocal), Deck D'Arcy (baixo), Laurent Brancowitz (guitarra) e Christian Mazzalai (guitarra). A banda possui 6 álbuns, sendo o mais recente Ti Amo (2019). O conjunto também faturou um Grammy, em 2010, categoria “Melhor Álbum de Música Alternativa - Wolfgang Amadeus Phoenix “.

Conheci a banda por meio do jogo “PES 2011″. Ela é a melhor música daquela saudosa soundtrack, ô saudades de voltar da escola para jogar até de madrugada...
Armistice é uma música de 6 estrofes sobre relacionamentos de uma noite. Ela conta a trajetória do narrador, onde ele lida com pessoas envergonhadas da situação, com pessoas interessantes que acabam saindo rapidamente de sua vida, e com pessoas diferentes com comportamentos semelhantes. A primeira estrofe nos conta um pouco sobre isso, veja:
Dahlias they come from me A promise to get well That ain't working thinking that you're no good Don't worry 'cuz I'm not the kind that kiss and tell
Nela, vemos que o narrador aparenta estar frustrado com seus relacionamentos recentes, onde mesmo que ele apareça com flores, com uma promessa de tudo ir bem, ele sabe que muito provavelmente não irá corresponder ao que ele esperava. O outro fato aparentado nesta estrofe é a questão dele não revelar quem beija ou não, mostrando que de certa forma relacionar com ele é motivo de vergonha.
O refrão de Armistice é muito bom e a parte mais intrigante da canção, veja:
When the lights are cutting out And I come down in your room Our daily compromise It is written in your signed armistice
Nesta estrofe, note como é abordado a questão do relação entre ambos. É algo diário, momentâneo, marcado por uma espécie de contrato, como se a partir do momento que ambos saíssem daquela cama tudo está acabado. Faço uma relação com a primeira estrofe, que nos dá a percepção que se trata de uma pessoa frustrada com a própria vida, mesmo que continue no ciclo.
Um fato a ser levando é a relação do narrador com a palavra “armísticio (armistice)”. Para quem não sabe, isto significa “tratado de paz momentâneo”. No contexto de Armistice, essa palavra cumpre o papel de mostrar que a relação entre o narrador e a pessoa com quem ele se encontra é de extrema hostilidade, talvez pelo fato do narrador ser uma pessoa promíscua, porém a partir do momento que estão em um quarto, a mesma pessoa que xinga ele se tornaria hipócrita ao realizar o mesmo ato que tanto condena.
Falando sobre o ritmo e composição de Armistice, vemos que é uma mistura de Rock e Pop, com ainda a presença marcante de uma eletrônica ao longo de toda a canção. Um fato positivo da música é o refrão, eu pessoalmente gosto muito da vocalidade embutida no trecho “ And I come down in your room “, me desperta uma sensação boa, como se fosse uma certa integração do contexto da letra para mim, não atoa é minha parte preferida da canção. Outra parte positiva é a bateria, poucas músicas que eu ouço possuem uma bateria tão marcante! Magnífico! Pontos negativos infelizmente também são presentes, como a vocalidade péssima que o cantor faz na hora do solo, era bem melhor deixar só a instrumentalização. Outro ponto negativo é o final, onde a voz intercala com a instrumental e causa uma confusão completa e não sei dizer o que é o que, eu particularmente prefiro uma cordialidade maior nessas partes.
Armistice, então, é uma música sobre relacionamentos momentâneos e a frustração do narrador, que vive-os, e que sonha em ter algo além, porém todos que se envolvem com ele não pensam a mesma coisa. Além disso, ela aborda também o preconceito envolvido com a promiscuidade do narrador e também com a hipocrisia, onde pessoas que xingam suas atitudes agem da mesma forma do que tanto criticaram. Sua letra é muito bem feita, com uma alta complexidade e versos realmente poéticos. Seu ritmo melódico não é bom, possui momentos qualitativos porém no todo deixa a desejar em vários fatores, como qualidade vocal e a própria finalização que foi extremamente precária. Dou a nota de 3.5 para esta canção.
Armistice, então, expressa um emocional frustrante ao longo de suas estrofes. Nos mostra que não adianta insistir no de sempre esperando o novo, talvez o melhor apareça justamente quando você justamente não está tentando acertar.
Referências Bibliográficas:
www.nme.com
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#12 - Crystal Fighters: Follow - “Follow my love taking everything...”
Olá pessoal!
Crystal Fighters é uma banda britânica-espanhola do gênero eletrônico. Ela é formada pelos compositores e músicos Sebastian Pringle, Gilbert Vierich e Graham Dickson. O conjunto possui 5 álbuns, sendo o mais recente Gaia & Friends (2019) e vários EPs e Singles. Assim como Easy Life, essa banda também abusa da criação de EPs.

Conheci a banda por meio da soundtrack do jogo “FIFA 13″, onde tinha essa exata música que trataremos hoje, Follow. Não possuo o mínimo conhecimento a dentro da banda, porém pude notar que a eletrônica é extremamente presente, e, assim como Unknown Mortal Orchestra, a voz das canções não são as mesmas, elas variam, seja a partir de filtros ou por não integrantes da banda (analisando o álbum “Star of Love”, os mais recentes já possuem a voz do vocalista).
Follow é uma música sobre um relacionamento onde um lado quer mudar a vibe do outro. Nota-se que o narrador é extremamente positivista, feliz, brilhante, enquanto seu companheiro é alguém claramente oposto a essas emoções. Veja um trecho da quarta estrofe: “Your soul's a sea; My body sails so sad; The heart in me, your body sails so sad”. Nele, o narrador diz navegar a alma triste de seu companheiro, o que torna o seu corpo triste. Essa é uma analogia a insistir em um relacionamento com alguém em uma vibe completamente oposta que a do outro e esse conflito de emoções gerar o predomínio de uma emoção sobre a outra, ocasionando no contrário do que um relacionamento deveria proporcionar, que é a melhora de ambos os lados.
Veja a primeira estrofe de Follow:
You're the one I follow Follow to the middle Middle of the shadows Far away from all the sorrows You're the one I follow Follow all the way-o Way into the darkness When the sun's shining yellow
Esta parte se remete a diversos fatos do relacionamento abordado. Podemos analisar que o narrador segue o seu companheiro para onde ele se sente confortável, longe das mágoas, que seria a escuridão quando o Sol ainda está brilhando. Isso pode ser remetido a uma pessoa que foge do mundo exterior e se volta para seu próprio mundo, seja ele até seu quarto, onde mesmo durante o dia, o mesmo se coloca lá para fugir de um mundo extremamente agressivo com o mesmo.
Veja a segunda estrofe de Follow:
Hollowing out our hole in the world to hide Hiding in the middle way from all the sorrows Swallow it all down whole for the freedom I Feel inside the darkness when the sky's burning yellow
Nela, pode-se ver o começo da insistência do narrador para tentar tirar o seu parceiro do que seria a escuridão. Fazendo uma analogia com a liberdade que ele sente quando o Sol brilha o ambiente de seu parceiro, o narrador diz nas entrelinhas que não aguenta viver assim, fugindo e sofrendo das mágoas. Podemos notar que a partir de agora a postura adotada pelo narrador é de superação.
Chegamos finalmente então na quarta estrofe, o refrão:
Follow my love taking everything 'Til the love takes everyone and everyone'll sing That the peace has come peace has come to let us in And we're all as one all at one with everything
Esta estrofe é determinante para a insistência do narrador. Ela se foca em dizer, por metáforas, que está tudo bem, que as mágoas podem ser superadas e o amor dos dois é maior que tudo e pode passar por cima de qualquer problema. E essa parte explica a insistência com a palavra “Follow” ao longo da canção. Follow se repete tanto, pois é a forma do narrador de se expressar e convencer seu parceiro a deixar o mundo de mágoas e dar uma chance para a superação, para enfim deixar o amor dos dois dominar tudo.
E essa é a mensagem que Crystal Fighters quer nos passar. Não importa a mágoa que existe de um lado e que acabe resultando na necessidade de se prender a um mundo imaginário longe das mesmas, precisamos nos apegar ao que amamos e superar, ir para frente, sair do mundo das mágoas e enfrentar o Sol brilhando em amarelo, ir para frente, seguir, até que o amor que você sinta domine a tudo e a todos. Esse amor pode ser tanto sobre alguém quanto sobre algo, a música permite um pensamento mais generalizado, e isso, no final, é Follow.
Sobre o seu ritmo e composição musical, Follow é uma canção que podemos perceber uma montagem quase exclusiva da eletrônica. Existe uma linha tensional que se torna mais tensa quanto mais perto vamos chegando do refrão, esse efeito cria uma vibe animada e uma certa ansiedade pelo o que vem, e isso é extremamente positivo, eu admito ter esperado mais da linha tensional final, porém ainda assim nada a reclamar. Outro ponto positivo da canção é da repetição da palavra “Follow”, o que cria um ar de mistério, como se a música fosse nos expressar uma mensagem nas entrelinhas, o que de certa forma é verdade. Um ponto negativo de Follow é a desafinação e a falta de qualidade das vozes em certos momentos, o que tira poderio do som, provocando uma perda qualitativa considerável.
Follow, então, é uma música da banda britânica-espanhola Crystal Fighters sobre um casal onde uma pessoa tenta fazer a outra abandonar um mundo acomodado, longe de suas mágoas, a fim de fazer a mesma vivenciar a realidade e superar-la com base no amor dos dois. A letra da canção é complexa e acima disso extremamente bem feita, a banda não deixa a desejar nem um pouco nesse quesito, porém, o ritmo melódico principalmente na parte do vocal não é bom, embora que certos elementos da composição consigam nos fazer ignorar estes erros. Finalmente, dou uma nota de 4 para Follow. Uma canção equilibrada, com uma ótima letra, porém com vocais de qualidade questionável.
Follow nos expressa uma mensagem que podemos levar para a vida. Se seguirmos o nosso amor, conquistamos a tudo e todos, afinal, eles são parte de nós e não podemos simplesmente ignorá-los.
Referência Bibliográfica:
https://www.festicket.com/
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#11 - Easy Life: Ice Cream - “I'll keep her sweet 'till he comes back home“
Olá pessoal!
Easy Life é uma banda britânica de Leicester do gênero R&B alternativo. Ela é formada pelo vocalista Murray Matravers e pelos músicos Oliver Cassidy, Sam Hewitt, Lewis Berry e Jordan Birtles. Eles já lançaram diversos EPs e Singles, sendo o mais recente deles “who gives a f**k”, lançado esse ano (2020).

Conheci a banda/música por meio da indicação da magnífica “ex-aparelhista” e fangirl da banda, Maddu! Novamente, ela ajuda absurdamente na montagem do Pós Refrão. A banda também foi indicada por uma mensagem anônima do nosso chat, inclusive recomendo que você mesmo que está lendo faça uma perguntinha lá, não precisa fazer nada e é super legal para a integração da comunidade! (Queria um dia conhecer quem é essa pessoa que enviou essa mensagem...).
Ice Cream é a terceira música do EP de 2018, “Creatures Habits Mixtape”, EP esse que, após uma breve degustação de todas as 6 canções do mesmo, afirmo que segue uma linha musical que brinca com o Trap e o envolve junto com um certo Rock Psicodélico, e esse estilo explica de forma sucinta o porquê do clipe de Ice Cream ser demasiadamente estranho, e, pessoalmente, difícil de ver, lembrando muito o clipe de Multi Love, da Unknown Mortal Orchestra.
Falando mais do que está sendo expressado na canção, podemos ver que se trata de uma traição. O narrador está completamente envolvido com outra pessoa que está em um relacionamento. Esse assunto é tratado ao longo de todas as 5 estrofes originais de Ice Cream, diferenciando de Teachers por exemplo que faz uma mescla de assuntos.
Um fato que me agrada no single de Easy Life é que existe uma complexidade muito bem feita e uma real contextualização da troca emocional que existe nesse relacionamento, fazendo assim com que a canção tenha um diferencial, uma certa historinha até de certa forma, que só envolve mais o degustante adentro da música. Para exemplificar isso, eu cito a primeira estrofe de Ice Cream:
She's a liar And she's a cheat But still she's got me falling deep And I'm a snake I must be a sneak We've ruined it for ourselves it seems I hope we're watertight And we don't leak Or else he'll leave me dead in the streets And quite rightly so 'cause I'm a sneak But still she's got me falling deep
Nela, podemos ver que o narrador admite e já deixa claro desde a primeira frase que ele sabe que o relacionamento de ambos já é errado, dizendo que sua amante é uma mentirosa e ele é uma cobra. Diferente do geral que vemos em canções sobre traição que um lado não admite ou tente encontrar explicações, Easy Life já deixa claro de uma vez por todas a realidade e eu acho essa tática fenomenal. Outra coisa que podemos perceber é que o narrador de certa forma possui um certo prazer em ter sua vida em risco com esse relacionamento, justamente porque após a estrofe “Or else he'll leave me dead in the street”. onde o narrador deixa claro que, apesar de sua vida estar por um triz, investir em sua amada vale muito mais a pena.
A segunda estrofe é, na minha opinião, a mais importante de toda a canção, isso por que os dois últimos versos revelam o mais interior dos pensamentos do narrador:
The struggle is just a pipe dream I'm falling in love with a girl but I'm just a side piece
Em uma breve análise dos mesmos, podemos perceber que o narrador, mesmo se apaixonando pela garota e mesmo fazendo tudo que pode com ela até ela voltar para casa, ele internamente sente incômodo por ter outra parte com ele, ou seja, o real namorado de sua amada. E isso é chave para entendermos a mente do narrador, estamos falando de uma pessoa que sabe que está se relacionando com uma pessoa compromissada, onde os seus amigos reprovam sua atitude de traição, onde sua vida está em risco o tempo todo, e, mesmo colocando tanto gás e focando tanto, chegando a dizer que está apaixonado por ela, ele ainda sente a insegurança de estar amando alguém que não é amado apenas por ele e saber que ele é apenas parte do todo, ele é um “left behind”. Isso mostra a humanidade do narrador e também o trabalho extremamente bem feito de Easy Life, que consegue magistralmente realizar uma letra complexa, onde conseguimos detectar todos os sentimentos que o narrador sente ao fazer parte de uma traição. Porém a montagem sentimental do narrador ainda não acabou.
A última estrofe possui 4 últimos versos, esses também fundamentais para entender o desenrolar da traição na mente do narrador:
She want the rendezvous in secret, I want time locations I'll keep her sweet 'till he comes back home I can't feel bad for my mechanics and creature habits So let's change the dynamic Until we crack the ceramics And it's all over
Por meio deles, podemos entender finalmente algumas questões que não foram abordadas nas outras partes da música. O narrador admite não sentir remorso por suas atitudes antiéticas, o que é esperado, visto que na segunda estrofe, o mesmo se diz mal por não “ter integralmente” o seu amor, não por fazer parte de uma traição. Outro fato que retiramos destes versos é que ambos já estão discordando em uma série de fatos, um deles, o fato de sua amada querer algo escondido e ele querer encontros que levem tempo, ou seja, encontros reais mesmo, o que só demonstra mais a frustração do narrador em ter que “dividir” sua amada.
Essa frustração então justifica os 3 últimos versos, onde o narrador deixa claro que quer mudar a dinâmica da relação, possivelmente para o que ele quer, até que se quebra a cerâmica, que pode ser entendido como o compromissado descobrir o caso, e então acabar tudo, esse inclusive me atormenta. Será que o acabar tudo se remete ao fim da relação ou a dinâmica? Acredito eu que se trataria da dinâmica, mesmo que realmente pareça com o relacionamento como todo. Penso isso, pois ao longo de toda a canção, ele expressa o amor por ela, como está apaixonado, como ele quer investir nela, e imagino eu que em um caso de revelação ele não deixaria ela escapar “fácil” assim de seu amor.
Falando sobre o ritmo e a melodia de Ice Cream. Ela aborda uma mistura do Trap com o Rock Psicodélico e até o Pop, ocasionando em uma sopa de ritmos e um conjunto de melodias vocais. Este definitivamente não é meu estilo, eu não consigo ter uma boa relação com uma montanha-russa de ritmos melódicos sem ao menos ficar perdido. Uma parte extremamente positiva é o “La-la-la-la”, eu fiquei viciado nessa parte, o que mostra a inconsistência da música em mantar ritmos, ao mesmo tempo que o La-la-la-la está em um, a voz de Murray está em outro e isso particularmente me incomoda bastante, porém entendo que isto faz parte da vibe e do gênero abordado. Porém nada justifica o final, sério eu achei extremamente bizarro, por um momento a música para e depois de 2 segundos ela volta com um ritmo completamente estranho para uma finalização breve e assustada, na minha opinião essa foi uma bola não fora, mas isolada de Easy Life. Na primeira vez que ouvi a música eu tomei até um susto.
Ice Cream, então, é uma música sobre um homem que faz parte de uma traição e que se apaixonou por sua amante, porém que vive sérias crises internas sobre ter que “dividir-la” com o seu real compromissado. Ela possui uma complexidade esplendorosa e uma letra magistralmente bem feita, nos permitindo adentrar ao relacionamento de ambos e adentro da mente do narrador, descobrindo desde inseguranças até falta de remorso. Porém, infelizmente seu ritmo melódico não segue o mesmo padrão. Ele é extremamente inconsistente, junta diversas melodias e acaba por perder uma certa padronização e ainda conta com um final desastroso e que detona a vibe do momento. PORÉM, a música não se trata de um gênero que eu propriamente tenho afinidade, logo é injusto que eu dê uma nota se baseando apenas no que eu acho bom e não levar em conta a sua representação frente ao gênero abordado. Por isso, dou uma nota 4 para Ice Cream, uma letra magnífica porém um ritmo melódico de um gênero que não tenho afinidade e um final completamente inexplicável.
Ice Cream então é uma ótima representação da qualidade dos compositores de Easy Life, vemos que a banda está em um nível de qualidade textual extraordinário e que prova que não é por acaso o engajamento que a banda está alcançando. O céu para Easy Life definitivamente não é o limite.
Referências Bibliográficas:
https://en.wikipedia.org/
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#10 - Years & Years: Gold - “Cause I can't be owned”
Olá pessoal!
Years & Years é uma banda britânica de electro-pop, formada pelo vocalista e tecladista Olly Alexander, o baixista Mikey Goldsworthy e o tecladista Emre Türkmen. O trio já produziu 2 álbuns, sendo o mais recente “Palo Santo”, de 2019.

Conheci a banda por meio da soundtrack do jogo “FIFA 16″, uma das melhores playlists de jogos a propósito. Sou completamente honesto em dizer que não conheço o trabalho do trio além de Gold, porém os excelentes números no Spotify revelam que Years & Years é uma banda de muito prestígio. Com certeza irei ouvir mais músicas deles futuramente
Gold é uma música de 4 minutos animada, com uma melodia para te deixar para cima e vale-se elogiar a belíssima voz do vocalista Olly Alexander, ela é essencial para a criação da vibe noturna-urbana da canção. Sua letra é extensa, de cerca de 7 estrofes originais, e felizmente a banda faz-se bom uso do tempo e não torna-a monótona. Confesso que quando fui ver as lyrics fiquei até assustado. Estou acostumado com músicas de poucas estrofes e não imaginava que Gold não seria assim, o trio consegue de forma esplendorosa criar uma vibe que nem percebemos as estrofes passarem, ponto extremamente positivo da música.
Falando mais pontualmente do que está sendo expressado em Gold, eu diria que um assunto extremamente relevante frente a sociedade e que devemos saber controlar com maestria para não nos consumir e nos afetar profundamente, o criticismo. Uma estratégia que me agradou na letra foi o bom uso da primeira estrofe, por meio de perguntas, o narrador contextualiza a situação e chama o degustante a compreender o seu lado, assim, imergindo ainda mais o público adentro da canção. Outra coisa que me agradou demais foi a segunda estrofe:
I shiver on the one, I breathe for two I give you what you want, I bend the truth And everything's aflame, it's all aglow I know that I can play that game I'll fool them all
Nela, o trio expressa determinação e nenhum temor contra o que está lhe atingindo, muito por meio de analogias magníficas e precisas para o contexto da canção, como em “ I shiver on the one, I breathe for two “, onde o narrador diz que irá se esforçar em dobro para poder passar por cima de quem o subestima. O trecho “ I know that I can play that game. I'll fool them all” é outro muito bom, com o narrador mais uma vez se colocando para cima, dizendo que ele sabe que pode jogar o jogo, acredito que seja da vida mesmo, e que irá superar-los, uma passagem motivacional magnífica e que até me atinge, inclusive.
Uma reflexão essencial para o entendimento da música é a sua relação com o Ouro, o narrador constantemente se define como parecido com o Ouro, mas por que? Essas duas estrofes explicam perfeitamente:
And if I turn my back And I leave it all And I'll be running fast Cause I can't be owned
And everything is brighter now It shimmers like a stone And everything surrounds you now It's you and you alone
O narrador se vê tão empoderado consigo mesmo que ele o enxerga o mesmo potencial que o Ouro possui. Uma junção de paralelos sensacional! Em uma breve explicação, ele diz que irá brilhar tanto quanto o mineral, que não pode ser propriedade de ninguém, afirmando que ele deixa que essas aflições o tirem, porém na primeira oportunidade ele estará correndo o mais rápido que puder, se distanciando das mesma, como Ouro.
A mensagem então que Years & Years quer nos passar é de que cada um de nós somos Ouro. Nós somos livres, não somos propriedades de ninguém e nós podemos e iremos realizar nossos próprios caminhos, e, para isso, superar o criticismo e os maus pensamentos que virão de quem passará pelas nossas vidas, afinal, é inevitável que eles irão ocorrer.
O ritmo e a melodia de Gold é típica de uma mistura de Indie Rock com o próprio electro-pop. A banda abusa dos efeitos eletrônicos e cria uma vibe noturna-urbana muito criativa e intrigante, realmente te motivando a ser Ouro. Algumas partes não me agradaram, como os efeitos montanha-russa do começo, o exagero dos filtros de áudio no vocalista durante toda a música e PRINCIPALMENTE a confusão que foi o final. Talvez seja exagero meu, confesso que sou meio fresco quanto a eletronização musical, porém o final de Gold foi bem grotesco e bem forçado quanto ao ritmo, com um exagero do teclado e uma confusão com os áudios do cantor, chegando ao ponto de 3 vozes ao mesmo tempo.
Gold é então uma música sobre motivação e sobre seguir em frente apesar do criticismo e das dificuldades que encontrar no caminho. O trio britânico Years & Years consegue de forma esplendorosa encaixar uma letra extensa em 4 minutos sem causar estranheza, na realidade, causando até um efeito de “quero mais”, mostrando realmente o domínio da banda com relação a estrutura musical, domínio esse que não se apresentou no ritmo e melodia da canção. Ocorre falhas grotescas no final, exageros nos filtros de áudio, efeito “montanha-russa” no começo. Esse é um ponto que a banda precisa urgentemente melhorar e inclusive acredito que tenha melhorado, visto que seus maiores sucessos vieram do álbum sucessor ao de Gold. A nota que dou para a música é 4.
Gosto muito dessa música principalmente pela mensagem que ela nos traz, devemos superar as dificuldades, o constante criticismo, acreditar no que somos capazes de fazer, e seguir, afinal, nós somos Ouro.
Referências Bibliográficas:
tracklist.com.br
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#9 - Hollow Coves: Coastline - “To see the sun, paint the sky”
Olá pessoal!
Hollow Coves é uma banda australiana de Indie Folk, formada pelos vocalistas, músicos e compositores Ryan Henderson e Matt Carins. O conjunto já produziu 1 álbum, Moments (2019), e diversos EP/Singles, sendo meu preferido Wanderlust (2017). Suas músicas são caracterizadas principalmente por um ritmo suave, muitas vezes praiano, com um violão que se encaixa perfeitamente na alma e uma eletrônica essencial para a criação de uma vibe relaxante e de certa forma engrandecedora.

Conheci Hollow Coves, assim como Young The Giant, Unknown Mortal Orchestra e Cia. Limitada, por recomendações aleatórias do YouTube. Primeiramente, eu ouvi a música Coastline e me apaixonei pela vibe de Ryan e Matt. Definitivamente, a banda australiana é perfeita para momentos de viagem ou trilhas, ou qualquer lugar que você esteja diante da natureza. Suas melodias são delicadas ao ponto de te tocarem em pontos que nem você poderia imaginar, além de causar um conforto inacreditável, e sim, sou um paga pau de Hollow Coves sim e não vou parar, que banda FENOMENAL!
Falando mais de Coastline, ela é uma música sobre uma pessoa que quer sair de sua casa para ir ao litoral (Coastline), essa pessoa descreve então todos os motivos que fazem ela preferir sair provavelmente de sua cidade para um ambiente em extremo contato com a natureza. Quando o narrador chega então no litoral, ele acompanhado de seu amor, começa a descrever como o lugar o faz se sentir bem. A última estrofe é fenomenal, veja como ela descreve tão bem a realização do narrador ao estar no seu lugar de natureza:
And we will sleep by the ocean Our hearts will move with the tide And we will wake in the morning To see the sun, paint the sky
No mais, Coastline não possui uma letra complexa, que requer uma análise reflexiva e diversos parágrafos como Half Asleep, não, e esse nem é ao menos o objetivo da obra de Hollow Coves! Coastline é muito mais que isso. Coastline é sobre sair de onde você está, da sua zona de conforto, e ir para onde você quer estar, onde você se sente bem, a sua própria Coastline. Usa-se o exemplo de litoral pois é onde o narrador se sente bem; na verdade bem não é o termo certo, eu diria que ele se sente realizado; porém podemos de certa forma converter este dado para nossa vidas, nossos objetivos, nossos Coastlines. Onde queremos viver? Onde queremos estar? É sobre isso que Matt e Ryan criaram esta canção. A segunda estrofe é extremamente esclarecedora sobre essa visão:
And there's a place that I've dreamed of Where I can free my mind I hear the sounds of the season And lose all, sense of time
Nela, Hollow Coves descreve o que é um lugar que você se sente realizado. Um lugar; seja moradia, trabalho, projeto, enfim; onde você libera sua mente, ouve os sons da estação, e perde o senso de tempo, ou seja, não fica mais incessantemente olhando para o relógio com a ansiedade usual do nosso estressante dia-a-dia.
No final, é isso que a banda australiana quer expressar para gente. A vontade de sair da zona de conforto e lutar em busca da nossa própria Coastline. Falando de mim, eu sempre tive um sonho de ter um amor em minha vida e poder ter essa pessoa do meu lado durante todo o meu crescimento pessoal. Essa é minha Coastline, alguém que me faria me motivar todos os dias para continuar crescendo e me tornar a melhor versão de mim mesmo que pode-se ter e assim nos ajudarmos a conquistar tudo e todos até chegar ao ponto que fizemos tudo o que queremos, e só bastaria então, finalmente, ser feliz. Você deve ter a sua, claro! Todos temos, e caso você não encontrou ainda, como eu, ou simplesmente está em dúvida ou nem sabe o que é, bom, eu diria simplesmente para ter calma e ir em frente. Montar sua vida, fazer o que gosta, o que precisa, se aperfeiçoar e ser o melhor que você pode ser todo dia, por que no final é isso que precisamos, e na hora certa, a nossa Coastline irá aparecer.
Falando do ritmo e da composição musical, posso apenas dizer que Hollow Coves consegue de forma esplendorosa combinar um violão calmo, reflexivo, com um piano leve e preciso, junto com uma eletrônica fenomenal. A vibe de Coastline é extremamente praiana e é perfeita para momentos de viagem, trilhas, e onde mais onde essa vibe estiver presente. Esse é um padrão inclusive de Hollow Coves, veremos futuramente mais músicas assim. Afinal, Hollow Coves não é uma banda para se ouvir voltando do trabalho, no trânsito, ou fazendo esportes ou qualquer coisa que envolve muito foco ou movimento. Hollow Coves é uma banda para se ouvir em momentos calmos, tranquilos, de reflexão, de natureza, de uma vibe calma.
Coastline é uma música da banda australiana Hollow Coves que nos fala sobre uma pessoa que busca sua autorrealização no litoral, indo com seu amor para viver os melhores anos de suas vidas. Essa música nos ensina a sairmos de nossa zona de conforto e irmos atrás da nossa zona de realização, encontrarmos nossa própria Coastline. O ritmo é extremamente praiano e invoca momentos de natureza e de ambientações calmas e reflexivas. Uma nota 5 é pouco para uma música tão fenomenal quanto esta!
No final, Matt e Ryan estão certos. Devemos ir atrás de nossa própria Coastline, pois esta será nossa maior felicidade e enfim, nosso objetivo de vida.
Referências Bibliográficas:
www.v2benelux.com
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#8 - Wild Nothing: Nocturne - “I know where to find you, I know where you go”
Olá pessoal!
Wild Nothing é uma banda estadunidense de Indie Rock. Formada em 2009; pelo vocalista e compositor Jack Tatum e pelos músicos Jeff Haley, Nathan Goodman, Jeremiah Johnson, Kevin Knight; a banda já produziu 4 álbuns, sendo o mais recente deles, Indigo, lançado em 2019.

Conheci o conjunto musical por meio da música “Partners in Motion”, novamente, assim como em Young The Giant, pelo acaso do Youtube. Nocturne não é minha música favorita da banda, porém é a melhor entre os 2 primeiros álbuns e é um dos clássicos de Jack Tatum.
A letra de Nocturne é extremamente simplória. Ela conta a história de duas pessoas que se conheceram recentemente em uma festa, e o narrador da canção busca relembrar os fatos que aconteceram durante a noite para de certa forma convencer a pessoa que ele conhecera de que ela pode ter ele quando ele quiser, como dito no trecho “You can have me, you can have me all”.
Outro trecho que chama minha atenção é “Caught spirits in your waking woes?”, neste verso, Jack busca dizer que os espíritos de ambos estariam de certa forma conectados em seus próprios problemas, como se ambos tivessem uma conexão tal que cada um se completava. Isso é bacana, pois mostra que a música não é apenas sobre mais um relacionamento de uma noite mais talvez algo mais engrandecedor para ambos.
Você pode me perguntar, “Pô, que reflexão mais rasa, é só isso?”, e eu te respondo que sim, é isso. A música possui 4 estrofes sendo 1 repetida, a letra definitivamente não é o forte de uma música de (pasmem) 5 minutos e bizarros 18 segundos. O que faz a música ser o sucesso que ela é, é o seu ritmo e sua composição.
O ritmo e a melodia de Nocturne são uns dos melhores que eu já vi na minha vida. O solo de guitarra do começo é fenomenal, eu juro que nas primeiras vezes que eu ouvi a música eu facilmente me arrepiava nessa música, ainda mais que tenho um fone com áudio Surround, então o som das músicas é amplificado e simplesmente ficou perfeito! Recomendo que você também ouça, eu simplesmente amei! Outra coisa muito positiva é a bateria, ela consegue se conectar com o ritmo do canto de forma muito boa e acredito que faça toda a diferença.
Pois é, Nocturne não é uma Half Asleep que me custou cerca de 18 parágrafos para poder refletir sobre, isso devido a uma letra extremamente simples e um tempo exageradamente extenso para a mesma. Diferentemente de Today, que com uma letra pequena e muito complexa não passa de 2 minutos e 47 segundos, e até mesmo que Chronos Feasts on His Children, minha música favorita da Unknown Mortal Orchestra, que possui apenas 1 minuto e 42 segundos. Essa música inclusive possui 3 estrofes com cerca de 8 versos em cada e até hoje eu não consegui refletir muito menos analisar-la, para você ver o nível ABSURDO de complexidade que Ruban Nielson colocou nela, porém falaremos dela mais tarde.
O que torna Nocturne uma música muito boa é sua melodia, ritmo e composição musical. Um solo de arrepiar, uma bateria fenomenal e uma eletrônica carinhosa com os detalhes e condizente com a vibe. Mesmo assim, eu ainda não consigo sentir que o ritmo de arrepiar substitua o tempo exagerado para uma letra curta e extremamente simples, sobre basicamente uma pessoa que o narrador conheceu em uma festa, sem um aprofundamento ou buscar algo a mais de se expressar. Eu dou uma nota 3,8 para Nocturne e ainda fui bomzinho, poderia dar facilmente 3 que não é nenhum absurdo, é só por que eu realmente gostei do solo inicial.
Nocturne então é uma grande tentativa de Wild Nothing de repetir os sucessos feitos em seu primeiro álbum, Gemini, porém ao mesmo tempo que é exemplo em sua melodia, consegue ser igualmente contrário em sua letra, o que me conforta é saber que Jack viu isso e melhorou, tanto que existem TV Queen, Through Windows e Blue Wings para provar isso, inclusive, falaremos destas músicas mais tarde.
Referências Bibliográficas:
http://atdigital.com.br/
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#7 - Far Caspian: Today - “It feels harder that I know”
Olá pessoal!
Far Caspian NÃO É UM BANDA! Diferente das outras postagens, estamos falando do projeto solo de Joel Johnston, um músico e compositor norte-irlandês do Condado de Fermanagh. Além dele, ainda participam Eades e Harry Jay Robinson. Suas músicas são caracterizadas por um estilo calmo, simplista, contextualizado ao ambiente de onde Joel vive, um lugar fazendeiro, perto da natureza e com a impressão de ser extremamente tranquilo. O conjunto possui um estilo fazendeiro, mais rústico. O projeto musical não possui álbuns, porém sim 2 EPs, The Heights e Between Days, e muitos singles, entre eles, Today.

Conheci a banda por meio da música Blue da mesma maneira que encontrei Young The Giant, deixando a opção de “tocar próximo vídeo” do Youtube. Devia estar degustando alguma música da Unknown Mortal Orchestra quando após a playlist se acabara aparecia Joel Johnston e sua trupe com singelos ritmos e uma letra cativante, que me conquistou sem ao menos eu perceber. No começo eu fui bem resistente frente aos EPs do mesmo, porém aos poucos fui compreendendo a obra e acabou que hoje virei fã desse projeto!
A música Today foi lançada em Maio durante a Quarentena. Para compor a canção, John busca representar o sentimento de solidão, incerteza e tristeza característico deste período que hoje estamos vivenciando. O próprio ritmo do single é meio depressivo. Pelo menos na minha opinião, os tons sonoros mais obscuros mais presentes deixam a música com um ar triste, incerto, preocupado, mesmo que Today ao todo não seja assim.
A própria capa do single já representa esse espírito “quarentenístico”. Pode-se notar Joel olhando fixo para a parede, enquanto o Sol delicadamente refletindo a abertura da janela cria as sombras na parede, criando a visão de incerteza, tristeza, depressão e a solidão. A presença de cores escuras cria o significado de um tom mais obscuro, mais triste. A própria feição do músico já demonstra completamente o sentimento amargo da Quarentena. A música em toda sua criação é o reflexo da quarentena segundo as amargas análises de Far Caspian.

A letra de Today é curta, 4 estrofes sendo duas um refrão., porém ela compensa essa simplicidade em uma busca incessante pela maior caracterização possível da Quarentena, e eles conseguem realizar essa façanha. Irei mostrar cada estrofe e quero que você que está lendo esse texto tente ver da mesma forma que eu, como a letra define esse momento que estamos vivendo.
I keep the feeling of Making sense I have to All I do It feels like all the things in my head Don't find you
Nesta primeira estrofe, Joel mostra para nós como o mesmo vivencia o dia, martelando em sua cabeça o sentido do porque ele está ali, sozinho, em casa, sem contato com o exterior, e também indica que isso é extremamente difícil para ele, visto que no trecho ,“I have to All I do”, ele demonstra estar realmente se esforçando para não desrespeitar este momento. Os dois últimos versos são muito importantes, e a palavra chave para desvenda-lo é “you”. Ela se remeteria ao sentido que o músico tenta encontrar, assim, ela complementa a estrofe, representando então que na confusão mental do narrador, ele ainda assim não consegue encontrar o sentido de tudo, representando os momentos que nós questionamos a própria quarentena e sua funcionalidade.
Today It feels harder that I know All of what you say Today It seems harder now I know Holding for the day
Nesta segunda estrofe, já vemos um certo desabafo da dificuldade que é viver sozinho, preso. Joel já busca expressar nos versos como está sendo complicado para o mesmo continuar, e que mesmo assim deve-se persistir por um motivo muito maior. Meu trecho favorito é “Holding for the day“. Nele, Far Caspian resume em 4 palavras o que a Quarentena faz com o dia, segura, ou seja, o torna mais longo, mais chato, mais difícil, mais triste.
All that I'm feeling Get off of your phone Something to deal with I don't know And oh I miss my friends I hate to feel alone But I just sit here
Nesta terceira e última estrofe, Joel então expressa seus últimos pensamentos em relação a Quarentena. O música mostra como ele se sente sozinho, que sente falta de seus amigos, sua vida antes da pandemia, que ele luta contra si mesmo para sair do celular, provavelmente para parar de ler, se informar, ver as estatísticas sobre o vírus e o aprofundar ainda mais na crise que já o aflige o tempo inteiro. No final, o trecho, “ But I just sit here “, resume a motivação final para aguentar todo o sofrimento ocasionado pela Quarentena. Afinal, devemos finalmente apenas sentar e esperar, pois este momento é anormal e estaremos fazendo uma ação inacreditavelmente importante.
Today, então, é a tentativa de Far Caspian de expressar seus sentimentos e vivências em relação a quarentena. Por meio de uma canção curta e sincera, o conjunto, enfim, consegue com sucesso relacionar a emoção de praticamente todos que estão confinados em casa nesse momento difícil. Me identifiquei absurdamente em todos os momentos da letra, que é simplesmente sensacional! Joel consegue em 3 ESTROFES expressar de forma poética, emocional e inteligentíssima toda a feição e dificuldade deste momento anormal, solitário e triste.
O ritmo e melodia da música é perfeito na minha opinião. Today em nenhum momento busca ser uma música memorável, marcante, mas sim uma canção que passe o sentimento “quarentenístico”. O uso do violão em um ritmo calmo, da bateria de forma sequencial e de uma eletrônica magnífica são as chaves para Today conseguir ser a perfeição que é.
Far Caspian consegue expressar o misto de sentimentos da Quarentena em sua mais nova obra-prima, Today. A música possui uma letra curta, objetiva e ainda assim complexa, que consegue em tantos poucos versos representar sentimentos vividos por tantos milhões de pessoas. O ritmo e a melodia são calmos, obscuros, talvez chegando até o triste, porém esse é o objetivo da canção, não é ser um hit ou algo memorável, mas sim, a mais simples representação do que é a Quarentena no final das contas. Um momento triste, difícil, depressivo, sozinho, porém extremamente necessário. A nota da canção é 5 com todos os méritos.
Descrevo Today então, como uma perfeita bela expressão de um momento extremamente maléfico, porém inevitável e igualmente necessário.
Referências Bibliográficas:
www.genius.com
www.facebook.com/FarCaspian
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#6 - Young The Giant: Teachers - “Temptation is so friendly”
Olá pessoal!
Young The Giant é uma banda estadunidense, mais precisamente de Irving, Califórnica, de Indie Rock e Indie Pop. Formada por Sameer Gadhia (vocalista); Jacob Tilley (músico); Eric Cannata (músico); Payam Doostzadeh (músico); e François Comtois (músico); o conjunto já produziu 4 álbuns, sendo o mais recente deles Mirror Master, lançado em 2018.

Conheci a banda por meio da música “Heat Of The Summer”. De início eu não me interessei pela música, porém a partir da quinta degustação eu já estava aceitando e pela sétima cantarolando. Logo então fui procurar saber sobre os trabalhos da banda e então conheci todo o magnífico portfólio musical que eles possuem, incluindo a música “Teachers”.
Teachers é uma canção que envolve a distração escolar, onde normalmente adolescentes deixam de apenas focar suas vidas em escola e focam também em baladas, saídas, bebidas, enfim, muito por causa da idade e também pela oportunidade, afinal, quando novo você obviamente possui mais energia e predisposição para fazer o que gosta. Young The Giant também tenta passar a visão do exagero e da perdição emocional que pode acontecer quando se vive esta vida.
A canção possui a visão de um aluno, onde ele é avisado pelos professores para que consiga se manter “são” e não cair na tentação de ir para a “bebedeira”, porém isso é ignorado, o trecho: “But now you're grown up. And it's time. You were tested. This city made you gold and only when you fucked up.“ explica exatamente o que o aluno sentiu para descartar o conselho do docente. Basicamente, esses versos querem dizer que, agora que o aluno cresceu, ele poderá aproveitar a curtição da cidade que o torna ouro.
A partir da segunda estrofe, a letra possui um tom um pouco mais obscuro. Ela começa a mostrar exemplos de situações de saideira escolar onde ocorre algo extremo, perceptível neste trecho: “I'm awake. In a parking lot. Where are all the friends. The names are crossed off””. Em uma breve explicação, é contado sobre uma pessoa que acorda em um estacionamento com os nomes de todos seus amigos cortados, imagino que esta expressão queira dizer que ele tenha feito várias bobagens e tenha visto as repercussões, logo ele teria riscado o nome dos amigos de tanta vergonha. Outro trecho que chama minha atenção é: “And I know it's hard to be sane. Temptation is so friendly. I need this release now. I'll find the keys that freed me.”. Nele, se é dito que a tentação de se cometer o que o prazer manda é liderante.
A música Teachers possui um ritmo e melodia estilo rock mesmo. Abusa do uso da bateria e da guitarra e ainda mais de gritos, chegando até a ser exagerado. No total, a música é muito animada e com certeza te cativa, afinal, o contexto da canção (bebedeiras, festas, baladas etc.) necessita de uma música assim. No geral, a instrumental é muito superior a “Good Morning”, por exemplo, e total que ela é marcante na música. Um controle maior da voz e do abuso da guitarra em certos momentos poderiam ser considerados.
Young The Giant busca atingir o público adolescente por meio de Teachers, fazendo referências a saideiras, a ignorância de falas de professores, a ocasiões normais de qualquer adolescente comum. A música possui uma letra não tão complexa mas que ainda assim busca fazer um toque no extremo e ainda tentar dar uma lição de moral em relação ao exagero. O ritmo e a melodia são necessários e marcantes porém demasiadamente exagerados. A nota final eu diria que 4.
Young The Giant mais uma vez provam por que estão tão bem na rota do Indie e menos ainda explicam como o álbum Mirror Master conseguiu ser tão abaixo do usual da banda.
Referências Bibliográficas:
https://www.facebook.com/youngthegiant
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#5 - Two Door Cinema Club: Good Morning - “and now I’m falling...”
Olá pessoal!
Two Door Cinema Club é uma banda norte-irlandesa de Indie Pop/Rock. Ela é formada por Alex Trimble (vocalista + instrumentos), Kevin Baird (voz de fundo + instrumentos) e Sam Halliday (voz de fundo + instrumentos). A banda já lançou 4 álbuns, sendo o mais recente “False Alarm”, lançado em 2019.

Conheci a banda por meio do game “FIFA 13″, por meio da música Sleep Alone. Me interessei de cara pela canção e fui atrás de conhecer mais da banda e então mergulhei de cabeça! Hoje em dia não estou tendo o hábito grande de degustar obras deles (estou mais focado em Moon Taxi, Hippo Campus, Sir Sly), porém as músicas incríveis deles não deixam de estar na minha memória, e Good Morning é uma deles.
Good Morning não é minha música favorita da banda, nem de longe, muito devido ao ritmo da música ser inconstante e com um som eletrônico de fundo típico do álbum Gameshow que eu simplesmente detesto (também por que existe uma música chamada Settle), porém esta canção é a com a letra mais complexa da banda, eu simplesmente ADORO a letra desta música e explicarei os motivos.
Para começo de conversa, Good Morning tem uma letra que a primeira vista pode ser confusa e diferente, principalmente levando em conta que as duas estrofes parecem não fazer o mínimo sentido, porém digo com certeza que a partir da terceira ou quarta lida você consegue pegar os pontos e entender a mensagem que TDCC quer nos passar.
Good Morning é uma música sobre vícios. Ela aborda uma pessoa que, confusa com seus pensamentos, sabe que o que ela está fazendo é prejudicial, que ela precisa parar, porém sem sucesso, a necessidade de se obter os hormônios provindos do vício é mais forte e isso a armazena em um calabouço onde a única certeza é que você não conseguirá as chaves da cela.
As duas primeiras estrofes são as mais confusas e eu mesmo não tenho 100% de certeza sobre meu pensamento frente as mesmas, porém as minhas teorias podem fazer sentido. A música começa com a estrofe: “I'm a sinner, I'm the victim I'm an alien when I'm myself I'm a healer, I'm a fixer I'm a present danger to my health“. A segunda estrofe já é:” I'm so strong Doing what I'm supposed to do There's something wrong With somebody like me” Vamos entender cada parte dela.
Em “I'm a sinner, I'm the victim”, o narrador diz que ao mesmo tempo que ele peca, ou seja quando ele comete o vício, ele é a vítima, pois ele se tornou escravo do prazer que o vício causa. Em “I'm an alien when I'm myself”, ele já se descreve como ser uma pessoa diferente quando si mesma, e isso pode ser explicado como se ele não soubesse mais quem ele é sem a presença do vício. Em “I'm a healer, I'm a fixer”, o narrador já afirma que é o curandeiro, o corretor, porém acredito que ele esteja falando do vício, onde este curaria alguma emoção ou algum sofrimento que ele estivesse passando. E, finalmente, em: “I'm a present danger to my health”, não precisa de muita explicação, o sentido está explícito. O narrador claramente diz entender que ele é o maior perigo de si mesmo.
Em “I'm so strong Doing what I'm supposed to do”, o narrador basicamente diz que ele se sente forte fazendo o que ele é destinado para fazer, ou seja, ele se empodera ao uso dos viciantes. Já em “There's something wrong With somebody like me“, ele vê que algo consigo mesmo está errado, ele tem a compreensão que o vício é apenas uma máscara, porém o problema maior ainda está existe, ainda é o que ela cobre, basta retirar-la que ele aparece.
Por essas duas estrofes podemos ver e notar o modo como a banda irá abordar este assunto e o sentido principal da obra. Uma estrofe que atiça minha curiosidade é a terceira: “ I've been here before, the warning It opens up the door And now I'm falling”, ela chama minha atenção muito pelo jogo de palavras e pelo sentido da mesma. Na estrofe,o narrador diz estar ali, consumindo o vício, antes do aviso, ou seja, antes de provavelmente ele mesmo perceber que estava se prejudicando, porém ele também diz que ao notar este fato o mesmo já estava caindo, ou seja, era tarde demais e ele já havia mergulhado de cabeça no vício. Isso mostra o quão perdido nosso narrador está e como ele tenta pedir socorro e não possui esperanças suficientes para chamar.
A quarta estrofe: “Why did I let it go? Why did I leave myself? No explanation as to why I'm here and not somewhere else It's reaping what I sow I think I need some help I wanna let you in and I'll begin” é muito importante. Ela representa toda a frustração interna que o narrador está passando e como ele identificou os malefícios que o vício está causando apesar dos momentos de prazer. Ele se pergunta porquê ele se deixou estar naquela situação, ele se culpa por não estar em outro estado de vida, ele vê que precisa de ajuda e finalmente acaba mais uma vez usufruindo do vício para oprimir suas dores internas.
As restantes estrofes possuem sentidos muito semelhantes e resumem todo o mal-estar emocional do narrador. Elas servem para notabilizar o estado deficitário mental do narrador, e demonstrar o quão perdido o mesmo está e ainda assim ele tenta de alguma forma sair, porém sem sucesso.
Falando da quinta, vendo o trecho: “I've been trying to find an answer That I'm certain I will never know I won't depend on something supernatural I won't pretend that it's gotta be right for me”, ele se enxerga em um estado tão profundo de dependência viciosa que o mesmo já não vê sentido nem mesmo em tentar acreditar em uma religião, pois sabe que não será isso que será capaz de fazer-lo melhorar. Este pensamento muito provavelmente vem do fato do mesmo ter conhecimento, mesmo internamente, de que ele apenas está viciado pois existem sentimentos, emoções mal resolvidas dentro de si. Outra curiosidade que se apresenta nessa estrofe é o pessimismo do mesmo, ao dizer que ele sabe que não encontrará respostas, ele sub-conscientemente diz para si mesmo que será eternamente escravo do vício.
Finalmente, na sexta e última estrofe, vemos o trecho: “ I always simplify this all the time Somehow I think that I'm alone I wake up every day and change my mind Good morning“, pode-se perceber que o narrador todo dia ao tentar se livrar do vício, ele se força a superar, porém sempre que acorda ele muda de ideia e volta a pensar em quando poderá voltar denovo e se deleitar do detrito vicioso.
Good Morning não é apenas uma música, é quase um hino de quem já conviveu ou convive com vícios. Eu atualmente vivo com um vício e esta obra descreve com certeza os sentimentos que aparecem. Tentar superar sua mente porém a mesma ser mais forte que você, dormir com um objetivo e acordar com outro, ter o peso da consciência porém não conseguir lidar com o mesmo. Esta música reflete a vida de um viciado e de como o vício é na verdade um pedido de socorro, uma chamada de melhora, a última cartada do nosso corpo para que continuemos vendo sentido na vida, sem ter que encarar o sentimento de frente. Sinceramente, que letra, incrível. Arrepiei um total de 5 vezes nesse texto.
Em relação a composição musical não tenho o mesmo brio. Claro, o ritmo e a melodia é legalzinha, bacana, porém o efeito eletrônico é bem pensado e incrivelmente mal executado, existe uma diferenciação entre a entonação da voz e a entonação dos efeitos sonoros, pode-se notar um certo amadorismo neste sentido inclusive, esta música tinha tudo pra ser uma The Streetlights and The Rain, porém a parte na minha opinião mais complexa da música atua novamente.
Good Morning é uma música que nos mostra a visão de todos os lados de como um vício pode detonar uma pessoa e como ele é ao mesmo tempo a válvula de escape dos péssimos sentimentos e emoções que uma pessoa pode carregar consigo. Acredito que músicas assim são necessárias em nossa sociedade que tanto cria pessoas com problemas psicológicos e que acabam indo parar em uma situação parecida, incluindo eu mesmo. A nota desta música será 3,8.
Termino então com um trecho da música que resume o vício de forma perfeita: “Even with nothing left, I've got more than you know “, interprete como quiser.
Referências Bibliográficas
www.discogs.com
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#4 - Lighthouse Family: The Streetlights and The Rain - “I'll find a better place out there”
Olá pessoal!
Lighthouse Family é uma banda britânica de Newcastle. Seu gênero é o soul music estilo anos 80. Ela é formada por Tunde Baiyewu (compositor e vocalista) e Paul Tucker (compositor e músico). Suas músicas retratam amor, relacionamentos e acima motivação e auto-astral. A banda já lançou 4 álbuns, do qual o mais antigo ,“Ocean Drive”, foi lançado em 1995, e o mais recente, “Blue Sky in your Head” foi lançado em 2019.

Conheci esta banda por meio de uma rádio aqui de Minas Gerais, a 102,9 FM. Essa inclusive que toca músicas desconhecidas, retrôs, indies e muitas outras desses gêneros não tão apreciados pelas massas. Um caso engraçado em relação a ela, é que passei 4 anos da minha vida, de 2013 a 2017, procurando pela música “Run”. Lembro de ficar tentando escrever no Google a letra dela e ouvir uma por uma das músicas que apareciam. O mais engraçado é que eu fui descobrir a música no dia do meu aniversário, quando ela tocou na rádio e eu coloquei o app “Shazam” para pegar o nome. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
O álbum “Blue Sky in your Head” foi lançado depois de um hiato de 18 anos! Isso se reflete na modernização das canções, tendo um ritmo mais eletrônico sem perder a essência dos clássicos da banda. Esse fato é o que mais me agrada na banda, a capacidade de se moldar frente as diferenças, aos acontecimentos que vivenciamos ao longo de nossas vidas, e essa moldagem está presente em “The Streelights and The Rain”.
A música é sobre o término de um relacionamento e a reflexão que o narrador obtém desse processo. O começo eu acho sensacional, pois a canção já inicia com “I can hear the front door As it shuts behind me“, ou seja, é literalmente como se estivéssemos ao vivo com o narrador vivenciando a situação. Ele acaba de ter seu relacionamento terminado, (o longo da música veremos que ele é quem termina o relacionamento), e estaremos com ele para refletirmos sobre o que será de agora.
Hoje em dia se é muito comum ver músicas sobre término sendo definidas por um monólogo de xingamentos contra o outro lado, parecendo que você foi um santo e a culpa foi inteiramente do ex-parceiro. Isso felizmente não acontece em “The Streetlights and The Rain”.
Na obra, o narrador em momento nenhum denigre ou sequer culpa sua possível ex-parceira/o. Ele, na realidade, define o fim de maneira bem mais realista, uso de exemplo esse trecho: “And there's no point crying Tryna change your mind Maybe that's the way it goes”, onde o narrador afirma que não vale a pena chorar, se doer, pois o relacionamento não era pra render. Outro trecho é: “ And there's nothing I can do about it But the world, it won't stop spinning round I know, I'll find a better place out there Somewhere”, onde o narrador diz claramente que não havia mais o que fazer e que ele irá encontrar um lugar melhor, e, assim como a Terra gira, ele sairia de um relacionamento que não estava dando certo para um outro local que o realizasse. Eu interpretei essa parte do realizasse como não uma próxima relação amorosa mas como um próximo local de paz espiritual, porém deixa-se aberto a pensamentos.
O que Lighthouse Family tenta nos passar por meio de The Streetlights and The Rain é a visão de que devemos ignorar as culpas, os receios, a raiva, e focar no em ir atrás do novo, do próximo, sem amarras ao passado. Outra lição que a banda nos passa é em relação ao trecho “ But the world, it won't stop spinning round “, onde se passa a mensagem que o mundo gira, ou seja, em um momento estamos pra baixo, porém em outro iremos para cima, por isso devemos sempre persistir no que nos valoriza, nos faz acordar de manhã, no que nos faz feliz, por que isso é o que no final fará nossa estadia valer a pena!
O ritmo anos 80 e a melodia agradável de uma música que você com certeza ouviria num sábado chuvoso enoitecido me faz me decair ainda mais na vibe de The Streelights and The Rain. O uso de um piano em conjunto com uma bateria calma e uma eletrônica dosada na medida certa é completamente contextual com um relacionamento acabado e uma nova fase de vida, o que torna a melodia rítmica sensacional! A melhor de Lighthouse Family na minha opinião.
Por eu ter vivido uma situação idêntica a da música, ela tende a se encaixar mais comigo e ter uma valorização maior, e eu reconheço isso. The Streetlights and The Rain é uma música que ao mesmo tempo que explora o término, ela nos livra do sentimento destrutivo da culpa e do remorso e nos ensina a focar em nossas próprias vivências e cortar as linhas do passado. Uma letra fenomenal para um ritmo sensacional para uma banda surreal. Nota 5 e completamente merecedor!
Mais uma vez, Lighthouse Family se prova ser a mestre em se moldar perante ao que a modernidade pede.
Referências Bibliográficas
https://pausadramatica.com.br/
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#3 - Ram Di Dam: Half Asleep - “was it me or you?”
Olá pessoal!
Ram Di Dam foi uma banda sueca de Indie Pop, composta por: Karl Sundström, Jens Esping, Hugo Welther, Mathias Ek e Tobias Sandström. O conjunto ficou internacionalmente conhecido devido a música “Flashbacks”, muito devido a sua participação na soundtrack do jogo “FIFA 11″.

A banda infelizmente terminou por motivos desconhecidos, não se há nenhuma fala de nenhum integrante sobre o término. O vocalista, Karl, e o baterista, Mathias, formaram uma nova banda chamada “TERRA”, esta a qual não tenho repertório para comentar, porém futuramente ela poderá estar presente aqui...
Esta banda é definitivamente a minha favorita. Vocês irão ver muito de Moon Taxi, Young The Giant, Far Caspian, Sir Sly, entre outras bandas muito boas, porém essa é de longe a minha favorita. Todas, absolutamente TODAS as músicas que essa banda produziu são boas em todos os aspectos, desde a letra até o ritmo empolgante que um Indie Pop necessita. Porém, entre tantas músicas boas existe aquela que se diferencia das outras e te marca mais, e esta é Half Asleep. Por isso eu digo que a melhor música da melhor banda é a minha música favorita, e de fato é! Mas por quê?
Para começo de conversa devemos refletir sobre a lyrics? Certo? Exato! Porém, essa reflexão musical será diferente. Eu não consigo refletir da mesma forma que as outras músicas com essa, pois Half Asleep é uma música que, fazendo aproximadamente 6 anos, eu ainda não cheguei a um veredito sobre esta letra, e isso faz essa música ser ainda mais fenomenal.
Fazendo uma análise atual com minha presente mentalidade, eu diria que Half Asleep é uma música sobre um casal em uma parte delicada do seu relacionamento, onde os dois não se aguentam mais e pensam frequentemente em terminar. O método como esse sentimento é colocado é sensacional. As estrofes possuem um padrão, onde o começo representa os pensamentos que ambos possuem nesse momento, o meio representa a luta para que ambos consigam dar certo, mas o final demonstra que eles não conseguem. Esse padrão se repete nas 3 estrofes da música, provocando uma agilidade reflexiva onde pode-se colocar no lugar do narrador e vivenciar uma hipótese do que seria este relacionamento. Como se algo no meio do caminho tivesse atrapalhado o momento e eles simplesmente não conseguem reentrar em sincronia, como uma moeda balançando em pé em uma mesa, ela pode girar e girar, porém basta um movimento oportuno, seja do ar ou seu, para que ela caia e nunca mais volte a se sincronizar.
Você então pode me perguntar: “Essa análise parece estar concreta, porém por que você considera que não chegou a um veredito e principalmente por que você não citou nenhum trecho da música”. E esse é o ponto que eu gostaria de chegar. 2 anos atrás eu também anlisei ela e também cheguei a uma conclusão, porém completamente diferente. No caso, eu cheguei a conclusão que Half Asleep era sobre uma pessoa com ideias e que não sabia aplicar, e se analisar a música notará que isso pode ser verdade.
A letra de Half Asleep é definitivamente uma das mais complexas que eu já vi! Em APENAS 3 estrofes ela consegue criar diversos paralelos e pensamentos que podem variar dentre tantas coisas distintas. Este é outro motivo pelo qual tanto amo essa música.
Então, finalizamos que Half Asleep não possui uma visão específica e que meus pensamentos sobre ela será nula? Errado meu caro gafanhoto. Note que em nenhum momento dos parágrafos acima eu citei a palavra reflexão, simplesmente pois eu não refleti sobre a música, e essa é a principal diferença entre análise e reflexão. Analisar uma música é pegar uma letra e destrinchar-la e realmente juntar seus pensamentos e concluir com o que você acha que é o pensamento do compositor ao criar esta obra de arte. Refletir é pegar o conjunto de análises que você conseguiu criar, juntar-las e montar o quebra cabeça a ponto de determinar pontos em comum em que a letra se tornaria mais significativa do que ela aparenta se, contendo detalhes de diferentes análises e talvez até criando um próprio significado reflexivo. E esta música é o melhor exemplo que eu já vi sobre isso.
Temos então 2 pensamentos principais. Um que a música é sobre relacionamento em ruínas e outro em que a música é sobre conflitos pessoais em busca de ideias. E se eu dissesse que existe um terceiro? Este, então, que une os 2 pensamentos e monta um esquema que, ATUALMENTE, é o que eu acredito que a música possa representar. Essa reflexão em específico, seria que a música seria uma metalinguagem com quem está lendo-a, ou seja, uma música sobre analisar músicas. Como isso pode ser explicado?
Refletindo sobre a letra de Half Asleep, notei alguns trechos interessantes. O trecho “ So many ideas but I'm still there In every word, with every thought “, traduz o momento de um reflexionista onde ele se perde em suas próprias ideias e não consegue avançar, e isso é o que acontece nesta música, nós nos acostumamos tanto com o senso comum de músicas de temas semelhantes, que desaprendemos aos poucos a ver músicas que possuem uma pegada completamente diferente, caso de Half Asleep.
Outro trecho a se destacar é: “Who was I the one you thought I would be It's not about that now Can you work this out? “, onde é deixado implícito a motivação de se descobrir a fundo o que a música representa e ao mesmo tempo a frustração de não se chegar a onde queria chegar.
Finalmente, “ So keep me down, I won't mind Cause I'll start and lose it all again“. Ele basicamente diz que sua busca pode continuar o deixando para baixo, pois ainda assim ele irá começar de novo e falhar novamente. Isso representa como as diferentes reflexões entram em conflito e começam a causar uma confusão tal que se começa a anular seus próprios pensamentos.
As análises ainda sobre relacionamento e busca de ideias estariam relacionadas com a reflexão de Metalinguagem. Para isso, vemos que em ambas análises se vê uma pessoa pensativa, lidando com um problema e que não consegue encontrar soluções. Outro fato é que nas as análises pode-se perceber a relação do personagem com palavras, seja em palavras metafóricas ou em palavras literais. O último fato seria que o termo de Metalinguagem envolve tanto o relacionamento quanto a busca de ideias. Na análise musical, se pega o amor e suas implicações e o conjunto de ideias contidas para, em conjunto, moldar o significado que tal expressão artística pode ter.
São por esses motivos que acredito que Half Asleep é uma música sobre metalinguagem e análise musical. Então você pode me questionar, que essa foi uma completa maluquice e na verdade a música só quer falar de um relacionamento arruinado. Talvez! Talvez essa música seja algo raso e eu simplesmente não consegui pegar ainda. Porém a arte das artes é a interpretação, e acredito veementemente que uma letra tão complexa quanto de Half Asleep, onde se faz um ritmo de conversa, sem se citar quem está do outro lado, sem um contexto da situação, apenas pistas do que supostamente está acontecendo, consegue deixar inúmeros pensamentos, mesmo que em tantas poucas estrofes.
Falando brevemente sobre o ritmo/melodia da música, eles são perfeitos. Sim, eu sou completamente suspeito para falar dessa música. Eu sinceramente não consigo enxergar problemas. O ritmo e a melodia se encaixam na voz magnífica de Karl, se é respeitado o gênero, ambos são divertidos e com certeza não irritantes. O único defeito é a qualidade do áudio não ser tão boa, porém isso é problema da gravadora não da música.
Half Asleep é uma música inexplicável, cheia de significados e acima de tudo original e vistosa. Obviamente, ela é nota 5 estrelas!
Ela é a maior prova de que Ram Di Dam não deveria ter acabado pelo bem da música como arte. Eu espero ainda chegar a um veredito sobre a obra e finalmente dizer que cheguei a um fim. Porém, até lá, ficarei no meu carrossel de significados e em dúvidas sobre a mensagem que a banda tentou me passar, porém sempre com a esperança de que conseguirei solucionar o mistério da música da minha vida.
Referências Bibliográficas:
vagalume.com.br
https://www.facebook.com/ramdidam/
Mas enfim...
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#2 - Raury: Crystal Express - “to the sun ”
Olá pessoal!
Raury é um músico estadunidense, nativo do estado da Georgia. Ele é conhecido por suas músicas ecléticas, misturando desde a simplicidade do folk ao embaralho necessário de um hip hop até a melodia sagaz de rap. Assim, tecnicamente falando ele não é um cantor Indie, porém estarei traindo o movimento por essa postagem.

A música “Crystal Express” é a oitava música do mais recente álbum do cantor, “All We Need”, lançado em 16 de Outubro de 2015. Inclusive, este álbum é bastante influenciado pela depressão que o artista infelizmente foi diagnosticado. Uma coisa curiosa a se comentar, é que no lançamento do álbum, Raury fez uma “Crystal Express tour”, onde o mesmo fez uma exibição de arte envolvendo suas músicas e sua trajetória, em um ambiente de 70 pessoas com headphones sincronizados.
A princípio, dando uma olhada superficial nas lyrics, pode-se pensar que Crystal Express nada mais é que uma música genérica sobre como devemos valorizar nossa estadia na Terra, assim como tantas outras milhares de músicas fizeram, fazem e irão fazer. Bom, essa visão está errada.
Para começo de conversa, vamos analisar cada estrofe.
A primeira estrofe se enfoca no sentido de estarmos aqui, no por que estamos vivos e vivendo esta vida. Ela deixa muito claro o sentimento de frustração e desconhecimento referente a vida que o degustador tende a obter, e isso fica explícito no trecho: “ You might be confused and hyperventilated Worried about the future ”. Outro fato é que o narrador deixa claro que a vida de fato não é perfeita: “ And life is incoherent” porém ele deixa implícito que quem faz o sentido da mesma somos nós, no trecho: “ You came here for a reason But you cannot remember it ” é se dito que nós viemos por um motivo, nós estamos aqui por algo, porém não podemos lembrar, e eu interpreto isso como que nós criamos nosso próprio sentido, por isso não lembramos de algo mais divino. No final, quem dá sentido a vida é quem a vive. No final da estrofe, o narrador então, dá uma dica para quem está tendo as dúvidas existenciais: “ Pull up to the station Climb up on the crystal express “. Interpreto isso como um convite a quem está tão amargurado nos pensamentos a pular para dentro do Crystal Express, que seria o expresso da calma, da paciência, do auto-conhecimento. É um convite para a auto-realização!
Na segunda estrofe, o narrador cita algo que supostamente aconteceria no Crystal Express, o que seria a busca pelo auto-conhecimento. No trecho: “ Pray we'll find a way to the sun “, vemos que Raury deixa explícito sua vontade por encontrar o caminho do Sol, que no contexto abordado, seria finalmente o auto-conhecimento.
O refrão é a parte da música onde mais se está abertas as inúmeras interpretações e reflexões. A minha, por exemplo, envolve a alimentação das sessões de reflexão, ou seja, em: “ Cause you give me life “, o narrador quer dizer que suas reflexões, sua busca pelo motivo divino lhe deu vida, e se é retribuído em: “ Give it all before it's gone And I'll give you life”. O que está acontecendo, meus caros, é a demonstração de sessões de auto-conhecimento, de meditação, da busca pelo sentido da vida. Se é narrado a troca de energias entre o ser físico e um ser espiritual em busca de respostas, que são resumidas: “ And we all, we all, we all need light “, trecho este que basicamente diz que todos os seres físicos precisam de luz, ou seja, auto-conhecimento.
A terceira e última estrofe é parecida com a primeira, no sentido de trazer pessoas a buscar essa oportunidade de se ver muito além de apenas em estado físico, porém um trecho me chamou mais atenção, que é o: “ Diamonds go through heat and constant pressure for creation “. Neste pedaço, o narrador afirma, por meio de uma analogia, que assim como Diamantes passam por estados deploráveis para serem criados, também precisamos passar por momentos difíceis para podermos alcançar o objetivo final.
A música “Crystal Express” vai além de apenas querer buscar a valorização da própria vida. Ela também é um convite ao degustante para o auto-conhecimento, o descobrimento de os seus interiores, de seu estado físico e espiritual, de sua mentalidade e de seus comportamentos, onde o mesmo busque em si o que lhe dá sentido a sua vida. Definitivamente, Raury fez uma obra-prima em letras e acordes. Esta com certeza é uma das melhores músicas que já ouvi. A única crítica que eu faço será relacionado a repetição do refrão, ele realmente poderia ter sido melhor desenvolvido. Em alguns momentos da música sinto certo desconforto por sua repetição, porém nada que atrapalhe a experiência.
Em termos de composição e melodia, eu diria que Crystal Express não peca em absolutamente nenhum aspecto. O som melódico por meio de batidas clássicas são memoráveis, qualquer lugar que eu esteja e que mesmo por acaso eu ouça algo parecido, eu me lembrarei na hora de Crystal Express. Esta repetição de sons agradáveis e característicos é o que eu chamo de personalidade musical. É o que faz diferenciar uma música auto-sustentável do oceano de genéricos. Em resumo, a melodia, ritmo, composição são perfeitos para o contexto, para o gênero e principalmente para minha mente!
Definitivamente, Raury é um gênio. Ele conseguiu criar uma música que abordasse temas tão importantes e ignorados por muitos na minha opinião, com uma personalidade própria e memorável e uma letra simplesmente fenomenal. Dou uma nota 4.8 com muita felicidade e com muito orgulho. Um jovem de 19 anos fazer algo tão fenomenal deveria ser mais divulgado.
E é por isso que vejo que Raury futuramente se tornará em uma referência, talvez não em números, mas em ensinamentos e principalmente em auto-conhecimento,
Referências Bibliográficas:
http://stylemagazine.com/
https://www.letras.mus.br/
Mas enfim...
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#1 - Sir Sly: Headfirst - “ I could dive in headfirst”
Olá pessoal!
Sir Sly é uma banda americana criada em Los Angeles, Califórnia. Ela possui 3 integrantes principais: Landon Jacobs; Jason Suwito; Hayden Coplen. O gêneros musicais mais cantados pela mesma são o Indie Pop e o Indie Rock.

“Headfirst” é a nona música do mais recente álbum da banda, “Don’t You Worry, Honey”. Este inclusive ocorreu no momento mais difícil da vida do vocalista Landon Jacobs, onde o mesmo se divorciou e infelizmente presenciou o falecimento de sua mãe. Estes tristes fatos influenciaram os trejeitos do álbum e consequentemente moldaram os significados das músicas, e uma delas é Headfirst. Inclusive esta é a minha música preferida do conjunto.

Para podermos analisar cada parte da letra, irei dividir-la em 3 partes, cada uma com um contexto e com uma explicação complementadora. Lembrando que não li ABSOLUTAMENTE NENHUMA análise da música, ou seja, esta reflexão é puramente fruto da minha visão e minha mentalidade.
Primeira Parte: “ I think that I could try “
Nesta primeira parte, vemos o narrador motivado a começar um relacionamento com o que seria “uma garota loira, com 190cm e com muito amor para dar”. No trecho: “ I could dive in like open water “ o narrador admite que pensa em aprofundar de vez em um relacionamento com essa pessoa.
Podemos ver também que ele está de certa forma modificado por seu envolvimento anterior, principalmente pois no trecho: “ Maybe I'm not, maybe I am ready to love again “ o narrador se mostra indeciso sobre amar denovo, e pode-se “pescar” no contexto que ele muito provavelmente sofreu algum trauma anterior, e isso o impede internamente de “cair de cabeça” neste novo relacionamento.
Segunda Parte: “ Do I even want new love? “
Nesta segunda parte, vemos um narrador diferente, um narrador negativo, pessimista e claramente duvidoso quanto a própria índole e auto-confiança. Notamos isso no trecho: “ And now I'm wondering If being alone, being afraid of being alone Makes it worth it to jump again”, onde percebe-se um trauma acontecido na vida do mesmo. Penso que de certa forma um abandono sofrido pelo narrador em seu passado o atormenta até hoje, e esse fato se confirma no próximo trecho, onde em: “Will I just go numb again? And do something dumb again? Like cheat on my best friend? “ ele admite que por causa deste medo de abandono ele chega a parte chave da música, que foi trair seu melhor amigo, ou seja, fazendo uso da norma-informal, talaricando-o.
Outra parte que chama muita atenção é em: “ A familiar, anxious spiral “. Neste trecho, o narrador diz que essa sua atitude de ter medo do abandono e isso provocar algum dano em si mesmo se tornou um espiral, ou seja, um looping de ações onde ele sempre termina mal. Esse pensamento se torna presente no próximo verso, onde em: “ I could write these words a thousand times and recite them like my Holy Bible “ ele deixa explícito que, fazendo um paralelo que a Bílbia seria o livro sagrado de verdades, suas atitudes seriam o que moldam o mesmo, e o próprio se vê formado apenas por isso, sem esperanças de melhora, a não ser tentar amar denovo, como dito em: “Maybe falling in love is vital And if I don't try now, I won't be able to when I'd like to”.
Na finalização da segunda parte, o narrador ainda confirma seu arrependimento por ter supostamente traído seu melhor amigo e seu suposto medo de abandono, o trecho: “ After all the things I've done The last time, how I fucked it up Do I really want new love? Do I even want new love?” demonstra todo esse oceano de sentimentos.
Terceira Parte: “Cause I'm tired of being alone, being afraid of being alone, forever”
Na terceira parte, vemos um narrador finalmente cansado de suas próprias amarras sentimentais e em busca de uma conclusão graciosa para seu inferno emocional. No trecho que dá título a esta parte, o narrador afirma que está cansado de seu medo de abandono e que quer mudar, porém a próxima parte: “ I wanna find love, but lately I'm thinking that I'm not enough And whether I could dive in headfirst” mostra claramente como sua insegurança ainda o impede de se auto-superar.
Finalmente chegamos a última estrofe. Nela, o narrador termina a música pensando nas vantagens que seria mergulhar de cabeça em um relacionamento e então assim, talvez, alcançar sua própria felicidade.
O que essas três partes no final representam pra mim? Bom, na minha opinião, elas em conjunto representam o universo emocional que o narrador vive e como suas frustrações o consomem a ponto de ele cometer erros óbvios a fim de tentar escapar de seus próprios medos. Porém, também representam a força de vontade de alguém que, no fundo, quer mudar, e que estaria arriscado até a mergulhar de cabeça denovo para poder finalmente se curar.
A complexidade da letra na realidade está muito acima de apenas uma história de uma pessoa. Ela está no que a realidade abordada atinge a quase todos nós. A luta interna de traumas passados e de um emocional marcado por frustrações contra nossa própria vontade de deixar para trás e mergulhar de cabeça denovo em algo que deu errado anteriormente, mas você sabe que o único jeito de conseguir superar é tentar novamente, mesmo que isso possa doer. No final essa é a mensagem que Sir Sly quer passar para nós, a mensagem que não importa o quão machucados podemos estar por razões antigas, devemos ainda tentar novamente (guardadas devidas proporções), pois no final, é o único caminho de curar as feridas.
A composição musical de Headfirst me lembra muito o trap minimalista, ou seja, uma melodia calma, que abusa de uma bateria singela e de um eletrônico condizente com o ritmo da voz, ritmo esse inclusive que acredito ser a melhor parte da música. Um ritmo calmo, sem gritarias e exageros vocais, e com um ar de frustração condizente com a letra. Eu diria que essa melodia é precisa para a música e perfeita para o contexto abordado, onde emoções entram em conflito e afetam diretamente a realidade dos fatos, embora o final tenha sido extremamente inferior ao resto da melodia, faltou um certo toque que havia sido recorrente na produção.
Finalizando o texto, concluo que Headfirst é uma música sobre frustrações e superações, sobre como devemos superar nossos próprios infernos mentais e buscar a glória que causou a frustração inicial. Com um ritmo “Indie-Trap” perfeitamente condizente com o contexto e com o ritmo da voz de Landon Jacobs, Headfirst me conquistou e talvez também possa te conquistar. Dou 4,8 estrelas de 5, só não foi total devido ao finalzinho que achei o ritmo bem frustrante, porém nada absurdo.
Espero que tenha gostado da reflexão! Deixe seu comentário falando se concordou ou não e deixando sua opinião sobre!
Recomendo que vejam os desenhos feitos pela DebSantos! Ela ilustrou a música segundo o jeito que ela interpretou a situação e eu achei fantástico! https://twitter.com/dsantosart/status/1255554261720727556
Referências Bibliográficas:
https://www.deezer.com
https://atwoodmagazine.com/
Mas enfim...
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Note
Coloca easy life? :( eles lançaram EP ontem
Sua sugestão foi colocada em consideração. O autor do blog ouvirá e futuramente quem sabe 0_0
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