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O acto confessionário
Poema de palavras e frases soltas que formam e completam o que eu sou. A incessante procura de alguém que possa ajudar-me sair deste turbilhão de pensamentos inúteis.
Falo contigo porque quero partilhar algo de mim contigo. Olha para mim. Olha, por favor.
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5 novembro 2015
sento-me no chão na varanda surgem-me palavras olho para a chuva miudinha a cair lentamente levo-me com elas
em vez de papel e caneta pego numa máquina e escrevo rápido sem pensar duas vezes treino os dedos e liberto-me sinto-me livre quero ser livre
baixo o volume tenho medo dos olhares intimidados mas não passa nenhuma alma mudo de música
ouço o som de máquinas até a música é de máquinas
bebo um chá quente dizem-me que faz mal não quero saber havemos de morrer um dia
estou calma mas a minha escrita não preciso de libertar-me estes alicerces não não servem mais repito, estou calma
desisti de uma disciplina não é de mim não é repito, vou repeti-lo
hazel, youtube isto é vida vida mundana de universitária do primeiro ano ninguém quer saber pais querem mas estão longe
preciso de alguém desse alguém procuro incessantemente sempre todos os dias digo sempre que não vejo mas vejo procuro-o procuro-a não sei ao certo quero saber
dizem que a personalidade muito forte não dá corro risco de acabar como agora escrevendo coisinhas de treta para me soltar destes dias destes meses
olho para a cozinha lavei-a não chega não posso ser só eu não
fogem-me os pensamentos fogem-me as palavras passa um taxi não vi quem estava vista nublada escolho o que ver quero vê-lo.
batidas mecânicas batidas físicas ainda respiro procuro o lugar nisto nisto o quê? também não sei acho que chamam crise existencial
olha para mim cara esbozada cavada olhar murcho penteado descuidado pijama de dias pose desleixada a beber chá às três da manhã a soltar-se na máquina olha olha para mim estou sem pele nua olha para mim
mudo de pose lado esquerdo frio contraste dos dois mundos quero estar lá fora mas o corpo não obedece não quero estar lá fora sinto-me presa não quero grito grito com todas as minhas forças ninguém me ouve quero que oiçam quero dizer quem eu sou não quero ficar assim quero liberta-me deixa-me permita-me porquê não dizem não
estou cansada dias sem fim noites sem fim quero-o preciso de alguém ele preciso-o porquê que ele não está dizem tem paciência não tenho, desculpa passei vinte e quatro masi vinte e quatro a pensar nele onde estás onde
eu continuo na varanda à espera de ti quero que saibas estarei à varanda à tua espera
a chuva cai torrencialmente tem cuidado vem ter aqui dar-te-ei abrigo ou então vou contigo enfrentaremos a chuva juntos enfrentaremos o vento
tremo o frio está do lado direito não posso mais as minhas mãos tremem já não consigo escrever direito nesta maldita máquina que me consome as horas sem afins sem por onde ir maldita
a esta altura já tenho frio perguntas porquê eu digo sem levantar o olhar o novembro está entrando pela janela aberta sinto a brisa da madrugada estou a acabar o chá sinto frio tenho frio quero dormir vou dormir
não estou em mim.
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