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Divagações certamente duvidosas. Seria isso um paradoxo?

Vivemos em mundo de paradoxos, e uma sociedade que parece cada vez menos saber como lidar com isso. Charles Handy em 1994 já abordava o tema em sua obra “A era do paradoxo”. Ele parecia estar a frente no tempo e já mostrava perceber uma sociedade que não conseguiria se adaptar aos parodoxos, perceber uma socidade que estaria sempre tentando mudá-los ou resolvê-los. Sinto muito isso hoje em dia, principalmente em questões políticas e sociais: sou de esquerda ou direita? Devo trabalhar mais ou me contentar com uma vida mais simples e tranquila? Viajar ou comprar o carro novo?

A maturidade para conviver com os paradoxos é uma questão chave para evoluir como indivíduo. Pois hoje, vivemos nas “certezas” que a ciência tanto almeja sempre alcançar e pregar como verdade e, ao mesmo tempo, na dúvida fomentada pelas provocações filosóficas que aparecem advindas do cotidiano e do convívio em sociedade. Sinto que cada vez mais é cobrado posicionamento para tudo, ficar em cima do muro chega a ser vergonhoso para muitos. Apesar disso, acredito que se posicionar menos e procurar saber mais é uma boa terapia para conviver com os paradoxos. Mitigar a quantidade de declarações infudadas ou imaturas pelo simples fato de não enxergar um “terceiro ângulo” de determinadas situaçãoes. Uma terapia que consiste também em saber utilizar o paradoxo como processo de amadurecimento e evolução e saber que podemos sim mudar de opnião e aceitar uma outra vertente de ideias e estilo de vida.

Busco refletir e buscar um equilíbro, equilíbrio esse que ajuda a manejar o paradoxo racionalidade e intuição, o parodoxo certeza e duvida, e tantos outros que fazem parte de nossas rotinas. Até porque, a certeza do que escrevi aqui era a dúvida de alguns minutos atrás e as decisões que tomo não necessariamente diminuirão as dúvidas e os paradoxos.

Autor: Vitor Baldessar, nov/2015

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OLHA O POST DO SENADO BRASILEIRO

Enquanto a maioria dos países desenvolvidos estão legalizando não só a cannabis mas todas as drogas, o Brasil tem como líderes pessoas com a mente do século passado, que fazem posts desse tipo sem fonte e pesquisa alguma, ajudando a espalhar a ignorância.

Legalizar as drogas não é um incentivo ao consumo delas, pelo contrário, a legalização das drogas permite que você trate este assunto como um tópico de saúde e não criminal, além de conseguir gerar capital com os impostos arrecadados, impostos esses que podem ser usados para investimento em saúde e educação por exemplo. 

Existe ainda o fator “população carcerária”, onde mais da metade de todos os detentos têm como crime o porte de drogas. Na prática isso significa que se o usuário puder comprar as drogas em um lugar adequado, como um bar, que siga os padrões estabelecidos por leis pensadas em conjunto com especialistas sobre o assunto, o numero de traficantes cairá drasticamente, assim como as prisões de usuários, que antes entravam na cadeia com um problema com drogas, e saiam de lá bandidos formados, quando deveriam ser transformados e habilitados a viver em sociedade, acabam se transformando em assaltantes perigosos.

A cannabis por sua vez apresenta sim alguns riscos, como a potencialização da ansiedade, a dependência psicológica, possíveis problemas pulmonares, porém até hoje não existe nenhuma morte por overdose de cannabis, o que faz o post do senado federal perder totalmente a credibilidade, e vindo de uma instituição governamental isso deve ser considerado um problema grave de falta de responsabilidade. A cannabis é proibida exclusivamente por questões políticas (para mais detalhes acesse: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/10/origem-proibicao-maconha.html), após várias pesquisas científicas podemos afirmar com certeza que o álcool, que é tratado com tamanha naturalidade, é uma droga muito mais perigosa, tanto para quem consome, quanto para terceiros, devido a alteração de comportamento, causada pela inibição da sensação de medo e aumento da agressividade, efeitos que não são comuns nos usuários da cannabis.

A questão central não deve ser se a cannabis é uma droga boa ou não, o principal são as opiniões sem fundamentos, divulgadas sem nenhuma responsabilidade pelos órgãos públicos, o que agrava muito a desinformação e a ignorância sobre o assunto, isso consequentemente forma pessoas com pensamentos antiquados e sem base cientifica. 

Links úteis:

https://www.mood.com.br/maconha-e-outras-drogas/ https://exame.abril.com.br/tecnologia/maconha-e-144-vezes-mais-segura-que-o-alcool-diz-estudo/ http://www.almanaquesos.com/alcool-cigarro-maconha-ou-cocaina-qual-e-o-mais-perigoso/ https://super.abril.com.br/blog/superlistas/7-mitos-sobre-a-maconha/

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Bandido bom é bandido morto (?)

Com as constantes rebeliões nas prisões brasileiras a ideia do ‘bandido bom é bandido morto’ está mais presente do que nunca e já é utilizada pela maioria das pessoas, mas vamos refletir mais a fundo: Por que temos tantos bandidos no Brasil? Essa pergunta nos leva diretamente ao início de todo problema, e entender isso é a chave para chegarmos a uma solução. 

Primeiramente vale lembrar que uma prisão não tem somente a finalidade de punir, mas também de transformar. Teoricamente as pessoas que são condenadas a prisão falharam em conviver em sociedade, elas necessitam então de um direcionamento/instrução/apoio para mudar, caso contrário a estadia na cadeia vai torná-los ainda mais propensos a cometer crimes. 

Além disso a superlotação nas prisões acaba dificultando todo o cenário. No Brasil a grande maioria dos presos vem do tráfico, um artigo do jornal El País diz que segundo a Humans Rights Watch, regras sem clareza elevaram detenções indevidas no país, e esses entram nas prisões e lá se tornam realmente criminosos, enquanto isso todos os países desenvolvidos do mundo caminham em direção a legalização das drogas como forma de redução de danos, e nós ainda nem entendemos o que isso significa, pelo contrário, somos um dos países mais conservadores do globo. 

Mas voltando à questão central, por que existem menos criminosos na Islândia do que no Brasil? Seria apenas uma questão moral? Os Brasileiros já nascem mais malandros, ou nossa sociedade nos conduz a determinado comportamento? Na Islândia diferente do Brasil, a desigualdade social é muito baixa, a maioria das pessoas têm condições de uma vida digna, com empregos, casa própria e entretenimento acessível, logo fica nítido que ser criminoso não é somente uma questão moral, existe uma relação direta entre a desigualdade social e a criminalidade. Desta maneira antes de pensar que bandido bom é bandido morto, é necessário entender que para resolver o problema temos que focar em não 'produzir’ bandidos ao invés de exterminá-los, e para que isso aconteça é necessário que haja investimento na classe pobre, investimento em serviços públicos e principalmente em educação, só assim haverá melhora social e consequentemente diminuição da criminalidade.

Links úteis:

http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2013/06/governo-holandes-estuda-fechar-prisoes-devido-falta-de-criminosos.html http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/12/internacional/1484226240_232534.html http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-gasta-com-presos-quase-triplo-do-custo-por-aluno-3283167

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Siga este caminho

Desde sempre nos dizem o que fazer e por onde seguir pra chegar no sucesso. Só que para mim sucesso não é o mesmo que para você, meus valores não são os mesmos que os teus. E se o sucesso não tiver nada a ver com dinheiro? Você fez mestrado por que gosta do seu curso ou fez por dinheiro? O tempo é o bem mais precioso que temos, gastar esse tempo sem sentir prazer no que se faz é realmente um dos maiores males do mundo. Ter sucesso é ser feliz, independente de como.