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Para compreender as diferenças e características dos seguintes movimentos literários: Romantismo e Realismo, me debrucei sobre as obras: 1) Os Sofrimentos do Jovem Werther; 2) Madame Bovary. Leitura obrigatória para tal finalidade…
Madame Bovary
O grande clássico literário Madame Bovary, escrito por Gustave Flaubert, representa o movimento contrário ao romantismo, por assim dizer, chamado realismo. Este se iniciou no século no século XIX, na França, e teve como fundamento: retratar a realidade humana tal como se apresenta, sem idealizações.
Madame Bovary era uma pessoa inteligente, gostava de ler romances e revistas francesas sobre moda e atualidades. Era muito requintada para sua classe social e chamava atenção pelo jeito de se vestir e de se expressar.
Morava numa cidadezinha muito pacata com um marido muito pacato, sonhava viver histórias parecidas com aquelas encontradas em romances: histórias intensas e apaixonadas. Mas teve que se contentar com a vida doméstica, buscando se adaptar as normas vigentes.
Não demorou para que os sintomas neuróticos, por assim dizer, começassem a aparecer: ficava dias inteiros trancada em seu quarto. Apresentava frequentemente sinais de ansiedade e, em alguns dias, permanecia atônita, sem dizer uma única palavra. Isso tudo em decorrência de seu descontentamento com a vida banal que levava.
Para dar vida aos seus sentimentos mais íntimos, começou a se relacionar com outras pessoas às escondidas. Assim, ela se voltou para os prazeres da carne, mas os sintomas continuaram em decorrência daquele sentimento de vazio que sempre a acompanhava. É, sem dúvida, uma obra clássica, vale a pena conferir…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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As Confissões, de Jean-Jacques Rousseau, refere-se a um dos testemunhos mais brilhantes e autênticos já escritos. Nesta obra o autor se coloca, já no final de sua vida e sem utilizar qualquer tipo de artifício, diante do público revelando sua natureza e suas experiências…
As Confissões
Rousseau era um homem tímido, vaidoso e bastante afeminado. Tinha seus modos, é verdade, mas era dono de um talento extraordinário. Aos seis anos de idade já tinha esgotado todos os romances que havia em sua casa e aos doze já conhecia boa parte dos autores mais sérios.
Em suas confissões o autor descreve como era sua vida no campo. Ele fala sobre seus passeios solitários, assim como os pequenos prazeres que estavam a sua disposição. Mas sua vida toma outro rumo quando vai morar em Paris. Nesta cidade conhece muitas pessoas influentes e frequenta os teatros mais famosos. Uma vida nada modesta.
Rousseau fez muitos amigos, mas dois se destacaram: O Senhor Jackie e o Senhor Chan. O primeiro era uma pessoa eloquente e por isso conseguia as graças do povo. O segundo era uma pessoa reservada, mas dado sua inteligência, era sempre requisitado pelos grandes. Mas essas duas amizades não duraram muito tempo. Jackie era um homem falso e Chan possuía ideias contrarias as suas, resultando assim, respectivamente, num conflito moral e intelectual.
Ele também travou relações com um dos homens mais polêmicos da época conhecido como Voltaire, grande pensador que utilizava certa ironia para atacar seus adversários. Mas boa parte da vida de Jean-Jacques Rousseau gira em torno de suas obras e, principalmente, de suas consequências. Obs. Suas obras foram condenadas tanto pelo estado quanto pela igreja…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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Para compreender as diferenças e características dos seguintes movimentos literários: Romantismo e Realismo, me debrucei sobre as obras: 1) Os Sofrimentos do Jovem Werther; 2) Madame Bovary. Leitura obrigatória para tal finalidade…
Os Sofrimentos do Jovem Werther
O grande clássico literário O Sofrimento do Jovem Werther, escrito por Johan Wolfgang von Goethe, representa o movimento romântico que se iniciou no final do século XVIII, na Alemanha. Este teve como fundamento a valorização do instinto e do sentimento em detrimento da razão.
Trata-se de um romance epistolar em que o jovem Werther conta ao amigo Wilhelm a história de seu amor impossível pela bela Charlotte, prometida em casamento para outro. De temperamento sensível, ele não consegue esquecê-la e no final acaba se suicidando com um tiro de pistola na cabeça.
[…] O desânimo e o desalento foram criando raízes cada vez mais profundas na alma de Werther e acabaram por tomar conta do seu ser. A harmonia de sua inteligência foi completamente aniquilada. Um fogo interno, violento e intenso, minou todas as suas faculdades, produzindo os mais funestos resultados e só lhe restando o abatimento mais penoso e completo, pior do que todos os males contra os quais havia até então lutado. A angústia de seu coração consumiu as faculdades do espírito, a vivacidade, a intuição penetrante. Em sociedade, mostrava-se cada vez mais sombrio, cada vez mais infeliz. Um grande peso lhe oprimia a alma, tristes e sombrias imagens o perseguiam, e seu espírito não conhecia outro movimento senão o de ir de um pensamento de dor para outro. Vivendo num eterno conflito consigo mesmo, só via motivos de inquietação e perplexidade naqueles que o cercavam…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda…
Parte 1 - História da Filosofia Ocidental
Antes de fazer alguns apontamentos sobre a História da Filosofia Ocidental, é necessário escrever algumas linhas sobre o autor. Em termos gerais, Bertrand Russell foi um filósofo do século XX, considerado um dos maiores representantes da chamada filosofia analítica: corrente de pensamento que tem como fundamento a lógica e a análise dos conceitos. Ele se destacou ao popularizar a filosofia fazendo com que as pessoas tivessem uma visão mais crítica sobre a realidade humana. No decorrer de sua vida tratou de vários assuntos como, por exemplo, política, economia, ciência, religião.
Na História da Filosofia Ocidental, Bertrand Russell apresentou não só a vida e obra dos grandes gênios da humanidade como também demonstrou o quanto os fatos históricos foram importantes para determinar a filosofia de cada pensador.
Nas primeiras páginas o autor buscou definir o que vem a ser filosofia - Tal qual a compreendo, filosofia é algo que se encontra entre a teologia e a ciência. A teologia consiste em um conhecimento baseado na revelação ou na autoridade da tradição; já a ciência consiste em um conhecimento empírico, alcançado por meio da observação e da experimentação. Entre ambas, no entanto, existe uma terra de ninguém, uma terra exposta a ataques de ambos os lados. Essa terra de ninguém é a filosofia - Posteriormente percorreu um grande trajeto apresentado em três volumes: Começou pela Filosofia Antiga, passou pela Filosofia Católica até chegar na Filosofia Moderna…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda…
Parte 2 - História da Filosofia Ocidental
No primeiro volume, Russel escreveu sobre o surgimento da civilização grega, bem como as diferenças entre as duas principais cidades-estado na Grécia Antiga: Atenas e Esparta. Escreveu também sobre os pré-socráticos e suas inúmeras escolas até chegar em Sócrates. Posteriormente analisou sistematicamente a vida e obra de Platão e Aristóteles / Faço aqui um adendo: Do mundo helênico ao surgimento e desenvolvimento do Império Romano, não podemos esquecer das correntes filosóficas que fizeram parte desse período: Cinismo, Ceticismo, Epicurismos e Estoicismo.
No segundo volume o autor falou sobre a Idade Média e seus desdobramentos entre os séculos V e XV: castelos, invasões bárbaras, feudalismo, revoltas camponesas. No entanto, dois pontos merecem nossa atenção: um em relação aos aspectos políticos e sociais e o outro em relação à filosofia. Em relação ao primeiro, esse período foi marcado pela ascensão do cristianismo e pelo conflito de interesses entre Estado e Igreja. Em relação ao segundo, foi marcado pelo surgimento dos escolásticos: pensadores que, influenciados pela tradição grega, principalmente por Platão e Aristóteles, buscaram uma conciliação entre razão e fé. Os principais representantes desse período foram: Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.
No terceiro volume, Russell escreveu sobre o renascimento, movimento que teve início na Itália e se espalhou para diversos países da Europa. Este foi caracterizado por: 1) Restauração dos valores da Antiguidade Greco-romana; 2) Desenvolvimento e aperfeiçoamento em diversas áreas do saber. Escreveu também sobre outros movimentos que foram tão importantes quanto este. Posteriormente, discorreu sobre a reforma e a contrarreforma da igreja, que resultou no surgimento e desenvolvimento do protestantismo. Por fim, contemplou inúmeros filósofos e suas respectivas correntes de pensamento: idealismo, materialismo, racionalismo, empirismo…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas considerações
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O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda…
Parte 3 - História da Filosofia Ocidental
[...] O valor da filosofia, na realidade, deve ser buscado, em grande medida, na sua própria incerteza. O homem que não tem algumas noções de filosofia caminha pela vida afora preso a preconceitos derivados do senso comum, das crenças habituais de sua época e do seu país, e das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. Para tal homem o mundo tende a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele os objetos habituais não levantam problemas e as possibilidades não familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente nos damos conta (como vimos nos primeiros capítulos deste livro) de que até as coisas mais ordinárias conduzem a problemas para os quais somente respostas muito incompletas podem ser dadas. A filosofia, apesar de incapaz de nos dizer com certeza qual é a verdadeira resposta para as dúvidas que ela própria levanta, é capaz de sugerir numerosas possibilidades que ampliam nossos pensamentos, livrando-os da tirania do hábito. Desta maneira, embora diminua nosso sentimento de certeza com relação ao que as coisas são, aumenta em muito nosso conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; ela remove o dogmatismo um tanto arrogante daqueles que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica nosso sentimento de admiração, ao mostrar as coisas familiares num determinado aspecto não familiar...
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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Ao me debruçar sobre as seguintes obras: A Náusea e O Existencialismo é um Humanismo, Jean-Paul Sartre e seus escritos começaram a fazer sentido…
Parte 1 - Sartre: A Náusea
Antoine Roquentin: É um rapaz sem importância coletiva; É apenas um indivíduo…
A obra A Náusea, de Jean Paul Sartre, tem como personagem principal Antoine Roquentin, um historiador que, após viajar por inúmeros países, decide se estabelecer numa cidadezinha no interior da França - chamada Bouville - para concluir suas pesquisas sobre o marquês de Rollebon, uma figura do XVIII.
— Antoine Roquentin é um ser no mínimo curioso: introspectivo e melancólico, apresenta algumas excentricidades. Mora só num pequeno apartamento e frequenta, quase que diariamente, os cafés e a biblioteca da cidade —
A obra é apresentada em forma de diário. Nas primeiras páginas o personagem escreve: O melhor seria anotar os acontecimentos dia a dia / Não deixar escapar as nuanças, os pequenos fatos, ainda quando pareçam insignificantes. Posteriormente vamos encontrar o seguinte relato:
— Ocorreu uma mudança durante essas últimas semanas. Mas onde? É uma mudança abstrata que não se fixa em nada. Fui eu que mudei? Se não fui eu, então foi esse quarto, essa cidade, essa natureza; é preciso decidir —
A partir daí, surge, gradativamente, um sentimento muito estranho: Já não posso duvidar de que alguma coisa me aconteceu. Isso veio como uma doença: Instalou-se pouco a pouco. Sorrateiramente, senti-me um pouco estranho, um pouco incômodo, e isso foi tudo.
— Então fui acometido pela Náusea, me deixei cair no banco, já nem sabia onde estava; via as cores girando lentamente em torno de mim, sentia vontade de vomitar. E é isso: partir daí a Náusea não me deixou, se apossou de mim —
* Todas essas mudanças e sentimentos levaram o personagem a observar mais atentamente a si mesmo e aquilo que estava ao seu redor, isto é, as pessoas e os objetos; o personagem frequentemente se prende na forma e na textura das coisas (análise fenomenológica).
* Porém, no decorrer da obra, a narrativa adquire um tom mais sério e alcança seu ápice quando, num parque público, sentado em um banco, Antoine Roquentin passa a questionar a própria existência e a de todos os seres (análise fenomenológica/existencial).
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas considerações
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Ao me debruçar sobre as seguintes obras: A Náusea e O Existencialismo é um Humanismo, Jean-Paul Sartre e seus escritos começaram a fazer sentido…
Parte 2 - Sartre: A Náusea
[…] Eu estava no parque público. De repente, tive uma iluminação… voilá. Um estalo e tudo ficou claro e cristalino: a existência tinha se revelado. Ela não era mais uma categoria abstrata e inofensiva; era a própria substância e a raiz das coisas. As raízes, o banco do jardim, a relva escassa, tudo se desvanecia. A diversidade das coisas era apenas aparência, um verniz. O verniz tinha desaparecido. Eu via massas monstruosas e moles, em desordem, nuas, de uma assustadora obscenidade. Se existíamos, era preciso existir a podridão, a dilatação, a obscenidade. Em um outro mundo, círculos e árias de música mantém linhas puras e fixas. Mas a existência nos atinge. Somos existentes incomodados, envergonhados de nós mesmos, sem razão de ser, todos nós existentes confusos, meio inquietos, como se fôssemos demais e incomodássemos com isso. Demais: é a única ligação que estabeleço entre as árvores, as grades, as pedras. E eu, lânguido, obsceno, acalentando pensamentos tristes, eu também era demais. As árvores flutuavam em direção aos céus. Eu espera que, a qualquer momento, seus troncos cansados se dobrassem até o chão e virassem uma massa só. Elas não queriam existir, mas não podiam fazer nada quanto a isso. Tinham que continuar; a seiva circulava a contragosto, lentamente as raízes entravam na terra. Mas elas pareciam que iriam largar tudo e se aniquilar. Cansadas e velhas, as árvores continuavam a existir de má vontade por serem fracas demais para morrer, porque a morte só poderia vir do exterior. Só acordes de músicas podem trazer orgulhosamente a morte em si mesmos como uma necessidade intrínseca. Tudo o que existe nasce sem motivo, se prolonga por fraqueza e tem um encontro com a morte. O essencial é a contingência. Por definição, a existência não é necessária. Existir é apenas “estar lá”. Os existentes aparecem, se deixam encontrar, mas não se pode nunca deduzi-los. Tudo é gratuito: este jardim, esta cidade e eu próprio. Quando a gente se dá conta disso, o coração fica pesado e tudo começa a rodar. Fiquei no banco, perplexo, achatado por essa profusão de seres sem origem. Por toda parte desabrochados. Minhas orelhas fervilhavam de existência. Minha própria carne palpitava, pulsava e se abandonava à germinação universal. Era repugnante…
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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Ao me debruçar sobre as seguintes obras: A Náusea e O Existencialismo é um Humanismo, Jean-Paul Sartre e seus escritos começaram a fazer sentido…
Parte 3 - Sartre: A Náusea
[...] Bocejo com tanta força que me vem uma lágrima aos olhos. Seguro meu cachimbo com a mão direita e o pacote de fumo com a mão esquerda. Teria que encher esse cachimbo. Mas não tenho animo de fazê-lo. Meus braços pendem, apoio a testa na vidraça. Aquela velha ali me irrita. Caminha a passos curtos, com obstinação, o olhar perdido. Às vezes para com ar assustado, como se um perigo invisível a tivesse tocado de leve. Ei-la sob minha janela; o vento gruda sua saia nos joelhos. Ela para, compõe o fichu. As mãos tremem. Recomeça a andar: agora vejo-a de costas. Imagino que vai dobrar à direita no bulevar Noir. Tem que percorrer ainda uns cem metros: no passo em que vai, levará bem uns dez minutos para isso, dez minutos durante os quais ficarei assim como estou, a olhá-la, a testa colada na vidraça. Ela vai parar vinte vezes, recomeçar a andar, parar.
Vejo o futuro. Está ali, pousado na rua, um nadinha mais pálido do que o presente. Que necessidade tem de se realizar? Que vantagem lhe trará isso? A velha se afasta coxeando, para, ajeita uma mecha grisalha que escapou do fichu. Caminha, estava ali, agora está aqui… já me perdi: será que vejo seus gestos ou os prevejo? Já não distingo o presente do futuro e no entanto isso tem uma duração, realiza-se pouco a pouco; a velha avança na rua deserta; desloca seus sapatões de homem. É isso o tempo, o tempo inteiramente nu, que vem lentamente à existência, que se faz esperar e, quando chega, nos sentimos enfastiados porque percebemos que já estava ali havia muito tempo. A velha se aproxima da esquina da rua, já é apenas um montinho de panos pretos. Pois bem, sim, admito, isso é novo: ela não estava ali ainda agora. Mas é um novo embaciado, sem viço, que nunca pode surpreender. Ela vai dobrar a esquina da rua, dobra - durante uma eternidade...
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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Tive a oportunidade de passar alguns meses na Europa e conhecer vários países como França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Vaticano. Fui em janeiro, no inverno. Passei muito frio por não ter roupas apropriadas, mas foi uma experiência e tanto…
França, Paris
Fiquei alguns meses na casa de um francês, um homem de baixa estatura que estava um pouco acima do peso. Ele era bastante carismático e expressivo, mas o que surpreendia eram seus modos:
Extremamente econômico e estabelecia várias regras como, por exemplo, calcular as horas do banho, comer nos restaurantes mais baratos e desligar o aquecedor na madrugada em pleno inverno. Oh my god.
O primeiro lugar onde pisei meus pés quando cheguei na Europa foi em Paris e a primeira palavra que escutei foi Bonjour. Mas definitivamente a palavra mais pronunciada foi Merci. Engraçado como eles falam, eles puxam a vogal no final. Acabei fazendo chacota com essas palavras: Bonjooour, Merciii.
Em termos gerais, vi de perto a Torre Eiffel e a Catedral de Notre-Dame, passei pelo Arco do Triunfo e conheci a avenida Champs-Élysées, mas foi no Museu do Louvre que fiquei mais tempo, praticamente o dia todo, contemplando as obras de arte. Vale a pena conhecer Paris se você for um velho romântico e tiver um gosto refinado…
Rainer Marco Silva. Diário de viagem
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Tive a oportunidade de passar alguns meses na Europa e conhecer vários países como França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Vaticano. Fui em janeiro, no inverno. Passei muito frio por não ter roupas apropriadas, mas foi uma experiência e tanto…
Bélgica, Bruxelas
Fiquei hospedado num pequeno apartamento próximo a uma rua pouco movimentada e passei a maior parte do tempo entre as cobertas, pois não tinha ânimo para sair de casa numa temperatura tão baixa. Para ser mais específico, cinco graus abaixo de zero.
Mas deixa de papo furado, vamos ao que interessa! Bruxelas é considerada a capital da cerveja e do chocolate. Para você ter uma ideia, há vários Pubs na cidade que servem mais de mil tipos de cerveja, assim como inúmeras lojas especializadas em chocolate. É o que há de melhor em Bruxelas.
Como em toda cidade da Europa, há sempre algum monumento ou alguma coisa histórica para conhecer. Como de hábito, visitei todos os pontos turísticos da cidade. O que eu mais gostei foi o imponente e grandioso Atomium, que está para Bruxelas assim como a Torre Eiffel está para Paris.
Outros lugares que conheci em Bruxelas foram: a Prefeitura de Bruxelas, La Grande Place e outros que acabei esquecendo o nome. É isso, vale a pena conhecer Bruxelas se você gosta de cerveja e de chocolate...
Rainer Marco Silva. Diário de viagem
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Tive a oportunidade de passar alguns meses na Europa e conhecer vários países como França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Vaticano. Fui em janeiro, no inverno. Passei muito frio por não ter roupas apropriadas, mas foi uma experiência e tanto…
Itália: Milão e Roma
Após passar algumas semanas em Paris e em Bruxelas, alugamos um carro e fomos para Itália conhecer as cidades de Milão e Roma. No caminho, obviamente, passamos por vários países, mas não tenho muitas recordações sobre estes - Por ora, consigo me lembrar somente dos Alpes Suíços e de uma pequena cidade situada na Alemanha. Nesta, ainda dava para ver artefatos e destroços da grande guerra mundial como armamentos e marcas de projéteis nas paredes de antigas construções - Ao contrário do que acontece quando penso em Milão e Roma.
Na cidade de Milão visitei uma das maiores catedrais góticas do mundo chamada Duomo di Milano. É realmente incrível, até para um ateu. Me surpreendi com a riqueza de detalhes. Visitei também a Galleria Vittorio Emanuele. Neste local você encontra as grifes mais famosas do mundo, algo bastante sem graça para falar a verdade.
No entanto, além de ser mais imponente, Roma é historicamente muito mais interessante. A princípio fui ver o famoso Coliseu: arena ou campo de batalha que ocorriam os famosos combates entre gladiadores ou entre estes e animais ferozes. Interessante, mas não é lá essas coisas. Posteriormente andei a passos lentos pelo Fórum Romano: antigo centro da cidade onde reunia edifícios nos quais funcionavam os principais órgãos burocráticos, assim como estabelecimentos comerciais. Atualmente este local está em ruínas. Mais uma vez, não é lá essas coisas.
Por que então, além de ser mais imponente, Roma é historicamente muito mais interessante já que os principais pontos turísticos não são lá essas coisas? Bom, a meu ver, o ponto forte de Roma está no bom gosto que se vê em praticamente tudo, na arquitetura de uma forma geral, nas antigas ruas estreitas e seus cafés, no bom vinho, na boa comida...
Rainer Marco Silva. Diário de viagem
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Mother, 2010
Quem se interessa por temas relacionados a psicanálise ou a psicologia de uma forma geral, também vai se interessar por esse drama japonês chamado Mother. A história gira em torno de Suzuhara Naô (Matsuyuki Yasuko), uma pesquisadora universitária que dedica sua vida ao estudo das aves migratórias, assim como Michiki Reina (Ashida Mana), uma menina de sete anos extremamente inteligente e carismática. O encontro entre as duas personagens ocorre de forma inesperada: Naô abandona as pesquisas e fica desempregada por um tempo, mas posteriormente consegue se estabelecer como professora numa escola pública. Durante as aulas, Naô encontra com Reina e, a partir daí, surge uma relação entre professor e aluno.
No decorrer da história, Naô começa a suspeitar de que Reina esteja sendo vitima de maus tratos e abusos pelos pais, pois percebe alguns fatos atípicos: além de estar com o peso corporal abaixo do esperado, Reina apresenta algumas marcas espalhadas pelo corpo, assim como alterações na esfera afetiva e ideativa.
Naô começa então uma investigação e, durante esse processo, confirma suas suspeitas. Neste meio tempo Naô e Reina acabam construindo um vínculo muito forte entre si. O drama é bastante realista, há toda uma reflexão em torno da figura materna, assim como o tema abuso e suas consequências. Obs. Interessante notar que uma das estratégias adotadas pela criança – para amenizar sua angustia e frustração – era anotar em um caderno tudo aquilo que, de alguma forma, produzisse algum efeito positivo em sua vida:
Girar na cadeira de rodinha, ladeiras sinuosas, ecos no banheiro, fazer contato visual com gatos, ver Suzu (seu Hamster) comendo semente de girassol, nuvens no céu noturno, cream soda (refrigerante misturado com sorvete), cortina branca no escritório da enfermeira, som do guarda-chuva quando se abre, giz de cera branco, piso encerado no dia, fumaça na chaminé, mudança de roupas com as estações, laranjas flutuando na geleia, cheiro da rua depois que chove, assento traseiro de bicicleta, cotonetes, cortador de unhas, rabo-de-cavalo duplo, cafuné, ser abraçada, a mãe em um comercial de sabonete…
Rainer Marco Silva; Um breve comentário sobre o drama japonês Mother (2010). Obs. Vale a pena assistir, você encontra no Youtube...
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Lendo alguns diários de viagens, tanto de pessoas comuns quanto de escritores famosos, pude conhecer outras culturas: o que foi bastante enriquecedor, pois me colocou diante de outros paradigmas ou outras formas de ver e compreender o mundo…
Japão, Tóquio
Um dos meus projetos, talvez o mais ambicioso, é passar um tempo no Japão. Tudo que sei sobre este país se relaciona com as minhas pesquisas na internet e com os seriados que assisto nos mais variados sites. Pode não ser um retrato fiel da realidade, mas já é alguma coisa.
Todos esses meios de comunicação mostram como é a vida dos japoneses. Podemos dizer que, em geral, eles são muito educados e possuem uma forma peculiar de expressar seus sentimentos. Mas o que mais me agrada são as mulheres. Queria mesmo travar relações com elas e aprender um pouco mais sobre seu dia a dia.
Uma curiosidade sobre a língua japonesa é que ela pode ser expressa de três formas: Kanjis, Hiragana e Katagana. Os Kanjis são pictogramas ou ideogramas que representam uma palavra inteira. Eles foram importados da China, sendo assim a primeira forma de escrita japonesa.
O Hiragana refere-se, por assim dizer, ao alfabeto japonês. A tabela de hiragana representa todos os sons da língua japonesa, semelhante ao nosso alfabeto. Já o Katagana foi criado para expressar principalmente palavras estrangeiras. Aqui está o meu nome escrito em Katagana: ライネル / Ra I Ne Ru…
Rainer Marco Silva. Diário de viagem
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One Little Of Tears
Ler é muito cansativo, por isso troquei meus livros por J-Dramas e K-Dramas. O meu preferido chama-se: Ichi Rittoru no Namida (One Little of Tears), dividido em 11 capítulos. Cada um dura mais ou menos uma hora e ainda tem um especial que foi lançado logo após.
A história gira em torno de uma menina de quinze anos chamada Kifuji Aya: uma pessoa comum, mas admirada por todos por ser muito simples e muito generosa. Aya tinha uma personalidade instável, era muito emotiva. Ora estava animada a falante, ora desanimada e quieta. Algo bastante comum no início da adolescência.
Ela possuía sonhos e interesses comuns, próprios da idade: queria ser amada e um dia se casar, queria ser uma grande profissional. No colégio, suas principais atividades eram: interagir com as colegas de classe e fazer parte da esquipe de basquete. No entanto, tudo isso foi roubado após ser diagnosticada com uma doença degenerativa incurável.
A partir daí ela viveu um drama. Frequentemente se perguntava: Porque essa doença me escolheu? De fato, era algo que não conseguia compreender por mais que se esforçasse. Assim, ela chegou na seguinte conclusão: O destino não é algo que se pode colocar em palavras.
Esses e outros questionamentos foram transcritos em seu diário, única atividade que continuou a realizar durante todo o curso da doença, já que não tinha forças para falar e andar. Para ela, a realidade era muito dura, muito rígida. Porém, nunca desistiu. Buscou sempre se esforçar…
Rainer Marco Silva; Um breve comentário sobre o drama japonês One Little of Tears. Obs. Vale a pena assistir, você encontra no YouTube...
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Nessas férias aproveitei o tempo livre para ler algumas obras do grande escritor Robert Louis Stevenson: O Médico e o Monstro e A Ilha do Tesouro. Estas foram adaptadas tanto para o cinema quanto para o teatro, mas nada se compara à literatura…
O Médico e o Monstro
O Médico e o Monstro é, sem dúvida, um livro clássico do autor. Trata-se de um suspense cuja história gira em torno de um médico que se transforma em monstro. Por trás desse drama, há todo um simbolismo psicológico: de alguma forma, todos nós estamos implicados, todos nós temos um pouco de médico e monstro...
“Se cada um pudesse habitar numa entidade diferente, a vida se libertaria de tudo o que é intolerável. O mau poderia seguir o seu destino, livre das aspirações e remorsos do seu irmão gêmeo, a sua contraparte boa. E esta caminharia resolutamente, cheia de segurança, no caminho da virtude, fazendo o bem em que tanto se compraz, sem se expor à desonra e à penitência engendradas pelo perverso. Constitui uma maldição do gênero humano que esses dois elementos estejam tão estreitamente ligados; que no âmago torturado da consciência, continuem a digladiar-se”.
A Ilha do Tesouro e Outras Histórias
A Ilha do Tesouro é, sem dúvida, um outro livro clássico do autor. Trata-se de uma fantástica aventura que estimulou e continua estimulando a imaginação dos homens durante os séculos. Vamos encontrar, pela primeira vez, aquele velho pirata com cicatriz no rosto, de perna de pau, que adora beber rum e cantar velhas canções. Vamos encontrar também navios de todos os tipos, guerras em alto-mar e tesouros escondidos. Vale a pena conferir...
“Se histórias do mar, em toada marina, / Tufões e aventuras, males suportados, / Se escunas e ilhas, navios à bolina, / Ouro e piratas, homens desterrados, / Os velhos romances, novamente narrados / À moda de outrora, podem, tal como antes-/ Tanto me encantaram…- ser apreciados / Pelos jovens mais dinâmicos de nosso tempo, / Comecem, pois; que assim seja! Mas se não, / Se o jovem que estuda já hoje esqueceu / O que antes amava de todo o coração / - Ballantyne, o bravo, e outros mais, que sei eu? - / Se heróis e façanhas foram tragados pelo esquecimento, / Também assim seja! E os heróis que ainda ousam, / Meus piratas e eu, como um sol poente, / Baixemos à campa onde todos repousam”.
Rainer Marco Silva; Leitura: Algumas Considerações
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O grande escritor inglês Thomas de Quincey, em seu livro Confissões de um Comedor de Ópio, relata sua vida conturbada em Londres, assim como suas próprias experiências com a droga derivada da papoula. Trata-se, na verdade, de uma autobiografia que mistura realidade e fantasia…
Confissões de um Comedor de Ópio
Os prazeres oferecidos pelo vinho são sempre crescentes e tendem a uma crise, depois da qual eles decaem. Quanto ao ópio, uma vez ingerido, seu efeito demora de oito a dez horas; inicialmente, roubando uma distinção técnica à medicina, é um caso de prazer agudo; depois de prazer crônico. Um é uma chama, o outro um brilho permanente e imutável. Mas a principal diferença está em que, de certa maneira, o vinho perturba as funções mentais; o ópio, ao contrário (se tomado de maneira correta), acrescenta a elas as ordens mais especiais, leis e harmonia. O vinho embaça e confunde os julgamentos, além de dar um brilho antinatural e exaltar as admirações e desprezos, os amores e os ódios do bebedor. O ópio, ao contrário, dá serenidade e harmonia a todas as faculdades, ativas ou passivas; e com respeito pela índole e sentimentos morais em geral, simplesmente fornece aquele calor vital que é aprovado pelo julgamento e que provavelmente sempre acompanhou a constituição física de uma saúde antediluviana ou ancestral. Assim, por exemplo, tanto o vinho como o ópio causam uma expansão do coração e dos atos benevolentes, mas com uma sensível diferença, pois, na rápida expansão da bondade que acompanha as inebriações, há quase sempre um caráter que expõe o conteúdo de tantas afeições. Os homens trocam apertos de mão, juram fidelidade eterna e derramam lágrimas — sem que nenhum mortal saiba a razão: e a criatura sensual está claramente sobressaindo. Mas a expansão dos sentimentos benignos, causada pelo ópio, não se apresenta em um acesso febril, mas como uma saudável volta àquele estado de espírito que se segue à remoção de uma antiga dor ou irritação, um incômodo que perturbou e criou tensão entre os impulsos originalmente justos e bons do coração. A verdade é que, mesmo o vinho, até uma certa medida, e em determinados homens, geralmente tende a exaltar e sustentar o intelecto; eu mesmo, que nunca fui um grande bebedor de vinho, costumava achar que meia dúzia de copos de vinhos afetava vantajosamente as minhas faculdades, deixava a consciência mais brilhante e intensa, e dava à mente um sentimento de ser ponderibus librata suis. Certamente é um absurdo dizer, usando a linguagem popular, que o homem se disfarça com álcool, pois, ao contrário, a maioria se disfarça com a sobriedade; e é quando estão bêbados (…) que se colocam de acordo com a verdadeira complexidade de seus caracteres, o que certamente não é o mesmo que se disfarçar. Mas, ainda, o vinho costuma levar um homem ao extremo do absurdo e da extravagância, e , depois de um certo ponto, ele com certeza evapora e dispersa as energias intelectuais, onde o ópio parece sempre compor o que estava agitando e concentrar o que estava diluído. Resumindo, um homem que está bêbado é, e sente que é, um indivíduo cuja condição apresenta a supremacia do simplesmente humano, frequentemente a parte brutal de sua natureza; mas comedor de ópio (falo aqui daquele que não está sofrendo nenhuma doença causada por algum efeito do ópio) sente que está sob o domínio da parte mais divina de seu ser; isto é, as afeições estão em completa serenidade e acima de tudo brilha a luz do majestoso intelecto…
Thomas de Quincey: Confissões de um Comedor de Ópio
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