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Na real mesmo? É foda. Eu tô cansado pra um caralho de que pensem coisas de mim que eu definitivamente não sou. Cansado pra caralho mesmo. A vontade é de mandar todo mundo ir se fuder e acharem o que quiserem.

Afinal de contas não parece que adianta. Cê conversa, se expõe, se abre e no outro dia tem uma galera falando alguma coisa ruim sobre você, até mesmo pra desconhecidos.

Eu errei e eu erro. Mas também não sou a porra de um robô que vai ficar ativo 24 horas por dia. Eu tô exausto caralho! Se não dá pra perceber é exatamente essa a minha intenção.

A única razão de estar postando essa merda aqui é pra tentar me livrar disso sem ter que machucar ninguém. Mas é foda. É FODA!

Sempre detestei ser comparado com outras pessoas, principalmente se forem péssimos exemplos e agora isso tá me enchendo o saco. A vontade que dá de desistir é grande. Mas aí é só mais coisa pra somarem no meu julgamento simbólico. Tô cansado real...

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Hoje eu fui comprar um lanche pra comer durante o café da manhã e na porta do estabelecimento uma senhorinha me parou. Toda humilde, ela deixou claro que não queria dinheiro, ela queria poder levar comida pra ela e os netos que moram com ela e não tinham o que comer durante o almoço. Ela pediu uma carne ou um pacote de feijão.

9h00 da manhã e eu já tendo que lutar contra o sistema. Eu não tava podendo gastar mais nenhum centavo no cartão. Até em comprar meu lanche eu já tava errado, mas não tinha muito o que fazer.

Pra mim é muito claro: pra uma pessoa me parar pra pedir comida ela tem que estar necessitada e eu não sou juiz pra julgar as ações de ninguém. Segui e fiz meu papel. Comprei um pacote de feijão e comprei a carne também. A fatura do mês que vem que se dane, a vida é mais importante.

O sistema é foda. Me encho de ódio só de lembrar que eu não tenho nada, mas mesmo assim tenho que dividir o meu nada com alguém que tem menos ainda, enquanto vários tem de tudo, esbanjam com besteira e com o próprio ego, mas não compartilham nada com ninguém.

Não dá pra aceitar viver numa realidade em que tudo funciona assim. Que Deus tenha misericórdia de nós porque nós falhamos como filhos dele. Até acho que não é muito tarde pra compensar o fracasso, mas duvido que isso vá acontecer.

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A verdade é que com o tempo a gente tende a naturalizar as coisas. E eu tô falando de tudo, tudo mesmo. Até as dores que mais nos incomodam com passar do tempo, a gente naturaliza. Não é que ela some ou que a gente simplesmente deixa de sentir. Pelo contrário, ela continua lá, mas a gente se acostumou tanto com ela que nosso cérebro passa a entender que ela faz parte de nós. Ela ainda dói, mas nosso corpo se adaptou a dor de modo quase imperceptível.

Sem os devidos tratamentos essa dor não vai magicamente sumir. Ela precisa e deve ser cuidada. Até que em belo dia, depois de doses é mais doses diárias de antibióticos ou até mesmo uma intervenção cirúrgica, a gente a elimine completamente.

O que acho mais interessante é que no dia seguinte, ao levantar da cama, o cérebro vai ativar aquele mecanismo de proteção pra aquela dor. O corpo vai se preparar pra senti-la de novo, porque ela já era parte do seu dia. Mas aí, PIMBA! Nada de dor. E você se lembra do tratamento e que se curou. O alívio é imediato.

A dor não existe mais, o corpo trabalha mais leve, mais tranquilo. O seu cérebro não precisa mais ficar atuando sem parar em cima daquela sensação horrível. Você finalmente está livre.

Mas isso só acontece quando você se cuida. Quando você procura ajuda de alguém que saiba do assunto. Muitas dores não se curam sozinhas e sem a pessoa certa ora te mostrar o caminho, a sua ferida não vai fechar completamente. Talvez você precise mudar tudo em você pra curar a doença e cessar a dor.

Mas acredite em mim, não existe dor nenhuma que valha a pena ser sentida. Se cure, procure o seu bem estar. Procure sua paz.

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Uma parte do me cansa diariamente é pensar que eu tô sempre tentando recomeçar. Eu me odeio muito por isso. Não sou tão bom em terminar as coisas que começo e sei que isso tem que mudar, mas recomeçar também é um modo de não terminar algo, mesmo que seja extremamente necessário buscar esse recomeço. Eu tenho essa sensação porque se eu preciso recomeçar, é porque esse algo não estava caminhando pra uma direção certa e isso me faz pensar ou perceber que eu estou sempre errando no que eu tô tentando fazer.

Recentemente, ouvi Rafael Carrilho usar uma folha em branco como exemplo de uma relação com outra pessoa. Se você risca ou amassa essa folha, ela sempre vai ter aquelas marcas pelo resto da existência dela. Isso prova que o que fazemos em vida, ecoa pela eternidade. E que é impossível voltar atrás com erros que cometemos no passado.

Ruim mesmo é viver com eles no presente. As minhas falhas me incomodam constantemente. Essa também é uma das razões de sempre buscar o recomeço.

O ruim do recomeço é que é um exercício individual e quando envolve mais de um indivíduo, se torna extremamente mais difícil e doloroso, em certos casos, impossível. Porém, entendo que é um processo que vale a pena ser vivido.

Eu vi uma fala do Caio Pimentel, na qual ele dizia que a melhor forma de seguir em frente é seguindo em frente, ou seja, não tentando fazer nada para convencer alguém de que você é bom pra ela, mas tentando ser bom pra você mesmo e o resto flui naturalmente.

Talvez o recomeço não seja perfeito e talvez mesmo no recomeço você vivencie vícios antigos, mas que fazem parte do processo humano de aprendizado e evolução. A busca pela evolução é diária e irregular, mas é inevitável e essencial.

Talvez eu termine esse texto aqui ou talvez eu volte pra o início pra mais uma vez, recomeçar...

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Naquela noite chuvosa em que nada estava no lugar certo, eu entrei no nosso quarto escuro. Me deitei no colchão das tuas dúvidas e me cobri com o lençol das tuas lágrimas enquanto afundava minha mente no travesseiro da tua tristeza.

Desde essa noite eu não consegui ter paz. O amor é realmente um caminho íngreme. Meu coração sabe que está no lugar certo mas minha mente não e nesse escuro é muito difícil enxergar o óbvio e o que está a minha frente. Meus olhos só se viram pra você, mas talvez não sejam capaz de enxergar tudo com clareza. Tá muito escuro.

Minha alma resoluta não contente, chora amargamente e imagina os momentos que não consigo apalpar em minhas mãos. A solidão e a dor não foram feitas para nós. Não há porque nos agarrarmos nela. Não há por que não imaginar que amanhã tudo pode ser diferente.

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A vida é um imenso conjunto de altos e baixos. Eventualmente, a gente se encontra presos nos momentos de baixa, mas eles costumam passar. Atualmente, eu estou numa baixa que já perdura a algum tempo e meus esforços de tentar me levantar sozinho estão dando pouco retorno positivo. Mas a confiança precisa permanecer.

Eu sei que a vida não vai escolher ser boazinha comigo. A vida tem seus momentos bonitos, afinal, a Vida é bela, mas também pode ser impetuosa, visceral, aguda e violenta em determinados momentos e quando eles chegarem precisamos ser fortes e resistentes pra não trombar no chão e quebrar.

No fim das contas, eu já levei tanto baque que acho improvável que as pessoas não consigam enxergar os meus remendos. Mas eu nem me importo com isso. Os baques da vida me tornaram quem eu sou e me lembram o que sou: humano.

No fim, o maior desafio é realmente levantar mais duro de cada queda e isso é realmente complicado. Acho que ainda preciso de mais tempo pra conseguir aguentar mais surras dela. Mas eu não estou disposto a parar até conseguir. Sei que não da pra ficar invulnerável a tudo. Algumas dores, precisamos sentir, mas eu também sei que preciso aguentar firme quando ela vier.

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Sobre Chico

Chico é uma música maravilhosa. No momento em que a ouvi pela primeira vez eu pensei: "Porque alguém faria uma música pra uma pessoa que acabou de começar a se relacionar mano?", "E se em duas semanas os dois terminarem?"

Uma parte desse pensamento que eu tive foi porque meio que do nada, era a Luísa Sonza namorando um cara completamente aleatório chamado Chico Moedas.

O cara não era lá tão famoso, a própria Luísa trouxe notoriedade pra ele. Ele Em certos moldes eu cheguei a me identificar com ele, porque ele não era super famoso, nem super lindo, era um cara aparentemente normal.

A música cantada por Luísa me mostrou que o que ela sentia era um amor intenso, que parecia valer a pena ser vivido. E por isso, eu tive MUUUUITA inveja do Chico. É que acho que todo mundo merece de fato viver um grande amor e uma grande prova de amor, tal qual a Luísa fez.

"Folia pra mim me arriscar no amor Apostar na incerteza, pular de onde for"

Infelizmente, eu não sinto que estou na minha melhor fase, nem vivendo a intensidade de um grande amor. Mas eu queria. A verdade é que eu penso frequentemente que não mereço uma grande demonstração de amor, mas no fundo eu sei que mereço.

Eu nunca me senti tão amado por ninguém e sei que eu tenho culpa em parte disso, mas não em tudo. Mesmo com meus problemas eu sei que mereço mais do que tenho hoje. Até de mim mesmo. Eu queria receber sim uma grande demonstração de amor como essa. Não precisava ser uma música da Luísa Sonza mas Pqp, que sonho.

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Att. 1.0 em 22/09/23 - Tive que fazer pequenas alterações no texto porque o Chico foi um grandiosíssimo filho da puta. O meu pensamento inicial estava correto. Porém, eu gostaria de ressaltar que a criação desse texto foi sobre a música "Chico" e o que ele representa e não sobre a pessoa do Chico.

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Eu me sinto muito mais leve quando escrevo aqui. É como se eu soltasse aquele último vagão do trem que tá preso, impedindo o avança da locomotiva inteira.

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Em que momento deixamos escapar as coisas que mais nos importam? E porque? Eu me enxergo quase que como a pessoa que escreveu aquelas cartas. Eu sou o peso, eu sou insuficiente, eu sou o caos. Longe daquela leveza que me falavas, me afogo em minhas próprias incertezas.

Eu com certeza tenho problemas por não ser mais o homem que enxergavas em mim. Sou uma bomba prestes a explodir e mandar tudo pelos ares ou um barril tóxico que vai consumindo aos poucos?

Eu sinto que até o "eu te amo" que sai dos meus lábios não chega mais até seu coração e minha certeza do teu amor já não mais existe. Eu falhei em todas as minhas promessas. Falhei com o jovem amor que compartilhávamos nas madrugadas enquanto falava deitado na rede através do meu antigo celular flip-on.

Depois de tanto tempo, não sinto seu olhar apaixonado. Nem sequer o tenho merecido. Meu corpo não te aquece mais e sinto meu coração tão pesado quanto o aço que voa pelos céus te dando a liberdade que não fui capaz de dar a você. Eu faço piadas de mim, porque parece fazer parte de mim encarar o caos com ironia, mas meu coração não sorri, ele sangra e sofre junto contigo.

És única, incrível, incomparável, extraordinária e eu, eu não me sinto um rei, me sinto um bobo. Espero que não seja tarde demais pra mim.

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Oi de novo. Dessa vez eu não sabia quando voltaria aqui. Eu passei um tempo tentando conseguir fazer o que não consegui das outras vezes. Tentei conversar mais, tentei me abrir mais, tentei sentir mais o outro lado. Eu não estava exatamente feliz, mas eu tentei me sentir bem, assim como tentei fazer tudo funcionar da forma como deveria.

"O problema com a felicidade é que ela não pode durar muito tempo... Como um cristal quebradiço, basta um único golpe para que se despedace em mil pedaços."

Ontem, tudo ruiu novamente. Meu coração pesa e isso é a única coisa que me ajuda a deixá-lo mais leve nesse momento. Parece que tudo dói, da cabeça aos pés. É infernal a sensação de que você está completamente sozinho, mesmo acompanhado.

Talvez o problema seja eu mesmo. Só eu.

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Sempre te amarei

EU vacilei muito com você. Acho que eu já soube viver o amor ao teu lado antes e esse meu eu de hoje não me orgulha. Eu sei que posso fazer as coisas serem melhores porque eu sei que sou melhor. Sinto muito por não estar de dando esse melhor. Eu me sinto destroçado por dentro, como tendo que juntar os caquinhos porque sei que preciso reconstruir. Não quero viver da sombra do que já fomos. Quero ser algo ainda maior do teu lado. Eu confio no meu e no teu coração juntos pra recriarmos tudo de novo. Eu te escolheria em mil caminhos distintos e te procuraria em um milhão de locais diferentes. Te amo como sempre te amei, te quero como te quis pela primeira vez. Não sou um escritor, nem poeta como você, mas acredito que honestidade é a melhor poesia pra alma. E honestamente, você domina meu coração, assim como quero que domine meu corpo todos os dias.

Vamos reconstruir.

“Ela é barulho, eu sou silêncio. Mas a gente se ama na mesma frequência.”

— Eu me chamo Antônio.

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O dia em que eu matei um homem

Um dia eu matei um homem. Foi a sangue frio, eu acho. Foi o ato mais infame que eu já cometi na vida. Esse homem que matei tinha sonhos, esperanças, ele vivia bem com a sua garota. A morte dele foi lenta e dolorosa pra todos. Eu não sei bem em que momento exato ela começou, só sei que aos poucos ele foi deixando de existir.

Não sei bem o que me levou a fazer isso. Quando percebi já tinha acontecido. Mas eu sei como foi. Eu o sufoquei aos poucos. Foi só questão de tempo. Se me arrependo? muito. Hoje, eu tô pagando por esse crime.

Mas por mais que doa, ainda sinto que não é tarde demais. Talvez eu ainda consiga trazer ele de volta.

O homem que eu matei era eu mesmo. Agora sou só um menino que quer desesperadamente crescer pra voltar a ser homem. Espero que não seja tarde demais pra me trazer de volta.

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Enquanto não encontrar a si próprio, nenhum caminho irá te preencher.

@cartasparaviolet

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O coração nos leva pra caminhos que não conseguimos controlar. Ele nos leva a tomar atitudes questionáveis e as vezes fazer algo que não queremos por alguma pessoa. O coração é um dos principais órgãos que nos mantém vivos e também é o que nos mata com os caminhos aos quais procura.

Um coração saudável é sinônimo de vida e esperança. Mas quando fazemos mau uso dele, ele fica doente e em algum momento, nos ataca. É involuntário, de dentro pra fora, mas dói.

Nesse momento que escrevo, meu coração dói. Eu não sei o quanto eu ainda vou resistir as tentativas dele de me matar, mas vou continuar tentando. EU preciso viver. EU preciso de você!

[sindrome-de-munchausen]

Passamos muito tempo dependendo emocionalmente de outras pessoas, querendo confiar nelas, querendo que elas façam parte das nossas vidas mas nós questionamos muito pouco se elas também querem o mesmo.

Bem, viver é uma jornada solitária. Nascemos sozinhos cercados pelas únicas pessoas em que podemos ter certeza que podemos confiar. Ou ao menos assim que deveria ser.

Quando crescemos é que tudo começa. A vida se torna complicada demais. Tentamos compartilhar nossas vidas com tanta gente que no fim das contas não conseguimos nos lembrar nem dos nomes delas. Quem realmente merece nosso tempo? Quem realmente merece toda essa dedicação? Quem merece ter seu nome lembrado e marcado na nossa memória e em nossos corações?

Infelizmente, essa é uma pergunta que só é respondida de verdade quando estamos no final dessa nossa jornada. Mas enquanto caminhamos até lá, nos resta viver os momentos bons e ruins e comemorar o que deu certo e aceitar o que deu errado ao lado das pessoas em que escolheremos confiar.

[sindrome-de-munchausen]

Eu sou uma catástrofe. Eu quebro tudo aonde passo. Mesmo que sem querer, eu desarrumo tudo a minha volta. Eu não vejo, eu não sinto, eu não sei o que eu tô fazendo, nem pra onde eu tô indo, mas onde eu passo, com certeza, quando eu olhar pra trás, não restará muito pra me orgulhar.

Eu sou uma força. Mas a minha força é caótica. Por mais que eu tente, nunca é o suficiente. Eu nunca sou o suficiente pra sobreviver ao caos que eu mesmo crio. Ele me afoga, ele me consome. E quem tá perto de mim quando isso acontece, sente.

Estou com medo. Acho que sou um vilão. Um vilão de mim mesmo. Mas como eu me venço?