#Contosdebdc
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contosdebdc · 9 years ago
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E¹+F² ou G≠ J
"Descanso? Isso realmente está acontecendo? Melhor que descanso.. Descanso prolongado. Não posso acreditar. Essa copa é a melhor coisa que está acontecendo nesse país. Sinceramente acho que nem devia ter vindo pra casa, o cerrado fica mais longe que CasteloBruxo e acho que a viagem vai ser longa. Malditos funcionários do ministério que ainda não interligaram a rede de flu de toda nação. Mas fazer o que né? Acho que a melhor coisa em magia é o fato de poder arrumar a mala sem precisar dobrar nada. ONDE ESTÁ A PORCARIA DA POÇÃO ALIZADORA DE CABELO QUE EU DEIXEI PRONTA? A maldita coruja do Roh não volta com a porcaria da resposta, acho que já é a hora de comprar uma pra mim."
Mil pensamentos circulavam a cabeça da jovem que cursava o ultimo ano de CasteloBruxo, sentia saudades de ver os amigos veteranos de escola, sentia saudades do Cerrado, e enfim, chegara o dia que Giovanna embarcaria no trem, não para a escola e sim para a farra. Walter (seu pai, "trouxa") ainda achava magia uma coisa extremamente desnecessária, que fazia com que sua filha montasse uma mala de 80kg que media menos de 1m. Depois de embarcada só restava esperar a longa viagem, e com esse pensamento a moça dormiu debruçada na janela esperando a coruja.
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Não eram nem 10 da manhã, mas a mesa de João já era coberta por pergaminhos para ser revisados e despachados antes do almoço. A copa não era uma festa tão agradável para o rapaz como era para a multidão. As vezes parecia que os Trouxas faziam a coisa desandar de propósito e que no Ministério só existiam bruxos inexperientes. A todo instante alguém entrava na sala para pedir socorro com alguma situação banal como repor o feitiço de desilusão no campo da copa pois os trouxas estavam achando estranho a estrutura gigante entre as arvores do zoológico. Mas todo o esforço compensaria nos dias da copa, já que tudo isso era para não trabalhar no evento propriamente dito. João era trainee no Ministério da Magia na Sessão de Execução das Leis e Sigilo. Mas em diversas vezes membros de setores diferentes recorriam a ajuda do jovem. Alguns até cogitavam que no futuro seria o novo ministro. Naquela manhã, absurdamente quente, as coisas não funcionavam de maneira diferente, teve que avaliar alguns casos como o do bruxo que estava enfeitiçando estudantes da UnB com ervas magicas contrabandeadas, uma estudante  de CasteloBruxo que estava usando magia para divertir amigos trouxas em uma praça ou a possibilidades de dragões sendo domesticados na região. "Sério...Chega." Pensava o garoto quando olhava para o relogio e via que era a hora do almoço.
Ao contrário do que muitos pensam, o Ministério da Magica se localiza abaixo da Rodoviário do Plano Piloto, mais precisamente, abaixo dos trilhos do metrô da Estação Central. A unica maneira não mágica de entrar no local (que quase nunca é usada) é pegando o trem que vai ser guardado depois da estação, no fim da linha existe uma porta que leva as escadas da entrada do ministério. Membros do Setor de Sigilo disfarçados de faxineiros do metrô cuidam para que os trouxas não permaneçam no trem depois do ponto. É possível entrar no Ministério pela rede de Flu, ou até mesmo por aparatação. Também é possível entrar pela barreira pulando sobre os trilho dos trem, mas é quase impossível fazer isso sem chamar atenção dos trouxas.
João, odiava ter que sair do prédio submerso para ter que comer, mas odiava mais ainda a comida servida no refeitório. Então todos os dias desaparatava no achados e perdidos do Conjunto Nacional (onde ninguém vai procurar o que perde) e então ia almoçar. Uma coisa que muito chamava a atenção dos trouxas, nos ultimos tempos, era o número excessivo de corujas nas redondezas. João esperava a resposta de uma, então sentou-se em uma mesa externa que fica na parte exterior do prédio, e não tardou para que a coruja de Phil chegasse. Na parte externa da carta tinha escrito com letras grandes "NÃO ABRA AQUI", provavelmente não era para abrir no Ministério, então o jovem olhou ao redor e não havia ninguém nas proximidades, então abriu.
"Acredite se quiser...Parece que o Roh fez alguma merda e acabo de descobrir que tem dois deles circulando por ae e os dois se encontraram. Dê um jeito desse escândalo não ser descoberto no Ministério ou ele vai preso e a ultima coisa que precisamos é dele preso antes de saber o que está acontecendo. Cachorra chega hoje, tá afim de ir lá buscar ela na estação?"
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contosdebdc · 10 years ago
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0.1 - Phil
Estava frio, e a casa ainda estava em silêncio, isso era sinal o suficiente para que Phil soubesse que ainda não era hora de estar acordado, mas ainda assim acordou, não por vontade própria, mas por uma maldita coruja que batia insacavelmente na janela. Levantar e caminhar até a janela foi uma missão que não queria enfrentar mas conseguiu cumprir, mas a pior parte sem dúvida foi abrir a janela e enfrentar o vento gelado. Abriu a janela, pegou a carta, fechou a janela e voltou para as cobertas tão rápido que não tem certeza se fez isso sem uso de magia. A carta era de Roh, sinal que poderia esperar, guardou em uma gaveta e voltou a dormir.
Quando levantou, Phil foi à cozinha pegar algo para comer, resmungou por ter que ele mesmo que preparar alguma coisa e optou pelos biscoitos com achocolatado que já estavam prontos. Ligou a TV e mudou de canal muitas vezes até que decidiu desligar "Trouxas não sabem mesmo como fazer uma boa programação." Decidiu então ler a carta que chegara em hora tão inoportuna.
"Caro Phil,
Tenho notícias muito importantes para lhe dar. Mas não posso dizer agora. Entro em contato em breve.
Roh"
Se tinha uma coisa que Phil odiava mais que acordar cedo, eram esses jogos que Roh fazia todo o tempo. Pensou em escrever de volta com inúmeros palavões, mas como só tinha uma coruja, achou mais prudente dar uma boa desculpa no trabalho para ter faltado. Quando terminou de escrever e mandar a coruja, uma série de outras começaram a chegar.
"Oi Migo! Me encontra hoje no shopping. Beijo. Thaina."
"Negro, está acontecendo uma exposição sobre bruxos da idade média asiática que eu acho bom a gente marcar de ir. Lolla."
"Por falta de pagamento da mensalidade, sua assinatura do Correio Magicerradense foi suspensa. Não fiquei desinformado, efetue o pagamento das..."
Parou de ler e se preparou para sair de casa.
O clima realmente não estava para brincadeira. O vento seco e gelado fazia a caminhada ser massacrante. Poderia desaparatar se a rua não fosse um formigueiro de gente que ama olha tudo que os outros fazem. Quando chegou ao ponto de ônibus não havia uma só pessoa ali. Tirou a varinha do bolso e acenou, e lá estava o meio de transporte publico mais eficaz da face do Cerrado, o Nôitibus Andante. Em pouco tempo conseguiu fazer coisas como pagar a assinatura do jornal, comprar alguns artigos de heróis, comprar uma toca e já estava na hora de encontrar Thainá. A garota estava sozinha lendo jornal e bebendo refrigerante na mesa da lanchonete, certamente tinha enfeitiçado o atendente para que o mesmo não a percebesse roubando a bebida. Estava a alguns passos quando tudo aconteceu. Pelo espelho viu o rapaz estranho apontar a varinha e então não viu mais nada...
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contosdebdc · 9 years ago
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(A1+[B2²]¹)²+0.1+F³ouG² - A COPA
Obviamente o governante não estava passando um momento muito bom. Na verdade o cerrado não passava um momento muito bom, nem para os bruxos e nem para os trouxas. A governante dos trouxas sofria vários ataques da comunidade insatisfeita com o governo, enquanto o governante bruxo recebia inúmeros memorandos sobre irregularidades na produção da copa e dos perigos que rodeavam o evento. Era um senhor de 123 anos, muito bondoso e prestativo. Grande parte da comunidade mágica tinha uma admiração fora do comum por ele, mas era visível que já era a hora de aposentar. Não se sabia quem seria o substituto nesse caso. Muitas pessoas apostavam Sebastião Oliveira, um homem de meia idade que liderava o Setor de Finanças Governamentais, era muito famoso por sua honestidade e habilidade em cuidar dos gastos e ganhos do governo. Eram muito raras as notícias referente a corrupção financeira ou semelhantes desde a sua ascensão ao cargo, no entanto era um homem bem inflexível com opiniões divergentes das suas. Do outro lado, um bruxo mais jovem que contava com a admiração de muitos era Lucão, Chefe do Setor de Execução das Leis Mágicas. Tinha uma visão um pouco mais maleável e trabalhava com a opinião de jovens bruxos. Admirava novas idéias e estratégias para melhor administração das coisas. Não era fácil de avaliar qual seria o campeão em uma eleição democrática popular. E ambos eram muito queridos do Governante. -----
-Como você se sente sabendo que tem outro você perambulando pelas ruas, fazendo algo que você não pode saber, mas que você sabe que é algo errado para evitar que você fazer algo errado?- Perguntava Phil para Roh enquanto andavam em direção ao Shopping para encontrar João. -Só a sua pergunta já me fez entrar em uma confusão maior do que a situação proporciona.- Respondeu.- Cara, ele apenas desaparatou na minha frente e eu nem sei o que aconteceu. A qualquer momento eu posso ser preso, sei lá, por algo que eu nem fiz. Eu nem sei como eu me sinto com isso tudo. -Se quiser eu posso ler sua cabeça pra gente saber melhor.-Propôs Phil. -A proposta é tentadora, mas terei que recusar.- Respondeu ironicamente.
Phil não era um bruxo muito habilidoso, na verdade tinha muita preguiça de praticar qualquer coisa, mas desde a escola tinha um talento natural para feitiços da mente. Conseguia ler mentes, alterar memórias, criar ilusões, confundir pensamentos e até mesmo se comunicar sem nem ao menos abrir a boca.
No fim da tarde encontraram João e foram ao encontro de Giovanna, que já havia chegado há horas (de acordo com ela). Depois de abraços e sorrisos foram para a casa de Cybelle, que é onde a garota dicaria hospedada.
-E ae Cybelle, como andam as coisas do processo lá pela quimera?- Perguntava Roh. -Tranquilo. Acho que já concluíram que eu estava enfeitiçada e sou inocente. -Menos mal, sabe quem te enfeitiçou? -Foi um menino que eu NUNCA vi por aqui. E olha que eu já vi muita gente nessa Brasília. -Pois é...Lembra de ter me visto em algum momento? -Não.-Cybelle respondia tentando lembrar de alguma coisa.-Você não estava viajando? -Sim. Só por curiosidade mesmo.
Beberam e conversaram até tarde da noite. Então, João, Phil e Roh, desaparataram em suas casa. -----
Alguns dias se passaram desde a tarde turbulenta em que os dois Rohs se encontraram, até então não se ouviu mais falar do Roh do futuro. Marianne havia concluído que o Roh do presente não sabia de nada e os preparativos para a Copa acabaram amenizando a tensão sobre o fato. A todo instante chegavam bruxos de todas as partes do mundo, e o zoológico acabou sendo interditado ao trouxas. Os jornais alegavam surto de mosquitos transmissores de doenças perigosas na área. O que espantou até mesmo moradores das proximidades. Apesar de ter negociado os dias te trabalho, algumas vezes João era chamado para alguma emergência rápida, o que irritava em muito o rapaz. Com exceção da correria tudo corria muito bem. Alguns bruxos chegaram de outras partes do país como os atletas do Rio Rivens, time do Rio de Janeiro e amigos de alguns bruxos do Cerrado, que também contavam com atletas que faziam parte da seleção. A copa era sem dúvida o maior evento mágico de todos os tempos naquela região. No dia do jogo todos decidiram se encontrar mais cedo para a concentração e pegarem lugares próximos na arquibancada. A estrutura tinha por volta de 300 metro, e as arquibancadas formavam torres gigantes de 100 metros de altura, no meio de cada uma se localizavam os camarotes, que davam visão privilegiada do jogo, nem muito acima, nem muito abaixo. Os refletores eram magicamente regulados e posicionados de maneira a iluminar qualquer parte do campo, de forma que para que estava assistindo era difícil distinguir se era dia ou noite. No sub solo do campo ficavam os vestiários dos times, no jogo de estreia da Copa jogavam Brasil e EUA.
O único bruxo do Cerrado a jogar na Seleção Brasileira era Dudu. E a empolgação do garoto estava a mil. Finalmente havia chegado o dia de sua estréia em um jogo que não fosse amistoso.
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contosdebdc · 10 years ago
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1.1.2 Fuga e Terror
-Acho que amanhã você já vai poder ir pra casa, rapaz.- Falava o médico para Phil que estava deitado em uma cama.- Mas por hoje é melhor você descansar e se recuperar do susto. Seja lá quem te enfeitiçou sabia o que fazia, por que não é qualquer um que sabe fazer esse tipo de mistura de propriedades magicas.- Deu um sorriso (muito simpático e agradável na opnião de Phil) e saiu.
Já eram quase meio dia quando Phil acordou, haviam alguns chocolates deixados por Maria e Thainá ao lado da cama. Sentia-se como se o Nôitebus tivesse passado por cima dele, mas o repouso era maravilhosamente bom. Pensou no que falaria para Kátia pra justificar a noite que passou fora de casa sem deixar a mãe doida (isso se já não estiver), mas preferiu descansar por agora e pensar depois. Já eram quase quatro da tarde quando uma conversa bem agitada o acordou do cochilo, e então Poli entrava no quarto seguida por Thainá.
-Phil, a Thainá tem algo para te contar, mas você tem que ficar calmo antes.- Poli começava a conversa, mas pelo visto ela não era muito boa em manter a calma de alguém que receberia uma informação. -Phil, tem um dragão enorme no setor hoteleiro norte e se eu não me engano eram Higor e Chassot que estavam parados no meio do povo correndo.- Falou Thainá, que parecia ter corrido uma maratona. -Ah meu Deus!- Phil falava já tirando o cobertor de cima e levantando da cama. -Ei ei ei. Você tem que ficar de repouso.- Poli advertia enquanto tentava impedir Phil de sair da cama. -Eu tô bem. A gente tem é que fazer alguma coisa pra não deixar aqueles dois idiotas virarem comida de dragão. -Mas você não vai conseguir sair sem ter recebido alta.- De repente, Poli parou e pensou.- A não ser que...
Poli era enfermeira no Hospital Draco Molfoy, que situa-se acima do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). O diretor dos dois hospitais é o mesmo, o que facilita esconder o hospital dos trouxas. Apesar de extremamente profissional, Poli é o tipo de bruxa preparada para a guerra e pronta para situações complicadas, como tirar os colegas do hospital antes de receberem alta. Ela saiu da sala seguida de Thainá, Enfeitiçou a porta com um feitiço de confusão. Phil tinha a função de sair pela janela quando fosse indicado. Ao passarem pela secretaria, Poli enfeitiçou a lista de pacientes de forma que o quarto de Phil não receberia atendimento, mas não poderia ser ocupado por outro paciente. Saíram do hospital e então levitaram uma vassoura até a janela do quarto. Phil então montou na vassoura e desceu.
-Precisam ser rápidos, acho que o médico responsável volta a noite para confirmar a alta, aê não poderei confiar na falta de atenção do pessoal do hospital e não sei se consigo enfeitiçar ele sem passar despercebida. -Tudo bem vamos...- Phil pegou na mão de Thainá e desaparatou.
Se os trouxas desconfiavam da existência de coisas mágicas, hoje era um dia que entraria para a história. Era tanto fogo, tanto estrago e tanto trouxa que não tinha feitiço da memória certo que fizesse a coisa passar despercebida. Uma coisa chamou a atenção de Phil foi que não haviam helicópteros com repórteres trouxas, sinal que o ministério estava fazendo o possível pra esconder a área. Não demoraram para achar o carro de Higor, mas estava vazio.
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Higor e Chassot corriam em direção contrária ao mar de trouxas que fugiam do ataque do dragão. Quando chegaram no prédio em que o homem estava perceberam que a porta estava trancada por magia. Procuraram uma escada de emergência e não encontraram. -Como a gente vai chegar lá em cima?- Perguntava Chassot que parecia estar bem agitado. -Calma, deixa eu pensar.- Higor tentava se acalmar também.- JÁ SEI!- Pegou no braço de Chassot e subiram em uma árvore ao lado do prédio. Apontou a varinha para o tronco da árvore.- Eu já vi a Marianne fazer isso. Engórgio.
A árvore começou a crescer, foi tomando altura e largura também. Cada vez mais, e mais. Até que alcançaram uma janela e entraram no prédio. Subiram as escadas e então chegaram na porta que levava ao terraço do prédio. A porta estava aberta. -Que cara idiota, como ele pode trancar o prédio e não tranca a porta do terraço?- Sussurrava Chassot. Abriram e entraram bem devagar.
-Bando de idiotas, hoje é o dia em que nós mostraremos para esses trouxas malditos quem domina esse lugar.- Falava o homem para a multidão que tentava conter o dragão lá embaixo e que obviamente não o escutava. -Imóbilus- Higor disparou o feitiço no bruxo que ficou parado por alguns instantes e caiu de costas no chão do terraço.- Cara desculpa mas você já deu trabalho de mais por hoje.- Disse se aproximando do bruxo e tirando seu capuz.- Vish... -O que foi?- Perguntou Chassot que estava seguindo Higor como uma sombra.- Você conhece ele? -Conheço. Ele é o cara que me deu o dragão. Diego Bolívia.
O bruxo não era tão velho como Chassot pensava, aparentava ter menos de 20 anos, mas ainda assim tinha cara de crime.
-Você conheceu esse cara onde?- Chassot perguntava ainda sem entender a coisa toda.- E como você aceita um dragão de um cara desses? -Um dia eu fui deixar o Phil em casa e ele disse que era amigo do Phil. O Phil já tinha me falado dele. Que ele conseguia umas coisas bem baratas e tals. Achei que o Dragão era uma coisa tranquila, já que você pesquisa tanto a criação. Diego continuava encarando os dois, imobilizado, a mão segurando a varinha. Não esboçava nem um pouco de preocupação. -Então, já que você pegou o Dragão com um cara que aparentemente é um terrorista. O que vamos fazer com ele se a gente for mesmo entregar o cara aqui pros aurores? -Cara eu não sei. Não me pergunta coisa difícil agora não. -Pois é, não faz pergunta difícil agora não, rapaz.- Ironizava a voz de uma menina que apareceu subitamente atrás deles. Nem conseguiram virar para ver quem era, estavam imobilizados, olhando para o céu com cor laranja e sem nuvens do entardecer do Cerrado. -Achei que ia ficar ae sem fazer nada até anoitecer.- Falava Diego para a moça. -Eu fui ver se tinha mais gente com eles. Mas não tem ninguém. -Ainda bem que não pensaram como você. Ou estaríamos no sal agora. -Parece que os caras do Ministério prenderam o Dragão, nesse meio tempo. Daqui a pouco acho que já contiveram a situação toda. Tentar soltar o dragão agora vai chamar a atenção deles para aqui. -Pois é, deu merda...Tudo culpa desses dois. -Relaxa, ainda temos o Lobisomem. E pelo que parece ninguém suspeita de nada. Agora temos que ver o que faremos com ele...
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contosdebdc · 10 years ago
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0.2 Dragões
Na convenção das bruxas que aconteceu em 1709, ficou decretado a proibição de criação domestica de dragões por ser perigoso e trabalhoso de esconder.
Na manhã gelada de outono o clima era quente na residência dos Chassots. Pela quinta vez em menos de dois meses um representante do ministério visitava a casa com a acusação de que foi visto um dragão pela área. 
Apesar de ser maior de idade, o jovem Daniel Chassot se comportava como um adolescente na escola, infringindo regras por não concordar com a proibição.
-Se eu descobrir que você está criando um dragão dentro desse apartamento, faço questão de entregar você pro ministério. Ta ouvindo rapazinho?- Falava a Srª Chassot na porta do quarto.
-Já disse que não crio dragão no apartamento.- Respondia, enquanto pegava um casaco e se preparava para sair de casa. -Estou saindo, tenho que encontrar o Higor.
O elevador estava disponível bem ali no mesmo andar, mas o rapaz preferiu subir as escadas até o ultimo andar e subir a escada de segurança que leva ao teto. Ventava tanto que por alguns instantes ficou com medo da caixa ter sido levada. Foi até um ponto e puxou um nada, que na verdade era uma capa da invisibilidade que escondia uma caixa. Dentro da caixa, Daniel Chassot escondia uma pequeno Meteoro Chinês.
-De certa forma você não está sendo criado dentro do apartamento.- falava ele para o dragãozinho.-Então, eu não menti. Mas vai ser difícil de ficar com você. Pelo menos aqui vai ser.
A caixa não suportaria a viajem, já estava com as bordas queimadas, então, desaparatou dali mesmo.
Higor ainda dormia quando a mãe abriu a porta para receber o jovem Chassot, que (muito desajeitadamente) escondia a caixa embaixo da capa da invisibilidade amarrada nas costas.
-Higor, o Chassot chegou.- Chamou.
Chassot recusou comer alguma coisa, como também recusou sentar um pouco. Logo, Higor percebeu que tinham que dar uma volta. Pegaram o carro e saíram. Não falaram nada até chegar em um ponto mais calmo da cidade.
-Não posso mais ficar com ele, vim te devolver. -Você tá louco? Onde eu vou colocar isso? -Sei lá, se vira, você quem trouxe ele. -Por sinal... Onde arrumou essa capa? -Comprei no Conic. Mas é uma coisa genérica, tem que enfeitiçar com frequência e se olhar bem direitinho ela não é cem por cento invisível. Mas você tem que ficar com ele. O povo do ministério já foi la no prédio e somo os únicos bruxos que residem na área, então não vai ser difícil saber de quem é o dragão se acharem. -Mas cara, você acha que a Luciana vai aceitar isso aqui em casa? -Leva pra chácara. -Você tá louco? Se meu pai sonhar que eu tenho um dragão ele surta. Já foi difícil explicar o lance do unicórnio. -Cara o que vamos fazer com ele? Jogar no mato? -Nessa época de seca ele colocaria fogo em tudo em menos de uma dia. -Então devolve ele pro cara que te deu. -Vai ser o jeito. Vamos fazer o seguinte, levamos ele pra chácara e escondemos ele lá, depois que estiver tudo certo a gente entrega ele pro cara.
O pai de Higor tem uma chácara que fica afastada da cidade. Há alguns meses, Higor teve que explicar para o pai (que não é bruxo) o motivo do cavalo branco que ele tinha ganhado ter um chifre, o que gerou uma certa dor de cabeça na família. Os garotos enfeitiçaram toda a área com feitiços de confusão e feitiços anti-trouxas para evitar qualquer aproximação do dragão, prenderam o bicho com correntes tão pesadas que nem mesmo se tivesse a forma adulta conseguiria sair dali. Decidiram ir ao shopping, normalmente encontram alguns amigos por lá.
Estava realmente um dia agitado, o transito não era tão agitado na normalidade como estava naquele dia, mas levando em conta que qualquer coisinha faz com que as vias fiquem congestionadas não era tão incomum assim. Incomum eram as pessoas correndo e o aumento do numero gradualmente. E mais incomum ainda foi o que os garotos viram ao sair do carro para saber o que acontecia, um Meteoro Chinês adulto colocava fogo na rua e destruía carros, arvores, sinal e tudo que estivesse em sua frente.
-Cara, acho que você se enganou quando achou que era o único a criar essas coisas por aqui.- Falou Higor puxando a varinha cautelosamente. - Triste vai ser fazer qualquer coisa com esse bando de trouxas vendo.
Mais próximo ao dragão alguns homens com uma capa verde bandeira lançavam feitiços e correntes no dragão, mas alguma coisa desprendia as correntes e a pele do dragão, inquieto, dificultava a penetração dos feitiços.
-Olha, tem um maluco ali no alto do prédio soltando as correntes do dragão.- Chassot apontou.
-Melhor a gente fazer alguma coisa sobre isso, por que esses malucos do ministérios são muito lerdos.- Higor fechou as portas do carro, deu um beijo na lataria e foi em direção ao prédio, seguido por Chassot...
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contosdebdc · 9 years ago
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⅓ - Quem é Roh?
-Ele está morto? -Claro que não, a queda nem foi tão alta. -Olha, parece que ele tá acordando.
Quando os olhos de Roh se abriram deram de encontro com inúmeros olhares intrigados e de certa forma hostis. Biela foi a primeira a se pronunciar: -Onde está o Roh? O que você veio fazer aqui? O que significa aquilo tudo? -Eu não sei exatamente... Onde estamos? -Joãozinho.- Biela acenava para o garoto que se aproximava com um frasco.- Se ele não vai ajudar por bem vai por mal.-Despejou todo o conteúdo na boca do Roh (que percebeu que estava aprisionado com cordas enfeitiçadas).
Então Marianne surgiu no meio das pessoas e começou a falar: -No meio da correria, Roh foi atingido por algum feitiço atordoante que o derrubou do alto da torre, mas ainda assim eu consegui retardar a queda dele, mas quando chegamos em solo para buscar, o corpo já havia sumido. Então, por um acaso da sorte, você é encontrado fugindo desesperado tentando pular a cerca do Zoológico para o que parecia ser uma tentativa de aparatar. Mas foi arremessado, bateu a cabeça no chão e desmaiou. Então diz ae, onde é que tá o Rôh?
Por mais uma vez ele fitou atentamente o local. Estavam em um quarto pequeno e fechado, paredes brancas, duas janelas de vidro (trancadas) e uma grande cama de casal onde ele estava sentado e amarrado, estavam no quarto Biela, Marianne, Thiago, Joãozinho, Chassot e Phil, mas era possível ouvir algumas pessoas fora do quarto.
-Eu realmente não faço ideia de onde ele está.-Respondeu com um esboço de sorriso no rosto. -A poção não fez efeito?- Perguntava Chassot abismado. -Não seja estúpido.-Retrucava Joãozinho em tom de ofendido mas surpreso ao mesmo tempo.- No dia em que eu não conseguir fazer uma poção da verdade eu quebro minha varinha e entro em um convento. -Realmente, eu mesma conferi a poção e estava perfeita.- Marianne pensativa continuava fitando Roh.- Ele realmente não sabe onde Roh está. Mas como não sabe onde você mesmo esteve no passado? -Ele não é o Roh.- Afirmou Biella.- Então, responde ae, quem é você? -Eu sou Gabrella Almeida.- Respondeu o rapaz aprisionado.
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contosdebdc · 9 years ago
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E¹-Phel
Não é muito fácil guardar um segredo no cerrado. Não tardou muito para que Alícia fosse ao banheiro do Café e mandasse uma coruja para Phil contando sobre o fato do Roh do futuro. Phil por sua vez informou João e Marianne. João comentou com Phel que também trabalhava no Setor de Execução das leis mágicas, que confirmou a história com Chassot. Marianne contou para Thi sobre o quanto esse fato era preocupante. E em pouco tempo, muita gente já sabia sobre o fato de haver dois Rohs andando por ae.
-Seria massa ter dois Rohs no time. Ja pensou?- Dudu comentava com Cybelle.-Será que esse Roh do futuro sabe jogar quadribol? -Deve saber ué. É o mesmo Roh que a gente conhece, só que com mais idade.
-Então era esse o Roh que estava no metrô.- Marianne falava com Thi. - E se ele estava mexendo com quimera, tenho certeza que ele não quer coisa boa aqui. -Calma amor. A gente nem sabe ainda o que ele ta fazendo aqui.
-Certeza que o Roh fez alguma cagada sinistra.- Phel falava com João na sala do trabalho enquanto os outros funcionários não chegavam. -Será? Eu não duvido... Na verdade eu estou doido pra saber disso direito. Odeio ficar sabendo das coisas picadas. -Será que ele vai preso? -Olha, a gente trabalha em um local onde sabemos bem que ele não seria bem julgado. -Verdade. Tomara que eu não tenha que cobrir nada desse caso. -Tomara que isso não chegue a virar um caso. -Eh...Tomara...
Phel gostava do setor que trabalhava, mas tinha muita vontade de ser auror, e almejava a próxima vaga que surgisse. Em menos de seis meses de estágio já havia sido efetivado. Sempre teve um bom desempenho na escola, se destacava em atividades que não usasse tanto a varinha, mas ainda assim era habilidoso em executar feitiços. No Setor de Execução das Leis Mágica, o rapaz criou um hábito de ficar vendo ilegalidade de uso da magia em quase tudo que era costumeiro dentre os bruxos. Levava as leis de sigilo tão à sério que se possivel prenderia metade dos bruxos que encontrava por desleixo. O fato de Roh estar envolvido com ilegalidade mágica não era uma coisa que surpreendia tanto o rapaz, afinal Roh tinha uma mentalidade um tanto diferente do que o era certo ou errado, mas independente de qualquer fato um crime é um crime, e se fez errado tem que pagar.
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contosdebdc · 10 years ago
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1.4+2.1.2.5 Sombras do Luar
-Não pode ser… Como não tem nenhuma informação? Eu visitei ele hoje mesmo. Tenho certeza que está internado nesse quarto.-
-Desculpa mocinha, mas não tem informação nenhuma sobre esse paciente.- Respondia a recepcionista para Maria, que esbravejava e ia de um lado para o outro, reclamando de não poder visitar seu amigo Phil.
-Moça, olha de novo. Eu posso jurar pelo Ministério que ele ta aê…- Parou quando subitamente Poli apareceu segurado seu braço:
-Maria, sua linda, vamos tomar um café, ele ainda não chegou.- E saiu carregando a menina pelo braço para um corredor vazio.- Caramba, que susto.- Suspirou. - Phil saiu com Thainá pra resolver alguma coisa que Chassot e Ponei fizeram. Disse que um alvorosso absurdo está acontecendo no Setor hoteleiro Norte. Você não tá sabendo?
-Não. Que alvoroço seria esse?
-Não sei direito. Algo com um dragão e trouxas.
-Minha nossa! Pelo visto os trouxas não sabem de nada. Não saiu nada em nenhum canal de televisão. -Pois é. Enfeiticei a lista da recepção e a porta do quarto com feitiços da confusão para não darem por falta dele. Mas não sei bem quanto tempo isso tudo vai durar. Então espero que resolvam logo tudo.
-Acho que é melhor eu ir lá ver isso.
-Me promete que vai me informar de tudo o quanto antes? Sério, desde que saíram eu não to sabedo de nada..
-Tudo bem.
E sem demora, Maria aparatou do corredor.
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-Melhor matar logo esses caras antes que dê mais merda.- Falava Diego Bolívia.
-Claro, e como explicar a morte de dois bruxos no mesmo dia que você soltou um dragão no meio dos trouxas? Acho que é melhor levar eles pro cara dar uma olhada e decidir.
-Eu acho que ele não vai gostar de ver esses caras lá me baixo não, enh?
-E eu acho que você já tomou decisão de merda de mais por hoje, enh? Anda logo, traz eles pra cá que eu vou fazer uma chave de portal pra gente sair daqui. Ou você prefere esperar os aurores subirem o prédio?
Já estava anoitecendo, e não se ouvia mais o dragão que já estava preso. Diego colocou Chassot nas costas e levou até o local onde tinha uma garrafa de plastico, e quanto finalmente pode ver quem era a bruxa que conversava com Diego, não acreditou, sentiu um frio espalhar-se por todo seu corpo, era sua parceira de turma na escola, Cybelle França. Ela olhava para o garoto como se nunca o tivesse visto na vida.
-Esse aqui é bem mais pesado.- Resmungava Diego carregando Higor pela gola da camisa e colocando junto da garrafa também.-Pronto, vamos.- Abaixou-se e tocou a garrafa enquanto Cybelle fazia o mesmo.
-Então vamos embora. Três...dois...um.
Tudo aconteceu tão rápido que só conseguiram entender a situação quando já estavam todos os seis no chão de algum lugar desconhecido e escuro. No ultimo segundo, Phil saíra de baixo da capa de invisibilidade que havia pegado da bolsa de Chassot que estava no carro do Higor e pegou a garrafa a tempo ser transportado, enquanto Marianne desaparatou exatamente ao lado de Phil e pegou na garrafa e rapidamente foi transportada também. No fim, todos estavam no chão, alguns tossiam, outros gemiam, mas ninguém conseguia ver nada a não ser pequenos feixes de luz do luar quen entrava por pequenos buracos no no teto. Apesar de ser uma necessidade comum, ninguém se prontificou a acender luzes, pois seria o mesmo de denunciar a localização para alguem que provavelmente seria adversário em um combate inicial.
-Quem está aê?- Perguntava Diego em tom ameaçador.
-Juro que nunca ouvi essa voz na minha vida, então com certeza é de algum dos bandidos. Então nem adianta falar quem sou eu que você também não me conhece.- Falava Marianne que aparentava estar tranquila com a atual situação.- Mas tenho que admitir que estar no túnel do metrô não me conforta nem um pouco, mesmo não sendo a linha ativa do metrô, afinal de contas não existem vestígios de eletricidade ativa por aqui, então não corremos o risco de ser atropelados pelo trem. Mas enfim…- a voz da garota começava a ecoar e dava uma sensação de que haviam mais de uma pessoa falando ao mesmo tempo de locais diferente.-...não posso me dar ao luxo de falar e deixar que saibam onde estou. Não pretendo entrar em confusão com ninguém aqui. Então sejamos calmos e expliquem o que está acontecendo.
Nem mesmo Phil esperava por essa, a surpresa foi tanta que quando o mesmo levantou não sabia para onde andar ao encontro de Marianne, mas ao mover o braço sentiu alguem do seu lado, rapidamente  levantou a varinha e tocou a cabeça e então colocou a mão na boca de Higor, para evitar que o mesmo fizesse qualquer tipo de barulho. Higor, por sua vez pos a mão na cabeça de Phil e aparentemente também o reconheceu.
Ninguém falou nada, mas o silencio era interrompido por passos bem lentos, mas por fim, o silêncio foi cortado por um uivo que atravessou o túnel e em seguida podia-se ouvir um barulho de grades sendo sacudidas.
-Heitor!-Exclamou Chassot que já se via livre do feitiço do corpo preso. Não demorou muito até um feixe de luz vermelho cruzar o ar e acertar Chassot no peito. Na mesma hora o tunel se iluminava com raios de luz vindo de todos os lado. E então Phil conseguiu visão e espaço o suficiente para transformar Diego em uma tartaruga e Higor acertou Cybelle com uma azaração do corpo prezo.
-Lumus!- Marianne acendeu uma luz e então confirmou sua tese, realmente estavam no túnel do metrô, e pelo que indicava uma placa, era o lado da Asa Norte.
-Enervate.- Higor acordava Chassot e o garoto então olhava ao redor.
-Caramba! Estamos no metrô da Asa Norte. Então é aqui que os caras guardam os dragões?- Chassot parecia bem empolgado com a situação.- Deve ser por isso que não terminam o metrô pra cá. Deve estar enfeitiçado ou coisa assim.
-Chassot, cala a boca.- Marianne retrucava.- Temos que achar a grade do Lobisomem, acho que lá vai ter a resposta disso tudo.
-Eh, a Mari tem razão.- Falava Phil.- Quanto antes a gente achar o Heitor, a gente dá o fora daqui. Preciso voltar logo para o Hospital, porque eu tô doente e nem peguei o atestado. E sabe o que vai acontecer se eu não pegar esse atestado? Pois é, melhor nem saber.
-O barulho veio dessa direção.-Falava Marianne apontando a varinha.-Vamos, e estejam prontos para agir.
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contosdebdc · 9 years ago
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½ - Quem é Roh?
-Ele está morto? -Claro que não, a queda nem foi tão alta. -Olha, parece que ele tá acordando.
Roh abriu os olhos, sentia dor em todos os pedaços do corpo, não fez esforço algum para levantar ou tentar se posicionar melhor, sentiu certo alívio por estar deitado no chão que era frio, pois o lugar era abafado. Viu uma porta a sua frente, mas nenhuma janela. O lugar era levemente iluminado por criaturas que pareciam vaga lumes em uma bolha, não demorou muito a perceber que estava em uma cela. Quando a porta se abriu entraram Sebastião, Lucão, Phel e Poly. A curandeira foi rapidamente ao rapaz deitado e verificou seus pontos vitais. -O que está sentindo Roh?- Perguntava. -Dooor- respondeu quase que em gemido. -Acha que consegue depor?- Perguntava Sebastião. -Não seja ridículo.- Interrompeu Lucão.- Olha o estado dele. Nem consegue levantar. Acabou de cair de 50 metros de altura. -Ele é suspeito de ter planejado o assassinato do Governante. Ele não é uma criancinha inocente. Ele TEM que falar. -O senhor ae tem razão.- Graniu Roh tentando levantar.- Vamos logo pros finalmente, por que eu não posso ficar aqui tendo alguém rodando com minha cara por ae. -Eu vou te dar um soro que vai aliviar a dor, mas vai precisar evitar grandes esforços.- Avisava Poly lhe dando uma garrafa.
Roh foi conduzido para uma sala que tinha uma aparência bem mais humana, com uma cadeira ao centro e algumas mais afastadas. Sentou-se na cadeira ao centro enquanto os demais continuaram em pé.
-Tomará poção da verdade para evitar qualquer informação falsas.- Informou Lucão enquanto lhe entregava a poção. Tomou.
-Você planejou o assassinato do Governante?- Perguntou Sebastião olhando com um ar de triunfo como se já soubesse a resposta. -Não.- Respondeu Roh, levando a face de Sebastião a alterar completamente sua expressão para uma mistura de surpresa e confusão. -Enfeitiçou João Souza para que o mesmo atacasse o Governante?- persistiu. -Não.- Respondeu Roh com uma expressão calma. -Roh, você esteve no camarim do Governante durante algum momento da Copa?- Perguntou Lucão olhando firmemente nos olhos de Roh. -Não.- Respondeu. -A poção da verdade não funcionou. Não foi feita corretamente.- Falou Sebastião. -Não seja ridículo, Sebastião.- Retrucava Lucão.- Essa poção não foi feita por alunos de CasteloBruxo. São bruxos do Ministério, experientes. -Não seja ridículo...? Você o viu lá. Todos vimos. -Você parece um NoMaj falando assim.- Lucão parou, pensou e então continuou.- Provavelmente Roh tem razão. Alguém está se passando por ele e arquitetou o assassinato do Governante. -Não seja ingênuo. Vai libertar um potencial assassino? -Eu jamais faria isso. Assim como sei que você jamais aprisionaria um inocente. A poção nos provou que ele não é o culpado. Precisa de cuidados médicos e vai ser levado imediatamente ao hospital. -Não pode decidir isso. -E quem pode? -Eu.- A porta se abriu e então João Pedro entrava na sala.- Eu realmente achei que chegaria na metade do jogo, ou coisa assim. Mas vejo que cheguei no início do velório do velho Governante. Levem Roh agora mesmo para algum lugar para que possa receber atendimento médico. Phel, fique atento para toda e qualquer movimentação e mantenha-o sobre custódia.- Phel afirmou com a cabeça com uma expressão séria, apontou a varinha para Roh, e o levou flutuando para fora da sala.
João Pedro era, além de grande amigo de Roh, o Juiz da Suprema Corte dos Bruxos. Quando Roh e Phel saíram da sala era visível nos rostos dos três presentes que coisas boas não estavam por vir. Na ausência do Governante, até que se estabelecesse um novo governante, João Pedro ditava as regras. Seu ato mais recente de libertar Roh da prisão era extremamente polêmico pois era de conhecimento de toda a comunidade mágica a amizade dos dois, e estava claro que Sebastião não ficaria calado. Mas João não expressava temor ou sequer receio, muito pelo contrário, tirou do bolso uma garrafa, abriu e depois tirou 3 pequenos copos.
-Acho que teremos um tempo para conversar e decidir como proceder com os acontecimentos recentes.- Puxou uma cadeira.- Mas no momento recomendo beberem um pouco dessa cerveja comigo. É feita por anões escoceses. Acho que a noite está sendo bem estressante por aqui, encarar isso sóbrio não vai fazer bem a sua saúde mental, Sebastião.- Falou estendendo o copo com cerveja para o homem.
Beberam
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contosdebdc · 9 years ago
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(B2)³+(D1+%)² - O começo do fim
Por alguns instantes o silêncio pairou no ambiente. Ninguém falava nada. Surpresa, confusão e tensão pairava ali, exceto, talvez, pelo Roh que chegara com Márcia, que expressava algo mais semelhante a arrependimento de quem cometeu alguma burrada. -O que significa isso Roberval?- Biela quebrava o silêncio olhando para o Roh que estava com ela. -Eu não faço ideia.- Roh continuava encarando o outro Roh como quem encara um pote de ouro no fim de um arco iris.-Mas acho que ele sabe explicar. Quem é você? -Eu?- O outro Roh se pronunciava com um esboço de sorriso no rosto que aos poucos ia se alastrando até virar um grande sorriso.-Ora, e sou você. Na verdade você será eu em mais ou menos um mês. -Acho que eu já entendi.-Márcia falava.-Você usou um vira tempo. -Bela percepção.- Falava o outro Roh sorrindo.-Na verdade eu não poderia me encontrar. Me distraí e acabei vindo pro mesmo lugar que estive. -Acho que você nos deve uma explicação bem mais aprofundada de tudo.-Dizia Biela olhando de um Roh totalmente boquiaberto para um Roh totalmente despojado. -Na verdade, eu não posso falar muita coisa. Eu nem ao menos posso ficar conversando assim com vocês. Basta saber que não vou causar problema algum... -Difícil acreditar em algo assim.- Interrompeu Biela.- Onde arrumou um vira tempo que executasse uma viagem tão longa? Pra que viajou até aqui? O uso de vira tempo não é tão simples assim, não se usa para passear no passado. E eu sei que você mais que ninguém sabe disso. -Digamos que vai ficar tudo bem. Não há necessidade de se preocupar agora... -Agora?-Biela interrompeu o rapaz novamente.- Então vai acontecer alguma coisa? -Aaahhh! Tá bem complicado, manter a linha de conversa aqui.- O garoto parecia incomodado com tudo.- Olha, fique calmo.-Falava olhando para o Roh nervoso.- Você não está ficando louco. E vocês por favor não comentem sobre isso com mais ninguém. Vamos continuar nossos cotidianos e esquecer o que aconteceu aqui. -Esquecer? Nunca.- Alicia se manifestava.- Pra você estar aqui alguma parada muito sinistra aconteceu e você não quer contar. -Ou ele pode estar fugindo de alguma coisa que aconteceu também.- Chassot falava pensativo.- Você fez alguma coisa? -Eu não escondi um dragão das autoridades.- O Roh do futuro retrucava ironicamente o jovem. -Mas usou um vira tempo, até onde parece ilegal.- Re-retrucava Chassot. -Tá bom, chega.-Biela falava.-Vamos sair daqui, acho que está meio movimentado e não é lugar adequado. Aparataram...
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contosdebdc · 9 years ago
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Era de longe um grande dia, sem dúvida era uma grande dia para Marianne França. Uma arara azul adentrava pela porta da sala trazendo um evelope verde bandeira com letras douradas e o selo de CasteloBruxo.
"Cara Srª França,
É com grande satisfação que informamos que seu currículo foi avaliado e gostaríamos de realizar uma entrevista para a vaga de Professora de Poções da Escola Sul-Americana de Magia de CasteloBruxo. Esperamos resposta.
Atenciosamente, Antonio Borage."
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contosdebdc · 10 years ago
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?¹+?²=???°
-Expelliarmus! Feixe de luz cruzava o ar, quase acertando a mão do rapaz. -Você sabe que não vai conseguir fugir...-Gritava a voz atrás da pilastra.-... Sabe que o melhor é ficar calmo e se entregar. A area tá toda bloqueada, não vai ter como desaparatar e correr não é a melhor opção que você tem. -Haha! Se é isso que pensa...- Respondia a voz atrás de outra pilastra.-... Daqui a pouco ele vai chegar e vai me ajudar. E ae veremos quem está em apuros de verdade. -À que ponto chegamos Chassot? Você decidiu ser um terrorista em prol de que? Se entregue, cara. Acredite, é o melhor que você faz. -Ah! Você vai ganhar comissão pela minha cabeça ou ta de pirraça mesmo?- Ironizava Chassot sentindo a perna. Sangrava muito, Phel realmente tinha feito um serviço de excelência..- Cara... Eu realmente sinto muito, mas acho que já deu minha hora. -De se render? Diga que é essa a tal hora. Por que se ainda espera o Roh, acredite, ele já deve estar preso.- Phel falou disparando um feitiço conta a pilastra onde estava escondido Chassot, fazendo com que voasse concreto pra todos os lados. -Digamos que tenho outros reforços.- Falou Chassot balançando a varinha enquanto se arrastava rapidamente na poeira indo de encontro à um dragão de mais ou menos 3 metros de altura que pousava no meio da poeira cuspindo fogo.
Phel se protegeu novamente atrás da pilastra. Quando olhou, Chassot já estava fugindo montado no dragão.
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contosdebdc · 10 years ago
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1.5 Tocando o Terror
Ela realmente achava que poderia descansar, realmente achava que seria um dia bem tranquilo, achava que estaria livre das corujas desagradáveis e de ter que esquentar a cabeça reparando cagadas alheias. Na verdade o dia de Marianne não estava dos mais agitados, acordou tarde, comeu bem, trocou alguns bilhetes coruja com Thi (seu namorado) e estava assistindo alguns desenhos quando a coruja chegava com a resposta do ultimo bilhete e acompanhada de uma outra coruja.
"Passei no posto para abastecer e já chego. Beijinho. Thi."
O bilhete que a outra coruja trazia não era tão amoroso quanto o primeiro.
"Mari, não sei se ficou sabendo mas um dragão estava tocando o terror no setor hoteleiro norte. Tenho certeza que tem dedo do Chassot, afinal de contas ele vive envolvido com esses lances de dragão. Alguns contatos meus falaram que o ministério ta na cola dele. A dúvida é de onde ele arrumou um Dragão, que nem meus contatos conseguem uma coisa dessas. Outra coisa, conseguiu falar com o Roh? Ele chega nesse fim de semana pelo que fiquei sabendo. Qualquer coisa me avisa. Estou na livraria, mas tá tudo sussa aqui. Beijos, Marcia!"
O Roh, "Droga, esqueci de responder a carta dele. Mas ele vai entender que tem um dragão tocando o terror no Setor hoteleiro norte e por isso eu esqueci completamente."
Marianne rodou todos os canais da tv e nenhum falava sobre o escândalo. Claro que um dragão a solta seria um escândalo. A moça já até podia visualizar a manchete sensacionalista que o Correio Magicerradence faria sobre isso, mas o fato das redes de tv trouxa não se manifestarem era realmente de surpreender.
"Acho que esse Ministério tem mesmo as manhas." Pensava ela.
Quando Thi chegou, decidiram ir até o local para verificar os estragos feitos pelo dragão.
-Nossa! Como isso aconteceu e eu não fiquei sabendo?- Perguntava o rapaz enquanto guiava o carro. -Sei lá, pelo que parece foi bem do nada mesmo. -Será que é coisa do Chassot mesmo? -Eu não duvidaria. Mas acho que se o dragão tava tocando o terror, ele não era pequeno. E o Chassot nunca conseguiria esconder um dragão por tanto tempo assim. Ele com certeza seria pego. -Verdade. -Ah! O Roh chega nesse fim de semana. -Eita! Que coisa boa...- A conversa fluía bem e por alguns instantes a tensão causada pela notícia dragão estava mais amena, mas foi por pouco tempo. O trânsito estava absurdamente congestionado na altura em que entrava no Eixo Monumental, e havia um desvio que dava uma volta em quase toda a cidade. -Nessas horas eu me arrependo de não sair de vassoura de casa.- Falava Thi se esparramando no banco e largando o volante.- Deve estar realmente caótico o estrago, pra pararem o trânsito desse jeito.
-Ainda não entendo como os trouxas estão cientes do estrago e não passou em nenhum noticiário ou coisa assim.- Mari ainda intrigada e olhando para todos os lados como se procurasse alguma coisa no meio do mar de carros.- Olha lá. O guarda, com certeza não é trouxa.
-Como você sabe disso? -Ele tá usando um sapato social de gala. Quem usa isso pra trabalhar no trânsito?- A garota tirou o sinto e saiu do carro. Thi abriu a porta e ficou observando e esperando. Não era difícil andar no meio dos carros que se moviam alguns poucos centímetros em quase horas. -Boa tarde! O senhor sabe me informar se já controlaram o caso do dragão?- Perguntou Mari para o guarda, que automaticamente mudou a expressão seria do rosto para uma expressão de terror. -Como você sabe? -Eu não sou trouxa moço. -Ah sim, está tudo sobre controle. Peço para que volte para seu veículo e haja com naturalidade para não alarmar os trouxas. Tudo bem? -Ah sim, claro.- Marianne se virou e foi andando em direção ao carro.
-Conseguiu alguma coisa?- Perguntou Thi. -Pelo visto o Ministério tomou conta dos meios de contato como o DETRAN e está agindo para os trouxas não desconfiarem. Vai pro parque da cidade e depois eu te encontro lá. -Pra onde você vai? -Vou no Setor Hoteleiro. Tenho que saber se Chassot tá envolvido mesmo nessa bagunça. -Mas como você vai passar? O guarda nunca vai deixar. -Eu não pedi. E nem vou andando daqui pra lá.- Deu um beijo no rapaz e desaparatou.
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contosdebdc · 10 years ago
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0.5 Notícias
Portas trancadas, algumas correntes, nenhuma mobília no comodo, algumas almofadas grudadas nas paredes e um pedaço bem grande de carne mal passada. Um cenário de quarto de sequestro era um ambiente no qual Heitor já se familiarizara. Uma vez por mês ele voltava para passar as noites no quarto. Mesmo com os avanços no tratamento, era mais seguro manter o rapaz isolado durante o período de lua cheia.
Quando tinha 15 anos, Heitor sofreu um ataque de um lobisomem enquanto andava pelo parque com os colegas. Acharam que o rapaz não sobreviveria ao ataque, mas sobreviveu e agora carrega o fardo da maldição. Como de costume, ao fim da tarde, ele tomou a poção Anti-Transformação e se dirigiu ao quarto. Ao primeiro brilho da lua cheia que entrava no quarto pelas brechas da janela, começava o processo doloroso de contenção da maldição, era possível sentir dor nos ossos, dor nos músculos, dor até na raiz do couro cabeludo, um procedimento pelo qual o rapaz já estava acostumado, mas se contorcia e deitava no chão como se fosse a primeira vez. O que não era costume era a janela se abrir, muito menos a entrada da figura encapuzada montada em uma vassoura.
-Relaxe lobinho. Vim te ajudar.- Dizia a voz feminina.
A moça enfeitiçou a porta, depois apontou a varinha para o rapaz que estava deitado no chão. O rapaz queria grita, mas não conseguia. O rapaz queria levantar, pegar a varinha e poder se defender, mas o mínimo esforço fazia todo seu corpo entrar em dor. Quem era essa pessoa? O que faria? Olhando pela janela aberta Heitor podia ver a lua, redonda e brilhante, tão iluminada que fazia a noite parecer dia. A dor aos poucos ia sumindo e era possível sentir seu corpo alterando a forma. O que estava acontecendo? Por que poção estava perdendo efeito? Se essa moça era amiga ou inimiga o fim dela estava próximo. Ou não... ao poucos a consciência do rapaz ia se perdendo e então ele viu a moça chegando mais próximo dele, tirando algo da capa e então não viu mais nada.
"Desaparecido Ainda é desconhecido o paradeiro do jovem que desapareceu no meio da ultima noite em Águas Claras. 'Ele estava dormindo e quando fui acordar ele pela manhã ele não estava no quarto.' A família também alega que não houve arrombamento e que a janela se encontrava aberta. Ao que tudo indica o rapaz saiu pela janela e de alguma forma foi embora. Maiores notícias sobre o caso nas próximas edições do Correio Magicerradense."
O Correio Magicerradense volta e meia anunciava casos diversos e estranhos, mas esse em especial chamava a atenção de algumas pessoas não só pelo fato do desaparecimento. Por mais que a família não tivesse informado a situação especial de Heitor, alguns amigos tinham total conhecimento do perigo que é ter um lobisomem solto nas ruas, ainda mais em período de lua cheia. E Marianne França realmente não conseguia entender como um lugar tão pequeno como o cerrado conseguia ter tantos eventos escandalosos e os trouxas não verem ou perceberem nada. Ou os trouxas eram mais trouxas que os bruxos pensam ou o ministério tinha as manhas mesmo de fazer a coisa acontecer por baixo dos panos. Mas o jornal e as notícias teriam que esperar um pouco pois corujas e mais corujas chegavam freneticamente na empresa de design onde a moça trabalhava. 
Os bruxos eram um povo bem complicado de lidar com arte. Pediam, mudavam, percebem que o que queriam antes era o certo, mas vão ficar com o alterado e no fim, o resultado não era bem o que queriam. Mas Marianne gostava de brincar com as artes, enfeitiçava as imagem para que os efeitos fossem deslumbrantes e únicos. E aquele era um dia bem agitado. Quando chegou ao fim a garota gostaria muito de que o dia seguinte fosse férias, mas era apenas folga. Agora era ir para casa e descansar, ou pelo menos era o plano dela, até se deparar com a coruja que acabava de chegar na casa dela.
"Mari, o Phil acabou de chegar aqui no Hospital. Aparentemente não passa de uma arte de feitiço da memória com feitiço do sono, ele tá dormindo mas já está bem. Mari e Thainá trouxeram ele a tempo, mas não temos notícia de quem o enfeitiçou. Só gostaria de deixar você informada. Boa Noite! Poly."
Era sem dúvidas um dia agitado no trabalho, no ciclo de amigos, na família. Marianne precisava descansar um pouco. E botar as idéias no lugar ou enlouqueceria com tantos eventos. Quando estava deitando para dormir, o que parecia ser a ultima coruja da noite chegava. Pensou bem se queria abrir, porque, mesmo sem remetente ela sabia muito bem que coruja era aquela. Quando abriu se sentiu mais aliviada.
"Boa noite, Mari! Quando tiver um tempo, gostaria que me passasse o cronograma de quadribol e as possibilidades de realmente acontecer esse evento. Acompanhando as noticias vejo que o cerrado tá pegando fogo. Estou com saudades. Chego no próximo fim de semana, então nos vemos em breve."
A garota esboçou um sorriso. Colocou a carta na mesinha e deitou. "Pelo menos uma notícia agradável..." pensou a garota se cobrindo. "...mas vou deixar pra responder amanha. Afinal, o Roh sabe muito bem que não se deve mandar bilhetes falando de trabalho a essa hora."
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contosdebdc · 10 years ago
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0.4 Diferente
O cerrado brasileiro é realmente um lugar que chama a atenção de pessoas do mundo todo, tanto pelas suas características naturais e desérticas, como pela arquitetura que bruxos e trouxas deram um jeito de elaborar para o local, quanto pela diversidade de bruxos que ali habitam. Em meio ao cerrado existe um lugar chamado Ceilândia, que conta com um número significante de bruxos simpáticos e ao mesmo tempo hostis. Um lugar onde as pessoas têm uma certa intimidade com o perigo. E em meio a Ceilândia mora uma bruxinha que se diferenciava da maior parte da população da região. Nascida em família trouxa, Maria sempre teve uma certa dificuldade em trabalhar magia, por não ter muito apoio familiar, que achava a coisa toda uma bobagem, mas isso não a tornou pior que seus colegas bruxos, era talentosa e esperta, dotada de um carisma contagiante e uma empolgação que fazia as pessoas ao seu redor se encantarem facilmente. Uma coisa que diferenciava Maria da maioria dos bruxos da Ceilândia era o fato que independente das coisas que aconteciam, ela acreditava que as pessoas podia ser melhores para as outras pessoas, que trouxas ou bruxos poderiam fazer do mundo um lugar melhor, era uma característica que as vezes se tornava ingênua de mais, mas isso não tirava dela a ciência de que nem todo bruxo é bom.
Em uma certa manhã, Maria recebeu um bilhete de sua amiga:
"Miga, vai ter um show hoje no CBM, e mulher não paga a entrada. Espero você na Rodoviária. Drielly"
A notícia era animadora. Sair com Drielly era uma atividade que Maria gostava muito. Ambas repartiam gostos semelhantes mas eram bem diferentes. Drielly era o tipo de pessoa que não acreditava muito que as pessoas podiam fazer o melhor pelos outros, ela acreditava que as pessoas fariam o melhor para si mesmo, independente se isso era ou não bom pros outros, sendo assim ela não se importava tanto em agradar as outras pessoas ou com a opinião delas. Mas mesmo com as ideias diferentes sobre o mundo as duas eram boas amigas.
Como combinado, se encontraram na rodoviária, que como era de costume estava abarrotada de pessoas.
-Ainda bem que não precisamos disso.- Falou Drielly ao olhar para um homem que entrava no ônibus, que já estava lotado, com 3 sacos que pareciam estar cheios de laranja.
Fizeram o caminho até o Conic e quando entravam no edifício se bateram com um rapaz que já conheciam. Chassot se apressava para pegar um pacote que tinha deixado cair.
-Oi, tudo bem? O que vocês estão fazendo aqui?- Perguntava o rapaz meio desconcertado. -A gente vai ver um show no Café da Bruxa Moderna. E você? Tá comprando capa nova?- Perguntava Drielly olhando o pacote. -Ah! Sim, sim. Vou precisar de uma para um compromisso que eu ganhei hoje. -Você ganhou um compromisso?- Perguntava Maria bem confusa. -Deixa pra lá, ele nunca bateu bem das ideias mesmo.- Drielly olhava no relógio. - Vamos ou a gente não vai conseguir um bom lugar. Até mais Chassot.
Depois que se despediram do rapaz as duas se apressaram, conseguiram uma mesa bem na frente do palco. A banda era composta de Bruxos adolescentes e jovens adultos, a maioria das moças presentes no show aparentavam estar ali mais pela aparência dos rapazes do que pela música. Ao fim do show, correram e conseguiram sair em uma foto com a banda tirada pelo fotografo do Semanário das Bruxas. Era uma noite bem animada, estavam saindo do Conic quando um som de pancada no prédio chamou a atenção de todas as pessoas que saiam do estabelecimento. O barulho foi seguido de um clarão e depois labaredas que saiam do teto.
-O que é isso?- Perguntava Drielly olhando para o teto. -Não faço ideia. Mas acho que é melhor a gente ir embora logo.- Respondeu Maria dando sinal com a varinha.
O Nôitibus estava ali pronto para embarque, quando o condutor desceu sacou a varinha e apontou para o céu conjurando uma especie de bolha que impediu todos de serem esmagados por um dragão bem grande que estava em cima deles.
-Andem, entrem.- Gritava o condutor para as meninas entrarem no ônibus.
Dois dias depois no Correio Magicerradense:
"Desaparecido dragão capturado no centro da cidade de Brasília. Aurores acreditam que o desaparecimento esteja relacionado a fuga dos prisioneiros que ocorreu no ultimo saidão de dia das Mães. Nada confirmado, apenas especulações. As investigações continuam."
Maria lia o jornal distraída sentada na cadeira da praça de alimentação do shopping quando viu seu colega Phil passando e acenou, mas o rapaz estava ouvindo música e provavelmente não a notou, então ela decidiu alcança-lo, recolheu a bolça e o jornal e levantou. Os fatos a seguir aconteceram de maneira tão rápida que não houve tempo para se preocupar com o estatuto do sigilo.
Um rapaz que aparentemente esperava o lanche se aproximou de Phil e estendeu a varinha, Maria por reflexo sacou a varinha e viu Phil caindo quando desarmou o estranho que subitamente foi arremessado pelo vidro que formava uma janela fechada do local.
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contosdebdc · 10 years ago
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0.3 Nada comum
Semanário das bruxas, RRB, Correio Magicerradense, almoço, livraria, editar artigos, comprar alguns itens críticos e visitar alguns amigos. Uma agenda que sem dúvida um bruxo comum jamais conseguiria fazer em um dia, Mas Márcia Thiara nem de longe era uma bruxa comum, em meio a todas essas atividades ela conseguia encaixar vários espaços para tomar café, a bebida dos trouxas que mais chamava a atenção da moça.
Como já foi dito, Márcia não era uma bruxa comum, o que não diferencia o fato que em uma manhã gélida como a que fazia ela perdia a hora no calor das cobertas e quando decidiu levantar já estava atrasada em uma hora para o segundo compromisso da lista de atividades do dia. Era inexplicável a capacidade que tinha de tomar banho, escovar os dentes, comer, se vestir, se maquiar, separar todos os itens que usaria (e os que não tinha muita certeza se usaria) em uma bolsa magicamente extensa, conversar com os pais e responder todas as correspondências de trouxas e bruxos, não necessariamente nessa ordem, mas cumprindo a todas em um tempo que tomar banho seria pouco para alguns. Por mais que fosse bruxa, Márcia tinha uma vastidão de amigos trouxas e tinha um grande problema com as diretrizes do estatuto do sigilo. Frequentemente era notificada pelo ministério sobre o uso de magia perante trouxas, mas (por algum motivo desconhecido) era respaldada de grandes penalidades. Simpatizava com trouxas de forma tão agradável que trabalhava em uma livraria trouxa, com Lolla (que não é bem o tipo de bruxa que se pode julgar como "comum", mas por motivos diferentes de Márcia). Muitos amigos acham um erro ela estar desperdiçando tanto talento trabalhando para trouxas, mas a jovem aparenta gosto pelo oficio.
Ao fim de mais um dia de trabalho na livraria, Márcia não escondia que se sentia cansada, mas ao mesmo tempo empolgada, pois no dia seguinte era folga e em alguns minutos encontraria sua amiga Dayanne para passar muitas horas conversando sobre inúmeros fatores que regiam suas vidas. Foi ao metro, conversou com todos os companheiros de trabalho e despediu-se como de costume e foi. Dayanne morava em um grande prédio ao lado da estação. Alguns rapazes brincavam em uma rampa de skate que tinha ali ao lado e nada mais funcionava em relação a comercio e coisas do tipo pois já passavam as 23 horas. Caminhando em direção ao prédio calmamente e murmurando uma música romântica, Márcia só percebeu que um rapaz se aproximava quando o mesmo já estava quase ao lado dela. Quase que instantaneamente a garota sacou a varinha e virou para o rapaz, que tinha alguns centímetros a menos que ela de altura e aparentava ter uns 15 anos. -Calma ae, tia, sou ladrão não. -Caramba, moleque, que susto. -Que porcaria é essa aê?- O menino indicava a varinha. -Nada, um pedaço de pau que uso pra me defender.-Márcia voltava a caminhar em direção ao prédio... -E pelo visto não se defende de maneira correta, não é, Marcia Tiara?- A voz era grave e e pela sombra Márcia pode ver que o garotinho não estava mais sozinho. Virou-se num impulso. -Protego- Foi exatamente o tempo de bloquear o raio de luz vermelha que o homem havia disparado com a varinha. Os rapazes que brincavam na rampa não estava mais ali, o menino parecia estar em uma espécie de transe e olhava para o nada, e o Homem escondia o rosto embaixo de um capuz de um casaco bem grande. "Quem é você?" Perguntou para o homem com a varinha preparada. -Digamos que sou alguém que te admira bastante, gostaria de te convidar pra tomar um café, conversar um pouco. -Moço, eu não sei bem onde o senhor aprendeu esses galanteios ae, mas eu aprendi a recusar esse tipo de encontro ou abordagem, então hoje eu vou te dizer não.- E em um piscar de olho Márcia já não estava mais ali. Desaparatou para a porta do prédio que ficava do lado oposto. Olhando atentamente para todos os lados para saber se o homem não estava a vista, entrou e como já era conhecida do porteiro, foi direto para o apartamento.
Contou o evento para Dayanne, que contou para sua mãe, que em poucos momentos toca a casa já estava ciente e comunicando o ministério. -Mas fica calma, Márcia.- Falava Dayanne tentando acalmar a moça, e acalmar a ela mesma que nitidamente estava nervosa. -Eu estou calma, eu acho. O estranho é q ele sabia meu nome, então é alguém que sabe quem eu sou. -Mas o que importa agora é que você está segura, então vamos comer alguma coisa e tomar um café. Já os aurores pegam esse louco e fica tudo resolvido. O pai de Dayanne era dono de uma padaria e simpatizava muito com os trouxas, tanto que sua padaria era um ponto comum entre ambas as partes. E a moça ajudava o pai algumas vezes assim como o irmão. Eram uma família muito alegre que festejavam muitas coisas com frequência. Naquela noite, Márcia conversou, comeu e bebeu e conseguiu dormir calma...
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