#samba-enredo
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piovascosimo · 1 year ago
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marisa monte canta | lenda das sereias | samba-enredo do império serrano composto por vicente mattos, dionel sampaio e arlindo velloso
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clar-a-m · 3 months ago
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Who's Afraid of Xica Manicongo?
In this year’s Carnaval in Rio, the Paraíso do Tuiuti samba school made their whole presentation themed after Xica Manicongo, the first documented non indigenous travesti (a trans identity that’s very specific to South America) woman in Brazil’s history.
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Xica was brought from Congo to Salvador, in Brazil, and sold as a male slave named Francisco Manicongo by the Portuguese in the 16th century. She would walk proudly around the city dressed with a cloth that was open on the side and tied around the front, typical for women where she was from, and was known for meeting with men during her outings.
A christian man once questioned her for the way she was dressed and demanded she would dress “as a man” but she refused to and continued to present as she was. In 1591, the man then accused her of sodomy and reported her to the Inquisition. The penalty for that crime at the time was to be burnt alive in a public square, so to avoid that fate, Xica then started to dress in men’s clothes.
Up until the 20th century, Xica Manicongo was mistakenly considered to be a gay man by historians, until her history was reviewed, and she was given the name Xica by Majorie Marchi, a black travesti woman, president of the ASTRA-Rio (Association of Travestis and Transsexuals of Rio de Janeiro) until her passing in 2016.
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It was over an hour of presentation, around three thousand people involved, huge set pieces, all the costumes, music and everything else highlighting the history of trans women, of black trans women, of Xica Manicongo. The biggest cultural celebration in Brazil, people from all over the world come to see the Carnaval, especially in Rio, and this samba school showed this history so beautifully for all the world to see. And not only the history, trans joy, trans people who alive and well and fighting right now.
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Among the members of the samba school they also invited many trans people to be a part of their presentation, among them there were deputies, councilors, activists, founders of social projects, actresses, artists, doctors, researchers, dancers, stylists, teachers, sex workers and more, many of them in highlighted sections (up on the floats, or in the opening act).
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The samba school also made a partnership with ANTRA, the National Association of Travestis and Transsexuals, and together they founded the Trans-citizenship Project (Projeto Transcidadania), where they taught trans people to dance in preparation for the presentation, and created classes for trans people to teach them how to create costumes and props to be used in the parade. So dancing in the avenue where trans people using costumes made by other trans people, and now that they have those skills, they can be hired to future projects for other carnavals.
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It was so beautiful to see, them showing all of that with so much pride and care and calling out conservatives directly. Brazil has been for over a decade the country that kills the most LGBT+ people in the world. The biggest Pride Parade in the world also happens in Brazil (the São Paulo Pride Parade). The fact that both of those things are true at the same time is something that I often think about.
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I did my best to translate the lyrics of the song, there were some words that were very specific to African and African-Brazilian cultures that were very hard to translate so I included notes. Some of those words I was already familiar with but others were completely new to me, so I had to do some research, hope I didn’t make any egregious mistakes.
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As you can see those are very powerful and very direct lyrics. The “I’m travesti” absolutely impossible to ignore, sang so clearly and holding so much power in that song. Those are the lyrics that were being sung for the entire presentation, the lyrics that the thousands of people watching would sing along to.
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The official VOD is behind a paywall on Globoplay, but you can watch it on youtube here (includes pre-show, interviews and commentary), you can also find recordings from the audience on youtube if you prefer.
If the whole thing a bit too long for you, at least watch the opening act. Here’s a recording where you can hear some of the audience’s reaction. Love to see it!! (includes some flickering lights, specially around the 2min mark)
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This whole thing just made me incredibly emotional so I wanted to share.
“I bring truths, not necessarily yours.” - Jaqueline Gomes de Jesus
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mastermaverick · 5 months ago
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Assistir aos Desfiles das Escolas de Samba na Marquês de Sapucaí: Uma Jornada de Emoções no Carnaval 2025
Por Que a Marquês de Sapucaí é o Palco da Maior Festa Popular do Mundo? Se tem uma experiência que define a alma do Carnaval carioca, é assistir aos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Não importa se é sua primeira vez ou se você já é um veterano: pisar no Sambódromo durante o Grupo Especial é como entrar em um universo paralelo, onde cores, música e história se fundem em um…
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chicoterra · 1 month ago
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'O Amapá é digno desta homenagem', celebra governador Clécio Luís após anúncio de enredo da Mangueira para o Carnaval 2026
Agremiação carnavalesca do Rio de Janeiro levará Mestre Sacaca e a Amazônia negra para a Marquês de Sapucaí, potencializando o Amapá. O Amapá e seu povo estarão presentes na Marquês de Sapucaí, no Carnaval 2026, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na última sexta-feira, 16, a Estação Primeira de Mangueira anunciou o enredo para o desfile do ano que vem: “Mestre Sacaca do encanto Tucuju – o…
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enicomputer · 4 months ago
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Samba na Gamboa com Milton Cunha traz desfiles históricos do carnaval
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Apresentadora Teresa Cristina interpreta sambas-enredo inesquecíveis EBC Publicado em 22/02/2025 - 16:44 Brasília Versão em áudio
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Reprodução: © Divulgação-TV-Brasil A apresentadora Teresa Cristina recebe o carnavalesco e comentarista Milton Cunha na edição inédita do programa Samba na Gamboa deste domingo (23), às 13h, na TV Brasil. No programa, o especialista aborda desfiles inesquecíveis das escolas de samba do carnaval carioca e a cantora interpreta clássicos com os maiores sambas-enredo de todos os tempos.
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Teresa Cristina entoa músicas que atravessam gerações como "Bum Bum Paticumbum Prugurundum", samba campeão do Império Serrano em 1982; "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia", canção do vice-campeonato da Beija-Flor em 1989; "O Ti Ti Ti do Sapoti", obra da Estácio de Sá em 1987; e "Histórias Para Ninar Gente Grande", samba que deu o título à Mangueira em 2019, entre outras. O experiente cenógrafo explica os enredos das composições, destaca seus autores e fala sobre grandes personalidades do carnaval durante o bate-papo inédito. Milton Cunha revela bastidores e a repercussão desses sambas-enredo que fizeram história e ainda são lembrados como referência hoje. O convidado também recorda carnavalescos que inovaram e deixaram importante legado, como Rosa Magalhães e Joãosinho Trinta. Milton Cunha ainda lembra de intérpretes que deram vida a performances inesquecíveis das agremiações com vozes únicas como Dominguinhos do Estádio e Neguinho da Beija-Flor. Produção original da emissora pública, o Samba na Gamboa pode ser acompanhado no app TV Brasil Play e no YouTube do canal. O programa também tem versão para a Rádio Nacional aos sábados, ao meio-dia, para toda a rede.
Sambas-enredo e desfiles
Durante a conversa com Teresa Cristina no Samba na Gamboa, Milton Cunha reflete sobre o canto do público na Marquês de Sapucaí. "O samba-enredo é aquela mágica. Ninguém ganha no barracão, no CD ou nas plataformas digitais. É na hora. É o quesito mistério. Aquele que ninguém vê, mas todo mundo sente", diz. Ainda sobre os sambas e seus intérpretes, o convidado é categórico: "Colocar samba no lugar da empolgação é muito bom. Quando a voz resolve tudo. Ela traz a multidão com ela", avalia sobre a importância dos cantores que embalam os foliões na Passarela do Samba. Sobre "O Ti Ti Ti do Sapoti", música com versos que embalaram a Estácio de Sá em 1987, Milton Cunha recorda o timbre do vozeirão de Dominguinhos do Estácio e o entusiasmo da plateia na Avenida. "Era um samba chiclete. Todo mundo masca e vai atrás", opina. Ele critica a reedição dos sambas nos carnavais recentes. "A magia não volta. É histórico. Quem viveu, viveu. Você pode até tentar reler. Mas fazer a imitação não vai conseguir. O tempo passou. A água do rio nunca é a mesma. Você se banha e ele vai. E você é outro", afirma. Milton Cunha comenta o enredo "Histórias Para Ninar Gente Grande", do carnaval vitorioso da Mangueira em 2019. "Belíssimo. O fator Leandro Vieira. A escola de samba como consciência crítica para pensar a atualidade. É um samba que resgata quase 20 personagens e mistura essas personalidades. É um clássico da modernidade", aponta sobre a apresentação momesca organizada pelo carnavalesco revelação do Rio de Janeiro.
Programa
A nova temporada do Samba na Gamboa que marca a estreia de Teresa Cristina como apresentadora do programa da TV Brasil foi gravada no Teatro Ruth de Souza, no Parque Glória Maria, em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro. O palco para conversas embaladas por hits é um cenário colorido que evoca uma praça na Gamboa - bairro histórico da zona portuária da capital carioca. A presença de plateia é outro destaque da atração. Os encontros contam, ainda, com uma banda da pesada, comandada pelo lendário Paulão Sete Cordas, que acompanha Teresa Cristina e seus convidados pelo inesgotável repertório do samba brasileiro. A equipe reúne os músicos Eduardo Neves (sopros), João Callado (cavaco), Paulino Dias (percussão), Rodrigo Jesus (percussão) e Waltis Zacarias (percussão). Com novo cenário, pacote gráfico e a trilha sonora de abertura repaginados, o Samba na Gamboa tem janela semanal, aos domingos, às 13h, na programação da TV Brasil, e horário alternativo aos sábados, às 23h. O público pode curtir os conteúdos exclusivos no app TV Brasil Play e no YouTube da emissora. As edições também ganham espaço nas ondas da Rádio Nacional aos sábados, ao meio-dia, para toda a rede.
Temporada
Durante a nova temporada do Samba na Gamboa, Teresa Cristina recebe nomes consagrados do gênero como Áurea Martins, Dorina, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Moacyr Luz, Nei Lopes, Tia Surica, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Neguinho da Beija Flor, Nei Lopes, Nelson Rufino, Nilze Carvalho, Péricles e Sombrinha. O programa da TV Brasil também vai ter a presença de célebres artistas de outras matizes da música como Adriana Calcanhotto, Fabiana Cozza, Hermínio Bello de Carvalho, Mônica Salmaso, Roberta Sá, Simone Mazzer e Zé Renato. A produção musical valoriza compositores que escreveram sucessos, mas nem sempre têm o devido reconhecimento e espaço na mídia. Teresa Cristina recebe nomes como Alex Ribeiro, Alfredo Del-Penho, Claudio Jorge, Mariene de Castro, Moyseis Marques, Serginho Meriti, Toninho Geraes e Zé Roberto. Artistas como Luísa Dionísio, Marina Íris, Nego Álvaro e Mingo Silva são outros convidados da temporada. O Samba na Gamboa ainda traz nessa sequência de atrações inéditas uma série de programas especiais que destacam a importância de personalidades consagradas da sonoridade tipicamente nacional. Os conteúdos temáticos reverenciam o trabalho de Arlindo Cruz, Chico Buarque e Paulinho da Viola. O canal público também exibe edições temáticas que prestam tributo a ícones que já partiram como Aldir Blanc, Almir Guineto, Beth Carvalho, Candeia, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Elizeth Cardoso, Elton Medeiros, Lupicínio Rodrigues, Monarco, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Reinaldo, Wilson Moreira e Zé Keti. Com direção de Shirlene Paixão, a nova temporada do programa, que marca a volta das edições inéditas do Samba na Gamboa, tem roteiro e pesquisa do jornalista Leonardo Bruno, profundo conhecedor do gênero. Edição: Sabrina Craide
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dibelonious · 7 months ago
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PEGAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!
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valeriadelcueto · 7 months ago
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Samba: patrimônio cultural, paixão nacional
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cdlicarnaval · 11 months ago
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"Canta, Cantareira". Parceria de Macaco Branco vence disputa na Acadêmicos do Tucuruvi
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focalizandogeral · 1 year ago
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tornbluefoamcouch · 1 year ago
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Artista: Martinho da Vila Álbum: Samba Enredo Ano: 1980 Faixas/Tempo: 12/35min Estilo: Samba Data de Execução: 15/04/2024 Nota: 6,3 Melhor Música: Benfeitores do Universo
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geekpopnews · 1 year ago
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Carnaval | Escolas de Samba que já homenagearam o Cinema
Titanic até Zé do Caixão, confira as escolas de samba que já homenagearam o cinema. #carnaval #cinema #escolasdesamba
Primordialmente das coisas mais valorizadas no carnaval com certeza são seus desfiles, com carros enfeitados com diversas histórias para se apresentar e bonecos que beiram o ilusionismo na perseverança de exaustivos ensaios. E quando o carnaval decide homenagear o universo do cinema? Nesse sentido, preparamos todas as vezes que a junção do samba e a 7° arte encantaram o público. Caprichosos de…
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super-batepapo · 1 year ago
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(SBP - Super Batepapo)
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allthebrazilianpolitics · 4 months ago
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Women Lead Brazil's Samba Schools 60 Years after Ivone Lara Made History
She was the first woman to sign a main theme in Rio's Carnival
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In 1965, Ivone Lara made history by becoming the first woman to sign a samba-enredo [ the main theme] for the main Rio de Janeiro parade.
"Os Cinco Bailes da História do Rio" for Império Serrano marked a symbolic turning point: a woman, in a male-dominated space, was not only participating but being recognized for her talent.
Sixty years later, Rio’s Carnival lives a new chapter of this female protagonism with Anitta as one of the composers of Unidos da Tijuca's samba-enredo.
Women are leading samba schools, managing the barracões, directing Carnavals, and pulling the samba on the avenue.
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chicoterra · 5 months ago
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Carnaval 2025: Maracatu da Favela leva a poesia para avenida com 'Amazonizar: O Olhar do Poeta Joãozinho Gomes em Verde e Rosa'
Uma das agremiações carnavalescas mais antigas do estado, a ‘verde e rosa’ será quarta a desfilar, no dia 1º de março, no Sambódromo de Macapá. Na madrugada do dia 1º de março, a Maracatu da Favela entra na avenida como a quarta escola a desfilar na avenida do samba, Ivaldo Veras, no Sambódromo de Macapá. A agremiação carnavalesca, “verde e rosa” do Amapá, é mais uma em destaque no especial do…
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enicomputer · 2 years ago
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Escolas vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo em 2024
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Reprodução: © Foto Divulgação Inspirações vêm do cordel, lendas e crenças Publicado em 15/07/2023 - 15:30 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro ouvir: A Imperatriz Leopoldinense está confiante no bicampeonato. Para conquistar novamente o título aposta no enredo baseado no livreto O testamento da cigana Esmeralda, do poeta pernambucano de cordel Leandro Gomes de Barros.
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Apaixonado pela produção artística da cultura brasileira, o carnavalesco Leandro Vieira disse que a escolha surgiu de uma pesquisa que fez quando estava debruçado no ano passado na literatura de cordel para falar de Lampião no enredo O Aperreio do Cabra Que o Excomungado Tratou com Má-querença e o Santíssimo Não Deu Guarida, campeão de 2023.
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Reprodução: Enredo da Imperatriz Leopoldinense - Foto Divulgação Agora, para 2024, o tema é Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda. Leandro Gomes de Barros é autor de cordéis que inspiraram o escritor, filósofo e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna a escrever o Auto da Compadecida. No meio da produção literária do Leandro Gomes de Barros, chamado pelo carnavalesco de “um paraibano incrível”, encontrou o livreto Testamento da Cigana Esmeralda, que é ficcional e, para ele, traz um olhar do autor para a mística do universo cigano e, a partir disso, expressa a forma como vê a cultura popular. “A ideia de adivinhações, da leitura das mãos, da sina de uma pessoa guardada na palma da mão, a influência dos astros e do zodíaco, ou seja, é cultura popular brasileira na veia, e tudo que tem cultura popular na veia, me encanta. Achei que esse era um mote muito bom para a produção de uma nova apresentação, sobretudo para mim, que desde da saída da Mangueira para a Imperatriz tenho investido nessa ideia de carnaval ficcional. O carnaval mais voltado para o delírio”, disse o carnavalesco em entrevista à Agência Brasil. Na visão de Leandro Vieira, a comunidade da escola recebeu o enredo de 2024 ainda sob o impacto do anterior e do campeonato. “Esse enredo, que de alguma forma é uma continuidade da Imperatriz Leopoldinense no campo do delírio, é recebido com muito calor, porque cria-se uma expectativa de que a Imperatriz pode se dar bem com isso. A comunidade avalia muito bem essas possibilidades de se dar bem, de se mostrar poderosa, pujante e viva”, avaliou. Leandro Vieira, que gosta de manter em sigilo a divisão dos setores, “para preservar determinadas coisas para o dia ”, revelou que o enredo é livremente inspirado no Testamento da Cigana Esmeralda, e um dos momentos do desfile estará dedicado a ideia de decifrar o mundo de sonhos, que, para ele, é uma das páginas mais interessantes da obra do Leandro Gomes de Barros. “Se você sonhar com isso é porque vai acontecer isso, se sonhar com aquilo é porque vai acontecer determinada situação, com um sultão é um sonho que traz mal presságio, se sonhar com cisne é candura, com a rosa encarnada vai encontrar um amor. Acho essa uma passagem tão bonita, sobretudo, para o universo do meu trabalho e também da escola que eu represento, que é o subúrbio”, disse. A quiromancia, a leitura da mão, totalmente identificada com a cultura cigana, também estará no desfile, como ainda a influência dos astros. Todo esse universo místico, todo esse conjunto de saberes ancestrais e super populares, estão envolvidos no desenvolvimento do enredo”, completou. A Imperatriz continua este ano pela segunda vez consecutiva com a disputa de samba enredo aberta a todos os compositores interessados, mesmo que sejam de outras escolas ou ainda filiados a entidades musicais. O esquema de tira dúvidas, adotado pelas escolas para esclarecer aspectos do enredo com o carnavalesco, ocorreu em junho. As entregas das composições na quadra serão em agosto e a seleção começa em setembro. A equipe de carnaval está no meio do processo de desmonte das alegorias do ano passado e Leandro está desenhando os figurinos. “A nossa expectativa é começar o processo de ferragens na segunda quinzena de julho”, informou.
Unidos da Tijuca
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Reprodução: Carnavalesco da Unidos da Tijuca, Alexandre Louzada - Foto Divulgação Quem gosta de fábulas, mistérios e lendas populares, certamente vai se envolver com o desfile da Unidos da Tijuca no próximo carnaval. A azul pavão e amarelo-ouro da zona norte do Rio de Janeiro conta com o enredo O Conto de Fados para encantar a Sapucaí e garantir o título, que não conquista desde 2014. O tema propõe uma viagem a Portugal para mostrar diversos aspectos da história do país. Começa que o nome do país, seguindo a mitologia grega, era Ofiussa, a Terra de Serpentes. “A gente vai contar a história de Portugal, antes mesmo de Portugal existir, mas baseada na tradução literal de Fado, que além de ser um gênero musical lusitano, significa destino. Então, vamos contar o destino de Portugal através de sua mitologia, das suas lendas e histórias que ainda não foram contadas. Não é o Portugal que as pessoas possam imaginar com o que já foi falado e mostrado. É mais baseado nas lendas”, explicou o carnavalesco Alexandre Louzada à Agência Brasil. Conforme a lenda, segundo Louzada, uma rainha que era metade mulher, metade serpente, morava em Ofiussa, península mitológica que Ulisses queria desbravar antes de voltar da Odisseia. Ainda na lenda, a rainha se apaixonou pelo herói grego e ergueu uma cidade em homenagem a ele, que inicialmente se chamou Olissippo, depois Olisipo. Com o passar do tempo em uma corruptela da palavra se tornou Lisboa, atualmente a capital de Portugal. “Na lenda, as sete colinas que circundam a cidade de Lisboa foram formadas pela ira dela desse amor que sentiu pelo guerreiro e não foi correspondida, porque ele abandona ela e vai embora”, disse o carnavalesco, acrescentando que tudo isso é contado no enredo por meio da mitologia. Mais adiante no tempo, com os movimentos de migração de celtas e vikings começaram a surgir vários povoados e, de acordo com o carnavalesco, o território passou a ser cheio de magia. O enredo vai mostrar as influências do domínio romano e na sequência dos mouros na cultura, nas artes, na ciência e na arquitetura local. Uma das influências da época, os azulejos são até hoje uma das características do país. Conhecido anteriormente por Condado Portucalense, após a reconquista cristã da Península Ibérica, passou a ter a denominação de Reino de Portugal. Fazia tempo que o enredo já estava na cabeça do carnavalesco por achar que a história era bem o estilo da Tijuca, caso um dia fosse responsável pelo carnaval da escola. “Não é uma visão romântica de Portugal. Na verdade é uma grande história que se está contando através das lendas e dos mitos. Para tudo em Portugal existe uma história, até mesmo os doces portugueses. Pouca gente sabe que os doces eram chamados de conventuais porque nasceram dentro dos conventos. As freiras utilizavam a clara de ovo para engomar o hábito e com as gemas passaram a produzir doces”, explicou. As revelações não param. Segundo Louzada, a flor que simboliza Portugal é a alfazema, mas depois o cravo vermelho passou a ser emblemático com a revolução do dia 25 de abril de 1974. Os grandes escritores como José Saramago e Fernando Pessoa e a cantora Amália Rodrigues também serão lembrados. “Todas aquelas pessoas que mostraram a alma portuguesa para o mundo”. Para demonstrar a devoção dos portugueses, a ligação do país com o catolicismo será representada pelos santos como Nossa Senhora de Fátima, que arrasta milhões de peregrinos do mundo inteiro para a sua basílica, onde teria ocorrido a sua aparição. “Implicitamente ela representa o amor de mãe e a gente pede a proteção dela à Tijuca que está homenageando a terra onde apareceu”, relatou, acrescentando que galo de Barcelos, um dos símbolos do país, também tem origem católica, por ser baseado em um milagre que teria ocorrido para provar a inocência de um peregrino apontado de um crime. Será na parte das grandes navegações que a Tijuca terá um momento crítico, quando são exaltadas e questionadas por poemas de Camões, apontando que elas trariam a degradação de uma terra e a escravidão de um povo, toda a dor que isso causaria por ganância. “A gente quando aborda as grandes navegações não é enaltecendo simplesmente Portugal. É mostrando os dois lados da moeda. Essa história precisa ser reescrita e reinventada, por toda a devastação que uma invasão proporciona à terra”, disse.
Recepção
A forma como foi recebido na escola, leva Louzada, que estava na Beija-Flor, a ter muita expectativa para o carnaval. “Eu quero sinceramente devolver a alegria à comunidade do Borel , resgatar a minha satisfação como carnavalesco com aquilo que posso fazer e com o apoio que estou tendo aqui. Não me foi cobrado o campeonato, mas lógico que isso não sai da minha cabeça. Estou com carnaval para isso. Só espero acontecer”, afirmou. Quanto ao samba, Louzada prefere esperar a fase de apresentações dos concorrentes na quadra, que começa em 3 de agosto, para avaliar. “Isso acontece em várias escolas e a Tijuca não é diferente, os sambas se modificam muito quando vão para a quadra, mas grandes parcerias estão na Tijuca e espero que o samba vencedor vá se mostrando aos poucos na preferência da comunidade”.
Viradouro
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Reprodução: Desfile da Viradouro - Foto : Tomaz Silva/Agência Brasil Em 2024, a Unidos do Viradouro vai levar para o Sambódromo o enredo Arroboboi, Dangbé. “Um facho sinuoso desliza sobre o chão, chacoalha as folhas, estremece a terra e borbulha as águas. É Dangbé, o vodum da proteção, do equilíbrio e do movimento. Nele, nada principia nem finda, tudo avança, tudo retorna. É o constante rodopio do universo, o círculo fechado, sentido materializado pela imagem da cobra engolindo a própria cauda”, destaca o texto. Em outro trecho informa que “A manutenção das crenças dos povos da região da Costa da Mina vive na perseverança das sacerdotisas voduns, mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada, cujas trajetórias místicas se entrelaçam em combates épicos, camuflagens táticas e resiliência vital”. O carnavalesco Tarcísio Zanon, autor do enredo, disse que a ideia surgiu enquanto fazia ainda as pesquisas para Rosa Maria Egipcíaca, o tema do carnaval de 2023. Contou que durante o processo do ano passado, conheceu o escritor mineiro Moacir Maia, que lançou um livro sobre as sacerdotisas voduns. “A partir daí comecei a pesquisar mais sobre o vodum e Dangbé, essa divindade ofídica, a figura da serpente que foi divinizada no reino de Uidá e que até hoje tem um templo em devoção a ela. Durante a pesquisa fui descobrindo mais coisas de como essa divindade e esse culto chegaram ao Brasil”, disse à Agência Brasil. “É o primeiro enredo que faço completamente afro. Boa parte dele passa-se em África, na região onde era o Reino de Daomé. Tem toda uma veia mística, religiosa, de um culto pouco difundido. Todos esses mistérios eu gosto muito de trazer à tona para o grande público. Tem essa veia mística que eu gosto e a Viradouro se identifica muito”, disse. Zanon destacou ainda que o enredo tem um protagonismo feminino uma vez que a energia perpassa por corpos femininos e chega ao Brasil por meio de Ludovina Pessoa, que veio ao Brasil com a missão de perpetuar os cultos voduns no país. O texto que apresenta o enredo diz que Ludovina “tornou-se o pilar de terreiros consagrados aos voduns, entre eles o Seja Hundé, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, e o Terreiro de Bogum, erguido no coração de Salvador”. “Até hoje existem as sacerdotisas voduns que protegem e são protegidas pela energia de Dangbé”, disse Zanon. Para o carnavalesco, uma das motivações de desenvolver este enredo é desmistificar o tema. “Uma vez que a gente tem uma demonização das religiões afro, e principalmente o vodum, que foi tão mal divulgado ao longo do tempo, e as pessoas têm uma ideia de que o vodum é dos bonequinhos espetados, na verdade não é nada disso. Na verdade, a palavra vodum significa na língua originária ‘vovodum, tudo de bom para você’, então, é um conjunto de magias utilizado para fazer o bem às pessoas, para a cura, para adivinhações, de projeções de futuro e um culto de respeito à natureza. A ideia de trazer este enredo, também é de desmistificar e dialogar sobre o racismo religioso que ainda existe tão forte ainda no Brasil e trazer um culto tão pouco difundido no Brasil”, explicou. O carnavalesco lembrou que a comunidade estava ansiosa por ter um enredo afro na sequência da Rosa Maria Egipcíaca que foi muito elogiado pela maneira como se desenvolveu na avenida. “Já era um desejo da comunidade de ter um enredo afro, e mais que isso, a Viradouro tem tido enredos que trazem informações, conceitos e histórias novos. Isso tem levado a comunidade a gostar desse tipo de enredo e estudar mais. Tenho sentido que estão bem felizes com essa temática”. Ele citou a mensagem de um componente da escola com o lançamento do enredo. “Tarcísio me fazendo ler mais do que na época que eu estudava. Achei isso ótimo. Essa é nossa missão também, de trazer leitura, conhecimento, cultura”.
Samba
De acordo com Zanon, os compositores que estão criando os sambas para participarem da seleção entenderam bem a mensagem do enredo. “É um enredo que nasce de uma forma intuitiva, mas que fala de uma divindade que é divinizada a partir de uma vitória na guerra. Todo tempo a gente tem esse espírito aguerrido da serpente sagrada, como o espírito dessas mulheres para proteger o culto delas. A gente sente que virá um samba forte, místico, com essa força africana”, disse, acrescentando que 80% do projeto do carnaval 2024 estão prontos no papel, as alegorias de 2023 já foram desmontadas e começou a montagem das ferragens das alegorias para o próximo desfile. Edição: Fernando Fraga
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dibelonious · 8 months ago
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Cê é loko... Viradouro não ganhar esse ano foi o maior assalto da humanidade! Enredo de Mauro Quintaes. Bateria do Mestre Ciça simplesmente esculachante!
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