#w. evilregcl
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Adonis agradecia pelo preço do silêncio de Geralt ser tão barato. Depois de definida as formas e separados os materiais necessários, os três dias de folga dados de presente nem pareceram suspeitos. A forja escondida embaixo do piso da Grimm’s Ammo, disfarçada em seu calor pelo sistema de aquecimento interno e da forma ‘fria’ de construção criada, trabalhando dia e noite para terminar o objeto. O caçador suou para deixá-la perfeita, os olhos tão cansados de ver os detalhes ampliados pela lupa quanto os dedos estavam de manusear as finas ferramentas. E agora, com o resultado pronto em mãos, não conseguiu aguardar o próximo dia para entregá-la. A adaga foi envolvida pela camurça de um embrulho antigo, bem amarrado pelo barbante comum e corriqueiro. Onde guardaria? Mesmo estando escondida, o sentimento de receio perdurava seus pensamentos ao sair do porão e trancar a porta do estabelecimento. Com cuidado, colocou a arma contra o peito, a faixa do coldre escondido, mantendo-a firme e no lugar. E enquanto dirigia para a mansão de @evilregcl sob o dossel de estrelas, os dedos enviavam uma mensagem sucinta para que estivesse preparada. Adonis não gostava daquele cheiro, das árvores assomando-se em todos os lados do caminho até a porta. Não gostava do que o faziam sentir. “Entrega expressa, minha Rainha.”
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evilregcl·:
˛ ⠀ * ⠀ 👑 O riso debochado de Catarina saiu alto o bastante para que o barman levantasse os olhos curiosos, como se quisesse saber se precisaria intervir entre os dois. Talvez precisasse em algum momento; ela não pouparia ofensas ao Caçador, e sabia que qualquer sentimento seria recíproco. Era difícil não reparar a tremedeira da mão masculina, o punho abrindo e fechando e a tensão dos músculos no que imaginava ser a reação imediata do antigo companheiro à presença dela. A raiva também borbulhava sob a própria pele, agitando-a no âmago — ou melhor: a decepção, preço muito mais alto — só que Cate costumava ser mais discreta em prol da identidade falsa que levava em Storybrooke. Ademais, era ela quem estava provocando agora. “Eu não viria atrás de seus serviços nem se estivesse desesperada. Tenho alguém competente trabalhando para mim agora. Jovem, mas muito mais homem do que você é.” Puxou a cadeira com rispidez, se juntando a ele na mesa. Um sacudir dos dedos finos e a magia os envolveu numa bolha dentro do bar. O que quer que falassem ou fizessem ali, seria visto pelos outros frequentadores do local como dois amigos conversando normalmente. “Mas, acredite, Adonis, não estou aqui para lembrá-lo do quão irrelevante e imprestável é.” Endireitou as costas contra o assento, passando a mão pela bainha da saia tubo para arrumá-la nas pernas. As íris claras encontraram as dele e Catarina tentou se lembrar da forma que se olhavam no passado. Parecia mais do que uma vida de distância do momento compartilhado. “Quero propor um acordo.” Outro movimento da destra e a fumaça púrpura e espessa envolta nos dígitos tomou a forma de um coração brilhante e vivo sobre a palma dela. O coração do homem à sua frente, que Catarina guardava com tanto zelo que o outro provavelmente não acreditaria se ouvisse a história do porta-jóias. Ainda havia o resquício de um afeto pelo Caçador no cuidado que colocava naquele pertence seu. “Posso devolver o seu coração, metade dele. Não tenho intenção de libertá-lo completamente, mas meio coração já é mais do que poderia sonhar.” Sorriso cínico pincelou os lábios tão vermelhos quanto o órgão que tinha em mãos. A verdade é que não era uma escolha que dava a ele, ainda que Catarina fizesse parecer. Com o coração de Adonis em sua posse, a Rainha poderia simplesmente ordenar que ele aceitasse o acordo, obrigá-lo a fazer o que queria e não teria como o homem fugir. Era divertido, porém, fingir que ele tinha livre arbítrio consigo. Ouvi-lo escolher um sim. “Em troca do coração, você vai arranjar um jeito de replicar a adaga do Dark One. Falsa e sem magia, mas idêntica à original. Aquela sua loja deve ser útil para isso.” Ela ergueu as sobrancelhas, estudando a reação no semblante masculino. “Providenciarei tudo que precisa para replicá-la, mas é importante que mantenha sigilo. Do contrário que pensa, estou fazendo algo para ajudar.” Decerto uma mentira. Queria acabar com o reinado de Rumpelstiltskin, mas não para livrá-los da magia das trevas do Dark One, e sim para preservar a própria pele e a maldição. Para isso, necessitava de uma adaga falsa para colocar no lugar da original quando Hook a encontrasse.
Não fazia sentido. Nada daquilo fazia sentido. Catarina abria e fechava a boca daquele jeito que só ela fazia. Tão doces palavras, tão incrível articulação, a magia intrínseca entortando forças de vontades e empurrando a cabeça de um homem em ângulos impossíveis. Adonis via aquilo, sentia os efeitos lamberem a pele como uma carícia, mas o real sentido ficava pairando no ar. Intocado. Para que visse, analisasse e risse do que era posto em sua frente. A cadeira fazia um trabalho fantástico em manter-se inteira por baixo da pressão de músculos estufados, de raiva branca e quente como o sol, de tensão capaz de estourar o aço mais resistente de todo mundo. E ele ficava quieto, o rosto ligeiramente baixo em submissão, olhos claros nos dela porque... Só assim para tentar se colocar num nível e sintonia que fazia sentido. 《 ━━ You are so full of shit. So fucking full of shit. 》 Para uma arma poderosa contra Branca de Neve ser podre daquele jeito, o criador precisava ter a mesma parte pútrida dentro de si. E o ódio... O ódio era tão grande que não se deixou abalar pelo que tinha dito. O objeto flutuante e pulsante, piscando zombeteiro em sua proximidade inalcançável. Era ele um dos fatores, se não o único e maior, que o deixava tão apático. Tão longe daquela situação que podia muito bem estar enxergando de cima, de um lugar protegido e silencioso. Seus ouvidos chiaram com a risada rouca saída da garganta, o rosto virado para que não mais enxergasse o que o fazia sangrar diariamente. Adonis não reconhecia o que via no espelho, não tinha prazer em nenhuma atividade e esperava, estupidamente esperava, que a Rainha Má viesse e devolvesse. A expressão suavizou repentinamente, uma chave sendo virada para controlar a explosão colérica que se avolumava. 《 ━━ Você fala uma merda, mas mostra exatamente o contrário. Você precisa de mim sim. Sabe na porra do seu cavalo de três metros de altura e acha que tem toda a porcaria do mundo nas mãos. 》 Pegou o copo e olhou o líquido como se pudesse fazê-lo evaporar e soltar faíscas. 《 ━━ Você precisa de mim porque seus ‘homens mais novos’ não conseguem fazer aquilo que eu faço. Tem os escrúpulos que, em mim, você tirou todos. Você sabe que eu, eu Catarina, faço do jeito que você gosta. Na perfeição que você exige. 》 A loja em seu nome era mera formalidade, uma tentativa de manter aquela parte controlada e os contos não se atracarem. Nada de tragédias, nada de crianças disparando em colégios. A falta de coração não matava por completo o senso de justiça do caçador, o no eco terrível dentro do peito que o fazia olhá-la com ternura. Corte, raspe, elimine isso. A força da tensão no rosto piorou quando o copo foi batido na mesa e espatifou-se em mil pedaços. Sangue vermelho anunciando as primeiras gotas no corte das mãos. 《 ━━ Foda-se essa merda. Uma metade e nada é a mesma coisa quase você o ainda têm. 》 O caçador queria outra coisa, contudo, não podia entregá-la de bandeja. O que tinha de sobra em poder bruto e habilidade em armas, faltava-lhe a finesse de um discurso bem elaborado. 《 ━━ Eu quero as armas de volta. Já tem o coração. E eu quero que admita... 》 O joguete era péssimo e não custava nada. Aquela situação não tinha vitória para si em nenhum ângulo. 《 ━━ Admita que não encontra nos outros o que eu tenho. 》
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