¬¬ Juba | 26 year | Aries, Juba | Brazilian | architect and designer
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A janela ainda sem vidro recorta o mundo lá fora. Um traço horizontal na pele do edifício em construção, uma linha aberta entre o dentro e o fora.
Aqui, o concreto nu, a poeira em suspensão, o eco das vozes que erguem paredes, martelam o tempo, moldam espaços vazios. O chão ainda cravado de pregos, os ferros expostos como veias.
Lá, a paisagem inteira atravessa o corte. O céu escorre para dentro, a luz preenche a sombra crua do esqueleto de aço. As árvores ondulam num sopro leve, indiferentes ao barulho das máquinas. Um pássaro pousa na viga, observa o vazio com curiosidade, depois parte.
A arquitetura cresce, traça limites, desenha margens para a imensidão que nunca se fecha. A janela é mais que um vão: é um convite, um instante onde o olhar repousa e a natureza se faz tela, ali, logo ali, sem moldura, sem tempo.
um-garoto-qualquer-de-rua
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Há momentos em que o destino se revela antes mesmo de ser vivido, como se a trama do tempo já estivesse escrita em ecos invisíveis. Tudo se equilibra na balança do universo—troca, energia, causa e efeito. Algumas almas tocam a sua apenas de passagem, enquanto outras entrelaçam passos até o ocaso dos dias. Viver é como habitar um poema cujo próximo verso já se anuncia em rima, mas cujo significado só se desvela quando os olhos se perdem na última estrofe.
Um-garoto-qualquer-de-rua
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Sobre uma ponte, vi você pela primeira vez. Olhei para trás, na esperança de um olhar que me alcançasse, mas só no fim, já distante, seus olhos encontraram os meus. Meus passos desviavam-se em sua direção, traçando caminhos ocultos na ilusão de que bastaria insistir. Um cumprimento, um olhar, uma admiração silenciosa—fragmentos de algo que nunca se tornou inteiro. E então percebi: aquela ponte nunca existiu para unir, mas para separar. Nesta vida, não podíamos reviver o que um dia foi indivisível. Hoje, contando os anos que se perderam no tempo, me pergunto: por que nunca mais te vi?
Um-garoto-qualquer-de-rua
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Acho que descobri minha nova cor favorita… exatamente o tom dos seus olhos quando me olham assim.
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Candle, part of an oil painting still work in progress canvas -20
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“Borboletas não conseguem ver suas próprias asas. Elas não conseguem ver o quanto são verdadeiramente lindas, mas todos os outros podem ver. As pessoas também são assim.”
— Desconhecido.
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“É que, às vezes, para ganhar poemas a gente precisa perder amores.”
— Anônimo (via segredou)
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Sou o resto da noite que sobra, quando o riso já se foi.
_um garoto qualquer de rua
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