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greetings for a old project part.2
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greetings for a old project
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yes, my name is (an)tony
and, i still have not decided the way to put my name
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me as child
(i was a ugly, but cute boy)
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looking toward solitude
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Conto em conto: Informe sobre o Mediador
No ar livre de uma praça pública, dois homens conversavam sobre a vida. Após uma disputa ferrenha de ideias, o debate passou por atropelos, tomando interrupções e dizeres inconvenientes para si. Com ambos insatisfeitos, o Interlocutor assumiu o próprio erro ao interromper e metralhar seu companheiro com proposições. Portanto, deu lhe a palavra e o palco necessário para que pudesse expor suas ideias.
Contente, o Mediador iniciou seu discurso:
— Minhas companhias mais próximas se encontram exaustas. Reclamar virou parte de meu modus operandi, como um cético assíduo na busca pela verdade. Porém, cada vez mais percebo o quanto essa "verdade" é inacessível e que por isso, se traduz numa concepção subjetiva. Por mais que muitos elogios sejam direcionados a minha pessoa, não sei se encontro uma consistência além da semelhança entre um e outro. Da mesma forma que essa similaridade possa afirmar o elogio como "fato", também pode servir como base para dizer que estão todos igualmente enganados. Infelizmente, me inclino para a segunda opção. Minha capacidade intelectual sempre está em prova, essa preocupação ronda minha percepção sobre as coisas, pondo-me num patamar quase eterno de questionamentos. Errar dói, principalmente quando estamos falando de lógica. Se meu conhecimento tem como base princípios básicos e erro nisso, há uma inconsistência enorme permeando minhas cognições. ... — Humildade? Não, pessimismo. Minha modéstia não provém de uma distinção moral e sim, do pessimismo que escolhe a pior das opções. Sendo elas ser bom e ser ruim - numa prospecção geral -, considero-me como ruim. Fico entristecido e inspirado, ao mesmo tempo, quando vejo pessoas notoriamente inteligentes. Inconscientemente, tentarei me adequar e evoluir até o patamar do outro ser, numa tentativa de diminuir ou anular as disparidades intelectuais. Odeio a sensação de inferioridade. "Sempre haverá alguém melhor". Sim! O quão horrível é isso? Num mundo onde existem infinitas pessoas melhores, sou infinitamente ruim. Como acha que isso possa aliviar a sensação de impotência? Não quero os feitos de Einstein, quero chegar ao nível dele. Não anseio ter o poder pra mudar o mundo, pois já não vejo propósito nele.
Proferida a opinião, o Interlocutor aproveitou um momento oportuno — situado entre o silêncio pós fala — e questionou:
— Entendo. Porém, até onde isso te levou?
Sem pensar demasiadamente, o Mediador atirou olhares para a paisagem do ambiente e carregando consigo um ar de tristeza, retrucou:
— Ao niilismo.
Um leve silêncio se instaurou após a resposta, o termo citado abria um enorme buraco de distância entre os dois seres.
— Você diz não ver propósito no mundo, mas ainda sim, se importa com toda essa questão intelectual, não acha isso contraditório? — Não, não acho. Posso te explicar isso, mas receio que não esteja apto a ouvir. — Como assim? Está pondo minha capacidade em jogo ou apenas disfarçando a incongruência que carrega? — Estou ressaltando algo que você já deveria ter dito, mas permanece omitindo, talvez por modos, talvez por achar que está de alguma forma melhorando minha situação. Por vezes, fiz e desfiz discursos quanto as minhas problemáticas. Agradeço por ter ouvido tais lamentos quando pôde, mas é mais que visível a incompreensão que carrega. Está sempre dizendo que entende, mas aparenta não entender em totalidade, apenas o que convém para formar uma imagem superficial.
Cansado, o Interlocutor se ergue, afastando a cadeira em que estava sentado e com um tom calejado, dá uma última palavra antes de se retirar:
– Vives como alguém que acha que os outros o vêem como louco e na medida que tenta provar isso, acaba verdadeiramente se tornando um. Se espera que alguém dê respostas definitivas ou concorde amplamente com ti, sugiro que converse com Deus ou com alguém nutrido de grande falsidade.
Finalizava-se ali a discussão. Ambos demorariam a se ver, pois em meio a convicções juvenis, o Mediador estava compactuando com o que fora dito sobre ele.
Antes disso, a relação era neutra.
Um ano antes, o Interlocutor convidava seu amigo para o próprio casamento, reatando uma amizade que estava perdida pelo tempo.
— Como tem ido? Sua cara está ótima para o ofício de físico. — Estou razoavelmente bem, a maré vem trazendo boas notícias consigo. — Imagino. Bem, estou lisonjeado pelo convite, há quanto tempo vocês estão juntos? — Começamos o romance pouco tempo depois do você viajar, por pura ocasião, já que havia comentado com você o quanto era perseguido e atraído. — Claro, claro. Fico feliz por vocês, não pude acompanhar o desenvolvimento dessa relação, mas suspeito que tenha sido frutífera. — Bastante. Concordou o Interlocutor, sorrindo enquanto manejava um copo uísque.
O casamento aconteceu na semana seguinte ao reencontro. Foi um evento modesto, recluso aos parentes e amigos mais próximos. O casório em si não trouxe muitas novidades, mas a festa posterior ao evento foi carregada de reencontros. Enquanto noivo e noiva bailavam de forma solene, murmúrios percorriam pela roda de pessoas que os circundavam. Além das mais variadas discussões, o Mediador se encontrava ao fundo delas, deslocado de toda a conformada aglomeração. Observando a variedade de rostos desconhecidos, suspirava ao ver a animosidade instaurada no local. O sucesso alheio lhe trazia felicidade, de uma maneira difícil de explicar. No futuro, essa noção daria de frente com um conceito de aparência, mas no tempo dessa ocasião, havia apenas o otimismo frente aos episódios da vida.
Pós um período de contemplação, uma mão amiga pousou sobre seu ombro. Antes que virasse para facear a origem do gesto, uma voz masculina ecoou em tom grave, porém familiar: — O casório do paladino e a bruxa. — Se não soubesse quem vocífera isso, interpretaria como um sacrilégio.
Risório e agora se voltando a origem da voz, deparava-se com o Ingênuo. Um rapaz sagaz em observar tudo que for alheio a si, antigo conhecido. Sem delongas, os dois se cumprimentaram num aperto de mão e logo partiram para uma conversa acerca da ocasião. Mediando a discussão, fofocas eram evitadas e assuntos mais pertinentes ganhavam maior atenção.
Até que, em dado momento, os olhares do Mediador se cruzaram com uma figura imponente que transitava ao fundo.
Feminina, de estatura média e corpo admirável, caminhava rumo a um lugar mais reservado. Parecia querer se esconder dos ruídos pouco agradáveis que adornavam a melodia local. Sem hesitar muito e deixando a boa conversa de escanteio, o Ingênuo teve que se contentar com um “Ah... Bem, vou tentar arrumar alguns petiscos... Até mais!”. Bastava para o momento, apesar da dúvida acerca da motivação para que a prosa fosse encerrada tão repentinamente. Teria feito ou dito algo de errado? Não, não. Tratava-se apenas de um encontro inevitável. A moça que chamara tanta a atenção do Mediador, agora capaz de ser chamado de Refém, já notara a presença do mesmo na medida em que se aproximava. Não foi difícil controlar a direção que iria e levaria o rapaz consigo, em um movimento ligeiro de corpo, adentrou uma roda de dança que povoava o centro da festa, pondo seu seguidor numa situação atordoante. Numa relação de cão e gato, ambos transpassaram o pequeno círculo social que os circundava, envolvidos numa perseguição rítmica que muitas vezes aparentava ter sido combinada ou ensaiada como uma dança. Ao fim do círculo, estavam frente a frente. Um tanto ofegantes, tentavam encontrar justificativas plausíveis para o que acabara de acontecer. Já haviam se visto, se conheciam na medida do possível.
Mas era cedo para que algo pudesse ser efetivamente feito. O humor era ameno, tomava tons de felicidade e satisfação para si, configurando alguns ocasionais sorrisos de canto. E a isso se resumiu. Passado alguns segundos contemplativos, uma figura atravessou o limiar entre os dois, empatando a visão que um tinha do outro, cessando o encontro com o sumiço da figura feminina. Nascia então, a discórdia quanto a veracidade do que havia ocorrido ali. Podia, em muitas doses, ser um devaneio ou uma mentirosa aparição. Não havia motivações firmes para o que havia feito, apenas uma atração instintiva que parecia ter sido partilhada por algo ou alguém.
O princípio de felicidade genuína decaiu para uma sensação assoladora de vazio, como se tivesse viajado para um mundo fantasioso e voltado sem paraquedas, de maneira muito brusca, ao mundo real. Conhecia esse tipo de sentimento, mas estranhava a natureza progenitora de sua aparição. Suspirava com o intuito de recobrar toda a racionalidade, aceitando aos poucos um retorno ao círculo que se alojava numa direção oposta ao vislumbre que havia tido.
Não sabia muito o que pensar, apenas tentava direcionar os pensamentos para longe da estranha moça e o porque de ter ido — sem convite prévio — na direção da mesma, como se estivesse procurando pela presença ou caçando-a.
Morto o êxtase, veio o vazio. Agora acomodado sobre uma das mesas reservadas aos convidados, voltava ao ato inicial de observação sem propósito. Os pensamentos iam e viam, variando como o mar, onda a onda. Na tentativa de ignorar o que havia se passado, o contentamento surgia como uma resposta a imagem do amigo, aparentemente feliz com o casório. Surgiu e logo foi. O vazio que ainda não havia se dispersado se apossou da sensação, trazendo a tona o tipo de pensamento que é o intermédio entre a racionalidade e a loucura. Um pouco mais cinza, a situação trazia um ponderamento negativo acerca da própria infelicidade. O quão inteligente era o Interlocutor? O quão bem-sucedido era o Interlocutor? O quão apaixonado era o Interlocutor? Questionamentos que não eram nocivos a amizade e sim, a si mesmo, pois não conseguia parar de pensar senão, que era um fracassado. Tinha certeza que o amigo era merecedor de tudo que a vida estava lhe proporcionando, mas duvidava se a mesma entidade que presenteava um seria capaz de lhe fazer tão infeliz, tão malsucedido. Nem tão inteligente quanto o Interlocutor! Nem tão bem-sucedido quanto o Interlocutor! Nem tão apaixonado quanto o Interlocutor! Do que valia todos os esforços de estudo, todas as empreitadas, todas as tentativas de formalizar uma paixão se ao fim, não seria melhor ou ao menos tão bom quanto? Incapaz de responder a si mesmo, restava apenas a certeza do medo, a certeza da raiva contra a pior das ideias: o determinismo e seu bem-intencionado precursor. Tinha medo de um e raiva de ambos. Mesmo que Deus tivesse escolhido o melhor dos caminhos para os homens, odiava a sensação de ter sido prejudicado por um possível plano divino. "— A liberdade não é irrestrita! A liberdade segue regras, regras da própria realidade. É como um jogo de tênis, as jogadas podem ser infinitas, mas só valerão se estiverem inseridas dentro do campo. — Disto eu sei. Mas, me diga... Me diga quem é o juiz. E me mate, se o mesmo for Deus." Isto era o tipo de coisa que era capaz de dizer sempre que precisava provar a veracidade do ateísmo que carregava consigo. No fundo, era capaz de entender a natureza magnifica e significativa daquele que talvez tivesse lhe cedido o direito a vida, mas, sentia ainda mais que a liberdade (ou sua doce ilusão) era melhor regida se o juiz do jogo fosse o acaso. "É melhor ser fruto do próprio erro do que fruto de um 'Deus quis assim' ."
Se lhe fosse permitido, teria permanecido nessa linha de devaneio até o fim da festa. Interrompido foi por uma figura masculina que antes de qualquer saudação, pousou a mão no ombro do rapaz e com um tom sereno, balbuciou:
— É bom saber que você e este lado ainda existe.
Em resposta, um leve sorriso e a calmaria oriunda do reencontro de dois grandes adversários, dois grandes tenistas.
— Digo o mesmo, ZIZI.

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Conto sobre SEIKO
Que dia, meu caro... Que dia! Mal sabes o que passei, assim como nem mesmo eu sei! Vivenciei e apenas isso. No princípio, as coisas tendiam para o obscuro, num rumo desastroso e atrasado. Conheces-me bem, desatento como um bobo atropelo, estive em apuros numa demora que quase custou as horas seguintes. Como já dizia um velho amigo: "O diabo há de aparecer em momentos importantes, dando pontapés para que o homem trupique". Eu, no auge da euforia, acabei esquecendo a localização do recinto, o que me reteve à procura por um incansável período de andada sem rumo, perguntando se alguém conhecia a mais bela das moças. Tola busca! Ninguém havia de saber onde a tal se encontrava. Por sorte, o destino apontou o dedo pro caminho certo; ao passar por uma das casas, fui abordado pela mais imponente das figuras: o pai da moça. Com um violão nos braços, dedilhava uma canção conhecida e agradável, coincidentemente de amor. Ao me ver, retrocedeu a casa e foi em busca da filha, enquanto fiquei aguardando com certa vergonha. Estava quase proporcionando uma desfeita.
Ah... O que veio a seguir me causa uma sensação complicada. Sinto um calor remediando meu peito, como se estivesse vivenciando tudo de novo, numa proporção ínfima, mas suficiente pra me causar tanto clamor. Tão bela, caminhando em minha direção, sorriso estampado e postura invejável. Posicionei a mão sobre queixo — quis evitar que caísse — pois o que estava vendo pertencia a outro mundo. Exagero? Não digo que sim, nem digo que não, se considerar como subjetivo, fazia total sentido pra mim. Contemplei uma beleza estonteante e com o tom necessário, pedi desculpa pelo atraso, atribuindo a culpa ao meu jeito desregrado. Compreensível como ninguém, minhas condolências receberam a reação necessária e com um suave conversar, estávamos prontos para seguir com a nossa aventura romântica. Tomamos então as rédeas do dia, caminhamos até o coche — propriedade da matriarca — e assim fomos ao lugar prometido.
Ao chegar no local, encontramos um ponto cômodo, ao fundo do frenesi característico de minha cidade. Não quero entrar em detalhes sobre a localidade, mas se trata de um canto bem conhecido. Acomodados com o reencontro, conversamos sobre os mais diversos assuntos, aos poucos retirando a fuligem de nossa antiga relação. Sendo esta, deteriorada pelas marcas do tempo. Alguns conhecidos nos viram e bem, seriedade é o termo que caracteriza minha expressão em tais momentos, mantive uma postura implacável como uma porta trancada. Apenas ela possuía a chave para abrir.
E abriu, por vezes me senti admirado, besta.
Passou-se horas assim como se passa os segundos. Você pisca e voilà, o tempo passou. O sol pediu um descanso, entrou então a lua, que aos poucos se estirava pelo céu; reluzindo uma luz que não era própria. Tarde, era hora de retornar. Acompanhei-a até a casa de seus parentes (avós, cuja distância era menor que a dos pais), enquanto dialogávamos sobre a vida nos seus pormenores. Minha alma estava alçando os céus em plenitude. Paramos antes do esperado, na esquina próxima ao "ponto final". Passamos um tempo juntos, observando o movimento tênue da rua e os seres que caminhavam sobre, trajados no perigo. Um perigo assustador? Nem tanto, causava o tipo aperreio que é comumente correspondido pela seguinte proposição: "Caso venha, eu empurro e você corre!".
Tínhamos um trato feito, estávamos feitos, nunca estive tão feito.
Passado muito tempo, decidimos terminar o percurso e consequentemente, o dia. No fim do caminho, após a esquina, tiramos as últimas raspas de sabor presente no dialeto e enfim, me despedi. Decidido que estava na hora de ir, dei mais uns passos rumo ao caminho de volta, surpreendentemente seguido dela. Antes de realmente partir, envolvi meus braços em seu entorno, abraçando-a. No desvencilhar do aperto, ficamos rosto a rosto e... Nos encontramos.
Num âmbito mais próximo, íntimo. Continuei a caminhada após isso, mas acabei trocando os passos lentos por saltos, indo embora saltitante, incapaz de conter a própria felicidade.
Passei no meio das figuras pedantes, errei o caminho, encontrei sombras assustadoras e seus coches, mas no fim, estava tudo certo. Neste ponto a preocupação havia sumido, pouco me importava o que se seguiria ao chegar em casa.
A ausente preocupação se mostrou condizente com a realidade, não sofri censuras, apenas alguns pedidos. Prometi não repetir o ato de sumir, não dar notícias e outras coisas simplórias.
Em casa, fiz o esperado. Abracei a coberta, revivi cada momento e permaneço remoendo as lembranças. Tentei contatá-la, me entristece a ausência de resposta. Acha que meu avanço foi desnecessário? Nega-se a denominação de encontro para esse evento, o que me leva a pensar na possibilidade de ter sido apenas um encontro amistoso, cercado por limites afáveis. Posso ter ultrapassado a cerca, invadido a propriedade da venusta criatura a quem deposito meus amores? Confesso que não sei.Apesar disso, Não imaginas o quanto estou contente.
Minhas felicitações, ZIZI.
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