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Perfection

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Eu e a Fernanda, reatamos a nossa amizade, e saímos vestidos de habibi/Sheik com lençóis na rua à noite. Nunca senti uma felicidade tão genuína ao encontrar alguém que aceite ser infantil comigo.

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Quando eu for mais velho, irei me arrepender muito de tudo que eu falei aqui.

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Eu deixei o Diego, mas acontece. Ele começou á me dar vácuo e não curto esse papo de desinteresse. Beijos.

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Estava fazendo prova nesse exato momento. Estou meio triste esses últimos dias. Nao estou ligando pra muita coisa. Entrei em servidores no discord meio sus, mas permaneço seguro. Não precisa se preocupar. 🚏

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Eu tô conversando com um menino, o Diego. Ele é bem legal e um dos meninos mais bonitos que eu já vi. Ele é um pouco mais velho que eu, mas quem se importa? Ele é lindo! Talvez ele encontre alguém melhor. Ele toca violão, tem um estilo bonito e não é todo fudido da cabeça — e eu sou o contrário. ★

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Eu odeio morar com meu pai! Eu odeio esse bairro, minha família paterna, minha escola, tudo. Eu quero sumir daqui o mais rápido possível! Cada vez que eu entro aqui, eu quero morrer. Lágrimas saem enquanto entro.

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Eu gostaria de me preocupar mais com as coisas à minha volta. Desde algum tempo, em que, infisurei na minha cabeça uma filosofia estúpida indetificada como "estoicismo", eu não consigo ligar para mais nada. Eu não sei ao certo se apliquei ela exageradamente, mas agora, não tenho mais controle de nada, nem do que é meu, nem do que vem das outras pessoas.

Não tenho mais preocupação, emoção nenhuma, só observo tudo aparecer na minha vida. Estupidez da minha parte regredir na minha fase de crescimento. Eu sou uma besta fera.

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Estou gostando tanto desse estilo de vida. Não preciso me preocupar com estética alguma, criar uma rotina monótona, muito menos, ter uma. Posso ser eu mesmo. Posso beber, fumar, me exercitar, chorar e me permitir fazer coisas boas.

O mundo á minha volta grita, mas me sinto tão silenciado que nada consegue me atingir. ★

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Eu estou, finalmente, me curando de todo rancor, estresse e tristeza que estava vindo na minha direção. Estou conseguindo me manter de pé, enquanto eles me acertam, mas, felizmente, eles não conseguem ter grandes resultados. Não sei por conta tempo durará minha resistência, mas desde que conheci Jesus, minha vida se transformou em uma paz. Meus pais ainda discutem, minha mãe se sente insuficiente e meu pai tem surtos de raiva frequentemente. Mas eu entendi que não posso mudá-los. Entendi que não é minha obrigação transformar alguém. Decidi focar somente em mim, focar no meus objetivos, nas minhas metas e no meu bem-estar. Em um surto/crise depressiva, eu teria me automutilado, mas eu decidi fazer diferente; decidi fazer exercícios, ouvir música, tomar um banho relaxante, enquanto as coisas ruins acontecem em minha volta. Não sei se ainda tenho vontade de morrer, mas tenho certeza que, vejo uma beleza na vida, que tenho vontade de experimentá-la. ★

Eu encontrei paz, em algum lugar distante daqui, mas é o único lugar que, posso chorar, procurar apoio e permanecer bem. Estou amadurecendo. Não sou mais aquele/a garoto/a de 11 anos que, fazia textos depressivos e aquela pessoa de 12 que se preocupava tanto com a mãe fumante. Eu pretendo amadurecer mais, mas por enquanto, estou satisfeito com minha pequena vitória. ☆

— Obrigada/o, querido eu mesmo.

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Pois é, Tim Maia! Quem sumiu foi eu. E essa foi a melhor que eu fiz! A sensação de ser procurada e nunca mais encontrada é tão reconfortante, a mensagem, "Você mudou" é a coisa mais brilhante de se receber. Eu sumi, eu parti, porque necessitava disto, e não tenho data para voltar. 🤍

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Estou na escola. Ninguém dá a mínima para mim, terei que me calar por metade do ano, agora, só a leitura me restara nessas horas. Espero que saímos mais cedo, gostaria de ir para casa estudar.

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Eu, estou sozinha, novamente. E isso é tão bom! É tão bom, ir aos cantos sozinha, comer sozinhar e estudar sozinha. Tudo ao meu redor parece estar parado e somente eu, me mexendo.

Aliás, eu me afastei de ronald. Ele foi um cara essencial para meu amadurecimento, como qualquer outro. Mas as suas mentiras, suas ações e opiniões me faziam refletir sobre com quem eu estava me metendo. Sim, ele conhece meus pais e eu os deles, mas quem se importa? Minha mãe teve milhares de namorados, minha irmã principalmente. Não irei ficar sozinha pelo resto da vida, irei ficar sozinha quando eu sentir que isso é o que eu quero, e eu sinto.

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Eu assisti as virgens suicidas em uma tarde qualquer. Eu já havia visto algumas curtas sobre o filme e resenhas do livro. Eu gosto da ideia dos escritores em colocar o que acontece exatamente no livro, em seu título, como: "Os dois morrem no final", de Adam. Eu não consigo explicar bem o que senti lendo ambos, principalmente em, "As virgens suicidas".

Eu não irei mentir, fiquei confuso ao ver Lux perder sua virgindade, enquanto o título está lá "VIRGEM". Mas acabei lendo de algum comentário qualquer que, ela permanecia virgem em sua mente. Não consigo entender que diferença grotesca acontece na vida de algumas meninas ao perderem a virgindade. Ao mesmo tempo, eu invejo as mesmas por tratarem isso tão mágico.

"O cheiro de mulher madura" parece ter a ver com o sangue menstrual. Na primeira tentativa, Cecelia cortou os pulsos na banheira, então presumo que o cheiro de sangue estava forte. Há outros momentos em outros pontos da narrativa em que a "menstruação" ocupa um espaço no imaginário dos meninos dentro do bloco de "mistérios femininos" na visão deles..."

— De alguma mulher desconhecida da Internet.

Quando se para e pensa, os garotos que estão narrando a história não parecem entender com clareza o que se retrata a adolescência feminina, ou o que ela é, e como ela se manifesta de forma silenciosa e dócil (ou perturbadora).

"Homens não entenderiam "As virgens suicidas". Homens não entenderiam as mulheres"

A adolescência é um período difícil para todos nós, mas isso é claro para ambos que na adolescência feminina, é muito mais difícil. O primeiro sangue nao-mortal, as primeiras relações, os primeiros amores e diversas coisas mais extensas & intensas, mas todos só lembram dessas. Porque ninguém se fala sobre a adolescência feminina de verdade, sobre a puberdade e as mudanças que elas causam, sem ser apenas corporal.

A adolescência feminina é sim prazerosa, mas tão triste quanto. Depressão é algo que se manifesta na maior parte, em pessoas jovens. Me descobri depressiva aos 11, mas conheci pessoas que se descobriram aos 7. Ambas meninas, ambas garotas, todas crianças procurando diversas coisas que não poderiam ter. Ou que se algum dia tiveram a oportunidade de conquistá-las, perderam.

"Numa sociedade que tenta, desde muito cedo, limitar suas mulheres criando padrões e regras que seriam ridículas se não fossem trágicas, a prisão das irmãs Lisbon se torna uma representação simbólica daquilo que todas nós vivemos em alguma medida. Assim como Cecilia, Lux (Kirsten Dunst), Bonnie (Chelse Swain), Mary (A. J. Cook) e Therese (Leslie Hayman) foram privadas de viver a vida que queriam pelos medos da mãe, que apoia a criação das filhas em conceitos pregados pela Igreja Católica, e pelo pai, que nunca foi capaz de fazer nada para verdadeiramente ajudar as filhas, muitas meninas são privadas de conhecer o mundo que as cercam, de fazer as próprias escolhas e de conhecer a si mesmas pelo simples fato de serem mulheres. Desde muito cedo, meninas são ensinadas a se esconder, como se vestir e se portar, a ter vergonha dos próprios desejos, a reprimir seus impulsos e não explorar a própria sexualidade."

Descobri meus desejos e sexualidades de fato, aos 11, mas só consegui explora-los aos trezes. Se eu falasse aos meus pais que isso aconteceu, eles iriam me matar! Mas os pais de rapazes são tão limpos ao falarem sobre assuntos sexuais e íntimos, que por mais presentes que fossem, eles não ligariam de forma alguma que seu filho perdeu a virgindade, ou descobriu a mesma mais cedo.

Eu tenho interesse diversos, já tive milhares de pensamentos, mentes, estilos e cabelos. Não, minha mãe não apoia e nunca apoiou. Via-se garotas da minha rua sentada em cima do colo de um rapaz e resmungou "ela logo irá engravidar", mas e o rapaz? Ele não engravidara ela logo?

"É triste pensar que, preocupados em manter suas filhas longe das tentações adolescentes, os pais tenham deixado de enxergar o verdadeiro transtorno que culminou no suicídio de Cecilia e, posteriormente, de Lux, Bonnie, Mary e Therese – e mais triste ainda é pensar que, cegos por dogmas religiosos ou movidos pela crença de que conflitos vividos por adolescentes não são importantes, muitos pais deixam de enxergar doenças como a depressão e a ansiedade. Da mesma forma que transtornos mentais em adultos são vistos como tabus, adolescentes são silenciados e têm seus problemas tratados como uma mera busca por atenção – ou como uma mentira –, sendo muitas vezes motivo de chacota. É só uma fase, eles diriam. São só os hormônios. É só coisa da sua cabeça, diriam eles mais uma vez."

É uma pena, que por mais estudiosos ou perto de conhecimento as pessoas fiquem, a ignorância continuará. Não importa o que faça, as pessoas criam diversas opiniões para alimentar sua própria realidade imaginária, com seus padrões e que quem faça diferente, custe á tentar.

"Lembro de, aos 13 anos, ter muitos dos meus próprios sentimentos invalidados por pessoas mais velhas e como essa fase foi particularmente difícil pra mim, desenvolvendo alguns traumas que carrego até hoje. Lembro também de todos os jovens que apareciam em jornais locais, na internet ou na televisão, por terem pulado de um prédio específico de Brasília, pondo fim a própria vida. Muito se falava sobre a má influência nessa época, sobre a falta de religião (!) na vida desses jovens e como eles eram fracos (!) por tomarem tal atitude. No entanto, nada era questionado sobre os problemas que eles estavam enfrentando, sobre os gatilhos que os impulsionaram, muito menos sobre como doenças mentais são problemas reais, que não são tratados com orações e que não vão embora quando colocamos um sorriso no rosto, mas que necessitam de acompanhamento médico e/ou medicação, e que não fazem distinção de idade, raça ou classe social. Não existe uma vida, muito menos uma pessoa imune aos efeitos de um transtorno mental."

Não se diminuam para caber em uma sociedade que não faz questão de existir. Não diminuía seus requisitos, metas e objetivos porque são grandiosos demais ou "impossíveis". Se achas que merece o melhor, se acredita que vai viver o que quiser, a realidade se transformará no que você quiser que ela se transforme.

— Leia sempre que desacreditar.

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Estava deitada em cima da fronha de corações, bem antiga, aparentava ter mais de 10 anos. Se chegasse mais perto, ao ponto de ouvir a respiração do colchão e as batidas do coração, você conseguiria sentir um cheiro de mofo e a poeira sobre o chão, embaixo da cabeceira.

Seu pijama frouxo, cabelos enrolados, olhos castanhos e boca rasgada. Tudo isso, fazia parte de ti. Calada não ficarei, escreverei, antes que sufoque-me e me mate com tamanha ignorância!

Morreria assim, cansada e doente. Não havia reação para nada, apenas para ler aquele mesmo livro. Embaixo das escadas, podia-se ouvir seus sinceros risos e comentários grosseiros, ofendendo uma realidade falsa.

Estavam preocupados. Eles queriam seu bem, tanto quanto você, mas só você sabia como se curar. Você gostaria de levar chuva, de seus seios balançar-se sobre a sua sutil blusa e seu cabelo grudar em sua face angelical. Parecia e combinava bem com seu nome, ange.

Ange seria um nome falso, criado com um junção de anjo e idade. Anjos não tem idade. São lindos para sempre, como diamante, mas o de verdade, feitos por alguma coisa difícil de se achar, mas cara quando se ver.