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a vida é uma história com multiversos, e quero viver todos.
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Sinto meus olhos molhados assim como a janela da minha sala.
A chuva do meio-dia é perversa e com trovões fazendo minha melancolia ser ainda mais poética naquele domingo. A garrafa de vinho já está vazia e minha mente ainda não fez esquecer a dor da existência, mas me amorteceu como um estepe.
Sou diagnosticada com depressão a tanto tempo que a minha mente achou melhor encontrar mais uma comorbidade para eu sustentar, então ao ser diagnosticada com bipolaridade eu só pude rir e chorar com a minha terapeuta provando ainda mais a minha loucura prosaica.
Ela diz que isso não é o fim do mundo, que posso me curar, mas escutei essa primeira afirmação aos quatorze anos quando uma outra profissional me garantiu a cura da depressão.
Sinto algo vibrar em mim, sempre senti.
Nunca soube o nome disso, e os médicos dizem ser minha ansiedade, mas então por que os remédios não me ajudam?
Levanto meio tonta e me direciono até a cozinha atras de outra garrafa, a abro, e dessa vez não me importando com a taça vou direto ao meu canto apático e término de engolir o sangue de Cristo imersa em pensamentos diabólicos que me arrastam para o universo escuro do sono.
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Um dia esses olhos me lembraram os seus....
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Compulsão
Estou vivendo em uma prisão na qual tenho a chave para abrir, mas não consigo.
Um, dois, três, e bebo. Não aguento mais, mas o sabor do líquido é delicioso e diminui a vibração que sinto constante no peito. 
Um, dois, três, fumo. Sinto a garganta arder, mas não dou o braço a torcer, esse será meu último maço. 
Um, dois, três, como. Se eu ingerir mais um pedaço vou vomitar, não consigo parar. 
Um, dois, três, choro. Choro e volto ao círculo vicioso mais uma vez. 
Não sei o que fazer, não sei o que sentir, não sei para onde ir. 
Estou andando em círculos mais uma vez, como se estivesse na xícara giratória de um parque de diversões. 
Eu posso simplesmente parar de girar e deixar o brinquedo fazer sua parte, mas não consigo. O prazer das compulsões me dominam e me tornam mais uma vez um alterego da qual eu nem gosto. 
Toda a vez que penso estar caminhando para o lugar certo me vejo no mesmo beco obscuro. Que fazem eu me tornar a pessoa que não quero ser, que afastam meus amigos, que me afastam de mim. 
Quero gritar, fugir, morrer. Elas me dominam, será que algum dia irei supera-las? Será que se serei capaz de superar? Eu só quero superar.... só quero me ver livre delas, ser uma pessoa livre de eu mesma, para que possa viver em paz. 
A felicidade momentânea que a compulsão traz, não é o suficiente para que eu possa deitar a cabeça no travesseiro e dormir. 
Não alivia a dor constante no peito, não cura a depressão, não conserta o passado, e não define o futuro.
Não vou me entregar a falha novamente. Não vou permitir ser o que a minha mente insiste em dizer. Não vou. Não posso. Não quero. Quero abrir a porta da minha prisão particular e sair dela definitivamente. Quero respirar o ar que tanto busco e ser livre. Apenas ser livre....
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Estava tão convicta que minha atração por ele fosse passageira, que fui ingênua o suficiente por acreditar na minha própria mentira. Claro que não seria passageiro... Jack nem entrou na minha vida como gostaria e ainda sim, fez um belo estrago no meu psicológico. Que filho da puta!
Sob o céu de Los Angeles
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his beauty cannot be described with words
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Amor tóxico
Meu primeiro amor veio em meio a um caos psicológico que durou anos.
Anos em que viria aquele que não deve ser nomeado, fazer parte da minha vida de forma intensa, descontrolada e insaciável.
Ele sim foi meu primeiro amor não correspondido, mas por mais trágico e estranho que fosse nosso relacionamento, eu o amei como nunca tinha amado antes, chegando até beirar a loucura.
Quem escuta minha “história de amor” não entende como me permiti certas situações, mas quando se ama alguém mais do que a si mesmo, fica fácil se deixar levar. Meu problema com ele foi justamente esse. O coloquei no meu altar particular e transformei seu mundo no meu. Hoje sei que ele não tem culpa de nada. A única culpada fui eu em me permitir deixar um homem ser mais importante do que eu mesma. 
O conheci numa viagem de intercâmbio e quando se esta em outro país com outras pessoas os sentimentos parecem ganhar muito mais forma. Todos os relacionamentos ganham uma força duplicada e meu primeiro amor nasceu em um turbilhão de sentimentos que se potencializaram ao longo os anos consecutivos.
Seria como uma droga: viciante, prazeroso e destrutivo.
Quando ele me olhou e veio me cumprimentar já sabia que tinha vendido minha alma aquele menino alto de cabelos castanhos.
Eu preferia esnoba-lo em varias situações e meu maior hobby era ficar irritada com ele. Mas mesmo assim ele conseguia me tirar risadas, sorrisos e sensações de plenitude. Tinha medo de despedir ou deixar qualquer resquício dos meus sentimentos. Ainda mais depois das minhas experiências com o sexo oposto, decidi me reservar quanto ao que dizia amor e ao desejo.
Como ele iria me querer tendo tantas outras?
O medo das vozes na minha cabeça e de perder um amigo, junto com a fantasia de um amor, era maior do que expor meus sentimentos, o que me fez viver na dúvida durante anos depois de conhecê-lo.
O que só alimentou minhas inseguranças que foram se transformando em nuvens escuras no meu coração já machucado.
Ele me confundia com seu cavalheirismo e boa educação. Coitado. Tinha cruzado a vida com uma menina apaixonada por livros românticos e com um histórico traumático com sua autoimagem.
Foi fácil eu querer confundir amizade com amor. Ele também facilitou isso para mim, me levando ao cinema, me protegendo em diferentes situações, e até me oferecendo pagar viagens só para me ter de companhia.
Anos se passaram e minha mutilação diária de uma paixão irreal, foi me consumindo como um veneno disfarçado de maçã do amor, chegando a um ponto de estar me anulando por um homem que nem ao menos me queria. 
Meu ponto final foi aquela viagem. 
A viagem em que tinha certeza que ficaríamos juntos.
A viagem que você me fez acreditar ser nossa e que quando eu cheguei descobri que tinham mais protagonistas nessa história do que eu gostaria. 
Demorou oito longos dias de sofrimento e humilhação para voltar para casa pronta para te esquecer e enterrar tudo o que vivemos juntos. Os anos se passaram e ao meio do teu silencio eu chorei por longas noites, até que a dor começa a se dissipar e passa a não existir mais.
Durante muito tempo quando olhava para nossa história gostava de pensar que ela não tinha acabado e, que de alguma forma, como Emma e Dexter de “Um Dia”, a gente iria se encontrar e ter o final feliz que tanto almejei. 
Mas hoje quando olho novamente para as páginas da minha vida, penso que não quero ser a Emma, que nunca pode encontrar a paz desejada por causa de um homem que viveu a vida excluindo ela da dele, para que “Um Dia”, depois de anos de sofrimento, ele desse uma chance ao amor. 
Perceber que não quero viver esperando me libertou, mas ainda sim, tenho consciência que meu amor por você existiu, existe e sempre existirá. 
E que de uma coisa eu tenho certeza, não deixarei que um Amor Tóxico me destrua como um dia eu me permiti destruir.
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