Tumgik
#1. ela queria dizer c'est la vie
bts-scenarios-br · 4 years
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Imagine - La Vie En Rose (Kim Taehyung).
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O Taehyung desceu do carro o mais rápido possível, correndo até a entrada da sua casa para tentar fugir da chuva que estava caindo. Apertou a campainha algumas vezes seguidas, achando estranho você não atender, até porque ele tinha avisado que estava vindo buscar o filho de vocês. Como ele estava se molhando mais do que queria, ele tentou a sorte com a porta, soltando um suspiro de alívio ao ver que ela estava aberta.
Ele entrou na casa, encontrando a sala completamente vazia. O que era estranho já que vocês sempre esperavam ele lá. Tirou o casaco e o pendurou no cabideiro de entrada, começando andar mais para dentro da casa. Ele entrou no corredor que leva até os quartos, tentando se lembrar qual tinha sido a última vez que esteve ali. Tinha quase certeza que foi quando o pequeno Cho completou 7 meses. Foi uma data marcante para ele, mas não pelos motivos que queria.
1 ano e 5 meses atrás.
“Taehyung, eu já disse que não!” Você disse, o mais baixo que conseguiu para não acordar o seu filho que estava dormindo no quarto ao lado.
“Qual é o problema disso S/N?” Ele te pergunta indignado. “Todo mundo já viu ele de qualquer maneira, não tem porque continuar o escondendo!”
“Viram ele sem o meu consentimento!” O olhou nervosa. “Desde que eu engravidei deixei claro que queria deixar o Cho o mais longe possível da mídia, e você sempre passa por cima de mim!”
“Eu não passo por cima de você!” Você deu uma risada irônica. “Ele é meu filho também, e sabe que isso é importante para mim!”
“Mostrar ele em uma live?” Levantou uma sobrancelha e ele concordou com a cabeça. “Pois você sabe o que é importante para mim, Tae?” Ele ficou em silêncio, e você continuou falando. “Manter ele longe de olhos maldosos que podem o desejar o mal.” Disse.
“Eu só quero mostrar ele para as minhas fãs, S/N, como isso pode causar algum mal!”
“Você sabe muito bem que nem todas são suas fãs lá, Taehyung!” Começou a perder a paciência. “Existe muita gente ruim nesse mundo, e muitas fazem coisas que nem fazem sentido apenas para afetarem quem não gostam!”
Ele se calou com esse argumento, e vocês não voltaram a tocar nesse assunto pelo resto do dia. Pelo menos até a noite chegar, quando você entrou para tomar banho e deixou a criança sob a responsabilidade do seu marido.
Acontece que, sem você por perto, ele achou que seria uma boa ideia ir contra o que você tinha dito, e fez o que tanto queria: fez uma live especial para mostrar o filho aos Armys.
Não levou mais do que alguns minutos para você aparecer na porta do cômodo em que ele estava, o olhando com uma cara de fúria por trás das câmeras.
Esse foi o estopim do relacionamento de vocês. Já vinham brigando muito desde a sua gravidez, e isso vinha apenas piorando com o tempo, por mais que estivessem felizes. Por isso decidiram terminar as coisas em paz, e criar o filho em uma guarda compartilhada, para evitar problemas ainda maiores no futuro.
Presente
Ele ouviu um som baixo vindo do quarto do filho, e começou a se aproximar dele com passos leves, tentando não atrapalhar nada que pudesse estar acontecendo.
Quando olhou pela fresta da porta, viu você sentada no chão com o menino, penteando delicadamente o cabelo dele, enquanto cantava uma melodia que ele não demorou para reconhecer.
“Des yeux qui font baisser les miens” (Os olhos que fazem os meus baixarem)
“Un rire qui se perd sur sa bouche” (Um riso que se perde em sua boca)
“Voilà le portrait sans retouche” (Eis o retrato sem retoque)
“De l'homme auquel j'appartiens” (Do homem a quem eu pertenço)
Ele ficou te olhando com a boca aberta. Não ouvia essa música a muito tempo. Parte porque, antes, quem o fazia ouvir era você. E parte porque era doloroso demais se lembrar como tudo começou.
6 anos atrás:
“Aí meu Deus, Tae!” Você disse, com um sorriso imenso no rosto e os olhos levemente marejados. “Você realmente aprendeu a cantar La Vie en Rose?”
“Sim.” Ele disse um pouco tímido. “Eu sei que é a sua música favorita, e queria fazer isso de uma forma especial.”
“Isso o que?” O olhou um pouco confusa, vendo ele tirar alguma coisa do bolso, logo mostrando serem duas delicadas pulseiras que combinavam entre si, com apenas um pequeno pingente cor de rosa em cada uma delas.
“Eu queria te pedir uma coisa.” Você o olhou com expectativa. “Quer ser minha namorada?”
Você nem conseguiu encontrar palavras para o responder, decidindo que o melhor que poderia fazer seria simplesmente o puxar para um beijo tímido, mas cheio de carinho vindo de ambos.
Presente:
“Quand il me prend dans ses bras” (Quando ele me toma em seus braços)
“Il me parle tout bas” (E fala baixinho)
“Je vois la vie en rose” (Eu vejo a vida em cor-de-rosa)
“Il me dit des mots d'amour” (Ele me diz palavras de amor)
“Des mots de tous les jours” (Palavras de todos os dias)
“Et ça me fait quelque chose” (E isso mexe comigo)
Ele abriu a porta silenciosamente, o que passou despercebido por você, que estava de costas para ela, e também para o filho, que estava completamente vidrado na voz da mãe cantando.
“Il est entré dans mon cœur” (Ele entrou no meu coração)
“Une part de bonheur” (Um pouco de felicidade)
“Donc je connais la cause” (E sei de onde vem)
Ele se perguntava se você também lembrava de vocês quando ouvia essa música. Por mais que já a conhecesse antes, vocês a tornaram parte muito importante de sua história. Era como um mantra para o relacionamento de vocês. Sempre que começavam a duvidar do amor, se lembravam dela, e do que ela significava um para o outro, e percebiam que precisavam lutar pelo relacionamento, por mais que parecesse difícil.
“C'est toi pour moi” (É você por mim)
“Moi pour toi” (Eu por você)
“Dans la vie” (Em nossa vida)
“Il me l'a dit, l'a juré” (Ele me disse, jurou)
“Pour la vie” (Pela vida)
Ele finalmente começou a ouvir o que algo dentro dele estava querendo dizer a tanto tempo: que não tinha acabado. Seja lá como acabaram acreditando que não deveriam mais tentar, estavam errados, e ambos sabiam muito bem disso. Ainda se amavam, muito mais do que na primeira vez em que ele te cantou essa música. Nenhum de vocês queria, de fato, um fim, mas acharam que seria melhor, que seria mais seguro, e que seria mais fácil.
Mas vocês se esqueceram que nunca gostaram das coisas fáceis.
“Et dès que je l'aperçois” (E assim que eu o vejo)
“Alors je sens en moi” (Imediatamente sinto em mim)
“Mon coeur qui bat” (Meu coração que bate)
Você terminou a música com um suspiro, depositando um beijo na cabeça do Cho antes de o ajudar a ficar em pé.
“Appa!” O menino disse, passando por você e indo em direção a porta, se agarrando as pernas do pai.
“Oi meu amor!” Ele se abaixou para cumprimentar o pequeno, e você ficou o olhando com os olhos assustados. “Já está pronto para ir?” Ele concordou com a cabeça. “Por que não separa aqueles jogos que disse que queria me ensinar para levar com a gente?”
“Verdade!” O menino pareceu muito animado com a ideia. “Estão lá na sala, eu vou lá pegar.” E saiu correndo, deixando os dois sozinhos.
“Eu não tinha visto que já estava aqui.” O perguntou, ainda sentada no chão.
“É, eu percebi.” Ele começou a andar em sua direção, se sentando na sua frente. “Então você ainda gosta dessa música?”
“Eu sempre canto ela quando quero que o Cho fique quieto.” Deu de ombros. “Ela deixa ele calmo.” 
“Ele sabe que foi com ela que…” Ele começou a perguntar.
“Sim.” O interrompeu. “Por isso que gosta tanto.”
Ele concordou com a cabeça, e ficou te admirando por algum tempo. Ali, naquele momento, foi como se toda dúvida que ele ainda tinha sobre vocês fosse embora, deixando apenas uma coisa ainda clara: Ele te ama.
“Eu sinto muito.” Foi a coisa que ele achou mais correta de te dizer, e você o olhou confusa. “Por não te ouvir.” Entendeu pelo que ele estava se desculpando, sentindo seu coração começar a bater um pouco mais forte. “Eu deveria ter respeitado sua decisão, sei que só queria o bem do Cho.”
“Me desculpa também, Tae.” Ele se surpreendeu por você o chamar pelo apelido que não ouvia sair da sua boca a tanto tempo. “Eu deveria ter tentado entender o seu lado melhor.” Ele concordou com a cabeça.
“E eu deveria ter lutado mais pela gente.” Ele olhou profundamente nos seus olhos.
“Eu também.” Disse.
Vocês ficaram se encarando por alguns segundos, até que ele pareceu se lembrar de algo de repente, levantando a manga da sua blusa de frio.
Você desceu os olhos pelo braço dele, os fixando em seus pulsos, onde uma pulseira com uma pequena pedra rosa ainda estava presa. Voltou a olhar para o rosto dele, e sem dizer nada puxou a manga do seu moletom. Viu o sorriso dele crescer quando ele viu a mesma pedrinha ainda presa no seu pulso também, e quando ele voltou a te olhar, estava com os olhos brilhando, não muito diferentes dos seus.
“Acho que nenhum de nós desistiu completamente.” Você falou, e ele te puxou para um abraço forte, onde ficaram por um tempo.
“Por que estão se abraçando?” Ouviram uma vozinha na porta, e se viraram para o Cho, abrindo os braços para ele também, que não questionou mais nada, apenas entrou no aconchego dos braços dos pais.
“Acho que nós vamos passar um tempo a mais aqui, pequeno.” O Tae disse. “Eu e a sua mãe temos que conversar muita coisa ainda, tudo bem?”
“Tudo.” Ele se soltou de vocês, começando a ir até a porta. “Se precisarem de mim eu vou estar na sala.” Disse, fazendo os dois rirem.
“Como ele pode ter só dois anos?” Você pergunta.
“Ele é espertinho igual a mãe.” Você revirou os olhos, mas com um sorriso em lábios. “Mas agora falando sério.” Ele te olhou. “Como nós estamos agora?”
“A gente ainda tem muita coisa para resolver.” Ele concordou com a cabeça. “Sei que deixamos muitas coisas pendentes que nunca tivemos coragem de resolver.”
“Sim.” Ele segurou as suas mãos. “Mas dessa vez não vamos simplesmente desistir e ir pelo caminho mais fácil, okay?” Você concordou. “Eu quero tentar de novo, mas dessa vez da maneira certa.
“Eu também.” Sorriram um para o outro, e ele hesitou um pouco, mas tomou coragem para te puxar para um beijo delicado, que foi o suficiente para concretizar que não estavam prontos para se separar, e tinham certeza que nunca estariam.
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Oi, como vocês estão? Tomara que esteja tudo bem!
Bom, espero que tenham gostado do imagine, e desculpe por qualquer erro!
Até mais!
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