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#adèle nguyen & erik hoffman ╱ you are my anchor when the waves come crashing down
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         you are my anchor when the waves come crashing down.  (POV)
                      erik hoffman & adèle nguyen, the only survivors of the '91 cluster. 
Adèle dormia na cama ao lado da sua, e Erik se permitiu fitá-la em silêncio. Não era a primeira vez em que o fazia, lembrou-se. A memória lhe ocorreu com vívidos detalhes, trazendo-lhe ao rosto um sorriso.
O relógio na parede marcava 9:42h de uma manhã de verão. O sol há muito já havia se infiltrado por entre as cortinas, o açoitando tão logo despertara. Seu primeiro instinto foi cerrar as pálpebras uma outra vez, fugindo da súbita e intensa luminosidade de volta para o conforto da escuridão.
Quando abriu os olhos uma segunda vez, descobriu-se engolido pela penumbra de uma madrugada em um quarto que não era seu. Os lençóis ao seu redor tinham textura quase alienígena, roçando-lhe a pele conforme lançava as pernas para fora da cama e colocava-se de pé. A luz do luar o guiou até a janela, através da qual se viu encarando uma paisagem distinta da de Sydney, em um canto qualquer do mundo que não o seu.
Lembrou-se então do estranho de Valparaíso a quem veio a conhecer como Oscar mas, ao dar as costas para a vista e voltar-se para o interior do cômodo, a figura que encontrou adormecida era por demasiado delicada e feminina para que a pudesse reconhecer. A mulher trajava nada além de sua roupa íntima adornada por renda, e de súbito sentiu-se sujo e invasivo ao fitá-la enquanto dormia. Seus olhos, porém, pareciam incapazes de se desviar, nela presos como se sob o efeito de magnetismo. 
Um passo atrás do outro, viu-se de pé junto à cabeceira de uma desconhecida. Sua mão ergueu-se como se movida por vontade própria, se esticando na direção dos longos cabelos morenos espalhados sobre o travesseiro somente para ser contida no último segundo.
Respirou longa e pesadamente, coletando a si mesmo. Fechou os olhos com força, como se para se repreender pela vontade de tocá-la, e quando voltou a abri-los, estava sozinho uma outra vez em seu quarto.
Aquela era uma lembrança que nunca havia dividido com ela: Adèle não fazia ideia de que a primeira vez em que conversaram não fora a primeira vez em que a havia visto. Observando-a ter uma boa noite de sono pelo que devia ser a primeira vez em semanas, usando uma longa camisa surrada e uma calça de pijama, amaldiçoou a si mesmo por desejar que ela vestisse aquela mesma lingerie rendada.
Mais um dos muitos segredos que guardava só para si.
happy birthday, @amaterasuu!! <3
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