TAO: VIVÊNCIA PELAS LEIS CÓSMICAS
(Lao Tsé; Tao Te Ching – verso 64)
O que está em repouso é fácil de conservar.
O que ainda não aconteceu é fácil de prevenir.
O frágil é fácil de quebrar.
O pequeno é fácil de dispersar.
Trata de todas as coisas que antes se manifestem.
Ordena tudo antes que o caos chegue.
Uma árvore que não se pode abraçar nasceu de uma minúscula semente.
Uma torre de nove andares começou por um montículo de terra.
Uma longa viagem começa a nossos pés.
Quem age fracassa, quem retém, perde.
Assim, o Sábio não atua, por isso não fracassa.
Nada segura, por isso nada perde.
Os humanos nos negócios frequentemente fracassam no momento de triunfar.
Por isso o Sábio é prudente tanto no princípio, como no final.
Deseja não ter desejos, não dá valor aos tesouros cobiçados difíceis de conseguir.
Aprende a esquecer o aprendido e se interessa por coisas que o humano comum nem suspeita.
Facilita a evolução natural de todos os seres, sem agir sobre eles.
Tao Te King – Albe Pavese (Ed. Madras)
O que está em repouso é fácil conservar.
O que é insignificante pode facilmente ser influenciado.
O que é frágil pode ser quebrado facilmente.
O que é leve pode ser levado pelo vento.
A ordem deve ser mantida, antes que surja a desordem.
A árvore mais gigantesca nasceu de uma raizinha fina como um cabelo.
Uma torre de nove andares repousa sobre uma pequena área de terra.
Uma viagem de mil léguas começou com o primeiro passo.
Quem faz algo contra a Lei tem de falhar.
Quem se apega a algo o perderá.
Por isto, o sábio não é egocêntrico, e por isto nunca falha.
Não se apega a nada, e por isto não perde nada.
Outros falham antes de chegar à meta,
Porque não esperaram pelo momento oportuno.
Quem enxerga o início e o fim, esse não falha.
O único desejo do sábio é não ter desejos.
Não deseja nada o que a outros é desejável.
Nem deseja inteligir objetos de inteligência.
O que a outros é insignificante o sábio o considera importante.
Assim estabelece ele a reta ordem em si e nos outros,
Não agindo jamais em desacordo com as leis cósmicas.
Tao Te Ching – Huberto Rohden (Ed. Martin Claret)
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