Tumgik
#finge que ela piscou um olho tá
xexyromero · 7 months
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double trouble. matias recalt x fem!reader x pipe otaño
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fem!reader, matias recalt x reader x pipe otaño, menage, smut.
cw: +18!, ménage, nipple play, dirty talk, matias sendo implicante.
sinopse: seu amigo matías te chama pra fazer um menage com outro amigo.
wn: baseado totalmente na mensagem anonima que recebi dizendo q pipe ia ficar chateado e fazendo bico caso a leitora falasse de menage nao aguentei
pipe fez bico. 
matias soltou um suspiro cansado, embora mantivesse os dedos de dentro da sua buceta e os movimentos continuassem rápidos e certeiros. seus dedos do pé se curvaram e você segurava um gemido. já era a terceira discussão que os dois tinham desde que começaram aquilo tudo.
“cara, pelo amor de deus. ou fode ou sai de cima.” reclamou o argentino mais novo, dando um tapa (até forte demais) na cabeça de pipe. 
“pô, mas não é sobre isso.” felipe ponderou, alisando o local que matías bateu, se afastando e ficando de joelhos na sua frente. ele aproveitou o movimento alheio e tomou seu peito com tudo na mão, apertando o seu mamilo com maestria. 
a sua situação não podia ser pior (ou melhor?).
matías era um amigo querido seu, com o relacionamento aberto, que te convidou para participar de um ménage com outro amigo dele. a desculpa é que esse amigo nunca tinha vivido a experiência e que todos os outros amigos do mesmo grupo já tinham. 
você jamais ia entender homens - mas topou de primeira. matías dificilmente te metia em enrrascada. 
colocou seu vestido mais colado, curto e rumou para o apartamento de recalt. todos os envolvidos já sabiam bem o que aconteceria. não teve mistério - beberam um vinho, se apresentaram (afinal, você não conhecia felipe) e foram direto para o quarto do mais novo. 
tudo estava tranquilo durante a pegação - os beijos compartilhados, a roupa arrancada. matías e felipe não se tocavam (homens e sua maldita heterossexualidade rígida), mas compensavam te tocando em tudo que era lugar. 
finalmente foram para a cama. matías te colou no próprio peitoral, te deixando nua e exposta para felipe fazer o que quisesse. 
uma pena que não paravam de brigar. no meio do caminho, pipe havia decidido que gostou muito de você e que queria te encontrar fora daquele contexto. 
“se você continuar com drama, felipe, quem vai broxar sou eu.”
“mas eu não broxei!” ele bufou. os movimentos dos dois iam te enlouquecer. “eu fiquei afinzão dela. não posso gastar uma primeira vez assim.”
matías estava a ponto de se levantar, gritar e espancar pipe. 
“cara, você leva ela pra sair depois. come ela só vocês dois, com vela, buquê e o caralho. finge que não conhece.”
“não tem como fingir não conhecer, matí! eu tô com a mão no peito dela!”
você estava a ponto de gritar. era muita estimulação ao mesmo tempo. pipe levou os dedos a boca, umedeceu e voltou apertando seus mamilos. agora os dois ao mesmo tempo. 
“princesa.” matías chamou sua atenção, usando a mão livre para levantar seu rosto. você virou a cabeça com dificuldade para olhá-lo. “diz pra esse pau no cu que buceta é que nem roupa, lavou e tá nova. por favor?” piscou os olhos em falsa inocência. 
você não estava mais aguentando. pipe com a mão nos seus peitos, matías com a mão na sua buceta. os movimentos cada vez mais precisos, mais loucos, mais necessitados. você mexia os quadris a fim de mais fricção. 
“eu vou goz-” antes que conseguisse falar, matías tirou a mão de dentro, acalmando o ritmo e, embora continuasse te masturbando, evitando o clitóris. ele queria que você durasse mais. você soltou um suspiro chateado, mas entendeu. 
“tá vendo, cara? a primeira vez que eu vou ver ela gozar e você tá aqui no meio.”
“felipe, ou você fode ela agora ou eu te jogo pra fora do quarto.”
“nossa, morreu o romantismo.” pipe falou com ironia, soltando seus peitos com frustração e com certa violência. você gemeu. “tá tudo bem, viu?” falou, pela primeira vez, olhando nos seus olhos com muita gentileza. “eu vou te levar pra jantar. você só precisa dar se você quiser.” você não aguentou e soltou uma risadinha. 
“quem não te conhece que te compre.” matí riu também, dirigindo o olhar a você. deixou um beijinho na curva entre seu pescoço e ombro. parou com as mãos, as usando para abrir suas pernas ainda mais. 
seu interior molhado, estimulado, aberto assim aos olhos de pipe quase te levou ao clímax ali mesmo. felipe te olhava, as bochechas vermelhas. o pau esquecido dele rapidamente endureceu. 
“fode ela, pipe. a buceta dela tá no ponto.” o argentino mais novo sussurrou no seu ouvido, mesmo que a mensagem fosse para o outro. 
sem enrolar mais um minuto, pipe se aproximou, te penetrando com cuidado. te olhava o tempo todo, vendo seu rosto se contorcer e relaxar na medida que sua buceta ia se acostumando. ao som do seu primeiro gemido, ele começou a te foder com gosto. o movimento de vai e vem, as estocadas… você não durou muito. ao sentir o contrair da sua buceta, pipe gozou também. matías, que se masturbava, o pau friccionando nas suas costas, foi logo em seguida. 
felipe te deu um beijo calmo e singelo na boca. “me passa seu telefone pra gente conversar?” você só conseguiu concordar com a cabeça. estava acabada. 
“ué, pipe. meu beijo cadê?” perguntou matías, em falsa indignação.
  “vai pra casa do caralho, matí.” e quem deu o tapa foi pipe.
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bts-scenarios-br · 3 years
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Reaction - Quando ele finge esquecer o seu aniversário, mas te surpreende no final.
(gên. feminino)
SEOKJIN
Você e o Jin tinham combinado de passar o final de semana do seu aniversário em um pequeno hotel perto do lado que ele tinha encontrado. Por mais que quisesse ir para um lugar mais longe, você o convenceu que apenas aquilo já era mais do que o suficiente para comemorarem. 
Acontece que já era sexta-feira, seu aniversário, e hora de irem para o aeroporto, mas o seu namorado não deu sinal de vida algum. Quando acordou e não recebeu nenhuma mensagem dele, imaginou que ele quisesse te dar os parabéns pessoalmente, quando te encontrasse, mas ele simplesmente não apareceu.
Você até mesmo ligou para o Yoongi, preocupada que talvez tivesse acontecido alguma coisa na empresa ou durante a noite, mas tudo o que ele te disse foi: 
"Eu vi ele mais cedo, acho que está gravando agora, mas não parecia ter nada de errado com ele." 
Por mais que não quisesse, isso te deixou nervosa. Poxa, vocês tinham se dedicado tanto para organizar essa viagem, que era ele quem queria fazer desde o início, para no final ele simplesmente ignorar? 
Mas você não ia deixar isso estragar todo o seu final de semana. Que o seu dia já tinha se arruinado era um fato, mas iria garantir que pelo menos o resto fosse bem aproveitado. 
Entrou em contato com a equipe dos meninos que também cuida de você, e não demorou muito para a segurança que normalmente está na sua companhia aparecer na sua frente. Por você namorar Kim Seokjin, tornou-se comum você não poder sair desacompanhada para certos lugares, mas por sorte você acabou com algumas pessoas que estão dispostas a te ajudar.
"Bom dia, S/N." A mulher disse, abrindo o porta malas do carro e colocando sua bagagem lá. "E feliz aniversário, também!"
Ela sorriu para você e você se forçou a fazer o mesmo, agradecendo. 
Chegaram até o aeroporto, onde você iria pegar um avião até uma cidade um pouco menor, para de lá pegar um ônibus até onde queria. A mulher percebeu que você não estava nos seus melhores ânimos, e se ofereceu para resolver as burocracias do voo, o que você aceitou de bom grado, se sentando em um bando enquanto ela fazia o check-in necessário. 
"Aqui." Ela te entregou seus documentos, quando voltou. "Aconteceu alguma coisa?" Perguntou, mostrando uma leve preocupação. "Está menos empolgada do que o normal, ainda mais pro seu aniversário." 
"Ah, não é nada demais, não se preocupe." Você disse com um sorriso fraco. "Aliás, você sabe se o Jin está vindo pra cá?" 
"Sinto muito." Ela respondeu um pouco decepcionada. "Não ouvi do Sr. Kim hoje." Você suspirou e concordou com a cabeça, se preparando para embarcar. Se separou da mulher, agradecendo pelo trabalho dela e recebendo mais um parabéns, e então foi passar pelo detector de metais e ir atrás do portão que deveria ir, se sentando perto dele para esperar que abrissem as portas.
Foi só quando anunciaram a embarcação que você percebeu o erro: aquele voo era para Veneza, na Itália. 
Franziu a testa confusa, conferindo na passagem e percebendo que, de fato, era para a Itália. Pensou que algum erro muito grande deveria ter acontecido, para ser a cereja do bolo do seu dia, então foi tentar falar com algum funcionário, já cansada. 
"Com licença." Abordou um comissário de bordo da empresa. "Eu acho que algo de errado aconteceu com a minha passagem, não era para Veneza, era para-"
"Não, é pra Veneza mesmo, jagiya." Uma voz de repente disse atrás de você, e você se virou assustada para se deparar com o Jin. "Vamos?" Ele sorriu fraco, entregando sua passagem e passaporte para o homem, que deixou que os dois entrassem. 
Você não disse nada no caminho para os seus assentos, apenas deixou que o seu namorado te arrastasse até lá, o olhando perplexa. Foi só quando se sentaram que você conseguiu dizer algo.
"O que tá acontecendo?" O olhou assustada. 
"Se eu simplesmente dissesse que a gente ia pra Veneza você não ia querer por achar demais." Ele te olhou. "Por isso tive que te pegar desprevenida." 
"Mas…" Você começou, soltando um suspiro e dando um tapa no braço dele logo em seguida. "Você precisa sumir o dia inteiro e me deixar à beira do surto?" 
"Ah é sobre isso." Ele soltou uma risada. "Eu só queria dar uma emoção." Piscou um olho, e você o deu outro tapa. 
"Da próxima vez me coloca em uma montanha russa, se quer deixar as coisas emocionantes, mas não precisa me deixar doida bem no meu aniversário."
"Ah é, eu estava quase esquecendo disso." Ele disse, mais calmo, olhando em volta e se certificando que ninguém estava olhando para vocês, e então se inclinando e te dando um selinho doce, sussurrando contra os seus lábios logo em seguida. "Feliz aniversário, jagiya."
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YOONGI
Você acordou com a luz entrando por entre as cortinas do quarto. Se espreguiçou e sorriu quando se lembrou de qual dia era aquele, se virando para o lado para encontrar seu namorado, mas se deparando com a parte dele da cama vazia. 
Se sentou e coçou os olhos, suspirando ao tentar ouvir algum barulho no apartamento, mas nada. Pegou seu celular da mesinha de cabeceira e verificou se tinha algum recado dele, mas de novo, nada. 
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Ficou olhando para o telefone por alguns segundos, na esperança de que ele fosse ao menos te responder, mas não foi tão rápido assim. Suspirou irritada e se levantou, indo lavar o seu rosto e escovar os dentes. Quando voltou, ele finalmente tinha respondido suas mensagens. 
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Você começou a digitar de novo, querendo saber que horas que ele iria voltar para casa, na esperança de que ele se lembrasse do dia, mas ele foi mais rápido do que você para mandar mensagem. 
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Bloqueou o celular e o jogou do seu lado, já se sentindo chateada o suficiente mesmo que ainda não tivesse nem chegado o horário do almoço. 
Foi preparar o seu café da manhã, sozinha, e aproveitou para responder às mensagens que tinha recebido dos seus parentes. Seus amigos te convidaram para almoçarem juntos, e quando ficaram sabendo que o Yoongi não tinha nem mesmo te mandado um "Parabéns", eles te levaram para a casa deles e tentaram te distrair o máximo possível. 
Assim que você passou pela porta do seu apartamento, sentiu seu celular vibrar no bolso. 
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Suspirou cansada, respondendo a primeira coisa que veio à sua cabeça. 
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Foi até o seu quarto e tomou um banho rápido, se vestindo com um moletom preto do Yoongi que, por mais que não quisesse ver a cara dele na sua frente, ainda era a coisa que te fazia dormir melhor.
Não levou nem mesmo dez minutos para você ouvir a porta da frente abrir, e se encolheu por baixo das cobertas, tentando ao máximo fingir que já estava dormindo. Como estava de costas para a porta do quarto, não conseguiu nem.mesmo ter um vislumbre do seu namorado, apenas ouviu a porta ser aberta e, poucos segundos depois, fechada de novo. 
Sentiu um aperto no peito por pensar que ele nem mesmo se deu ao trabalho de te dar oi, mas esse sentimento foi embora quando você sentiu uma coisa gelada no seu pescoço. 
"Mas o que-" Se sentou na cama, logo percebendo o que tinha sido. "Holly?" Arregalou os olhos, estendendo a mão para o cachorro, que logo te lambeu. 
Percebeu um pequeno papel preso na coleira dele, e tirou a nota, reconhecendo a letra do Yoongi no mesmo instante. 
"Eu ouvi você dizendo para o meu irmão que queria que o Holly morasse com a gente, da última vez que fomos até a casa da minha família, então fui buscar ele lá hoje para fazer isso de vez.
Nunca esqueceria seu aniversário, jagiya, mas eu demorei mais do planejava para conseguir a surpresa, sinto muito :(" 
Você não conseguiu conter o sorriso no no rosto, pegando o cachorro no colo e saindo do quarto praticamente correndo. Encontrou o Yoon na cozinha de vocês, tirando algumas comidas das embalagens que reconheceu ser do seu restaurante favorito.
"Yoongi…" Chamou fraquinho, mas foi o suficiente para ele te olhar com um misto de surpresa e preocupação. 
"Eu sei que disse que não queria comer, mas achei que pudesse ser só porque estava brava, então trouxe algumas coisas." Ele disse. "A gente não precisa comer juntos, se não quiser, mas não é bom você dormir de barriga vazia." 
Você ignorou completamente o que ele disse, deixando o Holly no chão e quase se jogando nos braços do seu namorado. Ele se assustou no começo, mas poucos segundos depois já estava te segurando firme.
"Me desculpa mesmo por hoje, eu não queria te deixar tão pra baixo." Ele falou baixinho.
"Tudo bem, Yoon." Se afastou um pouco olhando para o rosto dele. "Eu não podia ter amado mais a surpresa." Sorriu, olhando para o cachorro que estava andando pela cozinha e cheirando o lugar. 
"Ah, é verdade!" Ele te largou, indo até a bancada e pegando uma pequena caixinha branca com um lacinho rosa claro por cima. "Feliz aniversário." Disse um pouco tímido, te entregando o presente. 
Você o abriu e tirou de lá uma corrente prateada, com um pequeno pingente de um cadeado, que te fez entortar a cabeça para observar. Mas, assim que fez esse movimento, o Yoon chacoalhou o pulso dele, o que te chamou atenção para um fato: ele tinha exatamente o mesmo pingente, mas em uma pulseira. 
"Que gracinha, Yoon." Disse, pegando o acessório na mão e sorrindo. 
"Que bom que gostou." Ele sorriu também, orgulhoso mas tímido por ter te feito feliz. "E desculpa de novo por hoje jagiya."
"Não precisa se desculpar, já disse que está tudo bem, sem contar que valeu a pena." Riu, apontando com a cabeça para o Holly, que estava brincando com uma pantufa sua. "Agora vem." Pegou na mão dele, o puxando para a mesa. "Ainda bem que você me conhece bem assim, porque eu estava realmente com fome."
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HOSEOK
Mas isso não aconteceu, no final das contas. Na verdade, foi bem pior do que imaginava: o Hoseok nem mesmo te ligou ou te deixou algum bilhete fofo (que eram coisas que ele já fazia mesmo em dias normais!), o que apenas serviu para te deixar preocupada. Você sabia que ele estava bem, porque sabia onde ele estava naquele momento e tinha notícias de que nada de errado tinha acontecido com ele, mas mesmo assim, tinha uma Lucinda vermelha se acendendo na sua cabeça.
Você tinha aceitado a oportunidade de viajar com os meninos durante a turnê deles, e de, inclusive, passar o seu aniversário durante ela. Já era comum você acordar sem a presença do Hobi do seu lado, já que ele costumava sair cedo para se preparar para entrevistas e eventos, mas lá no fundo você meio que esperava que, pelo menos nesse dia, ele iria ficar para te dar um bom dia decente.
Você acabou passando o dia com alguns staffs com quem tinha amizade, e também com as namoradas de alguns membros. Inclusive, quando soube que os meninos tinham voltado pro hotel, não pensou duas vezes antes de ir se esconder no quarto do Namjoon junto com a namorada dele, que achou a situação engraçada, mas não te impediu.
"Ah, oi S/N!" O companheiro do seu namorado disse quando te viu sentada na poltrona do canto do quarto. "Feliz aniversário aliás." Ele te deu um sorriso simpático, e você olhou indignada para a namorada dele. 
"Tá vendo, até o seu namorado se lembrou, mas o meu não!" Disse nervosa, mas com uma voz doce logo em seguida. "E muito obrigada Nam." 
Os dois riram, e ele foi até o banheiro para tirar a roupa que é usando.
"Por que simplesmente não fala com ele, se está assim?" Ela te perguntou.
Lá no fundo, você sabia a resposta, e era porque tinha medo. O Hobi sempre foi um anjo na sua vida, sempre muito atencioso e carinhoso com você, e se lembrava até mesmo das coisas mais boas possíveis cobre você, então uma possível razão para ele ter esquecido o dia do seu aniversário te assustava. 
"Será que ele está me traindo?" Você disse de repente, fazendo sua amiga te olhar assustada. 
"Não ele não está!" O Namjoon praticamente gritou de dentro do banheiro, saindo de lá rápido. "Ele não está te traindo, S/N, só tem muita coisa acontecendo." Ele disse. "A gente está falando do Hoseok, como pode pensar que ele faria isso?" Perguntou indignado. 
"Eu vou lá saber, também não imaginava que ele iria esquecer o dia do meu aniversário!" Resmungou. "Ele lembra até mesmo o nome do cachorro da minha avó, mas esqueceu o dia que eu nasci?" 
"É só estresse, S/N." Ele disse, agora mais calmo. "Confia em mim, o Hobi não está fazendo nada de errado." 
Você acabou cedendo ao que o Namjoon estava dizendo, pensando que realmente era loucura imaginar que o Hobi estava fazendo algo do gênero, mas mesmo assim não conseguiu deixar de lado sua preocupação e decepção. 
"Mas você não planeja ficar aqui a noite toda, né?" A namorada do Nam disse. 
"Se quer me expulsar daqui é só falar." Você resmungou. 
"Não, não é isso, mulher." Ela negou com a cabeça, e o Namjoon, que estava sentado na cama enquanto mechia no celular, soltou uma leve risada. "É que é seu aniversário, S/N, precisa comemorar!"
"Eu sinceramente não estou nem um pouquinho afim de comemorar." Suspirou, fechando os olhos. "Eu só queria ir para a minha cama e dormir até esse dia acabar." 
"Então faz isso." O Namjoon disse de repentente, colocando o celular do lado dele e recebendo um olhar indignado da namorada. "Você passou por um dia estressante, S/N, merece descansar." Ele falou, compreensivo. "E eu acabei de ver que o Hobi está trabalhando em alguma coisa com o Jimin, então o quarto está livre para você." 
Você agradeceu mentalmente aos céus por pessoas como o Namjoon existirem. Por mais que a sua amiga ainda tenha tentado te convencer a ficar, você mostrou para ela que você e o Joon estavam certos, e depois de ele dizer algo para ela que você não conseguiu ouvir direito, ela acabou deixando você ir até o seu quarto. 
Quando chegou lá, estranhou por ver uma luz sair por baixo da porta, tentando se lembrar se tinha deixado elas ligadas antes de sair. De qualquer maneira, isso não importava. Abriu a porta devagar, se sentindo realmente cansada, não fisicamente, mas emocionalmente. 
Porém, assim que deu o primeiro passo para dentro do quarto, já reconheceu alguma coisa de diferente. Tinha uma música suave tocando ao fundo, além de velas aromáticas com um cheiro que reconheceu na hora ser o seu favorito espalhadas pelo lugar. Ouviu um barulho de água vindo do banheiro, e andou com passos incertos até lá, arregalando os olhos quando viu o seu namorado jogando algumas pétalas de rosas dentro da banheira que lá tinha. 
"Hobi?" O chamou, confusa, e ele se virou para você, te mostrando o sorriso em formato de coração dele e indo até a sua direção, te puxando para um abraço. 
"Feliz aniversário." Ele disse perto do seu ouvido, se afastando e te olhando com os olhos cerrados. "Realmente estava achando que eu estava te traindo só porque não tinha dito nada?" 
"Como sabe disso?" Perguntou, mas logo a resposta veio na sua cabeça. "Namjoon…" 
"Ele estava quase me matando dizendo para eu ir logo antes que a namorada dele te arrastasse para uma balada." Ele falou, e o comportamento do líder de mais cedo começou a fazer sentido. 
"Mas…" Olhou em volta. "Por que sumiu o dia inteiro?"
"Na verdade eu tenho um presente um tanto quanto especial." Ele passou por você, indo até a cama e pegando uma pequena embalagem retangular. "Isso chegou hoje, e eu não ia conseguir esconder de você por tempo o suficiente para que eu preparasse aqui se falasse com você." Ele estendeu o presente na sua direção. "Não queria te magoar, mas era o único jeito que eu encontrei de não estragar a surpresa." 
Ele apontou para a embalagem com a cabeça, e você se apressou a abrir. Por baixo do papel tinha um pequeno livrinho vermelho com um titulo escrito em uma letra já muito bem conhecida: "Nossas memórias". Você o abriu com calma, sorrindo assim que entendeu do que se tratava. 
O Hobi parecia ter pego as mais diversas coisas que remetiam a momentos que tiveram juntos. Desde ingressos do parque de diversões onde deram seu primeiro beijo até uma florzinha, agora já seca, que você tinha dado para ele enquanto passeavam por um parque no último dia de vocês na Coreia.
"Hobi, isso é lindo." Disse, tentando segurar o choro. 
"Que bom que gostou." Ele sorriu, levantando seu queixo para olhar para ele é te dando um selinho. "Pelo menos valeu a pena o surto." 
"Valeu." Riu, fungando um pouco. "Mas obrigada mesmo." 
"Não precisa agradecer, jagiya." Ele disse, te dando outro selinho. "Na verdade…" Ele colocou um dedo no queixo, como se pensasse em algo. "Se você quiser me acompanhar naquela banheira eu ficaria muito satisfeito." Disse piscando um olho e te puxando pela mão de volta para o banheiro, fazendo você rir fraquinho mais uma vez.
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NAMJOON
Você acordou com o Namjoon se mexendo do lado dele na cama, o que foi estranho. Normalmente ele te puxava pela cintura e depositava alguns selinhos na sua nuca antes de ter coragem de sair do quentinho do seu corpo, mas hoje, bem hoje, foi diferente. 
"Nam?" Disse sonolenta, se virando para ele sem mal conseguiu abrir os olhos. 
"Hm?" Ele murmurou em resposta, se levantando. "Eu tenho que ir mais cedo para a empresa hoje, não sei porque me querem lá esse horário." Se espreguiçou, começando a andar até o banheiro. "Eu já tive que ficar naquela reunião ontem até tarde, e agora tenho que voltar antes mesmo das nove." 
Você se sentou já cama ainda meio atordoada, observando ele sumir atrás da porta do banheiro de vocês. Ele estava de brincadeira, né? Bem no dia do seu aniversário ele decide acordar estressado e sair resmungando por aí? Aliás, bem no dia do seu aniversário, ele decide não se lembrar do seu aniversário? 
"Eu não sei que horas eu volto hoje, mas te ligo pra avisar." Ele disse, voltando para o quarto alguns minutos depois, apenas com uma toalha presa na cintura. 
"Nam." Você o chamou fazendo com que ele te olhasse curioso. "Você não está esquecendo de nada hoje não?" 
"Hoje?" Ele franziu a testa, e você concordou com a cabeça. "Ah, é verdade!" Você começou a se animar, mas logo isso passou com o que ele disse em seguida. "Tem um jantar da empresa hoje de noite, eu quase esqueci." Olhou para você. "Quer ir comigo?"
Você ficou o encarando em completo silêncio por alguns segundos, soltando um suspiro enquanto fechava os olhos e se jogava para trás, cansada. 
"Tá, pode ser." Acabou dizendo.
O Namjoon se vestiu sem dizer mais nada e se despediu normalmente de você, apenas com um beijo na sua testa, antes de ir embora de vez. Ele te mandou apenas uma mensagem ao longo do dia, e foi para confirmar o horário em que ele iria chegar em casa para se arrumarem. 
Quando você viu que o sol já estava se pondo, foi tomar um banho antes que o Nam chegasse. Tinha passado o dia recebendo ligações de amigos e familiares, e até mesmo uma visita de dois dos seus melhores amigos, mas nada disso tirou o sentimento ruim que tinha dentro de você por não ter recebido nem mesmo um parabéns do seu namorado. 
Saiu do banheiro e colocou sua roupa íntima, indo escolher uma roupa para usar. Enquanto observava sua opções, ouviu a porta ser aberta, mas nem mesmo se deu ao trabalho de olhar para o Namjoon, que também não fez nada além de passar reto por você. Na verdade, o Namjoon chegou muito perto de jogar todo o plano dele pro ar quando te viu daquele jeito, especialmente por ter percebido que estava chateada. Ele só queria te encher de beijos até que começasse a rir de novo, mas ele se segurou para o bem da noite. 
Ele tomou um rápido banho e saiu do quarto para se vestir, vendo você sentada na frente do espelho enquanto preparava sua maquiagem. Respirou fundo e entrou no personagem de novo. 
"Eu sinceramente não sei porque eles insistem nesses jantares." Ele disse, colocando a calça. "É sempre um saco, e a mesma coisa toda vez, um monte de gente forçando a amizade." Você o olhou, já perdendo a paciência. "Sem contar que eu estou exausto, já passo o dia inteiro com aquelas pessoas trabalhando, não tem porque ficar com eles no meu tempo livre também." 
"Não vai, então." Você disse, nervosa. "Já está ignorando uma coisa importante hoje já, outra não vai fazer diferença!" 
"Como assim?" Ele te olhou, fingindo estar confuso. 
"Nada, esquece." 
Vocês voltaram a se, arrumar com a tensão tomando conta do cômodo. Entraram no carro com o motorista que estava preparado para vocês. O clima não muito simpático se manteve no caminho, que foi quase inteiro em silêncio.
"Aconteceu alguma coisa, S/N?" Ele te perguntou, de repente, virando o rosto para você. "Você parece meio nervosa."
"Não é nada Namjoon, já disse." Respondeu, olhando para fora. 
Na verdade, foi só ali quando olhou pela janela que percebeu que não fazia a mínima ideia de onde estava. Você definitivamente não estavam no caminho que esperava pegar para chegar no restaurante, e você sentiu a preocupação e até mesmo o medo tomar conta da sua cabeça. 
"Nam…" O chamou, baixinho. "Onde ele está levando a gente?" 
"Eu não sei…" Ele respondeu no mesmo tom, olhando para fora. "Esse não é o caminho para o restaurante." 
Você o olhou assustada, sentindo que estava a beira de um colapso bem ali. 
"Ah que maravilha." Falou, dessa vez nem tentando falar baixo. "Como se o meu aniversário já não estivesse ruim o suficiente ainda vou ser sequestrada bem hoje." 
O Namjoon ficou te olhando em silêncio por alguns segundos, até ele começar a rir, e você nunca teve tanta vontade de socar o rosto lindo dele como teve nesse momento. 
"Eu pensei que nunca ia falar." Ele falou, e o carro parou bem nesse instante. "Vem." Abriu a porta, te pegando pela mão e indo para fora. "Estava esperando pra ver quanto tempo ia demorar para dizer que tinha esquecido seu aniversário." Sorriu, tepuxando e dando um beijo carinhoso na sua testa. "E eu sei que deve estar querendo me matar, mas desse jeito a surpresa ia ser mais emocionante." Sussurrou. 
Ele te puxou para começarem a andar, e só então você percebeu onde estavam. Era um tipo de jardim simples, mas muito bonito. Há alguns metros de distância de vocês, tinha um pequeno gazebo de madeira, onde conseguiu enxergar uma mesa com velas em cima, assim como duas taças ainda vazias.
"Parabéns, jagi." Ele falou, quando chegaram até a mesa, te dando um beijo no canto da boca e puxando a cadeira para você. "Juro que vai valer a pena."
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JIMIN
Você já sabia que iria acordar sem o Jimin no dia do seu aniversário, mas mesmo assim soltou um suspiro chateado quando virou para o lado e viu a cama vazia. 
Ele estava fora de Seoul para fazer algumas gravações, e iria voltar apenas no dia seguinte. Ele te avisou sobre isso assim que ficou sabendo prometendo que quando estivesse de volta em casa vocês iriam aproveitar e comemorar ao máximo. 
Mas uma coisa te pegou de surpresa, e não foi de um jeito positivo: você não recebeu nenhuma mensagem dele, muito menos uma ligação. Em dias normais já era comum o Jimin te ligar assim que acordasse para te dar bom dia, quando estava longe, mas em um dos dias mais importantes do seu ano ele aparentemente havia esquecido completamente disso.
Você pensou seriamente em ligar para ele, com medo de que que de ruim tivesse acontecido, mas essa ideia foi embora quando recebeu mensagens dos meninos te cumprimentando, e até mesmo de alguns staffs, e pensou que, se algo tivesse acontecido com o Jimin, alguém teria lhe informado. 
Por isso tentou seguir com o seu dia como planejava: feliz e fazendo o que gostava. Saiu na hora do almoço e foi até o seu restaurante favorito, decidindo se dar um banquete de aniversário. Depois disso, foi até o shopping que tinha mais perto da sua casa, passando nas suas lojas favoritas e se dando ao luxo de comprar algumas coisas que sempre quis, mas nunca teve coragem. 
Quando estava indo embora e já estava começando a ficar escuro, você sentiu o seu celular vibrar na sua mão. Olhou para ele eufórica, criando esperanças de que fosse o seu namorado sem nem mesmo perceber. Mas, infelizmente, não era quem você queria. Eram dois dos seus melhores amigos, dizendo para ir até a casa deles para pegar o seu presente.
Você não queria ir, não queria mesmo. Só queria ir para sua casa, se jogar na cama, e ficar lá até amanhecer, sem ter q fazer nada mais. Mas foi exatamente por isso que foi até os seus amigos. Percebeu que estava triste, e que provavelmente se arrependeria depois, quando estivesse melhor, por ter deixado se abalar tanto. 
"Está tudo bem, S/N?" Um dos seus amigos perguntou, percebendo que você estava muito menos empolgada com o dia do que deveria. "Tá meio pra baixo." 
"Verdade." A sua outra amiga concordou. "O que aconteceu?" 
Você suspirou, ponderando se valia a pena contar para eles ou não. As chances de eles quererem matar o Jimin eram muito grandes. Não é que eles não gostassem dele, eles gostavam, mas gostavam ainda mais de você. Mas, apesar de tudo, eram seus melhores amigos. E você não aguentava mais guardar tudo isso para si, então acabou os contando o que tanto te afligia. 
"Ai, S/N." Sua amiga disse. "Ele deve ter tido os motivos dele." Deu de ombros. 
Você a olhou espantada, para dizer o mínimo. Ela estava… defendendo o Jimin?
"Que?" Você perguntou, a encarando.
"Ela tá certa." Seu amigo concordou, pegando um pouco da cerveja dele e dando um gole. "Quer dizer, é o Jimin." Disse como se fosse óbvio. "Se ele fez isso com certeza teve algum motivo válido." 
"Vocês estão do lado dele?" Perguntou, levantando uma sobrancelha. 
"Não, não é questão de estar do lado de alguém." Ela voltou a falar. "É só que a gente conhece o Jimin, S/N, e você também, sabe que ele não faria uma coisa dessas por mal." 
"Sinceramente, eu nem sei mais o que pensar." Você suspirou, e eles se entreolharam, vendo que estava claramente chateada.
Ficaram em silêncio por um tempo, mas ele foi cortado quando o celular do seu amigo vibrou na mesinha de centro e ele o pegou numa velocidade impressionante. Você viu ele ficar aliviado assim que viu do que se tratava, e até pensou em perguntar quem era, mas não quis se envolver nisso naquele momento. 
"Você está muito cansada?" Ele perguntou, e você concordou com a cabeça. "Então vamos, eu te levo para casa." 
Você ficou o olhando em silêncio por alguns segundos, mas concordou. Se levantou e deu um abraço na sua amiga, que sussurrou um "Aproveita" antes de te soltar,e você a olhou como se ela tivesse dito que fadas existem. 
Vocês pegaram seus casacos e saíram do apartamento, indo até o carro do seu amigo. O caminho ficou em silêncio por grande parte do tempo, mas quando ele parou em um sinal ele te olhou e suspirou. 
"Ei, não fica assim por causa disso." Disse, colocando a mão no seu ombro. "É seu aniversário, não deixa o dia ser arruinado so porque o Jimin não te ligou." 
"Isso nem faz diferença mais." Disse, quando o carro voltou a andar. "Já está tarde, não tem nem como eu aproveitar." 
"Nunca se sabe." Ele disse, e você franziu a testa. "A vida é uma caixinha de surpresas." 
"Não." Disse em um resmungo. "Eu só quero chegar em casa e me jogar na cama." 
"Bom, na sua casa já chegou." Ele disse, estacionando o carro na frente do seu prédio. "Mas não vai pra cama, vai se divertir." 
"Você já tá me irritando." Falou séria, e ele riu, fazendo você fazer o mesmo. "Obrigada pela carona, e pelo presente, o quadro vai ficar lindo lá na sala." 
"Por nada." Ele sorriu. "Depois a gente se fala!" Você concordou, já fechando a porta. "E feliz aniversário!" Gritou, dando partida no carro, e você riu. 
"Obrigada!" Gritou de volta, vendo ele se afastar. 
Você sorriu, um pouco mais contente do que mais cedo, e se virou para entrar no prédio, mas assim que o elevador parou no seu andar você voltou a se sentir para baixo de novo, percebendo que iria voltar a ficar sozinha, e que tinha sido basicamente esquecida pela pessoa mais.importante da sua vida. 
Mas era óbvio que você estava errada. Os seus amigos não estavam errados, estavam falando do Park Jimin, é óbvio que ele não ia deixar tudo passar em branco. Tudo bem que eles já sabiam do plano, mas esse argumento não deixa de ser válido. 
Você abriu a porta e franziu a testa assim que notou a diferença no apartamento. Todas as luzes estavam apagadas, com exceção de umas luzinhas de Natal na sacada. Uma música calma e romântica estava tocando baixinho, quanto mais se aproximava da porta para a varanda, mais percebia pequenos detalhes pelo lugar: velas com o seu cheiro favorito, que nunca acendia, já que sabia que o Jimin não era fã; a coberta no sofá que vocês não costumam usar, pois acham quente demais, mas é a mais aconchegante; ou mesmo os pratos e taças que estavam na pequena mesa do lado de fora, que vocês nunca tinham usado por medo de estragar, e estavam guardando para uma ocasião especial. 
Você ficou parada na porta da sacada em êxtase, sem saber ao certo como reagir, ou nem mesmo o que pensar. Literalmente, a única coisa a passar pela sua cabeça era "O que está acontecendo?". 
E então você sentiu uma presença atrás de você, e não precisou se virar quando sentiu duas mãos na sua cintura para saber de quem se tratava. 
"Achou mesmo que eu ia te deixar sozinha hoje, jagi?" Ele sussurrou ao pé do seu ouvido, depositando um leve beijinho logo em baixo. 
"O que você tá fazendo aqui?" Se virou para ele devagar, com os olhos brilhando de animação e uma sombra de sorriso nos lábios. 
"Eu vim passar o dia mais especial do ano com a pessoa mais especial da minha vida." Respondeu, sorrindo pela sua animação. 
"Mas não ia chegar só amanhã?" Perguntou, enquanto ele puxava uma das cadeiras da mesa e te sentava nela. 
"Ia." Ele respondeu. "Mas eu consegui adiantar tudo hoje para poder ir embora." Se inclinou para ficar com o rosto a centímetros do seu. "A única consequência era que eu não ia conseguir ter tempo de falar com você decentemente." 
"Então me deixou enlouquecendo o dia inteiro?" Franziu os olhos, em um tom divertido, e ele riu, se inclinando e te dando um beijo rápido, mas apaixonado. 
"Feliz aniversário, jagi." Disse antes de sair e ir buscar o jantar de vocês na cozinha. 
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TAEHYUNG
"Tive uma emergência, por isso saí, mas depois eu te ligo." 
Era tudo o que estava escrito no pequeno bilhete que o Tae deixou em cima do travesseiro dele, que você viu quando acordou. Levou alguns segundos para raciocinar, mas logo a frustração tomou conta de você: tinha que ser justo no seu aniversário?
Você decidiu deixar isso quieto por um tempo, imaginando que fosse algo relacionado a empresa, e que ele logo iria te telefonar ou pelo menos mandar uma mensagem, mas quando mais as horas se passavam, maior era o silêncio vindo dele. Quando chegou a hora do almoço, já estava se sentindo estressada. Tinha mandado diversas mensagens para ele, assim como telefonado mais de cinco vezes, mas nada. Ao que tudo indicava, seja lá qual fosse a emergência dele era mais importante do que o aniversário da namorada. 
E foi só quando você desistiu de entrar em contato e começou a se arrumar para tentar se animar, que seu telefone começou a tocar loucamente. Era o Taehyung e, por mais que te doesse, não atendeu, porque não estava com cabeça para falar com ele nesse momento. 
Ele te ligou um total de 14 vezes seguidas, sem cansar. Até que na décima quinta vez o contato que apareceu no seu visor foi diferente, e esse você não teve coragem de ignorar. 
"S/N?" Ouviu a voz do melhor amigo do seu namorado do outro lado. 
"Oi, Jimin." Respondeu, não muito animada, mas tentando parecer educada. "Aconteceu alguma coisa?" 
"Na verdade sim." Ele disse, e você franziu a testa. "O Yeontan fugiu, e o Tae não consegue o encontrar em nenhum lugar." Ele disse, e você sentiu seu coração se despedaçar. "Ele está procurando no parque que tem perto do apartamento de vocês, se puder ir lá ajudar…" 
"Pode deixar, eu já estou indo." Disse rápido, desligando o celular praticamente na cara do Jimin.
Você saiu correndo pela casa, pegando o que precisava para sair de lá o mais rápido possível. Enquanto esperava o elevador descer percebeu o quão idiota tinha sido. Realmente tinha sido mesquinha assim só porque ele não estava te mimando no seu aniversário? E ainda pensou que era por besteira. Mas era óbvio que era algo sério desse jeito, era o Taehyung de quem estava falando, ele nunca iria esquecer de algo importante, a menos que algo ainda mais importante acontecesse. 
Saiu em disparada para o parque, sem se importar com mais nada ali. Quando chegou no lugar, olhou em volta mas não conseguiu encontrar o seu namorado, então decidiu simplesmente ir atrás do cachorro. 
Olhou em todos os cantos que passava, pelas moitas, atrás das árvores, embaixo dos bancos, se perguntando como que o Tae deu conta de perder o cachorro. O que ele tinha feito, por Deus? 
Mas, quando você ouviu um pequeno farfalhar em um montinho de folhas que tinha no pé de uma árvore, você paralisou. Olhou para a direção e quase sentiu o seu coração pular para fora quando viu a pequena bolinha de pelos que tanto amava rolando feliz. 
"Tannie!" Disse, chamando a atenção do animal e correndo até ele, que fez o mesmo e correu em sua direção. "Pelo amor, o que você aprontou, menino?" Disse, se agachado para pegá-lo no colo. "Você ia matar todo mundo do coração, sabia? Se quer dar um rolê tudo bem, mas não some assim não!" 
"Você encontrou ele?" Uma voz já conhecida disse atrás de você, mais calma do que deveria nessa situação. 
Você virou devagar para o Taehyung, se deparando com um leve sorriso nos lábios dele. 
"Encontrei." Sorriu também. "Ele estava brincando no meio das folhas, acho que-"
Você interrompeu sua fala assim que percebeu o que tinha ao lado dele, no chão: uma toalha xadrez vermelha e branca, junto com uma cesta e diversas frutas e doces espalhados pelo espaço, além de uma garrafa de vinho e duas taças. 
"O que é isso?" Levantou os olhos para ele, surpresa. 
"Nosso almoço." Ele disse, rindo e se aproximando. "Deve querer me socar agora, eu sei, mas é uma parte do seu presente de aniversário." Ele pegou a guia da coleira do Yeontan, que estava segurando, e prendeu na coleirinha do pequeno, o tirando do seu colo e colocando no chão. "O Tannie não tinha sumido, eu só precisava fazer com que viesse aqui." Ele riu quando você o deu um soquinho no ombro. 
"Eu quase tive um ataque cardíaco, Taehyung!" Choramingou, e ele te puxou para um abraço, ainda rindo, e te dando um beijo no topo da cabeça. 
"Eu sei." Se afastou, olhando no fundo dos seus olhos. "Desculpa por isso, mas queria que hoje fosse especial." Você cedeu, sorrindo de leve, e ele fez o mesmo, se inclinando para te dar um beijo leve. "Vem." Te puxou pela mão, até que se sentassem na toalha. 
Ele deixou que o Yeontan brincasse do lado de vocês, tirando alguns dos seus postiços favoritos de dentro da cesta. Mas nada disso era o que ele queria fazer, já que a surpresa estava na última caixinha que ele pegou na mão.
"O que é isso?" Perguntou quando ele te deu uma caixinha com um lacinho em cima. 
"Seu presente." Ele sorriu. "Não disse isso até agora, mas parabéns, jagiya." 
Você sorriu também, abrindo a embalagem e deixando seu queixo cair quando viu o que tinha dentro. Era um anel, delicado e simples, mas uma das coisas mais preciosas que já tinha visto. Uma pedrinha branca era o que estava no topo dele, se realçando mas ainda assim em harmonia. 
"Tae…" Disse, encarando a joia. "Isso é lindo." 
"Que bom que gostou." Ele sorriu, pegando o anel e colocando no seu dedo a elas da mão esquerda. "Quero que deixe ele aqui, até a gente conseguir colocar um definitivo." Falou, e você o olhou surpresa, mas sorrindo com a carinha que envergonhado que ele fez por ter dito isso. 
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JUNGKOOK
"Pode deixar que ele só sai daqui quando for pra eu receber um mais bonito." Ele riu fraquinho, se inclinando e te puxando para um beijo apaixonado.
O Jungkook acordou naquele dia como se fosse um dia como qualquer outro. Te acordou com um beijinho no pescoço como sempre faz, e se levantou para ir tomar banho e ir trabalhar enquanto você acordava. Por alguns minutos, você até esqueceu que era o seu aniversário. Na verdade, foi só quando você pegou o seu celular e leu as mensagens que tinha recebido, te cumprimentando.
Franziu a testa e ficou olhando para a porta do banheiro, esperando o Jungkook sair de lá. Talvez ele só não tenha percebido ainda, assim como você no começo. Mas quando saiu, já vestido, ele seguiu o caminho dele até o espelho para arrumar o cabelo ainda sem dizer nada. 
"O que vai fazer hoje?" Você perguntou, tentando ver se ele se lembrava do jantar que tinha prometido te levar. 
"Hoje?" Ele te olhou pelo espelho, e você concordou com a cabeça. "Nada." Deu de ombros. "Só vou para a empresa, hoje o ensaio vai ser meio puxado." Falou, pegando o celular que estava na cômoda e vendo o horário. "Aliás eu já preciso ir, está ficando tarde." 
Ele tedeu um selinho e um "Tchau." e foi embora, te deixando com uma cara de tacho para trás, sozinha. 
Você ficou nervosa, é claro, mas não quis demonstrar. Por um lado, entendia que as vezes a cabeça dele ficava cheia demais, e podia acontecer de ele esquecer essas coisas. Mas, mesmo tendo isso em mente, não conseguiu não se sentir chateada com tudo. Poxa, era o seu aniversário. Vocês estavam conversando sobre isso na noite anterior, era realmente algo irrelevante a esse ponto? 
Não passaram nem mesmo cinco minutos desde q vc tinha enviado a mensagem para ele, quando recebeu uma ligação de uma das staffs dos meninos, que tinha o número salvo para emergências. 
Depois de algumas horas, quando começou a anoitecer e o Jungkook ainda não tinha entrado em contato com você, você perdeu a paciência. Pegou seu celular, sem conseguir se controlar mais, e mandou uma mensagem para ele.
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"Alô?" Disse, um pouco confusa.
"S/N?" Ela confirmou. "Ah, graças a Deus que atendeu." Ouviu ela suspirar aliviada.
"Aconteceu alguma coisa?" Estava ficando cada vez mais perdida, e até um pouco preocupada. 
"Sim." Ela respondeu rápido. "O Jungkook sofreu um acidente no ensaio e machucou o tornozelo." Você parou de respirar quase instantaneamente. "Estamos esperando um médico vir aqui para avaliar, talvez ele tenha que ir para o hospital." Nesse ponto você já estava praticamente segurando o choro. "Ele pediu para ver se você podia vir aqui…"
"Eu já estou indo." Disse, dando uma rápida despedida para a mulher e saindo de casa o mais rápido possível.
A verdade era que você estava envergonhada pelo o que tinha feito. Sabia que não estava errada, até porque ele de fato esqueceu seu aniversário, tinha o direito de ficar chateada. Mas se sentiu mal ao saber que ele estava machucado por aí, e você preocupada apenas com isso.
Pediu um táxi para ir até a empresa, e chegou lá mais tarde do que gostaria, por conta do trânsito. Pagou o motorista e desceu, indo correndo para o prédio. Você apresentou sua identificação, e ele começaram a te conduzir até onde disseram que estava o Jungkook. Mas o estranho foi quando vocês começaram a ir para o lado do restaurante da empresa, ao invés de ir até onde você se lembrava ser as salas de ensaio, mas imaginou que talvez tivesse uma enfermaria por ali onde preferiram deixar ele descansando. 
"É bem aqui." O funcionário apontou para uma porta de correr. "O Sr. Jungkook está te esperando aí dentro, fique à vontade." 
"Obrigada." Agradeceu, fazendo uma reverência e abrindo a porta.
Mas o que você encontrou lá dentro estava longe de ser o que esperava. Na verdade, aquilo lá era uma sala particular do restaurante, com a mesa já posta com o que reconheceu serem alguns de seus pratos coreanos favoritos. E o Jungkook, estava de pé, ao lado da mesa, todo arrumado e com um sorriso sacana que você queria arrancar da cara dele à força. Quando percebeu o que tinha acontecido, não sabia se o abraçava por estar bem ou se o batia por ter mantido para você, então acabou fazendo os dois. 
"Ainda bem que está bem." Falou, o puxando para um abraço, mas logo se afastou e deu um leve soco no peito dele, que não fez nem cócegas, apesar de ele ter rido. "Mas você não tem piedade de mim, né?" Ele colocou as mãos no seu rosto enquanto você resmungava. "Eu quase quis te matar mais cedo, aí você que quase me matou de preocupação!" Ele riu de novo. "E foi tudo pra nada  desde o começo!" 
"Não foi pra nada, foi pra deixar seu aniversário mais emocionante." Ele disse, aproximando o rosto do seu. "Qual ia ser a graça de ter um aniversário sem uma aventura." 
"Realmente, pensar que seu namorado não te ama e depois que ele vai ter que ir pro hospital é muito aventureiro." Disse irônica, fazendo ele rir e te dar um selinho, ainda segurando o seu rosto perto do dele quando voltou a falar. 
"Me sinto ofendido que tenha achado que eu não te amo, eu fiz tudo isso exatamente porque te amo demais." Você não conseguiu segurar um sorrisinho, e ele fez o mesmo se afastando e te puxando para a mesa. "Agora senta aqui que a noite está apenas começando, jagiya." 
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Oioioi, como vocês estão??
Como seempre, perdão pela demora hihih mas espero que tenham gostado, e me desculpem por qualquer erro!
Até mais, e fiquem bem!!
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cafe-e-escrita · 7 years
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                           C A P Í T U L O   N O V E
“Ei, eu estava na boa antes de te conhecer Eu bebo demais, e isso é um problema Mas eu estou bem Ei, diga aos seus amigos que foi legal conhecê-los Mas eu espero nunca vê-los de novo (...) Amor, me puxe para mais perto No banco de trás do seu Rover Que eu sei que você não consegue pagar Mordo a tatuagem no seu ombro Puxe as cobertas do canto Do colchão que você roubou Da sua colega de quarto lá em Boulder Nós nunca vamos envelhecer” (Closer  – The Chainsmokers feat Halsey)
 NÃO fiz mais nada durante a tarde e o início da noite, e tampouco consegui pregar os olhos. Fui ao quarto de Ariane para contar sobre a proposta de emprego que a diretora me ofereceu, e também sobre a viagem, mas ela continuava dormindo, então não quis incomodá-la. Peguei minha mochila e coloquei algumas roupas dentro dela, poucas, pois não está certo que Gael volte no mesmo dia.
Não preguei os olhos durante o período em que estive deitada na cama. Á uma da manhã, decidi levantar e ir ao banheiro tomar um banho e me arrumar. Nós viajaríamos às três da manhã, mas eu não queria ficar rolando na cama segurando a minha ansiedade. Não sabia também se iria mesmo viajar. Quero dizer, uma parte de mim quer muito ir a capital e rever meus amigos. Estou morrendo de saudade deles. Mas outra parte quer ficar o mais longe possível de Gael, e passar cinco horas dentro de um carro com ele não vai me ajudar. Tentei convencer Catarina a ir conosco, mas ela disse que não podia, porque Ariane ainda estava doente e ela iria ficar no seu lugar na escola, caso precisasse, mas no fundo eu suspeito que ela deseje mesmo que eu fique um tempo sozinha com seu irmão. Só pode estar querendo me torturar. Enquanto eu pensava se descia pra esperar por Gael na sala, ou se ficava e desistia de viajar, ouvi três batidas na porta do meu quarto, e quando abri para ver quem é, dei de cara com Gael. — Está pronta? — Hum... estou. — Então vamos. Achando estranho demais a sua vinda ao meu quarto para me chamar, peguei a minha mochila e desci as escadas em silêncio. Entramos em seu carro e seguimos viagem, ambos sem dirigir uma única palavra. Tentei cochilar enquanto não chegávamos, visto que eu precisava dormir, mas não consegui. Quero dizer, minha mente estava cansada, mas meu corpo parecia ter levado um choque. Eu não conseguia sequer fechar os olhos por mais de um minuto. O sol já havia nascido quando paramos em um restaurante para tomarmos nosso café da manhã. Fui ao banheiro antes de me juntar a Gael. Olhei-me no espelho do banheiro quando fui lavar minhas mãos. Eu parecia um zumbi. Os cabelos estavam assanhados, estava pálida e havia manchas escuras ao redor dos meus olhos. Tentando melhorar a minha aparência, passei um batom rosa que tinha na minha bolsa de ombro, belisquei as bochechas para ficar mais corada, embora tenha sido em vão e amarrei os cabelos em um coque. Dane-se! Eu preciso dormir. Gael encontrava com os cotovelos sobre a mesa e o queixo apoiado em suas mãos quando voltei. — Já fiz o pedido, espero que não se importe. – falou. Olhei para ele quando me sentei, mas os óculos escuros que usava me impediram de ver sua expressão. — Não me importo. Busquei meu celular na bolsa para mandar uma mensagem para os meus amigos. Vou contar-lhes que estou a caminho, vão ficar malucos.
“Bom dia lindo e linda do meu Brasil! Estou mandando esta mensagem, às seis e quatro da manhã para avisar que estou chegando aí daqui a pouco. Me aguardem porque quero matar a saudade por algumas horas.” — Você colocou batom? A voz de Gael tomou a minha atenção. Enviei a mensagem rapidamente e olhei para ele, com certeza ficando vermelha por ele ter percebido isso. Falei a primeira coisa que me veio na cabeça. — Eu procurei por uma manteiga de cacau na bolsa e não achei. Meus lábios estão feridos. – dei de ombros para parecer que não era nada demais. Porque realmente não era. — Você precisa parar de morder a sua boca. Encarei-o boquiaberta. Ele tem prestado atenção em mim, mas finge que não. — Como você... Fui interrompida pelo garçom que trouxe o nosso pedido tipicamente nordestino. Café, leite, macaxeira, cuscuz, ovos e até carne assada. É bem a cara de Gael pedir tudo isso. Servi-me de café, macaxeira e ovos e tentei comer sem parecer que ia colocar a comida pra fora a qualquer instante, mas estava impossível, porque mesmo sem ver, eu tinha certeza de que ele me observava por trás de seus óculos. — Você só vai comer isso? – perguntou-me. Assenti. — Mas você come muito mais em casa. — Andou reparando em mim? – encostei meu queixo em minhas mãos, exatamente como ele estava minutos atrás. Gael não disse nada, seus ombros ficaram eretos e ele baixou a cabeça para comer. — Não estou com muita fome hoje. Ele assentiu. Não conversamos mais durante o nosso desjejum. Ao terminarmos, ele pagou a conta e voltamos à pista. Desta vez eu fechei os olhos e consegui dormir. Quando acordei, senti a mão de Gael nos meus ombros. Pisquei algumas vezes e vi que o carro já estava parado. — Onde você vai ficar? – ele perguntou, mas fiz uma careta. — Onde fica a faculdade que você estudava? Posso te deixar lá, e quando terminar de resolver o que eu vim resolver, passo para te pegar. — Ah. – mordi a boca. – Não, não precisa me deixar na faculdade. Vou para a casa de um amigo. Ele retirou a mão do meu ombro e olhou para frente. — Posso pegar um táxi, não precisa se incomodar. — Não. Mostre-me como chego lá. De todo jeito terei que saber para te buscar na hora de voltarmos. Ensinei o caminho e meia-hora depois eu estava em frente a casa de César. Gael pediu o número do meu celular para ligar quando estivesse em frente a casa dele. Agradeci a carona e desci do carro. Toquei a campainha e logo a empregada abriu a porta. — César está? — Ainda está dormindo. — A essa hora? — Sim. — Bom, vou lá acordá-lo. Joguei minha mochila na sala e corri até o corredor, parei em frente a segunda porta e bati com força, porém não saiu nenhuma resposta de dentro do quarto. Abri a porta sem cerimônias e dei de cara com César dormindo só de cueca e de bruços. Pulei em cima dele e fui derrubada no mesmo instante. — QUEEE? – ele começou a falar assustado, mas depois que me viu no chão rindo, seus olhos se arregalaram. César esfregou os olhos e depois piscou algumas vezes, como se não acreditasse que eu realmente estivesse em quarto. — Oi migo!!!! – levantei. — Isso são horas de dormir? — Lu? – levantou-se – É você mesmo ou estou sonhando? — Sou eu seu besta. – sorri. – Até mandei mensagem no nosso grupo, mas nem você e nem a Camille me responderam. Agora sei o motivo. — Ai meu Deus, a Milla vai pirar quando souber que você está aqui. — Vai mesmo. — A propósito, o que faz aqui? — Nossa, que jeito ótimo de me dar as boas vindas e dizer que estava com saudade! – coloquei as mãos na cintura. César balançou a cabeça e me deu um abraço apertado. Apertei sua bunda em resposta e ele me deu um tapa no ombro. Ah como eu sentia sua falta! — Tá ficando gostoso hein? – passeei meus olhos por seu corpo. — Sai daí sua tarada! Meu amigo caminhou até a porta e pegou sua toalha, que estava pendurada. Antes de entrar no banheiro do seu quarto, ele tornou a falar. — Você ainda não me disse o motivo da sua visita inesperada. — Eu vim pegar a minha transferência e os meus livros. — Ah. – fechou a porta do banheiro. — Não peguei seus livros. — O quê? Não acredito! — Estou brincando, Lu. – sua voz veio abafada e ouvi o som de um chuveiro sendo aberto. — Eu peguei alguns. Não deu para trazer todos, você tem muitos. Gargalhei em resposta. — Acho que vou ligar pra Milla enquanto você toma seu banho. — Boa ideia.
 Depois de almoçarmos em um restaurante chinês, César, Camille e eu saímos a passear pela cidade. Queríamos mesmo era parar em algum barzinho e beber todas, mas não podia fazer isso. Também não demoramos muito, pois começou a garoar e voltamos para a casa do meu amigo. Foi melhor assim, pois a qualquer momento Gael ligaria e eu disse que estaria na casa de César. Não quero que ele atravesse a cidade para me pegar. Às três da tarde, já no apartamento do meu amigo, peguei a caixa que César guardou os meus livros, e a minha transferência, e coloquei junto a minha mochila, para não esquecer quando eu for embora. Aproveitando que havia levado roupa limpa, tomei banho, pois estava suada de tanto andar. — Queria tanto que você ficasse essa noite aqui. — Eu também, Camille. — A gente podia ir para faculdade, pra você matar a saudade da sua turma, e depois irmos beber. — Seria legal. Mas acho que irei embora hoje. — Você disse que não tem certeza. — E não tenho. Mas não posso arriscar. Meu amigo entrou em seu quarto assim que vesti a minha camiseta. Não que eu me importasse, César não me olha com más intenções, estamos tão acostumados a nos ver de roupas íntimas que é como se fôssemos irmãos. — Meninas, o brigadeiro já está pronto. Que filme nós vamos assistir? — Que tal “Quando as luzes se apagam?” – sugeriu Camille enquanto caminhávamos para a sala. — De jeito nenhum. – falei. – Esse filme é uma piada. — Você já viu? — Gastei vinte e seis reais pra ver no cinema, e nem sequer tive um mini ataque do coração. — Então iremos assistir qual? — Invocação do Mal. — Credo! Esse filme é baseado em fatos reais. — Isso que é bom! – sorri. — Vamos maratonar o um e o dois. — Não sei se quero ver esse. — Não seja tão mole, Camille.
Enquanto assistíamos ao primeiro filme (César e eu, porque nossa amiga passou o filme inteiro com as mãos tapando o rosto) comemos pipoca e brigadeiro. Tenho certeza de que engordei pelo menos uns dez quilos. Já na metade do segundo filme, tirei as mãos da minha amiga porque estava chato demais ter que assistir ao filme sozinha (César pegou no sono). — Não quero assistir. Tenho medo e de noite dormirei sozinha. — Ah claro, não só você como nós dois também dormimos sozinhos. Pelo amor de Deus, Milla, é só um filme. Ela me olhou de cara feia e tenho certeza que foi por causa do seu apelido. — Um filme baseado em fatos reais. — E daí? – revirei os olhos. – Você acha mesmo que um demônio vai se ocupar a vir te assombrar de noite? — Acho sim. – ela tapou os olhos novamente. — Ah claro, você é tão exclusiva. Ela me deu a língua e voltou a tapar os olhos. Senti meu celular vibrar no bolso do meu short e peguei-o para ver o que era. Era um SMS de Gael, avisando que já estava do lado de fora da casa do meu amigo à minha espera. Olhei a hora no celular, já era quase noite. — Preciso ir. – falei levantando do sofá. — Pra onde? – Camille perguntou. — Gael está me esperando aí fora. – acordei meu amigo para nos despedirmos. — Quem? — Gael. O cunhado da minha irmã. Vim com ele. Peguei minha mochila e a caixa com a minha transferência e meus livros e sai acompanhada dos meus amigos. Entreguei a caixa a Gael para ele guardar em seu carro enquanto me despedia dos meus amigos. Camille foi a primeira. Meus olhos estavam mareados quando fui falar com eles, era impossível esconder a saudade que eu já estava sentindo. — O cunhado da sua irmã é um gato. – ela sussurrou no meu ouvido e eu sorri. — Vou sentir saudades. — Eu também. Nos abraçamos mais uma vez e dei-lhe um beijo na bochecha. Quando fui abraçar o meu amigo, já não podia segurar as lágrimas que caiam dos meus olhos. — Não chora sua boba! – ele pediu secando uma. — É impossível não chorar. Não sei quando verei vocês novamente. Abracei-o e escondi meu rosto em sua camisa a fim de evitar um soluço. — Prometo que daremos um jeito de ir te visitar. – ele me apertou mais forte. — Promessa é dívida hein? – sorri. César apertou a minha bunda, assim como fiz quando nos reencontramos. Deixei escapar uma risada e soltei-me dele, que piscou para mim com um sorriso no rosto. Entrei no carro e acenei. Meus amigos ficaram na calçada observando-me até o automóvel virar a esquina. Depois disso, sequei as lágrimas mais uma vez e tentei olhar a cidade. E de pensar que ainda ontem cogitei a ideia de não viajar com Gael. Ter visitado meus amigos foi a melhor coisa que fiz. — Era seu namorado? – ele quis saber. — Hã? — Aquele garoto é seu namorado? — Não. – balancei a cabeça. – Somos amigos. — Amigos bem íntimos. Olhei para ele sem entender o motivo do comentário. Gael ligou o rádio e começou a cantar a música, que eu não conhecia. — O que você quer dizer com “íntimos”? — Quero dizer que são íntimos, só isso. — Somos. – dei de ombros. – Ou vai me dizer que você não tem amigos assim? — Que apertam a minha bunda não. — AAAAAAH. – balancei a cabeça vagarosamente antes de olhar para ele novamente. – Está com ciúmes? Gael me observou por um longo tempo, considerando o fato de que ele estava dirigindo. Sua testa estava franzida e sua boca estava fechada em uma linha fina. — Porque eu teria ciúme de você? Bufando de raiva virei minha atenção para a cidade. Não demorou muito e já estávamos pegando a pista. Encostei-me no banco procurando uma posição agradável para dormir durante a viagem. — Se quiser pode deitar o banco. — Obrigada, mas estou bem assim.
 Acordei com o barulho do carro estacionando. Olhei ao redor e vi que já era noite, e que também chovia mais forte. — O que aconteceu? – perguntei. — Acho que não consigo dirigir. – Gael respondeu com a voz trêmula. — Não está enxergando? — É. — Quer que eu dirija para você? Podemos parar em um hotel e seguir viagem amanhã. — Não posso. Ele encostou sua cabeça no volante e agarrou-o com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Engoli em seco e desliguei o rádio, tomando sua atenção toda para mim. — Preciso chegar em casa hoje. – ele balançou a cabeça. – Joaquim não dorme bem sem mim. Ele tem pesadelos desde que ela se foi. Seus olhos pareciam tristes. Queria ajudá-lo, mas não sabia como. Queria dizer-lhe que Joaquim ficará bem, mas não tenho tanta certeza. E queria dizer-lhe que tudo ia ficar bem, mas não acreditava nisso. Ele só me disse que não consegue dirigir porque não está enxergando a pista por causa da chuva, mas meu coração me diz que ele está me escondendo mais alguma coisa. Inconscientemente, passei a minha mão por seu braço, esfregando-o bem em cima da sua tatuagem. Gael me estudou por um momento, antes de falar. — Isso é loucura! — O quê? – não entendi o que ele quis dizer. — Você. — Ele puxou o meu lábio inferior que estava preso em meu dente. — Eu não sei o que você tem que me enlouquece tanto.
E antes que eu pudesse responder, sua boca veio de encontro a minha. Abri espaço para que sua língua entrasse em minha boca e foi o que ele fez. Puxei seus cabelos no momento em que ele abaixou o assento para que eu pudesse ficar deitada e se posicionou sobre mim. Senti-lo ereto em meus quadris fez meu baixo ventre se contrair com uma deliciosa sensação que até então era desconhecida para mim. Enquanto nos beijávamos, puxei seu cabelo com força, fazendo-o soltar um gemido baixo que foi abafado com nossos beijos. Sua boca desceu para o meu queixo, traçando leves beijos até a orelha, enquanto uma de suas mãos apalpava meu seio coberto com a camisa. Gemi de prazer. — Acho que estamos ficando loucos. – ele disse, voltando com a trilha de beijos, desta vez descendo para o pescoço. — Hum... Era só o que eu conseguia falar, já que pensar estava fora de hipótese. Só quando a sua mão tentou levantar a minha blusa, eu percebi a insanidade que estávamos fazendo e então elevei o meu corpo, fazendo-o parar de me beijar. — Estamos no meio de uma BR... — Na verdade eu estacionei o carro. — Você entendeu. Gael tentou sorrir, mas seu sorriso sumiu no momento que ouvimos o barulho de um trovão. A chuva não ia parar tão cedo e era melhor continuarmos nossa viagem ou pararmos em algum hotel. — Gael, a chuva está aumentando. Eu acho melhor continuarmos ou pararmos em algum lugar. — Mas Joaquim... Peguei em sua mão. — Joaquim ficará bem esta noite. Vamos procurar um lugar para dormir e amanhã bem cedo seguimos viagem. — Está bem. Você pode dirigir? — Claro.
Espero que estejam gostando da web <333 Como eu disse, dependendo de como seria o retorno da história, eu continuaria postando por 3 dias na semana, mas já que vi que está sendo ao contrário, a partir da próxima semana postarei apenas em um dia.  Domingo trago o spoiler e a data que postarei neste mês de setembro! Um beijão e até a próxima semana! :*
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Capitulo 26
Thiago acordou com Louise o cutucando. Ele abriu os olhos e olhou para a noiva que estava rindo. - Que foi? - Thiago perguntou um pouco confuso. - Já é de manhã? - Ela assentiu. - Quase oito, amor. - Ela deu um beijo nele e se levantou da cama. - Vai querer tomar café da manhã? - Não. - Ele negou e correu até o banheiro. Thiago se arrumou e olhou para seu celular, ainda sem mensagens ou ligações. Ele pegou suas coisas de trabalho e se despediu do filho e da noiva. Thiago caminhou até seu carro e dirigiu até o prédio onde trabalhava. Ele estacionou o carro na garagem e levou as coisas para o trabalho. Thiago estava abrindo sua sala quando Alice chegou. - O João deixou uma mensagem pra você. - A secretaria avisou. - Disse que vai chegar tarde porque passou a noite com a namorada. - Thiago ficou sem saber o que dizer e apenas assentiu, entrado na sala. Thiago sentou em sua cadeira e tentou organizar a pauta do trabalho. Ele tentou ignorar sua preocupação com a amante e ouviu a porta sendo batida. A porta se abriu e João apareceu sem a roupa de trabalho. - Bom dia, maninho. - João sorriu para o melhor amigo. - Cadê sua roupa de trabalho, João? - Thiago perguntou sério. - Como você quer trabalhar sem seu uniforme? - Foi mal. - O outro se desculpou. - Eu passei a noite com a minha mulher e esqueci de levar roupa. - Também esqueceu de terminar o trabalho que eu pedi, né? - Ele encarou o amigo. - Eu só quero que você tenha mais responsabilidade. - Relaxa, Thiago. - João rolou os olhos. - Eu tô num dia bom. Vou até ignorar o que você me disse agora. - E tá feliz por que? - Thiago se irritou. - Por não ter terminado a porra do trabalho e ido se encontrar com a Mariana, aposto né? - Porque meu relacionamento tá cada vez melhor. - João disse de forma debochada. - Cada vez mais quente e mais único. - Como assim? - Thiago ficou sem entender. - O sexo tá cada vez melhor. Ontem, então... Pegou fogo e foi por isso que eu não vim de roupa de trabalho, amigo. - João se justificou. - Passei a noite fazendo coisas melhores que pensar em trabalho. Ela tá cada dia mais gostosa, mais fogosa e eu me apaixono cada vez mais por ela. - O outro riu. - Que bom. - Thiago fingiu desinteresse. - Felicidades ao casal, mas será que você poderia ser mais responsável? - Pode deixar. - Ele piscou um dos olhos para o amigo. - Ontem ela passou mal, tadinha. Aí eu cuidei dela direitinho. Ela nem lembrou que tava passando mal quando a gente terminou. - Não quero saber dos seus relatos sexuais com a Mariana. Vai trabalhar. - Thiago forçou uma risada. - Ou pelo menos, finge que trabalha direito. - Sim, sim, chefinho. - João debochou e saiu da sala. Ele fechou a porta e Thiago jogou a pauta longe. - Filho da puta do caralho! - Ele esbravejou e jogou a caneta na parede com força. Thiago trancou a porta de sua sala e pegou seu celular. Ele viu o número de Mariana nas chamadas recentes e ligou para ela. Demorou um pouco, mas Mari atendeu. - Caralho. - Ele disse assim que percebeu que ela tinha atendido. - Eu passei a porra da noite inteira preocupado com você por aquela mensagem, sem poder te ligar e você tava transando com ele na sua casa? Palmas pra você, Mariana. - Thiago despejou a raiva que estava sentindo. - Um bom dia pra você também, Thiago. - Ela debochou. - Vai tomar no cu! - Ele disse ainda mais irritado. - Eu passei a noite achando que ele tinha te batido ou te estuprado e você tava dando porque queria. Obrigado, Mariana. - Thiago, ele é meu namorado, o que você tem a ver com isso? - Ela questionou com a voz calma. - Eu acho que você tá querendo exclusividade onde não tem que ter. - Olha... - Ele tentou dizer alguma coisa, mas a raiva era maior. - Por que você tá fazendo isso comigo? - Eu cansei. - Ela disse e desligou a ligação.
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