Contato Imediato de Quinto Grau
Sinopse: É o contato mais íntimo entre humanos e extraterrestres. O observador chega a entrar no óvni, voluntariamente ou não. Se for à força, fica caracterizado um seqüestro, chamado na ufologia de abdução.
Palavras: 6.1k
Gênero: Smut; fluff; songfic; sci-fi. Yeosang + reader
Música: Equalize - Pitty (https://www.youtube.com/watch?v=x7WHL-o5tMo)
20:35
A chuva invernal caía do lado de fora e você estava preocupada porque não queria outra queda de energia. Toda vez que chovia era a mesma coisa. Algum pinheiro caía sobre qualquer torre e a luz acabava, a distribuição de água era cortada, a internet caía. Era sempre assim, mas você não cogitava a ideia de se mudar. Viver na encosta das montanhas poderia ter seus problemas, mas uma chuvinha como aquelas não iria fazer você mudar de ideia. Prince estava em seu colo, aconchegando- se e miando cada vez que você tentava se mexer em cima do sofá, ou cada vez que um raio caía durante a tempestade.
-Shhhh Prince, a chuva já vai passar...
Você alisava as costas peludas do gato, e o ronronado do bichano, agradável, te fazia manter a calma toda vez que as luzes piscavam. De súbito, um clarão irrompe através da sua janela frontal e um barulho alto, como uma explosão, ecoa em seus ouvidos. Prince pula do seu colo, e você grita, assustada. A luz havia caído.
-Caralho, que susto! - Você se recompõe e tateia pelo chão, procurando seu celular. - Droga, sem sinal... só me faltava essa!
Você levanta e liga a lanterna do celular, indo até a janela para ver se a luz do vizinho também havia caído, mas alguma coisa chama a sua atenção. Havia alguma coisa no asfalto, provavelmente um animal caído, você não conseguiu identificar por causa da distância. Mais um relâmpago e com o clarão, você consegue ver que o que está caído na estrada em frente à sua propriedade não era um animal, e sim um ser humano. Aparentemente havia um homem caído na estrada.
-Meu deus, tem um cara desmaiado na chuva!
Você fica em dúvida se deveria ligar para a polícia, ou para uma ambulância, mas ao encarar a tela do celular e ver que ele estava sem sinal, a primeira coisa que você pensa é em sair na chuva para verificar se aquela pessoa estava viva. Provavelmente havia sido atropelada e deixada para morrer na estrada. "coitado!" você murmura, indo pegar a capa de chuva e calçar as galochas para poder verificar. Claro que você levaria alguma coisa para se defender, caso fosse algum criminoso ou coisa do tipo, por isso escolheu um espeto da churrasqueira para levar consigo.
Você abre a porta da varanda e encara a chuva torrencial, com uma lanterna em uma das mãos e um espeto de churrasco na outra. O corpo continuava caído na estrada, imóvel.
-HEEEEEEY! VOCÊ ESTÁ BEM?- Você concentra todas as suas forças para gritar, mas o barulho da chuva parece ser mais intenso que sua voz. Você sabe que precisa chegar mais perto. - Droga, vou ter que ir lá...
Seus pés afundam no gramado encharcado da frente da sua casa, os pingos grossos da chuva caem por cima da sua capa e seu rosto já começa a molhar. Você chega um pouco mais perto e o breu da estrada faz seu coração pular para a garganta. Você só pensava que não havia sido uma boa idéia sair para ver se o desconhecido estava bem, mas mesmo assim você se aproxima o suficiente para cutucá- lo com aquele espeto.
-HEY, VOCÊ ESTÁ BEM?- Você o cutuca na perna, e o corpo é maior do que você pensava. Você aproxima a luz do rosto daquela pessoa e, para a sua surpresa, aquele rosto era de um rapaz, de feições quase angelicais. Você se impressiona com a beleza dele, os pingos de chuva batiam- lhe as bochechas e os lábios, os olhos fechados eram escondidos pelos fios de cabelo que caíam grudados na testa, ajudando a verter a água da chuva que ali caía. Ele vestia uma espécie de uniforme, um macacão inteiriço, e botas pretas. Você o cutuca mais uma vez e ele parece se mexer. - Hey!
Lentamente, o rapaz à sua frente começa a mexer o braço e abre os olhos, pequenos, trêmulos com a chuva. Ele olha para você, confuso, tirando os fios de cabelo do rosto. Você o encara em meio à escuridão e vê que ele tem um corte na têmpora, provavelmente causado por algum impacto. Talvez ele realmente tivesse sido atropelado. O desconhecido senta e você entrelaça seu braço no dele, o trazendo para si e fazendo com que ele se levante. Ele é alto, e ao se levantar o corpo dele arqueia, falho, e ele coloca as mãos atrás do pescoço, tirando logo em seguida e uma mancha vermelha escorre pelas suas mãos pálidas, iluminadas pela luz do seu celular.
-Vamos entrar, você está machucado!
Você o apoia em seu ombro e tenta ajudá- lo a caminhar até a entrada da sua casa, cambaleando pela grama molhada. Ao entrar, você o leva direto para o banheiro, puxando a toalha que está pendurada no box, para secá- lo e cobri- lo um pouco.
-Você foi atropelado? - Seu rosto ainda está molhado e o sangue em sua têmpora para de escorrer, então você vê o local onde um golpe havia sido desferido. - Alguém bateu em você? Você foi atropelado?
Você o senta em cima da privada e abre o armário, pegando o kit de primeiros socorros. Como a energia havia caído, você não consegue enxergar muita coisa além do que a lanterna do seu celular é capaz de mostrar.
-O- onde...- O desconhecido começa a falar e a sua voz rouca lhe parece agradável.- ... quem é você?
-Não precisa se assustar, eu me chamo S/N e você está na minha casa. O que houve com você? Você se lembra?
Ele levanta de onde está e a força que ele faz é muita, e ele acaba sentando depois, com as mãos no pescoço. Ele geme de dor e você se volta para ele.
-Você também está ferido nas costas, deixa eu ver, eu já trabalhei na Cruz Vermelha, não precisa se preocupar.
Você deixa o celular em cima da pia e se abaixa para tentar enxergar onde exatamente ele está ferido e é quando a luz volta, e o clarão repentino faz você e o rapaz cobrirem o rosto com a mãos. Um miado vem da entrada do banheiro e você olha para Prince, com o rabo cinza ondulando e as orelhas baixas, encarando o estranho sentado em seu banheiro
-Esse é o Prince, ele não vai morder você. Agora que a luz voltou, deixe- me ver onde você está ferido.
Ele abre o zíper do macacão e começa a tirar os braços, ele usa uma regata branca por baixo, e assim que a parte de cima do macacão cai das suas costas, você vê a mancha vermelha atrás do seu pescoço. Você o toca e ele geme de dor, assustando Prince e o fazendo correr dali.
-Você sangrou bastante, mas não vai precisar de pontos. Vou desinfetar e você vai tomar um banho quente, ok? - Ele apenas balança a cabeça, concordando. Você higieniza o corte no pescoço, quase na nuca e que mais parece um furo, na têmpora e logo depois entra no box, ligando o chuveiro.
Você agita as mãos quando vê ele tirando a roupa na sua frente e não consegue evitar uma espiada de canto. Ele deveria ter pouco menos de um metro e oitenta, magro, mas os braços e os ombros são definidos. Provavelmente ele vinha da base militar, a alguns quilômetros da encosta. Ele possui uma tatuagem no peito, uma série de números logo acima dos mamilos: A7332. Você você vira o rosto rápido quando ele percebe que você está olhando.
-Deixa sua roupa no chão que eu coloco na máquina, vou trazer algo para você vestir.
Rapidamente você sai do banheiro para seu quarto, a fim de achar alguma roupa que servisse no desconhecido. Você ainda murmura que não havia sido uma boa ideia ter trazido um estranho para sua casa, mas ele estava ferido e você não deixaria ele sangrando a noite toda na chuva. Prince pula na cama e mia pra você, ele também está assustado com a presença atípica. A chuva havia diminuído um pouco, o que fez você repensar em ligar para a polícia.
-Só vou fazer os curativos nele antes...
Ao abrir a porta do banheiro, você vê as roupas dele amontoadas no chão e as coleta, deixando a roupa seca em cima da privada. A água do chuveiro para e o estranho sai, aparecendo completamente nu através das cortinas do box. Você solta um gritinho e joga uma toalha para ele.
-Me desculpe...- Ele se cobre enquanto você fica de costas, tentando não pensar na imagem que havia acabado de ver.
-Eu vou colocar suas roupas na máquina, espero que não se importe em vestir minha camisola, acho que é a única coisa que servirá em você. Deixa eu ver seu corte, vou fazer o curativo.
Ele senta novamente na privada e você consegue visualizar melhor a ferida. Era uma perfuração, e você pressionou forte para ver se ainda estava sangrando.
-Aiiiiii!- Ele reclama e se contorce.
-Não está mais sangrando, que tipo de machucado é esse? Você se feriu como?
Um silêncio se fez presente enquanto você ajusta o curativo, primeiro em sua nuca e depois um menor em sua têmpora, e você nota que ele tem uma mancha avermelhada que vai até o canto externo do olho dele. Ele parece distante, mas você consegue perceber as batidas em seu peito, aceleradas.
-Que dia é hoje? - O estranho pergunta.
-Quarta feira, dezenove de novembro de dois mil e vinte e cinco.
-novembro...- Ele murmura, repetindo para si mesmo as suas palavras.
-Você vai me dizer onde se machucou assim? Ou pelo menos o seu nome já estaria de bom tamanho...
-Yeosang. Meu nome é Kang Yeosang.
-Hum, diferente. Você não é daqui, né?
-Yeosang balança a cabeça em negação.
-Você é boa ou má?
A pergunta dele te deixa confusa. Que tipo de pergunta era aquela? Ele falava como uma criança, balbuciando devagar e cuidando para que nenhuma sílaba fosse pronunciada erroneamente.
-Eu acho que sou boa, Yeosang. Não sei, mas isso é uma questão de perspectiva, não é?
Yeosang não responde, ele permanece calado enquanto você junta as coisas dele novamente do chão. Você tira um pequeno objeto de dentro de um dos bolsos e assim que ele percebe, ele o toma da sua mão com voracidade. É um aparelho redondo, com alguns botões e um marcador digital. Uma espécie de cronômetro.
-Droga! Quebrou!
-Você quer consertar? Talvez eu tenha algumas ferramentas...
-Nós estamos em novembro de dois mil e vinte e cinco mesmo?
-Sim... - Você estranha a pergunta novamente e ele parece meio aflito. Na verdade ele puxar o aparelho da sua mão e perguntar novamente se a data estava certa a deixam desconfiada. - Não vai me dizer que você é tipo um viajante do tempo ou coisa parecida...- Você começa a rir, mas para quando vê que ele não está rindo junto.
-Sim. Eu caí aqui logo depois de ser atingido por alguma coisa, provavelmente algum meteorito que atravessou o meu traçado...
-Você é algum tipo de lunático? Oh meu deus... você é um viciado!? - Você fica de pé, assustada e olhando para Yeosang, se é que esse era mesmo o nome dele.
-Desculpe, humana terráquea, não queria envolvê- la nisso- ele fecha os olhos e suspira em rendição.- mas agora que você já sabe o meu nome, então creio que a melhor coisa é contar pra você quem eu sou.
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22:15
-Ok, ok. Deixe ver se eu entendi. Então você é Kang Yeosang, um recruta do planeta "Eden" que veio auxiliar no resgate de Kim Hongjoong, preso naquela base militar, mas por algum erro de cálculo ou um objeto estranho, você foi jogado para fora do trajeto, o que acabou afetando as coordenadas temporais e você caiu onde deveria cair, mas três meses antes. É isso?
-Precisamente.- Yeosang concordava, com Prince em seu colo e vestindo sua camisola rosa das meninas super poderosas.
-E você realmente acha que eu vou acreditar nisso? Você deve ter sido atropelado e a pancada na sua cabeça afetou seu cérebro!
-Eu estou falando a verdade, humana. Por quê não acredita?
-Pra começar, você também me parece bem humano! - Você levanta da mesa, tentando achar mais argumentos para rebater Yeosang.
-Nunca disse o contrário! Eu sou um humanoide também, talvez a única diferença é que meu povo é muito mais evoluído que o seu. Vocês não conseguem nem se comunicar com seus animais de estimação...- Ele afagava as orelhas de Prince, que estava cada vez mais aconchegado em seu colo.
-Ah, e vocês falam com gatos, claro...
-Nos comunicamos por telepatia com os animais, mas em Eden não existem gatos, apenas Hehets...
-Hehets?
-Sim, são pequenos mamíferos ovíparos, adoráveis, minha irmã tem quatro deles...
-O que você precisa consertar pra ir embora daqui?
-Não está gostando da minha companhia, humana?
-Você poderia parar de me chamar assim? Meu nome é S/N.
-S/N...- Ele ri, e você observa o rosto dele mexer, as bochechas salientes e os dentes perfeitos a fazem arfar. Ele era adorável. Um lunático adorável. - ... os nomes terráqueos são horríveis!
-Bem, senhor Kang Yeosang, a julgar pelo seu bom humor, parece que você já está recuperado, não é? Todas as minhas ferramentas estão nessa caixa, use o que precisar para consertar seu "aparelho".- Você entona a voz na palavra, como se estivesse falando sem acreditar.- Eu já fiz seus curativos, suas roupas estão secando e você está debaixo do meu teto se protegendo da chuva. Já fiz a minha boa ação do dia! - Você levanta da mesa, pegando Prince no colo, que não aprova sua ação e sai correndo em direção à cozinha.
-E você tem minha completa gratidão, senhorita S/N! - Yeosang se levanta e segura seus ombros com as duas mãos. - Vou mencioná- la em meus relatórios e você poderá visitar Eden quando quiser! - Ele sorri enquanto olha fixamente pra você, o que te faz ruborescer. Um barulho interrompe o contato visual e Yeosang segura a barriga.
-Você ainda está sentindo dor?- Você fala, aflita.
-Não, eu só estou com fome. Você não tem nenhuma barrinha nutritiva aí?
-Aqui não tem nenhuma comida alienígena, vou preparar alguma coisa congelada enquanto você tenta consertar suas coisas. Com licença.
Você sai da sala tentando compreender o que havia acabado de acontecer. Aquela história que Yeosang contou parecia mais uma invenção para lhe esconder a verdade. Talvez ele fosse realmente um recruta, mas da base militar, talvez ele tenha descoberto alguma coisa e fugido, talvez algum crime. Poderia ser qualquer coisa, porque crer que ele era um alienígena era uma ideia muito estapafúrdia. Você serve ração para seu gato enquanto as asinhas de frango congeladas estão assando e percebe que havia deixado o garoto na sala, sozinho. E se ele roubasse alguma coisa? Ou pior, se ele fugisse dali enquanto ainda está chovendo e usando a sua camisola? Ele não batia bem, ao menos você havia se convencido que não.
-Escuta, senhorita S/N, eu não sou lunático, eu realmente estou lhe contando a verdade.
Yeosang aparece na entrada da cozinha, do nada, e você grita, assustada. Seu coração acelerado quase salta pela boca.
-Eu estava falando em voz alta? Eu tenho certeza de que estava pensando, e não falando...- Você fala olhando para ele, confusa, com o cenho franzido.
-Eu estava me comunicando telepaticamente com você, mas seu cérebro é muito resistente aos impulsos eletromagnéticos.- Yeosang continua explicando e gesticulando com as mãos. - o subconsciente dos humanos ainda é muito primitivo. Sua mente só captou as palavras "fugido" e "crime" das minhas ondas. Mas eu ouvi seu pensamento e posso assegurar que estou falando a verdade.
- Se você é um alienígena então me diga, onde é que está a sua nave?
- É o que eu vou tentar descobrir, mas preciso consertar meu dispositivo. Eu fui ejetado quando entrei na estratosfera, e caí aqui. Três meses antes do que eu deveria. Minha cápsula possui sistema anti invasão, mas eu não sei quanto tempo a bateria emergencial aguenta. Eu tive que arrancar a conexão delphos do corpo, por isso o furo que você cobriu entre o pescoço e a nuca. Na cabeça eu creio que foi a queda.
-O que é conexão delphos?
-É o cabo orgânico que nós usamos para nos conectarmos com as máquinas, óbvio! Vocês não possuem um, não?- O rosto de Yeosang franziu quando percebeu sua expressão de confusão no rosto.
-Eu acho que estou em um pesadelo, não pode ser possível...- Você percebe que Yeosang realmente fala a verdade, porque um súbito calafrio lhe atinge a espinha. Algo que você não havia sentido antes.
-Você conseguiu sentir isso?- Ele pergunta, curioso, com um repentino sorriso no rosto e apontando com o indicador para cima.
-O que foi isso? O que você fez? Foi outra comunicação por telepatia?
-O seu corpo conseguiu captar as ondas que eu estou emanando, algo que você chamaria de "pressentimento". Seu instinto sabe que pode confiar em mim.
-Isso significa que você consegue compartilhar pensamentos e sensações comigo através da sua mente?
-Bem, a grosso modo é isso mesmo. E para compartilhar com as máquinas, nós usamos a conexão delphos.
Você se apoia na pia e fica em silêncio, tentando assimilar a coisa toda. Quer dizer então que todo esse tempo, desde muito antes de você nascer, provavelmente muito antes dos humanos, sempre existiu vida fora da Terra?
-Meu deus, eu sempre tive razão! O que será que minha mãe vai dizer quando souber que eu conheci um alienígena de verdade?
-Não, não, não...- Yeosang de repente havia adquirido uma expressão de total desespero.- ... senhorita S/N você não pode contar a ninguém o que você e eu vivemos durante o tempo que eu estive aqui! Por favor! Ou eu terei de apagar a sua memória...
-Então eu não posso contar pra ninguém que conheci você? Nossa, isso é tão injusto...- Você percebe que a expressão de Yeosang REALMENTE está preocupante e começa a rir. - ... calma, Yeosang, eu não vou contar, eu juro. Podemos selar um acordo se você quiser, mas eu queria saber por quê eu não posso contar...
-Esse meu acidente vai custar um bocado caro em termos de tempo, e eu não quero que meu nome apareça na Organização Interplanetária. Eu posso perder minha licença. Eu deveria apagar a sua memória, mas você tratou as minhas feridas e me ofereceu um teto, além disso a sua mente é interessante, se você contar poucas pessoas vão acreditar em você, você não passa muita credibilidade.
-Você está me chamando de louca?
-Não, veja bem, você não é culpada por isso. Que cheiro bom é esse?
Yeosang começa a procurar a origem do cheiro que sentiu pela cozinha, como um gatinho. Você ri porque ele lembra Prince quando era filhote.
-É frango, eu estou assando umas asinhas...- Você abre o forno para ver se já estavam prontas.
-Frango? Você diz, animal?
-Ah, meu deus, você é vegetariano?
-Mais ou menos.
-O que você gosta de comer?
-Barras nutritivas de vitaminas, quando estou em missão. Em casa nós comemos frutos e raízes de árvores, algumas até tem origem terráquea. Ah! Comi alguns crustáceos quando visitei a Terra da última vez.
-Bem, prove o frango e se você não gostar, tem algumas frutas na geladeira.
Você coloca o prato sobre a mesa e Yeosang pega uma das asinhas, mordendo em seguida, e a cena a entretem. Ela era tão bonito, mesmo comendo.
-Hummm! Gostei do frango- ele fala, com a boca ainda cheia e os olhos brilhando com a descoberta de um novo sabor. - talvez eu prove um hehet quando voltar pra casa...
-Você já bebeu cerveja? - Você pergunta, arqueando a sobrancelha e indo até a geladeira. - Quer uma?
-Esqueci que aqui vocês bebem outras coisas além de água- Yeosang fala enquanto ataca mais asinhas de frango. - Essa bebida vai afetar as minhas funções sinápticas e comprometer meu sistema límbico me fazendo ter um pico de cefaléia doze horas depois?
-Sim, é uma bebida alcoólica.
-Perfeito. Sempre quis provar uma dessas!
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23:08
Era divertido observar Yeosang consertando aquele dispositivo esquisito. Ele só precisou usar uma chave de fenda pequena, uma tesoura de cortar unhas e fita isolante. Praticamente um McGiver extraterrestre. Vocês estavam compartilhando mais uma cerveja.
- Acho que isso resolve até eu achar minha cápsula e pegar o dispositivo emergencial. Só preciso recarregar um pouco. Você tem algum ponto de descarga elétrica por aqui?
-Você quer dizer uma tomada? Tenho algumas...
-Preciso de uma corrente alta, a mais alta que você tiver.
-A da máquina de lavar é a mais potente. Vem comigo.
Você e Yeosang chegam até a máquina de lavar, e enquanto ele faz o que precisa você retira as roupas dele de dentro da máquina, que já estavam secas. Você observa ele arrancar a placa da tomada, os dedos pressionando a chave de fenda e movendo- se enquanto ela gira, as articulações e as veias das mãos e dos braços parecem dançar em sincronia enquanto ele mantém o rosto delicado sob um cenho franzido pressionando os lábios um no outro. "São todos bonitos assim nesse planeta?" Você pensa e é interrompida pela voz dele.
-Eu conserto pra você depois, eu prometo.
Vocês se encaram por alguns segundos, as bochechas dele estavam visivelmente avermelhadas. Os cabelos loiros, já quase secos, caíam sobre os olhos dele, e talvez fosse o efeito da bebida, mas você achou os lábios de Yeosang convidativos.
-Você pode vestir suas roupas agora, elas já estão secas. Mas olha, a mancha de sangue não saiu...- Você faz um beiço quando vê a mancha avermelhada na regata branca que estava em suas mãos.
-Se a senhorita não se importar eu prefiro ficar com esse seu traje por hora, ele é bastante confortável.
-Yeosang segura na barra da camisola e você olha para baixo. Era engraçado, a camisola ficava comprida em você, abaixo dos seus joelhos, mas para ele mal cobria as coxas. Você disfarça quando percebe as partes íntimas dele, e você sente alguma coisa estranha tomar conta do seu corpo.
-Vai demorar muito para carregar seu aparelho?
-Acho que em duas horas ele já estará apto para navegação.
-É, vai demorar um bocado. Podemos assistir televisão se você quiser.
-Se isso a deixar menos ansiosa, então vamos.
-Você continua lendo meus pensamentos?
-Não precisei entrar na sua mente para constatar isso. Você está com os lábios trêmulos, não está conseguindo manter contato visual comigo, engole em seco a cada trinta segundos, sem falar dos seus batimentos cardíacos...
-Me desculpe, não é todo dia que eu tenho a companhia de alguém de outro mundo.
-Bem, você pode aproveitar a minha companhia para saciar alguma curiosidade. O que acha? Você disse que sempre acreditou que existia vida fora da Terra, não gostaria de saber como ela funciona?
A ideia lhe pareceu atraente, você sempre tivera curiosidade em saber se realmente havia vida além desse planeta, mas ao mesmo tempo você se via diante de um impasse. Talvez você não quisesse conhecer aquele "humanoide", saber sobre sua vida, sua história. Era um daqueles momentos em que você só queria que seus pensamentos estivessem menos acelerados. O efeito do álcool em seu sangue costumava te deixar com pensamentos confusos, quando não afetava os seus hormônios. Vocês voltam para a sala, a chuva continua caindo com força e um silêncio constrangedor entre vocês dois cresce.
Yeosang senta no chão, no tapete da sala e dobra as roupas em cima da mesinha de centro. Você se segura para não perguntar nada constrangedor, e fica olhando para a tatuagem que ele tem no peito.
-Esse é o meu código de cadete, todo mundo que navega entre galáxias deve ter um desses, a sequência numérica é por esquadrão. - Ele solta um riso anasalado- Minha mente se conectou com a sua durante alguns segundos, acho que o álcool já está afetando o seu sistema límbico
De fato você já se sentia um pouco alta pela bebida. Você ri e tenta disfarçar quando sente as bochechas quentes, querendo saber por que é que você estava se sentindo daquela forma. Um trovão cai e o barulho faz seu coração parar; a lâmpada da sala começa a piscar.
-Não acredito que vai faltar luz outra vez! - Você se irrita e sobe no sofá para ver se havia algum mau contato na lâmpada, que continua a piscar. - Eu deveria ter trocado essa lâmpada antes...
De repente, a luz apaga. Tudo fica escuro outra vez, por sorte você não havia tomado um choque. Mas você permanece imóvel, em cima do sofá, e agora não enxerga um palmo diante de si por causa da escuridão ainda mais assustadora do que antes. Você toma todo cuidado para descer do sofá sem enxergar nada, e acaba pisando em alguma coisa.
-Aiiii!- Era a voz de Yeosang, você se assusta e grita também, escorregando com o outro pé no assento do sofá e indo ao chão.
Yeosaaaaaa...
Ao contrário do que você esperava, você não cai. O impacto fofo que você sente nas costas é do corpo de Yeosang, ele conseguiu pegar você antes que você chegasse ao chão.
-Você está bem senhorita S/N?- Você está deitada no colo dele agora, sem saber o que fazer. Está escuro e a única coisa que você consegue sentir nesse momento é a respiração dele, que a propósito, parece tranquila.
-S-sim...- Você firma as mãos nos ombros de Yeosang e sente os músculos dele se movimentarem debaixo do seu toque. - ... desculpa por pisar em você.
-Tudo bem, vocês não têm a visão noturna muito bem desenvolvida como nós. Além disso eu tenho reflexos muito aguçados.
Você sente o hálito de cerveja dele bater contra seu rosto e isso provoca uma onda de calor inesperada no seu corpo. Seus olhos fecham e você repete para si mesma que não está sentindo nenhuma atração física pelo extraterrestre na sua sala.
- Por quê você está de olhos fechados? Já estamos no escuro.
Seus se abrem e você faz um esforço enorme para enxergar a silhueta de Yeosang à sua frente, e sente o braço direito dele, que até então lhe segurava pelos quadris, subir e tocar sua sobrancelha com suavidade, desenhando uma e logo depois a outra com as pontas dos dedos.
-A temperatura do seu corpo subiu repentinamente.- Ele agarra seu pulso e o toca, sentindo seus batimentos.- Sua frequência cardíaca está acelerada. Sua respiração curta demais...
-Você vai continuar monitorando meu corpo?- Você pergunta baixinho, com a voz fina.
-Sua voz está trêmula. Está com medo de alguma coisa?
Ele toca seu rosto, e por um breve momento você sente como se estivesse prestes a derreter no colo dele. Você se perde em seus pensamentos e nesse momento, você sente o toque de Yeosang acariciar seu rosto, tocando as suas bochechas com o polegar e logo depois seus lábios. Sua cabeça é preenchida com um único pensamento: como seria beijá- lo?
-Sua boca está seca...
Você continua em silêncio, sem conseguir agir ou verbalizar nada. O colo dele é aconchegante, a respiração dele deixa você calma, mas aquele cheiro de álcool, o toque dele no seu rosto e a pele quente dele a deixam sem ação.
-Acho que meu sistema límbico está começando a ser afetado pela bebida também...
Antes que você pudesse responder, Yeosang aproxima o rosto dele do seu e toca seus lábios com os dele, e aquele primeiro contato deixa sua mente atordoada. Você abre minimamente o lábio inferior e sente a língua quente dele pressionar um pouco mais para que você abra a boca, você não protesta, apenas fecha novamente os olhos e sente uma corrente forte de energia ser descarregada sobre você, como se você estivesse afundando em uma panela de água fervente, mas em um bom sentido. Ele te aperta, como se quisesse te trazer mais perto, e você envolve os braços no pescoço dele, acelerando o beijo, fazendo com que a língua dele dentro da sua boca acompanhasse o ritmo que você queria. O calor começa a se tornar um incômodo para você, mas Yeosang não te solta, ele não interrompe o beijo, a mão dele passeia pelos seus cabelos, pela sua orelha, tocando sua pele com as pontas dos dedos, você nem percebe quando começa a copiar os movimentos dele, deslizando seus próprios dígitos pelos cabelos acobreados e ainda úmidos, contornando suas bochechas, o canto dos seus lábios, descendo até o pescoço e sentindo a clavícula sobresaliente dele. Ele rosna, como um filhotinho bravo, e segura sua mão, como se quisesse que você não o tocasse. Você interrompe o beijo nesse momento e fica sem graça, agradecendo mentalmente pela escuridão porque sua cara de vergonha deve estar horrível.
-Yeosang...- Você suspira, ainda sentindo os lábios dele perto dos seus.- ...eu fiz alguma coisa errada?
-Não, senhorita S/N, eu...é que...- pela primeira vez você consegue sentir algo dele, um sentimento familiar pra você, e aquela sensação que você teve quando percebeu que ele estava falando a verdade, logo quando você soube sobre ele, um pressentimento que volta a descer pela sua espinha- ... eu não deveria trocar fluidos com uma fêmea terráquea, mas você está no cio e por um instante nossas mentes se conectaram...
-Trocar fluidos com uma fêmea terráquea? E como assim eu estou no cio?
-O cheiro que você exala está afetando minha capacidade cognitiva, isso fez com que meu corpo agisse por instinto, praticamente suplicando pelo seu. - Ele enterra a cabeça no seu colo e puxa o ar- E o álcool na minha corrente sanguínea não está ajudando nenhum pouco. Mas eu entrei na sua cabeça e vi seus pensamentos enquanto trocávamos saliva, você quer isso tanto quanto eu...
-E você não pode trocar fluidos com uma fêmea terráquea?
-Eu nunca sequer beijei uma fêma terráquea antes!
-Você não gostou?
-O quê? Foi incrível, eu não sabia que humanos usavam a língua também! Mas os seus pensamentos, eles estavam meio nublados...- Ele se aproxima de você e dá um selinho na sua testa.- ... eu não quero assustá- la ou fazer algo que você não goste, só que para isso eu preciso da sua permissão para ter acesso ao seu subconsciente.
-Você tem minha permissão, Yeosang.
-Você tem certeza?
-Tenho. - Você responde de imediato, o peito subindo e descendo em antecipação.- Me mostre como vocês fazem no seu mundo...
00:23
-Você beija de olhos abertos...- Yeosang murmura entre seus lábios, após retomá- la com um beijo. Você os fecha, sorrindo e pronunciando um pedido de desculpas miado.- ...não, não, não feche os olhos- ele continua a sussurrar contra sua boca- eu consigo ver através deles...
Yeosang continua sussurrando contra sua pele, beijando seu rosto e descendo pelo pescoço, lentamente deitando você no tapete felpudo à frente do sofá. Sua visão parecia estar se acostumando à escuridão, você conseguia perceber todos os traços do rosto perfeito dele, seus cabelos caindo por cima do curativo na têmpora, talvez estivesse claro por causa da luz noturna entrando na janela frontal. Yeosang puxa a calça do seu pijama, o ar úmido e frio bate na sua pele, mas as mãos dele são quentes e passeiam pelos seus quadris, pelas suas pernas, aquecendo sua pele como se estivessem em brasa. A visão dele se materializa ainda mais iluminada do que antes, você o assiste tirar aquela camisola horrível pela cabeça, e você perde bons segundos admirando o corpo nu dele, ajoelhado bem na sua frente. Ele paira sobre você, encaixando- se entre suas pernas e a beija, com uma certa aflição, devorando seus lábios, tocando em suas curvas, roçando os quadris nos seus, friccionando exatamente o ponto que você tanto queria, provocando espasmos no centro do seu corpo. Você o aperta contra si, retribuindo o beijo e sentindo uma lufada de ar escapar dele assim que você puxa os seus lábios inferiores, sugando e mordendo em seguida. Ele geme em reclamação e os sons que vêm dele a deixam deliciada.
Você nunca havia tido uma sensação como aquela, era como se Yeosang soubesse exatamente onde tocar, onde beijar, o jeito certo de gemer no seu ouvido, até mesmo o cheiro da pele dele faziam com que o desejo por mais crescesse dentro de você. Ele se firma com um braço no tapete, ao lado da sua cabeça, e segura a barra da sua blusa com a outra, puxando- a para cima, afoito. Você tira a peça e se firma nos próprios cotovelos para encará- lo de muito perto, sorrindo ao perceber o quão claramente você consegue enxergá- lo.
-Yeosang, como você fez isso? C- como... como eu consigo ver você tão bem no escuro? - Você tentava achar as palavras certas para perguntar o que estava sentindo.
-Porque nossos corpos estão alcançando a mesma frequência.- Ele interrompeu os beijos no seu pescoço para encará- la e você toca em seu peito, desliza os dedos pela tatuagem dele, raspando de leve as unhas na pele fina das costelas. - Nossa energia está se expandido rápido... - ele avança o rosto contra o seu e você se deita sobre o tapete novamente, para que ele possa encaixar- se em seu corpo e continuar a ondular os quadris nos seus, num ritmo lento e desconcertante. - ... seu subconsciente é delicioso...- Yeosang começa a descer em uma trilha de beijos pelo seu corpo, passando entre os seios, capturando um dos seus mamilos com a boca, e com um movimento sutil da mão livre, a toca por cima da calcinha, esfregando seu clitóris, que pulsa com o contato repentino. - ... vocês terráqueos gostam mesmo de se cobrir, hein. - ele dedilha um pouco mais no seu centro e afasta o tecido com cuidado, afundando dois de seus longilíneos dedos dentro de você e selando os lábios nos seus. Você choraminga arqueando as costas no tapete, enquanto ele escorrega facilmente para dentro e para fora de você, e repete o ato em seguida, devagar. - Eu nunca havia visto uma fêmea assim como você, tão molhada e quente.- Yeosang tira os dedos de você e os coloca dentro da própria boca - Hum, o gosto do seu prazer é uma delícia, eu preciso de mais, eu quero mergulhar completamente dentro de você, me mostre o seu interior...
-Yeosang...- Você sabia o que ele queria, você podia sentir todas as suas vontades, o seu corpo sabia como se comunicar com o dele.
Você gemia e choramingava com todos aqueles toques, com língua macia dele atingido a pele do seu colo enquanto ele manipulava você com as mãos, sem nunca romper aquele contato visual tão singular, como se os seus olhos fossem um manual de instruções e ele pudesse invadir sua mente e decifrar seus sonhos através deles.
-Deixe a sua energia fruir, olhe nos meus olhos e me deixe conduzir você...
Você apenas concorda com a cabeça, puxando- o com as pernas para que ele caia sobre você e assim o contato entre ambos os corpos sacie tudo o que você precisa. Você ansiava mais do que tudo por um orgasmo, já não conseguia aguentar todas as imagens e sensações que sua mente e seu corpo produziam, seus sonhos, seus medos, seus anseios e suas incertezas, estava tudo exposto e Yeosang podia fazer o que quisesse com você nesse momento. Com desespero, você tateia o corpo dele até finalmente encontrar seu membro, completamente molhado, vertendo, e você esfrega sua palma e seus dedos, massageando-o, sentindo cada veia protuberante pulsar na sua mão, e você o conduz para dentro de si, fazendo- o afundar centímetro por centímetro, até que ele estivesse tocando tão fundo, que a sensação de que todas as conexões dos seus sentidos estivessem concentradas bem ali naquele ponto. Você o enlaça pela cintura com as pernas e o traz para perto, segurando- o pelo rosto para beijá- lo enquanto seu corpo se ajusta ao dele.
-Eu não deveria pular etapas, mas droga..! - Yeosang tentava se concentrar enquanto você o beijava - Você já está tão molhada, tão aberta, e eu não fiz nada além de beijá- la e tocá- la nos lugares certos...
É impossível trocar qualquer palavra com Yeosang nesse momento, a única coisa que você conseguia fazer era ondular os quadris em busca do atrito dele dentro de você. Você murmurava o nome dele a cada três ou quatro sílabas, lágrimas caíam pelos cantos de seus olhos enquanto você implorava para ele se mover porque era tortuoso sentí- lo ali parado, era como estar fazendo equilibrismo na beira do precipício.
-Eu já vou dar o que você quer, ok?- Ele gruda a testa na sua, olhando fundo nos seus olhos e começa a se movimentar tão devagar, como se vocês estivessem em câmera lenta.- Assim está bom? Hum?
-Yeo-sang...- você geme arrastado e ele ri, se divertindo com o seu tormento.
-Se você quer mais rápido eu preciso saber, você precisa me dizer...- ele fala baixinho no seu ouvido, só para te torturar ainda mais. - Assim está melhor? - Ele investe contra você, um pouco mais rápido do que antes, mas ainda sim num ritmo lento.
-Mais...- Você pede, soprando contra os lábios dele.- ... mais rápido...
-Seja uma fêmea educada...- Você crava as unhas na cintura dele e o puxa, ele franze o cenho e ri. - ... eu sei o que você quer e posso te dar o quanto quiser, você só precisa pedir com educação...
Y-eosang...- você o chama ainda mais manhosa do que antes- ... me faça gozar, por fa...favor! - Yeosang deixa um selar nos seus lábios antes de segurar firme em suas coxas com as duas mãos e investir contra você, violentamente.
-Oh, sim, eu vou fazer tudo o que você quiser, eu vou dar tudo o que você me pedir...- Ele continua, mais rápido e mais forte do que antes e você arqueia as costas, sentindo- se flutuar entre o tapete fofo e o corpo suado de Yeosang.
A sensação do orgasmo invade seu corpo de um jeito tão forte que você não entende se o tempo parou ou se a sua mente chegou à completa exaustão. Você vê o sorriso dele à sua frente, os olhos vidrados nos seus enquanto os dois compartilham imagens borradas, lembranças distantes e desejos do futuro. Ele a enlaça pela cintura e em um movimento rápido, joga seu corpo para cima, fazendo vocês trocarem de posição.
-Yeosang, eu não consigo... - você se sente super estimulada e a superfície da sua pele em contato com a dele é insuportavelmente quente, quase ígnea. - ... é demais!
-Um pouco mais, só um pouco mais... - Ele puxa a sua cintura, forçando- a para baixo e guiando os seus quadris porque você não consegue coordenar os próprios movimentos. - ... eu preciso de mais, baby!
Ele a puxa para perto de si e a beija, sussurrando em seu ouvido, fazendo você responder sim à tudo o que diz. O cheiro de vocês dois já se tornou um só e se espalha pelo seu corpo e pelo corpo dele, pela sala, e vocês dois gemem em meio aos trovões da tempestade que ainda caía do lado de fora. O segundo orgasmo chega e consome seu corpo desde a ponta dos seus pés, você contrai e dilata em torno da dureza de Yeosang e ele urra, como um selvagem, sentindo você tão molhada a ponto de ficar escorregadia em cima dele. Ele ergue o próprio corpo para conseguir abraçá- la enquanto atinge o próprio ápice, gemendo contra sua boca e absorvendo todos os seus pensamentos mais uma vez, substituindo pelos dele e preenchendo seu corpo com toda a sua essência.
-Deixa eu fruir com você, venha, me dê sua boca...
Vocês beijam- se enquanto desfrutam o momento avassalador em que as duas mentes atingem exatamente a mesma frequência, você tenta deixar os olhos abertos mas não consegue, imagens de diferentes galáxias viajam pela sua cabeça, o gosto da cerveja ainda se faz presente, milhões e milhões de estrelas explodem dentro de você e suas pernas tremem, apertam Yeosang como se ainda houvesse algum espaço de distância entre vocês dois. Ele segura os cabelos da sua nuca e desliza a mão nas suas costas úmidas e tenta sincronizar a sua respiração com a dele.
-Shhhhh... - Ele a segura com firmeza.- ... concentre- se nas batidas do seu coração...
Ele permanece abraçado a você, com a cabeça no seu peito, até que sua respiração volte a acalmar. A escuridão volta a preencher o seu olhar e dessa vez você não se assusta, mas sorri contra o ombro de Yeosang, maravilhada com todas as memórias que ele havia compartilhado com você.
-Preste atenção, você vai continuar recebendo minhas memórias até que seu corpo elimine os meus fluídos por completo, lembre- se disso e não se assuste...
-Isso quer dizer que eu vou continuar vendo as suas galáxias e os seus borrões esquisitos?
-Mais ou menos...- ele deita no tapete a levando junto consigo.- ... não é na primeira vez que você aprende a equalizar seu subconsciente com o de outra pessoa.
-Obrigada por me mostrar como vocês fazem em Eden...
- O prazer foi meu, senhorita S/N...
Ele deixa um selar na sua testa e encosta o queixo no topo da sua cabeça. Você adormece enquanto desliza o dedo indicador pelo seu código de cadete, devagar. "A7332"
2:25
Você acorda no sofá da sala com barulhos esquisitos, assustada e com imagens do espaço sideral povoando a sua mente. Aos poucos, começa a recapitular o sonho estranho que havia tido, onde um humano de outro mundo havia cruzado seu caminho. Prince está deitado na poltrona , dormindo tranquilamente e ronronando. Você levanta para ir ao banheiro, a chuva já havia parado, mas a eletricidade ainda não havia voltado.
-Droga, onde será que eu coloquei meu celular...
Você caminha até a cozinha e tateia em cima da mesa, onde tem algumas louças sujas e garrafas de cerveja. "Bebi demais outra vez..." você constata e sua mão esbarra no que parece ser o seu telefone. "Aleluia!" você pensa, e liga a lanterna para iluminar a cozinha. Havia um objeto estranho em cima da mesa, um pequeno cubo plástico do tamanho de uma caixinha de fósforo, com um botãozinho vermelho em uma das faces. Você o pega e aperta, como uma criança descobrindo um brinquedo pela primeira vez. Uma luz sai pela extremidade do pequeno cubo e projeta uma imagem à sua frente.
O cara esquisito do sonho?
Não havia sido sonho. O rosto projetado no ar se mexe e começa a falar.
"Você está dormindo agora e eu não quero acordá- la, porque você parece exausta. Humanos terráqueos precisam ter mais resistência física. Eu agradeço por ter sido boa comigo e ter me ajudado a consertar meu dispositivo, e obrigada por deixar eu sugar toda a energia elétrica da sua casa, aparentemente foi por isso que faltou luz. Enquanto eu recebia as suas memórias eu percebi que você esconde muito mais do que eu pensava. Você é uma fêmea interessante, gostaria de poder ter mostrado mais coisas que fazemos no meu mundo, mas você me fez pular uma etapa, portanto me sinto obrigado a marcar novamente um encontro com a senhorita, me prepare frango e me dê cerveja mais uma vez e eu ficarei feliz em mostrar a você o que mais eu consigo fazer com meu sistema límbico profundamente afetado pelo álcool. Desculpe por dizer que o seu nome é horrível, depois de dizê- lo várias vezes ele não soa tão ruim. Torça para que eu não tenha distorcido algum ciclo temporal. Obrigado mais uma vez. Ah, sim, Prince acha que você precisa sair um pouco mais. É isso."
A imagem do rapaz bonito com cabelos acobreados desapareceu enquanto o dispositivo era desativado. Você começa a recapitular o que havia acontecido olha para o seu gato, sentado na beira da tigela repleta de ração.
-Você tem razão, Prince. Eu definitivamente preciso sair mais!
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Como depilar a virilha com lâmina e não irritar a pele
Se você faz parte da equipe de mulheres que raspam suas virilhas com lâminas de barbear, você deve saber o quão terrível e doloroso pode ser fazer isso de forma errada. Pelos encravados e pele irritada e vermelha parecem ser apenas parte do pacote.
Deixe para trás a falsa crença de que a lâmina só aumenta o crescimento e a espessura do pelo porque é apenas relativo, pois o pelo sempre crescerá ao mesmo tempo.
Esta técnica de depilação pode ser aplicada em diferentes partes do corpo, axilas, pernas, etc. Mas hoje, aqui na Depila, vamos explicar como raspar as virilhas com uma lâmina de barbear para obter um resultado perfeito sem irritar a pele.
Antes de explicar como depilar as virilhas com lâmina, praticamente tudo tem vantagens e desvantagens com a depilação não é diferente. Confira a seguir.
Quais as vantagens da depilação com lâmina na virilha feminina
Uma forma mais prática e mais rápida de depilar;
Depilação sem dor;
Um método eficiente e simples;
Uma das formas mais baratas;
Podemos fazer sozinha.
As desvantagens da depilação com lâmina na virilha
Durabilidade de até 3 dias;
Como a duração é curta, é ideal fazer depilação 2 ou 3 vezes por semana;
A possibilidade de cortar é grande;
Pode causar irritação da pele e ter alergias;
Podendo encravar o pelo.
Não importa quantas desvantagens tenha, a boa e velha lâmina é a que nos salva, mesmo que não tenha durabilidade, é a maneira mais fácil, rápida e indolor de remover pelos do corpo.
Entretanto, não se trata apenas de pegar a lâmina sem pensar, você tem que ter muito cuidado e ter um bom colete na mão.
Qual a melhor lâmina para depilação feminina
Hoje em dia, você pode encontrar no mercado lâminas especialmente feitas para mulheres, que se adaptam melhor às curvas de nosso corpo para terminar os pelos nas partes mais difíceis, tais como as virilhas.
Aconselhamos não usar lâminas masculinas porque, embora sejam feitas para cortar o máximo possível, elas podem machucar, porque foi desenvolvida especialmente pelos duros da barba.
Tenha cuidado ao escolher uma gilete e pense em como você é, como você tem pelos e o que você precisa. Se preferir, você também pode escolher uma máquina com várias lâminas, que acabará seus pelos mais rápido.
Mas, como dissemos antes, certifique-se de escolher uma especificamente para mulheres, com uma cabeça oval para facilitar a depilação em áreas mais curvas, como a virilha, e com tiras usando lubrificantes para facilitar o deslizamento da lâmina sobre a pele.
Mantenha sempre a lâmina limpinha para remover os pelos com maior precisão, troque a lâmina com regularidade.
Qual momento deve fazer depilação com lâmina
Antes de falar no momento certo, é importante fazer um esfoliação é o primeiro passo para um resultado final desejável, esfoliando-o cerca de 3 dias antes.
Isto ajuda a preparar a pele para a depilação, pois remove células mortas da pele que podem impedir o desempenho da lâmina, sem mencionar a redução das chances de encravar o pelo.
Há muitas possibilidades de esfoliação e é ideal não usar um esfoliante muito agressivo, mas usar um esfoliante mais suave com propriedades hidratantes. Uma esfoliação é uma coisa barata para se fazer em casa com açúcar e mel!
Após a esfoliação pré depilatória, nós recomendamos dois momentos perfeitos: antes ou durante o banho.
Se você fizer isso antes do banho, não se esqueça de aplicar um gel hidratante para remover os pelos. Isto amolecerá e enfraquecerá os pelos enquanto a lâmina desliza mais facilmente.
Se você decidir fazê-lo durante o banho, faça-o assim que entrar e não se esqueça de usar o gel, embora com água quente também seja mais fácil deslizar a lâmina na área.
Ao raspar, tenha cuidado com quaisquer pintas, verrugas ou relevos que você possa encontrar, pois um corte nesta área pode ser doloroso e difícil de curar.
Por outro lado, tente sempre raspar os pelos na direção do crescimento, por mais que não tenha um sentido padronizado, os pelos sempre crescem em diferentes sentidos do corpo.
Após passar a lâmina pela virilha, você deve hidratar a região depilada. Lembre-se que a área da virilha é muito sensível, portanto você deve prestar bastante atenção especialmente.
Por outro lado, pelo mesmo motivo (sensibilidade), evite expor a virilha ao sol depois de depilar, deixe por pelo menos 24 horas, aproximadamente.
Esqueça todos os produtos à base de álcool, cremes fortes, loções perfumadas ou perfumes, pois estes produtos atacam a pele, causam irritação e estimulam o aparecimento de pelo encravado.
Após este tempo, é recomendado passar uma quantidade generosa de protetor solar quando exposto aos raios UV, caso negligencie essa informação você pode ficar com manchas indesejadas.
Irritação pós depilação com lâmina na virilha
Quando a pele está irritada, avermelhada ou com bolinhas, a água termal é muito útil, assim como o óleo essencial de lavanda ou um chá de camomila, que ajuda acalmar a pele, reduz a irritação e ajuda a pele a sarar mais rapidamente.
Se a área ficar vermelha, não dispense o protetor solar nos dias seguintes para evitar manchas na sua pele e não se exponha ao sol nas 48 horas após depilação.
Troque a lâmina periodicamente
Dependendo da lâmina, elas podem ser usadas no máximo próxima de dez vezes, não mais, pois o “fio” é afetado e elas se tornam ineficazes.
Se eles perdem o “fio”, não corta o pelo propriamente dito e ainda causam vermelhidão na pele, o que pode levar a problemas mais sérios, uma vez que as bactérias ali presentes podem causar infecções futuras.
3 Mitos e verdades sobre depilação com lâmina
Existem muitos métodos de depilação, mas sem dúvida, a depilação gilete é a técnica mais rápida, eficaz e econômica para a depilação e sempre levanta questões.
Isto significa que se a lâmina for usada duas vezes por semana, ela deve ser usada por um máximo de cinco semanas e depois trocada.
Você também pode otimizar o tempo de uso armazenando-o em um local limpo e seco para que não acumule bactérias que possam estar no chuveiro.
Vamos responder as perguntas mais comuns sobre a depilação.
É verdade que lâmina engrossa os pelos?
Não, esta é uma das lendas que causam mais dúvidas nas mulheres. A lâmina não torna o pelo mais grosso, mais escuro ou mais duro. A verdade é que o pelo é cortado no sentido longitudinal e é mais grosso nessa parte do que na ponta.
Depilação com lamina escurece a pele?
Sim. A depilação com lâmina de barbear só tem vantagens para a perna, pois é mais resistente à agressão da lâmina. Quando usado na axila, faz com que a área escureça como uma reação natural da pele ao atrito criado, e na virilha há a possibilidade de que o fio fique encravado.
Posso usar a lâmina do meu namorado?
Não! Existem lâminas especiais para a depilação feminina. As lâminas masculinas podem ter a mesma aparência, mas não são. Nossas são mais flexíveis e fornecem uma maior hidratação.
Na necessidade de remover rapidamente os pelos, muitas vezes as mulheres fazem a depilação com uma lâmina de barbear sem entender que o uso continuado pode escurecer a pele e contribuir para os pelos encravados.
Entretanto, este método não pode ser julgado porque não causa dor e, ao contrário do que muitos imaginam, não engrossa o pelo.
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