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Um passo de cada vez...
Às vezes eu não quero nem levantar, quem dirá dar o primeiro passo. É pesado dizer que se eu pudesse escolher, teria escolhido não nascer, não saber, não viver!?
Tem hora que respirar fundo não resolve, dormir mais não resolve, nem as pequenas coisas que me animam na vida resolvem.
Tem dia que eu realmente escolheria morrer, eu penso no alívio, no silêncio, na quietude, na solidão...
Então, eu lembro da tristeza, da culpa, das dúvidas e de todo sentimento de impotência, os efeitos colaterais que vêem para quem fica.
Mas é tão egoísta assim, da minha parte apenas querer um pouco de paz?
As pessoas me perguntam, paz do quê? A verdade é que tem dia que nem eu sei, que nem eu reconheço. Qualquer coisa me irrita, qualquer voz me irrita, um simples gesto me enche de ódio e eu simplesmente não sei a razão.
Tem dia que eu acordo sem a mínima vontade, a cada tarefa e a cada respiração acaba sendo como se eu estivesse sendo forçada a viver. Cada ação cotidiana, cada pequeno gesto meu, vem acompanhado de um vazio, de incerteza e milhares de inseguranças, de uma tristeza que te atinge como um vaso que quebra quando toca o chão , depois de cair do quinto andar de um prédio, de uma rua movimentada onde o risco de machucar alguém é sempre grande.
Tem dia que é foda. Tem dias, horas, semanas, em que é foda, tem dias, horas, semanas que eu sobrevivo com as migalhas de ânimo que refletem no cotidiano.
Ninguém deveria sobreviver apenas por pequenos momentos, pequenos sopros de emoção. Ninguém deveria lutar para dar o primeiro passo, pra abrir os olhos e achar coragem pra sair da cama.
Ninguém deveria se sentir assim.
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NÃO VOU TE PEDIR NADA. FRIDA KAHLO
Eu não vou te pedir que me dê um beijo. Nem que peças perdão quando acredito que o que você fez foi mau ou que tenha se equivocado. Tão pouco vou te pedir que me abraces quando isso seja o que mais necessito, ou que me convide a jantar no dia do nosso aniversário.
Não vou te pedir que venhamos a recorrer o mundo, a viver novas experiências, e muito menos vou te pedir que me dê a mão quando estejamos na metade dessa cidade.
Não vou te pedir que me digas o quão bonita estou, ainda que seja mentira, nem que me escrevas nada belo.
Tão pouco vou te pedir que me chames para contar como foi o seu dia, nem que me diga que sente a minha falta.
Não vou te pedir que me agradeças por tudo que faço por ti, e que se preocupes comigo quando os meus ânimos estão no chão, e claro, não pedirei que me apoie em minhas decisões.
Tão pouco vou pedir que me escutes quando tenho mil histórias para lhe contar.
Não vou pedir que me faças nada, nem sequer que fique ao meu lado para sempre. Por que se tenho que lhe pedir, já não o quero!
Texto original:
No voy a pedirte nada – Frida KahloNo te voy a pedir que me des un beso. Ni que me pidas perdón cuando creo que lo has hecho mal o que te has equivocado. Tampoco voy a pedirte que me abraces cuando más lo necesito, o que me invites a cenar el día de nuestro aniversario.
No te voy a pedir que nos vayamos a recorrer el mundo, a vivir nuevas experiencias, y mucho menos te voy a pedir que me des la mano cuando estemos en mitad de esa ciudad.
No te voy a pedir que me digas lo guapa que voy, aunque sea mentira, ni que me escribas nada bonito. Tampoco te voy a pedir que me llames para contarme qué tal fue en el día, ni que me digas que me echas de menos.
No te voy a pedir que me des las gracias por todo lo que hago por ti, mi que te preocupes por mi cuando mis ánimos están por los suelos, y por supuesto, no te pediré que me apoyes en mis decisiones. Tampoco te voy a pedir que me escuches cuando tengo mil historias que contarte. No te voy a pedir que hagas nada, ni siquiera que te quedes a mi lado para siempre.Porque si tengo que pedírtelo, ya no lo quiero.
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viver é uma multidão de encontros. viver é colidir.
eu sou todas as vidas que colidiram com a minha. sou os pequenos gestos de gentileza que me emocionam cada vez mais porque tudo nesse mundo parece mais cinza. sou um amontoado de traumas, um amontoado de sorrisos. eu sou todas as vezes que me elogiaram. a minha vida só é minha por conta das outras vidas que vieram antes da minha. a minha vida só existe devido às outras que se esbarraram diretamente com o meu eu que insiste em desviar. eu sou eu. mas sou só eu em razão de outros eus que não sou eu. a minha vida foi de encontro a sua, que foi de encontro com a dele. a vida é um grande amontoado de encontros. seja intencional ou não. todos os encontros são importantes para que eu exista hoje, do jeito que sou, com minhas falhas, com minhas qualidades. eu só sou eu por consequência de choques. o choque que eu sinto e aperta meu peito numa quinta-feira à tarde é essencial para que o meu eu exista daqui pra frente. as colisões que me machucam me fortalecem para que eu possa colidir com outras vidas também. nem sempre os encontros são positivos mas todos eles me ajudam a entender que a vida só é vida porque as pessoas se encontram. e se encontrar é bonito. se esbarrar num dia lento é bonito. as colisões entre átomos e poeira cósmica que formam as estrelas no céu poderiam ser a minha vida encontrando a sua. nós somos poeiras cósmicas que se chocam sem querer e formam minha vida e me fazem ser colisão, gentilezas, falhas, sorrisos. sou tudo isso. todos esses sentimentos que no fim formam estrelas que demoram anos para existir e anos mais para explodir. colidem com outras estrelas entrelaçando e misturando tudo isso formando uma vida nova. a minha vida. a sua vida. um aglomerado de encontros.
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Eu me devo desculpas
por todas as vezes
que fiquei em lugares
que não eram lar,
apenas casas.
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“Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas a vida que as pessoas levam ou não até a sua morte. Não reverenciam suas próprias vidas, mijam em suas vidas. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, dinheiro e família. Suas mentes estão cheias de algodão. Engolem tudo sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que outros pensem por elas. Seus cérebros estão entupidos de algodão. Toque para elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvi-la. A maioria das mortes das pessoas é uma empulhação. Não sobra nada para morrer.”
— Charles Bukowski.
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nunca me faltou querer
eu só estava cansado demais.
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tem coisa que a gente tem que guardar pra gente no fundo da alma em meio ao caos porque tem coisa que só a gente entende e é melhor assim.
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Gostaria de deixar de ter medo. De fazer aquilo que eu sei que faria bem se eu tentasse. Eu apenas, eu apenas não quero mais ter medo.

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São onze e meia, 23:30. Quase meia noite, quase outro dia. No relógio logo será, mas dentro de mim tudo é absolutamente tão cheio, tão imenso. Eu só queria esvaziar... Gritar.
Eu não posso gritar, eu não tenho com quem falar, eu só preciso falar, pedir ajuda, mas é tão difícil explicar que estou cheia de várias coisas que eu não sei o que são, de onde vem e nem quando começou... Eu só quero chorar, chorar e gritar, será que alguém me ouviria? Me entenderia?
Eu sento, respiro, seguro o choro e faço alguma coisa pra tentar inutilmente afundar mais e mais cada gota dos sentimentos que estão transbordando dentro de mim, o problema é que eu não sei até que ponto isso vai, eu já não tenho mais noção do meu limite.
Eu só queria que tudo parasse, que tudo se tranquilizasse. Eu quero dias de paz, eu realmente não quero ir, não quero sair nem correr. Eu não quero desistir, eu só queria um momento de sossego que durasse infinito.
Agora são onze e trinta e sete, 23:37, sete minutos a mais do que quando comecei a escrever este texto. Não estou menos deprimida nem calma, eu apenas vou voltar a fazer algo que engane a minha mente, que me possibilite continuar existindo, pois enquanto eu não descobrir uma forma de botar pra fora sem precisar gritar, existir é tudo que eu poderei fazer, apenas existir.
Em modo automático, sempre no aleatório, meio na contramão. Atrapalhada, com dúvidas. Muitos receios e desculpas. Apenas existindo nunca vivendo.
#textos#lardepoetas#notas#mentesexpostas#pequenosescritores#gritar#why do i exist#existential angst#tw depressing thoughts#projetomardeescritos#projetoalmaflorida#projetoversografando
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Há coisas na vida que não merecem um ponto final. Quando se trata de você, de novas oportunidades, de investir em quem vale a pena, em segundas chances pra amar se colocam vírgulas, reticências e se acrescentam palavras e mais palavras. E palavras viram páginas, páginas viram histórias pra contar e no fim das contas, você viveu. O ponto final limita a vida, deixa pra colocá-lo onde dói, mas onde te faz viver multiplica os pontos e transforma em reticências...
- Eu sou todas as poesias
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tentei lutar contra meus demônios… te expulsando da minha vida, mas não adiantou porque você continua dentro do meu coração… sinto-te como alguém que ama-lhe tanto que lhe deixa ir;
mesmo sabendo que nunca mais amarei novamente,
não como amei você.
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Eu tentei, juro que tentei.
mas não posso pular para o abismo novamente.
porque é assim que me sinto sobre o amor.
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Te amo silenciosamente;
Porque o amor dentro do seu coração é capaz de coisas inimagináveis. sentimento indecifrável que insiste em permanecer em mim.
dentro de mim há muito de nós.
de tudo aquilo que fomos um dia, ainda busco uma forma de silenciar todo esse meu amor por ti; eu não posso voltar atrás, não há tempo para me arrepender.
[Desculpa mas é minha escolha perder você]
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Quem somos nós no universo?
Uma gota no oceano? Uma célula em um corpo? Ou um átomo na poeira cósmica da vida de um, dentre bilhões de berçários de estrelas?
Quem é você na vida?
Você é o que oferece?
O que rouba? O que ama? O que trai?
O que persiste ou o que desiste?
Aquele que defende?
Ou aquele que julga?
Quem somos nós e quem é você?
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“Amor é a linha tênue entre o paraíso e o inferno.”
— Vi por aí.
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Você tem que ser maduro o suficiente para entender que você tem traços tóxicos também. Não é sempre a outra pessoa.
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