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✶ 𝗪𝗘 𝗗𝗢𝗡'𝗧 𝗧𝗔𝗟𝗞 𝗔𝗕𝗢𝗨𝗧 𝗘𝗩𝗔 𝗟𝗨𝗡𝗔 ❜ task 001 .
apesar das enormes janelas e do belíssimo dia que acontecia lá fora , o primogênito mantinha-se no computador , enfurnado na biblioteca de sua casa . até os melhores livros dentre os milhares que haviam ali , eram incapazes de roubar sua atenção . e , bem , vicente era um ávido leitor — quando a leitura era de seu interesse , é claro . ler artigos publicados por seus professores não era bem sua praia . porém , a notícia sobre a morte de uma tal de eva luna cativou toda sua atenção . o quê mais o surpreendeu foi a similaridade entre ela e o falecimento de sua namorada , linnet . ambos os corpos encontrados no mar de mallorca , altos índices de álcool e substâncias no sangue . talvez , mallorca fosse um lugar amaldiçoado , especialmente a água extremamente azul . preferia acreditar que era uma circunstância de exagerada coincidência , do quê algo sobrenatural . a convivência com saavedra estava cegando um pouco seu raciocínio lógico . há onze anos atrás ainda era um adolescente e sequer lembrava de ter visto qualquer coisa relacionada à eva luna .
a única coisa que o fez desviar atenção da tela brilhante foi o ranger da porta , então ele girou a cabeça para flagrar quem o incomodava . se fosse a irmã , ela certamente escutaria horrores . mas , para a sorte dela , eram apenas os pais . sua mãe , elegante como sempre , caminhou em sua direção , os saltos ecoando contra o chão de madeira . ‘ meu filho , você precisa desfazer as suas bagagens . sabe que não temos mais a empregada para fazê-lo por você . ’ disse , colocando ambas as mãos sobre os ombros de vicente e dando uma leve apertada . com os gastos do pai , que se mantinha escorado no vão da porta , foi necessário cortar alguns gastos . e , por causa dele , viviam como se fossem pobres coitados . ‘ certo , mãe . assim que eu acabar aqui , farei isso . ’ a assegurou , oferecendo um pequeno e desgostoso sorriso . ela estava prestes a deixá-lo , quando , de repente , o filho a fez uma pergunta que quase foi capaz de arrepiar os pelos de sua nuca . ‘ vocês chegaram a conhecer essa tal de eva luna , certo? a morte dela está em todos os jornais . ’ interrogou , curioso . a progenitora foi incapaz de esconder o imediato desconforto , respondendo-o com um sorriso amarelo . ‘ sim , meu filho . costumávamos frequentar alguns eventos juntos , mas já faz muito tempo que isso aconteceu , não a conhecíamos muito bem . ’ por mais que a voz fosse assertiva , ele soube que aquela não era a verdade . pois bem , assim como os pais , também era um mentiroso nato .
‘ e você , pai? ’ vicente perguntou , encarando o homem distante dele . fora uma pergunta o tanto quanto provocadora . o jovem e o pai não estavam em bons termos há muito tempo , desde que recebera a notícia sobre os maus hábitos alheios . então , apertá-lo , naquele momento , pareceu a decisão correta apesar de não gerar nenhum fruto . ‘ bem . . . ’ a frase foi interrompida por um pigarro , quase como se precisasse daquela interrupção para formar um raciocínio coerente . espalmou as mãos na calça , secando o suor . ‘ é como sua mãe disse , não a conhecíamos muito bem . ’ confirmou a versão da esposa . ‘ o almoço já estava quase pronto . estamos te esperando para podermos almoçar . ’ disse , por fim . com a sua partida , a mulher entendeu que também deveria , seguindo o marido . almoço em família é uma ova , pensou vicente . estavam , mais uma vez , escondendo algo dele e era só questão de tempo até isso explodir em suas faces .
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é claro que ele estaria em uma festa — vic era bastante popular e , por isso , nunca lhe faltavam convites . então , quando um colega de classe o chamou para uma festa que aconteceria na sua casa , não pode recusar . afogar as frustrações em álcool e droga já estava virando um hábito . mas , veja bem , terminou um namoro para entrar em um outro namoro , não esquecendo o pequeno detalhe de que sua atual namorada estava o chantageando . ah , que alegria . se tivesse com sorte , cairia da sacada e morreria . do contrário , passaria mais um dia em sofrimento profundo . a música alta e de má qualidade , além de aparecer sempre alguém para falar com ele , o forçaram a se isolar . a bateria social estava prestes a se esgotar . então , após deixar o sofá , o jovem caminha até a varanda do cômodo , finalmente sendo abraçado pela brisa fresca . de costas para a porta , ele começa a sua arte . por questões de praticidade , sempre sai de casa com a erva já picada , assim ele só precisa depositá-la na seda , ajeitando-a delicadamente com as pontas dos dedos . vicente é completamente contra o vape , a não ser quando está muito bêbado e alguém o ofereça , do contrário , prefere confeccionar o próprio fumo . concentrado em bolar , não escuta os passos atrás de si , mas definitivamente sente a unha afiada na nuca , o que faz com que arrepios percorram seu corpo . ‘ valencia . ’ cumprimenta , oferecendo um sorriso meio de canto . não se opõem a companhia , embora tivesse ido lá para evitar as pessoas . ‘ eu nunca perco uma festa . ’ faz uma pausa no raciocínio , levando a seda até a ponta da língua , umedecendo-a . ‘ além do mais , acaba que eu recebo muitos convites . ’ enrolou perfeitamente o baseado , pois bem , era quase um rei na arte de bolar . buscou o isqueiro dentro do bolso e , como sempre , ali ele estava , seu fiel companheiro . ‘ minha dona , hm? ’ perguntou com humor . linnet gostava de controlá-lo , assim como fazia com tudo que era seu . e , bem , querendo ou não , ele havia se tornado dela . acendeu a ponta do baseado , dando um bom trago , antes de soprar a pouca fumaça restante na direção dela . ‘ sem desculpas , ela sabe que eu estou aqui . e isso não a impede de planejar o nosso mêsversário de namoro . ’ respondeu no mesmo tom de sarcasmo . ‘ acho que esse mês vai ser em paris . você sabe , a cidade do amor . ’ estendeu o baseado para ela . ‘ e você? finalmente saiu do seu buraco . ’
Flashback
Por mais que Cass gostasse de música o ambiente das festas conseguia, em algumas horas, tornar o som insuportável. Não estava tocando aquela noite, mas sim fazendo companhia a alguns colegas de turma. Fingira ter sido convencida a ir, quando na verdade tinha ansiado por companhia aquela noite. Mesmo que parecesse ser uma "loba" solitária ela gostava de estar com outras pessoas. Não queria ficar sozinha. E por isso se sujeitava a estar ali, na casa de um estranho qualquer, buscando um lugar para escapar do remix terrível que tocava no andar debaixo. Ao abrir uma das várias portas seus olhos escanearam o ambiente mais uma vez, até achar a figura loira familiar. Não estava esperando o encontrar ali. Ainda sim, perfeito! Precisava mesmo de alguém para conversar - e provocar -, e adoraria entender a motivação por trás das movimentações virtuais de @crvants que tinha observado. Passou por um grupo, que estava fumando alguma coisa no quarto, até chegar a sacada. Se aproximou de forma silenciosa, em passos quase predatórios, até estar perto o suficiente para ser ouvida ao sussurrar: "Vi-ceeen-te." Soprou cada sílaba para ele enquanto passava a ponta da unha afiada do indicador pela nuca exposta antes de se afastar, apenas para se apoiar no balcão ao lado dele. "Que surpresa. Não achei que fosse te ver em uma festa tão cedo." Virou a cabeça levemente para o lado, um sorrisinho começando a aparecer no rosto. "Sua dona te deixou sair? Ou você inventou uma desculpa qualquer pra escapar do planejamento de mêsversário de namoro?"
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o clima era agradável , porém , ainda não amenizava o fato de vicente estar preocupado demais sobre tudo — talvez fosse um sinal de que havia fumado maconha de menos . levantou os óculos de sol , fazendo com que eles empurrassem os cabelos para trás , acomodando-se sobre a sua cabeça . sabia que podia contar com gabriel para escutar as suas lamúrias , o contrário também acontecia . ‘ não é como se eu achasse que angelina foi propositalmente intoxicada . ’ confessou . percebeu que aquele não foi o melhor momento para tal questionamento , então optou por seguir a linha mais racional . imitou o amigo , dando um gole em sua bebida . se fossem conversar sobre , que fosse sob o efeito inebriante do álcool . ‘ também penso muito nisso . se eu tivesse escutado a galiano e ido atrás da linnet , será que ela estaria viva? ’ mais um gole para ajudar a engolir a dúvida mortal . ‘ mas , essa não é a realidade . não gosto de ficar pensando no que poderia ter acontecido diferente . ’ se não , passaria o resto da vida com uma culpa gigantesca , pois , no fundo do coração , sabe que deveria ter ido atrás da namorada . se tivesse zelado por ela , talvez não estivesse morta . bem , só que linnet estava mortinha da silva e não tinha mais o que fazer . ‘ deus me livre . ’ respondeu automaticamente . vicente nem era religioso , acha que tão pouco acreditava em deus , só que o nome do todo poderoso saiu com naturalidade , para se confirmar que repudiava aquela hipótese . ‘ se ela estiver se vingando de nós , teria angelina feito algo muito ruim para linnet? porque , supostamente , ela foi a primeira a quase morrer . ’ virou o rosto para fitar saavedra ao seu lado , curioso .
starter fechado com @crvants residência dos saavedra em mallorca, à tarde. cervantes disse: do you think we're gonna survive this?
Gabriel detestava não ter uma resposta para aquela pergunta. Enquanto estavam ali, aproveitando mais um dia agradável de verão à beira da piscina, era quase como se o tempo tivesse parado e o acontecimento dos últimos dias não fosse mais do que um sonho ruim. Ou, talvez, ele só estivesse se esforçando para se convencer disso quando a fala de Vicente o trouxe cruelmente de volta para a realidade. "Tenho me perguntado a mesma coisa," compartilhou, oferecendo um olhar compreensivo para o amigo. Sua mão rapidamente alcançou o drink que ele havia deixado próximo às toalhas na mesinha ao lado. Involuntariamente, contraiu as sobrancelhas em um sinal de inquietação. "Já faz um ano e eu não consigo deixar de pensar se a gente poderia ter feito algo para mudar o que aconteceu," admitiu. "Eu sei que não é um pensamento muito produtivo, mas..." ele deu de ombros. Não era a pessoa mais habilidosa quando se tratava de controlar os próprios pensamentos e emoções. "Vai ver ela só está buscando uma maneira de se vingar da gente," ele sorriu fraco com a própria tentativa de fazer uma piada, mas era claro que não estava confortável o suficiente para achar graça daquilo. Optou, então, por ficar quieto e se ocupar com um gole do seu drink.
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um sorriso cafajeste foi crescendo lentamente nos lábios de vicente . ‘ de você? ’ deixou o olhar sem vergonha percorrê-la por inteiro , antes de se fixar , mais uma vez , em seu rosto bonito . ‘ não quero nada . ’ constatou após a analisar . era uma mentira , é claro . no entanto , provocar elena era divertidíssimo e , dessa maneira , a viu como uma ótima oportunidade de agitar um pouco mais a sua noite . a conhecia bem , ao ponto de saber que elena nunca ignoraria uma provocação . e , quando o sussurro foi retribuído , cervantes conteve o contentamento . aproveitou da aproximação para enrolar o dedo indicador em uma das mechas loiras e compridas , algo que costumava fazer quando namoravam . ‘ é? devo tomar cuidado , então? ’ perguntou , inclinando levemente a cabeça para o lado esquerdo . elena conseguia ser mirabolante e , antes , vicente se divertia com os planos maléficos da outra . bem , até tentarem fazer linnet de vítima — o tiro saiu pela culatra e fez várias vítimas pelo caminho . ‘ eu me acho? ’ colocou a mão sobre o peito , fingindo uma expressão de pobre coitado ofendido . ‘ não . é você quem me procura , lena . ’ debochou , no entanto , a feição nublou perante a menção a viuvez . ‘ bem , acho que eu mereço um pouco de alegria depois desse ano de merda . ’ tragou mais uma vez do cigarro , soprando a fumaça densa na direção contrária a ela . ‘ diferente de você , elena . só não dançou em cima do caixão de linnet porque não deixariam . ciúmes , talvez? ’
foi inocente em achar que vicente pudesse deixar para lá aquele encontrão. na verdade, se fosse o contrário, ela com certeza não ia deixar passar uma alfinetada em direção ao ex-namorado. ❝eu pedi desculpas. quer o que? uma carta, um presente?❞, reforçou, a irritação recente já tão indisfarçável. a aproximação do cervantes a deixou tensa, da forma que só uma interação com ele poderia. ainda assim, sabia como ele funcionava melhor do que ninguém. sabia como lidar com ele. não que fosse de forma saudável, mas sabia. e ela definitivamente não iria sair perdendo nessa situação. não de novo. ❝cariño...❞, devolveu o sussurro, o corpo se virando em direção a ele. ❝se eu estivesse te stalkeando, você não descobriria dessa forma tosca. acho que você sabe melhor do que ninguém que eu tenho um pouquinho mais de criatividade do que isso❞, completou, com um sorriso enigmático. ela tinha muitos defeitos, mas ser básica não era um deles. se ela quisesse trombar com vicente por aí e forjar alguma coisa, seria muito diferente. e pode ter certeza de que as coisas sairiam da forma que ela gostaria. ❝além do mais, você se acha. deve ser um desejo inconsciente seu. saudades? a viuvez não deve ser fácil mesmo❞, provocou novamente, em tom irônico. "seria tão mais fácil dar as costas e encerrar tudo isso, elena", qualquer pessoa sã lhe aconselharia. mais fácil, mas menos divertido.
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cervantes precisou conter o enorme e crescente impulso de revirar os olhos — algo que , para alguém impulsivo como ele , era extremamente difícil . a paciência estava se esvaindo . logo se arrependeu de visitá-la , deveria ter mandado só uma breve mensagem e um buquê genérico de emoji . bufou , passando uma das mãos sobre o cabelo louro com certa impaciência . ‘ tá bom, angelina . ’ os músculos da mandíbula se contraíram . olhou para a porta e considerou levantar da poltrona , dar-lhe as costas e só ir embora . vicente e sua irmã nunca foram muito próximos , principalmente pela diferença discrepante de personalidade . porém , agora com a desgraça assolando o bolso da família , a conexão entre os irmãos vinha crescendo . ‘ o que você sabe sobre amor , hm? ’ semicerrou os olhos , cheio de frustração . ‘ amor não põe mesa . talvez um dia você entenda isso . ’ não iria se prolongar mais sobre a sua relação com elena , ainda mais com a sombra da ex-namorada . ‘ como você quiser . ’ concordou de maneira dura , contudo , colocando um sorriso nada bem humorado nos lábios . angelina havia acabado com seu humor . ‘ entendi . ’ foi uma resposta seca , já que considerou a visita como um erro . manteve uma expressão impassível , engolindo o desaforo com muito contragosto . ‘ não faço ideia . ’ deu de ombros . ‘ eles estão estranhos desde a morte de linnet . mas , bem , como não estariam? tendo em vista as circunstâncias em que ela veio a falecer . ’ falar sobre a morte de linnet era agridoce . era como se vicente tivesse desenvolvido amor por sua carcereira , uma síndrome de estocolmo . mesmo morta , não parou de o assombrar . linnet isso , linnet aquilo . linnet , linnet , linnet . com ou sem ela , sua vida estava fodida . se não tivesse ignorado as suas mensagens , será que linnet ainda estaria morta? essa era uma questão que o comia vivo , todo santo dia .

𝒻𝓁𝒶𝓈𝒽𝒷𝒶𝒸𝓀
୨୧ ࣪ lili nunca havia tido um relacionamento oficial, apenas affairs aqui e ali, mas desde sempre tinha uma certeza: quando um homem dizia que era um dia ensolarado, valia a pena olhar pela janela para constatar que não estava de noite. vicente deveria pensar que ela era estúpida como linnet e elena foram, que cairia em seu charme. aquela reflexão fez com que angelina começasse a se sentir irritada e teve de se segurar para não revirar os olhos e bufar. no final das contas ela ainda estava hospitalizada e não podia se dar ao luxo de irritar-se com cervantes. " eu sei o suficiente, cervantes. você ainda não entendeu que para mim não existem "problemas da elena"? " ela o questionou de maneira retórica. " existem os nossos problemas. todos problemas da minha irmã são meus também. não importa com quem eles sejam. " angelina jamais deixaria de brigar pela irmã mais velha, sempre havia sido assim. desde pequena havia sido estimulada pelos pais a ser fiel a sua família, ser leal aos seus e angelina levava o ensinamento a risca. " como você quer que eu acredite que você se importa comigo quando teve coragem de fazer o que fez com a mulher que você diz ter amado? " se havia algo que lili odiava era a infidelidade, em qualquer esfera de relacionamento. a loira respirou profundamente sentindo sua face já aquecida, certamente toda revolta reprimida estava a fazendo ficar enrubescida. " eu realmente não quero brigar com você hoje, podemos parar de falar nisso? prefiro falar sobre a minha quase morte. " lili se conhecia bem o suficiente para saber que equilíbrio emocional não estava entre suas qualidades, aquela conversa provavelmente terminaria em animosidade. mirou o rapaz com atenção, estudando suas palavras. será que o rapaz estava de fato tão sentido com a morte de linnet como fazia questão de demostrar? angelina tinha certas dúvidas, mas ele sequer pareceu conseguir pronunciar o nome da falecida. se conteve para não questionar ao outro se ele sentia falta dela e como estava se sentindo naquele dia. talvez ele estivesse revisitando sensações de um ano atrás. " lena disse que contrataram um novato e ele cometeu um engano. parece que a tia georgina e o tio enrique já resolveram isso e meu pai já queimou o cara para a espanha toda. " contou ao rapaz a versão que haviam lhe contado sobre o acidente, cujo lili ainda possuía algumas dúvidas. " você que é mais próximo deles, sabe porque colocaram aquele tanto de câmera pela casa? "
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era um pobre e coitado viúvo? sim . mas , quer dizer , viúvos também precisam se divertir um pouco . e , exatamente por isso , ele estava ali . nunca negaria a oportunidade de encher a cara e esquecer os milhões de problemas que tinha . após boas cervejas , vicente já estava com alguns botões da camisa abertos , os cabelos louros charmosamente bagunçados e o rosto com alguns resquícios do que parecia ser glitter , provavelmente deixado ali pela garota que havia beijado minutos atrás . as luzes coloridas e o som o permitiam escapar , o álcool também ajudava , é claro . um gole na cerveja , uma tragada no cigarro . a êxtase foi interrompida por um pisão em seu pé e , no entanto , tão pouco incomodou-se . ‘ sem problema . ’ disse em resposta a desculpa , quase que automaticamente . quando ela se virou , vicente teve uma bela de uma surpresa . com o cigarro pendurado no canto dos lábios , ele disse . ‘ e por ser eu , não mereço um pedido de desculpas? ’ logo transformou a surpresa em provocação , sorriso arrogante tomando conta da feição . ‘ eu sei que a nossa relação foi intensa . . . ’ aproximou-se dela , optando por falar perto de seu ouvido . ‘ mas , me stalkear? não sabia que tinha isso em você , lena . ’
quando: 25 de julho, à noite
onde: social
quem: elena & @crvants
depois daqueles dias caóticos, ainda pensativa sobre o que tinha significado o incidente com a irmã, elena estava ficando à deriva e positivamente paranoica. deixava as férias de verão escorrerem por entre os dedos. quando recebeu um convite para ir ao social, de algumas amigas do curso que estavam na ilha para o fim de semana, pensou um pouco, mas decidiu aceitar. seria bom dar uma espairecida. melhor ainda se não fosse com o mesmo grupo de sempre, os Marcados Por Linnet, porque ainda precisava pensar no assunto antes de chegar de fato às conclusões que seu cérebro vinha fazendo.
se sentindo um pouco mais livre, a de bellefort se soltou no clube. sabia que podia encontrar seus conhecidos por ali, era bem provável, mas naquela noite parecia ter escolhido o dia correto para se soltar. ela só precisava disso, uma noite sem pensar. depois de alguns drinks na corrente sanguínea, ela curtia o som na pista de dança, quando pisa sem querer no pé de alguém atrás de si. ❝nossa, desculpa!❞, exclamou, virando para trás. mas, ao avistar vicente, o sangue gelou. ou melhor, esquentou. de todas as pessoas, a última que ela gostaria de ver, perdendo apenas para linnet de borbón, ressuscitada. teve plena consciência de que o sorriso afrouxou. ❝ah, é você❞, disse simplesmente. tinha medo do que podia resultar dessa interação ali, então ante melhor juízo, decidiu não adicionar mais nada, esperando para ver qual seria a reação dele.
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achando graça , o cervantes riu da ofensa , embora fosse um excelente mentiroso , não a refutaria . de maneira óbvia , angelina havia tomado as dores da irmã , jamais a culparia por isso . no entanto , ela não sabia que elena também era igualmente safada e sem coração . mas , bem , aparentemente só um deles servia como vilão . a graça morreu assim que angelina deu sequência às suas ideias — para um safado sem coração , ele bem que o sentia doendo . queria dizer que só fez o quê fez porque necessitou; porque , caso agisse de outra maneira , teria a vida arruinada . nenhuma confissão foi feita . não se mostraria vulnerável . ‘ eu . . . ’ por mais que fosse um rapaz comunicativo , as palavras pareceram fugir de si . ‘ angelina , nunca deixei de me importar com você . ’ suspirou . ‘ você não sabe exatamente o que aconteceu entre eu e sua irmã . eu a amei , de verdade . ’ só ele sabe como foi transar com linnet pensando em elena . ‘ e que meu problema nunca foi com você , sempre com ela . não teria como não me importar com o seu bem-estar . ’ deu de ombros . ‘ mas , não tem como demonstrar algo por alguém que constantemente demonstra seu desprezo por mim . ’ e , com isso , vic deu um sorriso curto e sem qualquer humor . ‘ é , foi uma situação e tanta . ’ era difícil esquecer aquela merda de jantar . quer dizer , jantar foi uma palavra forte . sequer conseguiram aproveitar muito antes da desgraça acontecer . ‘ então logo mais você estará livre . ’ concluiu , felizmente . aquele quarto branco e gélido não combinava nadinha com angelina . ‘ já não tem clima desde , bem , você sabe . ’ não quis falar a morte de linnet , desde então , a vida do grupo de amigos se resolvia entorno dela . ‘ mas , com aquele tanto de câmera , tenho certeza que logo logo devem esclarecer o que aconteceu . ’ não acreditava que a reação alérgica de angelina havia sido estrategicamente planejada por alguém . para eles , como um todo , era muito mais confortável pensar em um mero e quase letal acidente .

୨୧ ࣪ as flores fizeram angelina dar um meio sorriso, ela ainda era uma garota de coração extremamente mole e flores sempre haviam sido um fraco seu. a resposta do rapaz era definitivamente o que angelina esperava, tão debochada o quanto havia sido a indagação dela. aquilo não incomodava, ao menos não completamente. era bom poder falar com vicente sem sentir a urgência em ofendê-lo a cada quinze segundos, e também era ruim, pois era um lembrete de como ela costumava adorar o rapaz. aquele sentimento agridoce tomou ainda mais forma com a fala seguinte de cervantes, que a fez arquear as sobrancelhas e assumir uma postura um pouco mais defensiva. " eu nunca disse que te acho um desgraçado sem coração, sempre falei que acho você um safado sem coração. são coisas diferentes. " fez questão de destacar o adjetivo negativo que costumava a vincular a cervantes. havia sido terrível toda aquela situação de linnet, elena e vicente. angelina sempre estaria ao lado de elena, estando a mesma certa ou errada, e naquele triângulo amoroso ela ocupava ambos os papéis. " é muito esquisito te ver aqui e falar com você e você não pode me culpar por me sentir assim. por não acreditar que você se importa comigo. eu te via como mais que um simples namorado da elena, te via quase como parte da família. " os de bellefort não eram conhecidos por se resguardarem quando o assunto era sentimentos e angelina poderia ser um pouco mais equilibrada que elena, mas ainda assim era passional até o fim. " eu continuo um pouco estranha, me encheram de antialérgico e ainda teve a adrenalina. preciso ficar em observação até amanhã a noite, pelo menos. " lili não via a hora de ir daquele hospital, embora soubesse que não iria se sentir tranquila tão cedo. " vai ficar tudo bem, eu só acho que ninguém mais vai se sentir confortável de ir na casa da tia georgina e do tio enrique. não tem mais clima. " pensou em cutucar o rapaz ao citar os "sogros" deste, porém optou pelo caminho mais brando e pacífico.
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@canceriananata
Spinning Out | 1x03 - “Proceed with Caution”
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cervantes revirou os olhos perante a calorosa recepção de angelina . mas tudo bem , ela havia quase morrido , então seguraria a língua e deixaria passar . colocou o buquê , com as as flores favoritas da garota , em cima de uma das mesas ali . diante daquele quarto frio e branco , a cor das pétalas era como um respiro . ‘ não . achei sem graça , feio e muito branco . ’ respondeu , arqueando a sobrancelha , como se a desafiasse . já era esperado que aquela fosse a sua reação perante vicente , a situação com elena havia fodido a relação deles , porém , a entendia . suspirou , sentando na poltrona . ‘ é porque você acha que eu sou um desgraçado sem coração , angelina . ’ ajeitou-se no assento , achando uma postura mais confortável . ‘ mas eu me importo com você , mesmo você achando que não . ’ foi sincero em suas palavras . durante o namoro com elena , ele e angelina tinham uma ótima relação , mas , com o término , a relação foi pro ralo . contudo , ainda assim , não havia deixado de se importar . ‘ como você está? sua irmã falou algumas coisas no grupo , mas eu quis te ver . ’

quem: angelina && @crvants
onde: hospital general de mallorca
quando: momentos após a internação de lili
୨୧ ࣪ quando anunciaram que vicente cervantes queria entrar em seu quarto, angelina torceu o nariz. ela havia quase morrido, mas ainda não havia perdido a memória. ao mesmo tempo, a quase morte havia lhe deixado um pouco menos rancorosa que o costume e por isso decidiu permitir a entrada do rapaz. junto de tudo isso, ainda tinha o seu mais novo medo de ficar só e sofrer uma nova tentativa de assassinato. " e aí, vicente cervantes. gostou do meu novo quarto? " o questionou em um tom para lá de debochado, tentava mascarar o pânico que vinha sentindo durante aquela noite infernal e ainda era orgulhosa demais para desmanchar-se na frente do rapaz. " não é muito luxuoso e é branco demais, mas dá pro gasto. " prosseguiu com a fala jocosa, embora não possuísse muito humor em seu tom de voz. ela o mirou por alguns segundos, analisando toda a postura alheia e decidiu baixar a guarda. " obrigada por vir... não esperava sua visita. " angelina ainda estava decepcionada com vincente, entretanto, uma parte de si ainda nutria sentimentos positivos pelo rapaz e esta parte havia se enchido naquele momento.
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embora a noite tivesse começado com um ar esquisito , ele não esperava que fosse terminar com alguém hospitalizado . triscou na comida e , de repente , angelina , do outro lado da mesa , quase morrera . preferia acreditar que haviam cometido um erro , crasso , mas ainda assim um erro — era isso ou acreditar que o espírito maligno da ex-namorada estava a solta e doido por vingança . mandaria uma mensagem para saavedra depois . minutos após o caos , quando a ambulância já há alguns quilômetros de distância , ouviu o estômago reclamar de fome . porém , não comeria nada; optou , nesse caso , por beber mais uma taça de champanhe . por via das dúvidas , a comida estava fora de questão e , bem , havia bebido mais cedo e até , então , estava vivo . o quê não mata , engorda . estava prestes a levar a taça até os lábios , quando , abruptamente , a mão de cassandrea a levou de si , respingando um pouco do líquido no chão . ‘ não estou comendo . estou bebendo . ’ a corrigiu , um tom levemente sarcástico na voz . ‘ não vamos tratar isso como se fosse uma tentativa de assassinato , cass . tenho certeza que foi um erro da cozinha . ’ não tinha certeza alguma . suspirou , passando a mão pelos cabelos louros . estava com fome , levemente mal-humorado e preocupado com angelina . ‘ que merda de noite . ’ resmungou baixinho . levantou o olhar , observando cassandrea mexer com vontade em sua bolsa e , obviamente , presumiu que ela ou procurava o maço de cigarro ou o isqueiro , de qualquer maneira , ele tinha ambos . enfiou a mão no bolso e jogou , de maneira leve , o isqueiro em sua direção . ‘ acende e me dá um trago . ’ aquela situação pedia por um cigarro . ‘ eu mataria por uma batata frita grande do mc donalds agora . ’ confessou . aquela festa tinha se tornado um enterro e vicente estava com fome .
Cada momento que Cassandrea passava naquele lugar após o incidente só a deixava mais inquieta. Tinha passado a noite inteira suspeitando daquelas câmeras, tentando investigá-las de forma discreta. Se estivesse pensando de forma um pouco mais racional, e não estivesse com tanto medo de seu próprio segredo ser descoberto, talvez ela não ligaria tanto para aquilo. Mas depois de ver Angelina quase sufocar na sua frente fez com que os poucos fios de racionalidade que restavam em sua consciência se desfizessem. A falta de controle, de poder sobre sua própria situação a irritavam profundamente. Até que pudessem ir embora Cass se manteria distante da mesa de jantar. Estava caminhando para o lado de fora da mansão com um cigarro nos lábios, tateando o fundo da própria bolsa em busca do isqueiro personalizado que levara consigo até ver @crvants a sua frente. Os olhos passaram dele para o que parecia algum tipo de bebida ou comida em suas mãos, e fora questão de segundos até que ela se aproximasse e arrancasse aquilo das mãos dele. "Você acha mesmo que é uma boa ideia comer qualquer coisa que saiu daquela cozinha? Mesmo depois de ver a Lina ir pro hospital?" O tom rude na pergunta poderia até esconder um tipo de preocupação por ele. Ainda sim, mesmo que fosse verdade, Cass não admitiria o sentimento tão facilmente. Sem nem ver onde, apenas jogou o que ele segurava na grama. "Enquanto a gente não descobrir se isso foi um acidente ou não, é melhor manter sua boca fechada. Literalmente." Continuou procurando dentro o isqueiro dentro da bolsa pequena - que naquele momento parecia ter engolido o objeto. Precisava acalmar a tempestade de pensamentos que crescia por conta de sua ansiedade. Mais um pouco e estaria ligando seu carro e dando o fora dali.
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olhando nos olhos de dorsey , vicente soube que gostaria de estar tão chapado quanto . em um outro momento , com um baseado entre os dedos , certamente embarcaria naquele papo profundo , se deixaria divagar sobre a efemeridade da vida e o quão minúsculos realmente eram . no entanto , ali estava , mais sóbrio do que realmente gostaria . concordou levemente com a cabeça , palavras não foram necessárias . sim , era uma tortura . sentia linnet em cada canto daquela residência — mesmo após a morte , ela ainda mexia com ele . mas , bem , não seria diferente . estavam em sua casa , festejando sabe-se lá o quê , embora o clima mais parecesse como o de seu velório . contemplativo , sentou sobre o resguardo da varanda . o cervantes não sabia discernir os sentimentos em relação à falecida namorada; gostava dela? sim . sentiu-se aliviado com a sua morte? sim , também . e , para piorar , no fundo do coração , temia ter sido o causador da tragédia . suspirou , deixando com que o amigo preenchesse o ambiente mais uma vez . um sorriso sincero tomou forma nos lábios do rapaz , lembrando-se da agradável viagem que ambos tinham feito; mesmo com nenhuma ou pouca experiência , eles pescaram um peixe esdrúxulo e tão pequeno que era extremamente cômico . como dois homens , devia-se esperar que pescassem um peixe de respeito e , como conquista , tirassem uma foto o segurando , um prêmio . a foto aconteceu , é claro , eles segurando a linha de pesca e , na ponta , aquele peixinho . vicente riu pela primeira vez naquela noite . ‘ nós somos patéticos , dorsy . ’ e tudo bem , afinal , pesca não era o forte de nenhum dos dois . o sorriso se abria cada vez mais ao tempo em que repassava as boas memórias na cabeça , acompanhando a narração do amigo . se fechasse os olhos , sabia que seria teletransportado para o momento , talvez até fosse capaz de ver as exatas constelações que os agraciaram naquele dia . a brisa bateu mais uma vez em seu rosto e , por um segundo , ele se esqueceu de onde estava . ‘ você tem o dom das palavras . já te disse isso ? ’ perguntou , aproximando-se para roubar o cigarro dos dedos alheios . o levou até os lábios , dando uma longa tragada . ‘ confesso que estar aqui me impede um pouco de ter pensamentos otimistas , principalmente vendo o estado de enrique e georgina . ’ a fumaça saiu com as palavras . bateu o cigarro , livrando-se das cinzas e vendo-as cair aos seus pés . mais um tragada . ‘ com palavras tão sábias , acho que devo confiar então . ’ riu . ‘ quem é que precisa de terapia quando se pode tem você? pronto , já estou cem por cento terapeutizado . acabou a depressão , ansiedade , tudo ! ’ ah , quem dera . ‘ acho que nós precisamos fazer outra viagem . mas , desta vez , quero ver a aurora boreal . ’
observou vicente com um olhar de compreensão profunda, uma tristeza partilhada refletida em seus olhos. ele sabia que aquela mansão, com suas sombras e memórias, exalava uma dor insuportável para todos os presentes, especialmente para vicente, que tinha um vínculo tão íntimo com linnet. "vicente," começou dorsey, sua voz suave e compassiva, "a dor que carregamos nesta noite é quase palpável, como o ar denso que nos envolve. sei que estar aqui, nesta casa que guarda tantas lembranças de linnet, é uma tortura para você, assim como é para mim." ele deu um passo mais perto, seu olhar fixo nos olhos de vicente, transmitindo uma compreensão sincera. dorsey aceitou o cigarro de volta, tragando profundamente antes de deixar a fumaça escapar em uma nuvem etérea. "não, meu amigo, não estava falando de linnet especificamente. mas este lugar, com suas histórias e segredos antigos, parece estar carregado de presenças que nos fazem sentir a dor da perda de maneira ainda mais aguda." ele fez uma pausa, considerando suas próximas palavras com cuidado.
um sorriso suave tocou seus lábios ao lembrar de um momento alegre que compartilhou com vicente, um momento livre da sombra da tragédia. "lembra-se daquela viagem que fizemos para as montanhas?" dorsey perguntou, sua voz adquirindo um tom nostálgico. "foi no final do outono, e as árvores estavam explodindo em cores vibrantes. nós dois decidimos escapar por um fim de semana, longe de tudo e de todos." ele riu, um som suave e cheio de carinho. "eu insisti em pescar, mesmo sem termos o equipamento adequado. você tentou me dissuadir, dizendo que seria impossível, mas acabamos improvisando com o que tínhamos. incrivelmente, conseguimos pegar um peixe pequeno. rimos tanto daquele peixe, foi um momento tão bobo, mas tão puro."
dorsey olhou para vicente, seus olhos brilhando com a lembrança. "e então, naquela noite, fizemos uma fogueira e nos sentamos ao redor dela, compartilhando histórias antigas e piadas. o céu estava tão claro, cheio de estrelas, e por um momento, parecia que o mundo inteiro se reduzia àquele pequeno círculo de luz e calor. foi uma sensação de liberdade, de paz, que raramente encontramos na vida cotidiana." ele colocou a mão no ombro de vicente, seu toque carregado de empatia e solidariedade. "precisamos de algo assim agora, vicente. um momento de fuga, de lembrança dos tempos felizes que compartilhamos. vamos sair daqui, deixar para trás estas sombras sufocantes e encontrar um lugar onde possamos respirar novamente." dorsey sorriu, um sorriso que oferecia esperança em meio à tristeza. "confie em mim, meu amigo. esta noite ainda pode nos trazer algum conforto. vamos encontrar um lugar onde as memórias dolorosas não nos alcancem, onde possamos ser nós mesmos e redescobrir a alegria que ainda existe em nossos corações."
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aproveitava a solitude , embora pudesse sentir a presença da câmera atrás de si . era quase impossível não percebê-las , mesmo que fossem de um formato singelo , nada fora do comum . o soar de seu nome , há alguns metros de distância , o fez despertar dos próprios devaneios . sorriu para lola , mostrando os dentes perfeitos . ‘ lola ! ’ imitou a entonação . sem apresentar quaisquer resistências , vicente só aceitou o entrelaçar de braços , sincronizando as passadas . ‘ sim , senhorita . ’ por pouco não a reverenciou . quando a brisa noturna bateu contra o rosto , foi como se pudesse respirar pela primeira vez . aquele jantar estava sendo uma experiência pouco agradável . ‘ somos dois . ’ riu sem humor . ‘ mais parece uma sessão de tortura . ’ e mesmo assim , quando foi convidado para o jantar , era esperado que fosse servido a mais gostosa torta de climão . e bem , dela , eles já estavam fartos — apesar do estômago roncar de fome . ‘ sempre . ’ respondeu , lançando-lhe uma piscadela . puxou do bolso de sua calça o maço e em seguida batendo-o contra a palma da mão para distribuir o tabaco de maneira mais uniforme . ‘ gostou da decoração ? ’ gesticulou para as câmeras ali dispostas . ‘ talvez estejam morrendo de medo de serem roubados , ou . . . ’ não terminou o raciocínio , levando um dos cigarros até a boca e acendendo-o com seu isqueiro . vicente tragou e logo pode sentir os músculos relaxando . ‘ o quê é meu é seu . ’ brincou , estendendo o maço e o isqueiro na direção de lola .
quem: lola de la vega & vicente cervantes (@crvants)
quando: 24 de julho de 2024, cerca de 20:00
onde: jardim da mansão dos borbón
quando o estômago de lola roncou pela terceira vez em cinco minutos, ela decidiu que era o suficiente. entregando sua taça de champanhe vazia para um dos garçons que passava por perto, a loira se levantou de sua cadeira e saiu em direção à porta dos fundos, que sabia que a levaria até o jardim. no meio do trajeto, no entanto, se deparou com vicente. ❝ vic! ❞ chamou, acenando rapidamente para capturar a atenção do amigo. sem perder o ritmo de suas passadas, a loira entrelaçou um de seus braços pelo de vicente e continuou a caminhar até a porta. ❝ eu preciso tomar um ar, e você vai comigo. ❞ disse em um tom que não dava abertura alguma para argumentos. lola empurrou a porta e respirou fundo assim que a brisa fresca noturna bagunçou o seu cabelo. ❝ sem exagero, acho que se eu ficasse mais cinco minutos lá dentro, ia ter um colapso nervoso. ❞ a jovem comentou, indo na direção de um banco de pedra embaixo de uma árvore. ❝ me diz que você tem um cigarro aí, por favor. minha bolsa é muito pequena, precisei escolher entre ele e o meu batom, e você pode imaginar qual foi o vencedor... ❞ lola fez um biquinho para o amigo antes de rir.
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CRIMINAL MINDS 2.08 'Empty Planet'
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a primeira coisa que notou foi o vestido vermelho sangue . em outro momento , teria rido da ousadia alheia , pois bem , elena nunca foi muito boa em seguir o convencional . ‘ eu falei alguma coisa? ’ retrucou com uma leve ironia na voz . vermelho certamente era sua cor , mas não a diria . ‘ talvez precisasse que fosse desenhado , elena . ’ deixou o olhar a percorrer por uma última vez antes de se acomodarem em sua feição . os lábios formaram um sorriso de canto perante a provocação . vicente a conhecia bem , bem até demais , para saber exatamente o quê a estratégia por trás do detalhe dourado dos sapatos significava . elena de bellefort conseguia ser uma megera quando queria . a imitando , tomou um grande gole do champanhe , mas não o bastante para aniquilá-lo . ‘ um brinde à vida . ’ disse à ela , baixo , de maneira com que somente eles pudessem escutar; do contrário , seria de um extremo mau gosto . provocou-a , então , levando a taça de cristal a frente , para que a ex-namorada pudesse encostar a sua na dela , iriam brindar à linnet por ter os fodido .
onde: mansão dos de borbón em mallorca
quando: 22 de julho de 2024, 19h30 (mais ou menos).
quem: elena & @gngstarters
❝o que foi?❞, perguntou quando percebeu que muse olhava sua vestimenta. ❝ninguém disse que era pra vir de preto...❞, deu de ombros, parecendo despreocupada. ❝ah, é, aquela coisa idiota do dourado. bom, meu manolo blahnik é dourado, mais ou menos. tá vendo ali nos detalhes da alça?❞ questionou, apontando os saltos nos pés, com as tiras douradas. ela quase teve vontade de rir: "aos meus pés, linnet, tome sua homenagem". ajeitou a postura e voltou a olhar para muse. ❝enfim, é isso. afinal, um jantar para comemorar a morte de alguém me parece sombrio. a vida já é bem sombria, vamos viver!❞, disse, tomando um grande gole da sua taça de champanhe. deuses, odiava tudo sobre aquela noite e queria que acabasse logo.
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aquela mansão ainda lhe causava arrepios . mesmo após a morte da namorada , vicente manteve as visitas à residência dos de bórbon , desta vez , mais esporádicas . não havia o porque vê-los com tanta frequência como antes , entretanto , sabia do apreço e carinho que o casal nutria por ele . oras , fora o último namorado de sua filha e , ao contrário do restante , o cervantes era jovem carismático e naturalmente agradável . e , bem , eles eram um casal abastado e especialmente fragilizados . se fosse uma boa pessoa , não estaria ali . não pelos reais motivos pelos quais estava ali . se olhasse o bastante para a enorme e luxuosa escada que dava acesso ao quarto de linnet , talvez conseguisse visualizá-la ali — descendo-a elegantemente , o salto soando contra o mármore caro . e ele , aos pés da escada , esperando impacientemente. por isso , o olhar sequer triscou em direção a escada . desabotoou o primeiro botão da camisa , livrando o pescoço daquela prisão . pegou uma taça de champanhe quando um garçom passou por ele , tomando um grande gole da bebida assim que os dedos pegaram no cristal . só precisaria de mais quinze daquele e tudo ficaria bem .
respirou fundo e retirou-se do salão , optando pelo ar fresco e solitude . o ar era pesado , quase palpável . a voz de dorsey cortou o silêncio da varanda , pegando-no de surpresa . vicente colocou uma mão sobre o peito , que disparou com a aparição . ‘ ¡ puta madre ! ’ deixou escapar . em outro momento , não teria estranhado a natureza já estranha do amigo . a profecia não passou despercebida , porém , o cervantes optou por desconversar . ‘ saavedra , você sabe como eu te adoro , mas agora não é o momento para você falar sobre morte . ’ não enquanto ele estivesse na casa da sua ex-namorada morta . sentiu o sangue gelar quando a mão do amigo apontou para as sombras pouco passos atrás de si e , rapidamente , vicente deu um grande passo para frente , deixando seja lá quem fosse ela longe . ‘ é claro que eu quero . ’ tomou o cigarro do outro , automaticamente levando-o até a boca . é , agora precisava de quinze taças de champanhe e sete cigarros para relaxar . tragou , deixando a fumaça esfriar na boca antes de levá-la para os pulmões . ‘ mais tarde , talvez . ’ falou em resposta a oferta de algo mais forte . os pais de linnet não poderiam vê-lo chapado . ‘ você não estava falando de linnet , certo? quer dizer , essa mansão deve ser antiga pra caralho , sabe-se lá o que aconteceu nessas terras , cara . ’ deu mais uma tragada e estendeu o cigarro de volta para dorsey .
OPEN STARTER ━━ ft. seu muse !! @gngstarters
adentrou a grandiosa mansão dos de borbón com um ar de desconforto palpável, trajando um elegante conjunto preto adornado com um discreto, porém significativo, detalhe dourado, feito especialmente para a ocasião. a dor de cabeça que o atormentava parecia intensificar-se a cada passo, os vultos e sombras dançando na periferia de sua visão, sugerindo a presença inquietante de linnet. ele moveu-se entre os convidados como um fantasma, cada sorriso e cumprimento um esforço monumental. as vozes ao redor soavam distantes e abafadas, como se ele estivesse submerso em um mar de lembranças e arrependimentos. com um murmúrio de desculpas, ele finalmente escapou para a varanda, buscando o frescor da noite para acalmar sua mente atormentada.
o ar fresco da noite de mallorca trouxe um alívio temporário, e dorsey tirou dois comprimidos de oxicodona do bolso, engolindo-os com a destreza de quem já está habituado ao ritual. ele acendeu o terceiro cigarro da noite, tragando profundamente, enquanto observava as sombras sinuosas das árvores sob a luz da lua. no silêncio da varanda, ele não estava sozinho. a figura de um antigo amigo de linnet se destacava na penumbra. dorsey aproximou-se lentamente, seu olhar fixo na silhueta que oscilava ao seu lado.
"você sabe," dorsey começou, a fumaça do cigarro escapando de seus lábios como um suspiro, "às vezes, as sombras têm mais a dizer do que os vivos. talvez sejam os segredos que não ousamos confessar em vida que nos perseguem na morte." sua voz carregava um tom enigmático, ecoando na escuridão como uma profecia sussurrada. de repente, ele parou, os olhos arregalados fixos em algo atrás de sua companhia. um vulto indistinto, uma sombra que parecia mais densa que as outras, movia-se silenciosamente.
"você vê?" dorsey murmurou, apontando com um leve tremor na mão. "ela está aqui. as sombras... elas não mentem." após um momento de silêncio carregado de tensão, dorsey voltou o olhar para seu companheiro na varanda e, com um sorriso cansado, ofereceu o cigarro que segurava. "quer um trago?" ele perguntou, sua voz suave, quase íntima. "ou talvez algo mais forte?" ele puxou um frasco de opioides do bolso, balançando-o levemente. "tenho mais desses, se precisar. às vezes, é a única maneira de calar as vozes e as sombras."
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