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digo o que eu penso, mas penso o que eu digo.
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Blog de opinião de David Barradas, estudante de Design Multimédia. Falo do que penso ser relevante, falo de design e também sobre variados temas da actualidade. http://www.about.me/david_barradas
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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Vinte anos.
Estejam descansados, não vou falar na música do José Cid.
A data aproxima-se. Brevemente farei uma idade invejada por velhos e novos. Vinte anos. Duas décadas. 7300 dias. 175000 horas. Passa num instante, embora por vezes não pareça.
O que neste momento me questiono é "Como é ter 20 anos?" Ter vinte anos é ter uma bonita idade. Uma idade em que começas a ter noção das tuas responsabilidades, a não ser que sejas um "menino da mamã". Uma idade onde o "safa-te", o "amanha-te" e o "desenrasca-te" são palavras de ordem. Uma idade onde tens de tomar decisões que vão decidir a tua vida toda. Uma idade em que tu escolhes como queres ser, decides a tua forma de estar na vida, que é influenciada fortemente pelo que aconteceu nesses 20 anos. É uma idade em que as tuas indecisões começam a dissipar-se.
Os novos ambicionam esta idade. Estão fartos, muitas das vezes de ouvir a saudável palavra "não!". Outros estão fartos da casa, comida e roupa lavada. Mas depressa vão ter saudades!
Os velhos também ambicionam ter 20 anos, de novo. Retomar as forças que perderam ao longo de uma vida, por vezes árdua. Ter a vitalidade que um dia já tiveram. 
Esta é uma idade ambicionada. Mas desempenhar este papel não é tarefa fácil!
DAVID BARRADAS
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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Regressar é viver.
Hoje é dia de regresso. É dia de deixarmos tudo para trás. As férias terminam, a faculdade começa. Com ela, todo aquele convívio e todo aquele conjunto de trabalhos. Tudo o que tem de bom e de menos bom de estudar.
As férias foram de repouso, de descanso. Por vezes até demais, ao ponto de ficar ligeiramente aborrecido. De uma rotina sem ser rotina. Levantar tarde, deitar tarde. Agora tudo isso vai acabar.
Para regressar, a rotina das malas feitas e das longas viagens, típica dos regressos, não foi excepção.
Mas sem regressar, não há realização. Regressar é um estímulo para algo novo dentro de uma velha rotina. Com a cabeça mais leve, sentimo-nos mais predispostos para o que para aí vem. O reencontro dos nossos colegas, os problemas com os quais vamo-nos deparar e certamente resolver, as aulas, umas mais fixes, outras mais chatas. Reencontrarmo-nos na nossa realidade anterior acaba por ser confortável. Vermos as pessoas que já conhecíamos, os locais que já frequentávamos, os caminhos que fazíamos. Tudo isso com os regressos volta. Regressar é viver.
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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Os Dois Caminhos
Ontem quando passeava pelos meus tweets, isto chamou-me à atenção.
Concorreram mais pessoas à próxima edição da casa dos segredos do que ao ensino superior. NOTA: Não é uma piada.
— Nilton (@niltoncomedy) September 13, 2012
Pois é. A terceira edição da Casa dos Segredos tem 88 mil pessoas dispostas a mostrar o pior delas, diariamente, para milhões de portugueses.
Antes de escrever, falei com algumas pessoas sobre isto, e o feedback que tenho diz-me que este é o caminho mais fácil. A maioria dos concorrentes da casa dos segredos, fica depois com um lugar ao sol nos programas da tvi, tirando, por exemplo, o lugar a pessoas do curso de teatro da minha escola que estudam entre 3 a 5 anos para tirar licenciatura/mestrado. Estes concorrentes ficam com os papéis nas novelas, ficam a participar em programas, tirando o lugar a quem realmente é qualificado. Não me admiro nada se daqui a 10/15 anos um concorrente de um qualquer reality-show fique a apresentar o jornal das 8, e fazer entrevistas ao primeiro-ministro. Isto faz-me lembrar o amadorismo na internet que Andrew Keen falava no seu livro "O Culto do Amadorismo", desta feita aplicado a meios de comunicação convencionais que eram muito respeitados pelo autor.
Sobre as anteiores edições deste reality show, a minha opinião sobre os critérios de escolha dos concorrentes eram os opostos aos critérios de escolha do ensino superior. Eram admitidos os concorrentes que tivessem a pior classificação média nas disciplinas leccionadas, e que tivessem menores habilitações literárias. Já para não falar que são admitidas as pessoas chamadas de 'mais bonitas', havendo um certo preconceito nesse aspecto.
Há pouco disse aqui que inscreveram-se 88 mil pessoas para a Casa dos Segredos. Para o ensino superior, inscreveram-se 45000 pessoas. Cerca de metade. Sim, estudar é um caminho difícil. Sim, estudar muitas das vezes pressupõe desgaste físico, psicológico e financeiro. Cada vez há menos garantia de emprego, cada vez mais estuda-se para emigrar. Mas é um caminho recompensador que muitas das vezes muda a vida das pessoas. As pessoas são sugeridas a 'pensar diferente' (aproveitando o antigo slogan da apple), começam a questionar o que se passa à sua volta. Crescem na sua personalidade. É também para isso que serve o ensino superior - mas do que tirar um curso, que até nem sequer pode-nos dar um emprego logo à vista, serve para formar cidadãos, pessoas mais responsáveis, pessoas que saibam pensar.
Quem está na casa dos segredos, no meu ponto de vista, como pessoa não cresce. Não muda, só mostra o que há de pior. Além de algum dinheiro, só ganham uma coisa, que no futuro até pode vir contra elas - fama.
Estes números reflectem também em traços gerais as características dos portugueses - a tendência de ir pelo caminho mais fácil, o desespero de algumas famílias, a falta de dinheiro das mesmas, o medo de recorrer a apoios como bolsas de estudo.
Para o ensino superior, dos 45000 inscritos, entraram 40000. Na casa dos segredos, dos 88000 inscritos, deverão entrar 12. Será este um caminho mais fácil?
DAVID BARRADAS
fontes:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/tv--media/88-mil-inscritos-em-secret-story
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/ensino-superior-com-a-menor-procura-desde-2006--1562262
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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A farpa vira-se contra o toureiro.
A época tauromáquica deste ano já foi marcada por vários incidentes, de entre os quais escolho três:
- A realização injusta de uma corrida de toiros em Viana do Castelo, cidade auto-proclamada como "anti-touradas";
- Um cavaleiro montado no seu cavalo vai para cima das pessoas numa manifestação anti-touradas;
- Um jovem forcado dos aposentos da Moita ficou tetraplégico após ter sido colhido por um touro.
É devido a estas situações e a outras que penso que chegou a altura de tentar acabar com este tipo de tradições.
A Região Autónoma da Catalunha, em Espanha, deu uma grande lição ao resto do país e aos outros países, ao aprovar uma lei que proíbe a realização das corridas de toiros.
As corridas de toiros para muitos são o momento da reunião das famílias, são um divertimento como qualquer outro. Ver um animal ser atacado com farpas, e ainda provocá-lo através de diversos métodos, para muitos, é motivo de diversão, motivo de alegria. Não se pensa no resto, na forma em que o animal está a sofrer, na forma em como estão a maltratá-lo.
As corridas de toiros infelizmente só beneficiam um pequeno grupo de pessoas, as pessoas responsáveis pelas mesmas. Cavaleiros, ganadeiros, e forcados, em troca de um espetáculo rude e bárbaro, ganham milhares de euros das pessoas que vão atrás destas tradições. Se, por exemplo, as pessoas com cafés à volta das praças de toiros sobrevivessem só das corridas de toiros, elas estariam miseráveis.
O rapaz da Moita que ficou tetraplégico após ter sido colhido por um toiro, foi logo para a capa de um dos jornais mais sensacionalistas do país, o 'Correio da Manhã'. A grande maioria das pessoas que leram aquela notícia, ficaram com pena do rapaz. Mas se tivesse caído num acidente de trabalho, na construção de um prédio, de uma ponte, se caísse de uma árvore, e ainda assim tivesse ficado naquele estado, já ninguém tomaria atenção a isso. Mas como foi na corrida de toiros toda a gente falou.
Deixo também, a terminar, uma questão: Será que a RTP, canal ainda do estado, fará serviço público ao transmitir, através da RTP1, as corridas de toiros para dentro das casas de milhões de portugueses?
Sinceramente não acho.
DAVID BARRADAS
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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A Helvetica Calipolense
Tumblr media
Eu que venho de uma formação académica de Design, sei bem que em tipografia, o tipo de letra Helvetica é um dos mais utilizados, senão o mais utilizado. Para os designers de hoje, por vezes é considerada como uma escapatória, "não sei que tipo de letra usar, uso helvetica".
Pois bem, na minha terra, em Vila Viçosa, cujos habitantes, para quem não sabe, são calipolenses (e não vila-viçenses como muitos pensam) há um caso bastante semelhante.
Só que o tipo de letra não é de todo a Helvetica. É neste caso a Eurostile. Lojas dos mais variados tipos, restaurantes, gruas das serrações, ambulâncias, horários das missas e até a indicação do local onde moro - junto ao meu portão - tem esse tipo de letra.
Bem, sei que é preferível a Helvetica ou a Eurostile em vez da Comic Sans, por exemplo. Mas havia de se pensar melhor. Será que o restaurante A tem de ter o mesmo tipo de letra da drogaria B? Será que a ambulância tem de ter o mesmo tipo de letra do horário das missas?
Se queremos coisas que se destaquem, as diferenças têm de começar por aí.
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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O que a capa tapa, se quiseres podes destapar.
Primeiro dia de faculdade. Os morcegos saem aos bandos das suas grutas para fazerem as suas atrocidades. Os novos alunos, são recebidos como se fossem para a tropa, para um negro exército, um exército de vaidade vazia, de vaidade fútil. Lembro-vos que a obrigatoriedade de cumprir serviço militar já terminou há alguns anos. Mas aqui o exército é outro, é o exército da repressão em nome da chamada "tradição académica".
O sonho dos nossos adolescentes hoje em dia é o de irem para a faculdade para vestirem o tão desejado traje. Para a fotografia. Para mostrarem aos filhos e aos netos, que ainda que tenham uma vida de trabalho no call-center e no pingo doce, eles estiveram lá, eles cumpriram o seu sonho.´
Para isso, não abdicam de passar pela ridícula "recruta", onde as maiores atrocidades são cometidas. Desrespeito moral, incentivo ao consumo de álcool, brincadeiras de mau gosto, são apenas alguns dos ingredientes desta "recruta" que em nome do seu sonho de adolescentes, sim, o de no futuro passar a "veterano", e ter o dito traje. Em nome de uma capa preta deixam-se manipular por pessoas já manipuladas para o facto de que estas tradições devem continuar.
Quem traja, não sabe muitas das vezes o propóstito do uso do mesmo. Como é para a fotografia, o resto não se questiona. Quem traja, esquece-se que tem a sua indivualidade, é mais um dos mários ou das marias que vão com as outras.
Quem não quer mudar e ver que este sistema é rude, que assenta em hierarquias ridículas, e que põe a nossa individualidade no caixote do lixo, é para mim o maior culpado. Se todos os novos alunos pensarem nisto, aí as coisas podem mudar. Mudam as mentalidades deles mesmos, e muda também as mentalidades dos mais tradicionais, que vão ficar a pensar: "mas o que é que se passa para eles não irem às praxes e às coisas que nós preparámos? o que é que se passa?" Isso vai estimular a reflexão de mais pessoas, e a mudança de atitudes.
Este país só avança quando houver mais pessoas a pensarem nas coisas que o rodeiam. Enquanto vivermos a nossa vida (académica) em função de uma capa preta, (que esconde muita coisa), de uma bonita serenata, e dos excessos que só mostram a nossa imaturidade quando pretendem mostrar o contrário, vamos ser pessoas frustradas no futuro, sem independência, sem pensamento livre, submissos a tudo o que lhe disseram desde miúdo, e mais um daqueles que critica tudo por tudo e por nada, mais um daqueles preconceituosos, mais um daqueles cidadãos dos quais não são mais precisos.
Com isto é claro que não quero dizer que a vida académica seja um pão sem sal. Nada disso. A questão é que estamos em 2012, e estas tradições que já deviam ter acabado ainda continuam. Não estou a querer dizer que os novos alunos não devam ser integrados. Claro que devem ser, de outra forma, com outras actividades, desta vez, pautadas pelo respeito mútuo, sem hierarquias, sem obrigações-que-se-não-forem-feitas-vais-sofrer-na-pele, sem arrogância.
Falando na minha experiência, fico bastante agradado de na minha faculdade isto ainda ser residual. Embora eu não gosto do facto de que este "exército inimigo" esteja a aumentar.
Isto, em parte eu, com os meus 17 anos, quando entrei e não conhecia nada, já pensava assim, o estar na faculdade em que estou ensinou-me mais estas coisitas.
Mesmo que vá um dia tirar outra licenciatura, numa faculdade com tradições, serei o primeiro a levantar esta bandeira. Esta gente como teve sempre uma educação cheia de mimos, precisa ouvir destas gerações mais novas um corajoso NÃO a tradições só para a fotografia.
A capa tapa a luz de um pensamento livre, sem preconceitos, de um falar de igual para igual. Sem vergonha. Temos de ter coragem para a destapar. Senão vai sempre ficar tudo na mesma.
DAVID BARRADAS
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dbbarradas-blog-blog · 13 years ago
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O bater com a porta na cara.
Este é o meu primeiro post onde vou falar abertamente sobre o que eu penso acerca da rtp2, ora cá vai.
Fechar um canal como a rtp 2 não é apenas fechar um canal. É alienar milhões de portugueses ao acesso de bons desenhos animados, de programas de conteúdo cultural, que promovem a inclusão social, que falam de questões pertinentes. Nem todos temos cerca de quarenta euros todos os meses para ter os melhores pacotes de canais cabo. A população mais idosa não tem acesso à internet, nunca lidou com novas tecnologias.
Mais que fechar um canal de televisão, fechar a RTP2 é fechar a porta a muita gente aos melhores conteúdos culturais, e deixar os portugueses sem poder económico à mercê das telenovelas e reality shows. Este país para avançar precisa de tudo menos de share.
A solução para a RTP não passa por privatizar não. Despeçam as grandes estrelas, não precisamos delas, ponham os recém-licenciados no desemprego a apresentar os programas e telejornais, apostem neles, acabem com programas como "Top Chef", "Com amor se paga" "Decisão Final", com as telenovelas da tv record que dão depois do jornal da tarde, "Arte e Emoção" e corridas de toiros, eles já acabaram com o futebol. Acabem com os conteúdos que simplesmente não são necessários.
Se estão mesmo com a corda na garganta (que até não é o caso) vendam parte dos estúdios. Concentrem mais a programação.
A RTP, com mais ou menos recursos tem uma missão, que é fazer serviço público. O dinheiro não é tudo na vida. Ainda que tenham os maiores estúdios da europa e do mundo, e tenham o maior financiamento, mas se não fizerem serviço público, de nada serve.
Fechar a RTP2 é fechar a porta ao pensamento. É fechar a porta à educação, à cultura, à informação. Mais do que fechar a porta, é um bater com a porta na cara dos mais pobres, que vão aumentando com esta crise.
A mim, parece-me que já não gostam que as pessoas pensem.
DAVID BARRADAS
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