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Atelier F - House and studio, Seewis 2017. Via, photos © Ralph Feiner.
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Inconstante fogo falha molha marca brande corre chega cheio aqui inteiro antes mesmo vago veio quente torna meio impasse vide ouro gozo ou nada queima arde parte dentro outro nega fora espera
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Janeiro choveu o mês inteiro. Chuva essa que começou lá em dezembro, antes do natal ainda. Hora chovia mansinha e amistosa, nublava e durava o dia todo, hora fechava o céu e trazia vento e frio, ou tempestuava durante a tarde e depois ia embora. Eu tava amando os dias nublados de garoa e pouco sol. Aí teve um dia bem no fim do mês que choveu pedra e choveu bastante. Foi no meio da tarde assim, sem aviso ou previsão (fora ter chovido o mês todinho). Naquele dia me deu uma coisa e eu quis gravar a chuva caindo. Vi o vento desenhando nas gotas, as pedras caindo e quicando no chão, os carros estacionados no posto, as trovoadas, o som alto do gelo no telhado, os pingos nas janelas, a água na minha pele e tudo que consegui. Foi gostoso e intenso e logo acabou, que nem acabou janeiro. E era pra essa chuva diária ter ido junto mas tá aqui ainda, molhando tudo lá fora. Hoje é dia primeiro do mês número dois e depois daquele dia não choveu mais pedra, só tá trovejando bastante e vem com uma chuvinha agressiva, dessas de pingos finos que parecem cortar a gente.
Águas de março, né? Sei.
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Tudo que ela toca, creia você, vira poesia Os nomes que ela diz, as canções que ouve, os lugares que habita. A água salgada sobre o rosto na ausência de luz, o crepitar dos dentes ainda no calor, o predominar do silêncio. Creiam, vocês Tudo vira poesia Dessas bonitas que as pessoas publicam em livros e saem nas colunas dos jornais ou nos livros de escola, que viram música popular, marchinha de carnaval. Até o embaralhar das cartas, o roer das unhas, o balançar das pernas nervosas. Pasmem, mas é verdade. Então não é de surpreender que ao me tocar, ela escreveu E fez tão bem feito e bonito, que eu, antes só prosa, virei poesia também
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Tem uma imagem na minha cabeça que me agrada muito.
Você chegando debaixo do sol de mochila nas costas e uniforme branco. Eu fazendo dever com o Fernando na carroça que você fez com o seu pai. De longe eu te vejo ao lado das parreiras, você aperta o passo e sorri. Segura meu rosto e antes do beijo a gente dá risada, porque é tão gostoso. Me olha nos olhos, toca os lábios nos meus de novo com calma e eu pego sua mão. Ponho sua mochila nas costas e debaixo da sombra a gente entra pra almoçar sem sapatos.
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De vez em quando quero gritar pro mundo.
Quero te escrever cartas estupidas em metros. Te compor sonatas inteiras, serenar sua janela de madrugada e acordar todo mundo pra te falar do que eu sinto, 25 horas por dia, 8 dias por semana; mas tudo parece tão alto pra um sentimento tão delicado que quero te beijar até você sorrir, andar com você de mãos dadas e pés descalços, tocar seu rosto iluminado por uma luz bonita e só te olhar sem dizer nada; mas parece tão simples pra um sentimento tão forte e fundo.
Aí eu escrevo; E falho porque não consigo encontrar meios pra expressar o que se passa aqui dentro. Aí tento de novo e falho outra vez, mas continuo escrevendo. E falho mais uma outra vez mas continuo tentando porque você é o grito mas também é o sussurro, Ana. Você é o toque quase ausente mas é o orgasmo e o aperto no peito, é o nó na garganta e a gargalhada das cócegas que eu não sito, é a dor de cabeça, as mordidas nas pernas e nas costas. Você é a tempestade naquela tarde abafada e é também o arco íris e o frescor que vêm depois, é o céu nublado que diminui o ritmo e o pôr do sol rosado que todo mundo se apaixona, frio e calor, tudo ao mesmo tempo. Não quero você esquecendo de nada disso e ainda que sua memória seja infinitas vezes melhor que a minha, vou te lembrar de tempo em tempo o quanto você é importante e maravilhosa.
Amo você.
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Tá grossinha, você visualizou e não respondeu (pela primeira vez). Amou uma indireta bem direta que não tava marcada. Tá me tirando a porra do sono de novo e eu não sei como agir, não quero te ver ir assim. Quero ir até aí e te agarrar e passar calor. Desculpa se te assustei com meu sentimento, na real só te quero por perto.
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Odeio a forma que você faz eu me sentir em momentos como esse. Detesto que me tira o sono e que por eu não parar de pensar um minuto em você, me faz acreditar que eu caguei tudo de vez. Uma bosta isso, agora que eu achei que tava indo mesmo. Tava quase contando pra galera que ia te pedir em namoro no fim de semana. Eu QUERIA te pedir em namoro. Preferivelmente debaixo de chuva ou de um sol escaldante pra te ver fechar os olhos. Mas parece que não vai rolar. Parece que eu me joguei muito rápido e você não tava lá pra me segurar. Eu deveria ter visto os sinais que você mandou, deveria saber que você ia fugir. Tava tudo indo rápido demais, desenvolvendo demais. Você já tinha falado que me amava umas par de vezes (vai ver tava brincando, nunca sei) e aí quando eu te devolvo o mundo desaba. Aí é ruim e é errado e a hora foi errada e já tamo estranha e nossa, que inferno. Puta que pariu, que inferno. Não sei se é coisa da minha cabeça, se na verdade as coisas tão bem e eu só tô calculando demais, sentindo demais, preocupando demais. Das outras vezes foi assim. Tenho medo de que essa não seja.
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São eventos isolados, né?
Tudo isso que acontece uma vez só e parece que grava tão fundo na gente que não vamos esquecer nunca mais. Mas a gente esquece e as memórias são substituídas por outras de mesmo valor ou talvez até menos relevantes. Então vim aqui escrever umas memórias antes que elas sejam substituídas por outras tantas. Assim aproveito e te mostro no que eu fico pensando durante o dia e antes de dormir. Já tá tão claro pra mim que você me inspira que nem vou fingir que "deu vontade e aí escrevi" porque você que me dá e escrevi sobre você e foi isso. Então vamo.
Não quero esquecer que você aparentemente tem vergonha de dançar e de mais uma série de coisas. Vou pegar pra nós um karaokê e aí eu quero ver.
Não quero esquecer que enquanto você dormia me puxava pra perto e acariciava minha mão de quando em quando, a cabeça colada na minha.
Não quero esquecer das suas sobrancelhas alcançando o teto enquanto a gente se tocava, nem do seu olhar intenso e tímido enquanto eu tomava banho. Te queria lá comigo.
Não quero esquecer você me segurando dentro do carro apertado, com os braços ao meu redor enquanto eu tava no seu colo. Nesse dia também riu pra cacete enquanto voltávamos pra sua casa e eu só queria te ouvir rir daquele jeito mais vezes.
Não quero esquecer que seu corpo é QUENTE e tão, tão macio. Não quero esquecer que eu odeio calor e que quando dormimos juntas eu não tava nem ligando.
Não quero esquecer de você me puxando pra perto inúmeras vezes durante a noite, de como virava a cabeça pro alto, sorria e olhava pra mim exasperada no escuro quando a gente segurava os ânimos.
Não quero esquecer dos sons que saíram de você noite passada nem de como eu me senti enquanto te ouvia.
Não quero esquecer como sua pele desliza fácil sobre a minha ou de como seu riso acompanha o da sua irmã e nem de como me pega pela mão.
Não quero esquecer de como me senti quando era de mim que você tava falando naquele post, nem de como você não demorou nada pra me pedir em casamento, as posições que a gente tomou na sua cama ou como eu pulei como uma criança na cozinha quando escreveu sobre mim hoje.
Olha, se eu pudesse (e se eu pudesse não te contaria porque seria muito estranho), gravava cada minutinho nosso e depois assistia de novo, porque nossa
Que gostoso tudo isso.
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Num dia a gente tá, ó, cem por cento. Ou até noventa. Quando é assim eu não duvido de nada e a gente se curte. Num outro dia a gente mal se fala, não vem assunto e te sinto distante. As respostas demoram, as conversas são mecânicas e falta espontaneidade. Cada dia que passa a gente se afasta mais e acaba, por consequência, se gostando menos. Queria te ver pra matar a saudade mas hoje nem é tanta assim e sei que amanhã vai ser menos ainda. Não sei se é melhor desse jeito, a gente deixar morrer devagar sem sofrer muito ou ir com tudo e ver o que tem depois do pico. Também não sei direito o que eu quero, tá tudo confuso. Quero o sorriso que alcança seus olhos, te quero perto e dentro, jogando os óculos no chão; mas não quero ficar pendurada esperando respostas ou imaginando diálogos ou supondo ações ou duvidando de mim. Nem de você. Porra, se for pra ficar comigo então vem e fica. Se entrega pra gente viver isso juntos e depois, se não der certo ou se vier a acabar mais cedo que o previsto, pelo menos a gente (se) sentiu e nada fica assim, em branco. Não gosto desse meio termo. Não gosto de não saber. Quero você me tocando e a gente rindo e seu cabelo no meu rosto sua mão na minha coxa e vamo ali resolver logo essa merda que amanhã vai mudar de novo e você vai estar mais pra lá que pra cá e eu vou esquecer seu cheiro e o tom da sua voz quando me chama pelo nome e não quero não quero
não quero
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tem a impotência de não poder te confortar, a dúvida de ter feito algo errado, a possibilidade de ter te ferido e a vontade de te ter mais perto. a gente tão longe, os minutos tão longos, as crianças na rua tão mais quietas.
fica bem, faz favor? te gosto feliz e leve, rindo e falando de sentimento. to aqui pra você no fundo do poço ou em cima, vou te falar o que precisa ouvir
mas deixa eu te ouvir, mulher! deixa eu entrar, balançar você, te fazer sorrir e chorar, te chamar Aninha e te aninhar aqui no pescoço. deixa eu deitar no seu corpo pra gente ouvir algo juntas, me conta o que te cansa e o que te faz cantar. fala pra mim que te digo as coisas certas e que estamos batendo no mesmo tempo. cê sabe que eu to aqui, né? talvez não saiba que do outro lado da sua tela tem alguém pensando em você o tempo todo
mas né
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carinho? oi, fica mais um pouco, não vai agora tá tão cedo. deixa eu te falar ainda como prefiro montanha a mar, que tenho medo de moscas e que quero te escrever um livro não vai agora que ainda nem vi seu corpo, não te tive no sol da manhã, não tomamos banho de chuva ah, se você soubesse que já acordo cedo de novo, voltei a escrever, tive vontade até de limpar as paredes do quarto então, não vai preciso te olhar ainda, fazer um filme da sua voz, colocar seu cheiro num frasco, gravar seu riso no meu peito fica mais um pouco?
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