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Acho que vou lançar um continho com um piloto de F1
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Desculpa a sinceridade, mas você nasceu sozinho e vai continuar assim em vários momentos da sua vida.
— Talvez A Sua Jornada Agora Seja Só Sobre Você
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Escreve algo baseado na música "Hear Me" do Imagine Dragons!
Hear Me - Imagine Dragons
Abaixo o trecho da música que eu usei para me inspirar nesse pequeno conto 👀
Hear Me Darling
Eu sei que tudo isso é real, porque não consigo respirar.
Tento compreender onde estou, quem sou e o que faço aqui, mas tudo o que minha mente consegue compreender é o imenso silêncio do vazio e a força que meus pulmões fazem para aspirar o ar. É difícil, sinto dor.
Mas eu sei que é real.
Tudo o que aconteceu é real e perceber isso só me faz ter ainda mais dificuldade para sorver oxigênio. Minha mente gira, gira e gira e eu não sei mais quem sou. As coisas vão se desfazendo aos poucos até que tudo o que sobre é essa sensação, esse sufocamento e essa dor.
Sei que estou gritando, mas ninguém me ouve. É como se eu estivesse sozinha em um mundo sozinho e tudo é escuro e silencioso.
E então a memória que me invade é inesperada e dói mais do que a sensação angustiante de não poder respirar. É ele. Nós. Tudo o que fomos e poderíamos ter sido. Me atinge em cheio, como uma grande bigorna e sinto que estou caindo em tudo o que vim evitando.
Ele sorri e é lindo. Os cabelos loiros estão bagunçados, culpa minha e de minhas mãos que não consegue ficar muito tempo longe. Sinto o cheiro de menta e hortelã que veem dos fios loiros de Darric e sei que minha mente me odeia.
É uma memória, mas uma memória tão intensa e dolorida. Meus olhos ardem com as lágrimas, mas eu não as deixo sair.
Darric me beija. Me beija como sempre, como todos os dias e todas as manhãs. Ele é lindo. É fogo e é brasa. E me consome por inteiro. Sinto cada parte de mim responder ao que Darric é para mim. Uma construção. Uma coisa inalcançável.
Quero chorar mais que tudo, deixar que tudo isso se transforme em lágrimas, mas não consigo. E continuo entalada com tudo.
— Misty... — ele sussurra, os lábios roçando em minha orelha.
Arrepios sobrem pelo meu corpo.
— Misty... — me chama novamente.
— Darric — eu respondo, louca para que ele me veja. Para que realmente me veja aqui e entenda tudo.
Quero gritar, dizer a ele para que fique longe de mim, longe daquela minha versão que morreria por ele. Porque eu estou aqui, a versão do futuro, a versão quebrada e deixada de lado que ele criou. Quero gritar de novo.
Darric sorri, daquele jeito que me põe de quatro por ele. Daquele jeito que só ele sabe que me faz derreter. Estou pronta para ir embora, eu e a minha versão de antes. Por motivos diferentes, mas estou pronta.
E então ela sorri, se vira para ele e corre até seus braços e eu sinto a pele dela na dele, a minha pele na dele. Sinto seu coração, suas batidas e tudo o que ele significa. Eu o sinto como uma força que me envolve, me acalenta e agora estou chorando novamente.
Porque Darric e eu nunca vamos poder ser isso. Ser nós. Ele decidiu assim. Me amou com tanta força, me deu tantas esperanças...
Agora eu e ela estamos chorando. Nossos corações sangram como um só. E ela não é mais ela. Agora ela sou eu. Sou mais uma na lista de conquistas infinitas de Darric, um troféu que ele pode exibir... uma nova figurinha para seu álbum.
Nosso amor foi como um jogo, um jogo que eu nunca soube que existia e que nunca soube como jogar. Estava cega, de olhos fechados.
Fixo meus olhos nele, pronta para perguntar o que eu sempre quis perguntar...
— Porquê eu? — as palavras saem rápidas, sem fôlego.
— Você foi um desafio, uma forma de mostrar a mim mesmo que ninguém resiste. Todas podem ser conquistadas com o esforço certo — ele segura meu queixo, os olhos fixos nos meus. — A pergunta certa é, porque não você?
E então o que eu mais temia acontece. Sinto o gosto do oxigênio em meus lábios, sinto-o em meu pulmão e mal percebo que agora, bem, estou respirando.
Darric me encara e finalmente sorri do jeito que me monstra que ele é.
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You are so beautiful...
"You are so Beautiful…" Charlie seemed to guess Iris's thoughts. "How can you be so beautiful?" Charlie's soft fingers ran across the exposed skin of Iris's back, sending millions of goosebumps throughout her body. It was as if she were flames, wind and electrical energy, all mixed into one. Intensifying the caresses, Charlie held her neck with his right hand and tilted her head so that his lips could touch the entire left side of her neck. One moment she was fire and electricity and the next explosions and fireworks. Every inch of skin that Charlie covered with his mouth was an inch that she felt explode, swallow everything and implode. She was a super nova in her prime and was loving that feeling. "You're the most beautiful thing I've ever seen." And he continued kissing her. "The sexiest, most stunning and most brilliant woman this world has ever seen… you are everything! All." "Bright?" Iris wanted to laugh. It was the first time he had called her brilliant and she thought it sounded so good that she was ready to ask him to repeat it, but there was no need. "Yes, brilliant. At the same time as you are brilliant in the sense of brightness, light and energy, you are also brilliant in the sense of intelligent. You're smart, magnanimous and everything you do is incredible." He smiled with his lips still close to her jaw. "There's nothing about you that doesn't shine' "I'm not brilliant" he replied awkwardly. "I'm at most a firefly with my big butt turned off." Charlie laughed and slapped Iris on the buttocks. "And what a butt" She returned it with a light pat on the shoulder. They were late and urgently needed to finish getting ready. Charlie still needed to pick out shoes and brush her teeth, she still needed to touch up her lipstick and fix her smudged eyeliner. There was nothing against being late sometimes, but at that damn dinner they needed to be punctual. They needed to give his parents a reason to see that she had won in life. Because I really had won! I was doing everything right, I was taking my medication and I had an amazing boyfriend. If only he could get rid of the obsession he had with them… everything could be different. "Don't think much about dinner." Charlie murmured as he put on the dress shoes that made him a hundred times sexier.
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RESENHA | OS HOMENS DO REI 03# AFTG
Sinopse
É hora do tudo ou nada para as Raposas. Em Os homens do rei, a conclusão explosiva da trilogia Tudo Pelo Jogo, Neil Josten não está mais fugindo e decidiu enfrentar o próprio passado, os Corvos e qualquer coisa que tente intervir entre ele e a sobrevivência das Raposas. O Exy não perdoa e Neil também não.
A pré-venda, com tiragem limitada, acompanha dois marcadores, um card e dois pingentes personalizados.
Eles podem não ser heróis, mas serão campeões?
Após os atordoantes acontecimentos de O rei corvo, as Raposas estão de volta à Palmetto State. O final da temporada de Exy também se aproxima e Neil Josten ainda tem muitas promessas a cumprir. As Raposas iniciaram a competição como azarões, mas descobriram que são um time de verdade, leal e unido, em que todos estão realmente dispostos a lutar uns pelos outros. Agora, eles têm motivos para continuar.
E, apesar de o risco à sua vida ser mais real do que nunca, Neil agora tem pelo que viver: seus amigos, seu amor pelo esporte e, quem sabe, uma nova paixão por alguém que despertou nele um sentimento diferente de tudo o que já sentiu. No início, fazer amizade com as Raposas era uma péssima ideia; beijar uma, então, ultrapassava o limite do impensável. Mas Neil conseguirá resistir a essa jogada nada ensaiada pelo seu coração?
A eletrizante trilogia Tudo Pelo Jogo presenteou o leitor com um grupo de personagens intrigantes e complexos, e este último volume encerra uma história sobre resiliência e amizade, sobre a família que se escolhe e os dramas da vida, repleto das emocionantes jogadas de Exy, de ação e de reviravoltas.
Minha análise
Os Homens do Rei é a conclusão quase perfeita para a trilogia de Tudo Pelo Jogo, ou All For The Game - como os fãs conhecem mais. E sim, eu disse quase porque acho que algumas coisas não foram tão bem trabalhadas nesse volume quanto foi nos outros, apesar disso, esse é o volume maior da série.
A conclusão é o que se propõe e fecha as pontas soltas que deveriam ser fechadas. Mas fica tão corrido que dá a sensação de que o protagonista - Neil Josten - estava criando uma tempestade em uma colher, isso menos, não parecer nem ser importante o suficiente para encher um copo.
O conflito com o pai do principal é algo que vem nos aterrorizando desde o primeiro livro e então... em menos de dois ou três capítulos o conflito inteiro se resolve como se não fosse nada. É mais fácil temer a Lola do que o Nathan.
Ela deu mais medo do que ele. Sendo que toda a construção feita nos últimos dois livros nos leva a crer que ele é o nêmesis final. Mas foi tão rapidinho, tão rasinho, que mal deu tempo de sentir calafrios, quem dirá medo pelos personagens.
Eu fiquei aflita? Claro. Porém, durou tão pouquinho que fiquei até chateada. Acho que esse é o ponto que mais me decepcionou neste livro em específico.
Fora isso, temos o plot do Ichirou que por mais que tenha sido legal, não foi impressionante. Qual é. O cara é pra ser o maior mafioso que esse mundo já viu e a aparição dele é tão xoxinha que dá até dó. O personagem é interessante, mas serviu só para tirar a nossa pulga de trás da orelha no que se refere ao Neil, ao Kevin e ao Jean. Ele foi o deus ex-máquina do trio purpurina. E a cena final dele... foi só para nos dizer que tudo bem, vai ficar tudo bem.
Ah, outro detalhe sobre a trama, sinto que o Aaron teve um papel mais crucial nesse livro e gosto do fato de que ele tem personalidade - mesmo que quase nunca mostrada pela autora. O que me chateou foi só não saber mais da psiquê dele, afinal, ele está estudando para ser médico e matou alguém, não é algo tão fácil assim de se superar.
O que nos leva ao ponto dois sobre personagens. Andrew Minyard, nosso queridinho e o favorito de muitos leitores (assim como o meu). O que aconteceu? Porque ele agiu como agiu com o Neil? Porque eles começaram aquilo? Porque a Bee não diz nada? Porque ninguém se incomoda? Gente... ele foi abusado quase toda a vida, depois quando achou que estava tudo bem, foi abusado de novo e teve sua confiança partida, precisou ficar sóbrio e ser internado numa clinica... Então ele saí de lá e começa a ter interações sexuais com o Neil como se nunca tivesse ocorrido nada...
Assim, não acho que os personagens devam ser seus traumas, porém, essa foi uma situação que me pegou um pouco durante a leitura. Mesmo que eu estivesse torcendo fortemente pelo casal, ainda me causava certo incomodo.
Porém, preciso dar mérito a Nora.
O jeito como os personagens se posicionavam sobre foi até que bem trabalhado, no entanto não vou ser hipócrita, acho que não tinha a necessidade disso (o estupro que o personagem sofreu).
No geral, os personagens foram bem satisfatórios e consistentes com o que foi criado e apresentado lá no primeiro livro. Considero TKM ou OHR como um livro muito bom e como uma continuação e conclusão a altura.
Personagens:
Enredo:
Plot Twist:
Ambientação:
Criatividade:
Conclusão do livro:
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RESENHAS | 00#
Oie!
Estou começando a fazer minhas resenhas por aqui e acho que vai ser bem legal. Vou usar um sistema de estrelinhas e favoritado. Vou postar os livros ~ não exatamente na ordem que eu li ~ desse ano e vou dando minha opinião.
Acho que vai ser divertido e é uma forma de fazer com que eu reflita sobre a história. Afinal, ser escritora é ler também!
As estrelinhas é o básico. De meia estrela, até cinco estrelas. E tem os favoritos. Nem sempre ele vai ser um cinco estrelas!
As categorias vão ser as seguintes:
Personagens;
Enredo;
Plot Twist;
Ambientação;
Criatividade;
Conclusão do livro.
Espero que seja legal fazer as avaliações ☺
p.s.: Quem quiser pode pegar as imagens das estrelas para as próprias resenhas.
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PRIMEIRA INTERAÇÃO DELES NO LIVRO
RICARDO: Catarina, eu preciso muito de um favor seu! Ricardo suplicava pelo outro lado da linha, a moça de cabelos verdes vibrantes mordeu o lábio desconfiada do pedido do amigo. CATARINA: Eu não posso sair da farmácia Rick, eu sinto muito. Ela deixou o celular de lado para checar se não havia chegado nenhum novo cliente. CATARINA: Mas acho que não poderia ajudar você hoje de toda forma... RICARDO: Por favor, você é a única que aceitaria esse tipo de coisa e afinal a minha avó está fazendo oitenta anos hoje, você sabe o quão foda deve ser fazer oitenta anos? A voz do melhor amigo da moça soava animada e um tanto desesperada, mas ela receava que não pudesse ajudar de verdade. CATARINA: Você está me pedido para ir no asilo com você visitar a sua avó e fazer uma espécie de festa surpresa para ela, certo? Ela se pronunciou tentando ser brincalhona, ele era previsível e ela sabia prevê-lo. RICARDO: Viu? Você é a única pessoa na face da Terra que fala de velhos com alegria, quem melhor do que você para organizar uma festa surpresa para a minha avó em menos de um dia? Suas palavras iam se atropelando e o esforço era visível, ele provavelmente estava a carregar caixas para repor o estoque no grande mercado da cidade. RICARDO: Por favor, eu estou desesperado!
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Quero muito que vocês conheçam a Catarina e o Ricardo, eles são fofo juntos e a história deles sempre me quebra quando eu lembro kkkk
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a autora respondendo, mds, que sonho ser assim um dia, ter essa interação tão foda

PLACE YOUR BETS NOW PEOPLE !!!!
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gente que porra é essa?
Does Neil ever cry? Be it alone or in front of Andrew or possibly Wymack?
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vai se foder kora
que maldade
So through the series we see things from Neil's perspective, but how do the foxes see Neil?? In book three Nicky(?) asks who is humanizing who in Neil and Andrew's relationship. Does Neil come across in the same way Andrew does to them? (Only less violent?)
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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Did the Foxes ever actually celebrate Neil's birthday?
They did! I keep thinking I wrote about it– not here, but somewhere else– but I can’t seem to find the comments on it. But yeah, they had a get-together. Despite Dan’s “warning”, it wasn’t a crazy affair, since Neil’s not into wild & crazy get-togethers.
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CAPÍTULO UM.
Naquele dia em especial, Iris não tinha pensado sobre sua vida ainda. E aquilo por si só a fazia pensar em que momento tudo havia se tornando tão… cinza.
Não que se considerasse uma pessoa que pensasse muito sobre si mesma o tempo todo, gostava de achar que era mais alguém que vivia em uma dimensão própria onde conseguia assistir sua vida como uma boa telespectadora da qual ninguém sentiria falta se se levantasse e abandonasse o show.
Na maior parte das vezes, estava certa.
Íris podia só ficar lá, parada, sentada… esperando que algo acontecesse. Nunca tomava uma atitude, nunca reclamava de nada. Apenas lia o script que davam a ela e encenava como um bonequinho 3D de si.
Porém, precisava ser honesta consigo mesma, até que tinha uma vida razoavelmente confortável. Morava em uma boa casinha de quatro cômodos, com uma varanda incrível e dali mesmo conseguia sentir o cheirinho do mar. Também era um fato louvável que conseguisse pagar com seu próprio dinheiro.
O que mais gostava em sua casa era sem dúvidas o seu quarto, ele era como sempre havia imaginado que queria que fosse um dia. Sua cama com as colchas divertidas que ela adorava comprar, seus sete travesseiros em formatos diferentes: uma estrela e uma folha e uma bola de boliche e um cupcake e um elefante e uma torrada e um livro. As cortinas quase translúcidas recriavam as cores do arco-íris. O pé direito alto que a deixava colocar quadros e fotos na parede, o cantinho de Nick ao lado de sua cabeceira e por fim, o lugar onde ela podia pintar, sua escrivaninha - que guardava tantos segredos quanto folhas de papel.
E tinha também uma das coisas que ela mais gostava sobre morar em Starlight City… a companhia da chuva e de seu gatinho todos os dias quando chegava em casa esgotada.
Em alguns dias, quando buscava refúgio em seu lar, sentia que poderia desaparecer do mundo sem causar qualquer mudança. Sentia que podia desintegrar em pó sem que nem reparassem na nuvem de poeira que subiria ao pisarem nela.
Talvez, aquele fosse um daqueles estranhos dias.
Sentia-se mentalmente exausta por algum motivo. Mesmo que seu corpo físico pudesse fazer uma Iron-Man sem problemas, seu mental… não tinha forças nem para cumprir com todas as funções vitais. Ela ainda se pegava pensando sobre o ato de andar ou respirar de vez em quando, como se lhe custasse muito.
Estava mesmo esgotada.
Nick, seu gatinho preto e branco de olhos amarelos, lhe saudou com o focinho na entrada de casa, como fazia todas às vezes em que ela chegava. Mas naquele dia ela o ignorou, passou reto.
Ignorou porque não o enxergava, porque não se sentia dentro da própria pele e, porque estava encharcada da chuva que havia pego do trabalho até ali. Tinha medo de olhá-lo e fazer com que ele ficasse doente, Nick tinha a saúde frágil e ela não tinha condições de gastar um centavo com ele naquele momento. Então ela deu uma volta de cento e oitenta graus nele e caminhou para o banheiro quase correndo.
Nick miou, em reprovação por ter sido ignorado.
O coração dela apertou, odiava ignorar Nick.
Iris apenas largou a bolsa que trazia consigo no chão e tirou a roupa molhada deixando-a na pia do banheiro. Alguns minutos e um banho relaxante depois, estava com uma camiseta velha de Charlie, uma calcinha limpa e de cabelos devidamente lavados com cheiro de chocolate.
Assim que o corpo se aninhou na cama previamente já aquecida pelo felino, Nick pulou em seu colo ronronando e esfregando o focinho no primeiro pedaço de pele que conseguiu achar. Ele não estava bravo com ela, estava mais aliviada. Dessa vez, Íris o acariciou com vontade embaixo do pescoço como sempre fazia, mas gemeu de dor um pouco.
— Você sempre acerta minhas marcas roxas — resmungou enquanto ainda o alisava. — Inacreditável.
Como se tivesse entendido tudo, Nick miou alto em resposta e se aninhou ao lado do tórax dela, deixando seu focinho apoiado na curva das costelas de Íris. O corpo dele vibrando intensamente em resposta aos carinhos dela. Essa era a parte que ela mais gostava, saber que o Nick a amava e adorava aqueles momentos com ela. Ela encarou os olhos amarelos de Nick e todo amor que encontrava neles. Eram como grandes pedras de calcita encarando-a diretamente, observando-lhe a alma.
Iris o apertou com vontade e ele emitiu um ruído descontente quando ela a soltou.
— Você terá que começar a fazer um regime daqui para frente — ela riu, sem humor.
Nick resmungou de volta, infeliz por ter sido apertado e pela menção ao regime. Ao menos, era o que parecia.
— Pois é, amigão — fechou os olhos e deixou que a cabeça tombasse nos travesseiros secos. — Fui demitida.
Embora aquela fosse a primeira vez que dizia aquilo em voz alta, Íris ainda não conseguia acreditar em si própria. Era a primeira vez em sete anos que era demitida e ela entendia de trabalhar, vinha fazendo aquilo por si mesma há sete anos. Desde que completara quinze anos, se emancipara dos pais e fora morar sozinha.
Era uma longa estrada, uma à qual ela estava acostumada a percorrer sozinha. Irremediavelmente estava frustrada. Quem não ficaria? Tinha começado a segurar seu próprio mundo bem novinha e ali estava ela, lidando com um grande problema da vida adulta sozinha.
Queria chorar.
Acordava todos os dias às cinco e voltava todos os mesmos dias às nove da noite. Nos fins de semana acordava duas horas mais tarde e chegava sempre no meio da tarde. Às vezes antes das quatro e às vezes depois.
Mas estava acostumada ao cansaço, as horas de sono estranhas e a comida sempre requentada por ela. Era uma parte de sua própria vida da qual ela não se ressentia, uma forma de deixar de pensar nas coisas que a atormentavam quando ficava em casa sozinha. Trabalhava mais do que as leis trabalhistas permitiam? Talvez, mas era o que tinha.
Aquela era uma rotina cansativa que levava tudo dela, mas que dava a ela o que sempre quis.
Paz.
Sozinha, Íris tinha paz.
Podia bancar seus salgadinhos e bolachas e lanches e frutas, pagar suas contas e comprar botas novas, ter um gato e decorar sua casa como sempre quis. Conseguia pagar por uma boa casa, conseguia ter uma cama confortável e sua televisão smart tinha mais canais do que ela poderia assistir. A dispensa estava sempre cheia e Nick tinha tudo do bom e do melhor.
Era amiga da solidão, pois aquela era a única forma de ser feliz que ela havia encontrado. Estava bem com aquilo, porque finalmente tinha a paz de que sempre sonhou.
Mas a demissão arriscava tudo para ela.
E se precisasse voltar para a casa dos pais?
E se precisasse mandar mensagem para Darla?
Quem seria se tirassem dela a única coisa que valorizava acima da própria vida? O pânico a dominava sem dó. Todo seu corpo tremia a simples menção de precisar daquelas pessoas outra vez. Ela as odiava, assim como a odiavam. Nada de bom poderia sair de um reencontro deles. Seu corpo sabia que aquilo significava perigo, ficava em ponto de bala para fugir dali o mais rápido possível. E estava sentindo. O suor. A tremedeira. A taquicardia. De repente, sua blusa parecia colada nela a vácuo e tudo parecia diminuir de tamanho.
E como se o destino gostasse de brincar com a cara dela, o nome de Darla apareceu na tela de seu celular. O sobrenome estava estampado ao lado, mas só porque também tinha uma amiga com o mesmo nome - o que era estranho.
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