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Todos os Amanhãs
A obra de ficção especulativa escrita e ilustrada por C.M. Kosemen, publicada originalmente de forma independente, construiu ao longo dos anos uma legião de admiradores, não apenas por sua imaginação, mas também pela maneira como toca, com brutalidade e beleza, a fragilidade da existência humana.
Narrada como um documento histórico, a obra descreve o processo da evolução humana ao longo de milhões de anos no futuro, depois que nossos descendentes colonizam as estrelas. Inicialmente, a espécie humana é retratada como uma civilização quase divina, que domina a biotecnologia, remodela corpos, terraforma planetas e se divide em múltiplas linhagens adaptadas a diferentes mundos. No entanto, essa era de grandeza é abruptamente encerrada com a chegada dos Qu, uma raça alienígena com um complexo de divindade que subjuga a humanidade e molda sua genética segundo seus próprios caprichos, transformando raças em seres indignos até de sua própria lembrança.

Ida dos humanos a Marte - Éden.

Raça descendente dos humanos - Marcianos.

Espécie derivada dos marcianos - Povo Estelar.

Povo Estelar assistindo um filme por meio de projeções.

Raça Qu.

Raça criada para agir como gravadores vivos durante o reinado dos Qu’s. Extintos assim que seus criadores foram embora do sistema no qual habitavam. - Mantílopes.

O povo que demonstrou grande resistência aos ataques dos Qu’s, mas falhou , sendo transformados em blocos de pele e músculos, conectados por uma rede insuficiente de nervos - Coloniais.

As espécies que se esconderam em abrigos subterrâneos foram modificadas para uma espécie cega, que viveria até sua rápida extinção após a partida dos Qu’s - Os Cegos.

Derivados dos Vermes, o Povo Cobra evoluiu e viveu por gerações de forma tranquila, diferentemente de outras espécies, se assemelhando muito aos humanos.
A força de All Tomorrows não está apenas na criatividade de suas criaturas, como os Coloniais, os Cegos, Mantílopes ou Povo Cobra, mas na maneira como cada transformação é também uma metáfora sobre identidade, adaptação e perda. O livro se recusa a oferecer consolo fácil: não há finais felizes, nem linhas retas de progresso. Em vez disso, o que encontramos é uma realidade na qual vislumbramos formas de vida lutando para redescobrir sua dignidade em mundos indiferentes.
A estética de Kosemen é propositalmente crua. Seus desenhos, quase primitivos em alguns momentos, contrastam com a profundidade filosófica de seu texto. Não se trata de arte "bela" no sentido tradicional: é a arte do desconforto, do estranhamento, como se contemplássemos, num museu, os fósseis esquecidos de civilizações extintas.
Em muitos momentos, All Tomorrows se aproxima do horror cósmico de H.P. Lovecraft: o futuro é vasto, incompreensível, e o ser humano é apenas um sopro frágil perdido em meio a forças titânicas. No entanto, diferente de Lovecraft, Kosemen oferece uma centelha de esperança. Mesmo mutilados, distorcidos além do reconhecimento, alguns descendentes humanos encontram formas de resistir, sobreviver e até florescer.
O Autor encerra seu épico de maneira poética e reflexiva, com uma mensagem simples, mas inspiradora:
“Não é o destino, mas a jornada que importa, o que você faz hoje influencia o amanhã, não o contrário. Ame o Hoje e abrace Todos os Amanhãs!”
É um chamado à aceitação, mudança, imperfeição, à própria efemeridade da vida.

“O Autor” - posando, segurando um crânio humano, vazio, após bilhões de anos, seguindo a extinção das raças descritas, assim como dos imponentes Qu’s.
All Tomorrows é, no fim, menos uma obra sobre o futuro e mais um espelho desconfortável da nossa condição atual: criaturas que sonham com as estrelas, mas carregam em si a inevitável tragédia do tempo.
Fui obrigado a fazer essa resenha por causa de um trabalho, mas achei legal.
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STAGE TO PAGE has given 'Romeo & Juliet' a 5 star-review!
Jamie Lloyd has taken the greatest love story of all time and made it into the most gritty, visceral piece of theatre I've ever seen.
Tom Holland and Francesca Amewudah-Rivers share some of the best onstage chemistry I've ever seen in live theatre. Holland is a quietly charismatic Romeo against Amewudah-Rivers' fiery and bold portrayal of Juliet. The intimacy co-ordination from Ingrid Mackinnon must be applauded here as she's created what appears to be the perfect atmosphere for the pair to thrive and bounce off of each other.
Watching Holland's descent into madness and animalistic rage, and his acting in the end of act one is as raw and exposed as you'll see. Amewudah-Rivers domineers the stage and demands you to take notice of her sensational take on one of literature's most loved female characters. Jamie Lloyd has once again created an absolutely ground-breaking production. Whether good or bad, this adaptation will certainly have people talking and is a true reflection of the subjectiveness of theatre.
#tom holland#francesca amewudah-rivers#romeo#juliet#romeo and juliet#jamie lloyd#play#west end#peça#review#resenha#5 star#acclaimed#broadway#love story#london
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LIDOS EM MAIO/ 2025






Mês com livros curtinhos e rápidos de ler.
O Fantasma de Canterville de Oscar Wilde: espirituoso e favoritado.
Mesmo Sabendo Como Tudo Acaba de C.L. Polk: não esperava muito e favoritei.
A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows: favoritado, mas faltou algo.
Traída de P. C. Cast e Kristin Cast: MDS é sofrível todo o drama adolescente.
Obs.: as músicas fazem total sentido na minha cabeça seja pq a letra cai bem p história, o ritmo é bom ou apenas pq era a música do momento p mim.
#livros#frases#navegue#diário de bordo literário#literatura#books#trechos de livros#quotes#citação#registro literário#literature#resenha#ideia de leitura#lidos em maio
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Resenha de "Mar Morto" de Jorge Amado
*sem spoilers, não revisado
Mar Morto narra a trajetória de Guma, um marinheiro baiano que enfrenta em sua vida a angústia e o perigo iminente de sua profissão adjunto a seus próprios dilemas pessoas envolvendo culpa, desejo e religiosidade.
Em sua escrita urbana característica, Amado nos apresenta em seu romance a dureza da vida daqueles que desbravam o mar, e mais ainda das mulheres e filhos que os esperam temerosamente em terra firme.
Recheado de conflitos sociais controversos como incesto, pedofilia, assassinato e promiscuidade, a narrativa por vezes se embola ao tentar construir uma linha de tempo cronológica e coerente
de tal modo que sub temas se expandem desnecessariamente e outros acontecimentos mais proeminentes introduzidos no início da obra foram ou mal desenvolvidos ou não concluídos totalmente
em especial para a relação mãe/amante de Rosa Palmeirão e Guma, que apesar de ter sido interessantíssima não teve muito desenvolvimento e a personagem perdeu completamente os holofotes a partir do segundo ato do romance (o que é irônico já que Rosa Palmeirão é a personagem mais memorável da obra, sendo marcada como uma das primeiras heróinas de Jorge Amado), gostaria de ter visto mais dessa dinâmica mas a narrativa tomou um outro rumo totalmente diferente que excluiu Palmeirão totalmente
Ao meu ver, Mar Morto é a mais pura representação da essência da escrita de Jorge Amado e o que ele se propõe a discutir em suas obras em geral, porém, de maneira alguma é o seu melhor ou mais relevante romance
Esse fator não deslegitima sua força cultural e literária é claro, acredito que Mar Morto tem sim sua parcela considerável de relevância não só por fazer parte dos primeiros romances do catálogo de Amado mas também pelo seu imensurável valor acadêmico em vestibulares, concursos etc
"É doce morrer no mar..."
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Carmilla | RESENHA?
Carmilla é um livro INCRÍVEL!!
Quando falamos sobre vampiros na literatura, Carmilla é uma obra que não pode passar despercebida. Desde que li, essa história se tornou meu “Império Romano” — aquele pensamento que aparece quase todos os dias, não apenas por que o ser vampiro seja algo que me fascina, mas sim a figura que ele também representa.
Para entender Carmilla, é preciso voltar àquela época em que a história estava sendo escrita. A Era Vitoriana (1837-1901) foi um período de transformações sociais profundas, com o capitalismo e a revolução industrial consolidando o poder da burguesia e afastando a nobreza. Apesar das mudanças significativas, essa época também foi marcada pela repressão, especialmente para as mulheres, que eram confinadas ao espaço doméstico e vistas como símbolos de pureza e fragilidade.
A literatura vitoriana, incluindo os romances, desempenhava um papel fundamental na propagação desses ideais, muitas vezes moldando as expectativas sobre comportamento feminino. As histórias eram verdadeiros tratados de moralidade, criando modelos como mãe, filha, virgem pura e mulher demoníaca. Era um reflexo de uma sociedade que tentava controlar todos os aspectos da vida, incluindo principalmente a sexualidade das mulheres.
Carmilla, ao inserir uma figura monstruosa como o vampiro, oferece uma oportunidade de explorar esses desejos reprimidos e medos ocultos, desde que, a figura do vampiro masculina é vista como uma figura poderosa e transgressora, a figura feminina do vampiro é representada como bela, frágil, destruidora de lares e sexualizada ao extremo.
Carmilla, uma vampira nobre, com uma aura sombria e uma identidade monstruosa, representa uma ameaça ao patriarcado. Sua presença é uma afronta direta às expectativas sociais da época, onde as mulheres eram vistas como frágeis e puras. Ela desafia essas normas e se torna uma figura que deve ser combatida e moralizada.
O relacionamento entre Carmilla e Laura é carregado de uma dualidade onde há amor, desejo e repulsa, o que reflete a repressão sexual que era tão predominante na Era Vitoriana. Carmilla não é só uma vampira que bebe sangue; ela representa o que é proibido e desejável ao mesmo tempo. Sua figura, assim como seu desejo por Laura, são indicativos dos sentimentos que a sociedade tentava suprimir.
A ambientação gótica de Carmilla também é um destaque. O cenário — castelos sombrios, florestas enevoadas e um silêncio inquietante — cria um ambiente perfeito para o mistério e a tensão que permeiam toda a narrativa. É um mundo onde o medo e a sedução se encontram, e onde cada movimento é carregado de possibilidades.
No final, Carmilla é mais do que uma simples história de vampiros. É uma outra visão sobre os desejos reprimidos, sobre como a sociedade vitoriana tentou suprimir qualquer tipo de liberdade pessoal, seja emocional ou sexual. É uma narrativa que desafia convenções, não sendo atoa que se tornou um clássico, e questiona o que realmente significa ser livre. Para mim, foi uma leitura inesquecível, uma leitura que mexeu profundamente comigo, com todo o romantismo e a sutileza que existe naquele livro.
Se você é apaixonado por literatura gótica, Carmilla é uma leitura essencial. É impossível ler Carmilla e sair ileso — e, na verdade, quem gostaria de sair?
Fonte/Material Utilizado para escrever esse post:
Artigo | VAMPIRISM AND LESBIANISM IN CARMILLA BY JOSEPH SHERIDAN LE FANU por Marília Milhomem Moscoso Maia
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Semiótica interpretando filmes
youtube
Monstros.a
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Comprei os mangás de Rosa de Versalhes!

E meu deus como estou amando isso.
Pura NOVELA histórica. 100% Um dos melhores animes e mangás ja feitos.
Resolvi comprar os volumes 2 - 5 por que eu já estava meio avançado no anime e achei que eu poderia comprar o Vol. 1 depois. Coincidentemente o Vol. 2 começa bem exatamente onde parei no anime e me fez começar a ler na hora do quão bom que tava.
Problema vai ser só arranjar o Vol. 1, pois sumiu no mercado livre bem no dia seguinte que comprei esses 4. Mas não é nada que meu eu do futuro indefinido não consiga resolver.
Voltando pro mangá em si... ...É BOM. MUITO. Só no comecinho do Volume ja tive dois ataques cardíacos contínuos enquanto lia a trama desenrolar.
Consecutivamente tive um atropelamento severo ligado diretamente ao episódio que fiz uma resenha, na qual me deu um 180° sobre a opinião do que estava rolando ali, seguido de um silencioso "MEU DEUS MARIA JOSÉ" ao testemunhar a tragédia rolando sem nem ter página pra respirar.
Meu coraçãozinho falhou bonitinho depois dessa, e fiquei olhando meu post anterior como "Momentos antes do desastre." Nunca fiquei tão chocado com uma trama dessas antes.
Agora super recomendo ler o mangá ou assistir o anime. Ele é dramático, romântico, cheio de intriga e é histórico! Em outras palavras, vai fazer você ficar emocionado, vai te atropelar, te chocar, fazer sofrer, ficar com repulsa, chorar mais um pouco e lhe fazer admirar com beleza e sentimento, a elegância de sua narrativa como uma grande pintura de arte clássica elevada com o pequeno toque de tragédia grega.
Uma avalanche de emoções que ao refletir bem lá do cantinho, faz você realizar que o passado era triste e ser da nobreza era uma pobreza de espírito.
Finalizando, a obra é magnânima e eu fico com um suspense enorme em relação ao que pretendo assistir no futuro. Minha linha original em relação a esses dramas, e por recomendação do meu irmão era de começar pela Rosa de Versalhes e ir entre dois caminhos que, em presente momento considerando a minha leitura normal são igualmente dramáticos e sombrios:
Oniisama e, da Riyoko Ikeda e mesma autora de Rosa de Versalhes.
Garota Revolucionária Utena, do Kunihiko Ikuhara e anime favorito do meu irmão.
Ambos tratam de temas parecidos e me fazem ficar que nem esse meme:

E Assistam o filme que vai estreiar na Netflix dia 30 de abril e fiquem com umas screenshots do anime:



#brasil#manga#anime anos 70#opinião#livros#mangá#anime#rosa de versalhes#rose of versailles#versailles no bara#resenha
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Deixe aqui embaixo sua opinião e sugestões para a ~possível comunidade. Se possível, reblog para aumentar o alcance.
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🎬 Oi Tumblr! Eu sou Dani Lins, e isso aqui é o NED.
"NED" = Na Estante Dani Lins o lugar onde filmes, séries e livros são comentados com críticas sinceras, curiosidades e (alguns) spoilers.
📌 0 que você vai encontrar por aqui:
• Análises de terror (adoro Invocação do Mal!) e alguns outros.
• Comparações entre livros e adaptações.
• Listas de hidden gems que ninguém comenta.
🔗 Acompanhe também meu blog:
Sabia que 'Invocação do Mal 4' foi inspirado num caso real? No blog, eu conto qual... 👀
Me conta: Qual filme/série/livro você quer ver na estante do NED?
Comente embaixo!
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O Príncipe Cruel
Eu te odeio porque penso em você. Com frequência
★★★★★ ♡︎ 📚
"— Por acaso já falei o quanto está horrorosa hoje?
— Não — eu respondo, grata por ser arrastada de volta ao presente. — Por favor, me diga.
— Não posso."
── ㅤ ㅤㅤׅㅤㅤㅤ᧔ ᧓ㅤㅤㅤׅㅤ ㅤ ㅤ──
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O Veredicto - Lendo Warbreaker #3 | Arquivos de Cosmere
Projetinho de ir lendo e comentando as minhas leituras da Cosmere com spoilers.
Comentando o livro inteiro.
Já faz alguns dias que terminei de ler Warbreaker e ele cumpriu com as minhas expectativas: um bom livro, mas nada fora da curva. E está tudo bem.
Eu li em algumas reviews reclamações sobre o final corrido, mas a verdade é que o livro inteiro é corrido. E, eu acho, que é pq boa parte dos acontecimentos do livro levam a nada...
Vasher, que considero como o personagem mais interessante, some metade do livro. Vivenna faz tanta coisa, mas que não dão em nada. Siri e Canto-de-luz, que eram os personagens mais envolvidos com a Política, foram bem ineficientes nesse aspecto. O Rei-Deus foi totalmente apático. Isto porque, Siri conseguiu apenas que mudassem suas servas e o Deus conseguiu o comando de dez mil soldados de mão beijada.
Então, o que aconteceu o livro inteiro? Parece que nada...
O fim, por incrível que pareça, foi salvo pelo Canto-de-Luz. Gostei de sua história e adorei a quebra de expectativa dele ser apenas um escriba. E a morte da Faz-Corar foi chocante.
Eu gostei das cenas de ação (o autor nunca erra nisso) e acho bem peculiar que uma espada seja o personagem mais carismática do livro inteiro, haha.
No contexto da Cosmere, me recomendaram lê-lo antes de A Sacramentadora, mas por ele em si não faz tanta diferença (ainda preciso ler Sacramentadora para verificar se a experiência teria mudado).
Apesar do livro ser quase decepcionante, ele abre brechas para continuações incríveis.
Falando assim, pode até dá a entender que odiei a leitura, mas eu gostei, hein! Em alguns momentos, cogitei em dar 3 estrelas, mas as páginas finais foram empolgantes pra mim.
#livros#meusposts#leituras#literatura#brasil#resenha#warbreaker#lendoecomentando#brandon sanderson#cosmere#arquivosdecosmere
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crooked kingdom - leigh bardugo [5 stars]
“This action will not echo. It means we won’t make the same mistakes, that we won’t keep causing harm.”
This is a perfect book for those who love politics, criminal organizations, fantasy, romance, unexpected twists, and intense emotions. Definitely a five-star read and a favorite.
substack review pt
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Resenha 001: Bem-vindos à livraria Hyunam-Dong
Resenha 001 – 16/01/2025
Livro: Bem-vindos à livraria Hyunam-Dong
Autora: Hwang Bo-Reum
Tradução: Jae Hyung Woo
Publicação: 10/08/2023
Páginas: 271
Nota: 5/5
“Bem-vindos à livraria Hyunam-Dong” retrata o cotidiano da livraria que dá nome ao livro. Yeongju, a protagonista da obra, é uma jovem adulta que busca consolo e conforto e, com base em sua paixão por livros, decide que buscará isso abrindo uma livraria. Na medida que passa o tempo, percebe que apenas amar ler não a torna uma boa administradora para o seu novo negócio, pelo contrário, se fechar em si mesma tem afastado a clientela, o que é péssimo para um estabelecimento que precisa se manter funcionando. Á partir daí decide tornar a livraria um refúgio não apenas para si mesma, mas para todas as almas que precisam de consolo e afago, ou simplesmente um momento de lazer e boa conversa. Essa trajetória a leva ao conhecimento e aceitação de si mesma, algo que aparentemente a livraria também teve o poder de fazer com os que a encontravam.
O texto de escrita leve está repleto de ensinamentos que vão além de uma boa história, mas fala diretamente com o leitor. É um livro que transita entre as diversas crises que a meia-idade pode trazer, mostrando que todos temos nossas fraquezas e maneiras de lidar com elas, mas reforça a importância da comunidade para superarmos o que nos prende e distancia da felicidade. Hwang Bo-Reum pôde abordar temas muito profundos de maneira tranquila e às vezes melancólica, que me trouxeram boas reflexões. Cada personagem que passa pela Hyunam-Dong é um pouco explorado em suas questões, nos mostrando desde um jovem frustrado por não conseguir se inserir nas expectativas que seus pais criaram sobre ele, até uma mãe perdida em sua própria identidade.
Nos sentimos, de fato, bem-vindos na livraria, como uma mosquinha intrusa que com o tempo é acolhida. Não sei dizer a razão, mas de forma impressionante, mesmo com narração em terceira pessoa, em todo momento tive a sensação de estar sendo parte de cada cena. Não li muitos livros na minha vida, confesso, mas este em específico foi como um abraço, me senti invadida pela vontade de lê-lo novamente o mais rápido que puder.
Ao mesmo tempo que cria esse ambiente caloroso, a obra faz críticas muito interessantes à respeito do sistema capitalista e de suas consequências na mentalidade de uma sociedade que anseia por ser aceita neste sistema, que privilegia poucos. A necessidade de sucesso profissional que se mistura com os desejos pessoais, as pessoas se perdem e não sabem mais identificar o que realmente querem e o que “devem” querer segundo as tradições. Vemos neste livro a mais pura realidade. Ao mesmo tempo que é bom buscar os nossos verdadeiros sonhos, nem todos têm acesso à tal cenário, o fazendo utópico para alguns.
A autora nos apresenta Yeongju, que tem sua reserva financeira (conquistada por meio de um burnout) e consegue tomar a decisão de ir atrás de seu sonho e abrir uma livraria em um bairro pacato. Mas também nos mostra um pai que gostaria de passar mais tempo com os filhos, mas precisa dedicar suas horas ao trabalho para sustentá-los. Bom, o resumo da ópera é: este é um livro que te faz parar e pensar, ele não te apressa com fatos atropelados, mas passa devagarinho. É para você apreciar, refletir. Existem muitos detalhes que me apaixonei nesse livro e gostaria de contar (e lembrar) cada um deles, mas tem sentimentos que só podemos ter experimentando. Sou grata por ter sido bem-vinda na livraria Hyunam-Dong, espero que mais pessoas se sintam assim.
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LEITURA FINALIZADA! Mesmo Sabendo Como Tudo Acaba de C. L. Polk
A história tem um ritmo muito rápido e bem ambientada na década de 40, é muito envolvente, não sei explicar, mas você consegue sentir a narrativa policial com uma detetive contando um caso. Amei toda a parte sobrenatural mesmo que algumas coisas não tenham se aprofundado tanto. O romance das duas é muito fofo e aconchegante, é muito fácil se apegar as duas e torcer pela Helen. O final é um pouco confuso e algumas coisas não fizeram sentido, meio que foi trocado seis por meia dúzia kkk É incrível no que se propõe, facilmente um favoritado.
A autora fez bom uso do pronome neutro, mas ainda não acho que deve ser colocado como uma regra a ser seguida.
"Por não trazer certezas, a esperança também podia ser dolorosa."
#livros#navegue#frases#diário de bordo literário#literatura#trechos de livros#books#quotes#citação#registro literário#resenha#romance
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Resenha de "A Metamorfose" de Franz Kafka
*alguns spoilers
A Metamorfose conta a história de Gregor Samsa, um homem que misteriosamente se transforma em um inseto, mudando consequentemente toda a rotina de sua família e a própria
Ao decorrer da sucinta narrativa a gente consegue acompanhar de perto a metamorfose de Gregor, nos momentos em que ele deixa de ser tratado como humano em condições desfavoráveis pelos seus familiares e passa a ser visto como um incômodo e um fardo
Kafka usa de metáforas muito bem pensadas para explorar os dilemas ao redor do considerado "inútil", e como isso desafia a nossa moralidade, do que achamos aceitável ou não
Por exemplo, é fácil pensar que a família de Gregor era interesseira e o via apenas como um meio para fins, e quando ele deixou de ser útil tornou-se um fardo
Mas analisar a situação pela perspectiva da família também é pertinente
cuidar de um inseto, um ser inútil e peçonhento, quando se sente uma grande repulsa e tristeza pela "perda" de um parente pra aquela condição não é muito fácil
Quando se coloca a situação desse jeito, a gente consegue muito bem relacionar a uns certos problemas que muitas famílias enfrentam até hoje
(acho inclusive muito interessante como Kafka alegadamente pediu que não colocassem inseto nenhum na capa deste livro, porque não queria que fosse interpretado de forma literal, provavelmente temendo que a caracterização de um inseto tirasse o foco da moral que a história tenta passar. Infelizmente acho que quase nenhuma editora, antiga ou contemporânea, acatou o seu pedido)
E é difícil ler esse livro e não ficar extremamente pensativo depois, simplesmente maravilhoso como um simples conto, tão simples se o analisar superficialmente, consegue expor um dilema social tão pertinente e atual, apesar da idade da obra
Filosofei legal, muito obrigado pela atenção e até a próxima
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