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Quem é aquele MÉDICO INFECTOLOGISTA correndo por ali? Para estar com pressa assim, tenho certeza de que é CHEFE DA INFECTOLOGIA no GREY-SLOAN MEMORIAL. Olhando assim, bem que parece MIK`AEL KRAEMER WEINGARTNER, sabe quem é? Dizem que é bastante SOLICITO e BENEVOLENTE, mas as más línguas dos corredores adoram dizer que é METÓDICO E COMPULSIVO. Enfim, pode ser só fofoca, não é? Igual aquela que contavam sobre se parecer muito com ADAM BRODY. Seja como for, espero que tenha um ótimo plantão!
[TW. intoxicação; violência domestica; distúrbios psicológicos]
Por todo área da saúde em Seattle, não há quem desconheça o sobrenome Weingartner. A família tradicionalmente judia veio fugida da alemã durante a Segunda Guerra. Tão logo o jovem aspirante a cirurgião Albert se estabeleceu, começou a fazer seu nome e, consequentemente, o de sua familia. Inclusive, por diversos anos, o homem geriu o corpo cirúrgico do hospital até cerca de duas décadas atrás.
“Weingartner? Como Albert W?”
É a pergunta frequente que escuta ao se apresentar. E, sempre que a escuta, não é incomum ver Mickey abaixar a cabeça e assentir positivamente com um sorriso sem jeito, uma vez que odeia pensar que assumiu sua posição baseado em nepotismo… Embora seja um pouco verdade. Apesar do privilégio natural de quem vem que quem vem de uma linhagem de médicos tem, o infectologista teve de se esforçar para alcançar seus objetivos.
Como primeiro filho primeiro neto de alguém como Albert, muito sempre foi esperado de Mikael. Logo na primeira infância, Mickey pareceu desapontar. Por mais doce, simpatico e generoso que fosse, parecia ter dificuldade em alcançar as métricas extravagantes colocadas sobre si. Diferente do que ocorria com Esther, que parecia cumprir sem se preocupar com as expectativas cada uma dos objetivos absurdamente impostos. Mikael não entendia o motivo de se sentir tão atrás sempre e se culpava com constância. Embora estivesse longe de ser um aluno ruim, ele não era, como esperado, o melhor. O que servia como combustível para irritação de seu pai, o anestesista Douglas Kraemer.
…Sim, você deve ter ouvido falar dele tambem. Aquele encontrado em PCR no banheiro do bloco cirúrgico de um hospital.
Douglas era um homem impaciente, intolerante e, em mais vezes do que era saudável de se dizer, violento. As agressões começaram sutis: um beliscão, um tapa na cabeça, um empurrão. E, só começaram a incomodar de fato quando percebeu que não era a única vitima delas. Sua irmã caçula e não muito tempo depois, percebeu que o mesmo acontecia com sua mãe.
A situação familiar conturbada se agravou aos 12, depois que Mickey teve o diagnostico de TDAH. O CID pareceu enfurecer ainda mais Douglas não apenas com o garoto mas, com a vida. O TOC veio aos 14.
A síndrome do pânico aos 15, junto com a ambulância que parou em sua porta após ser gravemente espancado. Sete dias d internamento e uma ordem de restrição.
Albert fez questão de acabar com a reputação do antigo genro por todo o estado. E de acolher sua familia. Em retorno a casa do avô, Mickey finalmente pareceu ter seus diagnósticos compreendidos, assistidos e esse foi um período de melhora importante o que talvez tenha lhe garantido um bom seguimento de carreira.
Yale School of Medicine. Um grande feito para quem antes sentia tanto peso em se concentrar. Yale com honras, exceto pela cena que seu pai fez ao invadir a formatura. Completamente bêbado e sem rumo. Foi a ultima vez que o viu. Não a última que se perguntou o que teria acontecido.
Sempre um bom residente, Mickey teve seu emprego garantido assim que terminou sua especialização. Todavia, um PHD na University Of Edinburgh lhe pareceu uma boa ideia.
Boa ideia. Edimburgo era uma excelente ideia. Assim como Isla a dona da melhor cafeteria de sua rua era. Com ela ele nunca via germes em todos os lugares e sentia-se seguro ao ponto de sequer ter de checar todas as portas e janelas 3 vezes antes de dormir. Ela era demais. Ela dizia que ele era demais. E ele adorava isso. Até ela lhe dizer que ele era demais para ela conseguir tolerar.
Um amor para trás assim como um país. Mik`ael voltou a Seattle recentido de que ele era demais para o amor. E que dificilmente encontraria alguém paciente para lidar com si por toda a vida. Teoria ratificada por todos os relacionamentos que não deram certo ao longo dos anos.
Por outro lado, a vida profissional funcionava bem. Se a revisão milimétrica de eventos e informações era um problema na vida pessoal, na profissional ela era uma vantagem. O Grey Sloan nunca havia tido um setor de doenças infecto-contagiosas tão bem organizado quanto desde que Mickey assumiu sua direção há 3 anos atrás.
Apesar do jeito por vezes meio esquisito, ele ‘é inegavelmente um dos melhores infectologistas do estado. Corretamente medicado e com a terapia quase em dia, hoje aos 40 anos consegue ser bastante dedicado e manter atenção não apenas aos seus pacientes mas aos relatórios e pesquisas do hospital. Manias a parte (e ele tem muitas), é uma ótima companhia e um bom amigo, embora possa literalmente ter um colapso se voce tirar a caneta dele do lugar vezes demais.
HCs
Mickey nasceu em Seattle em 22/02;
Tem dois irmãos mais novos, que também atuam no Grey-Sloan porém, em diferentes setores. Patrick trabalha no setor jurídico e Esther trabalha como de cirurgiã cardiaca;
Tem mania de organização e algumas rotinas que fazem sentido apenas na sua cabeça e embora por vezes se sinta culpado sobre elas, hoje consegue manejar de uma maneira muito mais saudável;
Apesar de ser uma pessoa amigável e conseguir manter uma longa conversa com facilidade, aprecia bastante o seu tempo sozinho, sendo o mais introvertido dos irmãos;
Tem certeza que sua Rough Collie, Marie, tem uma cardiopatia não diagnosticada, embora todos os veterinários insistam em dizer que ela é simplesmente ansiosa;
Sabaticamente, Mik`ael corre por uma hora todos os dias, pontualmente as 05:00 mas, se solicitado com jeito reorganiza sua rotina pela companhia;
É extremamente organizado com horários e tem mania de limpeza;
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