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aidan eugene murdoch. 33. muggleborn. irish to the bones and a rockstar. former gryffindor. musician and owner of the black bear pub and inn at london. aidan plays different instruments since he was a kid.
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murdchs · 10 years ago
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Enquanto olhava fixamente para os lábios finos e bem desenhados de Florence Cauldwell e se perguntava se eles realmente eram tão macios quanto aparentavam, Aidan Murdoch pensou que nunca desejou tanto beijar alguém em toda a sua vida. Com trinta e três verões e uma carreira musical bem sucedida em sua bagagem, o irlandês certamente tivera a chance de conhecer mulheres maravilhosas ao longo de todos aqueles anos. Durante seus tempos de Hogwarts, ele havia sido o rapaz charmoso de voz melodiosa que sabia tocar violão como poucos e que conseguia convidar uma garota para sair sem muitas dificuldades. Foi exatamente essa desenvoltura com garotas que lhe trouxe a namorada dos tempos da escola, e era ela novamente que era culpada pela quantidade de moças com quem se envolveu quando seu nome se tornou conhecido por todo o Reino Unido durante o auge de sua carreira artística. E apesar de ter engatado um relacionamento sério de muitos anos (que logo se transformaria em um desastre, mas isso era uma história para outra oportunidade) pouco tempo depois da banda da qual fazia parte tocar em todas as rádios, ele ainda não se lembrava de ter desejado tanto sentir os lábios de alguém quanto desejava naquele exato momento. “Florence, I...” Ouviu a própria voz soar baixa e rouca quando aproximou-se um pouco do rosto dela, permitindo-se tocar o seu queixo e esquecendo-se rapidamente do que iria dizer quando seus olhos recaíram sobre a boca dela mais uma vez. He wanted to kiss her. God, he wanted to kiss her so bad...
Mas as coisas nem sempre tomam o rumo que desejamos e no instante seguinte ele ouviu uma conhecida voz esganiçada ecoar em seu ouvido e foi como se a realidade o tivesse atingido com um balde de água fria. Maureen Dowson o fez, na verdade.
“Hullo there, Maureen.” Murmurou, tentando parecer simático ao ajeitar-se em sua cadeira e virar o rosto na direção da moça de cabelos escuros que Florence disse ser sua irmã logo quando se conheceram há um mês atrás. Aidan tentou (sim, tentou de verdade) sorrir e parecer contente em rever Maureen, mas na verdade ele queria mesmo era despejar todo o seu whisky na moça ao seu lado. “Actually, not quite. it would be a sin to waste such a good whisky.”, concluiu mentalmente. “It’s very nice to see ye again!” Mentiu, um sorriso sem dentes em seu rosto. Ficaria contente em revê-la em qualquer outra circunstância, é claro, mas não naquele exato momento. “Yes! We were just... ye know, talking. We ran into each other in front of the pub, actually.” Disse, virando o rosto para mirar Florence e notando o quão corada ela estava, sem realmente saber porque estava tentando explicar a Maureen o que estava acontecendo ou o que estavam fazendo. Talvez estivesse apenas nervoso ou desconfortável, não seria algo muito difícil de perceber a julgar pela expressão de seu rosto ou sua linguagem corporal. “So... are ye here to pick Florence up from work? Because if ye are, I will have to protest.” Comentou, seu olhar recaindo sobre a metamorfomaga enquanto um meio sorriso surgia em seu rosto. No, he would not let her go. Not now. Not ever.
[Flashback] A higher place | Aidan, Florence & Maureen | January 78
Se meses atrás alguém lhe dissesse que sua vida se desenrolaria da forma que tem feito nas últimas semanas, Maureen jamais acreditaria. A hufflepuff provavelmente teria uma crise de risos, provocada principalmente pelo nervosismo que aquele assunto despertava do que por qualquer outra coisa, se faria de incrédula e fingira que aquilo não era o que ela havia desejado por tanto tempo. Mas ali, caminhando pelas ruelas de pedra de Hogsmeade e incapaz de esconder o sorriso bobo que surgia em seu rosto somente quando ela o encontrava, Dowson se deu conta de que nunca, em um milhão de anos, suspeitou que estaria caminhando por aquelas calçadas tentando não deixar estampado na cara que esteve com ele e que seus cabelos ligeiramente assanhados e suas roupas um tanto quanto amassadas denunciavam o que estivera fazendo naquelas últimas horas na companhia de Vincent Rowle. Por um instante ela chegou a se perguntar se os colegas que a olhavam e a cumprimentavam com maneios de cabeça sabiam ler através da expressão feliz demais e das tantas outras pistas que podiam ser facilmente captadas por um bom observador, mas Maureen logo descobriu que ela não se importava. Ainda que aquilo ainda precisasse ser tratado como um segredo, por Merlin, porque se sentiria culpada por sua própria felicidade?
Com isso em mente, decidiu focar em sua busca por Florence Cauldwell, que havia sumido misteriosamente e parecia não estar em nenhuma das lojinhas que elas usualmente frequentavam quando visitavam juntas o vilarejo bruxo. Havia se despedido da melhor amiga mais cedo para se encontrar com Vincent e as duas combinaram de se encontrar horas depois na Praça Principal, mas depois de não achar a hufflepuff em nenhum lugar, Maureen estava tentando não ficar preocupada demais. Entrou esperançosa no Three Broomsticks, um dos últimos lugares que ainda não havia checado e, tirando o gorro de lã púrpura que cobria seus cabelos longos e escuros, colocou-se nas pontas dos pés e esticou o pescoço para procurar pela amiga entre os muitos bruxos e bruxas que tomavam uma bebida no salão do popular pub. Quase gritou quando reconheceu os cabelos loiros em uma mesa mais ao canto, deixando escapar um gritinho excitado antes de correr na direção da amiga, afoita demais para notar que Florence na verdade estava acompanhada. 
“FLORENCE! Por Merlin, estava te procurando há um tempão e comecei a ficar preocupada! Entrei em tantas lojas atrás de você, até em umas que nunca fui antes, sabia? Você estava aqui esse tempo todo?” A hufflepuff falava rápido demais e olhava para a amiga de cima a baixo como se estivesse checando se ela estava de fato inteira, e só então ouviu uma voz masculina que a fez congelar em seu lugar e xingar a si mesma mentalmente como nunca havia feito antes. “Murdoch!” Maureen exclamou, virando-se na direção do homem com o sorriso mais sem graça do mundo. “Não tinha visto você aí!” Acrescentou rapidamente, dividida entre a vontade de esconder-se embaixo da mesa para sempre e surtar com o fato de que Florence estava com Aidan Murdoch. Em uma mesa do Three Broomsticks. Bebendo, conversando e parecendo mais íntimos do que nunca. E ela havia acabado de interrompê-los, Agrippa’s sake! “I’m so sorry.” Virou-se para a amiga mais uma vez, seus lábios mimetizando um pedido de desculpas sem que realmente o falasse em voz alta enquanto se decidia se continuava por lá ou fingia que aquilo não tinha acontecido e corria para o mais longe possível deles.
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murdchs · 10 years ago
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murdchs · 10 years ago
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Você tem certeza? O que for melhor para você, Florence. Sabe, o horário realmente não importa e sim o fato de que vou poder te ver de novo.
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C’mon! It was a little funny. Maybe she cares about ye so much she has a super protective sense or something that makes her show up everytime random blokes try to kiss ye. I’m glad she was out of reach later that afternoon so I wouldn’t leave without a kiss, aye? And don’t worry, it’s nice to know you enjoyed those few hours as much as I did.
Não me chame de louca por mudar de ideia tão rápido, mas podemos manter os planos de jantar, se estiver tudo bem para você. Eu dou um jeito, acho melhor. Stop laughing, Aidan Murdoch! It was not funny! At all!
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Vou repassar seus elogios ao timing da Maureen para ela. Concordo que ela interrompeu um bom momento, mas não conseguiu estragar completamente com o dia, para minha felicidade. Droga. Falei isso em voz alta, né?
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murdchs · 10 years ago
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Ye do? Perfect! I mean... yes! That would be really great, next weekend then. No, no, ye don’t have to apologise because of that! No! To be honest, I thought it was really funny. Ye know, her timing and everything. Aposto que se ela realmente quisesse interromper algo propositalmente, não teria achado uma hora tão perfeita quanto a que encontrou acidentalmente.
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I… You know what? I have an evening off on the next weekend. We could go to lunch, or a coffee later. Whatever works best for you.
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I would’ve liked it better if Maureen hadn’t show up like that. I promise she won’t interrupt us again and I apologize for that, Aidan.
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murdchs · 10 years ago
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Are ye working on that Hogsmeade shop this weekend? I could... ye know... stop by at the end of your shift and we could have dinner at Three Broomsticks. Or anywhere else ye want, surely.
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What I’m trying to say is that I really liked spending time with ye and it would be nice to see you again, Florence.
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murdchs · 10 years ago
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[Flashback] Reckless serenade | Aidan & Valentine |  October 61
Quem quer que colocasse os olhos neles certamente diria que os dois não combinavam muito. Ela era como uma visão (parte disso era culpa de sua genética meio veela, é claro) e era bem verdade que grande parte dos garotos da escola paravam para olhá-la passar. Com cabelos dourados, lábios carnudos e sais de pregas, a inteligente e carismática francesa provavelmente protagonizava as fantasias particulares dos rapazes de Hogwarts sem nem ao menos ter consciência disso. Já ele, apesar de igualmente carismático, parecia ser o seu completo oposto porque enquanto ela era uma pérola bem polida e brilhante, ele era como uma pedra bruta e afiada nas extremidades. Suas notas não eram as melhores, seus cabelos nunca estavam bem alinhados, ele sempre tinha uma barba por fazer, suas roupas se limitavam a camisas xadrez, jeans velho e casacos jeans ou de couro e o carregado sotaque irlandês as vezes era um pouco difícil de entender. Talvez o mais interessante a respeito dele fosse o fato de que parecia trazer música nas veias da mesma forma que ela trazia o sangue de ninfas mágicas, de como a voz dele parecia ser feita de puro veludo e de como ele conseguia fazer música com quase tudo que poderia encontrar.
Mesmo com todas as diferenças, Valentine e Aidan simply couldn’t get enought of each other.
Era Halloween e todos os alunos estavam extremamente ansiosos para a festa a fantasia que aconteceria a noite no Salão Principal. A atmosfera de terror dominava cada canto do castelo e a decoração especialmente preparada para a época antecipava o quão incrível a festa seria. Aidan esperava por Valentine no Hall de entrada, como haviam combinado mais cedo, usando roupas comuns manchadas de sangue falso porque não tivera tempo para procurar por uma fantasia (ou paciência). O gryffindor parecia ter saído de uma cena de assassinato e até considerava o seu improviso muito melhor do que as fantasias de fada ou fantasma que avistou um ou outro estudante usando. “Hey, beautiful!” Foi a primeira coisa que disse quando avistou Valentine, um meio sorriso no rosto enquanto se aproximava da ravenclaw para um abraço e um beijo. Ao contrário de boa parte da população masculina de Hogwarts, Aidan sempre agia normalmente ao lado da namorada antes mesmo de estarem realmente juntos e talvez esse fosse o principal motivo para estarem juntos, veja bem.
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murdchs · 10 years ago
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murdchs · 10 years ago
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A irmã de Florence, Maureen, pareceu concordar instantaneamente com a proposta de Aidan sobre acompanhá-las para suas casas em segurança, fazendo uma sutil modificação que o irlandês não pareceu se incomodar nem um pouco - Maureen anunciou que ficaria mais algum tempo no pub e era apenas Florence que ele acompanharia. O músico permaneceu em silêncio por alguns breves segundos, enterrando as mãos no bolso da jaqueta de couro e chegando a entreabrir os lábios como se estivesse pronto para falar alguma coisa mas ainda estivesse refletindo sobre o assunto. Olhou de Maureen para Florence e foi na última que seus olhos repousaram por mais tempo, sendo inevitável para ele procurar por qualquer sinal na expressão dela que indicasse que era isso que ela queria, que ele ficasse. E quando finalmente a ouviu falar, o pequeno sorriso escondido entre as curvas de seus lábios que ela tentou ocultar foi mais do que suficiente para não fazê-lo ir embora. “Anything better to do? Ye would be actually rescuing me from drinking more firewhiskey than I can handle, to be honest.” O riso rouco acompanhou o tom casual e o dar de ombros de uma resposta de meias verdades que pareceu perfeitamente apropriada para mascarar o fato de que, na verdade, Murdoch não tinha absolutamente nada para fazer naquela noite além de beber e observar o tempo passar num redemoinho de pensamentos. 
Florence Caulwell could be annoying and a pain in the ass when she wanted to but he didn’t wanted to say goodbye yet and walking her home sounded like the perfect excuse. 
“Sure, we can do that. So... it was nice to meet ye, Maureen. Be careful when you get home, aye?” Despediu-se da irmã de Florence com um aceno e um sorriso simpático antes de seguir Florence em direção a saída do pub onde, nos primeiros passos ao longo da calçada, rapidamente se desfez os encantamentos responsáveis por disfarçá-lo no regresso ao bar. “Well, we, the ungifted ones, have to get by with what we have, right?” Brincou com um meio sorriso enquanto seus cabelos voltavam magicamente a ostentar o tom loiro escuro que lhe era de natureza, deixando o comprimento um pouco mais longo do que normalmente usava para trás e voltando ao curto desalinhado com um despretensioso e singelo topete. O mesmo aconteceu com a sua barba, antes farta e cheia e agora mais aparada, por fazer. “So... we have London all to ourselves from now on. Not everyone has the priviledge of admiring this beautiful city late at night but I dare to say it’s when she is more intriguing than ever.” Murmurou, olhando-a por cima da lapela erguida da jaqueta, perguntando-se se era óbvio demais que, naquele instante, Londres não era a única que o intrigava.
[Flashback] Ain't we all just runaways? | Aidan & Florence | December 77
Recebeu um abraço apertado da melhor amiga, que cochichou em seu ouvido, claramente entrando na farsa que Cauldwell havia tramado – de elas serem irmãs. “Well, parece que hoje você terá muito para me contar, irmãzinha. Quero todos os detalhes sórdidos. Me agradeça depois.” E, antes que Florence pudesse responder qualquer coisa ao tom autoritário de Maureen, a hufflepuff colocou o sorriso mais simpático possível no rosto. “The pleasure is all mine, Aidan. Guess I should thank you for returning my dear sister safe.” Florence deu uma cotovelada na melhor amiga e, em seguida, percebeu quão desconfortável Aidan estava. Olhava a porta que dava para a saída do pub, como se não visse a hora de finalmente deixar aquela garota louca e retornar à sua noite, e constatar isso trouxe uma dorzinha no peito de Florence.  “Look, now that ye have found your sister I guess I should be going… Unless you need me here.” Cauldwell cutucou novamente Reena para que ela falasse alguma coisa, fizesse alguma coisa, para que Aidan não fosse embora, torcendo para que Murdoch não notasse how her face lit up when he made an excuse to stay. “I have to agree with you, Aidan, London is indeed very dangerous at this time. I’ve actually been meaning to stay here a little longer, so maybe you could walk Florence home?” Se Murdoch não fosse achar ainda mais suspeito ainda, Florence poderia simplesmente beijar Maureen de tão feliz que estava pela sugestão feita, ainda que, no exterior, aparentasse estar calma e com a situação sob controle, se não ainda um pouco irritada pela presença de Aidan.
Quase fez uma objeção quando Murdoch implicou, novamente, que precisaria de sua proteção, mas o homem, como se tivesse previsto isso, logo completou a frase, fazendo Florence esconder um sorriso. “I mean, if you don’t have anything better planned for tonight. I think I can accept the company.” Anunciou, tomando cuidado com a escolha de palavras para novamente não denunciar a animação. Na verdade, queria que aquela noite não acabasse nunca, que entrassem em uma fenda no espaço temporal e aquela, no início pacata, noite, durasse para sempre na companhia de Aidan. Talvez ele não fosse tão estúpido assim como a impressão inicial que havia formado. Maybe he actually was still the musician that made her afternoons sweeter with the sound of his voice without even knowing it. “My house is not far from here. We can walk.”
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murdchs · 10 years ago
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Come up to meet you, tell you I’m sorry You don’t know how lovely you are I had to find you, tell you I need you Tell you I set you apart Tell me your secrets and ask me your questions Oh, let's go back to the start
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murdchs · 10 years ago
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[Pós-PT] Oh, take me back to the start | Murdwell | March 78
Aidan Murdoch nunca tinha visto o caos. Em seus trinta e poucos anos de vida, o irlandês nunca havia visto de perto uma cena similar a que presenciara na noite do Festival dos Fundadores no vilarejo bruxo de Hogsmeade. Nunca havia visto a morte, ouvido gritos de terror capazes de gelar sua espinha, presenciado o fogo consumir tudo o que via pela frente ou ver varinhas torturarem e tirarem vidas sem qualquer remorso. Era como se estivesse no inferno e não houvesse para onde correr, como se fossem animais presos e prontos para o abate. Como nascido trouxa que era, temeu pela sua vida como nunca antes havia temido. Foi capaz de manter sua irmã mais nova a salvo durante aquelas horas de horror, assim como uma ou outra pessoa que encontrava em meio a aquela confusão, mas nada poderia apagar de sua memória o que havia visto.
Naquela manhã em que acordou em um leito do St. Mungo’s, ele soube, assim que abriu os olhos, que não era mais o mesmo Aidan Murdoch de antes.
“Where is my sister?” Foi a primeira frase que conseguiu dizer, levantando-se muito depressa da cama de hospital e sentindo alguém empurrar seu corpo de volta para o colchão. “I’m here, dumbass. You have to stay where you are, you were injured and you need to rest.” O gryffindor respirou aliviado quando reconheceu Aileen ao seu lado, ainda com as roupas que usava no festival. Sua irmã parecia exausta e Aidan viu que havia um ferimento na lateral de sua cabeça mas, fora, isso, parecia estar bem ou não estaria de pé ao seu lado chamando-o de idiota por estar preocupado a seu respeito. “And Fionn? Have you talked to him?” Perguntou, ainda deitado e lembrando-se de que não havia visto o irmão desde aquela noite. Fionn Murdoch era um auror experiente e estava trabalhando com vários outros aurores do Quartel General para garantir a segurança do evento, mas Aidan pensou que nem mesmo os melhores bruxos poderiam estar preparados para o que presenciaram. “He is fine, just busy. He came to see you earlier but you haven’t woken up yet.” A mulher de cabelos loiros respondeu rapidamente, sentando-se na beirada da sua cama e olhando-o com uma expressão cansada. “And the boy?” Lembrou-se de perguntar, erguendo-se da cama por conta da súbita preocupação ao se lembrar do garotinho que resgataram em meio a escombros durante aquele pesadelo, sendo empurrado mais uma vez por Aileen. “He is better now, Aidan. You need to rest.” Disse Aileen com o tom autoritário na voz que lhe era tão característico. Aidan deixou o peso de seu corpo cair no colchão fino e um tanto quanto desconfortável, afundando a cabeça no travesseiro e respirando profundamente, aliviado com o fato de não existirem notícias ruins. Sim, ainda tinha uma grande quantidade de amigos e conhecidos que sabia que estavam no Festival e que gostaria de saber a respeito deles, mas sua família estava bem e era isso o que importava. Por enquanto.
Aileen despediu-se momentaneamente afirmando que iria buscar um pouco de chá e Aidan foi deixado sozinho com seus pensamentos. Só então se deu conta das dores espalhadas por todo o seu corpo, a sensação de exaustão deixando seus músculos pesados e a impressão de que havia sido surrado por horas a fio. Havia uma sensação de ardor na parte esquerda de seu corpo, como se sua pele fosse muito sensível para suportar o toque de suas roupas ou da roupa de cama, além de dores que pareciam vir do interior de seus ossos, mas Murdoch não decidiu averiguar a fundo os próprios ferimentos naquele momento.
O irlandês fechou os olhos e levou uma das mãos a testa, esfregando a ponte do nariz enquanto se esforçava para não reviver aquela noite de domingo. Pensou que gostaria de tocar piano quando tivesse a oportunidade, que visitaria os pais assim que deixasse o hospital para abraçá-los e que daria tudo para estar observando o mar e ouvindo o barulho da água salgada chocando-se contra a areia. 
E então lembrou-se dela e foi como se um choque elétrico tivesse passado por todo o seu corpo.
Levantou-se de sua cama quase que imediatamente, sentindo seu corpo protestar mas ignorando totalmente as fortes pontadas de dor que o fizeram franzir o cenho por conta do incômodo. Os Healers e MediWizards estavam tão ocupados com a exagerada demanda que era necessária do Hospital depois do Ataque a Hogsmeade que nem ao menos repararam no paciente que deixava o leito para trás e tomava o corredor ou se incomodaram quando Aidan os abordou para perguntar onde poderia localizar uma determinada pessoa. Foi orientado a seguir para a recepção do andar, onde uma bruxa tinha a relação de nomes dos bruxos e bruxas internados em todo o hospital. Foi lá que descobriu que Florence Cauldwell estava em um andar diferente do seu.
Murdoch procurou por ela pelo que lhe pareceu uma eternidade. Entrou de quarto em quarto, espiando discretamente os leitos na esperança de reconhecê-la. Estava começando a sentir um certo desespero apertar seu peito quando estava chegando ao final do corredor e não encontrara qualquer sinal da garota, sua cabeça começando a trabalhar em um milhão de possibilidades que só o faziam ficar mais tenso e preocupado. Então seus olhos azuis recaíram no rosto conhecido e ele arfou de alívio.
“Florence?” Chamou por ela enquanto se aproximava de seu leito, os olhos percorrendo cada centímetro de seu corpo para saber se ela estava gravemente ferida ou não. “Merlin, I almost panicked while looking for you. Are you alright? Are you hurt?” As perguntas eram urgentes e seu tom demandava uma resposta imediata, como se não conseguisse respirar novamente se não ouvisse ela dizer que estava bem. Estava tão absolutamente preocupado que nem ao menos se lembrou de que não se falavam há mais de um mês e que esteve ignorando as cartas dela desde que as mentiras de Cauldwell acabaram sendo finalmente reveladas. 
That didn’t really mattered to him at that moment because the only thing he could think of was her and how he felt his chest aching when he couldn’t find her.
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murdchs · 10 years ago
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“How could you possibly know that?” A pergunta foi feita num tom que misturava exclamação, divertimento e surpresa e Aidan a olhou com certa admiração por sua estranha capacidade de deduzir a idade alheia. Não se importou por ter sua idade exposta tão rapidamente, não, isso nem de longe o incomodou. Na verdade, Murdoch estava verdadeiramente admirado com o chute certeiro de Florence. “I’m starting to think ye’re not only a metamorphmagus but also a seer.” Disse num tom bem humorado, erguendo a dose de firewhiskey que já estava quase no fim como se brindasse a mulher a sua frente antes de ingerir mais alguns goles de sua bebida até ser pego de surpresa pela mão que repousou em seu braço. Talvez aquilo não passasse de um toque casual e inocente, mas enquanto Aidan baixava os olhos para mirar a mão pequena e pálida de Cauldwell que descansava em cima da manga de seu suéter cor de vinho, ele pensou em como não se sentiu incomodado com aquilo e em como gostaria que aquilo se repetisse mais vezes. Percebeu que gostava não somente de estar perto dela mas também de conversar com ela e do toque dela mas, mais do que isso, se deu conta de que estar se deixando levar não apavorava alguém que jurou para si mesmo que não cometeria esse erro novamente. Contudo, quando cogitou ignorar as hesitações que o prendiam e alcançar a mão dela com a sua, Florence já havia recolhido o braço, deixando para trás um ratro frio que o incomodou mais do que Murdoch gostaria.
Quando deixou escapar que estar perto dela estava se tornando uma de suas coisas preferidas, Aidan não conseguiu desviar os olhos de Florence nem mesmo quando ela corou e mirou o chão, visivelmente constrangida. Se estivesse observando a si mesmo naquele exato momento, teria notado o sorriso torto e ligeiramente bobo em seu rosto e em como parecia absolutamente fascinado pensando que ela jamais esteve tão bonita como naquele momento, tentando esconder o sorriso. Ela podia ser encantadoramente radiante até quando essa não era a sua intenção. “Merlin, i’m fucked.”, Aidan pensou, chegando a conclusão de que Florence Cauldwell era, de fato, seu ponto fraco e que ele não podia fazer muita coisa para evitar o que se tornava cada vez mais óbvio - she would be the death of him.
“No, it’s not.” Apressou-se em dizer, negando de forma objetiva a possibilidade levantada por Florence de que aquilo era somente o álcool falando. “Firewhiskey can make me say things I wouldn’t if I wasn’t drinking but surely wouldn’t make me lie. And it is just one shot, you see. I’m irish, Florence. Did ye forget that?” Justificou-se, trazendo um pouco de bom humor quando ergueu sua dose para mostrar que nem havia bebido tanto assim e mencionando sua nacionalidade como se isso já explicasse o suficiente. “All joking aside, it’s nice to know that. At least I’m not the only one who is in danger here.” Esticou um dos braços para diminuir a distância que a mesa colocava entre ele e envolvendo a mão de Florence com a sua, afagando carinhosamente o seu pulso com os dedos e sentindo o rastro de frio antes deixado pela interrupção do toque se Florence ser rapidamente substituído por uma agradável sensação de calor. “I would ask you to tell me more things about ye but it would be for nothing because I wouldn’t be able to concentrate and pay attention to ye since the only thing I’m thinking right now is how much I want to kiss ye.” Murmurou, sua voz ligeiramente rouca e seus olhos muito azuis fixos nela. Talvez tivesse sido muito preciptado, talvez sua impulsividade gryffindor o tivesse traído, mas Aidan Murdoch simplesmente não conseguia parar de olhar para os lábios de Florence e imaginar que gosto teriam.
[Flashback] A higher place | Aidan & Florence | January 78
“I have an old soul, Aidan.” Gracejou com um sorriso escondido enquanto levava seu copo de butterbeer aos lábios, verdadeiramente se divertindo com aqueles pequenos momentos na companhia do homem que antes era apenas seu ídolo, mas que agora ganhava um lugar especial em seu coração. “You’re not too old! I mean, you’re only what… 32, 33, right?” Buscou na memória um momento em que ele tivesse dito a sua idade, para esconder que de fato sabia a idade de Aidan Murdoch sem ele ter mencionado esse fato. Torceu apenas para que ele acreditasse que tivesse dito, aquilo seria o suficiente, e achou possível, considerando que o copo de firewhiskey já estava na metade inferior do que quando estava cheio. “You still have a lot to live. So I suggest you follow your own advice and don’t worry, be restless, avoid routine and problems.” Repetiu as próprias palavras utilizadas pelo mais velho, balançando os ombros despreocupadamente ao final e tocando no braço de Aidan que estava sobre a mesa. Merlin, ela conseguia sentir o calor que Murdoch emanava, ainda que separado por uma fina camada de algodão. Mordeu levemente o lábio inferior, mantendo contato visual com o músico por provavelmente mais tempo que o necessário, no entanto recobrou a consciência antes que se perdesse no infinito dos olhos dele e retirou sua mão do braço dele, como se aquele suave toque não fosse nada demais, como se não tivesse mexido com ela.
Florence repetiu a atitude de Aidan quando ele começou a falar de si mesmo, absorvendo aqueles pequenos detalhes com muita atenção. Surpreendentemente, todos eram novidades, o tipo de curiosidades que a fez abrir um sorriso à medida que ele desenvolvia as palavras. Murdoch se tornava cada vez mais encantador, apagando a primeira (ou segunda) má impressão que a loira tivera naquela noite em Dezembro. Não esperava, no entanto, o último fato mencionado por ele, e teve certeza de que as bochechas assumiram dois tons mais rubros enquanto abaixou os olhos para o chão envelhecido de madeira do lugar, encabulada pela confissão. Shit, she was falling for him. Não demorou mais do que dois segundos para encará-lo novamente, tentando esconder um sorriso que insistia em aparecer, como quando o sol fica por trás das nuvens, mas ainda é possível vê-lo e senti-lo sobre sua pele. “It’s probably just the alcohol making you say nice things to make me blush. I’m still waiting for you to see you lose your temper with me, just like that night, gentleman.” Usou o tratamento pelo qual se referira a ele, de modo irônico, no primeiro encontro acidental que tiveram. “But, alcohol aside, I really like being around you too.” Admitiu, colocando uma mecha dos fios loiros para trás da orelha. Sentia o próprio coração assumindo um ritmo mais descompassado e ligeiro, em expectativa pelo que aquela tarde reservaria para Aidan e Florence. Sempre lhe disseram para não esperar demais, assim não ficaria desapontada quando a situação não se desenrolasse da forma que havia imaginado, mas tinha certeza que Aidan não a desapontaria.
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murdchs · 10 years ago
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“Ye were restless?” Aidan repetiu as palavras de Florence, seu rosto assumindo uma expressão levemente confusa quando inclinou a cabeça para o lado enquanto a observava atentamente. “Ye can still be a little restless, you know. Life is much more fun this way, without the worries, problems and tiring routines. Ye sure are young enough to do that, it’s me who is too old for this.” Disse, dando de ombros antes de levar sua dose de firewhiskey aos lábios mais uma vez e sorver mais alguns generosos goles de sua bebida. Quem quer que o conhecesse há muitos anos estranharia caso ouvisse aquelas palavras saindo de sua boca, mas o gryffindor não falava nada menos do que a verdade. Já havia passado dos trinta anos e não tinha mais idade para agir como se tivesse acabado de chegar aos vinte. A vida fez questão de mostrar isso a ele. As turnês com a banda e as festas com os amigos agora não passavam de meras lembranças de quando não tinha tantas preocupações e problemas, de um Aidan que não precisava administrar um negócio, cuidar da saúde do pai ou lidar com alguns jornalistas que insistiam em dizer que o seu afastamento do mundo da música ainda era culpa de um coração partido. De um Aidan que ainda não tinha aberto os olhos para a guerra. He could not afford to be restless anymore.
“A hufflepuff?” Exclamou com certa surpresa quando ela lhe confidenciou a casa a que pertenceu. Uma surpresa agradável. Murdoch a ouviu com atenção e genuíno interesse, absorvendo cada uma de suas palavras e tentando imaginar como Florence seria em seus tempos em Hogwarts. Ela lhe pareceu exatamente o tipo de pessoa que ele desejaria estar por perto, a garota divertida e de personalidade leve e alegre que era capaz de conquistar a todos sem o mínimo de esforço. A seventeen year old Aidan would certainly fall for her, he thought. “Well, if we are doing this...” Começou a falar, ajeitando-se em sua cadeira e girando o copo com a dose de firewhiskey entre os dedos. “I like firewhiskey, as ye can see...” Riu baixinho antes de continuar. “... the enthusiasm of watching a quidditch match from the bleachers, playing the guitar, being with my brother, Ireland, the sound of rain and the waves of the sea...” Parou de repente, porque não teve certeza se deveria ou não dizer a última coisa que passou por sua mente. “... and being around ye.” Admitiu, erguendo os olhos muito azuis para observá-la. “Though this last one is quite new.” Acrescentou com um riso baixo como se quisesse afastar qualquer tensão que pudesse pairar sob a conversa depois de seu pequeno deslize.
[Flashback] A higher place | Aidan & Florence | January 78
Ainda que Aidan Murdoch não fizesse a menor ideia que Florence estava, de fato, mentindo descaradamente e se afundando cada vez mais no buraco que havia cavado para si mesma, o mais velho demonstrava, em nuances de suas frases que via através da máscara mal construída da loira, que sabia exatamente a verdade e estava apenas se divertindo para ver até onde a mentira iria. Cauldwell não era comumente vista encabulada, rindo nervosa nem ao menos gaguejando, mas era assim que o nervoso que sentia por dentro era transmitido fisicamente por seu corpo. Não pretendia ficar bêbada, longe disso, mas sentia-se um pouco mais calma depois de sorver um gole de butterbeer, a bebida com a qual estava mais acostumada e que se sentia segura de não dar qualquer tipo de vexame e acabar falando mais do que devia.
Por vezes pegava-se sorrindo com as respostas de Murdoch, sem conseguir deixar de imaginar uma versão mais jovem e inconsequente do músico andando pelos corredores de Hogwarts. “I have to admit. I am, I mean, was restless, yes, but probably very far from your level of restless. I, um… Like to keep things under control.” Admitiu, com um despretensioso balançar dos ombros. Era verdade, e a única situação que fugia de seu controle era exatamente aquela relação na qual estava entrando de cabeça. Geralmente, era o tipo de pessoa que molha o pé na água gelada antes de mergulhar no lago, mas, ali, mergulhara de uma só vez, e agora estava com água até o pescoço. Deu mais um gole na bebida que segurava na mão direita, depositando-a sobre a mesa de carvalho em seguida e respirando fundo depois de ser bombardeada por perguntas. Deu um riso leve antes de responder, se esforçando para usar todos os verbos no tempo passado. “I was a hufflepuff, so I probably spent more time in the kitchen than in the library. The sort of girl who was up till 2am doing school work that was due the next day. So probably… The nice girl with lots of friends.” Tudo que disse era verdade, não havia motivo para mentir sobre sua personalidade além da idade. “I love culinary, music, dancing, cheesy romance books, meaningless laughs with friends in the afternoon, Earl Grey tea with two drops of milk – no sugar.” Riu mais ao terminar, um sorriso satisfeito por estar compartilhando aqueles pequenos fatos com Aidan.
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murdchs · 10 years ago
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Aidan Murdoch quase não tivera tempo para si mesmo naquela semana. Quando o Black Bear era locado para eventos, as coisas ficavam realmente corridas com tantas coisas para serem resolvidas, desde negociações com o cliente e dono da festa até a certeza de que a equipe de organização e seus próprios funcionários estavam fazendo um bom trabalho. Como proprietário, sentia-se na obrigação de liderar e acompanhar tudo de perto, porque manter-se longe do trabalho nunca havia sido algo comum em sua vida. Gostava de mostrar-se útil e participativo, de arregaçar as mangas e as vezes juntar-se aos demais funcionários num dia de trabalho, mas isso se tornava praticamente impossível quando papeladas, documentos e toda a burocracia por trás da administração de um estabelecimento o chamavam e o mantinham trancado no escritório localizado nos fundos do estabelecimento. Assegurar-se de que tudo seria um sucesso era sempre sua prioridade absoluta e era exatamente por isso que o Black Bear havia conquistado uma excelente reputação desde que passara a administrar o pub e hospedaria no lugar do pai. Não que antes não a tivesse, claro, mas era bem verdade que havia se tornado mais popular em suas mãos, alcançando recordes de público que antes não passavam de um mero sonho de Gavin Murdoch.
Tudo estava pronto horas antes do evento ter início, desde os pequenos preparativos até os feitiços de proteção para impedir olhares curiosos de trouxas. O Salão, que antes ostentava uma decoração quase que inteiramente medieval, havia adquirido um ar mais assustador graças a decoração especial para popular e anual festa de Hallowen organizada por uma conhecida revista bruxa. Os convidados só começaram a chegar por volta da meia noite, as celebridades e personalidades mais importantes tendo um acesso mais fácil ao pub ao contrário da fila de bruxos e bruxas que se formava na calçada, alguns com convites e outros esperando entrar de última hora. Descia apressadamente o curto lance de escadas que separava a chapelaria do ambiente principal, concentrado demais em desabotoar o blazer de camurça grafite quando acabou esbarrando em algo. Em alguém, constatou quando avistou a moça de cabelos escuros e olhos claros. 
Teria se desculpado se ela não tivesse erguido o rosto para se dirigir a ele de uma forma pouco educada, chegando a chamá-lo de serviçal. Aidan ergueu a sobrancelha e a olhou com curiosidade, perguntando-se se aquilo era alguma espécie de piada ou algo do gênero. Não esperava que ela soubesse quem ele era, fosse pelos anos como uma popular figura do mundo da música, fosse pelo simples fato de que era o proprietário do lugar, mas se surpreendeu com o fato de que ela realmente se dirigia assim as pessoas numa situação normal. “Well, not tryin’ to sound presumptuous or anything, but ye’re actually talking to him.” Disse, um sorriso divertido e ligeiramente sarcástico surgindo em seu rosto. “But please enlighten me, why would I be so unsatisfied by not lettin’ ye in? I’m really curious about it.” Quis saber, a voz carregada do sotaque irlandês. Então cruzou os braços e inclinou a cabeça para o lado, o sorriso ainda em seu rosto e a expressão teatralmente curiosa como se estivesse realmente interessado na explicação que viria a seguir.
[Flashback] Rapid Fire | Aidan & Charlotte | October 1977
A aula de interpretação dramática havia acabado e em breve os alunos seriam liberados da W.A.D.A para passarem o final de semana na companhia dos pais ou como bem entendessem, contrariando a fama de festeira, Charlotte Ogden não tinha motivos para ansiar a folga, uma vez banida dos círculos sociais por seus pais, os convites para festas e badalações estavam ficando cada vez mais escassos. Detestava admitir, mas pela primeira vez em muitos anos, ou até pela primeira vez na vida a jovem não tinha um convite sequer para uma agitação no final de semana, se aquilo não configurasse como o fundo do poço, Charlie não tinha ideia do que poderia ser. Conquanto, não era do feitio da jovem simplesmente desistir e ir se trancar no apartamento se entupindo de bobeira, não, isso era trabalho de fracassados e ela simplesmente não iria trazer tal rótulo para si. Poderia não ter recebido nenhum convite, mas sabia que festas iriam acontecer, sempre aconteciam e era questão de tempo até ela descobrir a mais relevante para que pudesse convencer alguém a lhe dar um convite. E de fato foi o que aconteceu, a caçula dos Ogden estava deixando um dos teatros d escola quando escutou uma conversa sussurrada, cessou os passos e escorou-se na parede para não ser vista, enquanto se concentrava em ouvir o conteúdo. Não era do tipo fofoqueira, mas sabia bem que nenhuma coisa era comentada tão discretamente, se não fosse extremamente boa, ou ruim, em todo caso estaria no lucro escutando.
- Estou falando, Josh. A festa hoje a noite no The Black Bear Pearl vai ser assunto para todo outono. – Mesmo interessada na informação, Charlotte torceu o nariz, como alguém tão simplória quantoà companheira de escola podia ter essas informações e ela sequer sabia onde ficava esse pub e porque sua festa aparentemente gritava sucesso, ela precisava saber mais.Sabendo que o público feminino não reconhecia tanto a sua importância quanto o masculino, Charlie aguardou um momento em que poderia abordar o tal Brian em particular, conseguindo assim a informação que desejava. Com atitudes medidas, mas aparentemente casuais, a jovem chegou junto a Brian, balançando os cabelos negros e mantendo os olhos claros fixos ao dele. – Oi. Josh, não é? – Cumprimentou esboçando seu belo sorriso, rompendo a distância entre eles e depositando uma das mais casualmente sobre o ombro do jovem. – Disseram que você tem os melhores contatos da W.A.D.A. Verdade ou apenas boatos? – Charlie deu uma piscadela amistosa, enquanto a língua delineava os lábios discretamente, tirando um pouco a atenção do jovem, não a ponto dele se desligar da conversa, somente o necessário para que ele focasse nela e não em sua tentativa de tirar vantagem. – Não exatamente, Ogden. Mas no que posso te ajudar? – E a jovem só precisou ver o sorriso nos lábios dele para saber que já tinha conseguido seu passe premiado da noite, ao menos era o que pensava.
De posse de um suposto convite em mãos e o endereço do local, Charlotte colocou certo esforço ao se arrumar, sabia que o The Black Bear Pearl tinha uma fama diferenciada e talvez por seu público abranger tanto trouxas quanto bruxos explicasse o seu total desconhecimento a respeito ele, mas pelo que pudera tirar de Josh a festa que aconteceria essa noite era especialmente para o público bruxo, algum evento importante qualquer, para Charlie não interessava o teor da comemoração, apenas a presença de bebida de qualidade e pessoas atraentes. Depois de aparatar na região próxima, a bela herdeira caminhou por algumas ruelas até avistar uma aglomeração e não deixou de puxar ao constatar que a tal festa exclusiva não era lá tão reservada assim. Porém, não havia nada que ela não botasse certo esforço que não conseguiria obter, como boa menina mimada, Charlotte sabia conquistar e tomar aquilo que considerava merecer e não tinha perdido tanto tempo para ficar na porta de um bar junto com o resto dos plebeus. Usando seu poder de persuasão, além de algumas técnicas não convencionais, Ogden conseguiu chegar até a chapelaria do pub, mas antes que pudesse avançar mais no estabelecimento, um corpo grande bloqueou o seu caminho. Irritada, Charlie ergueu os olhos e estreitou os olhos e cruzou os braços, tomando pose de sua atitude petulante. – Tenho certeza que o seu chefe não vai ficar nada satisfeito com você impedindo a minha entrada, serviçal. – Bradou, franzindo o nariz e erguendo ainda mais o queixo, incapaz de aceitar que todo o trabalho que tivera terminasse daquela forma. 
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murdchs · 10 years ago
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Aidan Eugene Murdoch. 33 anos. Ex-Gryffindor. Muggle-Born.
"There is a tide in the affairs of men, which taken at the flood, leads on to fortune but omitted, and the voyage of their life is bound in shallows and miseries. On such a full sea are we now afloat and we must take the current when it serves or lose the ventures before us." 「Biografia」
Nasceu num povoado da costa irlandesa, entre as montanhas cobertas de veludo verde esmeralda e penhascos de pedra aonde o mar se chocava incansavelmente. Era um dia pálido, como tantos outros naquela região, mas seu avô nunca perdeu a oportunidade de dizer que o sol havia surgido por entre as nuvens só para espiar sua vinda ao mundo. Gemma Murdoch sentiu medo ao segurar o pequeno nos braços, mesmo que aquele fosse o seu segundo filho e ela já tivesse adquirido alguma experiência depois de Fionn. Ainda com pouco tempo de vida, ela notou que havia algo diferente em seu filho mais novo, uma chama e inquietude peculiar que dificilmente passava despercebido por quem o observava ou o segurava nos braços, vendo-o tentar alcançar o céu com dedos famintos e rechonchudos. Chamou-o de Aidan, fogo para os antigos celtas, e rezou para que seu filho jamais perdesse aquela paixão pela vida.
Os Murdoch não eram uma família abastada, nunca tiveram luxos ou privilégios. Viviam confortavelmente na costa da Irlanda, longe de Dublin e da movimentação de uma cidade grande. Cillian, seu avô, havia alcançado certo reconhecimento nas redondezas quando era jovem graças ao seu talento para a música, mas nunca foi além disso. Gavin, seu pai, sustentava a família com um pub que também servia de estalagem para turistas, servindo bebidas enquanto Gemma cozinhava. Foi assim, em meio a viajantes e suas histórias, que Aidan cresceu.
Não foi uma criança fácil. Ao contrário da grande maioria dos recém nascidos, não tinha apreço por sonecas e adorava chorar o mais alto que conseguia apenas para que seu pai, sua mãe ou seus avós o tomassem nos braços e lhe dessem atenção. Junto com Fionn, seu irmão três anos mais velho, se tornava impossível. Os dois costumavam fazer todo e qualquer tipo de bagunça, muitas vezes sem receber nenhum tipo de castigo ou reprimenda por isso. Não poderiam, os meninos os faziam rir e era mais fácil que se juntassem a eles ao invés de pará-los.
Aidan sempre nutriu uma profunda admiração por seu avô, Cillian, muitas vezes imitando seus gestos e jeito de falar. Tentava copiar o mesmo sorriso torto que não mostrava dentes, a voz grave, rouca e gasta pelo álcool e pelo cigarro e a risada que mais parecia um trovão. Foi com Cillian que aprendeu a tocar seu primeiro instrumento: a gaita. Um pouco simplória demais para suas ambições, mas fácil o suficiente para que uma criança conseguisse aprender sem muitas dificuldades. Aidan praticava por horas a fio, frustrado pelos sons desafinados que surgiam no começo, mas extasiado quando as melodias passaram a tomar forma meses depois. Foi nessa época que descobriu o quanto amava a música e a sensação de liberdade que lhe proporcionava. Nos anos seguintes, admirado com o interesse e o bom desempenho do neto, Cillian comprometeu-se a ensinar ao garoto tudo o que sabia de forma que, quando aprendeu a ler as primeiras palavras, aprendia também a ler partituras e a interpretá-las. Até os oito anos, já sabia tocar violão e, ao longo de sua adolescência, aperfeiçoou-se na guitarra, no banjo, em irish uilleann pipes, no fiddle e no piano, conhecendo também o cello, o acordeon e alguns outros instrumentos. Gostava de experimentar e sabia que iria viver de música antes mesmo dos dez anos de idade.
Quando Aileen nasceu, quase quatro anos depois de Aidan, seus pais ficaram um pouco apreensivos com o fato de que teriam uma nova criança para criar, visto que tinham algumas dívidas e a situação financeira da família era um pouco preocupante. Esconderam isso dos filhos por um bom tempo, mas se tornava impossível quando fornecedores batiam na porta da estalagem cobrando pagamentos. Foi exatamente nesses dias conturbados que Aidan começou a manifestar suas habilidades mágicas, chegando a achar que tinha poderes especiais ou algo do gênero. Quando se concentrava o suficiente, conseguia fazer formigas pegarem fogo. Era muito jovem para achar isso perturbador e elas o mordiam, algo que ele não achava justo. As formigas corriam em chamas pelo verde por alguns segundos antes de virarem pequenos corpos queimados. Quando mostrou seu pequeno truque a Fionn, seu irmão mais velho simplesmente explodiu em alegria e mostrou que conseguia fazer maçãs pularem de árvores sem que precisasse escalar para apanhá-las. Os dois se intitularam mágicos e planejaram uma carreira inteira no circo por semanas até os Murdoch receberem a visita de uma mulher de roupas estranhas e conversa mais bizarra ainda. Minerva McGonagall foi quem explicou aos pequenos o que eram, que Aileen muito provavelmente também havia herdado o gene mágico que se manifestara apenas naquela geração e que uma vaga em uma Escola de Magia os aguardava quando completassem onze anos de idade. Gavin obviamente achou que a mulher estava lhe pregando uma peça, mas McGonagall mostrou-se tão segura e certa do que dizia que o homem se deu por vencido. Tentou não se preocupar com os gastos ou com o fato de estar enviando seus filhos para uma escola que não conhecia mas, sabendo que somente assim eles poderiam aprender a conviver com magia, acabou acostumando-se com a ideia de que tinha três bruxos dentro de casa.
Fionn partiu primeiro para Hogwarts por ser o mais velho. Foi selecionado para a casa de Godric Gryffindor e voltou no próximo verão repleto de histórias para contar a Aidan, que mal podia esperar para que fizesse onze anos e pudesse vivenciá-las também. E quando o grande dia chegou, o garotinho deveras magro e de cabelos loiros e bagunçados demais sentiu-se encantado por absolutamente tudo, desde o fato de que estava atravessando paredes para encontrar uma plataforma até a quantidade de crianças que eram tão mágicas como ele. No banquete de boas vindas, o chapéu chegou a considerar enviá-lo para Hufflepuff, mas Gryffindor foi sua última escolha. Aileen viria a estudar magia quando Aidan já estava em seu quarto ano, sendo selecionada para a casa de Helga Hufflepuff.
Seus sete anos de educação mágica foram os melhores que poderia ter. Os amigos eram muitos, assim como a diversão, especialmente quando tocava violão nas reuniões regadas a cerveja amanteigada no salão comunal. Quando estava em seu quinto ano, no entanto, a família enfrentou a pior crise financeira que já tiveram, chegando a perder a casa e estalagem por conta das dívidas. Os verões de Aidan eram passados trabalhando em um ou outro emprego junto com o pai e Fionn, arranjando bicos para conseguir algum dinheiro extra. Estava acostumado com isso, afinal, cresceu ajudando os pais a cuidar do negócio da família, mas a responsabilidade de ajudar a salvá-los do buraco tornava sua vontade de mostrar-se útil muito mais enfática.
Deixaram o povoado em que os Murdoch viveram por gerações e chegaram a morar algum tempo num prédio antigo, sujo e precário em Dublin antes de se mudarem para Londres depois que Gavin conseguiu fechar um negócio e comprar uma propriedade no centro da capital Inglesa. O chamaram de Black Bear Pub and Inn, ideia de Aidan para homenagear o avô. Era um bar e um pequeno hotel como a antiga morada na Irlanda mas, diferente dela, tornou-se um verdadeiro sucesso local em poucos anos, especialmente por conta das noites em que Cillian e o neto se juntavam para tocar.
O bar era frequentado principalmente por trouxas, mas havia alguns bruxos amigos de Aidan que apareciam com frequência, que por sua vez chamavam outro amigo e mais outro. Em pouco tempo o Black Bear também se tornava um ponto de encontro entre bruxos que desejavam beber e ouvir boa música, aumentando a popularidade de avô e neto no cenário musical. Os dois chamaram a atenção de produtores musicais trouxas, que decidiram investir no talento e potencial dos dois. Cillian realizaria seu sonho de ser reconhecido por sua música, mas veio a falecer dias antes do primeiro show que fariam juntos, deixando para trás um Aidan completamente devastado. Ele quase desistiu da música por isso, arranjando um emprego tedioso no Ministério da Magia, tocando ocasionalmente até ser convidado a integrar uma banda com alguns músicos bruxos que já conhecia. Em poucos anos o grupo se tornou bastante popular no mundo bruxo e até no trouxa e Aidan sentiu que finalmente havia conseguido superar a falta que Cillian, seu avô e mentor, fazia.
Foi em uma das viagens da banda que conheceu Iris Pritchard, uma repórter do Daily Prophet por quem Aidan se apaixonou de imediato e achou ser a mulher da sua vida. Começaram a namorar quando o grupo estava em seu auge e passaram cerca de três anos juntos antes de finalmente noivarem. O casamento já estava marcado quando Aidan descobriu que Iris vinha lhe traindo há algum tempo com Jasper, um de seus colegas de banda, motivo suficiente para que ele se separasse não somente da noiva mas também do grupo musical do qual fez parte por tanto tempo. Não conseguia conviver com Jasper e Iris, ainda mais depois que eles assumiram publicamente o relacionamento pouco tempo após o rompimento com Aidan.
Murdoch aproveitou a oportunidade para focar em alguns trabalhos musicais que há tempos desejava fazer, voltando também a ajudar o pai com o Black Bear, visto que Gavin estava ficando cansado e com a saúde frágil demais por conta do ritmo de trabalho no pub, mesmo que fosse demasiadamente teimoso e jamais fosse admitir isso a alguém. Hoje, comanda o negócio da família junto com ele, recebendo a ajuda ocasional de Fionn - que mesmo ocupado com o cargo de Auror no Ministério ainda os visita com frequência – e Aileen - que assumiu a paixão pela culinária cultivada por Gemma e passou a gerenciar uma confeitaria bruxa. Por conta de seu trabalho, Fionn está bem informado a respeito do conflito político que tem assolado a sociedade mágica e por isso constantemente atualiza os irmãos mais novos dos acontecimentos em volta do movimento purista, alertando-os sobre questões de segurança. São nascidos trouxa, afinal, exatamente aqueles que são hostilizados pelas famílias bruxas de tradição e sangue puro. Aidan tenta mostrar-se seguro e confiante de que nada de mal irá acontecer a eles, especialmente para passar segurança a sua irmã mais nova, mas a verdade é teme por suas vidas como jamais o fez antes. Por isso, ajuda o irmão da forma que pode, prestando atenção a cada cliente do pub e apurando os ouvidos para qualquer conversa suspeita. Aidan tenta não pensar se irão sobreviver a essa guerra, mas essa pergunta vem se tornando cada vez mais insistente devido aos últimos ataques e desaparecimentos.
「Personalidade」
Aidan,fogo para os celtas. Gemma Murdoch não poderia ter escolhido um nome melhor para o seu filho mais novo, veja bem. Desde muito jovem ele mostrou que possui, de fato, uma chama dentro de si, sempre caloroso, divertido e protetor com aqueles que o cercam, trazendo um pouco de sua vibrante energia para onde quer que vá e atraindo atenção com seu sorriso torto, seu carisma e jeito misterioso. Aidan possui um espírito genuinamente livre, é um aventureiro que adora aprender um pouco mais sobre o desconhecido, vivenciar novas experiências e que, se pudesse, exploraria cada canto do mundo sem pensar duas vezes. Para ele, cada dia é um aventura que precisa ser aproveitada ao máximo e Aidan tenta ao máximo ser fiel a essa filosofia de vida.
Aos quinze anos, as dívidas de sua família levaram os Murdoch a falência, obrigando-os a se desfazer do terreno na costa irlandesa na qual viveram diversas gerações da família. A necessidade de trabalhar muitas vezes em dois ou três empregos durante as férias de verão e economizar cada centavo ganho para ajudar sua família a se reerguer o moldou e o amadureceu, obrigando-o a mostrar-se responsável quando muitos de sua idade fugiam dessa palavra. Aprendeu também que, com persistência e dedicação, é possível conquistar o mundo. Foi assim que, anos depois, os Murdoch conseguiram comprar um novo terreno e Aidan ganhou reconhecimento e destaque por sua música. Música, ela é o que move sua vida, é sua paixão e aquilo que mais gosta de fazer, por isso a leva tão a sério. No dia em que deixar de compor, tocar ou cantar, Aidan certamente não será mais o mesmo.
Durante os anos em Hogwarts, Aidan não era o melhor aluno de seu ano ou aquele que tinha as melhores notas. Era um bruxo talentoso, claro, e tinha aptidão para matérias mais práticas como Feitiços ou Defesa Contra as Artes das Trevas e até História da Magia, mas seu temperamento forte e seu gosto por bagunça o colocou em muitas detenções em sua época de estudante. Chegou a jogar quadribol, atuando como goleiro no time de sua casa no sexto e sétimo ano, mas sua popularidade se dava unicamente pela música e em como toda e qualquer festa se tornava mais animada quando ele estava presente para tocar para os amigos. Com dezessete anos, era vivaz, divertido e tinha a mesma paixão pela vida que sua mãe rezou para que preservasse. Mas a vida muitas vezes costuma tirar o melhor das pessoas, e Iris Pritchard foi a principal responsável por torná-lo o que é hoje, cínico e muitas vezes amargo. Como um grande e solitário leão que rosna e se isola de todos mas que, na verdade, não consegue se livrar do espinho em sua pata.
Aidan é teimoso, cabeça dura e dono de um humor ácido, as vezes até negro. Pode ser indelicado e grosso na maior parte do tempo, falando exatamente o que pensa sem qualquer filtro ou jeito amável. Não desiste facilmente de discussões e encontra dificuldade em olhar além de suas opiniões e ponto de vista. É extremamente criativo, espontâneo e impulsivo, agindo de acordo com seu humor ou seus sentimentos e muitas vezes se arrependendo instantes depois. Detesta rotina, é inquieto, impaciente e gosta de levar a vida de um jeito diferente a cada dia para não gerar tédio. Tem uma profunda paixão por natureza e cultura, interessando-se pela história de países diferentes, assim como civilizações antigas. Possui uma estranha paixão pelo mar e muitas vezes, quando precisa refletir ou ficar um tempo sozinho, gosta de olhar as ondas quebrarem na areia da praia. É renovador, terapêutico e o ajuda a pensar.
「Extras」
Aidan é músico e proprietário do The Black Bear Pub and Inn. Seu FC é Ryan Gosling e sua player a Nanda.
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murdchs · 10 years ago
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Já disfarçado por um encantamento para fazer crescer seus cabelos castanho-claros e sua barba, estavam prestes a voltar ao pub quando algo o surpreendeu - Florence virou-se para ele e arrumou uma mecha de seus cabelos que caía insistentemente sob seus olhos. O gesto inesperado o fez recuar o rosto instantaneamente, uma espécie de reflexo tão natural que ele nem sequer se deu conta. O músico franziu o cenho, olhando de forma confusa para a garota a sua frente, sendo subitamente atingido por uma onda de desconforto que ele duvidava que se limitava somente a ele. Então pigarreou, respirando profundamente e olhando para os lados, fingindo que nada havia acontecido e voltando a apoiar a mão em suas costas como se a apressasse a entrar no estabelecimento.
As coisas pareciam ter voltado ao normal dentro do bar desde a saída deles. A bagunça havia sido arrumada e os rapazes problemáticos já não estavam mais por lá, deixando somente as pessoas que queriam nada mais do que beber, conversar e ouvir boa música. Seguiu a garota de cabelos acobreados, abrindo espaço entre as pessoas até se aproximarem de uma moça de madeixas e olhos castanhos que olhava para eles com um ar preocupado, algo que fez Aidan deduzir que ela deveria ser a irmã de quem Florence havia falado. Com uma das mãos em seu casaco e a outra nas costas de Florence, mal percebendo que não precisava mais mantê-la lá, permaneceu em silêncio enquanto Cauldwell explicava tudo. Não sabia o que dizer ou fazer e, enquanto ela falava, o irlandês se perguntava se deveria continuar alí ou despedir-se das duas e ir embora, mas a voz dela chamou a sua atenção e, quando foi chamado de gentleman por ela mais uma vez, Murdoch praticamente a fuzilou com o olhar.
"It's nice to meet ye, Maureen." Disse, respirando profundamente para ignorar a evidente alfinetada de Cauldwell, esticando a mão para cumprimentar a irmã dela e esforçando-se para esboçar um sorriso simpático no rosto. Decidiu que não comentaria nada a respeito do fato de que elas não se pareciam em absolutamente nada, ao menos não fisicamente, e chegou a se perguntar o quanto a metamorfomagia de Florence era culpada por isso. "Look, now that ye have found your sister I guess I should be going..." Começou a falar, sua voz ligeiramente rouca pelo visível desconforto em que se encontrava. Olhou para a saída do pub e para os olhos claros de Florence, pensando em algo mais para dizer e finalmente se dando conta de que não queria ir embora. He wanted her to ask him to stay with them. "Unless you need me here." Quando se deu conta, já era tarde demais. As palavras já haviam escapado de sua boca. Murdoch engoliu em seco, trazendo a mão que antes repousava nas costas dela para os seus cabelos, coçando a nuca e tentando disfarçar aquele pequeno deslize. Merlin, o que estava fazendo? "For... I don't know, getting ye two out of here safely? It's quite late and London can be dangerous sometimes, scpecially for two pretty girls..." Começou, os longos dedos pálidos coçando a barba que cobria seu maxilar, um sorriso sem graça em seu rosto. "...who can take care of themselves, sure! But I would be glad to help." Apressou-se em acrescentar porque já conseguia imaginar Florence abrindo a boca para dizer justamente isso, o quanto era perfeitamente capaz de tomar conta de si mesma. Então olhou-a pelo canto dos olhos azuis, incerto sobre encará-la diretamente ou não, perguntando-se se ela também se sentia desconfortável com uma inevitável despedida, um adeus que ele não queria dar ainda.
[Flashback] Ain't we all just runaways? | Aidan & Florence | December 77
Abriu a boca para responder de onde sabia o nome dele, mas conseguiu se refrear antes de dizer alguma besteira, apenas dando de ombros por fim. Quase fora pega, por um breve deslize de apenas chamá-lo pelo nome. Ainda bem que não o chamara de Aidan Murdoch, senão as coisas não seriam tão fáceis. “Foi exatamente isso que eu disse, tinha tudo sob controle e sei me defender muito bem sozinha, obrigada.” Retrucou em seguida, levantando o rosto alguns centímetros para parecer mais intimidadora, o que era meio difícil pela diferença de altura gritante entre eles. A frase, na verdade, era mentira. Não tinha tudo sob controle, não sabia como se desvencilhar do cara que a cercava e até seria grata a Aidan se ele não tivesse dado um gancho de direita no rapaz mais bêbado que ele. A risada debochada dele a irritava de tal forma que não achava ser possível. Florence era calma, raramente se irritava ou mostrava o pior lado de si, mas parecia que Aidan tinha um ímã para essa sua personalidade rara. Teve que apurar os ouvidos quando, em seguida, ele falou no sotaque irlandês carregado, algo com o que não estava acostumada, e, novamente, pensou em retrucar, mas não queria brigar com ele novamente, cada minuto ali era mais um minuto que Maureen passava sozinha naquele bar que não deveria estar o lugar mais amigável depois daquela briga.
Por isso, simplesmente ouviu cada palavra tão carregada de sotaque quanto de sarcasmo, revirando os olhos, até julgar que a conversa havia acabado, quando finalmente pode se concentrar em aparatar. Na verdade, era a primeira vez que aparatava sozinha depois do curso e finalmente da licença que possuía, mas não teve medo na hora, a concentração de ir atrás da melhor amiga falara mais alto, de tal forma que, quando abriu os olhos novamente, estava frente ao bar do qual havia saído há poucos minutos e com Aidan ao seu lado. Pera… Aidan ao seu lado? “Exactly how many times will I have to tell you that I can fucking take care of myself?” Florence não costumava usar palavrões, mas, novamente, Aidan trazia à tona diferentes sentimentos e reações que ela sequer sabia que possuía dentro de si. Observava o homem à sua frente enquanto ele mirava a varinha para si e o fazia ficar quase irreconhecível – não para ela, Cauldwell reconheceria Aidan Murdoch em qualquer hora, lugar e situação. Bem, pelo menos ele não era burro o suficiente para entrar no pub novamente com a mesma aparência de antes.
Novamente, se concentrou enquanto ele pronunciava as palavras quase que em outro idioma e necessitava de toda sua atenção para decifrar. Mesmo tendo nascido nos Estados Unidos, morava no Reino Unido desde que se conhecia por gente. O sotaque irlandês, no entanto, ainda era dificílimo de acompanhar. “Look, the last thing I want to be is your charity of the day, Aidan.” Anunciou, um pouco mais calma e atingida pela falta de gentileza do irlandês. Não queria mesmo ser a boa ação do dia, como ele mesmo colocara. Quando a mão masculina foi posta em suas costas de modo insistente, Florence sabia que não tinha como dissuadi-lo do que já havia decido. Aidan Murdoch era quase tão teimoso e irritante quanto ela mesma naquele momento. Respirou fundo, e entrou novamente no pub que aparentava estar muito mais calmo agora, sem deixar de, antes, arrumar um fio de cabelo que caía de forma displicente sobre a testa do músico – um momento de fraqueza, como ela mesma pensaria mais tarde.
Não precisou de muito tempo até encontrar Maureen, era como se as melhores amigas tivessem um ímã que as ligassem, uma não se sentia completa sem a outra ao seu lado. Amaldiçoou-se por ter saído daquela forma quando viu a expressão preocupada da morena antes de reconhecer Florence em sua forma ruiva. “I’m ok, really. This gentleman here saved the damsel in distress.” Respondeu à pergunta de Dowson antes mesmo que esta fosse feita e apresentou Aidan, que mantinha sua mão na base das costas de Florence e fazia com que a garota se sentisse mais segura – mas jamais admitiria isso. A apresentação, claramente, foi mais uma alfinetada ao irlandês, escondida por trás do sorriso aparentemente inofensivo de Florence quando os apresentava. “Aidan, this here is my sister, Maureen.” Forçou a voz quando a chamou de irmã para que Maureen percebesse o que estava acontecendo por ali. Não sabia por que exatamente havia mentido para Aidan, talvez por achar que ele não entenderia se ela voltasse para buscar a melhor amiga. Irmã dava um tom certamente mais dramático para a situação, e agora precisava manter o que fora dito.
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murdchs · 11 years ago
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O Black Bear estava quase lotado naquela noite e, com o som de conversas, risadas e da música alta, ficava quase impossível ouvir o que se dizia, mas Aidan assentiu positivamente quando o homem agradeceu por sua dose tripla e bebeu alguns goles de seu firewhiskey. Tratou-o com a simpatia que viu o pai dirigir a todos os seus clientes ao longo dos anos desde que o gryffindor era apenas um menino e o ajudava na hospedaria quando ainda viviam na Irlanda, mas não insistiu quando ele levou alguns instantes para falar alguma coisa, talvez pensando no que dizer, talvez tentando deixar de lado o desconforto. “Isso é bom, mas é ruim ao mesmo tempo.” Disse, mesmo que seu comentário de nada adiantasse ou acrescentasse. Aidan Murdoch não tinha o talento do pai para lidar com as pessoas, porque Gavin parecia saber exatamente o que dizer e quando dizer, tornando todo e qualquer problema um pouco mais leve para quem quer que se sentasse ao seu lado para ouvi-lo falar. “O que não muda muita coisa. Um problema é um problema e ele continua sendo uma pedra no sapato, seja ele sobre mulheres, sobre trabalho ou sobre o que for.” Continuou, deixando o pano em cima do balcão da parte interna e distanciando-se apenas alguns metros para atender a um senhor que pedia por uma dose de gin.
“Se me permite perguntar, com o que você trabalha?” A pergunta foi feita enquanto servia o gin com um maneio da varinha, seu rosto virado para o homem de cabelos castanhos ao mesmo tempo em que a bebida clara como água era colocada num copo com um pouco de gelo e limão. A dose foi entregue para o senhor, que agradeceu e deixou-os para trás. Aidan modificou o número num pedaço de pergaminho correspondente ao consumo de cada cliente e então voltou para aquele a quem havia servido fireshiwkey há pouco tempo. “Sim, assumi a parte burocrática para o meu pai. Aidan Murdoch.” Apertou firmemente a mão de Thomas Benelli, um pequeno e simpático sorriso no rosto. “Você não é exatamente daqui, não é? O seu sotaque...” Comentou enquanto limpava os copos sujos com um movimento de sua varinha, franzindo o cenho e ostentando um semblante ligeiramente confuso, como se tentasse decifrar de onde Benelli era de acordo com o seu sotaque. “Americano?” Arriscou, uma cômica careta no rosto, o tipo de expressão que se fazia quando se observava com apreensão a trajetória de uma goles atirada por um artilheiro em direção aos aros.
[Flashback] A drink, a conversation, a friendship. All a bit out of place, a bit strange, but okay | Aidan & Thomas | January 75
Quando tudo parecia mais perdido e horrível do que jamais fora, Thomas pegava-se pensando em como teria sido se aquele incêndio não tivesse acontecido, se eles fossem apenas trouxas com vidas normais, ele e seu irmão indo á escola todos os dias pela manhã e voltando para apreciar a comida caseira de sua mãe em uma casa simples, mas aconchegante, onde se sentiam seguros e felizes. Se esse tivesse sido o seu passado, dificilmente Tommy teria se tornando um daqueles policiais trouxas. Na verdade, no fundo, ele imaginava seriamente se aquilo que havia se tornado ao chegar á Londres não era apenas um reflexo de tudo o que já acontecera em sua vida, se ele não estava apenas descontando em outras pessoas toda a amargura e a raiva que guardava escondida muito bem dentro de si mesmo. Ás vezes quem recebia aquela carga era Jonathan, mas na maior parte das vezes todos aqueles criminosos provavelmente imploravam para qualquer Deus que eles julgassem existir para que não caíssem nas mãos de Thomas Benelli. Se ele se sentia bem com tudo aquilo? Dificilmente. Mas não conseguia parar. As suas emoções entravam em jogo antes da razão quando estava no trabalho.
Nunca soubera, entretanto, se o irmão se sentia daquela mesma forma. Os dois compartilhavam o mesmo trabalho, a mesma casa e quase sempre o mesmo bar, mas raramente conversavam sobre as coisas que os incomodavam, principalmente porque Jonathan não fazia a menor ideia do que acontecera naquela casa, tantos anos atrás, nos Estados Unidos. Ele era apenas um bebê quando tudo aconteceu e Thomas sempre sentira a obrigação de lhe proteger, então não iria simplesmente jogar em cima do irmão todas as suas frustrações sobre não ter conseguido fazer absolutamente nada para ajudar.
Como já se tornara comum, Thomas olhou de maneira desconfiada para o novo garçom que lhe atendia. Já o havia visto algumas vezes no bar, parado á certa distância de todas as pessoas, sem nunca falar com alguém ou atender outras pessoas, então logo deduziu que o homem era algo como dono ou sócio por ali. Tommy não costumava confiar de imediato nas pessoas por vários motivos, mas aquele rapaz lamentavelmente parecia ser como ele. Sua mãe lhe dizia que pessoas se identificavam de imediato umas com as outras quando existia entre elas certa semelhança. Nunca soubera se era verdade, e nem sabia se queria testar aquela teoria, mas apreciou o aumento de sua dose e virou o líquido em sua boca quase como se estivesse com fome. A bebida queimou sua garganta daquela maneira familiar de sempre, então Thomas suspirou em satisfação. Era como tentar saciar um monstro que vivia preso em seu interior. — Obrigado. — Deixou seus ombros caírem e apoiou os cotovelos no tampo do balcão mais uma vez.
Não tinha certeza se falar sobre qualquer coisa com qualquer pessoa, ainda mais com tantas á volta lhe escutando, era confiável, mas naquele momento Thomas não se importou muito. Jonathan nunca conversara com ele daquela maneira, e ele quase podia se sentir em casa, sentado naquele balcão rodeado por homens bêbados que haviam deixado suas mulheres sozinhas por causa de uma noite de diversão. Era realmente estranho. — Bem, eu posso dizer que é algo parecido. Mas não é exatamente o que você está pensando. — Ele deu uma risada, levantando então seus olhos para o homem á sua frente quase pela primeira vez naquela noite. Não havia de fato prestado atenção, mas agora sabia que ele não estava se divertindo tanto quanto demonstrava com um sorriso. — Piora quando o trabalho é estressante. Na verdade, é tudo meio que uma grande porcaria. — Thomas mexeu na borda do pequeno copo em que tomara a sua bebida, empurrando-o de leve de um lado para o outro. — Você é o dono, certo? Todo mundo que trabalha aqui já me conhece porque eu venho todas as noites… Mas você eu nunca vi no bar. Meu nome é Thomas Benelli, a propósito. — Estendeu sua mão a frente, para cumprimentar, e então fora a sua vez de sorrir em divertimento, porque detestava mostrar para os outros que as coisas estavam realmente ruins. 
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murdchs · 11 years ago
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"Too bad ye choose butterbeer. The best way to get to know someone is when they're drunk, did you know that?" Ele disse, proferindo tais palavras como se fossem verdades científicas e absolutas. Estava brincando, é claro, e isso havia ficado mais do que claro em seu sorriso divertido e seu dar de ombros que inspirava uma postura despreocupada. "I guess I will be the only one spilling the truth around here." Acrescentou, mais como uma provocação e uma forma de fazê-la rir do que qualquer outra coisa. A verdade era que pouco sabia a respeito de Florence Cauldwell e isso o incomodava um pouco. Sabia que não estava sendo coerente porque ninguém realmente conhece absolutamente tudo a respeito de outra pessoa em tão pouco tempo e, além disso, o próprio Murdoch pouco havia falado a seu respeito, sobre seu trabalho, seu passado ou sua família. Ainda assim, não conseguia deixar de lado a curiosidade que tinha a respeito da moça, como se Florence fosse uma música que ele tentava desvendar as notas e instrumentos que compunham aquele deleite aos ouvidos.
"I was a little restless, yes. Always looking for fun things to do like any other lad at my age. Life is an adventure and ye have to enjoy it, right?" Havia um tom de saudade em sua voz. Era como se pudesse ver a sua frente os anos passados na Escola de Magia, tocando para os amigos em festas improvisadas no salão comunal de gryffindor e tentando imaginar o que aconteceria quando não precisasse mais retornar para Hogwarts. Hoje, anos depois, lá estava Aidan Murdoch, alguém que poderia dizer que havia chegado aonde desejava mas que ainda assim não se sentia genuinamente satisfeito com o rumo que sua vida havia tomado. "I wonder who ye were at your school days." Quis saber, encostando-se no espaldar da cadeira de madeira do pub e cruzando os braços na altura do tórax, uma das mãos deslizando pela barba enquanto a olhava de forma interessada, como se tentasse desvendar a mulher a sua frente. "The nice girl with lots of friends? The bookworm who kicked ass at any subject? All of these options at the same time or any other?" Franzia o cenho em uma expressão bastante concentrada, como se pudesse saber a respeito dela apenas observando-a. She was a riddle to him.
[Flashback] A higher place | Aidan & Florence | January 78
Florence surpreendia a si mesmo com a atitude que mantinha. Era verdade que, ao longo dos anos, já havia imaginado como seria seu encontro com Aidan Murdoch. Falaria que ele era ainda mais lindo pessoalmente, elogiaria a música dele, pediria um autógrafo, talvez uma foto, e guardaria aquele breve encontro na memória para sempre. Talvez a Florence de hoje estivesse de fato mais parecida com a de sua própria imaginação, mas, no dia em que se conheceram, Aidan a irritou tanto que foi impossível manter a postura que esperara. Então, ao invés de pedir um autógrafo, Florence pediu que a deixasse ir atrás de Maureen. Ao invés de elogiar a música, disse praticamente que ele era um idiota por tê-la tirado de lá. Ao invés de dizer que era lindo, tudo que saiu de sua boca foram palavras nada agradáveis para o músico. A segunda impressão de Murdoch, no entanto, estava quase apagando a primeira negativa. Gentil, carinhoso, com um sorriso arrebatador, conseguira extrair um lado mais doce de Cauldwell. Ela gostava de ambos Aidans que conhecera. Apesar de ter certeza que em breve o músico se cansaria dela, motivo pelo qual havia mentido completamente sua idade e algumas coisinhas mais, a hufflepuff queria de fato conhecê-lo enquanto isso não acontecia.
Um riso baixo escapou por entre seus lábios quando ele mencionou que seria uma presa fácil para a bebida – o que Florence era. Ficava alegre e rindo de tudo em pouco tempo durante as festas no Salão Comunal da Hufflepuff e acabava soltando segredos e confissões sem nem ao menos perceber. Talvez fosse mais sábio manter-se sóbria, ou acabaria falando que estava em Hogwarts ainda. “I am, indeed. I’ll just have a butterbeer, thanks.”Adicionou depois para o garçom que viera servi-los na mesa, aguardando depois que Aidan pedisse exatamente o que ela sabia que ia pedir, um copo de firewhiskey. Cerveja amanteigada era seguro, pouco álcool, a manteria sóbria e com seus segredos preciosos intactos. “Really? You actually do seem you were a problem teenager. I… Used to come here a lot too. Though I don’t sing at all.” Riu ao final de seu comentário, tentando parecer o mais natural possível ao falar do seu “tempo em Hogwarts”, que ainda estava acontecendo, também tirando seu casaco preto e pendurando na cadeira, mimicando as ações de Aidan. Em seguida, agradeceu mentalmente pela cerveja amanteigada ainda não estar em suas mãos porque, se estivesse, Florence tinha certeza que engasgaria com a bebida. “Uhum.” Respondeu primeiramente enquanto pensava em resposta melhor, que parecesse o mais natural possível. “Hogwarts were the golden days. No job to worry about, just writing some papers. And, boy, did we complain about that, right? I graduated not long ago, two years, but I already miss it.” Dois anos atrás parecia um tempo aceitável e que condizia bem com a idade que Florence aparentava ter. Tudo tranquilo. 
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