ouitheeviltwin
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laranja
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ouitheeviltwin · 5 days ago
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sonhei com meu pai de novo esta noite. a segunda vez essa semana.
como sempre, os detalhes se perdem quando acordo. havia uma casa estilo colonial e o filtro do sonho era quente como as cenas de cem anos de solidão. só eu e meu pai estávamos na casa. ela era empoeirada, e a entrada da frente era íngreme feito uma rampa, mas não como se tivesse sido construída com esse propósito. era como se o chão tivesse se inclinado por livre vontade para dificultar a entrada das pessoas. eu precisava sair para trabalhar e comprar comida, mas era difícil voltar, escorregando no declive e na poeira.
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overcompensating
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ouitheeviltwin · 7 days ago
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eu sonhei que eu voava. no estilo superman: eu sabia voar. talvez tivesse outros poderes também, mas foda-se, eu sabia voar. eu estava em burned creek com minha família (irmãos, mãe, tios… pai?) e precisava sair de lá e ir até uma cidadezinha da bahia cujo nome não me lembro, mas foda-se, eu sabia voar. ficava em dúvida de qual estrada seguir, se a da esquerda ou direita, mas não importa, porque a impressão é de que todos os caminhos levam a bahia. e porque eu sabia voar.
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ouitheeviltwin · 1 month ago
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ele pingou em mim e eu já não sabia mais qual o meu suor e qual o dele. ele lutou para ir fundo e fez jus a posição. ainda sinto seu gosto, e na minha cabeça só rola um pensamento, perigoso e profano, que é o seguinte: deus, se não formos o amor da vida um do outro, que demoremos mais um pouco para encontrá-los e assim termos mais momentos de sexo casual como esse, amém.
voltei para casa sorrindo ao som dessa musica.
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ouitheeviltwin · 2 months ago
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love bombing? again?
sério, você já desviou de tantos vícios (álcool exagerado, cocaína, pornografia), então quando vai se livrar dessa compulsão por se apaixonar?
vou descrever a situação aqui para estampar o quanto é ridículo: você está com uma pontinha de ciúme do cara que conheceu há dois dias em uma boate e com quem foi para um motel com mais outros dois gays. risos. (sério, eu realmente estou rindo).
e daí que ele tem olhos bonitos e é másculo? e daí que depois quando vocês se livraram dos outros gays e foram pra casa dele, os dois sozinhos, ele te disse que era você e sempre foi você naquele noite, e ficou encantado pelo seu conhecimento sobre fiona apple, e encantado por você inteiro, e quase implorou para você ficar e implorou para você voltar um dia? (tá, parece mesmo papo de macho escroto, mas os outros dois gays não eram tão atraentes assim, tanto que o pau dele só subiu pra mim, e eu estou num surto de egocentrismo que fa eu me achar foda pra caralho nesse momento e realmente merecedor dessa admiração)
e daí para os meus e-daís?
caso vocês continuem a se falar, virão os defeitos, que vão fazer você se apaixonar de mais ou de menos, e no fundo você nem tá apaixonado de verdade, é só o ímpeto de amar alguém, até porque você está mirando em outras pessoas, mas é bom escrever sobre uma situação nova e ser verborrágico porque ajuda a entender e a rir da situação e vou encarar esse episódio no motel como o final de um ciclo onde a partir de agora vou ser mais sóbrio em relação a sexo como me tornei em relação a alcool e drogas e não tô nem aí se não der em nada com esse rapaz específico, no fundo acho que nem quero, mas foi bom porque pelo menos eu voltei a ouvir fiona apple e o spotify me jogou essa pedrada aqui que está constantemente no repeat
PS1: nao vou revisar esse post porque eu tambem tenho direito de escrever mal uma vez na vida. é uma verborragia, caralhos.
PS2: espero transar com ele de novo
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ouitheeviltwin · 2 months ago
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sonhos errantes
ele está de pé discursando para um grupo de homens, e tudo o que vejo é sua nuca, e toda vontade que sinto é de estender a mão para seu pescoço…
agora já não tenho certeza do que ele é.
no sonho, trabalha com meu irmão advogado; ou são amigos; ou é amigo da família. qualquer uma das possibilidades seria válida. deve ter trinta e tantos ou quarenta e poucos (me viu crescer?), ou quem sabe tem a minha idade e o tempo foi cruel com sua pele - a vida não deve ser fácil para os chefes de gangues (ou chefe de milícia; enfim, o cabeça de uma organização criminosa; isso que ele é). vou chamá-lo de mandachuva. seu pescoço é queimado de sol e há rugas no rosto barbudo aloirado. é meio grisalho também, mas continua atlético e charmoso. bonito, até.
mandachuva está de pé falando aos seus subordinados e tenho um impulso de estender a mão para seu pescoço. mas jamais faria isso. porque ele é másculo e respeitado por tal, e seus homens não achariam de bom tom me ver acariciando a nuca dele.
sinto tanta vontade de tocar na sua nuca.
no sonho ele me conhece desde sempre e gosta muito de mim, e tenho dúvidas se é o gostar de um amigo da família ou se tem algo a mais. ele me abraça muito e me preza bastante.
em um momento do sonho, ele está arquitetando uma escolta: a gangue precisa levar um homem (um cliente) em segurança a algum lugar, e para isso eles planejam se disfarçar de motoqueiros mochilando pelo país. imagino todos por uma rodovia sinuosa, verde em um lado da estrada, o azul do mar no outro, todos em suas harleys usando jaquetas de couro pretas, o cliente na garupa de alguém. eu, na garupa do mandachuva. sinto tanta vontade de acariciar a nuca dele.
eu o amo. passaria o resto da vida ao seu lado. consequentemente, ao lado do crime, por ele.
em outro momento, estamos em uma hamburgueria (cams?), um enorme galpão com cadeiras de madeira, e mandachuva faz cálculos financeiros - o crime lucra. estamos em mesas separadas, porque o deixo em paz com seu trabalho. mas há o instante em que nos encontramos e ele me abraça, e sinto sua boca perto do meu peito. me arrepio. sinto sua ereção, e pergunto o que significa aquilo, e ele me diz que é o que é, e já não tenho mais dúvidas.
e o sonho acaba.
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ouitheeviltwin · 2 months ago
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afastado da escrita introspectiva porque tenho passado tempo demais (e terapia demais) pensando no meu novo casal de amigos médicos, e na parceria com que eles dividem os plantões (mais tendenciosas pro lado dele) e nos seus filhos e na mobilia nova para a casa que estão construindo e no novo carro que querem comprar e nas infidelidades dele e na obsessão dela em se encaixar como boa mãe e esposa e em como tudo isso me deixou tentado a ter uma vida assim (menos as partes ruins… ou talvez até ela, hipocritamente) e como isso afetaria meus antigos sonhos de escrever um livro e viajar pelo mundo e do quanto desses sonhos ainda restou em mim (muito, não sei se conseguiria desapegar) e em como estou ficando de saco cheio das farras e virotes e drogas e que eu trocaria tudo isso por um namorado bonito e inteligente e que soubesse conversar (porque aparentemente ninguém consegue ser tudo isso, como o date que acabei de ter, onde ele tem um corpo lindo e um rosto não tão lindo mas é ótimo conversando sobre séries e filmes e livros e política e religião, e beija bem; se fosse um pouco mais bonito…) , e ultimamente passo tanto tempo pensando sobre tudo isso que não sobra mais espaço para assuntos que antes ocupavam tanto minha mente e meus textos, como o nadador, que a propósito encontrei hoje no fim do meu date, mais magro e bem menos bonito (ele foi bonito um dia? me achei tão mais bonito e gostos que ele, mais bem vestido, até), e não senti nada. posso chamar isso de superação.
que venham mais textos sobre novos amigos e se quero ter casa e se quero ter carro e se quero viajar e futuros namorados. mas que esse seja meu último texto sobre o nadador.
ps: uma lembrança - sentado junto a escrivaninha do consultório, celular na mão, ouvindo essa música e assistindo ao video dela, com um sorriso largo involuntário. fui a pessoa mais feliz e sem problemas no mundo por três minutos e vinte e nove segundos.
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ouitheeviltwin · 3 months ago
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EU SOU MAIS BONITO QUE ELE HAHAHA!!!!!
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ouitheeviltwin · 3 months ago
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deus, ajude para que os dois sejam profundamente infelizes, amém.
sabe, a vibe é de gives you hell mas a música que toca na minha cabeça nesse momento é DtMF, pois há uma certa paz de espírito em se sentir bem desejando o mal pra alguém que te fez mal. meio redentor (estou usando muito essa palavra ultimamente). me sinto mais ou menos como o tom de 500 days of summer (mas isso faria dele a summer, certo? e eu adoro ela. e ele não é nem um pouco inteligente para tal papel), mas penso que não poderia de fato ser eu: algo que já começou errado, que não teve a graça do sweetalk my heart (começou com um adultério, pra lembrar que só sou vitima das minhas próprias escolhas), e que se tivesse se perpetuado só teria tirado toda a minha paz (não que eu tenha tido muita ultimamente).
enfim, o fato de ser um lovebombing e de que os dois parecem ser narcisistas me dá esperanças de que vai ser uma bosta. kkk é realmente muito bom se sentir bem desejando o mal: non sé se son petardo’ o se son tiro’. no fundo eu nem sou tão bom em odiar e só quero isso aqui: botar pra fora. esquecer.
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p.s.: eu já pretendia escrever isso há umas horas, e agora, num dos meus últimos atendimentos, o paciente disse algo do tipo “que deus realize seu desejo”. eu dei uma grandíssima gargalhada.
p.s. 2: next page, next drama - e vamos ao traficante
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ouitheeviltwin · 4 months ago
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ontem sonhei que mudava para uma cidade do ceara, para trabalhar em um novo psf. seriam cinco dias na semana, dois a mais que meu atual emprego, mas eu ficava feliz. a parte engraçada vem a seguir: era uma cidade de pé de serra, mas nevava. havia neve, e arvores altas e cabanas com lareira. um sonho de infância.
me sinto tão mais ligado a minhas raizes latinas hoje em dia: carnaval e cachaça e bad bunny. mas não da pra ignorar o comichão nostálgico de criança no pé da barriga quando acordei. era aquele primordial de viajar pelo mundo e conhecer climas diferentes e culturas diferentes e pessoas diferentes.
tenho trinta anos, um bom emprego (apesar da conta zerada, irresponsabilidades de feriado) é responsabilidades. sera que ainda vou conseguir? conhecer o mundo e tal? ou meu destino é ficar preso a oroco ou em petrolina fazendo uma residência para trabalhar com a mesma coisa pelo resto da vida? e se sim, seria assim tão ruim?
seria. hoje, penso que seria.
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ouitheeviltwin · 7 months ago
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não é que acabou mesmo kkkk e tal qual meu psicólogo (ele ficou genuinamente feliz com a notícia), estou bastante satisfeito.
(agora, por princípios, não posso voltar atrás por risco de decepcionar ele que é a única pessoa da minha vida cuja qual não decepcionei ainda)
that's all folks
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it’s all over
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ouitheeviltwin · 8 months ago
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meu problema é e sempre foi mente vazia.
uma série ou um livro que me prenda a atenção, o trabalho, estudar para ser um medico melhor…
escrever.
é tudo o que eu preciso para abafar os gritos dos demônios nas minhas sinapses. pelo menos até a terapia me ensinar a matá-los. ou a contê-los em uma prisão mais segura. ou a conviver com eles. transformá-los em meus bichinhos de estimação.
demon pet.
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ouitheeviltwin · 9 months ago
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it gets better
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ouitheeviltwin · 11 months ago
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voltei a minha cidade natal.
um retrocesso? prefiro pensar: um passo para trás, dois para frente.
afinal, eu até gosto daqui.
(só foram duas semanas, ainda estou vivendo a nostalgia)
quando ando nas ruas, não sou mais o "filho de c.c.". agora eu sou "dr. l"
não sei o que pensar a respeito. saí da sombra, finalmente.
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ouitheeviltwin · 1 year ago
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meu próprio call me by your name
23/06/24
estou vivendo um amor de são joão, que é o equivalente a um amor de verão, porém condensado em um feriado.
é o amigo de fora de uma amiga: fomos a uma festa no mesmo grupo e a princípio achei que só beijasse meninas, mas aí ele foi sendo educado demais, conversando demais, fumando meu cigarro direto da minha mão... eu, ele e outra amiga demos um beijo juntos (abaixados, porque ele não queria ser visto) e, depois de me convidar para ir com ele ao banheiro, eu o empurrei para dentro da cabine e ele deixou que eu o beijasse sozinho. dormimos juntos depois. pode parecer algo meio sujo, que só aconteceria regado a álcool, mas há tanta pureza no jeito como ele me abraça sem roupa e acaricia minha mão e me diz que quer estar ao meu lado quando certa música tocar na festa que iremos mais tarde. nos conhecemos há menos de setenta e duas horas e ele já me chamou de amor, já me convidou para visitar a capital onde mora, já disse que me quer só para ele, disse que vai sofrer quando tiver de ir embora daqui a dois dias, cantou j&m pra mim (se você quiser, a gente casa ou namora etcetera etcetera), e eu deixei que ele fizesse tudo isso. talvez eu devesse ter impedido (ele é oito anos mais novo; nessa história, não sou o elio), mas gosto do jeito puro como tudo isso soa (repito: puro. não ingênuo ou desesperado, só puro).
há pureza até mesmo na maneira como transamos.
não me refiro ao fato de transarmos fofo. ao contrário: seus tapas doem, meus mamilos estão roxos, meu couro cabeludo está dolorido e meu frênulo está levemente doído de tanto ele puxar minha língua com seus lábios. não sei se ele faz tudo isso por prazer ou inexperiência, e nem me importo. eu gosto, na verdade. se, com a partida, eu vou machucar seu coração, o mínimo que posso fazer é deixá-lo machucar meu corpo. e sentir prazer com isso.
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(meu elio esqueceu esse anel em minha casa; ele é católico, faz devocional todas as manhãs o que, honestamente, eu acho bastante charmoso e me deixa com vontade de assistir. o livro ao fundo é o que eu estou lendo agora, uma mistura perfeita de sagrado e profano, que não poderia mais propício para esse momento)
por fim, já havia até esquecido como é bom ser colocado em primeiro lugar na vida de alguém. não mais o outro.
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ouitheeviltwin · 1 year ago
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quarta-feira, lillördarg, doze de junho de 2024
"enterrar os crazy twenties", o que isso significa afinal? cá estou eu, a vinte e poucos dias de me tornar médico, a menos de meio ano de completar 30, aguardando a resposta de seis editoras sobre um livro que acabei de escrever, e o primeiro que considero realmente alguma coisa. também é meu primeiro dia dos namorados solteiro em cinco anos (solteiro? não sou amante de alguém? ainda sou? ainda quero ser?)
o que tudo isso significa? não sei. estou bastante apegado a stoned at the neil salon da lorde e acabei de ver booksmart, que me comoveu bastante (risos), provavelmente pelo período de transição que estou vivendo. daí voltei aquele episódio de hora de aventura que fala sobre o sentimento prevalente de cada década:
vinte: falhas da juventude (a tradução usa o termo "culpas da juventude")
trinta: "i look lost" (a charlie está grávida nessa cena)
quarenta: medo
cinquenta: crise de meia idade (quando o filho vai embora)
sessenta: unfamiliar with my changing body
setenta: i begin to lose people around me
oitenta: medo de novo
noventa: content and wise
é um jeito bastante simplista de encarar o passar dos anos, e otimista também, se levar em consideração (como eu levo) que dá para ser feliz mesmo em meio à confusão e ao medo. parei o episódio nessa parte, vou voltar a vê-lo agora e volto para uma conclusão (mas não garanto que essa linha de pensamento vá chegar em algum lugar).
voltei.
no episódio, Jake está com quarenta anos e quer consertar uma falha dos seus vinte para enterrar os "crazy twenties" de vez e entrar nos quarenta de forma digna (dignify!). em certo momento, a filha do Jake, Charlie, com vinte anos, abraça sua versão sábia e content de noventa anos e se funde a ela, e assim a previsão de como serão suas décadas a deixa mais preparada para o que está por vir. talvez seja uma boa sempre voltar a esse episódio como forma de dar esperanças a mim mesmo de que um dia vou chegar nessa fase wise and content
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(o episódio, a propósito, é o 11 da s08)
porque eu realmente vou precisar dessa esperança kkk. agora, no fim dos meus crazy twenties (e como foram loucos) sinto que sou uma sucessão de erros: estou em um relacionamento extraconjugal com um homem casado, com medo de ficar velho e indesejável antes de encontrar alguém que eu ame e que me ame também e queira formar uma família comigo, além do medo de não ter oportunidade de ser o escritor que tanto sonhei (trinta anos de sonho), fora a sensação de que não vivi bem a faculdade, que deveria ter estudado mais, farreado menos, escrito artigos e entrado em projetos que me garantissem um bom currículo para a residência (em suma, medo de não ser um bom médico). sou a fleabag no confessionário.
no fim das contas, esses medos gelam minha barriga, mas não me travam. tento ver o lado bom: não sou dos piores da faculdade e ainda dá tempo de estudar (sou inteligente, sei que sou, só preciso me esforçar), e tem tanta gente no mundo para conhecer, tantos possíveis amores, para me apresentar coisas novas, aprenderem comigo (e, convenhamos, meu glown up de médico ainda está por vir). além disso, descobri prazer na escrita independe se serei profissional ou não, e pretendo continuar criando minhas ficções, mesmo eu nunca vá ser lido por outras pessoas. viu só? é uma questão de silverlining. os vinte podem ser uma época de falhas e culpas, mas também foi uma década bem boa pra mim, transformadora. posso até ficar confuso nos meus trinta (eu vou estar me construindo, financeiramente, familiarmente, normal se sentir perdido às vezes), mas certamente vou tentar tirar o máximo de proveito desses anos. talvez eu já seja agora um pouco wise and content, after all.
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de que músicas vou gostar e o que será que vou achar desse filme daqui a dez anos?
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ouitheeviltwin · 1 year ago
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diário de um aspirante a escritor, madrugada de onze de junho
agora de fato eu terminei meu livro. comi um hambúrguer de gorgonzola bem melhor que o de ontem, acompanhado não de alguém que fosse me fechar em uma conchinha, mas de um grande amigo, que me faz rir e em quem confio e me sinto confortável. e não dormirei sozinho, pois boa parte da minha família está aqui na minha casa hoje. também encontrei alguém que semanas atrás teria o poder para partir meu coração, mas hoje fez eu sentir apenas nada. um leve tédio, talvez.
o sentimento de agora nem se caracteriza como plenitude, mas sim como felicidade pura mesmo. até sinto uma ligeira empolgação.
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(eu ouvi esta música neste lugar e me vi com dezessete anos novamente, com vontade de visitar rodeios e conhecer cowboys e experimentar o cerne da américa estadunidense. até que foi um bom sentimento. outrunnin' your memory)
diário de um aspirante a escritor, madrugada de dez de junho
achei que eu ficaria mais empolgado quando terminasse esse livro (não foi bem um término, ainda faltam as notas de rodapé e a conclusão da história de bruno). ainda assim, só o que eu fiz foi comer um hambúrguer e ver um filme de terror (the first omen, feiras e demônios e etcetera) sem ninguém pra me fechar numa conchinha. estranhamente, me parece um cenário bem satisfatório e feliz. não tão empolgante quanto eu esperava, mas definitivamente feliz. pleno.
penso no livro que comecei quando tinha dezessete anos, sobre adolescentes com doenças terminais (e eu nunca tinha ouvido falar de john green naquela época, juro). eu me imaginava dando entrevistas, ouvindo perguntas do tipo "como você pode ter escrito um livro tão genial sobre uma road trip nos eua se vc nem nunca saiu do nordeste do brasil?", e me imaginava dando respostas espirituosas do tipo: "bem, eu vi muitos filmes de john hughes na sessão da tarde (risos)". também me imagino dando entrevistas hoje (menos caricatas, claro, e mais críveis) e lendo críticas positivas do meu livro atual. hoje, acho tudo o que escrevi antes doa vinte anos uma grandíssima porcaria. será que vou pensar o mesmo do meu manuscrito atual no futuro? será que ao menos serei publicado? (risos nervosos)
acho que vou continuar escrevendo independente disso. talvez, se for rejeitado, eu escreva até com mais liberdade. me deu uma vontade tremenda de começar o livro do metamorfo hoje, tudo efeito do clipe novo da billie eilish que me deu uma vontade tremenda de falar sobre relacionamentos abusivos.
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essa música não me sai da cabeça, a propósito.
vou continuar escrevendo.
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ouitheeviltwin · 1 year ago
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diário de um aspirante a escritor, madrugada de dez de junho
achei que eu ficaria mais empolgado quando terminasse esse livro (não foi bem um término, ainda faltam as notas de rodapé e a conclusão da história de bruno). ainda assim, só o que eu fiz foi comer um hambúrguer e ver um filme de terror (the first omen, feiras e demônios e etcetera) sem ninguém pra me fechar numa conchinha. estranhamente, me parece um cenário bem satisfatório e feliz. não tão empolgante quanto eu esperava, mas definitivamente feliz. pleno.
penso no livro que comecei quando tinha dezessete anos, sobre adolescentes com doenças terminais (e eu nunca tinha ouvido falar de john green naquela época, juro). eu me imaginava dando entrevistas, ouvindo perguntas do tipo "como você pode ter escrito um livro tão genial sobre uma road trip nos eua se vc nem nunca saiu do nordeste do brasil?", e me imaginava dando respostas espirituosas do tipo: "bem, eu vi muitos filmes de john hughes na sessão da tarde (risos)". também me imagino dando entrevistas hoje (menos caricatas, claro, e mais críveis) e lendo críticas positivas do meu livro atual. hoje, acho tudo o que escrevi antes doa vinte anos uma grandíssima porcaria. será que vou pensar o mesmo do meu manuscrito atual no futuro? será que ao menos serei publicado? (risos nervosos)
acho que vou continuar escrevendo independente disso. talvez, se for rejeitado, eu escreva até com mais liberdade. me deu uma vontade tremenda de começar o livro do metamorfo hoje, tudo efeito do clipe novo da billie eilish que me deu uma vontade tremenda de falar sobre relacionamentos abusivos.
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essa música não me sai da cabeça, a propósito.
vou continuar escrevendo.
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