sidvirtuous
sidvirtuous
desambição
42 posts
Don't wanna be here? Send us removal request.
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Este Mundo
Noite, duro tempo fechado mas os dias nascem. A manhã abre com luz
na janela. O sol, agora, escala o céu azul. Ao meio-dia
na praia posso ver cintilantes ondas, para sempre,
seguir seus sons fundos, na mente ecoam - deixar a luz
como ar ser um alívio. O vento corta o rosto
e as mãos, mais frias. O que se pode pensar - o mar
miríade de pedras. Nuvens passam, cinza do lado de baixo, branco feixe
ar. Água se move à margem, azul, verde
branca trama O que se perde,
se recobra. O que importa, a cada um, neste mundo?
Robert Creeley Tradução de Régis Bonvicino
_________________________________________________
O que
O lugar entre o gume das pétalas e o
Do gume das pétalas sai uma linha que por ser de aço infinitamente fino, infinitamente rijo penetra a Via Láctea sem contacto ― alçando-se além dela ― sem pender nem impelir ―
A fragilidade da flor ilesa penetra o espaço.
WILLIAMS, William Carlos. Poemas. Trad. José Paulo Paes.
1 note · View note
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
The trees
The trees - being trees trash and screen guffaw and curse - wholly abandoned damning the race of men
Christ, the bastard even haven't sense enough to stay out of rain -
wha ha ha ha
wheeeeee chacka tacka tacka tacka tacka wha ha ha ha ha ha ha ha
knocking knees, buds bursting from each pore even the trunk's self putting out leafheads -
Loose desire! we naked cry to you = "Do what you please".
You canno't!
- ghosts sapped of strenght
wailing at the gate heartbreak at the bridgehead desire dead in the heart
haw haw haw haw - and memory broken
wheeeeee
There were never satyrs never maenads never eagle-headed gods - these were men from those hands sprung love bursting the wood
trees their companions a cold wind winter long in the hollows of our flesh icy with pleasure
no part of us untouched
William Carlos Williams
_______________________________________________
Navegante
O mar virá escavar mas as rochas – arestas denteadas a cavaleiro da toalha de espuma ou uma corcova ou então pináculos com mergulhões – são o homem pertinaz.
Ele provoca a tempestade, ele vive por ela! repassado de temores que não são temores mas aguilhões de êxtase, um álcool secreto, um fogo que lhe inflama o sangue até a frieza pelo que as rochas mais parecem lançar-se sobre o mar do que o mar envolvê-las. Estiram-se no esforço de agarrar navios ou até o próprio céu que se debruça para ser despedaçado sobre elas. Ao que ele diz, Sou eu! Eu é que sou as rochas! Sem mim nada se ri.
Referência:
WILLIAMS, William Carlos. Seafarer / Navegante. Tradução de José Paulo Paes.
#williamcarloswilliams
0 notes
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Boletim do Mundo Mágico
Meus pés sonham suspensos no Abismo minhas cicatrizes se rasgam na pança cristalina eu não tenho senão dois olhos vidrados e sou um órfão havia um fluxo de flores doentes nos subúrbios eu queria plantar um taco de snooker numa estrela fixa na porta do bar eu estou confuso como sempre mas as galerias do meu crânio não odeiam mais a batucada dos ossos colégios e carros fúnebres estão desertos pelas calçadas crescem longos delírios punhados de esqueletos são atirados no lixo eu penso nos escorpiões de ouro e estou contente os luminosos cantam nos telhados eu posso abrir os olhos para a lua aproveitar o medo das nuvens mas o céu roxo é uma visão suprema minha face empalidece com o álcool eu sou uma solidão nua amarrada a um poste fios telefônicos cruzam-se no meu esôfago nos pavimentos isolados meus amigos constroem um manequim fugitivo meus olhos cegam minha mente racha-se de encontro a uma calota minha alma desconjuntada passa rodando
(do livro de poemas Paranoia, Roberto Piva)
________________________________________________
Ruína Sem encontrar-se. Viajante pelo seu próprio torso branco. Assim ia o ar.
Logo se viu que a lua era uma caveira de cavalo e o ar uma maçã escura.
Detrás da janela, com látegos e luzes se sentia a luta da areia contra a água.
Eu vi chegarem as ervas e lhes lancei um cordeiro que balia sob seus dentezinhos e lancetas.
Voava dentro de uma gota a casca de pluma e celulóide da primeira pomba.
As nuvens, em manada, ficaram adormecidas contemplando o duelo das rochas contra a aurora.
Vêm as ervas, filho; já soam suas espadas de saliva pelo céu vazio.
Minha mão, amor. As ervas! Pelos cristais partidos da morada o sangue desatou suas cabeleiras.
Tu somente e eu ficamos; prepara teu esqueleto para o ar. Eu só e tu ficamos.
Prepara teu esqueleto; é preciso ir buscar depressa, amor, depressa, nosso perfil sem sonho.
Federico García Lorca, in 'Poeta em Nova Iorque'
12 notes · View notes
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
pare agora
0 notes
sidvirtuous · 6 years ago
Photo
Tumblr media
cinderelas
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 7 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 8 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 9 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 9 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 9 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes
sidvirtuous · 9 years ago
Photo
Tumblr media
0 notes