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SOL SANTOS
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Solange Santos é Mestre em Comunicação pela UFOP (2021) e Bacharela em Publicidade e Propaganda pela PUC-MG (2018). Possui expertise em Criação, Pesquisas, Storytelling, Marketing Digital e Copywriting. Atualmente, compõem o time de Redação para CRM da agência ForAll + FCB sendo responsável pelo atendimento das marcas subsidiadas a Stellantis, entre elas: Jeep, Peugeot, Citroën e outras.
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sooolsantos · 1 year ago
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O presente trabalho tem como objetivo discutir os entrelaçamentos entre raça, ritualidade e paisagens presentes nas faixas de Um corpo no mundo, primeiro álbum de estúdio da cantora ecompositora baiana Luedji Luna.
Pela construção de narrativas que se respaldam na saudade do lar e desejo de retorno para casa, somos apresentados a um cancioneiro que se encontra debruçado sobre um lar desconhecido. Suas narrativas surgem na ideia de diáspora, pois, o retorno à ancestralidade resvala no desconhecido. O que nos leva a primeira pergunta que dá sustentação a este trabalho: que ancestral?
Sendo o corpo afrodescendente construído longe de suas raízes, suas origens concomitantemente estão estraçalhadas quando analisadas sobre um viés da reconstrução ancestral, o que se torna latente na narrativa da cantora, tensiona os locais da saudade de casa versus a procura do lar desconhecido, de “outros mundos”.
Desta forma, pretende-se analisar de que modo é reconstruído o pensamento ancestral, levando em consideração as questões concernentes a raça e o racismo, bem como da construção da própria negritude para estes sujeitos que se percebem distantes de um ideal familiar amplo, conforme as premissas do álbum "Um corpo no mundo", em trânsito com a cultura midiática.
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sooolsantos · 1 year ago
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Gustavo Pereira Marques, o Djonga é popularmente conhecido no universo do rap por sua produção fonográfica com apurada denúncia ao sistema social vigente, na qual os diversos modos de poder se entrecruzam por meio de uma refinada elaboração crítica. Pela reatualização narrativa dos versos dos Racionais Mc's, o rapper constrói o que entendemos como um universo particular, através do qual sua autointitulação como Deus recria as potencialidades do corpo negro pelo reposicionamento deste a um local sacralizado. Desta forma, esta dissertação tem por objetivo principal compreender as formas utilizadas pelo rapper para a inauguração de um instante de denúncia pós Racionais Mc's, em que o reconhecimento e a identidade tematizados instituem um movimento horizontal de tensionamento, mas, sobretudo, de autoaceitação entre os negros, e inaugura uma nova percepção coletiva consciente por meio do Rap. Para sua realização, optou-se pelo recorte nos quatro primeiros álbuns produzidos pelo cantor em sua carreira solo: Heresia (2017), O menino que queria ser Deus (2018), Ladrão (2019), Histórias da Minha Área (2020). A percepção da cultura midiática como meio para a propagação da marcação das violências e da própria sacralização da negritude será observada em quatro videoclipes: Junho de 94 (2018), Corra (2018), Hat-Trick (2019) e Eu vou (2019). Por meio de categorias como a descolonização do olhar e a estética da correria, questões caras à reflexão teórica sobre a ancestralidade e a representação racial são articuladas com a observação analítica sobre a cultura midiática e seus desdobramentos em relação à comunicação e à produção musical contemporânea, mais especificamente às pertencentes ao rap brasileiro.
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sooolsantos · 1 year ago
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O presente artigo analisa a produção dos videoclipes “Crime Bárbaro”, de Rincon Sapiência, “Corra”, de Djonga e o curta “Bluesman”, de Baco Exu do Blues, almejando compreender como tais artistas aliam os conceitos de identidade e resistência ao ato de fuga, caracterizado nos clipes pela corrida contínua empreendida pelos personagens principais. Busca-se também investigar como suas narrativas ajudam o espectador a compreender a correlação entre o racismo estrutural e o genocídio de jovens negros no Brasil. Por fim, intui-se estabelecer se o ato de correr empreendido nas narrativas ficcionais do videoclipe pode ser caracterizado através de uma perspectiva estética em torno de fronteiras e frestas culturais.
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