#『w. delphinebelle』

[notsantc]

Closed Starter // W. @delphinebelle​

Já fazia algumas semanas que tinha trocado o rugby pelo clube de música, mas por ter feito a mudança no meio do semestre, significava ter que correr atrás do tempo perdido, tocava piano graças a aulas de Nymphadora, e no violão era um autodidata, uma semana depois do ataque, sua perna já estava relativamente melhor, ainda não podia treinar com total afinco, ou correr pela floresta, restava então fazer coisas que lhe ocupava a mente, quando se cansava mentalmente do estudo nos livros de magia. Aquele fim de tarde fora para o auditório, a fim de tocar um pouco de piano, afinal tinha uma música nova que estava ensaiando para tocar na apresentação de fim de ano.

Quando chegou ao auditório, fitou a princesa do reino dos doces, desastrosamente tentando tocar um violino com a mão machucada sem qualquer sucessor com aquilo, se esgueirou pelo auditório até chegar ao piano com a ideia divertida de assustar a outra, mas também lhe apresentar o show, porque se tinha algo que Niklaus tinha era: talento. Pelo menos era o que ele diria. Se sentou e se ajustou frente ao instrumento começando então a tocar a música que tinha feito.

“Uma manhã, eu acordei E ecoava: humano não, humano não, não, não, Uma manhã, eu acordei E lutei contra um opressor Somos os Moors, a resistência De uma Mitica sem facismo e sem horror Vamos à luta, pra derrotar Antimagia e pregar o amor

[andcrline]

◇◆ Delphine. Era esse o nome que mais ouviu ser associado com o seu quando estava fazendo suas pesquisas sobre oque poderia ter esquecido. E agora lá estava ele, sentado em uma cadeira olhando a tal @delphinebelle​ adormecida sobre a maca. O principal motivo de Ander em não contar sobre oque tinha acontecido consigo era não preocupar ninguém, mas quando soubera que tinha uma irmã e Oque tinha acontecido com ela, sua primeira reação foi correr até a enfermaria e exigir vê-la. As horas que teve que esperar até finalmente conseguir ficar a sós com ela, não importavam, tudo oque importava para si era ter certeza que ela estava bem. Ver seu semblante adormecido fazia um sentimento remexer dentro de seu peito, o qual não entendia. Como será que eles eram? Será que eram próximos? Será que se odiavam? Aproveitou o tempo que ficou sentado para tentar se lembrar de qualquer informação sobre a garota, mas, mais uma vez, foi apenas respondido por uma dor de cabeça. Um suspiro frustrado escapou dos lábios do garoto enquanto ele fechava os olhos e passava as mãos pelo rosto. Decidiu que talvez fosse melhor tentar amanhã. Acariciou os cabelos da loira uma última vez antes de se levantar e ir em direção para a porta. Esperava poder falar com a irmã. Esperava que ela estivesse bem. Era só isso que se importava. Antes que saísse do quarto uma voz chamando por si, fez os olhos se arregalarem. O corpo virou instantaneamente para se separar com a mesma garota de antes, mas dessa vez acordada.

[notsantc]

Estava perfeitamente bem e descalço, quem diabos tinha inventado  sapato? O contato com o chão em especial com a terra era algo extremamente natural e bem quisto para o primogênito da Malévola, portanto, por um sapato pela primeira vez fora extremamente estranho e esquisito, algo que Niklaus não repetia a menos que seja extremamente necessário, o que era praticamente: nunca. Tinha se debruçado naquele dia em alguns livros sobre maldições que Dwen tinha o indicado, infelizmente a biblioteca de Aether não era muito lá fã de maldições, talvez tivesse algo mais aproveitável na sessão proibida, o que por si só era ridículo, Merlin os privando de ter acesso ao conhecimento, não  era de se surpreender o porquê do movimento anti merlin no castelo cada vez mais ganhava mais força, claro os motivos de cada um era distintos por si só, mas o diretor dava margem para todos eles. O motivo de estar tão bem naquele dia era que cada vez mais estava tendo controle dos pólens e anotando os efeitos em seus grimórios, a infinidade de misturas e possibilidades que aquilo o dava, se sentia cada vez com mais domínio com o seu poder, sua última experiência com papoulas rendeu ótimas formas de como combinar a sua magia as propriedades soníferas da planta para inúmeros resultados, como estava sem o grimório, precisava voltar ao quarto para anotar as mais recentes descobertas nele. Virou no final do corredor subindo o primeiro lance de escadas, mesmo que animado não demonstrava isso em sua expressão, ou movimentos, pelo contrário caminhava altivo e calmamente, tinha o costume de andar como se fosse ele uma própria força do universo, sabia que não o era, mas justamente por saber quem era, andava de modo tão altivo e confiante. Avistou a garota dos cabelos loiros escuros começar a descer a escada enquanto ele à subia, cabisbaixa, a princesa não parecia ter noção dos próprios passos, não sabia o que estava acontecendo, mas viu quando os olhos dela se fecharam, perdendo qualquer senso de direção e equilíbrio, tentou segura-la. Droga de degraus curtos. Quando caiu sobre si e tentou pegá-la para que não caíssem cambaleou para trás tentando usar a perna posterior para se firmar. FIRMAR ONDE SE OS DEGRAUS ERAM CURTOS!?  O fairie que tentou segurar a princesa, agora caía junto dela seguindo a rota da queda até que chegassem ao início dos degraus, esse era o preço que se pagava ao tentar ajudar alguém? Sentiu o impacto contra o solo expressando uma leve expressão de dor, por sorte a menina era leve, e cair em cima de si, não fora de todo ruim, já que não impactou tanto no impacto que sofreram. A garota deve ter sofrido de um desmaio ou algo assim, parecia estar começando a recobrar seus sentidos, visto que Klaus sentia seu corpo ser apalpado por ela, não que não gostasse de ser tateado, mas a circunstância que apreciava de longe era aquela. Embora a outra tivesse alcançado a sua face era como se ela ainda não tivesse o conhecido, o que o fez com que esboçasse um sorriso divertido nos lábios processando tudo aquilo. “É engraçado sabe...” passou a mão pelos fios dourados e bronze. “Toda essa cena clichê�� o narrador adora elas, é assim que você encontra o amor da sua vida ou o vilão do seu conto”  riu de modo travesso ao ser reconhecido e vendo-a manobrar o corpo para o lado e se sentar do lado dele, continuou deitado usando ambas as mãos de encosto para cabeça enquanto o olhar divertidamente lia os movimentos da mais nova, toda desajeitada e sem jeito, não podia culpa-la por ter o derrubado, afinal isso só aconteceu, porque ele tentou a ajudar e os degraus eram curtos, assumiu o risco da queda, então resultava rir do preço a ser pago por tentar ser uma alma boa. “Não precisa se desculpar, prometo não ser o vilão do seu conto… na verdade não prometo, porque no fim posso achar divertido” brincou. “Mas, eu e você sabemos que não foi desatenção, você caiu tal qual quem acaba de fungar pó de papoula por engano” arqueou a sobrancelhas deixando claro que aquela desculpa não colaria, e por fim se levantou para ficar sentado do lado dela. “Não precisa se preocupar tanto comigo, nem ter medo não pretendo me vingar, nem nada do tipo, que possa estar pensando”era natural que pensassem o pior dele, sendo filho de quem era. “Você pelo contrário devia se preocupar com você...” pousou a mão sobre o início da coxa dela, um pouco acima do joelho, a fitava e era no mínimo intrigante, ela era atraente, mas carregava certo mistério, a sua aura parecia mista, havia tanta luz nela, mas também enorme era a escuridão, os seus olhos eram uma janela, mas uma janela trancada guardava algo consigo, algo que ele não era capaz de ler apenas com a observação. Não era de se intrometer nos assuntos alheios, mas já era tarde. “Veja, já que decidi gastar minha cota de bondade com você esse mês... você claramente não está bem, as mãos trêmulas, os ombros tensos, o olhar fundo...sem nem mencionar as olheiras ocultas pela maquiagem,  eu diria que alguém está com problemas...”

Cansaço. Era isso que sentia enquanto andava pelos corredores de Aether, movimentados e falantes, como sempre. Poderia ser um dia normal, se já não estivesse completamente exausta. Não tinha sentido, se fosse analisar, visto que mal tinha começado as aulas. Mas depois de dias mal dormidos e acúmulo de poções, era óbvio que o resultado seria desastroso. E naquela manhã, em específico, a desordem que acompanhava pareceu mais intensa. A dor de cabeça a atingiu, enquanto todo o barulho parecia muito mais alto. Conseguia escutar o próprio coração, como batidas de tambores ao lado do ouvido, prestes a explodir os próprios tímpanos. Andou rápido, respirando forte, como se não conseguisse manter o ar dentro dos pulmões. Tinha que sair de perto, se estabelecer e ficaria tudo bem. Sempre ficava. Já estava quase lá, virando a esquina na direção da escada. A cabeça baixa, não querendo encarar ninguém. Achou que ficaria tudo bem, até o pé encostar no primeiro degrau, e uma tontura lhe arrebatar. O senso de estabilidade se tornou nulo, e o corpo assumiu o controle automático, seguindo o passo, até a visão se desligar por completo, junto do cérebro. Sentiu a força se esvair, a perna ceder e soube que levaria um tombo. Foi então, que algo mais firme e vivo lhe segurou. Ou pelo menos, tentou. Bateram contra o chão, e por sorte foi amortecida pelo corpo embaixo de si. Respirou fundo, encostando a testa contra o peitoral pulsante, que julgava ser de um aprendiz. Era falta de educação, porém, mal conseguia se mexer. Permaneceu estática por segundos, piscando os olhos quando a mente resolveu voltar, passando a tatear o corpo alheio em busca de apoio, antes de impulsionar o rosto para cima. Ficou na altura da face do, agora, identificável homem. @notsantc parecia o sempre, e teve um delay para um aviso ressoar em sua sensatez, de que não devia estar tão perto. Automaticamente foi para o lado, se sentando no chão, ainda sendo errado, mas já mais apropriado. "- Peço perdão, não foi a intenção cair em cima de você, eu....eu só... Não prestei a atenção, é, isso." Era melhor que falar a verdade e ser acusada de loucura, como geralmente acontecia. Passou a mão pelos cabelos, desviando o olhar, incapaz de o encarar. "- Você...se machucou? Caso sim, vou ter que te providenciar ajuda, foi minha culpa."

[sxweselton]

delphinebelle​:

O presente recebido, era lindo. Podia possuir todos as jóias do mundo, mas o peso que aquela carregava, mesmo que Saxa não admitisse, era enorme. “— Ah, sim, claro. Entendo. Mesmo assim, eu agradeço imensamente. Vai me fazer lembrar de ti, em todas as noites que possuo insônia.” Ou seja, em todas. Aquele era o tamanho de sua consideração. Uma risadinha foi escapulida, ainda que sempre estivesse com a idade em mente. Era uma questão de aviso, um lembrete. Porque ela jamais se deixaria parar de pensar ou se pressionar, porque seus problemas necessitavam disso. “— Festa? Oh, não. Sendo sincera, apenas me recordei de meu aniversário, na noite passada por mensagens de familiares e amigos. Mas você gostaria de festejar? Podemos, porém, está em condições? Digo, e o bebê?” Perguntou com cautela, pois não sabia a extensão de quanto aquilo a afetava. Apenas poderia imaginar, visto que se estivesse no lugar dela, estaria devidamente em pânico.

A loira sabia como era. Passar as noites em claro, procurando algo em que focar a atenção. Sofria do mesmo mal, mesmo que recentemente com os hormônios da gravidez ela tivesse conseguido dormir algumas horas por noite, algo que ela nunca conseguia antes. “Precisamente o objetivo. Apenas no caso da minha personalidade marcante não ser o suficiente, uma lembrancinha não fará mal.” Comentou, apontando para o pingente brilhante que a outra agora carregava. Saxa lhe lançou um olhar significativo quando perguntou se ela gostaria de festejar. “Você me conhece? Saxa Weselton, prazer!” Brincou, porque sua reputação a precedia. Pelo menos ela tinha trabalhado anos a fio para construir aquela imagem de festeira e esperava que um bebê não fosse mudar isso. “Ora, uma taça de champanhe em sua homenagem não fará mal. Além disso, não é todo dia que minha amiga faz vinte anos!” Comentou, rindo. “Então, posso organizar? Pode ser algo pequeno, no meu dormitório, se quiser. Aposto que as meninas não vão se importar. Eu ando me comportando tão bem ultimamente que corro o risco delas se acostumarem com essa minha versão tão quieta.”

"--- Sim, hoje é meu aniversário. Obrigada pela gentileza de lembrar e me entregar um presente, se trata de um ato generoso." Respondeu, sendo a quinta vez que seguia as mesmas palavras, visto que nunca sabia como reagir em aniversários. "--- Ah, estou fazendo vinte anos. Sim, sou deveras mais nova que a maioria..."

[andcrline]

Não foi uma surpresa quando recebeu uma mensagem da irmã pedindo para que se reunissem na sala de artes. Mesmo prevendo que isso aconteceria, a inquietação em seu peito que sentia toda vez que via Delphine persistia. Ele adorava ver a irmã, claro, mas sempre ficava receoso perto dela. Ainda sim, chegou bem mais cedo do que o previsto no local combinado, andando por toda sua extensão, na intenção de se acalmar. Desistiu depois de alguns minutos e sentou-se em um banquinho em frente a uma tela em branco, analisando-a. Quando menos percebeu, havia tido uma ideia. Levantou-se brevemente para buscar um pincel e tinta qualquer junto dos materiais e voltou a se posicionou de frente ao cavalete e deixou o pincel deixar aleatoriamente pela a tela. Ander havia se tornado uma pessoa muito cautelosa durante os anos e esses breves momentos em que deixava relaxar o faziam lembrar das memórias boas que tinha. Quando menos esperava, ouviu a voz de sua irmã, fazendo com que ele parasse brevemente oque estava fazendo. "Boa noite também, starlight." Falou dando um breve riso e virando no banquinho para ficar de frente para a garota. "Gostou da minha obra de arte?" Já havia se acostumado com o tom frio da irmã. Antigamente seria algo que o deixaria extremamente angustiado, mas aprendeu que não era exatamente esse o motivo dela. Ou pelo menos era oque esperava. "Quer dizer a nossa presença. Eles também me mandaram mensagem fiquei até surpreso." Desviou brevemente no olhar ao falar. Mesmo sabendo que seu pais não o odiavam, ainda sim não achava que se importariam tanto com ele. Não depois de tudo. "Creio que eles queiram mais você lá, para ser sincero." Um suspiro escapou de seus lábios enquanto se levantava e se aproximava de sua irmã, acariciando seus cabelos e observando os dedos deslizarem pelos fios loiros. Um sorriso escapou de seus lábios que logo fora interrompido pela surpresa da pergunta da garota. Por um momento quase olhou a garota nós olhos, mas conseguiu voltar aos seus sentidos antes que cometesse tal erro. Não deveria se deixar levar. Não podia. Não merecia. " Eu... Estou bem, na medida do possível, acho" Sua voz vacilou no começo, mas não demorou muito a se recompor. "Pelo menos acho... E você, mon étoile?"

Quando a redoma caiu, já sabia o que estava por vir. Seu transmissor não parava de receber mensagens e ligações completamente desesperadas de seus pais, proclamando saudades. Sua primeira reação, fora chamar o irmão herdeiro, visando que a presença dele no reino seria mais importante, requisitada e necessidade. Bem, mal sabia que apenas isso não fora suficiente. Seu pai ainda exigia sua presença, e ainda por cima, queria que @andcrline também fosse. Foi ali que surgiu a oportunidade em sua cabeça, uma forma de fugir da responsabilidade. Mas ainda sim, teria de encarar o irmão. Esperou cerca de uma hora para o chamar, na sala de artes, um lugar calmo e vazio. Quando chegou, se surpreendeu por um momento, ao notar que ele já estava ali. Logo se lembrou que o loiro se locomovia muito mais rápido, e respirou fundo. "- Preciso lhe dizer algo importante. Nossos pais estão requisitando sua presença no reino, visto que nosso irmão já se encontra por lá." Parecia uma forma um tanto fria de se referir a Ander, além de não estar falando a verdade, apenas querendo se livrar de um problema. Mas não sabia o que fazer, ainda mais por sentir que o mais velho não gostava de si. Ainda sim, tentou ser mais afável, perguntando algo simples. "- E....você está bem?"

[sxweselton]

Saxa sempre dava presente para os relativamente próximos, mas bem, tinha ido um pouco além com Delphie porque adorava a morena. O colar era de ouro branco e o pingente de diamante que parecia um floco de neve, para que se lembrasse dela até quando não estivessem mais juntas. “Nah, sabe que eu não generosa. Mas adoro fazer compras então foi um presente para nós duas.” Típico da loira, no entanto, diminuir qualquer qualidade meramente boa. “Não vamos falar de idade, está bem? Aniversários são sobre presentes, festas e ficar verdadeiramente bêbada. Não sobre idade.” Comentou. “Falando sobre isso? Está planejando alguma festa? Posso ajudar? Por favor, diga que sim, eu estou mortalmente entediada e sóbria.” Disse a última palavra como se fosse um palavrão. Ou uma doença.

"--- Sim, hoje é meu aniversário. Obrigada pela gentileza de lembrar e me entregar um presente, se trata de um ato generoso." Respondeu, sendo a quinta vez que seguia as mesmas palavras, visto que nunca sabia como reagir em aniversários. "--- Ah, estou fazendo vinte anos. Sim, sou deveras mais nova que a maioria..."