#lonerwitc-h
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Elias entrou na loja com um suspiro contido, os ombros carregando um peso que ele gostaria de deixar para trás, mas sabia que em Arcanum isso nunca seria possível. A cidade sempre tinha algo que exigia sua atenção. Quando ouviu o cumprimento, ergueu os olhos, notando a leve tensão na postura da vendedora. "Boa tarde", respondeu com uma voz mais suave do que o normal.
Ele considerou mentir sobre o motivo de sua visita, mas respirou fundo antes de falar, ciente de que suas palavras poderiam soar estranhas. "Eu sei que vai parecer loucura, mas estou s procura de livros que possam explicar o que está acontecendo na cidade", disse apressadamente, desviando o olhar de uma estante para outra, sem saber onde focar. "Eu trabalho para o jornal, mas não é uma matéria oficial. É mais uma investigação pessoal."
MOVE ON // WITH @eliasms
Tudo o que Gaea mais queria era se trancar em seu quarto e dormir até que toda aquela loucura acabasse. Seria perfeito se pudesse lidar com as visões de sua avó doente do conforto de sua cama, sem precisar lidar com todo o resto paralelamente, mas a verdade é que o mundo não parava simplesmente porque ela queria que o fizesse; por causa disso, estava atrás do balcão de sua loja, rodeada pelos livros antigos que vendia. Às vezes seus olhos se tornavam desfocados graças a mais uma visão, mas ela fazia o possível para que não demonstrasse para os clientes. Naquele momento mesmo tinha um flashback de quando descobriu que sua avó morreria quando o sininho da porta tocou, indicando um novo cliente, e ela pôde voltar a si. "Boa tarde, no que posso ajudar?", cumprimentou, a voz mais contida do que o normal.
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com @lonerwitc-h, no apartamento de nathaniel
"tô indo!" voz abafada e passos rápidos seguiram até que nathaniel abrisse a porta do flat, chutando no meio do caminho para baixo do sofá uma muda de roupas usadas. não que fosse adiantar muito, afinal, o muquifo apartamento estava um completo caos: telas não finalizadas acumuladas nos cantos, tintas secando sobre a paleta amadeirada de pintura, blusas, calças e cuecas amontoadas no sofá e garrafas acumuladas na pia da cozinha. "oi, gaea, fique à vontade." deu espaço para que ela o fizesse e seguiu andando atrás da bruxa, desculpando-se pelo caminho. "opa. cuidado, foi mal. não deu tempo de limpar. mas e então, conseguiu finalizar a poção que vai me derrubar por três dias seguidos?" nate dormia mal, e quando dormia, era pela bebida--- um sono que curiosamente podia não ser tão reparador. parou na sala com um sorriso divertido que escondia certa tristeza (característica pela falta de brilho no olhar). "o que vai ser hoje? rum, tequila? pode escolher. tá se sentindo clássica ou... punk?"
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Cada caixa aberta era um lembrete do que tinha acontecido até chegar ali. Não dos últimos dias, não daquela semana caótica, mas da vida. Dos vinte e sete anos passados embaixo de um teto que era bom demais para ser verdade. No automático, sem controle, seguindo o caminho tão familiar quanto o de cortar o adesivo e tirar os primeiros utensílios da cozinha espaçosa. Colocar os talheres na primeira gaveta como guardava os instrumentos ao fim do treino. Dobrar os paninhos com o esmero que fazia fluir as mais delicadas notas. Maryland esvaziou e desmontou a última caixa, as mãos colocadas nos quadris para admirar seu trabalho. "É isto. Se eu separar mais uma caixa, minhas mãos vão literalmente cair. Vou fazer sanduíches para nós, quer quantos?" E, com a graça divina, a geladeira já tinha funcionado por tempo suficiente para resfriar o interior. Pegou os ingredientes todos de uma vez, assim como a jarra de pink lemonade. "Farei três pra mim, viu? Nada de roubar de mim se não ficar satisfeita."
@lonerwitc-h
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Starter Fechado com: @lonerwitc-h Local: Alexandria Livros Usados
Assim que entrou na loja, respirou profundamente, aproveitando o cheiro característico dos livros e do ambiente em si, passeando brevemente pelas estantes vendo aqueles livros de capas de couro típicos dos livros que leu durante a maior parte de sua vida, mas que tinham passado de apenas livros comuns para livros velhos e depois para livros "vintage", um pensamento que o fez rir. "Bom dia!" chamou por Gaea ajeitando a bolsa em seu ombro enquanto ia até o balcão, "Como estamos hoje? Muitos clientes lhe enchendo o saco?" perguntou sorrindo.
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FLASHBACK. Antes do Baile das Sombras.
A vontade de Maryland era riscar tudo aquilo e começar de novo. Do zero. Livrar-se de todos os compromissos, todas as promessas e ser dona de alguma liberdade em vida. A vida novamente. Partir daquele tempo que ainda era um bebê sem grandes pensamentos, tentar implorar através da alma inocente, usar a si para conseguir alívio para os pais. Sua vida teria sido tão diferente. Tão mais cheia de... Ela suspirou e voltou a olhar para a grade com melancolia, rabiscando o quadradinho reservado para um encontro no fim de semana. "Às vezes me pego pensando em como teria sido se não fosse assim. De fazer o que eu quero, como eu quero, e..." Ela colocava seus pensamentos em voz alta, atualizando Gaea dos mais recentes problemas quando... A realização veio. Tristeza deu lugar a uma intensidade tão absurda que a colocou em pé. "Quando eu comecei a entrar na adolescência, meus pais falavam sobre o futuro e sobre o que eu queria fazer. Quem você quer ser quando crescer, Mimi?" Dizer aquele apelido eriçava a pele de um jeito incômodo, aterrorizante. "E eu sempre respondia que queria ser médica, porque queria ajudar pessoas como eu. Mas... Gaea... Tempo. O tempo! Você é um gênio! Vamos com calma!" Juntou tudo na bolsa, com cuidado, organizando-se com mais velocidade do que tinha se instalado ali. Maryland equilibrou nos ombros, nas costas, nas mãos; deixando um livre para abraçar a amiga e pregar um beijo estalado na bochecha. "Sei que não estou fazendo sentido algum agora, mas você vai ver! VOCÊ VAI VER!" Ela aumentava o volume enquanto se afastava. "Te ligo amanhã para ver os apartamentos, ok? VOCÊ É UM GÊNIO, SUA- GAEA!"
FINALIZADO
Dava até um pouco de aflição ver Mary tão atolada em coisas para fazer. Esticou o pescoço para ver o calendário lotado de compromissos da outra, e sentiu um arrepio involuntário. Sua vida era, na maioria do tempo, bastante parada; ela tinha o sebo e seus eventuais clientes que queriam ver o futuro ou precisavam de uma poção, mas de maneira geral, as coisas avançavam de modo lento em seu mundinho. "Tudo bem, eu só vou falar que você vai passar por lá um dia desses. Agora quero muito que isso dê certo, podemos alugar um lugar bem legal dividindo as contas em três." É claro que ela sentiria falta da casinha maluca onde cresceu, mas a estrutura estava em péssimo estado e, talvez, ela precisasse de um lugar que não estivesse abarrotado de memórias. Mas como deixar essas memórias para trás? "Eu sou vegetariana, mas fora isso, nenhuma restrição. Não sei se a Kath tem alergia a alguma coisa, isso nós temos que ver com ela." Tudo parecia se desenrolar perfeitamente, e Mary era a pecinha que Gaea nem sabia que faltava no desenrolar de seu futuro. "Olha, acho que você tem que fazer o que te faz feliz, mas... você já está tão atarefada, mal tem tempo para respirar. Vai ensaiar para a tal peça quando?" Gaea não queria acabar com a animação da amiga, mas ela sempre foi sincera e realista. "Acho que vamos com calma tem que virar o seu lema daqui para a frente."
#amiga finalizando por motivos né#tudo mudou e pra melhor kkkkk#* ˖ maryland ╱ interactions ⊹#* . ⊹ inters › mary x lonerwitc h
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Gabriel ouvia atentamente ao pouco da história familiar que era exposta naquele momento. O arcanjo não podia negar que gostava bastnte daquelas passagens únicas que cada indivíduo possuía em sua existência. Afinal, era aquilo que dava real valor para a vida, ou morte, de cada um. "Elas devem ter feito um ótimo trabalho. Ao menos é isso que vejo aqui." Não falava apenas da loja em que estavam, mas referia-se a prórpia Gaea que estava a sua frente, com certeza não seria daqula forma, se tivesse sido criado de qualquer jeito. "De qualquer forma, você ganhou alguém com quem pode contar para assuntos profissionais ou de vida." Podia não conhecê-la muito bem, nem o inverso, mas havia sentido algum interesse genuíno em seguir próximo da garota, se ela assim desejasse e pudesse ser útil para algo. "Não precisa resolver tudo sozinha, se precisar de qualquer auxílio nessa busca, não pense duas vezes antes de me chamar." Gabriel balançava a cabeça positivamente, enquanto levantava-se da bancada em que estava sentado, ajustando as roupas antes de seguir seu caminho.
Gaea não estava esperando a pergunta; para ser justa, não esperava que Gabriel fosse se importar. Muitos poucos o faziam, de fato, e ninguém além das poucas alianças que havia feito ao longo dos anos. Para toda a Arcanum, ela era apenas a garota dos livros, a bruxa sem coven que podia fazer uma boa poção e tirar a sorte nas cartas de tarô, mas ninguém se importava com quem ela era de verdade. "Bem, na verdade isso é coisa de família", começou, coçando a nuca de modo levemente constrangido. "Foi a minha avó quem abriu essa loja, e até a morte dela e o desaparecimento da minha mãe, as duas cuidavam disso aqui em conjunto. Então elas se foram e... bem. Sobrou eu." Aquilo deixava muita coisa de fora, muita dor e sofrimento que envolviam seguir em frente carregando o legado das que vieram antes. "Não sei se preciso de mais alguma coisa por enquanto, a princípio eu vou consultar as minhas fontes e ver onde elas me levam. Mas eu te aviso se precisar de algo."
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I don't wear heels anymore, but I kept my long hair and dress. a closed starter for @lonerwitc-h
Desespero emanava da diminuta figura de Maryland, de todos os poros, criando uma aura lúgubre ao redor de si. De um lado da mesa de piquenique, livros pesados de anatomia estavam abertos em páginas diferentes. Do outro lado do ringue, contas empilhadas numa torrezinha respeitável. E, ao meio, a cestinha de abóbora presenteada pelo pessoal da enfermaria. Doces para você, Mary, sorria um pouco! A musicista nem relanceou para o violino ao lado do banco, o frio subindo pela coluna em forma de arrepio de arrasar quarteirão. "Cheguei na fórmula da perfeição, Gaea!" Tirou o plástico daquela bomba azeda com teatralidade, o doce fazendo volume na bochecha direita. "Se eu dormir menos cinco horas por dia durante três semanas, eu consigo finalizar as minhas atividades da faculdade. Se eu trocar o banho por lenços umedecidos e pegar comida no hospital, vou ter mais três horas por dia para tocar na frente do- Que cara é essa? Vão aumentar meu aluguel mês que vem. Em cem dólares. Só isso." Agora ela ria, uma coisinha histérica e perturbadora, quase parecendo um chorinho.
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Gabriel ouviu as palavras de Gaea com um leve sorriso, observando sua franqueza. "Enigmas fazem parte da nossa natureza, talvez seja o tempo que passamos observando os mistérios do universo. Mas eu prometo que não é intencional, não todo o tempo." Ele tomou mais um gole de café, aproveitando o momento para deixar as palavras dela pairarem no ar. "Quanto a quem o tem, é possível que haja sim um certo grau de perigo envolvido. Se o manuscrito está nas mãos de alguém poderoso, pode ser que não saia facilmente."
Ele apoiou os cotovelos na mesa e inclinou-se levemente para frente, a expressão séria, mas com um brilho tranquilizador nos olhos. "Se você descobrir que isso envolve mais riscos do que o esperado, eu vou com você. Não vou deixar que enfrente algo desse tipo sozinha. Acredite, é o tipo de coisa que prefiro lidar diretamente." Depois de um momento, ele relaxou um pouco e, com um sorriso brincalhão, acrescentou: "Mas, claro, até lá, prometo tentar não transformar cada conversa em um jogo de charadas. Só na medida certa."
Era incrível como, quanto mais Gabriel falava, menos Gaea tinha dimensão de quem era o autor desse manuscrito misterioso, ou do que ele de fato se tratava. "Vocês anjos adoram falar através de enigmas, não é? Parece que estou em um jogo de charadas quando converso com um de vocês. Nada de respostas diretas, só insinuações e indicações." Ela não falava em tom de raiva ou indignação; na verdade, seu tom era neutro, como quem simplesmente declarava um fato. "Ok então, vou começar a investigar pelos demônios. Você acha que vou ter que tirar esse manuscrito à força de alguém? Porque, sabe, se quem o tiver em mãos for assim tão poderoso, eu só sou uma bruxa sem coven. Não tenho nem 30 anos. Sou dona de um sebo, não um Indiana Jones nem nada do tipo."
Ergueu uma sobrancelha para as palavras dele, assentindo com cuidado enquanto o ouvia. "Parece algo bem poderoso mesmo", comentou de forma distraída, bebendo um pouco mais do seu café. Pensou em como abordar essa missão, que parecia bem mais grandiosa do que seu trabalho geralmente era. "Pois bem. Façamos o seguinte: se eu descobrir que esse manuscrito está a uma negociação de distância, nós acordamos o preço e eu o consigo para você da mesma forma que consigo os outros livros. Mas, se eu descobrir que vou precisar arriscar a minha vida para conseguir isso... você vai comigo. Se for para eu enfrentar um perigo por esse tomo poderoso, que seja com um arcanjo ao meu lado."
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Gabriel segurou a caneca com as duas mãos, absorvendo o calor do café por um momento, e deu um sorriso breve e enigmático às palavras de Gaea. "Ele não era humano ou bruxo, talvez algo alémdessa compreensão. Quando estiver na posse dele, talvez consiga entender do que se trata." Ele tomou um gole, refletindo, antes de continuar. "O manuscrito pode muito bem estar nas mãos de um demônio. Ou escondido por um. Não seria surpreendente, dado o tipo de conhecimento que ele contém. Afinal, o que está escrito lá pode ameaçar o equilíbrio que muitos tentam preservar — ou destruir."
Ele fez uma pausa, os olhos fixos no líquido escuro à sua frente, como se as palavras exigissem mais cuidado do que o normal. "Por isso o manuscrito é tão raro. Ele contém verdades que a maioria das pessoas não está preparada para lidar. Verdades sobre a própria natureza do conflito entre o céu e o inferno, e o que significa realmente caminhar entre eles." Gabriel pousou a caneca, agora com uma expressão mais séria, encarando Gaea. "Quanto ao preço, estou disposto a pagar. Se precisar de algo adiantado, basta dizer. Isso é importante, e não quero que nada fique no caminho."
Gaea franziu o cenho, absorvendo tudo o que Gabriel lhe contava. Aquele era o tipo de mistério que fazia valer a pena comandar a pequena loja, que tornava todas as horas de tédio e trabalho longo algo digno de se continuar fazendo. Pegou a garrafa térmica de café, sua companheira inseparável, e serviu duas canecas, empurrando uma na direção dele e bebericando a própria, pensativa. "Um observador dos dois mundos, você diz?", perguntou quase de forma retórica. "Isso seria um humano dotado, um bruxo...?"
Ah, sim. Agora era claro porque ela havia sido procurada. Se o manuscrito permanecia nos círculos onde ele esteve por último, Gabriel não seria capaz de acessá-los. "Então ele está com um demônio", disse de forma direta, evitando os rodeios que o arcanjo fazia. "Isso ou muito bem escondido por um demônio. Isso é... interessante. Mas não impossível. Tenho meus contatos por essas bandas também, alguém deve saber onde ele está. Mas o preço não vai ser baixo, Gabriel, isso vai me dar um trabalhão."
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Gabriel observou o movimento de Gaea com um leve sorriso no rosto, admirando a confiança com que ela manipulava o livro antigo. O som suave das páginas amarelas se movendo soou quase como um prelúdio para a jornada que ele sabia estar prestes a começar. "Sim, já passei pelas bibliotecas. Mas o problema com esse manuscrito... é que ele não é amplamente reconhecido. Acredito que foi mantido em segredo por muito tempo, circulando apenas entre os que sabiam o que estavam procurando. Dizem que o autor foi um dos primeiros a observar as interações entre o celestial e o profano, um observador dos dois mundos"
Gabriel fez uma breve pausa, suas asas levemente agitadas em sua aura, sem que ninguém pudessem vê-las, como se o pensamento o incomodasse de alguma forma. "Quanto ao último dono... as histórias sugerem que ele pode ter pertencido a um erudito na fronteira entre este mundo e o inferno. Ou talvez, esteja escondido em algum lugar onde as verdades não deveriam ser reveladas."
Estreitou os olhos com o desafio proposto por Gabriel. Ele podia não saber, mas toda vez que alguém chegava até ela procurando algo especialmente difícil de ser encontrado, era como se a pessoa a desafiasse a dar o seu melhor. Foi para trás do balcão e pegou um livro pesado e antigo, fazendo as páginas amarelas de dentro dele correrem com apenas um aceno do dedo indicador. "Um manuscrito perdido, uh? Você sabe me dizer quem é o autor e quem foi o último dono que se tem notícia? Saber por quais mãos esse manuscrito passou poderia me dar um norte para encontrá-lo." Ergueu os olhos para o arcanjo, os olhos grandes e azuis cheios de curiosidade. "Suponho que já tenha passado pelas bibliotecas, certo? Eu geralmente sou o último recurso quando se trata desse tipo de documento."
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Gabriel manteve a expressão serena enquanto Gaea falava, sem a menor intenção de impor qualquer autoridade. Ele balançou a cabeça suavemente, apreciando o tom confiante que a jovem bruxa adotava ao falar de seus contatos. "Você certamente parece ter um bom faro para essas coisas," ele comentou, o olhar varrendo as prateleiras abarrotadas de livros, como se tentasse adivinhar qual deles poderia conter o que procurava. "O livro que busco é algo mais antigo... Um manuscrito perdido, dizem, que fala sobre as primeiras interações entre os seres celestiais e os sobrenaturais." Ele não queria revelar muito, mas sabia que Gaea, com seu faro aguçado para raridades, entenderia o valor daquele achado.
Ter a presença de um arcanjo em sua loja era desconcertante. Havia aquele comichão na parte de trás de seu cérebro que queria ser reativa perante a demonstração de autoridade que a mera presença do anjo ali causava. Se aquiete, ela dizia a si mesma, ele é um cliente como qualquer outro. Cruzou os braços, sem jeito. "Ah, ela sempre deixa", comentou com tom de desagrado, mas deixou o assunto para trás visto que ele parecia trazer algo mais importante. Ergueu as sobrancelhas de curiosidade, sempre interessada na perspectiva de encontrar algum livro raro. "Eu tenho meus contatos, é", concordou com ele sem um pingo de modéstia. "Que livro raro seria esse? Algum tomo antigo, um grimório...?"
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Gabriel observou a cena com um meio sorriso enquanto a jovem bruxa falava, ainda sem se virar. Ele cruzou os braços, esperando pacientemente enquanto Gaea descarregava seu descontentamento, claramente esperando outra visita inoportuna da cliente problemática. Quando ela finalmente se virou, sua surpresa foi evidente, e ele não pôde deixar de rir baixinho. "Definitivamente, não sou a sra. Tatcher," Gabriel respondeu, a voz tranquila enquanto observava os livros em sua volta. "Mas parece que ela deixou uma impressão marcante." Ele deu um passo à frente, olhando para as estantes abarrotadas. "Na verdade, estou procurando algo bem específico. Ouvi dizer que um livro raro pode estar circulando por essa cidade, e tenho a sensação de que, se alguém o possui, você saberá onde encontrá-lo."
WE DON'T SELL ON THE CUFF! ☠ OPEN STARTER
Gaea estava de costas para a porta, se equilibrando porcamente em um banquinho enquanto arrumava alguns livros na estante. A sra. Tatcher, uma de suas clientes mais problemáticas, havia acabado de sair da loja às reclamações por, como sempre, Gaea se recusar a vender fiado para ela. A bruxa só havia cometido esse erro uma vez, e demorou meses para ver a cor do dinheiro. Focada como estava em sua arrumação, nem se deu ao trabalho de se virar quando o sino da porta tocou, indicando a entrada de alguém e, acreditando ser a sra. Tatcher novamente, já começou a falar: "Sra. Tatcher, não tem nada que possa me falar que vá me convencer a vender fiado para a senhora. Essa loja é meu sustento e suas tendências caloteiras são um problema para o meu sustento, portanto..." e, quando se virou para continuar a falar, percebeu que não se tratava da senhorinha, mas sim de muse. Olhou para elu atônita por uns segundos antes de declara: "Você não é a sra. Tatcher."
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Ele observou enquanto ela se acomodava de volta no banquinho, uma leve tranquilidade se instalando ao redor deles, mesmo em meio ao acordo. Gabriel aceitou o aperto de mão com um leve sorriso, apreciando a formalidade do gesto. "Eu também aprecio a moda antiga," comentou, sua voz suave, quase como se refletisse em silêncio o peso de cada nova promessa que fazia. "Sei que encontrará o manuscrito. Confio no seu discernimento, Gaea." O olhar dele se demorou por um instante a mais, talvez por curiosidade ou, quem sabe, por uma preocupação velada. "Mas me pergunto... como você chegou até aqui?" As palavras saíram de forma pensativa, sem julgamento, apenas um interesse genuíno. "Tão jovem e já lidando com artefatos e segredos que muitos nunca ousariam buscar. Há algo mais que precise para essa busca? Posso te ajudar de outras formas." Era uma oferta que carregava mais do que as palavras revelavam, um ato de solidariedade e apoio, caso as sombras que ela pudesse enfrentar fossem maiores do que as que ele conseguia ver naquele momento.
Gabriel ouviu as palavras de Gaea com um leve sorriso, observando sua franqueza. "Enigmas fazem parte da nossa natureza, talvez seja o tempo que passamos observando os mistérios do universo. Mas eu prometo que não é intencional, não todo o tempo." Ele tomou mais um gole de café, aproveitando o momento para deixar as palavras dela pairarem no ar. "Quanto a quem o tem, é possível que haja sim um certo grau de perigo envolvido. Se o manuscrito está nas mãos de alguém poderoso, pode ser que não saia facilmente."
Ele apoiou os cotovelos na mesa e inclinou-se levemente para frente, a expressão séria, mas com um brilho tranquilizador nos olhos. "Se você descobrir que isso envolve mais riscos do que o esperado, eu vou com você. Não vou deixar que enfrente algo desse tipo sozinha. Acredite, é o tipo de coisa que prefiro lidar diretamente." Depois de um momento, ele relaxou um pouco e, com um sorriso brincalhão, acrescentou: "Mas, claro, até lá, prometo tentar não transformar cada conversa em um jogo de charadas. Só na medida certa."
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