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𝒻𝑜𝓇 𝓉𝒽𝑒 𝒻𝒾𝓇𝓈𝓉 𝓉𝒾𝓂𝑒.

FLASHBACK. 3 ANOS ANTES. CORREDOR VERMELHO.

@python-hakkun                    

                  mercadoria. se houvessem dito à criança otimista e esperançosa vivendo em um orfanato de paredes coloridas que era aquilo que a sua versão adulta se tornaria, ela não teria acreditado. subordinada aos que uma vez mais temera. isolando-se dos perigos do mundo de fora para então decidir viver bem no núcleo dele. era extremamente contraditório, de fato. todavia, a minseo daquela época nunca realmente soubera o que estar sozinha. a proteção das pessoas mais vis era melhor do que proteção alguma. 

               havia se tornado uma rotina, no final das contas. ela nunca pensara que de fato se acostumaria, mas a cada dia, se tornava mais desinibida quanto aquele trabalho, tornando-o ao menos suportável. a primeira vez foi repugnante. chorara um teor aparentemente interminável de lágrimas abaixo da água corrente, desejando mais do que nunca poder escapar da própria pele. a segunda foi desagradável. a terceira, já não podia mais se lembrar. pois na terceira, deixara de pensar sobre. eles a devoravam de dentro para fora, tornando-a nada além do que uma bonita casca sem outra função se não satisfazer seus desejos carnais. e então, todos os seus dias passavam a se assemelhar ao anterior, e então ao seguinte, e ao depois desse também. nem mesmo seus arrependimentos podiam conferir alguma valiosidade à eles.

                   naquela noite, não imaginaria que qualquer coisa iria fora dos conformes. o relógio da cabeceira acabara de apitar, indicando que o período de serviço com o seu atual cliente havia terminado. sade era metódica. embora aquele emprego fosse um tanto quanto informal, não deixava que abusassem de seus horários. rapidamente se punha a finalizar o que tinha de ser finalizado, vestia aquelas roupas que frequentemente não eram muito mais do que a própria lingerie e fazia seu caminho de volta para onde pertencia: por detrás daquelas grandes janelas, as infames vitrines do corredor vermelho. entretanto, a trajetória fora interrompida. em seu caminho havia se materializado um homem, provavelmente já em sua meia-idade, aparência um tanto desleixada, justamente o perfil do tipo de frequentador daquele lugar. por isso, fizera o esforço de lhe lançar um sorrisinho mesmo que estivesse claramente com a intenção de bloquear sua passagem, e isso começasse a lhe frustrar. no entanto, não era a primeira vez que lidava com uma figura desagradável, muito provavelmente já distante de suas faculdades mentais há algum tempo, graças à enorme variedade de drogas e bebidas de má qualidade que o estabelecimento tinha a oferecer. o “com licença” fora amansado e plenamente razoável. entretanto, não suficiente para convencê-lo. talvez, toda aquela contenção fosse seu maior erro, pois deveria saber que para garotas como ela, o mínimo curvar dos lábios era interpretado como um convite tremendo.

                     ❝ ——— acho que não está familiarizado com as regras da casa, senhor. você precisa pagar para tocar.” as palavras agora duras e escarnosas, se opunham completamente à postura que pretendia manter. mas fora incapaz de se conter a partir do momento em que aquelas mãos ousaram tocar-lhe sem seu consentimento, despertando toda a subversividade de seu ser. a mudança de atitude certamente não o agradara. e talvez houvesse de ter sido um tanto mais prudente do que esbarrar nele propositalmente, pois parecera ser a gota d’água; ao que então sentira aqueles dedos agarrarem seu braço com uma força inimaginável, empurrando-a exatamente para onde estava, em seu controle. tão rápido que sequer fora capaz de ver a seguinte agressão e só sentira o agoniante arder em sua bochecha esquerda, justamente onde o tapa fora desferido. fazendo-a perder o equilíbrio sobre os próprios saltos momentaneamente e deslizar sobre a parede até que não fosse nada além de uma figura encolhida, cobrindo o rosto com as mãos a fim de diminuir um pouco daquela dor aguda. e enquanto as palavras trôpegas daquele bêbado ecoavam em sua mente, dizendo-lhe que não passava de alguma “vagabunda sem educação” e que “não pagaria um centavo por ela”, pensava que ele só poderia estar certo. havia se tornado nada além de um apelo exterior, uma camada vazia, uma mercadoria; mas não uma que valesse muita coisa, de qualquer maneira.

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os pythons estão bastante movimentados ultimamente.

aqui anunciamos a chegada de seu assassino, seu nome é kwon hakkun, embora muitos digam que ele se parece demais com wong yukhei/huang xuxi. (confiraaqui a checklist e aproveite o jogo!)

aqui anunciamos a chegada de sua prostituta, seu nome é nakajo yui, embora muitos digam que ela se parece demais com hirai momo. (confiraaqui a checklist e aproveite o jogo!)