#yudae:intro
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ㅤ ㅤ ㅤ⸻ Like everything alive I was meant to be split open, to blossom, to be sucked, to be eaten, to lean, to bend, to wither, to die and die and die and die until I died.

Anosmia & Pheromone Sensitivity
Ele nasceu com anosmia congênita — uma condição rava, invisível, que o impede de sentir qualquer aroma. Para ele, o ar é somente ar. Úmido, cortante, morno como o vapor de uma caneca de chá recém-servida… mas é mudo. Carente de qualquer perfume que o mundo tenta oferecer; as flores de seu jardim não o comovem pelo cheiro, tampouco a chuva na terra ou o seu gato de banho tomado.
Esta ausência moldou sua percepção do mundo desde a infância. O paladar é limitado, enfraquecido; sabores são ecos, lembranças à meia-luz. E seu maior desafio está na forma como o seu corpo ainda sente o que não consegue identificar: feromônios.
Seu órgão vomeronasal é sensível, talvez até sensível demais. Ele consegue captar os sinais hormonais que as pessoas ao seu redor emitem — as respostas emocionais, os impulsos instintivos. Se um ômega feliz libera feromônios com notas de bolo de chocolate, Seyeon não reconhece o cheiro. Mas seu corpo sente; os feromônios emitidos no ar são registrados e assimilados para produzir estímulos espelho. Seu coração dispara. Ele sorri sem razão, a pele formiga, euforia pulsa por dentro… e ele não sabe por quê.
Essa dissociação constante entre o que o mundo sente e o que ele registra lhe deixa vulnerável. É extensão de emoções que não compreende, absorve sinais hormonais como se fossem seus e pior… Como continua sendo um ômega funcional, seus próprios sinais reagem — liberando mensagens químicas que ele não consegue regular com facilidade.
Sua relação com seu corpo e classificação com os outros é complexa. Intimidade pode ser confusa e ele é facilmente suscetível a relações com desequilíbrio de poder.
Agora, é dependente crônico de supressores — por sorte, sempre naturais, que amenizam seus ciclos e efeitos mais intensos. Mas carrega consigo adesivos supressores discretamente colados sobre os pontos de pulsação — atrás das orelhas, pulsos, pescoço e dobras dos cotovelos — para se proteger do mundo e das pessoas.
How he experiences the world
Nascido em 24 de setembro de mil novecentos e noventa e nove, numa noite fresca de outono. A estação é, curiosamente, a sua predileta — um último suspiro antes da terra esfriar.
Seyon procura conforto na familiaridade. Sua condição genética limita sua percepção sensorial, então ele se ancora em repetição, rotinas e objetos queridos.
Por isso, talvez, tenha se acostumado a seguir rituais diários. Ele acorda sempre muito cedo, toma chá sem açúcar no jardim e quando a neblina escorre com o romper das primeiras horas da manhã, prepara todas as suas refeições do dia e organiza suas tarefas em sua agenda.
Dizem que estes são sintomas de sua particularidade... Só come alimentos naturais, principalmente os produzidos na fazenda. Mantém tudo o que acontece, projetos, obrigações e as coisas que percebe ao observar os outros, anotadas em sua agenda. Mas ele prefere pensar que são traços de sua personalidade organizada.
Tem dificuldade de adaptação em lugares novos. É sensível a sons, texturas e temperatura. Fogos de artifício e aromas sintéticos? Absolutamente não. Mas ele jamais fala sobre as coisas que lhe incomodam.
Ele evita locais lotados, e todas as celebrações comunitárias que consegue convencer seus pais de não ir para evitar sobrecarga sensorial.
Seyeon acredita veementemente que só a chuva consegue lavar verdadeiramente seu corpo e espírito. Em dias chuvosos, caminha até o bosque e espera, de braços abertos, a chuva passar.
É gentil e sorri, embora não verbalize muito do que sente sobre as outras pessoas. Prefere demonstrar o que sente por meio de ações, de favores. Palavras? Somente se lhe faltarem outras opções.
Foi adotado por um gatinho laranja que resolveu chamar de Gumiho — Gumy, para os mais íntimos. Ele gosta de longas caminhadas na floresta, odeia humanos — seu servo humano incluso — e gosta de subir em árvores para tomar sol à tarde e julgar tudo e todos.
Personality & Miscellaneous
E ele tem uma coleção de cachecóis, um de cada cor e textura, e os deixa espalhados pela casa. Na porta, no sofá, sobre a cama. Mas ele nunca os usa. É o único item que sabe tricotar, e os tece os montes para preencher os cômodos com calor e presença.
Vive num mundo próprio. Está sempre com fones de ouvido enquanto trabalha na fazenda, cantando baixinho Kate Bush quando acha que não estão olhando e movendo os dedos como se dedilhasse notas para as músicas que não conhece tão bem.
Está sempre vestido com roupas de mangas compridas, não importando a estação. Prefere macacões e suéteres à qualquer tipo de peça que seja muito justa.
Tenta fazer de tudo um pouco, até as coisas que odeia — para ter propriedade em seu ódio.
Não ter conseguido terminar a faculdade de psicologia foi um choque. Desde então, tentou todo o tipo de trabalho fora de Wolnari. Fez bico como garçom, um desastre de proporções inimagináveis, como faz-tudo (quebrou um dedo) e até como babá.
Atualmente, faz um curso online de fotografia para ocupar o tempo livre dos finais de semana e desde então é o responsável designado para registar todas as cerimônias da comunidade. Com isso, descobriu que gosta de observar as pessoas através das lentes, imortalizá-las no papel — no tempo.
Todo dinheiro que ganha em seus trabalhos fora da fazenda é parcialmente reinvestido em material — câmeras, livros, lentes. O restante guarda numa caixa de sapatos sob a cama.
Em Wolnari e a pedido de seus pais, é o mais novo aprendiz do ômega responsável pelo suporte emocional e harmonia da comunidade. Há a desculpa de utilizar tudo o que aprendeu na faculdade para benefício do grupo, e isto ele até aproveita, mas as responsabilidades e os laços que se estreitam a cada nova obrigação adicionada faz com que se sinta sobrecarregado com frequência.
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LEE SUNG-KYUNG? até que parece, mas não é. aquela é JEON BOYOUNG, classificada como BETA. ela tem TRINTA ANOS e é natural de JEJU, COREIA DO SUL, mas atualmente está residindo aqui perto em HYANGDO. atualmente, trabalha como REPÓRTER. dizem que é muito DISCIPLINADA e RESILIENTE. e também pode ser AUTOCRÍTICA e TEMPERAMENTAL, acredita? mas quando passa, deixa para trás aquela ESSÊNCIA DE CHÁ BRANCO COM NOTA DE FLOR DE LARANJEIRA que é difícil ignorar.
ESSÊNCIA
APRESENTAÇÃO SECUNDÁRIA
RESUMO
Jeon Boyoung voltou à Jeju depois de alguns anos morando em Seul. É formada em jornalismo e atuava como repórter esportiva numa das maiores emissoras do país. O ritmo frenético da redação e as cobranças constantes começaram a afetá-la. Quando o burnout a atingiu, pediu afastamento médico e voltou à Jeju. Querendo um novo começo, pediu transferência para a filial da emissora na ilha. Boyoung continua cobrindo os esportes, mas por estar ser uma filial menor, realiza outras matérias também. Recém-chegada, ela ainda tenta se readaptar à cidade natal e entender seu lugar nessa nova fase. Apesar da proximidade da família, não contou a ninguém o real motivo de sua volta; sua intenção primeira é nunca preocupá-los. Boyoung está comprometida na busca de uma vida mais equilibrada e também convicta que conseguirá conciliar a paixão pelo jornalismo com o desejo de levar uma vida mais leve, mesmo que, no fundo, ainda carregue o medo de estar apenas adiando mais uma decepção.
Irmã mais nova de Jeon Boram
BIOGRAFIA
A personalidade rebelde na adolescência não passou despercebida. Não era difícil perceber que, durante aquele período, o maior desejo de Boyoung era chamar a atenção dos pais. Filha de pais humildes e muito ocupados por conta do trabalho, ela cresceu sob os cuidados da irmã mais velha, e foi nesse contexto que desenvolveu uma personalidade mais arisca, frequentemente confundida com insolência, mas que nada mais era do que uma tentativa desesperada de ser notada, amada e apreciada por aqueles que diziam a amar. Boyoung nunca conseguiu ser alguém realmente compreensiva como a irmã, o que a fazia entrar em conflito constante com a mais velha. Os embates entre elas eram quase inevitáveis, mas nada que realmente abalasse o vínculo que compartilhavam. As brigas vinham e iam, mas no fundo, por trás das palavras ríspidas e das diferenças de personalidade, havia a certeza de que sempre estariam lá uma pela outra.
Boyoung demorou um pouco demais para amadurecer. Ainda na adolescência, invadida por emoções e sentimentos que não sabia realmente lidar, encontrou no vôlei uma forma de extravasar e organizar o caos interno. Em quadra, se sentia apreciada, admirada e vista. Foi um golpe muito duro ter que desistir do vôlei e da carreira de levantadora tão cedo na vida. As tentativas de retorno às quadras não aconteceram. Parecia um problema tão simples, mas a lesão crônica no punho esquerdo a fazia jogar com uma dor constante. Com o tempo, isso a drenava não só fisicamente, mas mentalmente também, virando uma fonte inevitável de sofrimento. Chegou a um ponto em que temia cada bola que vinha em sua direção; não pela pressão, mas pela dor. Eventualmente, apenas desistiu. A carreira profissional sequer chegou a começar, apesar de, por muito tempo, ela ter sido considerada uma boa aposta para o futuro do vôlei. A desistência deixou muitos dissabores e muitas mágoas, mas também lhe abriu novas possibilidades.
Apesar da desistência, a paixão pelo esporte não a abandonou, não completamente. Ainda no colegial, entrou para o clube extracurricular de rádio e jornal. A atividade no clube acabou se tornando um refúgio inesperado após constatada a lesão no punho. Fora das quadras, ela passou a assumir o microfone — posicionando-se na bancada como comentarista das partidas escolares e juvenis e atuando também como repórter de campo. O que começou como uma atividade corriqueira, logo se transformou em um novo modo de estar dentro do jogo, mesmo à margem dele. Ali descobriu uma nova vocação, e quando percebeu que o retorno à quadra realmente não aconteceria, ela fez uma escolha difícil: abandonou o sonho de ser uma atleta profissional do vôlei para se tornar repórter esportiva. Convicta do novo caminho, ingressou no curso de jornalismo em uma universidade em Seul. Mudar de Jeju não fora um problema, ainda que a vida agitada e cara em Seul tenha cobrado um preço altíssimo: muito trabalho, noites acordadas estudando, uma solidão silenciosa e, por fim, um esgotamento que ela custou a reconhecer como sinal de que algo precisava mudar. Após um estágio intenso e longas horas trabalhadas, veio a tão esperada efetivação como repórter esportiva na sede da emissora em Seul, pouco depois de sua formatura. Tudo parecia correr bem. Ela estava, enfim, construindo uma carreira sólida, mas a vida mudou seus planos.
A rotina na capital, no entanto, cobrou seu preço. Com o tempo, o ritmo frenético da redação e as cobranças constantes começaram a afetá-la mais do que gostaria de admitir. Sinais muito claros começaram a manifestar na forma de ansiedade, insônia e exaustão. Quando burnout se tornou inegável, Boyoung tomou uma decisão difícil: pediu afastamento médico e voltou a Jeju, a cidade natal da família, em busca de ar. O plano inicial era passar algumas semanas se recuperando, mas se encaixou muito bem na ilha. A paz e o ritmo desacelerado criaram um espaço seguro. Recentemente, ela pediu transferência para a filial da emissora na ilha, trocando as pautas nacionais pelas reportagens locais. Embora reconheça sentir falta da adrenalina de Seul, tem redescoberto uma forma mais saudável de estar no mundo. Apesar do certo incômodo em relação à estagnação da carreira, o ambiente mais calmo da ilha tem lhe permitido resgatar uma paz que a muito não sentia. A beta ainda se sente em suspensão, mas tem aprendido, aos poucos, a aceitar o tempo das coisas.
Boyoung é introspectiva, mas articulada quando fala sobre o que ama, especialmente quando conversa sobre o esporte. Tem uma memória quase fotográfica para lances marcantes de partidas antigas – reviu e os revê com certa regularidade também –, al��m de ser apaixonada por chá, filmes esportivos dos anos 90 e músicas, no geral. Apesar de parecer centrada, suas coisas vivem desorganizadas, e ela sempre esquece onde deixou as chaves ou o crachá da emissora. Gosta do silêncio da madrugada, mas sente falta do ruído das quadras e dos barulhos urbanos de Seul, ainda que aprecie a rotina mais calma em Jeju.
O medo de ser vista como alguém que desistiu ainda a persegue. A beta nunca falou disso com ninguém, mas tem pânico de decepcionar mais uma vez, de falhar consigo mesma em mais uma tentativa de futuro. Ainda hoje tenta provar que não cometeu a decisão errada e que falta pouco-pouquíssimo para ser realmente feliz e realizada. Apesar da raiva e dos muitos sapos que precisou engolir na redação em Seul, isso a tornou ainda mais meticulosa e determinada, embora, muitas das vezes, a beta se questione se seu amor pelo esporte ainda é verdadeiro ou se virou uma batalha de resistência. Sua meta por agora é viver um dia de cada vez.
CURIOSIDADES
Beta, bissexual e solteira.
É um pouco workaholic, mas se a perguntarem sobre isso ela diz que "não trabalha, vive o esporte".
Fora do ar, é meio desorganizada, às vezes ansiosa, e vive esquecendo onde deixou o crachá.
É viciada em podcasts sobre esporte e séries de investigação policial.
Tem medo de se apegar demais a pessoas novas, por conta de experiências antigas com abandono ou afastamento abrupto.
Suas experiências românticas não são propriamente experiências, já que não as teve em quantidades o suficiente. Ela sempre foi muito centrada no esporte, mesmo antes de desistir das quadras. É meio difícil acessar esta parte da sua vida. Por ser beta, nunca se sentiu muito pressionada, como os alfas e os ômegas — nem por instintos, nem pelas expectativas alheias. Foi só na faculdade que cogitou de verdade se abrir a alguém. Mas mesmo assim, foi um processo lento. Talvez por isso tenha perdido algumas oportunidades antes mesmo de entender que estavam ali. Não sonha com paixões avassaladoras, mas deseja encontrar alguém interessado e paciente o suficiente para conhecê-la melhor.
Tem uma coleção de camisas de vôlei antigas dos mais variados clubes e seleções e de alguns outros esportes, como o futebol: algumas são da época em que jogava, outras são presentes de amigos e colegas e a maioria é ela mesmo que compra. Tem um ciúme bastante expressivo delas.
É autodidata. Além do coreano, fala inglês fluente e aprendeu mandarim sozinha. Atualmente está estudando francês. Tem horror em mostrar-se despreparada, principalmente no trabalho.
Fica extremamente competitiva em jogos com amigos. Leva a derrota com bom humor, mas sempre pede por revanche.
Boyoung é uma péssima motorista, embora esteja tentando melhorar na direção. Gasta mais do que devia em aplicativos de transporte.
CONEXÕES
Uma pessoa com quem Boyoung teve um flerte ou alguma conexão emocional que nunca avançou por causa de sua própria hesitação e covardia. Agora, de volta, reencontraram-se. Boyoung não sabe bem como lidar com esse alguém, e se sente muito incomodada pela forma com que as coisas aconteceram.
Alguém que Boyoung conhecia e era próximo quando criança/adolescente. Agora as coisas estão diferentes e eles próprios não são mais os mesmos, uma vez que ficaram bastante tempo sem contato. Pode haver alguma tensão ou até química entre eles – ou, pelo menos, tentativas de reaproximação.
Um amigo com gostos em comum. Criaram uma amizade sólida, com conversas que atravessaram anos. A amizade se fortaleceu, e se encontram regularmente.
As famílias eram amigas. Eles se viam de tempos em tempos. Eram as “crianças que ficavam juntas porque os adultos mandavam”, mas hoje (talvez) essa convivência forçada tenha (ou não) se tornado uma cumplicidade real.
Alguém que tinha uma ligação forte com Boyoung na infância e adolescência, mas sentiu-se abandonado quando ela “seguiu em frente” em Seul. O reencontro é tenso, cheia de coisas não ditas, mas há afeto e mágoa ali também.
Boyoung pode não ter a mesma rotina que antes quando atleta, mas continua se exercitando com certa frequência. A aproximação entre a repórter e esse alguém aconteceu espontaneamente através de treinos silenciosos e olhares cruzados. Aos poucos, as conversas surgiram. Eles se dão muito bem.
(em breve, acrescentarei mais algumas)
OCC
Lina, 25+, ela/dela, sem triggers.
Nesse semestre (até o início de agosto, mais ou menos), minha maior frequência de atividade serão nas terças, sextas e domingo. Depois de agosto, me reorganizarei conforme os dias das minhas aulas (estou no finalzinho do curso), estágio e o IC.
Posso demorar um pouco para responder (sou bem chata com minha escrita e ando bem enferrujada, preciso admitir), mas pode ter certeza que sempre o/a manterei informado/a caso eu demore um pouco mais que o previsto.
Jogo de tudo (pode vir no chat com tudo!!!!!) e estou sempre aberta a novos plots e novas ideias.
Bons jogos para a gente!
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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀i like to dance when i party, i like to kiss everybody. where the heck is saki? she's waiting down in the lobby. i'm tryna break it down, baby get her, turn up the party! 1-800-hot-n-fun. that's my number, hit my line. 1-800-hot-n-fun, hear my ringtone every time.
⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ IM DASOM ;
beta; essência de hortelã e notas de pimenta rosa. vinte e sete anos, hostess do nebulight. solteira, sem filhos. nascida e criada em jeju. residente de um apartamento super fofo em eunbit chae, onde mora com sua gatinha branca, bomi.
⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ charmosa e espontânea / impulsiva e egocêntrica.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐅𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍𝐎𝐌𝐈𝐀 ;
Dasom chama atenção antes mesmo de dizer uma palavra. Alta, com postura despretensiosa e elegante, ela parece sempre ter saído de um editorial sem esforço. Os cabelos longos e escuros escorrem em ondas naturais até o meio das costas, geralmente soltos, mas às vezes presos em penteados que parecem improvisados e ainda assim perfeitos. Seus olhos são vivos, o sorriso é aberto, e a expressão costuma oscilar entre divertida e provocativa, como se estivesse sempre prestes a contar um segredo ou rir de algo que só ela entendeu. Sua pele clara tem aquele brilho descuidado típico de quem vive de madrugada, e ainda assim parece sempre radiante. Gosta de maquiagem com cores marcantes, delineador ousado e roupas que misturam o provocante e o descontraído, tops curtos, saias, botas, peças com brilho ou cortes diferentes.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 ;
Dasom é aquele furacão envolto em charme. Chega, gira tudo ao redor e depois sai deixando rastros de destruição. Mimada, inconsequente e convencida do próprio carisma, ela vive no impulso, no desejo do agora, na sede de emoção. Cresceu cercada pela ausência, então aprendeu a ocupar espaços sendo divertida, espontânea e exagerada. É a alma da festa, aquela que conhece todo mundo, dança até o chão e faz os outros rirem com uma piada ou comentário debochado. Ao mesmo tempo, não pensa duas vezes antes de fazer besteira. Vive testando os próprios limites e os dos outros com um sorriso no rosto. Tem um talento natural para conquistar e ser querida, mesmo quando está sendo um completo desastre. É amada, invejada e impossível de ignorar. Mas, por trás de toda essa autoconfiança performada, existe alguém que nunca aprendeu o que significa ser cuidada, só como fazer com que as pessoas queiram ficar.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀 ;
Dasom não foi planejada. E menos ainda desejada. Seus pais são de Seul, atores que tiveram um certo nível de sucesso nos anos 90. Se conheceram no set de gravação de um drama e se envolveram casualmente algumas vezes durante o período das gravações. Sua mãe, beta. O pai, Alfa. No entanto, nenhum dos dois nunca pensou em se envolver seriamente, em transformar os encontros casuais em um romance e, menos ainda, levá-lo aos olhos do público. Assim, quando Minji descobriu que estava grávida, os dois não sabiam exatamente o que fazer. Mas era tudo muito inevitável: ela anunciou uma pausa na carreira para cuidar da saúde e ele seguiu sob os holofotes como se nada estivesse acontecendo.
Decidida a esconder a filha o máximo que pudesse, Minji se mudou para Jeju, para uma casa discreta e afastada. Mas ainda assim, nunca teve o desejo de ser mãe. Sua gravidez foi agitada, marcada por poucos cuidados com a saúde da criança. Ela seguia bebendo e fumando como se nada estivesse acontecendo. Dasom precisou de cuidados especiais nos primeiros anos da infância por esse motivo, mas ainda assim conseguiu crescer bem. Não exatamente graças aos pais.
Wooshik não foi o melhor pai do mundo, mas ainda tentou assumir alguma responsabilidade. Especialmente depois que a notícia de sua existência foi vazada por um tabloide e os dois tiveram que assumir que tiveram um envolvimento que resultou em frutos. Ele quem pagava pelas despesas da menina, incluindo escola e qualquer curso extracurricular que pudesse mantê-la ocupada o bastante para esquecer que tinha pais. Minji se ocupou em tentar reconstruir sua carreira, então sua presença foi quase inteiramente substituída por babás.
A consequência da falta de atenção? Dasom a recebia de pessoas, funcionários que a rodeavam que acabavam satisfazendo seus caprichos por pena. Assim, Dasom cresceu com um falso senso de importância, que moldou um ego gigantesco.
Ainda assim, ela tinha lá suas motivações para agir como se fosse a dona do mundo. Bonita como era, tão charmosa e cativante. Difícil não ceder aos encantos do sorriso doce de Dasom. E esse é motivo pelo qual a lista de pessoas que já colocou em problemas não é exatamente pequena. Ela é problema, justamente porque não tem limites. Mas, claro, tudo foi facilmente varrido para debaixo dos tapetes pelo dinheiro dos pais.
Aos 19 aos, ganhou do pai um apartamento em eunbit chae e uma boa quantia em dinheiro para investir como quisesse. Faculdade, viagem, ele não se importava. Até porque, era sua maneira de dizer que não iria mais se responsabilizar por ela. E Dasom entendeu bem. Decidiu usar parte do dinheiro na graduação em Relações Públicas e o resto em si mesma. Mudou seu estilo, decorou o apartamento e comprou um carro popular. Nunca teve um estilo de vida luxuoso, mas viveu bem e era assim que pretendia continuar vivendo. O emprego na casa noturna veio como uma maneira de juntar suas coisas que gostava, a vida noturna e interagir com pessoas, com a necessidade de ter uma renda própria agora. Desde então, seu contato com os pais é quase nulo.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐂𝐎𝐍𝐄𝐗𝐎𝐄𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐀𝐃𝐀𝐒 ;
MELHOR AMIGO (A) ━━ Amizade de banheiro de balada que, por algum motivo divino, sobreviveu à luz do dia. Os dois podem ter se conhecido de um jeito peculiar, mas não há nada de peculiar no laço que criaram. @shiiibcl
MÁ INFLUÊNCIA ━━ Obviamente, Dasom é o diabinho sobre o ombro de @bvdcmens, fazendo que faça todas as escolhas erradas. Talvez ela só não saiba o mal que está causando, mas é possível que ela saiba exatamente o que está fazendo.
BOA INFLUÊNCIA ━━ Muse é o anjo no ombro de Dasom. É a pessoa que dá bons conselhos, quem cuida dela quando ela mesmo não se sente capaz. Quem a ajuda a voltar para os trilhos quando vai longe demais.
IÔ-IÔ ━━ Muse e Dasom tem um relacionamento instável. É claro que existem sentimentos bons em algum lugar, vide a quantidade de vezes que reataram o namoro nos últimos anos. Ou que estiveram na cama um do outro. Mas não é como se soubessem ter um relacionamento, levando em consideração a quantidade de vezes que terminaram também.
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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ holy light over the night keep the spirit strong . watch it grow, child of war, oh, keep holdin' on. when i run through the deep dark forest, long after this begun, where the sun would set and the trees were dead and the rivers were none. and i hope for a trace to lead me back home from this place, but there was no sound there was only me, and my disgrace.
⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ LIN TIANLEI ;
alfa; essência de rum escuro com notas de noz-moscada. trinta e um anos, alfa-líder de wolnari. trabalha como clínico geral na clínica baekhwa e cuidador de animais na fazenda onde reside. nascido em lijiang, na china. criado em jeju. solteiro, pai adotivo de um menino de quatro anos, myungsoo.
⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ protetor e disciplinado / temperamental e teimoso.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐅𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍𝐎𝐌𝐈𝐀 ;
A fisionomia de Tianlei carrega a gravidade silenciosa de uma tempestade prestes a se formar. Seus traços são esculpidos com precisão, com maxilar firme, maçãs do rosto altas e olhos escuros como solo molhado, profundos e impenetráveis. A pele, dourada pelo sol e pelo tempo, contrasta com os cabelos negros e lisos, mantidos um pouco mais longos, com um desalinho proposital. Mede um metro e oitenta e cinco, tem ombros largos e um porte que impõe respeito sem esforço. Tatuagens cobrem partes do corpo, símbolos antigos e linhas marcadas com intenção, ocultas sob as roupas como segredos cravados na pele.
Tianlei se veste como quem vive para o trabalho, usando camisas de algodão espesso, calças resistentes e botas gastas. As roupas seguem a lógica da terra, práticas, silenciosas, duráveis. Seu cheiro é inconfundível, uma mistura de rum escuro e noz-moscada, denso e quente, com uma doçura amarga que se insinua devagar, como fumaça que se prende ao ar e à memória.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 ;
Tianlei é um homem de presença firme e voz que raramente se eleva, mas nunca passa despercebida. Tem um senso de responsabilidade que o molda por inteiro. Vive com propósito, disciplina e uma ética que não cede nem mesmo sob pressão. Como Alfa da alcateia, lidera com autoridade natural, mas também com o peso de quem se cobra mais do que exige dos outros. É protetor até os ossos, capaz de enfrentar o que for para manter os seus em segurança, mesmo que isso custe o próprio descanso ou paz.
Ao mesmo tempo, é teimoso, de temperamento forte, movido mais pela convicção do que por consenso. Não recua fácil, não muda de ideia por conveniência, e enfrenta conflitos de frente. Pode parecer duro à primeira vista, mas sua dedicação é constante, sempre expressa em gestos concretos e na forma como cuida, mesmo quando não diz uma palavra.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀 ;
Tianlei é fruto de um relacionamento breve entre um lobo solitário e uma garota do campo. Seu pai, um sul-coreano que se aventurava pelo interior da China durante a juventude, em busca de um propósito para a vida. Sua mãe, uma chinesa nascida e crescida em uma vila no interior do país. A filha caçula de três filhos se apaixonou perdida e rapidamente por aquele que ofereceu seu serviço braçal ao pai da moça em troca de comida e abrigo por alguns dias, durante aquele verão.
Ao saber que a filha estava grávida, o dono daquela pequena área de plantação de arroz expulsou o viajante, que deixou para trás uma carta para sua amada, dizendo-a para encontrá-lo quando fosse possível, porque estaria sempre esperando por ela e pelo filho. Shuyin acreditou nas palavras na carta e se agarrou à ideia de reencontrar seu grande amor um dia.
Nesse meio tempo, seu pai tentou fazê-la casar com um outro rapaz da vila, um Beta conhecido por sua gentileza. Porque um Alfa jamais aceitaria criar o filho de outro Alfa, não naqueles lados. Mas ela não aceitou, pegou o pouco de dinheiro que tinha e mais alguns trocados com a mãe e fugiu com um bebê de 10 meses nos braços na calada de uma noite de outono.
Foram anos indo de lugar a lugar, trocando seu trabalho por comida e abrigo, por um pouco de dinheiro que a ajudasse a ir em frente. Tianlei tinha quatro anos quando chegou à ilha Jeju com a mãe. Lugar onde o homem disse que esperaria por eles. O endereço deixado foi da fazenda Wolnari, mas Woohyun já não estava lá. Tinha morrido dois anos antes.
Sem seu único propósito de vida, Shuyin se viu perdida e foi acolhida pela alcateia que um dia abrigou também seu grande amor. E foi lá que seu filho cresceu, como se sempre tivesse pertencido àquele lugar, como se não fosse um forasteiro, fruto de um amor não vivido. Tendo um lugar onde era querido por todos pela primeira vez.
O Alfa líder sempre foi uma figura paterna para todas as crianças da Alcateia, mas para Tianlei, de fato se tornou seu pai. Kyungmin casou e marcou Shuyin e criou Tianlei como seu.
Aos 12 anos, Tianlei já ajudava em todas as áreas da fazenda, mas acabou como parte dos cuidados dos animais por conta de sua ligação natural com eles. Sempre teve facilidade em compreendê-los, em se conectar com eles. A natureza protetora e cheia de cuidados sendo algo tão importante nessa conexão. Mas foi esse mesmo lado que acabou levando o rapaz para a medicina. Começou como ajudante dos curandeiros da Alcateia, mas decidiu seguir carreira. E trabalhou muito para conseguir arcar com os custos da graduação em medicina, mesmo com a ajuda que os pais insistiram em dar.
Formado há pouco mais de dois anos, Tianlei atua agora como clínico geral na Clínica Baekhwa.
Mas estava há poucos meses no cargo quando toda a sua vida virou de cabeça para baixo. Seu pai faleceu por conta de um aneurisma. Sua mãe, de tristeza, mais alguns meses depois. Sem tempo para ficar triste, Tianlei precisou assumir o posto para o qual foi preparado a vida toda, o de Alfa Líder de Wolnari.
A nova carga de responsabilidades era maior do que sequer pudera imaginar, mas mesmo assim conseguiu equilibrar com a vida que já tinha criado para si. Assim, segue atuando na clínica ao mesmo tempo que mantém suas responsabilidades como Alfa Líder.
Mas talvez a maior responsabilidade de Tianlei não seja com a Alcateia em si. Ele é pai de Myungsoo, um menino de quatro anos que adotou ainda com poucas semanas de vida. A mãe da criança, uma beta da Alcateia de Wolnari, faleceu devido a complicações no parto após uma gravidez de risco. Como Alfa Líder, Tianlei já exercia naturalmente um papel paterno para todas as crianças da fazenda, assim como seu próprio pai fazia. No entanto, também como ele, decidiu ir além e transformar a vida de uma criança em particular, oferecendo algo mais profundo: um lar verdadeiro. Porque, embora a proposta de Wolnari seja a de uma grande família, ter alguém a quem se possa chamar de pai ou mãe pode mudar tudo.
━━━━ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀𝐂𝐎𝐍𝐄𝐗𝐎𝐄𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐀𝐃𝐀𝐒 ;
upcoming.
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SUZUKI AIRI? até que parece, mas não é. aquela é SAKURABA RIRIKA, classificada como BETA. ela tem TRINTA ANOS e é natural de SAPPORO, JAPÃO, mas atualmente está residindo aqui perto em JINJUSEONG. atualmente, trabalha como PROJETISTA NA CINEMATECA YEOUBI. dizem que é muito ENERGÉTICA e ACOLHEDORA. e também pode ser TÍMIDA e IMPULSIVA, acredita? mas quando passa, deixa para trás aquela essência de MELÃO COM NOTA DE LAVANDA que é difícil ignorar.
🌸 ABOUT RIRIKA !
A verdade é que toda garota sonha com contos de fada, às vezes nem é pelo sangue azul e influência, apenas é só para viver um romance bonito e ser uma princesa, porque se soubessem como era de verdade as máscaras e todo o teatro para viver um romance bonito para os outros, nunca iriam.
LEIA MAIS SOBRE AQUI
🌸 RIRIKA'S PROFILE !
⠀⠀nome . sakuraba ririka ⠀⠀kanji . 桜庭桃々花 ⠀⠀⠀⠀桜庭 · "jardim de cerejeiras" ⠀⠀⠀⠀桃々花 · "flor de pêssego" ⠀⠀apelidos . riri, rika
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KANG SEULGI? até que parece, mas não é. aquela é JUNG JIYEON, classificada como ALFA. ela tem TRINTA anos e é natural de JEJU, COREIA DO SUL, mas atualmente está residindo aqui perto em HYANGDO. atualmente trabalha como GERENTE DO CAFÉ NEBULOSA. dizem que é muito PACIENTE e CRIATIVA. e também pode ser PESSIMISTA e AUTO DEPRECIATIVA, acredita? mas quando passa, deixa para trás aquela essência de CHUVA FRESCA COM NOTAS DE CRAVO que é difícil de ignorar.
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Jiyeon é muito insegura com o fato de que é alfa. Ela nasceu apenas com o sistema reprodutor feminino, o que a impede de fertilizar parceiros; além disso, seu aroma não é comum em alfas, e sim em ômegas. Como se não bastasse, todas as pessoas importantes em sua vida são ômegas. Sua mãe alfa morreu quando ela era pequena, restando apenas sua mãe ômega e a irmã mais nova; além da tia e da prima, também ômegas, que estavam sempre por perto. Todas essa influência acabou afetando um pouco seu comportamento, muito mais paciente e calmo do que se costumam ver em alfas. Isso resultou em muito estranhamento das outras pessoas. Ela já ouviu muitas vezes que nunca seria uma alfa de verdade, que nunca encontraria um parceiro que quisesse uma alfa errada como ela. Ouviu tanto essas coisas que começou a acreditar.
Durante sua vida toda, Jiyeon quis sair de Jeju. Seu sonho era virar jornalista e ser correspondente internacional; viajar pelo mundo vendo tudo e estando onde as coisas acontecem, bem diferente de onde passou toda a sua infância e adolescência, onde nada acontecia. Esse sonho, porém, foi interrompido por causa da mãe. Quando Jiyeon havia acabado de completar 18 anos, pronta para deixar Jeju para trás e mudar-se para alguma cidade grande, sua mãe ficou muito doente. Ela decidiu adiar esse sonho por um ano, para poder cuidar da mãe. Mas um ano virou dois, depois três, cinco. Quando percebeu, já havia se passado mais de dez anos e ela ainda estava no mesmo lugar, cuidando da mãe, e deixando seus sonhos de lado. O único resquício de que um dia já quis ser jornalista é um blog que ela tem, onde compartilha fotografias que ela mesma tira e crônicas que escreve.
A personalidade de Jiyeon é muito tranquila. Ela é calma e sempre se controla para não entrar em brigas. É um pouco tímida, mas quando está trabalhando no café consegue manter conversas com os cliente como se fossem amigos há anos. Durante a adolescência, para tentar vencer a insegurança que sentia sobre ser alfa, ela teve uma fase em que se comportava com todos os estereótipos possíveis, para o pesadelo de sua mãe. Mas rapidamente percebeu que isso não era algo que a fazia bem, não era sua personalidade de verdade, então voltou a agir como costumava fazer. O único traço mais tipicamente alfa de sua personalidade é a possessividade, mas ela luta contra isso e odeia se sentir assim. Nas poucas vezes que se relacionou (já que suas inseguranças sobre ser alfa sempre ficam no caminho), ela fazia o máximo que podia para não deixar isso atrapalhar seu relacionamento.
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ㅤ ㅤ ㅤ⸻ They laid me to sleep in a coffin made of glass, lined with velvet apologies, thinking I'd dream of oceans or forgiveness or that one perfect nectarine.

Na noite de vinte e quatro de setembro, o mundo recebeu uma alma tocada pelo espírito da lua cheia. Nascido quando seus pais já colecionavam mais memórias que planos, Seyeon foi o presente celestial pelo qual suplicavam. Enviado à terra na noite mais brilhante do ano e envolto pelas gargalhadas e luz que atravessavam o fino hanji que cobria as janelas da casa — a criança representava o novo ciclo do que outrora parecia o fim de uma linhagem antiga.
A cada sorriso, seus pequenos grunhidos; cada vez que esticava seu corpo ou acordava aos prantos nas primeiras horas da manhã, crescia o amor de seus pais. Debruçados sobre seu berço eram sussurrados votos de dedicação como se pudessem ler em seus olhos o quanto cada etapa de sua vida seria perfeita.
Comemoraram seu primeiro aniversário com uma grande cerimônia para toda a comunidade e os amigos mais próximos. Brindaram e cantaram, relembraram os anos passados e tomaram decisões sobre o futuro da criança que, alheia a tudo, usava o mesmo par de sílabas para agradecer a cada presente. Naquela noite, nem mesmo o mais distraído convidado deixou de elogiar o brilho da pequena família. Todos sabiam que Seyeon nunca aprenderia a aceitar a dor de ter sonhos inalcançáveis e jamais conheceria a solidão. Estaria sempre cercado de pessoas que o amavam incondicionalmente e seria feliz. Encerraram a noite como de costume, sussurrando para a pequena criança promessas douradas.
Só não sabiam que ainda era cedo demais para abraçar certezas; o destino ainda se espalhava como tinta sobre o céu, e nem uma pessoa poderia ter antecipado o que escrevia sobre Seyeon.
No início, não perceberam nenhum problema. Se ele chorava aninhado nos braços de sua mãe, era sinal de uma criança cheia de vida; e se adoecia com frequência, atribuíam à natureza delicada. As coisas só mudaram quando, num dia agitado no pátio, uma das crianças mais velhas teve um surto hormonal e o pânico se espalhou — todos correram assustados, menos ele. Seyeon permaneceu brincando, indiferente ao alvoroço. Naquele momento, seus pais começaram a refletir sobre tantos dos seus comportamentos; se antes pareciam parte de sua essência, agora seguiam um padrão que destoava do mundo ao redor.
A princípio nem os médicos, nem as orações conseguiram desvendar o que havia de errado com ele. Era biologicamente saudável, inteligente e crescia todos os dias. Seu comportamento apresentava pequenas irregularidades, mas infinitos testes prometiam que o repouso bastaria. Foram orientados a esperar o choque passar.
Aguardaram—apreensivos, desesperados, relutantes. Aguardaram até esquecerem que uma criança tão perfeita e cheia de vida pudesse ser qualquer coisa se não normal. Até que Seyeon completou onze anos, e precisaram lembrar. O aroma primaveril que vinha do quarto da criança deveria ter sido motivo de comemoração — talvez até um instante de orgulho — mas o dulçor foi breve. Logo sufocaram entre galhos secos de uma floresta ao fim do inverno. Consolavam entristecidos um menino que não parecia compreender o que acontecia com seu corpo. Tocaram a tez febril, viram curativos coloridos sobre a pele avermelhada de seu pescoço e entenderam que ele florescia, mas que não associava seu sofrimento à dor inevitável do amadurecimento. Aceitaram—cautelosos, exaustos, vencidos.
As perguntas certas deram um nome para o tumulto em suas vidas, mas conhecimento significava muito pouco quando não acompanhava nenhuma solução. Terapias holísticas e longas conversas pouco moviam um adolescente cada vez mais distante. Fizeram o impossível para ajudá-lo, mas a fissura entre eles só aumentava ao fim de cada ciclo. Amenidades eram toleradas em sua presença, mas qualquer tentativa de trazê-lo mais próximo da realidade que viviam — que poderia viver, se ao menos permitisse — era recebida com longos silêncios. Convencidos de que o tempo lhe traria compreensão — de que cedo ou tarde ele reconheceria que tudo o que fizeram, em todos os dias de toda a sua vida, era porque sempre esteve no centro de seu amor — o encorajaram a experimentar o mundo longe dele.
Prometeram silenciosamente que aquele seria o último sacrifício; já não conseguiam se aproximar dele sem experimentar o amargor na garganta. Olhos vermelhos e resignação. Despediram-se por longos minutos, e observaram sua silhueta desaparecer entre as árvores. Não choraram quando concordaram com sua escolha, nem enquanto dobravam com cuidado cada peça de roupa na mala. Não tremeram as mãos quando lhe entregaram a passagem. Derrearam suas dores um no outro e aguardaram as prometidas ligações sazonais.
Suportariam a distância como uma estação inevitável, mas o silêncio que os seguiria — vasto e implacável — os destruiria até quase nada restar.
Sabiam que ele precisava encontrar o que procurava, mas esperavam que ele percebesse o peso do vazio que sua presença havia deixado para trás. E tentaram ser compreensíveis com seus caprichos, mas com o passar dos meses as ligações se tornaram cada vez mais escassas. Os sorrisos, ensaiados, breves, pontuais, educados. Boas notas. Amigos novos. Estava comendo bem. Tudo normal. Tudo distante. Observaram a mudança no vago tom de sua voz, a pressa e hesitação. Não conseguiria voltar para casa nos feriados e ao fim de cada semestre. Já não tinha tempo. As palavras sequer foram sussurradas, mas temiam que sequer cogitasse voltar.
Sentiram o fim de seu último ano como um relógio em contagem regressiva para autodestruição. Estavam distraídos. O inverno havia sido rigoroso e a terra estava desolada. Preocupados em cuidar das plantações para as próximas colheitas, o pagamento das taxas semestrais foi esquecido. Perderam reuniões com o departamento financeiro e não souberam explicar o que havia acontecido. Fizeram tudo o que podiam para reparar o erro, mas uma organização tão grande, com tantos nomes poderosos para atender, não compreendia conceitos como perdão e empatia.
Devastados ao vê-lo em soluços, lhe ofereceram a única coisa que possuíam em abundância. Amor. Estariam lá para ele; seu quarto arrumado como quando o dia em que partiu, seu cachecol predileto pendurado à porta e as janelas abertas em convite ao frescor da noite. Quando o amor se vê deixado para trás, ele muda de forma — mas nunca deixa de existir.
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