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Ironiza essa realização dos seus amores lesbianos ao convocar sua ‘mão direita’ para contar esses amores, numa referência à prática da sexualidade entre mulheres excluir a necessidade do falo para sua realização e ser possível ainda assim. Todavia, ao negar-se nomeá-los em sua autobiografia, mesmo tendo dado vida a tantas personagens lésbicas em seus romances, Cassandra Rios tenta ratificar a separação entre sua escrita autobiográfica e obra ficcional, e num aparente respeito à privacidade de suas ex-companheiras, mostra-se abocanhada pelos dispositivos de controle da sexualidade, e subjetivou os preceitos morais que ainda negam, hoje em menor intensidade, aos amores não heterocentrados, o direito de dizerem-se, de se fazerem visibilizados, de tornarem-se vida também através da palavra. (p. 136)

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slide 1:

Desenvolvimento histórico da Didática

Indícios de formas elementares de instrução nas comunidades primitivas

Rituais de iniciação como forma de ação pedagógica

Ausência de ensino estruturado ou didático formal slide 2: Surgimento da Didática

Até o século XVII, não havia uma teoria do ensino sistematizada

Didática surge com a intervenção deliberada dos adultos na aprendizagem

Coincide com a institucionalização da escola

Slide 3: Comênio e a Didática Moderna

João Amós Comênio (1592–1670), autor de Didacta Magna

Início da sistematização da teoria didática

Método homogêneo e foco na experiência sensorial

Críticas: limitação da experiência sensorial como única via de conhecimento

Defesa da educação universal e eficiente

Slide 4: Rousseau e a Centralidade do Aluno

Jean Jacques Rousseau (1712–1778): ensino baseado nos interesses da criança

Contato com o mundo desperta interesse e potencialidades

Organização do estudo guiada pelas necessidades imediatas do aluno

Não elaborou uma teoria prática de ensino

Slide 6: Herbart e o Ensino Sistemático

Johann Friedrich Herbart (1766–1841): influente na Didática e prática docente

Objetivo da educação: moralidade por meio da instrução educativa

Professor como arquiteto da mente do aluno

Controle dos interesses e construção de ideias

Slide 7: Os Passos Didáticos de Herbart

Método de ensino baseado na psicologia

Quatro passos iniciais:

Clareza (preparação e apresentação)

Associação (ideias antigas e novas)

Sistematização (generalização)

Aplicação (exercícios e uso prático)

Slide 9: Da Didática à Pedagogia Moderna

Ideias de Comênio, Rousseau, Pestalozzi e Herbart formaram a base da pedagogia europeia

Essas ideias influenciaram o mundo todo

Origem das principais correntes: Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada

Slide 10: Pedagogia Tradicional

Centralidade no objeto de conhecimento e na transmissão de saberes tradicionais

Ênfase na memorização e repetição de conteúdos

Aluno como receptor passivo do conhecimento

Slide 11: Pedagogia Renovada

Slide 11: Pedagogia Renovada

Oposição à pedagogia tradicional

Valorização da criança como sujeito ativo da aprendizagem

Tratamento científico da educação com base no desenvolvimento biológico e psicológico

Ensino individualizado, respeitando ritmos e aptidões de cada aluno

Defesa da atividade, liberdade e expressão da criança

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o Outro pra Lacan é tudo o que eu não sou. alteridade. ler a memória, a história e o esquecimento (ricouer) a memória coletiva do halbwachs funes, el memerioso the things they carried escrever um paragrafo sobre o pseudonimo masculino da cassandra referenciando a entrevista do jô escrever sobre o estilo de cassandra.. especialmente a evoluçao enviar drive de Malu (2024) pra Juliana enviar link do z-library os dois pdfs

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A reunião de orientação ocorreu com informações claras sobre o conteúdo a ser elaborado e apresentado para os alunos. Além disso, instruções sobre a postura a ser adotada e a forma de condução da aula foram cruciais para a aplicação. Conforme a reunião acontecia, houve espaço para que nossas dúvidas fossem levantadas, de modo que fossem também esclarecidas com respostas satisfatórias. Ademais, a professora apontou a importância de adequar o conteúdo para o nível de conhecimento dos alunos, sugerindo recursos viáveis para serem utilizados no contexto da sala de aula. Nesse sentido, todo o material indicado para a apresentação do cordel e da autora Maria Carolina de Jesus foi útil e mostrou-se acessível para a compreensão dos alunos, bem como efetivo para que eles se engajassem com a aula.

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varei o dia sem comer. achei que talvez conseguisse resistir aos trovões que atingem a parede do estômago. eles sinalizam com alarde a fome. eu sinto fome. mas não a que estigmatiza, a que te transforma imediatamente em miserável: sinto a fome dos atraentes. comendo menos, recebi elogios inesperados pela discreta perda de peso. decidi parar de comer totalmente. e os elogios foram se tornando mais frequentes. minha ficha nunca caía: já magro, ainda tratava o meu corpo com desdém, achando que daria pra tirar mais um pouco daqui e dali. seria perfeito sem as intempéries, as manchas. sentir fome, foi, com o tempo, se tornando gratificante. na maioria das vezes a domava, driblando com sonífero, sono. eu era saciado pela perda, pois sabia que sempre implicaria em alguma, insignificante que fosse. ruim era justificar o porquê da perda. ruim era passar por dias como os de hoje, em que eu lutava com a fome até escurecer. e a fome, reação inquietante, vence zunindo. então eu compro, como. na última colherada a comida fica insossa, e faz não valer a pena todas as outras que vieram à boca. é uma loucura. sinto algo revirando na minha barriga. suponho ser a angústia de não acordar com a mesma medida amanhã, mas apelar pro vômito seria descontrole.

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TRAs claim to be allies to gay people and in the same breath say that homosexuals are "genital fetishists" if they don't want to fuck the opposite sex. does that sound like an ally to you? or does it sound like someone who is extremely homophobic, pro-rape and anti-boundaries?

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'Psyche' by Barry Windsor - Smith, 1978

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''All transsexuals rape women’s bodies by reducing the real female form to an artifact, appropriating this body for themselves. However, the transsexually constructed lesbian-feminist violates women’s sexuality and spirit, as well.''

- Janice Raymond, The Transsexual Empire

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male bonding :]

Pornography: Men Possessing Women

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o patriarcado é baseado essencialmente em mitos. mary daly observa que ele se perpetua assim, pois participar da realidade é reproduzir modelos místicos e reatualizá-los constantemente - de modo com que, através da mimetização dos deuses (patriarcas que o homem criou), o homem (macho) permaneça no sagrado (se deus é um homem, então o homem é deus); e através da reprodução constante do paradigmático gesto divino (ritos), o mundo seja - opressivamente - santificado. virginia woolf satiriza isso descrevendo as indumentárias de um rito falocrático, de homens cristãos, educados, congregados: ''now you dress in violet; a jeweled crucifix swings on your breast; now your shoulders are covered with lace; now furred with ermine… now you wear wigs on your heads.'' she's kinda right.

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''Patriarchy is itself the prevailing religion of the entire planet, and its essential message is necrophilia. All of the so-called religions legitimating patriarchy are mere sects subsumed under its vast umbrella/canopy. They are essentially similar, despite the variations. All – from buddhism and hinduism to islam, judaism, christianity, to secular derivatives such as freudianism, jungianism, marxism, and maoism – are infrastructures of the edifice of patriarchy. All are erected as parts of the male's shelter against anomie. And the symbolic message of all the sects of the religion which is patriarchy is this: Women are the dreaded anomie. Consequently, women are the objects of male terror, the projected personifications of “the Enemy”, the real objects under attack in all the wars of patriarchy.''

- Gyn/Ecology, Mary Daly.

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''This triune god is one act of eternal self-absorption/self-love. The term person is derived from the Latin persona meaning actor's mask, or character in play. “The Processions of Divine Persons” is the most sensational one-act play of the centuries, the original Love Story, performed by the Supreme All Male Cast. Here we have the epitome of male bonding, beyond the “best”, ie, worst, dreams of Lionel Tiger. It is “sublime” (and therefore disguised) erotic male homosexual mythos, the perfect all-male marriage, the ideal all-male family, the best boys' club, the model monastery, the supreme Men's Association, the mold for all varieties of male monogender mating. To the timid objections voiced by christian women, the classic answer has been: “You're included under the Holy Spirit. He's feminine.” The point is, of course, that male made-up femininity has nothing to do with women. Drag queens, whether divine or human, belong to the Men's Association.''

- Gyn/Ecology, Mary Daly.

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''Patriarchy is the homeland of males: it is the Father Land; and men are its agents. The primary resistance to consciousness of this reality is precisely described in Sisterhood Is Powerful: “Thinking that our man is the exception, and, therefore, we are the exception among women”. It is in the interest of men (as men in patriarchy perceive their interest) and, in a superficial but Self-destructive way, of many women, to hide this fact, especially from themselves.''

- Gyn/Ecology, Mary Daly.

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''Overcoming the silencing of women is an extreme act, a sequence of extreme acts. Breaking our silence means living in existential courage. It means discovering our deep sources, our spring. It means finding our native resiliency, springing into life, speech, action.''

- Gyn/Ecology, Mary Daly.

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lendo gyn/ecology, por mary daly

mary daly cunha em gyn/ecology dois conceitos que me chamam a atenção: meta-ética e meta-patriarcado, usando o prefixo >meta< para sugerir uma superação (não uma reforma, como pode parecer) do patriarcado. ela escreve que os textos sobre ética são todos elaborados a partir de um ponto de vista masculino, de modo com que aristóteles, kant, sócrates e outros inúmeros filósofos integrem o arcabouço falocrático (esse que degrada a figura da mulher). a partir disso surge a necessidade de uma ética feminista, uma >meta<, que possa transcender a misoginia e explicar de maneira apropriada a condição da mulher. alguns outros pontos interessantes até agora são:

contrariando o senso comum de que o feminismo radical é exclusivo, ela assinala, nos agradecimentos, que o feminismo, na verdade, não é monolítico;

explica, através da obra the exorcist, que um jesuíta pode exorcizar uma garota, mas jamais o contrário - pois a figura do pai é aliada ao possessor; deus é o possessor (ele o criou);

exemplifica como o patriarcado cria, através da língua, a misoginia, o vernáculo misógino. ela exemplifica com a etimologia de ''spinster ''(solteirona), e ''glamour'' (palavra utilizada pelos medievais para descrever uma mulher cujos poderes obscuros poderiam dar cabo do pênis de um homem);

ela cunha as 4 formas de mistificação - violentas e principalmente narrativas - do patriarcado: apagamento/inversão/falsa polarização/dividir para conquistar.