my time, my wine, my spirit, my trust. trying to find a part of me you didn't take up. gave you so much, but it wasn't enough.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
âIâm in love with you. I am...Iâm in love with you, and Iâm not in the business of denying myself the simple pleasure of saying true things. Iâm in love with you, and I know that love is just a shout into the void, and that oblivion is inevitable, and that weâre all doomed and that there will come a day when all our labor has been returned to dust, and I know the sun will swallow the only earth weâll ever have, and I am in love with you.â
-Augustus Waters
The Fault in Our Stars
John Green
12 notes
·
View notes
Photo
Pride & Prejudice (2005) dir. Joe Wright
23K notes
·
View notes
Photo

Vaux-le-Vicomte - France (by Michel Craig)Â
339 notes
·
View notes
Text
Eu nunca escrevi um texto sobre mim mesma porque sempre estive ocupada demais escrevendo sobre os caras que passaram pela minha vida.
Nunca me faltou vontade de refletir sobre o Rodrigo, o Bernardo ou "os Matheuses". Da mesma forma, nunca me faltou tempo para rascunhar os meus sentimentos sobre cada um deles e depois passar o rascunho a limpo, e ler, e reler, e postar, e editar, e revisar, e reeditar e até mesmo revisitar, de vez em quando, o meu produto final.
Mas assim como eu nunca olhei para a Julieta e pensei nela para alĂ©m do Romeu, eu tambĂ©m nĂŁo via necessidade em me dedicar a conhecer muito mais do que as "JĂșlias" que eu criei para estar ao lado de cada um dos homens com quem jĂĄ me envolvi.
Eu sempre me orgulhei de ser intensa e, sejamos honestos, nadinha de nada nesse mundo é tão intenso quanto um coração partido. Eu não escrevo tão bem (ou, melhor, eu sequer me digno a escrever) quando estou feliz, simplesmente porque não vejo graça em registrar os momentos bons. A tristeza é muito mais comovente, muito mais emocionante.
Exatamente por isso que a decepção, as tentativas frustradas de seguir em frente, a certeza de que nĂŁo iria dar certo, o drama, as noites mal dormidas e as lembranças do que jĂĄ foi/nunca vai ser sempre foram o combustĂvel favorito da minha escrita.
E eu gostava de me identificar com os textos da Martha Medeiros ou da Tati Bernardi. Mas nĂŁo qualquer texto, sabe? Quanto mais tristes, melhor.
Eu precisava sofrer por no mĂnimo 6 meses, ouvir 5 a seco no repetir 1 e assistir Querido John catarrenta no sofĂĄ 1x por semana atĂ© superar. Eu precisava que a tristeza me consumisse, que ela eternizasse e validasse os meus sentimentos (afinal se vocĂȘ nĂŁo fica totalmente quebrada e estilhaçada quando chega ao fim, nĂŁo pode ter sido amor).
"E por quanto tempo esse meu ritual durava?" - vocĂȘ pode estar se perguntando. Bom, por tempo o suficiente atĂ© que o prĂłximo prĂncipe encantado aparecesse e me resgatasse de mim mesma.
Acho que me desencontrei de mim em algum ponto... Ou, melhor, acho que nunca me dei a chance de me descobrir: ou eu estava vivendo um amor ou sofrendo por ele pelo mĂĄximo de tempo que eu pudesse, simples assim.
NĂŁo mais.
Hoje, pela primeira vez em anos, eu entro em uma loja e escolho uma blusa porque combina comigo. Eu calço um sapato simplesmente porque eu gosto de como ele fica em mim. Eu passo uma maquiagem para tomar uma taça de vinho comigo mesma em uma sexta-feira qualquer.
Não estou dizendo que deixei de ser romùntica, que não ouço mais Love Story querendo um amorzinho, leio Orgulho e Preconceito suspirando pelo Sr. Darcy ou vejo e revejo You've Got Mail, Serendipity e afins.
Eu ainda sou uma tola, mas não sou mais a tola que vai se derramar aos pés de qualquer um só para viver um grande amor, que vai tentar fazer de qualquer cara que conheceu na esquina o Noah de Diårio de uma Paixão, que vai trocar o guarda-roupa, o estilo, o tom de voz e os costumes só para agradar.
Quando minha psicĂłloga me disse que a gente nunca pode esquecer que a primeira pessoa do discurso nĂŁo Ă© o "tu", o "nĂłs" ou o "ele", isso me fez refletir por dias.
E eu confesso: me colocar Ă frente dos outros na minha prĂłpria lista de prioridades tem sido um exercĂcio diĂĄrio. E esse texto (que nĂŁo Ă© sobre nenhum dos caras com quem eu jĂĄ estive e nem tem por objetivo prolongar a minha tristeza) soa como um bom ponto de partida.
Descobri muito sobre mim nos Ășltimos tempos. Descobri que ainda amo ler, que Direito Administrativo nĂŁo Ă© tĂŁo ruim assim, que eu gosto do meu chĂĄ adoçado com mel, que mocassins e mules sĂŁo os meus sapatos favoritos, que eu amo usar roupas pretas, que blusas 3/4 me valorizam, que eu tenho muitas amizades maravihosas ao meu redor, que Merlot Ă© a melhor uva do planeta, que eu prefiro estacionar o carro de frente nas vagas perpendiculares, que metais dourados me valorizam mais que os prateados, que verde militar e mostarda sĂŁo as minhas atuais cores prediletas, que o Instagram nĂŁo faz tanta falta no dia a dia como eu achava que fazia.
Descobri que eu existo para além dos meus relacionamentos e das minhas decepçÔes amorosas e que eu mereço (e preciso) me fazer um carinho de vez em quando.
E, sei lĂĄ, nĂŁo Ă© que eu esteja "melhor" sozinha. Eu nĂŁo estou nem melhor, nem pior do que estava quando dormia/saia com X, Y e Z porque simplesmente nĂŁo faz sentido comparar essa versĂŁo de mim com aquelas que eu construĂ justamente com base nos gostos de X, Y e Z.
Em outras palavras, nĂŁo tenho como ser melhor do que aquilo que sequer era eu.
Por ora, acho que posso dizer o seguinte (e com a maior sinceridade do mundo): estou na minha fase mais feliz. Me sinto querida, confiante e bonita a maior parte do tempo.
Vejo as minhas prĂłprias qualidades com tanta facilidade quanto eu enxergava as de qualquer garoto por quem eu me apaixonei.
Estou solteira hå quase 2 meses e não me coloco mais para assistir às adaptaçÔes dos filmes do Nicholas Sparks sozinha. Hoje mesmo assisti foi Ratatouille com meu pai (depois de cantar e dançar Israel e Rodolffo por meia hora no meu quarto).
Também jå não prolongo o meu sofrimento só para poder dizer que senti e, honestamente, faz semanas que não escrevo uma palavra sequer sobre meu ex. Estou bem assim. Sem dor e sem amor. Só vivendo o intervalo que eu nunca tinha me permitido viver entre eles.
Ainda não penso em baixar o Tinder ou sair do meu caminho para conhecer alguém... Quando for pra ser, vai ser e ponto. E se não for pra ser, também tå show.
Eu sou cascuda demais para sentir tudo tĂŁo a flor da pele e experiente demais para reconhecer (sem qualquer dificuldade) que o fim de um relacionamento nĂŁo tĂĄ nem perto de ser o fim do mundo.
E sabe qual a real? Julieta teria sido muito mais feliz se tivesse deixado Romeu de lado um pouco e lido um livro, feito as unhas, investido em um cronograma capilar, uma mĂĄscara de argila etc.
Talvez ela e Romeu nem tivessem morrido se nĂŁo fossem tĂŁo intensos.
Sabe o que faltou pra Julieta? Terapia, 5 gotas de floral S.O.S. 4 vezes por dia, uma amiga para mandar mensagem, uma boa playlist no Spotify, duas taças de vinho e, principalmente, aprender que a primeira pessoa do discurso era (e tem mesmo que ser) o "eu".
3 notes
·
View notes
Text
âAll the love you have given to the wrong peopleâit will find its way back to you.â
8K notes
·
View notes
Text
âNo fim nĂŁo hĂĄ quem nĂŁo decepcione vocĂȘ.â
â Charles Bukowski.
83K notes
·
View notes
Photo
Sit down, everybody, sit down. Thatâs it. Now, presents. And a nice big box for Ron.
3K notes
·
View notes
Text
VocĂȘ nĂŁo gostava de pagode (se eu te mostrasse uma mĂșsica do Dilsinho, vocĂȘ respondia com Slipknot), sĂł comia comida de microondas, deixava o alarme tocar 30 vezes antes de acordar e quando levantava, nĂŁo arrumava a cama. A bagunça do teu quarto me irritava, vocĂȘ tinha obsessĂŁo por escovar os dentes o tempo todo, nĂŁo era fĂŁ de andar de mĂŁos dadas, nĂŁo jogava o lixo fora, usava o grill pra dourar peito de frango, nĂŁo sabia comprar uma garrafa de vinho, nĂŁo me contava sobre o seu dia ou me dava abertura para perguntar sobre a sua rotina e isso tudo sem contar aquela moeda de 25 centavos que ficou no chĂŁo do seu banheiro por umas trĂȘs semanas porque vocĂȘ era desleixado demais para tirar ela de lĂĄ.
Eu realmente nĂŁo sei como eu pude um dia me apaixonar por vocĂȘ. Como eu pude um dia me envolver com alguĂ©m assim... E sĂł de pensar que vocĂȘ sequer pegaria essa referĂȘncia, eu tenho uns 5 tipos de surto.
Eu nĂŁo queria me apaixonar por esse caos que era vocĂȘ.
Eu nĂŁo queria gostar de ouvir Slipknot sĂł para ter o que conversar contigo, de te chamar de hipĂłcrita quando vocĂȘ pegava a minha mĂŁo e entrelaçava na tua a caminho do almoço, de rir das tuas carteirinhas antigas, do chapĂ©u do barril 8000 e dos 5 isqueiros que ficavam jogados pela sua mesa, de como vocĂȘ temperava a comida de bonĂ©, chinelo e camisa aberta tentando me convencer de que cozinhar no grill era super prĂĄtico, de escovar o dente mil vezes fazendo caretas no espelho com vocĂȘ atrĂĄs de mim, de ter que abrir uma garrafa de vinho com um alicate e um prego, de ver o muro que vocĂȘ construiu Ă sua volta ruindo enquanto vocĂȘ chorava na cama e me contava a histĂłria do seu avĂŽ paterno e de sorrir toda vez que eu ia ao banheiro e ficava olhando aquele caralho daquela moeda de 25 centavos no chĂŁo.
Eu nĂŁo queria nada disso. Mas, principalmente, eu nĂŁo queria que as coisas tivessem terminado como terminaram.Â
VocĂȘ sabe que a gente ainda tinha mais pra viver, nĂ©? Sabe que eu fui embora querendo ficar? Sabe que eu chorei horrores e perdi 4kg em 3 dias depois que acabou?
Hoje eu jĂĄ consigo falar de vocĂȘ sorrindo, mas tem tanta coisa guardada que ainda me consome... Tanta coisa que eu queria ter dito, tanta coisa que eu queria ter feito, tanta coisa que eu nunca admiti.
VocĂȘ foi uma lufada de ar fresco. Eu, que jĂĄ tinha decretado que nunca ia encontrar alguĂ©m que unisse tudo que eu queria, te conheci sĂł pra morder minha lĂngua, sĂł pra entender que eu nĂŁo preciso me contentar com pouco, sĂł pra perceber que tem mais lĂĄ fora do que relacionamentos lixos.
VocĂȘ tinha um pouco de tudo.
Depois de uma viagem forçada a TeresĂłpolis, um jogo de 21, uma noitada no Paradise, muito ĂĄlcool, alguma insistĂȘncia da Jade, 8 fodas em uma noite, a nona vida de Louis Drax, alguns dias no seu apartamento e muitas ouvidas em âTempo de Amorâ do Baden Powell, eu me permiti gostar de vocĂȘ.Â
Com todos os meus medos.Â
Com todos os seus defeitos.Â
Com todas as minhas cicatrizes.Â
Com todas as suas qualidades.
3 meses e algumas bocas depois eu ainda me pergunto se a tua mesa branca bagunçada continua no canto do quarto, se vocĂȘ parou de fumar como disse que faria, se o teu artigo sobre a criação de concreto a partir de material reciclĂĄvel foi publicado, se o teu chefe continua enchendo o teu saco, se vocĂȘ aprendeu a ler rĂłtulos de vinho, se ainda janta hot pocket, se olha pras minhas fotos e tambĂ©m tem saudades do que nĂŁo fomos.
Eu ainda me pergunto se vocĂȘ sente falta de perder a hora (apesar dos 30 alarmes) sĂł pra poder ficar mais um pouco no meu abraço, se queria ter descido atĂ© a portaria mais uma vez pra liberar a minha subida e se ainda pensa em mim.
Eu penso.Â
Em vocĂȘ. Em nĂłs. Em tudo.Â
E volta e meia me pego repassando mentalmente a lista das tuas imperfeiçÔes sĂł pra nĂŁo te ligar. SĂł pra nĂŁo te perguntar se tambĂ©m tem alguma coisa presa na tua garganta, se vocĂȘ queria ter feito diferente, se vocĂȘ quer tentar de novo.
Eu chego de uma festa ou de um encontro, tomo um banho, sinto sua falta, sento na minha cama, puxo meu celular, entro na tua conversa, esboço mandar uma mensagem despretenciosa cheia de segundas intençÔes e me forço a pensar em como vocĂȘ nĂŁo gostava de pagode.
Mas não precisava gostar também...
No fundo, vocĂȘ sĂł precisava gostar de uma coisa pra me fazer ficar:Â
de mim.
0 notes
Text
Eu acordo decidida.
Tomo um banho, passo um blush, seco a franja com secador, coloco a calça jeans, uma blusa branca, meus tĂȘnis favoritos e jogo uma manteiga de cacau que deixa a minha boca rosada dentro da bolsa.
Me olho no espelho, respiro fundo e antes de sair pela porta, pego a chave do carro.
Entro no elevador e reparo o quanto estou nervosa. Eu deveria ter tomado cafĂ©? âNĂŁo, JĂșlia. Melhor assimâ. Minhas mĂŁos suam. Subsolo. Destranco a porta do carro, sento no banco do motorista e jogo a minha bolsa no chĂŁo do carona. Repouso as duas mĂŁos no volante, repassando meu plano mentalmente.
Respiro fundo. E de novo. O meu relĂłgio marca 9h05min.
Coloco o cinto e giro a chave na ignição. Quando jĂĄ estou na linha amarela percebo que nĂŁo liguei o rĂĄdio. Começa a tocar Nando Reis e eu penso em nĂłs dois. Como sempre. Canto "N" e mais uma coletĂąnea de outras mĂșsicas enquanto dirijo.
Entro na serra.
Ă jogar no escuro, eu sei, mas nĂŁo tenho mais para onde ir. NĂŁo sei onde mais poderia te encontrar. VocĂȘ pode estar literalmente em qualquer lugar do mundo e eu nĂŁo sei mais nada sobre vocĂȘ. Seus pais podem ter se mudado, vocĂȘ pode estar noivo, seus avĂłs podem ter passado a me odiar...
âSĂł vou saber se tentarâ, eu penso enquanto calculo se tenho tempo suficiente para ultrapassar o caminhĂŁo que estĂĄ logo a minha frente antes do carro preto que vem na faixa contrĂĄria chegar perto demais.
22 anos, recĂ©m formada, com a carteira desde os 18, mas sĂł comecei a dirigir hĂĄ alguns meses. âE por causa de um sonhoâ eu penso e rio comigo mesma.
Resolvo esperar outra oportunidade para deixar o caminhão para trås. Não sei calcular esse tipo de coisa e também não estou com pressa.
âE se vocĂȘ nĂŁo quiser me ver mais nem pintada de ouro? E se for tarde demais?â O caminhĂŁo cai para o acostamento. O motorista bota a mĂŁo para fora e me manda passar. Acelero, caio para a esquerda e quando volto para a minha pista, dou uma buzinada cordial. 15 minutos depois o trĂąnsito para.
Meu pai falou algo sobre a serra estar em obra. Deve ter um siga e pare à frente. Me olho no espelho do motorista e acho que tÎ até apresentåvel. Aproveito para pegar minha manteiga de cacau dentro da bolsa.
Opa, o carro da frente andou. Sigo em frente, passo pelo garrafĂŁo e, finalmente, chego na cidade.
Espero que vocĂȘ esteja em casa.
Entro no seu condomĂnio suando frio, paro em frente Ă ladeira da propriedade dos seus pais. Saio do carro e ainda sem bater Ă porta, te ligo, olhando para a sua varanda. VocĂȘ demora a pegar o telefone.
2, 3, 4 toques.
Me arrependo de ter vindo.
âEstĂșpida! Onde eu estava com a cabeça?â
VocĂȘ atende.
- AlÎ? - meu coração para. Demoro alguns segundos para responder.
- Oi. SerĂĄ que a gente pode conversar?
- Aconteceu alguma coisa?
Tomo coragem.
- Eu estou em frente Ă sua casa - falo tĂŁo rĂĄpido que perco o fĂŽlego - quer dizer, nĂŁo sei se vocĂȘ ainda mora no mesmo lugar ou se sequer estĂĄ no seu quarto, mas se vocĂȘ estiver...
A cortina se move e eu consigo te ver de relance com o celular encostado na orelha, a calça de moletom que eu costumava roubar para dormir e uma camisa branca. Tudo que eu consigo pensar enquanto aceno Ă© que vocĂȘ Ă© muito mais bonito do que eu me lembrava.
Ouço o barulho do fim da ligação e a cortina volta ao lugar. Os segundos seguintes pareceram horas enquanto eu me pergunto se vocĂȘ vai ou nĂŁo aparecer na porta.
Eu entenderia se vocĂȘ simplesmente bloqueasse o meu nĂșmero e fingisse que eu nunca estive aqui.
Cerca de 154 anos depois, vocĂȘ sai pela cozinha.
Eu sinto vontade de gritar e pular e xingar: PUTA QUE PARIU. VOCĂ VEIO.
Bato a porta e tranco o carro. Começo a andar na sua direção.
Estou perto da traseira quando vocĂȘ chega ao final da ladeira, para a 1 passo de mim e me pergunta o Ăłbvio:
- O que vocĂȘ tĂĄ fazendo aqui, Ju?
Eu nĂŁo ensaiei o que tinha a dizer atĂ© porque nunca fui esse tipo de pessoa. Eu nĂŁo funciono bem com roteiros ou scripts, vocĂȘ sabe.
Todo e qualquer trabalho da escola ou faculdade funcionava na base do improviso para mim: eu estudava o suficiente para me sentir segura sobre o assunto, entĂŁo chegava na frente da turma e falava.
Pois bem. Eu juro que tÎ mega estudada aqui na sua frente e não poderia estar mais certa do que eu tenho para te dizer. Tomo fÎlego, tiro as mãos dos bolsos de trås do jeans e começo:
- Eu sei que eu estou alguns anos atrasada e que eu te magoei demais. Desculpa por isso. Eu sei que eu fui escrota, babaca, sem coração e eu nunca vou me perdoar por aquela noite em que dormimos separados no seu apartamento em NiterĂłi. Mas eu sĂł queria te dizer que ainda Ă© vocĂȘ, Ber. VocĂȘ foi o meu melhor amigo e o meu maior companheiro. Eu penso em vocĂȘ quase todos os dias. E nĂŁo, nĂŁo Ă© porque eu estou sozinha ou porque eu estou carente. NĂŁo Ă© tpm ou mercĂșrio retrĂłgrado, eu vim aqui te dizer o que eu tinha que ter dito hĂĄ muito tempo: eu fui burra em ir embora. Eu nĂŁo quero alguĂ©m para deitar do meu lado e me fazer carinho. Eu quero vocĂȘ. Especifica e impreterivelmente. Eu quero andar de mĂŁos dadas, ler livros deitada no seu colo, te fazer carinho atĂ© vocĂȘ dormir no meu peito, ouvir Supertramp e estender a toalha da sua mĂŁe na grama para a gente ficar lĂĄ juntos. Eu me arrependo todo dia de nĂŁo ter insistido em nĂłs dois. De nĂŁo ter ficado um pouco mais. A gente merecia uma chance justa. Eu nĂŁo devia... Eu... Eu nĂŁo me importo com mais nada do que eu achava que nĂŁo podia viver sem. Eu nĂŁo quero tapa na cara e puxĂŁo de cabelo. Eu quero o que eu sĂł tive com vocĂȘ: eu quero sentimento, paixĂŁo, eu quero histĂłria para contar para os nossos filhos e netos. Eu quero a nossa primeira dança como casados, eu quero o teu suflĂȘ de queijo horrendo, eu quero dormir do seu lado e te acordar com cafĂ© da manhĂŁ. Eu nĂŁo sei onde eu tava com a cabeça... AliĂĄs, eu nĂŁo sei onde eu tĂŽ com a cabeça. Eu nĂŁo sei se vocĂȘ tem alguĂ©m, eu nĂŁo sei nem se eu devia ter vindo, mas eu nĂŁo podia continuar me perguntando. Eu precisava saber... Eu precisava te perguntar se ainda existe alguma possibilidade de nĂłs dois darmos certo. Porque eu nĂŁo me vejo com mais ninguĂ©m. Porque eu choro toda vez que vocĂȘ posta um caralho de uma foto no Instagram e eu percebo que nĂŁo sei mais nada sobre a sua vida...
Dou uma pausa para botar os pensamentos em ordem. Tem um nĂł enorme na minha garganta e eu sei que tenho que concluir logo meu monĂłlogo antes de desmoronar:
- Eu quero mais uma chance porque eu ainda te amo.
Te encaro por entre as lĂĄgrimas.
- Tem espaço pra mim, Ber?
Meu coração bate tão alto que eu consigo ouvi-lo na minha cabeça.
VocĂȘ abre a boca e fecha algumas vezes. Pensando no que dizer ou em como dizer. Eu te conheço bem demais, vocĂȘ estĂĄ pesando os prĂłs e contras de me deixar entrar na sua vida de novo. Eu sei que te arrasei por 2 vezes. Mais uma e vocĂȘ pede mĂșsica no fantĂĄstico...
VocĂȘ coloca as mĂŁos no bolso da frente da calça, fita o chĂŁo, respira fundo e quando olha pra mim eu vejo que seus olhos estĂŁo marejados.
- Ju, eu...
Meu despertador toca.
Vai tomar no cu!
Eu o que?
Eu nĂŁo te quero mais? Eu ainda te amo? Eu nĂŁo acho que tenho como arriscar me machucar de novo? Eu quero tentar mais uma vez?
Fico um tempo deitada na cama, processando meus sentimento. NĂŁo foi sĂł um sonho. Faz semanas que vocĂȘ tĂĄ na minha mente...
Me levanto, lavo o rosto, bebo uma ĂĄgua e pego minha caixinha de lembranças. O anel que vocĂȘ me deu ainda estĂĄ por aqui, nossos ingressos de cinema, um ramo do buquĂȘ de flores que vocĂȘ me deu quando me pediu em namoro e as nossas fotos da cabine do shopping.
Quando foi que deixou de ser fĂĄcil?
Sigo o conselho da minha prima e começo a me lembrar de todos os porquĂȘs de eu ter terminado. Cada vez a lista parece mais fĂștil e vazia.
Eu devia ter ficado mais um pouco. Devia ter tentado mais.
Eu nĂŁo devia ter bebido aquelas skol beats e falado tudo que eu te disse.
Merda! Eu me odeio tanto pelo que eu te fiz passar. E vocĂȘ nĂŁo merecia...
Não é justo nem cogitar voltar para a tua vida. Não é justo nem sonhar que eu apareço na tua porta.
VocĂȘ merece ser feliz e eu nĂŁo acho que posso mais cumprir esse papel.
Deve ser uma mistura de mercĂșrio retrĂłgrado e tpm. Eu tĂŽ carente. Ă sĂł isso. Vai passar.
De qualquer forma, escrevo meu primeiro texto pra vocĂȘ e mando uma mensagem para minha tia:
- Oi, Dani! Se importa de me passar o contato do seu instrutor para condutores habilitados?
O resto eu vejo depois que mercĂșrio voltar ao normal.
0 notes
Text
âAdeus, vou sentir muita saudade. Depois, menos. E depois, nada.â
â Os Simpsons. Â
94K notes
·
View notes
Text
Truth is, I miss us. I miss what we had. Even after so long, even though it lasted so little. Youâll say that we werenât meant to be, but maybe, just maybe we were and we didnât realise it.
Excerpt from a book Iâll never write.
1K notes
·
View notes
Photo

Leonard Whiting as Romeo in Romeo and Juliet (1968).
Dir: Franco Zeffirelli
255 notes
·
View notes