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Tanto faz

Suas músicas, seu mundo é tão pequeno

Mal cabe você! então, porque insiste em me convidar pra conhecer?

O tapete da sua série favorita, o sofá vermelho com marcas de cigarro, sua xícara indiana com uma lasca na porcelana, o retrato na cabeceira e sua loção de barbear que continua com o preço do mercado.

Agora que eu decidir partir surgiu espaço nas gavetas.

Eu quis tanto conhecer seu mundo um dia mas, você mal consegui abri a porta do seu coração mesmo sabendo que sou quem a bate.

Decidir partir. Mas, você vem com aquele papo que sente saudade da mobília que enfeitava a sala de estar

Antes esquecida agora nostálgica.

Algumas coisas demoram a apodrecer como frutas na mesa da cozinha. Algumas coisas apodrecem na mesa da cozinha como frutas frescas na fruteira.

Espante as mosca varejeira menino!

Tem sacolas pretas na porta de cima do armário. me descarta como algo que desistiu.

Aproveite que é dia de coleta e faça a faxina foi o que me disse.

Sua ideologia, seus discursos são tão vibrantes que contagiam todos que ouvem.

Mas, eu conheço seu coração e sei como você abre a geladeira várias vezes porque esqueceu o que realmente queria.

Você faz tantas promessas que me lembra suas jarras de água que estão sempre secas ou suas plantas triste na janela disputando atenção com o seu cinzeiro é uma fresta de luz de cinco minutos por dia.

Eu quis tanto fazer parte da sua vida mas eu não aguento mais ficar como sachês de porta de geladeira

Eu até acho que você sente algo mas, não o suficiente para a segunda escova.

Eu tentei esperar o seu tempo mas levou tempo de mais meu. Perdão, mas não quis ficar.

Eu decidir, deixar seu coração que já andava cheio demais. Espero que ajude a liberar memória do seu iPhone com as lembranças que eu achei realmente que eram importante.

agora, você vai ter o seu mundo inteiro.

Seus amigos, suas festas, contrastam com o espaço que me pedia então, não precisa se esforçar mais. Fique com o seu mínimo.

Estou de trancas novas então, jogue as chaves fora! Ela já não me serve mais. Não, que eu não confie em você mas, mudei as reservas de lugar, continuo aqui mas algo mudou.

Pintei as paredes, mudei os móveis de lugar, decidir abrir as janelas para arejar

Já não preciso colar pastiches no espelho pra ser lembrado quando você se olhar ou ser o E-mail da sua dívida do cartão de crédito que todo dia chega para lhe cobrar.

Tenho prioridades agora

Comprei um ukulele e estou aprendendo a tocar no final das contas

Eu me esforcei tanto pra ser um tanto mais até entender que na tua vida eu sou apenas era um tanto faz.

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Clareza

Eu sou uma versão nova de mim mesmo

A cada encontro eu me re moldo

Assim, talvez eu tire suas borboletas do casulo

Eu sinto saudade de sentir o frio mesmo eu que eu tenha tirado tantas vezes as roupas

Não tenho problemas em ser o vilão, mocinho ou judas

Des de que eu faça parte da história

Eu tenho muitos arrependimentos mas nenhum foi sobre a gente eu tentei a até não conseguir continuar

E horrível perceber que todos os anos foram jogado fora

E horrível perceber que nós deixamos a nossa melhor era para trás.

Eu prometi a mim mesmo não ser frágil e estúpido como já fui antes

Eu sei que te mostrei as portas do paraíso mas, eu também sei que fiz um mar a perder de vista de insegurança na tua cabeça.

Talvez eu tivesse que ser mais do que fui. Mas, eu era imaturo demais na época para ver com clareza você.

Agora eu vejo.

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Covarde

E engraçado como posso ser uma muralha de pedras e um castelo de cartas

Eu sempre me protejo mas me vi no chão com um assopro

Eu sempre me cerco de pessoas que não estão realmente preocupada comigo.

mas, me querem no grupo assim, nos divertimos juntos e assim, nos escondemos na multidão

Eu ainda odeio ter sido visto tão bem.

Minhas verdades foram expostas mas, eu decorei o desenho das suas íris quando fecho os olhos.

cada traço, cada aquarela de castanho dourado.

Eu sei que eu afasto as pessoas mas dessa vez eu só quero que me puxe pra perto e tão próximo que quero dançar com você batidas dos nossos coração acelerados

Toda essa proteção fazia sentido até eu te conhecer agora tudo parece ser uma perda de energia não me deixar envolver

Eu sou um grande covarde!

Foi o que me disse.

Mas, eu sou daqueles que amam a grama do vizinho e sempre procuro algo que não posso ter até descobri que já tinha.

Eu sempre me protegi dos erros

Agora eu só quero errar com você

Ainda dá tempo ?

Se existe uma bandeira branca que possa nos apaziguar me chame pra guerrear

Se existe um sinal de paz vamos quebra o acordo porque eu invejo aquele que possa tomar o meu lugar na tua vida então querido, me ame com a tua reciprocidade quero viver isso. eu quero ser esse alguém então, mesmo que eu esteja indo contra tudo que preguei

Me segure pelo braço e não me deixe partir

Porque como você disse: eu sou um covarde

Eu morro de medo de você ver o menino inseguro que vive dentro dos meus olhos cinzas escorregadio.

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Farol

Eu já estive com o sol na minha mesa.

Já me vestir de solidão e fiz uma foto no espelho

Assistir alguns mundos desmoronarem enquanto os o sol e a lua se alinhavam no céu

Já fui engolido pelas areias do tempo e esquecido no bolso de uma jaqueta jeans

Mas meus olhos castanhos continua castanho mesmo com tanto rancor desenhado nas minhas córneas e isso não me subiu a cabeça. Já pus os pés no paraíso e me joguei de lá só para ouvir o splash ao cair sei que não é saudável mas, esse seja só o meu jeito de me manter fora da lua.

Mesmo perdido eu continuo procurando o caminho de casa então, mantenho o farol aceso talvez, um dia eu ache a curva que nos perdemos.

Já fui o passado vivendo no presente e já estive naufragando em um mar congelado então, mantenha a esperança aceso quem sabe um dia a gente possa se reencontrar no mesmo horizonte sol rose que se escondeu depois das seis.

Já estive procurando amor em Vênus e cada suspiro de um apaixonado e pude sentir a crueldade da deusa então, só morri e morria sozinho na exílio Plutão no lado mais distante canto da sala ressoando notas que tentam traduzir o emaranhado hoje é concha fechada, Colar de pérolas , coração marisco.

Aqueles olhos cor avelã deliraram divino e foram sinônimo de arcanjo dourado protetor julgador frio e acolhedor veste seu manto.

agora consigo vê sua alma muito além da janela e um pouco mais de perto e tudo que meus desenhos desenham são formas gatunos preto de alma preto no olhar. avelã e a cor esgueirando no roda pé de um quarto escuro ancorado e arisco perdido nas suas desilusões.

Já estive com o sol na minha cama.

E já pintei de prata o céu de prata enquanto a lua explodia na minha coberta

Mas ainda estou na mesa de jantar um pouco entediado com tantas reticências. Você insiste em usar tantos espaços nos teus por que enquanto eu só quero alguém que os junte sem pensar.

porque eu cansei de ser ser o talvez de alguém eu quero alguém me escolha sem pensar muito

Então, quando eu vê seu farol ao longe eu saiba o caminho a qual não voltar.

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sinto saudade, mas não posso falar com você...

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Então em um certo ponto você tem que aceitar o fato de que não era pra ser.

poemasdocaos.

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Olhos tristes

Eu amo quando o vento toca o cabelo dele

É o jeito que me trás sua filosofia nas palavras.

pra mim é religioso o jeito que a fumaça escapa pelos seus lábios enquanto me prega Tulsa Jesus freak só assim posso te ouvir.

Ele me diz que pode ser o que eu quiser que ele seja. Adaptável e o nome dele. Mas, eu só queria saber quem és tu quando teus olhos tristes deixarem de ser eternos como tuas certezas e planos traçados de futuro se tornam espirais tão incertas e difícil de controlar.

Garoto dos olhos tristes o que esconde embaixo do olhar de névoa litoral.

Eu ouvir por meses aquela música do Cazuza e por quase um minuto me transporto para aquele dia nublado de fevereiro onde a gotas caiam timidamente no céu mesmo, que isso seja vergonhoso de confessar. Isso, não quer dizer que eu te ame mas sempre tive curiosidade em saber onde isso poderia acabar se um dias tentarmos se um dia poderíamos ser eternos como meus avós.

Garoto dos olhos triste, sei que tu nem lembra mais daquele dia em junho onde era apenas nós e as ondas do mar. Confesso que muitas coisas o tempo apagou mas, o céu do entardece ainda é minha cor favorita de se olhar pois, o céu da minha cidade pode ser místico se teu corpo energizar.

Eu que sempre me vi agitando globos de neve para passar o tempo me sentindo paradoxalmente instável. Vejo novas versões de mim mesmo com nomes diferente vivendo caos e calmaria enquanto você foca no futuro esquecendo o presente sumindo no tempo espaço como fumaça densa perdendo forma e matéria enquanto uso uma argola dourada que não combina com os conjuntos que carrego na orelha.

Obrigado garoto dos olhos mais triste que já sentou na mesinha de um bar comigo! Foi no castanho escuro dos teus olhos que vi o quanto perdido estou em mim. Pois, tudo que se aproxima eu afasto mas, sinto que com você foi diferente sempre nos reencontramos nas voltas que a vida dá. E toda vez que um sorriso meio sem jeito nós escapa é uma saudação de “oi “ vem ao nossos reencontro sinto o pesar de não termos vivido algo que não sei nomear.

Não te dei adeus na primeira vez, não te dei adeus na segunda vez, nunca te dei adeus. Talvez sad eyes não seja eu que trará a manhã pra teus olhos mas, estou feliz de ser alguém que te espera na praia que sempre chove quando te vejo.

Garoto dos olhos tristes não sei quando te verei novamente mas, sei que verei em uma das voltas que a vida dá. Não sei como estarei no futuro mas, sempre estarei torcendo pra sua névoa da alma decepar.

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FONTE DO DESEJO

Eu joguei minhas últimas moedas na fonte de desejos e pedir a Deus um pouco de fé um pouco de esperança. Pois, eu perdi a felicidade eu perdi a fé eu me perdi mim mesmo.

Uma taça de vinho eu sinto a vida voltar isso é, pouco de energia me recarregar.

Rescrevo minha vida, borrando memórias e riscando feridas me protegendo em muralhas me escondendo em couraças seguras.

Dias ruins fazem parte. Mas, uma vida triste eu não desejo ter.

Um pouco de fé, um pouco de vida.

Gotas de serotonina na veia fazem meus olhos brilhar.

O tempo não volta atrás. Mas, a quilometragem sempre continua contando. Queria me livra das feridas mas, hoje tenho ciência que elas fazem parte de mim assim, como todas as tatuagens que fiz de lá pra cá. Tenho tantas novas e tantos novos significados e novas histórias um pouco mais maduro aprendi a respeitar todo furacão que destrui e constrói a minha alma.

Melodia e melancolia abalam o que gosto de ouvir um som meio agridoce e não agradecido talvez, esperando um momento certo de enxurrada passar e com todos meus demônios que eu escondo em uma gaveta com chaves faça a sua raiva e rancor recuar.

Estive aguardando as cinco da manhã

Pois, eu sei que os raios vão me iluminar o lado mais obscuro do meu coração e todas as sombras de um passado tenebroso eu vou deixar para lá.

Só queria um pouco de fé em mim mesmo e nas pessoas que me cercam mas tudo que vejo são lamparinas escuras em uma rua histórica escondendo toda beleza de traços azuis coloniais assim como vejo almas apegada se ofuscando em meio de luzes artificiais.

Eu queria um pouco de fé um pouco de graça.

Eu que nunca rezei

Me vejo segurando em uma fé que não me pertence de um homem que pode ser cruel com suas palavras brandos e amigável tal forma meticulosa como carrasco guaiando com seu dedo o rebanho para um palanque. De olhos fechados vejo todos caírem na crueldade de Caim em um abismo em nome de um falso Deus.

Ele deu a outra face tudo que penso e revidar a violência ao meu corpo com um soco.

Eu queria um pouco de fé. E talvez, ser evoluído um pouco iluminado mas, isso é algo difícil quando se perde a esperança em si próprio.

Um pouco de fé, um pouco de álcool uma dose de sacáramos preso a um salmo.

Eu joguei minha última moeda na fonte do desejo e cruzei o dedo com fé.

“ querido pai, eu que nunca quis continuar te pesso mais alguns anos. Sei que nunca fui um exemplo com minhas carteiras de maulboro e todos os corações que eu partir no caminho”

Mas eu ainda tenho tiquinho de fé quando vejo as estrelas e todas as histórias que elas tem a contar todas as poesias que posso ler e todos os momentos patéticos que eu quero esquecer.

Eu quero acreditar na fé, na cura, no transcender quero que minha última moeda que fazem ondas na água agitar me devolva a fé que eu pedir em mim mesmo, no tempo e no processo.

Em fim meu desejo e fé.

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Relógio

Nos conhecemos no finalzinho de dezembro, você foi como um presente de natal e desde então te amei em todos os meses do ano. Te amei até mesmo quando não sabia que te amava, até aquela ligação que você me perguntava do porquê brigávamos tanto e eu confessei que estava completamente e perdidamente apaixonada por ti. Logo em seguida desliguei a ligação covardemente, é o que você certamente diria. Como confessar seu amor à uma amizade sem medo de sua reação? Como? Tinha medo da sua rejeição, medo de não haver reciprocidade, mas felizmente tinha. E entre idas e vindas te esperei incertamente. Era incerto o tempo, era incerto o espaço, era completamente incerto que você voltasse. O relógio parecia não trabalhar ao meu favor e se passaram segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses. Mas eu fiquei quietinha na solidão a te esperar embaixo de chuva, na tempestade e o arco-íris não aparecia lá fora tampouco dentro de mim. Me vesti de cinza e preto, me revoltei tanto, fiquei envolta à crises existenciais. Mas foi inevitável ver o seu contato a aparecer como chamada em meu visor e acho que quando seus demônios aprendem a dançar com os demônios de outra pessoa, um tipo de elo se cria. E boba continuo a te amar em todas as estações e em todos os meses do ano. Tomo um gole de água, mesmo sabendo que você é boa em confeccionar bebidas, mas é ruim em ser sábia em suas palavras, apenas com receio que um dia você acorde e me envie uma mensagem de que não esteja certa sobre nós. O que seria então a certeza sobre a sua incerteza? E a minha certeza sobre você não valeria de nada? Afinal, o meu final não deveria ser o de te ver longe ao invés de caminhar ao seu lado. Mas ficarei feliz de ver suas pegadas na areia irem longe. Aplaudirei seus progresso, mesmo o relógio sendo contra mim ao invés de ao meu favor. Que pena, amor, que pena. Porque eu te amo, sabe? Só por favor, enquanto me quiseres, enquanto ainda me quiseres, deixe-me saber, deixe-se estar e me olhe com carinho e devagarinho, deixe-me ouvir sua respiração e detenha essas horas, meu caro relógio, para nós nos fazermos eternas nessas horas infindáveis.

— Jessy em Relicário dos poetas.

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Final de semana

Mais um final de semana chegou

me sinto um copo vazio

Uma festinha não mata ninguém

Disse alguém que luta

pra as luzes não apagarem

Odeio esses dias que me sinto um herói

Quando discurso

É uma piada quando o álcool

Saia do meu corpo

Sozinho eu sou meu monstro

E confuso lutar contra si mesmo

Meu maior sabotador sou eu

Então , só abracei a noite

Só dei nome a minha solidão

Queria deixar meu caminho

Aonde você perdeu sua alma

Doie tanto o silêncio

Então eu escolhi ocupar

Minha cabeça com a batidas

De musiquinhas divertidas

Que me deixam temporariamente

Divertido

Eu conheço desconhecidos

Que não lembro o nome

Uma boate cheia e uma alma vazio

Eu mudo o meu próprio nome.

Final de Julho dava sinais

Que eu seria sua canção de dor

Agora você foi minha canção de dor em Agosto

You Know I'm No Good eu deixo tocar

milhões de vezes e milhões de vezes

Eu demorei muito derramar minha lágrimas

Até não aguentar mais o nó na garganta e desabar

Minha mãe nunca soube o porque da crise

Mas, entendeu o meu coração partido que

Meu orgulho não me deixa pronunciar

Eu tentei ser forte e fracassei

Agora fumo cinco março

Por que eu escolho está falsamente leve

Mesmo sendo o novo Atlas pra mundo.

Mais uma sexta chegou em setembro

Me sinto bonito no espelho

Meu nome é dos meus amigos a lista estão

marcamos de nos destruir um pouquinho

Um tiquinho de inconsequência

De borrões que me fazem ser jovens para sempre

Até o efeito acabar

Estive bebendo até o final da festa

Um minuto pro final é a saideira nunca é a saída o depois da última tem a próxima.

Queria cruzar o seu olhar e sentir frio novamente

Mas a solidão é tão aconchegante atualmente

E o preto me caie bem uma vez você me disse

Estou continuo vivendo meu luto

Só não sou o mesmo

Agora tenho um olhar frio e malicioso como as noites de um final de semana.

Qual mal isso tem ?

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“Me esgotar depois fazer terapia”

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Conselho de vó

Eu me sentir um lixo por tanto tempo tempo

Fui meu fracasso por tantos meses

Que não sei quando isso começou

Eu não sei quando.

Só passou!

-O amor não é algo que se dá na mão de alguém.

Agora entendo!

A frustração nos olhos da minha avó

quando ela falava do seu único amor.

Agora sinto o sabor e a dor amarga

Do amor rancor que ela guardou e trancou

-Amar alguém tão cegamente te muda um pouco.

Isso foi um fato!

Eu poderia falar que nunca mais.

Mas, nunca seriei tão vulnerável novamente

Eu brindo!

Pois, eu sou a água que virou vinho

E não iremos brindar isso.

Eu enterrei o que restou do meu coração

Tão fundo em labirintos

Que agora nem eu mesmo sei o caminho

Da marcação do “x” que foi perdido

Mas, cigarras sempre voltam a superfície

Pela última vez

Cantam por amor

E morrem depois do amar.

Eu me sentir incompleto por tanto tempo

E vazio por tantas semanas

Que eu só me acostumei com a acústica

Da sala vazia e os o eco da minha voz

Que recuam e ricocheteia

Sentenças e afirmações

Desferidas como armas na cabeça

Na acústica ruída de um coração salão.

-O coração não é algo que se dá na mão de alguém.

Agora entendo!

A dor dos relatos das Marias

Quando não se tem âncoras no porto

Tudo que se embarca nesse mar

São a juventude, despedida e lenços úmidos e lembranças

Tantas são elas Marias desiludidas Mariazinha agora mulher

Que navios não mais vê

Dona Maria hoje mulher de alguém

Oh Deus! adeus Príncipe de Asturias afundou

Foi-se em bronze mar.

E levou o amor falecida Maria.

Viver tão cegamente um romance

Me deixou meio míope pros fatos

Isso é um outro fato!

E difícil prever o futuro

Mas é fácil afirmar certezas

Já me chamei de Lázaro o lazarento

No intuito de me auto machucar

Mas me desatei do passado caminhei pra fora

Desse lugar

E Lázaro o lazarento voltou a andar.

Não tenho mais o intuito de romanizar a tristeza enfeitando a dor com oníricos “se”

Mas, não posso esquecer

das fitas que amarrei pra São José de Ribamar

Pedindo um milagre para o

Meu coração viciado em vaguear

Que insiste nos mesmos erros

Amores de beira-mar.

[trovaosad]

Cajueiro

Eu viajei para tua praia deserta

E lá coloquei meu nome em baixa do teu

No cajueiro esquecida pelo mundo.

E toda vez que você for ver a beleza

Da sua ilha esquecida pela tempo

Vai lembrar!

Sei que vai lembrar de como éramos

Jovens, destemidos e aventureiros

Apenas dois babados em uma ilha esquecida pelo mundo mas, você não pode me esquecer

Porque meu nome está embaixo do teu

Na sua ilha

Eu viajei para sua refúgio

E lá reviver momentos

que não podem ser revividos.

Sua ilha continua deserta

Assim como nossos corações

Mas aquela árvore carrega nossos nomes

E meio clichê mas aquela árvore pode ser nossa tattuagem que nunca fizemos.

E toda vez que você for ver a beleza

Da sua ilha esquecida pela tempo

Vai lembrar!

Sei que vai lembrar de como éramos

Jovens, destemidos e aventureiros

Apenas dois babados em uma ilha esquecida pelo mundo mas, você não pode me esquecer

Porque meu nome está embaixo do teu

Na sua ilha

Não me esqueça!

Assim como o mundo fez com seu paraíso.

Já não seguimos a lua ou o sol

Mas, eu sei que no meio do mar

Existe um cajueiro com nossos nomes

E eu sei

que existe mágoa nascida em setembro

E isso!

As ondas não podem levar

Eu cruzei o mar e pôs os pés na areia

Da sua ilha

Sei que sou querido na sua lembrança

Também sei que não sou bem-vindo

No seu paraíso

Mas, os momentos felizes

não podem ser esquecidos assim,

como sua praia foi.

E toda vez que você for ver a beleza

Da sua ilha esquecida pela tempo

Vai lembrar!

Sei que vai lembrar de como éramos

Jovens, destemidos e aventureiros

Meus melhores anos foram ao seu lado

E por mais que o amor tenha acabado

As lembranças ficaram em uma praia

No meio do nada.

Então, não se esqueça de mim

Porque meu nome está embaixo do teu

Em uma ilha deserta e todos as pessoas

Que virem o nosso nome naquele cajueiro

Vão pensar em dois bobos apaixonados

Esquecidos no tempo e perdidos no espaço.

[trovaosad]

Você é aquele pedaço de esperança que eu guardo comigo.

Amortangivel.

[trovaosad]

Dimensão

Respire fundo

Não deixe obsessão

Guiar seu checarás

Pra um lado escuro da força.

Respire um pouco mais

Mantenha á calma

E fique suave com o universo.

Eu acredito fielmente

Que o mundo da voltas.

Em uma delas vamos se cumprimentar!

Só que agora, seremos apenas estranhos

Eu deixei todas as memórias

Trancada a sete chaves

Na temperatura a baixo de zero.

Eu crio meu jardim

E vejo cristais de gelo florecer.

Na língua eu viajo

pra uma dimensão

Aonde eu só caminhe nas nuvens.

Aonde meu ombros não pese!

Toda vez que me sinto mal

Que algo me desalinhe

Eu viajo com língua.

Era uma vez um garoto

De olhos desconfiados e cabelos cacheado

Que deixou uma cobra

Habitar seu coração.

Agora seus olhos são amaldiçoado!

No final um cara arrancou a sua cabeça

E deixou o coração

Pobre garoto!

Era uma vez um garoto

De olhos solitários e um sorriso incompleto.

Que tinha alma pura

Mas, se deixou ser usado

até não se reconhecer

Agora tudo que toque quebra

Solitário garoto!

Sem cabeça e com o coração em pedaços.

Respire fundo

E não deixe o ressentimento

Definir a forma da sua alma.

Respire um pouco mais

E deixe a vingança ir embora.

Sinta o nirvana

Florecer aí dentro

Eu acredito fielmente

Que o mundo da voltas

Em uma delas

O que me deve! Será cobrado

E o universo costuma

cobra um preço alto.

Eu apaguei todas memórias e toda vez que penso em um rosto vejo um borrão sem forma certa.

Mas ainda sinto a dor quando toco

No lado direito do peito

Nos ug eu viajo

pra uma dimensão

Onde eu mantenha a cabeça no chão

E os pés nas nuvens

E as vezes que me sinto mal

Eu viajo de trem sem destino

Pra um dimensão menos arisca

Respire fundo

E deixe o passado no passado

Algumas coisas

Não velem a pena

Respire mais um pouco

Deixe o tempo agir

Eu acredito fielmente

Que o mundo da voltas.

Em uma delas eu vou te olhar nos olhos

E vou ter a certeza que só não era pra ser

Eu joguei todas magos fora

E deixei o universo levar embora

Até cruzar a linha do equador

Perdendo de vista no horizonte

Quando o sol se põe

Eu sigo o caminho das estrelas

Quando eu viajo com a língua

Construir uma casa

No caminho das estrelas

Aonde eu costumo meditar

Longe do mundo

Onde o portal que nos ligava

Não mais é um anjo

Assim, como consumava ser.

[trovaosad]

Um dia depois da quarta feira de cinzas

Queria acordar disposto

Mas, mal consigo sair da cama

coisas básicas

Tomar banho, escovar os dentes

Queria acordar feliz

Ter um dia produtivo

como um homem da minha idade

Mas, eu faço a sílaba e

eu mesmo caio nela

Estou me forçando a sorrir

Porque não quero falar do vazio

E assim vamos seguido!

Queria acreditar

Que o tempo cura

Mas, já se passou tanto

Eu continuo afundando

Estou me forçando em seguir

Por que eu sei !

que existem pessoas que querem me ver bem

Comemorar pequenos passos

E um péssimo

Jeito de continuar no mesmo lugar

Queria colocar uma roupa nova

E me sentir bonito e útil novamente

Como costumava ser.

Mas, eu só compro por impulso

E fico cada vez mais deprimido

Mais triste, mais vazio

Novas roupas, novo visual

Mas, mortalmente instável

Estou me forçando a continuar

Mas, alguns dias

são mais difícil que outros

E mais difícil ainda

Explicar à tristeza que me acolhe

E beija o rosto

Estou me forçando a evoluir

Mas esse papo de auto ajuda

Começou a soar chato e encher o saco

Eu sinceramente já não vejo

Tanta luz assim nesse túnel

Ou já passei tanto tempo na fossa

Que o fundo do poço

já não é mais tão fundo assim

Queria apenas apagar todas as memórias

Mas elas vem como flashback

Toda vez que eu fecho os olhos

Isso fode tanto minha cabeça.

Os gatilhos foram ativados

E aos poucos vou murchando

Eu só queria me desligar

E ficar san nem que seja por um momento

Sentir um pouco de paz

Estou me forçando a respirar fundo

Mas esse truque já não tem mais efeito

E se eu empurrar toda essa merda

Para debaixo do tapete

E fingir que nada aconteceu

Temporariamente funciona

Mas no fundo eu sei

E preciso guerreira lutas

Que me deixam exausto

Pra no final ganhar ou perder.

Estou me forçando a ficar bem

Porque é isso que as pessoas esperam

Mas ninguém me pergunta o que eu espero

Cansa depois de um tempo

Tanta esperança um monte de fé

Parando para pensar

O quanto e sobre agradar

E o quanto é sobre estar bem ?

Queria apenas meu velho sonho de volta

Uma cadeira de praia na varanda ao lado de um cinzeiro quase cheio sete gatos pela casa

E uma jiboia na sala e um abraço daquele que eu amava.

Eram coisas tão simples e serenos que eu alvejava

Mas foram excesso de simplicidade que mudou o incenso.

[trovaosad]

Música de amor nunca mais…