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VITOR KELLER
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Gosto de fotografar, gosto de filmar, gosto de dar notas, gosto de assistir, não sou especialista, apenas um cara que gosta.
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vitorkeller · 8 years ago
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Quando as Luzes se Apagam (2016)
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Você nunca teve tanto medo de escuro quanto vai ter ao final deste filme. E isso será graças à exploração da ideia central do filme: você só está seguro na luz. O filme de David F. Sandberg se sai muito bem na construção dos ambientes e como trabalhar um filme sobre o escuro.
Rebecca (Teresa Palmer) e Martin (Gabriel Bateman) são meios-irmãos que compartilham Sophie (Maria Bello) como mãe, esta que por sua vez, tem como “encosto” o espirito de uma estranha amiga da infância, a Diana (Alicia Vela-Bailey). Diana só aparece em ambientes escuros e some na luz, o que torna registrar sua presença nas câmeras um desafio, mas o filme brilhantemente usa luz de fundo e reflexos para dar forma ao monstro.
A ideia de um monstro que só aparece quando você está mais vulnerável é ainda mais aterrorizante quando passamos a perceber que nem em um ambiente iluminado você está seguro, pois onde há luz, há sombra e lá que Diana te espera. Seja o fundo de um armário ou embaixo de uma cama, o monstro está esperando para te pegar.
E mesmo sendo um filme de terror sobrenatural, Quando as Luzes se Apagam trazem um forte teor de trama psicológica ao relacionar a presença de Diana com a falta de estrutura emocional de Sophie, o que acaba sendo refletido na relação dela com Rebecca e causando preocupação no pequeno Martin. Entretanto, a explicação para como Diana se tornou o que é não é muito plausível e relacionável.
Como já dito antes, o ambiente escuro cria uma atmosfera tensa durante todo o filme, pois numa sabemos de onde Diana pode atacar e o que nos leva sempre aos sustos quando a mesma aparece para atormentar os personagens. David F. Sandberg trabalha muito bem a história assustadora que o filme propõe, mesmo usando o final esperado.
Com uma fotografia espetacular, especialmente quando passamos a ter a escuridão como base da cena, Quando as Luzes se Apagam brilha quando é colocado sob a luz negra, quando mesmo na luz, nos sentimos no escuro ainda. O filme usa como base o medo natural do escuro que o ser humano tem por ser necessitar da luz para entender o mundo a sua volta.
Nota: 3,5 de 5 Fantasmas com Sensibilidade a Luz
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Em Ritmo de Fuga (2017)
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O cenário é simples. Um carro, alguns iPods e alguns óculos escuros, e assim Baby (Ansel Elgort) está preparado para o que se sabe fazer de melhor numa situação que não gosta. Seguindo o ritmo da playlist de Baby, o filme alcança novas alturas além da estrutura clássica, que o tipo de filme que é, promete.
O filme já conquista o espectador na primeira cena, com uma corrida de tirar o fôlego pelas ruas de Atlanta para despistar a polícia. Aqui já começamos a ver com a música irá se misturar e ditar o ritmo do longa. Edgar Wright faz com que os sons do filme estejam sincronizados com as batidas das músicas, batida de mesa, deslizes no asfalto e até tiros de metralhadoras.
Apesar de ser um filme de assalto, Em Ritmo de Fuga também brilha com seu apelo romântico quando a garçonete Debora (Lily James) começa a tomar conta do coração de Baby. O casal funciona muito bem, inflados pela paixão de ambos pela música. Aqui temos uma exploração maior da excelente fotografia do filme, onde os espaços deixam de ser limitados entre o interior de um carro ou as pistas.
Ansel conduz o caráter de Baby com maestria, encarnando o tradicional bandido de bom coração que deseja sair dessa vida que lhe foi imposta. O pesado elenco que acompanha Ansel não fica para trás, destacando Jamie Foxx dando vida ao louco e inconsequente Bats. Ainda contamos com Kevin Spacey, como Doc, Jon Hamm e Eiza González, vivendo o casal Buddy e Darling, e a breve participação de Jon Bernthal como Griff, todos estes que dão personalidades únicas aos seus personagens e trazem riqueza a trama.
Mesmo tendo a história do ponto de vista e centrado em Baby, Wright consegue evoluir todos os personagens ao longo da trama, onde nenhum deles chega ao final do filme do modo que começou. Sendo quase um musical de ação, Em Ritmo de Fuga traz com excelência uma paródia dos filmes de assalto, onde nada e ninguém foge do exagero.
Nota: 4,5 de 5 Pilotos de Fuga
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Kiki – Os Segredos do Desejo (2016)
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Você já sentiu um esquisito por conta de algum fetiche secreto? Bom, em Kiki alguns destes fetiches mais exóticos são explorados em situações de casais da classe média de Madri. Tudo em forma de situações cômicas e em forma de esquetes.
A estrutura do filme separada em esquetes não quer dizer que temos uma história de cada vez, mas sim mescladas dentro do filme. Cada terço do filme conta o com terço correspondente de cada esquete, isso faz com que o espectador não perca o interesse no filme caso não goste de alguma esquete, seja por qual motivo seja. As esquetes possuem seus próprios dramas e fetiches, porém todos terminam seguindo o mesmo objetivo: não importa como você busca se realizar sexualmente, o que importa é seu parceiro estar em sintonia na relação e nesta busca.
Mesmo que a mensagem final pareça linda e louvável, devemos nos lembrar de que: “Os fins não justificam os meios”. O filme é uma comédia leve e divertida, mas tratar estupro conjugal como algo natural é um absurdo, não importa os motivos apresentados durante a narrativa. Em quase todas as tramas, o desejo individual está acima do desejo do casal, o que contradiz com a mensagem final do filme. É exatamente o tipo de mensagem que não deve ser passada nos dias de hoje.
Dentro das atuações no filme, podemos destacar Belén Cuesta, Paco León e Ana Katz, que dividem uma esquete, e Alexandra Jiménez. Onde podemos ver os personagens sendo mais naturais com seus desejos ou o descobrindo e aceitando. Porém, as atuações não suprem um defeito de um filme que trata de fetiches, que é ser um pouco purista na hora de retratar as cenas de sexo. Somente metáforas visuais são utilizadas e não temos uma complexidade moral maior ao retratar os fetiches mais “sérios”. Os fetiches às vezes parecem apenas acessórios para realizar o tom cômico das situações, e não o ponto central da trama.
Apesar de tudo isso, você já o filme australiano A Pequena Morte (2014) de Josh Lawson, não espere surpresas em Kiki, pois este é um remake europeu (espanhol). Muitas poucas coisas são alteradas e/ou adicionadas à narrativa já contada em A Pequena Morte, mas nada disso tira as qualidades que Kiki possui.
Nota: 3 de 5 Desejos Sexuais Diferentes
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Homem-Aranha - De Volta ao Lar (2017)
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Não existe lugar melhor no mundo para se estar do que a sua casa. Seguindo essa premissa, nosso querido Homem-Aranha finalmente volta para sua casa, como o título do filme diz. E com quem o criou no comando, o Amigão da vizinhança finalmente usa suas teias (e um pouco da tecnologia Stark) para levar seu filme ao topo.
Para começar, não precisamos passar pela mesma história triste da origem do Cabeça de teia. E já era para ser obvio que não precisamos disso toda vez que forem fazer um reboot do Homem-Aranha a cada alguns anos, essa história já faz, praticamente, parte do conhecimento geral do público. E ao invés do mesmo inicio contando a origem do herói, tivemos o momento para entender as motivações que levaram Adrian Toomes (Michael Keaton) a se tornar o Abutre, são motivações que podem ser transportadas para uma história real.
Como é bom ver o querido Homem-Aranha podendo ser verdadeiramente um adolescente, enquanto tenta se tornar um Vingador, ele deve lidar com a vida de comum de ser um adolescente. As ansiedades de um adolescente que quer crescer o mais rápido possível, que se sente maduro o suficiente para lidar com os “problemas de gente grande”, são situações por qual todos passamos quando éramos mais jovens, o que nos conecta tanto com o personagem. Muito disso é graças a atuação de Tom Holland, que consegue ser o inseguro Peter Paker na vida social e o superconfiante Homem-Aranha na vida de herói. Claramente conseguimos ver como um adolescente pode ser ainda mais inconsequente se tiver superpoderes, uma roupa super tecnológica e for muito inteligente.
A Marvel já havia acertado na apresentação do Homem-Aranha quando o mesmo fez sua estreia em Capitão América: Guerra Civil, e no inicio de De Volta ao Lar voltamos à sua participação na luta entre as duas facções de Vingadores, mas desta vez com um diferencial, vemos do ponto de vista do Aranha com um vídeo a la vlog de YouTube. Esse início também serve para trazer a memória do público que esta versão do Aranha não está em seu próprio universo particular, mas sim que ele está no universo cinematográfico da Marvel. E todo filme é baseado nisso, desde a presença de Tony  Stark (Robert Downey Jr.) e Happy (Jon Favreau), até a fonte da tecnologia do vilão, a tecnologia Chitauri, obtida nos destroços deixados após os eventos do primeiro filme do Os Vingadores. Um deleite para os fãs do UCM.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar é um dos melhores filmes do UCM, o personagem é entregue como esperávamos, temos um vilão com o qual podemos nos relacionar e a história possui momentos de real tensão. Este ano a Marvel já acertou em cheio duas vezes, esperamos que Thor: Ragnarok, em novembro, seja um terceiro acerto.
Nota: 4,5 de 5 Amigões da Vizinhança
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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O Círculo (2017)
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Em um futuro próximo distópico, Mae Holland (Emma Watson) é uma jovem pressa em um emprego sem muito futuro até o momento em que consegue uma vaga na mega empresa The Circle. O filme se torna interessante ao abordar temas que estão presentes no nosso dia-a-dia e criando uma discussão em cima disso.
O filme gira em torno da discussão sobre privacidade e dependência das redes sociais, aqui representada pela TrueYou da The Circle, que é algo com o qual conseguimos nos relacionar diretamente. Também temos uma discussão de como as pessoas estão enxergando as grandes companhias, a The Circle tem elementos da Apple, da Google e do Facebook.
Temos um elenco riquíssimo em talento com Tom Hanks, Karen Gillan, John Boyega, Ellar Coltrane, Patton Oswalt, entre outros. Porém a narrativa algumas vezes não sabe expor os personagens e manter suas ideologias alinhadas durante o filme, o que pode atrapalhar o nível de atuação do elenco. Mae aparenta sofrer uma lavagem cerebral, mesmo após os contatos com o personagem de Boyega (o personagem de oposição aos ideais da empresa), por exemplo.
Apesar disso, Emma Watson consegue transparecer quando Mae tem que disfarçar suas emoções quando passa a transmitir toda sua vida, a sutileza que transparece nas respirações e micro expressões é impressionante. Vale também destacar o discurso sedutor de Eamon Bailey (Tom Hanks), o CEO da The Circle, com Tom Hanks mostrando o carisma do personagem enquanto o mesmo manipula toda a sociedade para aumentar a influencia de sua empresa e produtos na vida da sociedade.
Algumas coisas não ficaram muito claras ou fizeram muito sentido na construção da trajetória de Mae na trama, ela não aparenta merecer toda a atenção que passa a receber desde que entra na empresa. E posteriormente ela também não possui uma construção para a reviravolta ao final, após a empresa afetar sua vida pessoal diretamente.
Mas ainda assim, o filme é extremamente interessante por te fazer pensar e questionar o caminho pelo qual estamos caminhando, sendo até mesmo influenciados pelas empresas que viram uma oportunidade de lucrar ao conseguir remover a privacidade das pessoas. Sendo atual e questionador, o filme consegue superar os problemas de desenvolvimento da trama. O Círculo merece ser assistido nos cinemas, especialmente para o que dedicam muito de suas vidas às redes sociais.
Nota: 4 de 5 Câmeras Indiscretas
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Um Instante de Amor (2016)
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Algumas vezes você se sente incapaz de conectar com o personagem principal do filme, esse pode vir a ser seu caso em Um Instante de Amor. Gabrielle (Marion Cotillard) é uma jovem do interior de França, em uma fazenda de lavanda, que não consegue segurar seus desejos sexuais e, por conta disso, suas atitudes.
Um dos problemas de se conectar com Gabrielle é entender o porquê de suas atitudes extremamente exageradas, onde na maioria das vezes ela está errada em agir de tal forma. Depois temos uma mudança drástica na dinâmica da personagem após seu casamento com José (Alex Brendemühl), tornando-a mais estranha do que já parece para o público.
Gabrielle e José estão em um casamento arranjado que não tem futuro, uma vez que ela faz questão de não ter uma boa convivência com seu novo marido e ele, por sua vez, é compreensivo com ela e a deixa ser “livre” com seus impulsos e desejos. O começo é muito extenso para tentar pintar ambos os personagens da forma mais clara possível antes de irmos para o ponto central da história. Quando finalmente chegamos a esse ponto, um terceiro personagem é somado a equação, o militar André Sauvage (Louis Garrel). Não se trata de um triangulo amoroso, pois José nunca esteve presente no coração de Gabrielle, enquanto André o toma por completo.
Porém, onde podia ser apresentada uma história de amor proibido, mas se torna a história da obsessão de uma mulher descontrolada e desesperada, fazendo Gabrielle parecer uma pessoa ruim e que está vivendo para ferir as pessoas a sua volta. Neste ponto já estamos torcendo por José, para que ele de alguma maneira consiga conquistar o feroz coração de Gabrielle ou que ele se solte do mártir de viver ao lado de uma mulher que o despreza. José acaba se tornando o herói inesperado.
O roteiro por ser um pouco arrastado e as estranhezas da construção tornam o filme um pouco cansativo, mesmo com as boas atuações de ambos os atores principais. Um Instante de Amor deixa a desejar por não conseguir trazer uma imagem melhor de Gabrielle para nós e por também não conseguir criar uma virada bem estruturada para o final.
Nota: 3 de 5 Loucuras de uma Mulher Impulsiva
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Mulher-Maravilha (2017)
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Depois do atrapalhados filmes que deram inicio ao seu Universo Cinematográfico, a DC acertou com maestria com o filme da heroína grega, a Mulher-Maravilha. E mais do que um filme para afirmar a qualidade dos filmes da DC, é o primeiro filme solo de uma heroína, a representatividade é o foco neste longa, uma vez que também temos uma diretora (Patty Jenkins) no comando.
A história de Diana (Gal Gadot) é contada com um flashback gigante a partir da ligação dele em Batman v Superman, e assim, logo somos apresentados à pequena Diana na ilha de Temiscira. Assim temos definido que teremos um filme de origem, para estabelecer o cenário e uma ligação entre a heroína e o espectador. Sabendo que o filme vai se passar na Primeira Guerra Mundial desde os primeiros minutos do filme, não temos muita enrolação até o momente em que Diana parte para o mundo dos homens. O breve momento em Temiscira busca mostrar como Diana se tornou quem é, contando a história das Amazonas e “apresentado” o vilão. A guerra chega até elas quando Steve Trevor (Chris Pine) cai de avião próximo a ilha.
A partir daí o filme evolui naturalmente a história, assim como Diana evolui ao entrar em contato com a realidade da guerra e conviver entre as pessoas comuns. A história é simples e linear, mas ao mesmo tempo criamos uma conexão emocional. Mulher-Maravilha não se passa num cenário frio e triste, como estamos acostumados com os filmes anteriores da DC, aqui temos um filme que abarca diversos momentos, temos drama, ação, romance, aventura e até mesmo fantasia. Temos até espaço para um humor que traz mais leveza ao filme e nos conecta ainda mais com os personagens e seus dilemas.
Apesar do filme não possuir atuações ruins do seu elenco, Gal Gadot mostra porque foi escolhida para ser Diana. Ela domina a personagem, e passa ser a cara definitiva da Mulher-Maravilha. O espectador consegue se conectar facilmente com a Mulher-Maravilha de Gal, ela possui empatia, é carismática e sua inocência inicial são os pontos chave para tal. Sua personagem é o ponto principal para as situações onde se faz a crítica e conscientização, onde o filme busca isso ao retratar todas as regras e falta de direitos que as mulheres sofriam na época, e alguma coisas que ainda estão enraizadas em nossa sociedade mesmo tanto depois.
Enquanto Diana forma alianças naturalmente e a construção dos mesmos no filme e simples, mas impactante, o mesmo não se pode dizer dos antagonistas. Falta motivação nos dois primeiros apresentados, eles já entram estabelecidos em seus cenários e não temos uma evolução no desenvolvimento dos mesmos durante o filme, eles se mantêm os mesmos até o final. Mas vale destacar que Diana em momento algum é uma vítima de seu vilão, ela é a arma para derrota-lo, ela não é uma criação dele, ela é o destino dele.
Mesmo que algumas vezes o uso do CG seja bem fraco, o filme é bonito e os cenários bem trabalhados e trazem a verdade de um cenário de guerra. Diana é o símbolo de que não devemos impor barreiras de gênero, porque pessoas obstinadas a vencê-las farão um trabalho muito melhor destruindo do que as que as criam.
Nota: 4,5 de 5 Amazonas de Temiscira
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Ex_Machina: Instinto Artificial (2015)
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Em uma casa isolada de um excêntrico gênio multimilionário, um jovem é o grande vencedor para participar de um projeto particular deste gênio. É um futuro que as vezes pode ser no ano que vem, não temos futuro distópico ou grandes tecnologias impossíveis para nosso momento. Em Ex_Machina temos discussões sobre o desenvolvimento da tecnologia e a moral humano pertente este avanço.
Nathan (Oscar Isaac) é o gênio por trás do desenvolvimento da inteligência artificial Ava (Alicia Vikander), que é sua busca pelo robô que será capaz de simular com perfeição um ser humano. Através de um concurso, Caleb (Domhnall Gleeson) vai até a casa isolada para testar Ava, encontrar sua falha. Então todo um jogo começa entre os três protagonistas, onde Caleb tenta se provar de valor para Nathan, uma vez que Nathan é o CEO da empresa onde Caleb trabalha, Nathan quer mostrar para Caleb o tamanho de uma genialidade e Ava quer enganar ambos.
Esse jogo de inteligência que se estabelece desde o primeiro encontro entre Ava e Caleb, sob a supervisão a distância de Nathan. Então, assim como os três personagens, começamos a questionar em quem podemos confiar. Esse conflito segue por todo filme, fazendo com que você passe sua confiança para outro personagem constantemente. Mas também não é apenas mentalmente que eles devem lidar um com outro. A sensualidade faz parte do jogo, e este é o motivo do robô ser uma mulher, isso faz parte de seu “arsenal” para persuadir seus opostos humanos.
O filme possui uma fotografia bonita combinada com efeitos visuais muito bem feitos, especialmente o corpo de Ava, que apresenta partes vazadas. A casa, apesar da alta tecnologia empregada, não causa nenhuma estranheza, sendo o cenário perfeito em seu subsolo, onde parece que eles entram em suas mentes para seus jogos. Ex_Machina é um dos melhores filmes de 2015 e vale a reflexão do que foi abordado quando os créditos começarem a subir na sua tela. Aproveita que agora está disponível na Netflix.
Nota: 5 de 5 Inteligências Artificiais
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Passageiros (2016)
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Imagine que você paga uma fortuna para ir para um novo planeta, mas você vai perder todos os seus amigos e familiares porque a viagem dura 120 anos. Porém algo sua câmara de hibernação tem um problema e você acordar antes da hora, 90 anos antes de chegar ao destino. O que você faria? Como sobreviver ao inevitável fato de que você irá viajar para sempre, sem nunca chegar ao seu destino?
Esse é o dilema que o engenheiro Jim Preston (Chris Pratt) vive até determinado momento, até a Aurora Lane (Jennifer Lawrence) também despertar antes da hora. O casal é levado a se conhecer lentamente e se apaixonam. Mas aqui temos um problema, não conhecemos muito da história dos dois antes deles acordarem na nave, sabemos um pouco mais de Aurora. Isso nos leva a não conseguir estabelecer uma verdadeira relação com os personagens, especialmente o Jim, que se torna um perdido não apenas na nave, mas também na vida antes de embarcar nessa viagem.
Os efeitos especiais são incríveis e belíssimos, a direção de arte conseguiu construir uma nave-cruzeiro-de-luxo-espacial bem única, tanto externa quanto internamente. Conseguimos acreditar que a tecnologia empregada na nave é o futuro que nos aguarda, onde tudo é automatizado e que facilita a vida de uma maneira incrível.
Apesar de o filme ser gostoso de assistir, não podemos deixar de notar algumas falhas e clichês de filme românticos. O relacionamento deles chega ao seu primeiro ápice ainda no primeiro ato do filme, ou seja, já esperamos como resto vai se levar e assim acontece, sem nenhuma surpresa, onde a novidade é saber como será resolução dos acontecimentos. O filme possuía o potencial para ser algo ainda mais inovador nesse gênero sci-fi romântico, mas ao cair no clichê e resoluções fracas e situações que criam a sensação de que algo foi muito conveniente para acontecer em dado momento para ser verdade, quase como um milagre.
O inevitável destino não é verdadeiramente abordado pelo filme que se foca apenas na relação dos dois e como um problema pode ser a solução de seus conflitos. O destino deles só é abordado nos instantes finais do filme e fora da câmera, mostrando que a intenção do filme era ser um romance no espaço e não uma discussão mais profunda do que é ser forçadamente isolado da sociedade para sempre.
Chris Pratt e Jennifer Lawrence entregam boas atuações e um casal verdadeiro naquela situação, sem falar no simpático androide barista Arthur (Michael Sheen) que serve como o amigo confidente do casal nessa jornada pelo espaço. Não se engane, Passageiros vale o tempo a ser investido para assistir.
Nota: 3,5 de 5 Casais num Cruzeiro Espacial só de Ida
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Alien: Covenant (2017)
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Em 1979 surgia uma das criaturas mais marcantes do cenário de ficção científica, o Xenomorfo de Alien – O Oitavo Passageiro. Em 2012, após um intervalo de 15 anos na franquia, tivemos Prometheus, e agora temos Alien: Covenant que é muito mais uma sequência de Prometheus do que um prequel da franquia Alien.
Mas se engana quem espera um clima de Prometheus ou de Alien – O Oitavo Passageiro neste filme, o filme até buscar mesclar ambos, mas ele segue para uma discussão mais filosófica sobre os acontecimentos do universo estabelecido na franquia. O filme busca a discussão do papel do criador e o da criação. Porém, o filme possui problemas de roteiro ao ser conveniente demais nas ações dos personagens, atitudes que não cabem para a posição em que eles se encontram na nave Covenant. O núcleo de personagens é a tripulação responsável pela nave Covenant, uma nave colonizadora, cujo destino é um novo planeta para 2000 pessoas a bordo e milhares de embriões.
Somado ao roteiro, temos o problema da falta de gênero na trama. Em certos momentos o filme parece com um filme terror, mas subitamente passa parecer um filme de ação e novamente, sem aviso, ele se mostra um suspense. O filme flutua sob esses três gêneros sem se aprofundar ou se centralizar em um desses, fazendo-o parecer confuso sobre si mesmo.
Porém, o filme se destaca nas motivações para as discussões e linhas para o comportamento de David (Michael Fassbender), único sobrevivente de Prometheus. O filme busca se aprofundar nas explicações biológicas para o surgimento do temível Xenomorfo, inciadas em Prometheus. Isso torna a conversa sobre criador e criação mais palpável para a maioria do público, seja conhecedor da franquia ou não.
Trazendo discussões sobre a natureza humana frente ao dilema de descobrir de onde viemos e ignorando para onde vamos, Alien: Covenant ainda não faz jus ao filme original e decepciona o público que espera um prequel que faça a ligação final com o filme de 1979. Porém as atuações de Michael Fassbender e Katherine Waterston estão excelentes e o filme ainda possui uma história interessante apesar dos pontos abordados anteriormente.
Nota: 3,5 de 5 Aliens Albinos
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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O Rastro (2017)
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Após o sucesso e domínio dos filmes de comédia nas produções nacionais, O Rastro nos traz para o gênero de terror. No filme temos a história de João Rocha (Rafael Cardoso), responsável por realizar as transferências finais de um hospital que será desativado. Porém uma das pacientes, uma menina, some durante a noite de transferência e João encara a perigosa trilha para encontra-la.
A premissa básica do filme é de um clássico filme do espirito irritado que vai levando o protagonista a loucura, por si só seria um clichê, mas aceitável para um gênero que ainda tem que se estabelecer no Brasil. Porém, por algum motivo, a história sai desse trilho e vai cair em um clichê dos filmes recentes brasileiros. Isso faz com a história fique confusa e com muitas pontas soltas, mesmo que ainda feche a saga de João e Leila (Leandra Leal).
O Rastro não sabe se critica as condições da saúde pública no Rio de Janeiro ou se critica os esquemas de corrupção do governo enquanto se tem um espírito de uma menina que fica gritando/chorando durante todo o filme sem dizer para que veio, uma vez que atormenta tanto os protagonista quanto os antagonistas. Isso faz com que o filme não se aprofunde em nada e entregue muito pouco de tudo.
Uma vez que o filme não sabe qual caminho seguir, os diálogos também acabam sofrendo e isso se reflete nas atuações. Não que eles tenham feito um trabalho relaxado, mas os diálogos acabam por travar os atores e eles parecem estar a todos os momentos tensos, até quando eles aparentemente estão relaxando.
Mas o grande feito do filme é a fotografia. Todas as cenas são dignas de um filme de terror, seja nas composições, seja nas cores, tudo foi pensado e trabalhado com maestria e dá a atmosfera deseja para a produção. O cenário é o perfeito hospital macabro perto do abandono, com construção antiga e pouca iluminação natural. Vale destacar que a edição também é forte e conversa com as cenas de maneira excelente, porém, o infinito grito/chorar da menina passa de assustador para irritante rapidamente, a todo o momento temos essa ferramenta na construção do clima de medo para o hospital.
Mesmo com seus problemas de narrativa, O Rastro é um bem-vindo filme no cenário nacional, espero que ele desperte o interesse em investir em gêneros e filmes diferentes das comédias galhofas as quais o mercado está acostumado colocar em cartaz, uma vez que ele traz qualidade técnica acima da média para um gênero incomum no Brasil.
Nota: 3,5 de 5 Hospitais Macabros no Rio de Janeiro
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Cinquenta Tons Mais Escuros (2017)
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Anastasia Steele e Christian Grey, interpretados por Dakota Johnson e Jamie Dornan, ainda não conseguiram seguir em frente após os eventos narrados em Cinquenta Tons de Cinza. Após um filme em que as cenas de sexo foram criticadas por serem soft para o que é esperado de um universo sadomasoquista, Cinquenta Tons mais Escuros mostra que nada é ruim suficiente que não posso ficar pior.
Voltando a falar do casal Anastasia e Christian, eles não possuíam química alguma durante o primeiro filme, a principio, eu acreditei que fosse pelo roteiro que conduzia de maneira estranha à evolução da relação dos dois. E agora, no segundo filme, onde o relacionamento passa ser um pouco mais natural, eles continuam sem química alguma. Parece que os atores não conseguem esconder que não se gostam nem quando estão atuando, eles não passam a sensação básica em um romance, onde eles estão genuinamente apaixonados.
O roteiro também não ajuda a suavizar o problema de química dos atores e personagens. Os diálogos são bem sofríveis, rasos e por vezes sem sentido. Durante todo o filme os problemas são apenas momentâneos e não representam nenhum perigo real para os protagonistas. Nem mesmo a queda de helicóptero de Christian, que em chega como se tudo aquilo fosse apenas mais um dia normal na vida dele, e isso em apenas 4 minutos de cena com a família preocupada com sua situação.
Se as cenas de sexo do primeiro filme foram criticadas por serem leves perto até do livro de onde são adaptadas, este segundo filme leva isso a um novo nível. As cenas apostam apenas na nudez da personagem de Dakota Johnson para dar um ar erótico ao filme, uma vez que Christian aparentemente além de ser sádico, também tem excitação em transar vestido. Sem falar que para um casal que supostamente flertam com os limites do prazer, eles optam por posições bem básicas durante os atos.
O único ponto alto do filme, que não tão alto assim, é quando exploram o passado de Christian e porque ele se tornou o que é. Não tivemos uma definição final do que o levou a isso, mas já temos uma boa ideia o que o levou a esse mundo.
Por conta dos livros e da base de fãs é mais do que certo termos o terceiro filme da franquia, e espero que o último. Que nesse terceiro filme os atores principais consigam deixar seus problemas no camarim e entreguem um casal verossímil, que o diretor e produtores consigam permitir cenas de sexo dignas da relação que o casal vive e que eles não tentem destruir o que os dois primeiros filmes tem de bom, a trilha sonora.
Nota: 2,5 de 5 Casais sem Química
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Estrelas Além do Tempo (2016)
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Em plena corrida espacial nas décadas de 50 e 60, a NASA possuía as chamadas Computadores, mulheres negras que faziam os cálculos e as análises de trajetória para a agência. Em Estrelas Além do Tempo temos a história de três dessas mulheres que superaram os preconceitos da sociedade para chegar ao sucesso, elas são: Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe). Aqui não se trata apenas dos preconceitos que estão presentes até hoje na sociedade, mas também a clara segregação racial no estado da Virgínia, que se estende até dentro da NASA.
Apesar das três serem as protagonistas do filme, Katherine é a protagonista principal e a história que faz a narrativa evoluir. Não que as outras duas não sejam importantes, porque são. Katherine se adapta em seu novo cargo como computador exclusivo do setor que tem a missão de levar o homem para o espaço. Dorothy luta para se tornar supervisora enquanto se preocupa com a chegada do supercomputador da IBM e Mary corre atrás para realizar de se tornar engenheira.
O filme mostra abertamente o quão difícil é vencer na vida sendo uma mulher negra com tanto preconceito e especialmente naquela no estado em que vivem. O foco na história de Katherine não diminui em nada a história de superação das outras duas protagonistas, onde elas tem a devida atenção e profundidade necessárias. Mas mesmo com essa “denuncia” durante o filme, ele não cai para um clima de sofrimento e bad feeling, o ritmo do filme mostra que apesar de tudo elas não deixam de olhar o lado bom e encarar os desafios impostos com um sorriso no rosto, dando um ar de positivismo para o filme.
Vale destacar os personagens Al Harrison (Kevin Costner) e Paul Stafford (Jim Parsons), que são respectivamente o chefe e o engenheiro-chefe do projeto onde Katherine se encontra. Al Harrison se mostra aberto a qualquer um que mostre seu valor, sendo o principal agente para começar a mudança na segregação dentro da NASA. Enquanto Paul, junto da supervisora das computadores Vivian Michael (Kirsten Dunst), é o típico personagem branco que desconta sua raiva e preconceito quando fica frustrado quando alguém que julga superior “fica em seu caminho”.
Sem ser muito agressivo na crítica social do preconceito no Estados Unidos, pois aqui eles mostram que apesar de tudo que colocam na frente, as pessoas tem o poder de superar e vencer isso, Estrelas Além do Tempo traz a tona três importantes histórias que ficaram escondidas por muito tempo nos arquivos americanos.
Nota: 4,5 de 5 Mulheres Superando Preconceitos
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Beleza Oculta (2017)
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Para alguns, o luto se torna algo tão profundo que se torna impossível seguir em frente e de alguma forma atinge as vidas pessoas próximas de você. E assim temos a história de Howard Inlet (Will Smith) e seu luto pela perda de sua filha para uma doença, em seu luto ele começa a ser totalmente negligente com sua empresa e vida. Em sua empresa ele é sócio com três amigos Claire (Kate Winslet), Whit Yardsham (Edward Norton) e Simon (Michael Peña) e a negligencia de Howard começa a preocupar os três como amigos e como profissionais.
A base da história é a crença de Howard em três entidades que regem a vida de todos: o Amor, a Morte e o Tempo. Ao sofrer sua perda, Howard passa a escrever para essas entidades, descontando seus sentimentos reprimidos, e em dado momento ele passa a ser visitado por essas entidades e confrontado por elas. Amy (Keira Knightley) é a entidade Amor, bastante emotiva e livre, Brigitte (Helen Mirren) é a entidade Morte, sendo estranhamente feliz e positiva, e Raffi (Jacob Latimore) é a entidade Tempo, um jovem desafiador e marrento.
Apesar de uma história que te prende e faz você se emocionar com a história de Howard e seus amigos, as atuações dos grandes nomes deste elenco não são tão boas. Talvez seja porque os diálogos sejam pensados para atingir emocionalmente todos os espectadores. Mas fora os diálogos um pouco não naturais, a história te leva a questionar os acontecimentos de uma maneira que você não esperava no começo do filme.
Mesmo não possuindo uma fotografia ou trilha sonora marcantes, o filme emociona por sua história. Mas para os que buscam uma história profunda na discussão principal que é conseguir superar a perda de uma pessoa importante na vida, recomendo procurar outro filme. Beleza Oculta trata desse tema para trazer a ideia de confrontar as entidades, então a história não se preocupa em ser mais sério no tema do luto.
Nota: 3,5 de 5 Conversas com Entidades
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Guardiões da Galáxia Vol.2 (2017)
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A Marvel tomou o risco, em 2014, de fazer o filme de um grupo de “heróis” que se escondiam nas profundezas dos quadrinhos. As chances de ser um grande fracasso eram grandes, mas aconteceu o contrário. Agora chegamos a sua tão aguardada sequência, que agora ao invés de falta de expectativa, veio com as expectativas mais altas.
Ao contrário do primeiro filme, Guardiões da Galáxia Vol. 2 não veio para criar grandes ligações com o Universo Cinematográfico da Marvel. O filme veio trabalhar os personagens, veio para amadurecer pessoalmente e coletivamente essa equipe esquisita. Naturalmente, Peter Quill (Chris Pratt) é o foco central da história, seja porque ele é o líder da equipe seja porque ele é o personagem central da história do filme. Mas todos os personagens têm seus arcos dramáticos bem definidos na história. Nem sempre as pessoas são puramente ruins, algumas vezes as circunstâncias as levaram a ter atitudes e tomar decisões ruins. A evolução da equipe é evidente em seu confronto final, onde eles passam a reconhecer que eles não juntos apenas pelo acaso e sim porque agora são verdadeiros amigos, uma família.
Uma agradável surpresa é como trouxeram Ego (Kurt Russell) para as telas de cinema e com uma aparência humana. A relação entre Ego e Peter é o foco central do filme e nos apresenta que o Universo é tão vasto e misterioso que existem seres ainda mais poderosos que Thanos que podem ser um perigo real para tudo e todos. Kurt Russell entrega uma atuação muito boa, que a cada camada do personagem apresentada nós vemos quem e o que realmente é o Ego.
A trilha sonora continua uma marca forte no filme, e aqui vamos um pouco mais além do que a última relação de Peter com sua mãe e a Terra. Aqui as músicas são usadas para marcar a relação entre os personagens, com elas descrevendo a ligação entre os personagens e dando o tom dramático da cena. Se prepare para quando tocar Father and Son, de Cat Stevens, certeza de que irá tocar até os corações mais duros.
Como era de se esperar, os efeitos especiais, maquiagem e figurinos do filme estão incríveis e o roteiro tá recheado de easter eggs e referências de cultura pop, que estão inseridas até como elemento chave da narrativa e construção de personagens. As piadas e absurdos estão dentro do que foi construído no primeiro filme, aqui temos um Drax (Dave Bautista) mais solto, mais cômico, ao contrário do Peter que passa a ser um pouco mais centrado e sério em suas atitudes, ainda que esteja em formação essa característica.
Guardiões da Galáxia Vol. 2 não tentou ser maior que seu filme anterior e nem se escondeu atrás do mesmo, ele buscou o caminho certo que foi preparado para ele e visando crescer seus personagens para o encontro com os Vingadores e a batalha contra Thanos na Guerra Infinita que está por vir. Não sai cedo do cinema, das 5 cenas pós-créditos, 2 são importantes para o futuro do UCM.
Nota: 4 de 5 Pessoas Douradas Metidas
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Lion – Uma Jornada para Casa (2016)
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Lion é baseado na história real de Saroo Brierley, que após se perder de sua família na Índia é adotado por um casal australiano e 25 anos depois inicia a busca por sua família biológica. Essa história é conta por Garth Davis em dois momentos, primeiro temos o jovem Saroo (Sunny Pawar), desde o momento que se perde até o momento em que encontra uma nova família com o casal australiano, e por fim o Saroo adulto (Dev Patel), buscando uma maneira de reencontrar sua casa.
Com uma narrativa que já emociona pelas provações que o jovem Saroo teve que viver, o pequeno Sunny Pawar ajuda a enriquecer ainda mais os sentimentos que a história passa, passando os sentimentos do pequeno Saroo nas ruas de Calcutá com um realismo improvável devido a sua pouquíssima idade, teria sido lindo vê-lo indicado no Oscar.
O filme perde um pouco de ritmo quando temos a vida adulta de Saroo, com Dev Patel também nos entregando uma emocionante atuação, pois a história passa ser uma corrida de Saroo em encontrar sua origem através do Google Earth após uma epifania em uma social entre amigos da faculdade. Essa passagem do filme não é apenas sobre como Saroo conseguiu encontrar sua antiga casa, mas também como ele e as pessoas ao redor dele sofreram durante o processo. Ele seguiu por um caminho que podia ter um final nada feliz.
O filme conta com uma fotografia forte, que não tem pudor em mostrar as condições em que o povo que se encontra em condições miseráveis vivem. Seja nas pequenas aldeias esquecidas no tempo ou nas grandes favelas e ruas de Calcutá, as cenas abertas do pequeno Saroo perto dos adultos que vagam pelas ruas de Calcutá nos dão a dimensão do quanto ele está sozinho nessa imensa cidade. Passando para sua vida na Austrália, mas especificamente na Ilha da Tasmânia, os cenários passam a ser mais contemplativos, refletindo a vida mais calma que passou a ter, porém as cenas passam a serem closes fechados, nos fazendo a perceber que agora os desafios são internos dentro de cada personagem.
Sendo um forte e emocionante drama, Lion é uma jornada improvável que trás a discussão de quão difícil é viver na miséria e quão sofrido ser separado da família desta maneira. Saroo é uma das 80 mil crianças que se perdem de suas famílias por ano na Índia, e isso é algo que não deve ser ignorado.
Nota: 4 de 5 Raios de Procura Errados
por Vitor Keller
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vitorkeller · 8 years ago
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Fragmentado (2017)
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Kevin (James McAvoy) possui TDI, Transtorno Dissociativo de Identidade, e dessa forma possui 23 personalidades distintas coabitando seu corpo. Cada personalidade é uma pessoa diferente, e elas são capazes de comunicar entre si dentro de Kevin, eis o problema, existem personalidades fortes que possuem a crença em uma 24ª mais poderosa e trabalham para que ela se manifeste. Três jovens mulheres se veem em um cativeiro após serem sequestradas por Dennis, uma das personalidades de Kevin, para serem os sacrifícios para “ele”.
Shyamalan começa trazendo um clima de explicação cientifica para as personalidades de Kevin, a explicação sobre o TDI (que ainda não é devidamente reconhecido pela comunidade científica como um transtorno real, sendo visto como uma desculpa para as pessoas que supostamente sofrem do transtorno) e como isso afeta a vida de Kevin, ambos trazidos para filme nas consultas com a terapeuta Dra. Karen Fletcher (Betty BuckleyI). Contudo, conforme o filme avança, passamos a ter um ar mais sobrenatural sobre os transtornos de Kevin, tanto do ponto de vista da narrativa quanto da visão da própria Dra. Fletcher.
As jovens Casey (Anya Taylor-Joy), Claire (Haley Lu Richardson) e Marcia (Jessica Sula) passam a buscar maneiras de escapar de seu cativeiro enquanto tem que lidar com as personalidades que se apresentam no controle do corpo de Kevin. Notoriamente, uma delas é a  protagonista que vai vivenciar e “entender” melhor a situação em que se encontra.
O filme possui uma atmosfera que cria suspense com uso de closes fechados bem sufocantes e cenários pouco iluminados, nunca vemos além do que o protagonista da cena consegue ver, guardando surpresas e explicações a cada nova revelação ao longo da trama. Apesar de ser minimamente utilizado, o CGI presente é de baixa qualidade e destoa do restante do filme. Cabe destacar a incrível atuação de James McAvoy com Kevin e suas diversas personalidades apresentadas no filme. Ele entrega com maestria as diversas mudanças das personalidades desde a postura corporal até ao tom e timbre da voz, trazendo realismo para a existência dessas personalidades tão distintas, ao ponto de ser claro quando se tem uma troca de personalidade numa cena sem corte.
Apesar de não possuir uma reviravolta tão impactante quanto O Sexto Sentido, acompanhar a trajetória de Kevin e as jovens em Fragmentado é certeza de uma jornada onde sempre iremos temer o destino delas enquanto não sabemos o que vem de dentro de Kevin, mas não sem deixar de ser divertido pelo mesmo motivo. E pode esperar, pode vir uma sequência.
Nota: 4 de 5 Personalidades Distintas
por Vitor Keller
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