Tumgik
05h05am · 2 years
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Poesias são versos eufêmeos com analogias dramáticas.
Elas não são uma verdade absoluta como muitos imaginam. Pois nem tudo que está escrito, sentimos ou queremos verdadeiramente.
Até um certo ponto, talvez. Mas quando as ideias aparecem do nada, o espírito de sensacionalismo fala mais alto e precisamos registrar aquilo, mesmo se não for totalmente verdade.
Isso não é muito diferente de quando conversamos. Mudar um pouco o fato da história para nos deixar mais interessantes é algo que se tornou rotineiro.
Enganar as pessoas ao redor é fácil mesmo se você não tiver muita prática. Elas costumam se contentar apenas com o que gostariam de ouvir e um sorriso.
Poesias são só um amontoado de palavras que juntas formam algo próximo ao que sentimos. Não são completamente a verdade pois somos sensacionalistas as vezes, e porque palavras nunca seriam o suficiente para nos explicar.
Ainda mais quando somos mentirosos.
Mentindo para os outros.
Mentindo para nós mesmos.
Mentindo de corpo e alma, completamente.
Você é uma poesia.
Que alguém em uma noite estrelada escreveu em busca de ser amado.
Seus olhos são os versos.
Seu sorriso é a própia rima.
Você é a mais bela de todas.
Não por apenas existir. Mas sim por fazer algo tão raro quanto um trevo de quatro folhas.
Viver.
Viu? Poétas mentirosos fazem isso.
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05h05am · 2 years
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Eu a vejo.
Vejo seus sorrisos e suas risadas, seus olhares e piscadelas, suas mãos atadas ao corpo ou balancantes quando está animada.
Vejo sua grande roda de amigos que a cada momento cresce mais.
Vejo quando ri descontroladamente por piadas ruins que fazem seus olhos se fecharem em luas crescentes.
Vejo o quanto se importa com migalhas que as vezes recebe como se fosse ouro.
Mas ao mesmo tempo que eu enxergo o bom, diferente de muitos, também vejo o ruim.
Sei do seu maior segredo.
O que esconde com tanto afinco junto ao desejo de ser revelado.
Ora, não é segredo de que sei da sua existência.
Aquela que por trás dos sorrisos, das risadas, das piadas horríveis, esconde uma garotinha que chora silenciosamente.
Eu vejo alguém que se machuca por tanta cobrança desnecessária.
Vejo os sorrisos forçados e as risadas falsas para esconder o que realmente sente.
Vejo uma pessoa triste embaixo de toda essa camada de vida perfeita, maquiada a um futuro forçado e amizades "eternas".
Uma menina que quer confiar, mas não consegue porque tem medo.
Alguém que não se permite fraquejar mesmo com os ossos porosos.
Uma estrela brilhante que aos poucos se apagou, é isso que eu vejo.
Gostaria de saber quando a intensão dos sorrisos mudou.
Quando o número de infinitas risadas despencou drasticamente.
Quando seus olhos pararam de queimar e se tornaram a fagulha que são hoje.
Queria saber quando essa menina de porcelana passada de mão em mão sem cuidado, sem atenção, foi quebrada.
Mas eu vejo.
Vejo como independente de tudo, seus pés continuam firmes.
Admiro como você cai, mas sem que nada e ninguém consiga a sua coroa.
Invejo sua capacidade de se esconder de todos.
Porém nem todos, eu a vejo.
Enxergo as cicatrizes exibidas em um show em que todos mudam o canal.
Enxergo a intensidade da sua tristeza, mesmo sem ver suas lágrimas que teimam a ficarem guardadas.
Enxergo tudo, dos pés a cabeça.
Talvez eu seja a única, mas quem pode culpa-la por ser um grande embrulho de mentiras que escondem a real surpresa guardada?
Que no caso é você.
O seu eu real.
Gostaria de saber aonde está aquela menina que eu via antigamente.
Aquela que não era escondida por muralhas altas e nescaláveis.
Que era como um pássaro que voou para além das grades da gaiola.
Que não se importava com opiniões, que não atuava e vivia.
Sei que quando alguém sei dar o trabalho de rasgar a embalagem...
Quando alguém quebrar os muros pesados...
Esse alguém verá quem eu vejo.
Verá você e somente você.
Mas por enquanto nesse cargo permaneço eu.
Porque sou a única que te vê.
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