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1dpreferences-br · 9 months ago
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É o uma coisa louca o luto, e sei que isso é um processo individual, estou a dias pensando em tudo que aconteceu e como me sinto em relação a isso, posso não ter conhecido o liam pessoalmente, mas suas músicas, lives, vídeos e shows me conheciam e me conhecem a muitos anos.
Espero de todo o coração que ele esteja em paz e que vocês estejam bem ❤️
“O perdão é quente. Como uma lágrima em uma bochecha. Pense nisso e em mim quando estiver na chuva. Eu te amei completamente, e você me amou da mesma forma. Isso é tudo. O resto é confete. - Nell Crain “
Laia
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Louis Tomlinson
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I guess I don't hate you that much after all
Especial de aniversário! Assunto: Haters to Lovers
n/a: Esse imagine ficou simplesmente gigantesco! Em uma certa parte, vou deixar linkado o fake chat que postei aqui há alguns dias, que dá contexto a algumas coisas. Espero muito que vocês gostem <3
Avisos: Contém conteúdo sexual, palavrões, fake chat. +18
Contagem de palavras: 4,891
— Isso não vai dar certo! — Resmunguei pela terceira vez.
— Se acalma, mulher! — Phoebe disse revirando os olhos, enquanto sua gêmea ria.
— Por que não me avisaram que ele viria? — Falei entredentes, olhando por cima do ombro de uma das morenas e conseguindo enxergar o motivo dos meus surtos muito bem sentado no sofá da casa de campo, com a lareira a sua frente acesa enquanto segurava um controle de vídeo game jogando um jogo de futebol.
— Você não viria se soubesse. — Daisy disse dando de ombros.
— E pouparia a minha sanidade mental, com certeza. — Falei sem humor algum.
— S/N, relaxa! São só alguns dias, tenho certeza de que não vão se matar. — Ryan disse enquanto puxava Daisy para um abraço, me fazendo revirar os olhos.
— Além disso, você não poderia ficar em Londres sozinha durante seus únicos dias de folga. — Phoebe falou baixinho perto de mim. Respirei fundo, tentando me acalmar. Ela estava certa, seria horrível.
— Mas ele precisava mesmo estar aqui? — Falei fazendo um beicinho forçado, o que a fez fazer uma careta.
— A casa é dele, amiga. — Deu de ombros.
Seriam longos, longos dias de férias.
Dois dias, exatos dois dias na presença de Louis Tomlinson e não teve um segundo sequer que eu não tenha tido vontade de estrangulá-lo. Ele tinha a boca suja, fazia piadas sem graça além dos comentários extremamente desnecessários sobre qualquer assunto que eu entrava com as minhas amigas. Com aquele sorriso, mais do que presunçoso nos lábios finos, avivando um lado homicida que só se manifestava com ele por perto.
Houve uma época em que Louis e eu éramos quase amigos, quando eu e as meninas éramos crianças e brincávamos em seu jardim. Mas hoje, essa lembrança era quase nula. Desde que Louis atingiu a fama, se tornou insuportável, intragável e intolerável. E só de estar por perto despertava sentimentos que até mesmo o diabo desconhecia.
Depois de apenas um dia conosco, Lottie e Lewis precisaram ir embora, estava ficando frio demais para Lucky e eles temiam que o pequeno ficasse doente, sobrando ainda mais tempo para que o Tomlinson mais velho me infernizasse.
— Por que você não pega lenha lá fora, hm? — A voz daquele que não deve ser nomeado soou atrás de mim, perto demais.
— Porque não vai você? — Rebati, me virando para ele.
— Todos já foram pelo menos uma vez, agora é com você! 
— Está pelo menos vinte graus negativos lá fora! 
— E é por isso que você vai pegar a lenha, gata. Para que o frio não entre aqui. — Disse dando uma piscadela, fazendo meu rosto queimar de raiva.
— Não me chame assim, Tomlinson. — Rosnei a frase pela vigésima vez, no mínimo naquele curto espaço de tempo, fazendo com que ele desse uma risada. 
As meninas estavam em seu quarto na grande casa de campo, para onde eu pretendia ir, assim que terminasse de preparar minha xícara de chá. Até o diabo vir me atentar. 
Bufando muito alto, para que ele me ouvisse enquanto vestia a jaqueta pesada para ir para o lado de fora.
Resmunguei dezenas de palavrões enquanto pegava algumas toras de madeira para adentrar na casa, e quando me virei, dei de cara com um Louis com um sorriso perverso, trancando a porta de vidro.
Ele não fez isso.
— Louis! — Gritei, batendo com as mãos no vidro, enquanto ele ria do lado de dentro, dando gargalhadas tão abertas que seus olhos lacrimejavam e ele os secava com a ponta dos dedos. — Abre isso! — Gritei mais, mesmo sabendo que ele não me ouvia pela barreira. 
O ódio fervia dentro de mim, enquanto Louis ainda debochava e ria. Pelo vidro podia ver que meu celular havia ficado em cima da mesa, ao lado do chá. Era inútil gritar, o quarto onde minhas amigas estavam era no andar de cima, do outro lado da propriedade, onde não era possível ter acesso. 
Eu só podia esperar que Louis abrisse ou uma delas sentisse a minha falta.
Ele me observou por mais alguns segundos, e então virou de costas, me deixando para morrer congelada. 
Planejei milhões de mortes extremamente dolorosas para Louis Tomlinson, enquanto o calor fugia do meu corpo de forma irremediável.
Mesmo com o casaco pesado, não era possível conter o frio. Meu corpo tremia em uma tentativa inútil de se aquecer e meus dentes batiam uns contra os outros, já causando alguma dor.
Não sei exatamente quando começou a nevar, mas uma camada fina de gelo se formou pela minha roupa e cabelos. 
Em algum momento, as meninas desceram, e então Phoebe olhou para o lado de fora, me encontrando. Ela correu até a porta, e por sua boca aberta eu sabia que ela gritava.
— Meu deus! — Ela disse ao abrir a porta. Eu não tinha forças para levantar, meu corpo parecia ter congelado com todo o resto. Vi Ryan vestir seu casaco de qualquer jeito e correr para o meu resgate. Ele me pegou no colo, me levando para dentro e me largando no sofá, ao lado daquele que podia ter me assassinado.
Louis havia me esquecido lá fora, estava claro pela expressão de surpresa misturada com desespero que se formou em seu rosto assim que viu meu estado. Ryan tirou meu casaco enquanto Daisy colocava mais lenha na fogueira antes de me puxar para mais perto do fogo.
— Você foi longe demais, Louis! — Daisy gritou, seu rosto vermelho de raiva. Eu só conseguia mexer meus olhos. Mesmo sentindo o calor que emanava da lareira me aquecendo, ainda estava frio demais. 
— Eu… — Ele tentou dizer, desviando os olhos da irmã e olhando para mim novamente, a culpa estampada nos olhos azuis
— Foi longe demais, ela podia ter morrido, Louis! — Gritou mais uma vez. — Não foi uma brincadeira, foi tentativa de homicídio! 
— Day, não foi minha intenção! — Louis disse se levantando, os olhos ainda em mim. 
Senti meu corpo voltar a tremer, e fechei meus olhos com a dor que isso causou. 
— Aqui, querida, tome um gole. — Abri meus olhos, Phoebe estava na minha frente, com uma xícara fumegante de chá. Tentei erguer as mãos, mas foi impossível, então ela levou o recipiente até meus lábios. Tenho certeza de que queimei os lábios com aquilo, mas a sensação do chá quente contra meu corpo inteiro congelado foi perfeita. 
Em alguns minutos, já me sentia um pouco melhor. Odiando ser o centro das atenções e odiando ainda mais Louis Tomlinson.
— Ela está com febre. — Phoebe disse colocando a mão em minha testa.
— Tem remédio no banheiro de baixo. — Louis falou baixo. Desde que notara que a situação não era boa, ele não desviou a atenção de mim por nenhum segundo. Daisy correu até o local, voltando com um comprimido e um copo de água. Engoli o remédio e fiz uma careta. 
Eles ainda estavam à minha volta, mesmo já estando muito tarde e suas expressões demonstrando o cansaço. 
— Eu vou cuidar dela, vocês podem ir dormir. — Louis anunciou alto, quando uma das gêmeas bocejou.
— O quê? — Phoebe perguntou atônita.
— Fui eu que fiz a merda, okay? Então eu que deveria cuidar dela. — Ele cruzou os braços. Eu queria protestar, mas toda vez que abria a boca não saía nada mais do que alguns grunhidos. — Vocês vão estar lá em cima, podem descer e vê-la a qualquer minuto.
Elas deviam estar muito cansadas, já que aceitaram aquela proposta absurda. Depois de se despedirem, prometendo que uma delas desceria em algumas horas, elas subiram para o quarto, me deixando lá.
— Quer sentar no sofá? Você pode se cobrir, não deve estar confortável aí. — Louis ofereceu. Tentei me levantar, sentindo cada músculo doer. — Vem cá, eu te ajudo. — Falou indo até mim, e assim como Ryan fez antes, me ergueu em seus braços.
Louis me colocou com cuidado no sofá, e então correu para o andar de cima, voltando com uma coberta grossa que ele enrolou em mim.
— Melhor? — Perguntou e eu assenti.
Já fazia algum tempo que eu estava ali, Louis colocava a mão em minha testa para ver a febre havia cedido de vez em quando, e depois voltava a atenção para o programa de televisão que passava na tela enorme.
— Já estou me sentindo melhor, você pode ir dormir. — Falei com dificuldade, a garganta ardendo.
— Não, vou ficar com você. — Disse depois de um bocejo, sua expressão demonstrando que estava tão cansado quanto os outros. — Quer mais um chá? — Assenti mais uma vez, e ele se levantou.
Logo Louis voltava da cozinha, com duas xícaras, me entregando uma. Senti meus dedos se aquecerem contra a porcelana quente, me trazendo um pouco mais de conforto.
— S/N. — Me chamou depois de algum tempo, me fazendo olha-lo. — Me desculpa por essa idiotice, eu realmente não queria ter ido tão longe.
— O que esperava me trancado do lado de fora em um frio do cacete? — Perguntei resignada, Louis fechou os olhos, a culpa ainda era bastante presente em seu rosto. — Estava tudo bem. Deixa isso pra lá. 
— Não. É muito sério, algo pior poderia ter acontecido. — Ele abriu os olhos, me encarando 
— Mas não aconteceu. Pare de pensar nisso. — Tentei soar o mais sincera possível, pois realmente estava sendo. Percebi que Louis estremeceu, e então apertou os braços contra o corpo. — Quer se cobrir? — Ofereci uma parte da coberta, mas ele negou com a cabeça. — Qual é, você está congelando. E eu não vou te odiar mais por isso. — Falei com humor. Ele acabou por aceitar, se aconchegando debaixo do cobertor quentinho.
— Por que você me odeia, afinal? — Ele perguntou cruzando os braços sobre o peito, me encarando com uma das sobrancelhas erguidas.
— Você também me odeia. — Rebati. Por alguns segundos Louis me encarou, talvez ponderando sua próxima resposta.
— Eu não te odeio. Sou apenas recíproco. — Deu de ombros. — Eu nunca entendi o que aconteceu. Você costumava ser legal comigo, até mesmo grudenta. — Abriu um sorriso, provavelmente se lembrando da época muito muito curta em que eu tive uma queda por ele quando era criança. Evento que eu costumava chamar de "loucura passageira".
— Você virou um pé no saco depois que ficou famoso, Tomlinson. Era impossível ter uma conversa sem que você citasse o sucesso que estava fazendo, as garotas que se jogavam em você, o dinheiro que estava ganhando. — Fui enumerando com os dedos.
— Ficou com ciúmes das garotas, S/N? — Perguntou piscando um olho.
— Viu? Não dá pra manter um diálogo sério com você! — Bufei.
— Desculpa! Pode continuar.
— Depois que a sua banda acabou, tudo piorou. Não era possível chegar perto de você sem receber uma patada de graça. As pessoas cansam, sabe? 
— Eu… eu nunca percebi. — Ele encarou a televisão, mas parecia perdido em pensamentos.
— É claro que não. — Revirei os olhos. — Pelo menos com seus fãs você era gentil.
— Como sabe? 
— Porque se não fosse, já não teria mais nenhum. — Concluí.
— Eu acho que me perdi um pouco de quem eu costumava ser. — Louis falou baixo, agora encarando uma das mãos.
— Um pouco? Você se tornou uma pessoa totalmente diferente! — Falei rindo, e ele ergueu os olhos para me encarar. — Você costumava ser gentil, sempre educado. Nunca tratava ninguém mal, por pior que a pessoa fosse. Eu desisti de você. — Louis arregalou os olhos. — Não nesse sentido, idiota! — Não consegui conter a risada. — Eu simplesmente desisti de tentar trocar mais do que duas palavras com você. — Dei de ombros. — Antes conseguíamos manter uma conversa civilizada, arrisco até a dizer que nós dávamos bem. 
— Nos dávamos sim. — Ele suspirou. — Ninguém nunca me disse essas coisas. — Louis levou uma das mãos para coçar a barba curta. — Que eu sou um grande filho da puta. 
— Você não é. — Fiz uma careta. — Só se perdeu. O que é normal, não estava acostumado a fama, fortuna e garotas. — Ele riu. 
— Acha que dá tempo de voltar atrás? 
— Duvido que consiga devolver todo esse dinheiro. — Brinquei e ele me deu um empurrãozinho, me fazendo rir. — Eu não sei, todo mundo pode tentar ser melhor. Até você, Tomlinson. — Apertei os olhos.
— Você vai parar de me odiar? 
— Eu não sei, é uma tarefa muito difícil. — Falei de forma dramática, fazendo com que ele revirasse os olhos. — Mas nesse instante você é quase tolerável.
— Vou levar como um elogio. — Estufou o peito.
— Eu disse quase. 
Com o corpo já bem aquecido pelo fogo na lareira e a coberta confortável, arrumei minha posição, me encostando melhor no sofá e sentindo o sono me vencer. A televisão estava com o volume baixo, e eu não conseguia prestar atenção no que se passava ali, sentindo meus olhos cada vez mais pesados.
Acordei resmungando ao ouvir risadinhas, tentei abrir meus olhos para pedir que alguém desligasse a televisão, mas a preguiça ainda dominava o meu corpo. E a posição estava muito confortável mesmo que estivesse um pouco frio. Um par de braços me apertava e eu podia sentir algo apoiado em minhas costas. 
Dei um pulo ao notar o que acontecia, acordando Louis que esfregou os olhos enquanto murmurava um palavrão. As risadas aumentaram, e para o meu pavor, elas não vinham da televisão, vinham do par de gêmeas paradas ao lado do sofá e o namorado de uma delas. 
— TOMLINSON! — Gritei, dando um tapa em seu braço. 
— Já vi que voltou a me odiar. — Ele reclamou, causando ainda mais risadas, enquanto esticava o corpo e soltava um gemido.
— Você me abraçou enquanto dormia! — Falei dando mais um tapa em seu ombro. Louis se sentou, virando para mim.
— E o que que tem? — Voltei a desferir mais alguns tapas, mas ele segurou minhas mãos. — Estava frio! 
— Por que não puxou a coberta? — Falei entredentes, olhando para o chão, onde a coberta caiu em algum momento da noite. 
— Pelo visto a noite foi boa. — Ryan falou, fazendo Louis arregalar os olhos. Ele não havia notado a presença deles? Soltando as minhas mãos ele pigarreou antes de encarar as irmãs e o cunhado.
Antes de ouvir qualquer piadinha, me levantei, mesmo sentindo meus músculos reclamarem do movimento rápido, e subi as escadas. 
Tomei um banho longo, estava secando o cabelo quando meu celular começou a receber diversas notificações. Larguei o secador e o peguei, vendo que as mensagens vinham do grupo da viagem.
A raiva mais uma vez me atingiu. Sentindo o rosto queimar, desci as escadas voltando para a sala, onde os três estavam assistindo televisão e rindo com os celulares nas mãos.
— Onde está o Tomlinson? — Praticamente gritei, recebendo uma expressão engraçada dos rostos iguaizinhos. — Vocês me entenderam. 
— No quarto dele. — Ryan falou tentando esconder o divertimento.
Subi as escadas batendo os pés com força, tentando me acalmar. Caminhei até o quarto do fundo do corredor, batendo com muita força na porta.
— Tomlinson! — Gritei. — Abre essa merda. — Ia bater de novo, quando a porta abriu para trás, revelando um Louis sem camisa e de cabelos molhados. 
— O que eu fiz agora? — Perguntou com ironia, me dando as costas para se dirigir até a cama de casal, onde pegou uma camiseta jogada ali.
— Você deu a entender que a gente ficou! — Falei desesperada, fazendo ele rir. — Cacete! Você veio com aquele papinho de "voltar atrás" — Fiz aspas com a mão. — Para horas depois fazer essa merda! 
— Gata, você está exagerando. — Louis disse caminhando até seu armário, de onde tirou um moletom preto e o passando pela cabeça.
— Eu estou exagerando? — Gritei. Louis enfiou as mãos no bolso frontal da roupa e caminhou até mim, pendendo a cabeça para o lado e o tão famoso sorrisinho sínico nos lábios, me fazendo perder totalmente as estribeiras. Comecei a dar tapas em seus braços, enxergando quase vermelho de tanto ódio. — Você é um idiota! — Tapa. — O pior de todos! — Tapa.
— Chega! — Louis gritou, segurando meus braços mais uma vez. — Até agora eu fui bonzinho com você, S/N. Mas não vou deixar que você me bata de novo.  — Suas mãos faziam pressão em meus pulsos, e sua expressão era de raiva. 
— Você vai mandar uma mensagem no grupo, e dizer que a gente não ficou. — Falei tentando controlar minha respiração, para controlar a raiva.
— Eu não vou nada. 
— Você é o pior tipo de idiota. — Grunhi. — Eu cheguei a ficar com pena de você! 
— Pena do quê, S/N? — Ele ainda me segurava, perto demais.
— Daquele papo de ter se perdido de quem costumava ser. — Debochei. — A verdade é que você é um riquinho mimado, um idiota inconsequente e… — Despejava as palavras com raiva, tentando ignorar meu coração batendo forte demais dentro do peito.
— E o que mais, gata? — Incentivou.
— E eu te odeio. — Concluí.
— Eu não te odeio, gata. — O aperto em meus pulsos ficou ainda mais forte. — E eu fui cem por cento sincero na nossa conversa ontem. — Seu tom de voz ficou mais baixo, o suficiente para que eu notasse como ficava rouco quando quase sussurrava. — Só fiz uma piadinha no grupo, não tem necessidade dessa raiva toda. — Seus lábios se mexiam devagar, o sotaque preenchendo cada palavra. — Você fica bem mais bonita quando está mansinha. 
— Não sou um animal para ser manso. — Rosnei, e ele riu pelo nariz.
— Mas eu preciso admitir, você fica uma gracinha quando está brava. — Seus lábios se abriram levemente, em um sorrisinho de lado. Me xinguei mentalmente por sentir o arrepio que percorreu minha espinha enquanto ele proferia aquelas palavras, ainda mais quando senti meu rosto aquecer com seu sorriso. Que porra é essa? 
— Louis. — Minha voz saiu mais baixa do que o esperado, meu coração batendo tão forte que podia ouvi-lo retumbar em meus ouvidos. O sorriso do moreno se espalhou no rosto bonito.
— Adoro quando diz o meu nome. — Uma das mãos dele soltou meu pulso, e em um movimento rápido ele passou o braço em minha cintura, colando seu corpo de uma vez no meu. Já não havia mais nenhum sinal de raiva em seu rosto, apenas… malícia? — Sabe, S/N, eu costumava odiar as viagens de família que você acompanhava… mas essa pode ser bem proveitosa. 
— Do que você está falando? — Praticamente sussurrei.
— Você não pode me dizer que está odiando isso aqui, linda. O seu corpo está dizendo tudinho. — Ele passou a ponta da língua pelos lábios, e foi impossível desviar os olhos dali. — As suas bochechas estão vermelhas, sua respiração fora de controle, e eu consigo sentir a sua pulsação acelerada. — Ele deu um leve apertão em meu pulso, me lembrando que ainda segurava um. — Você está exitada. 
— Eu não… — Louis me apertou mais contra seu corpo, me fazendo soltar um suspiro sem querer.
— Não precisa mentir, eu também estou. — Ele empurrou a pélvis contra minha barriga, e mesmo com os tecidos grossos das nossas roupas eu podia sentir a ereção que se formava ali. — Então, por que você não deixa essa sua implicância boba de lado? — Seu rosto estava cada vez mais próximo, eu podia sentir o cheiro do shampoo exalando do cabelo úmido. E talvez se ele não estivesse me segurando com tanta força contra seu corpo meus joelhos cedessem.
Meu deus, eu estava mesmo excitada com Louis Tomlinson! 
— O que me diz? — Perguntou, roçando o nariz contra o meu. 
— Sobre o que? — Sussurrei, perdida demais nas sensações que estava sentindo. 
— Se eu te der um beijo agora, vai me bater? — O hálito quente e com cheiro de pasta de dente batia contra meu rosto, me fazendo fechar os olhos em expectativa.
— Não. Mas ninguém pode saber. — Consegui raciocinar. 
— Ótimo. 
E então, Louis me beijou. Fazendo meu corpo inteiro derreter por dentro, tamanho era o fogo que me queimava. Soltei minha mão que estava presa entre as suas e a levei até seus cabelos, infiltrando meus dedos ali e puxando alguns fios. Louis soltou um gemido que reverberou em todo o meu corpo, e me apertou ainda mais contra ele.  Sua língua era rápida e exigente, explorando minha boca com curiosidade.  Se alguém me dissesse que no meio da viagem com as minhas amigas, eu estaria como uma adolescente trocando um amasso com o irmão mais velho delas (aquele que eu jurei odiar), mandaria essa pessoa procurar um tratamento psiquiátrico. 
Talvez, eu mesma devesse procurar. Só podia estar louca. Completamente louca e irremediavelmente excitada. Louis quebrou o beijo puxando meu lábio inferior entre os dentes, me fazendo revirar os olhos ainda fechados.  Nossas respirações estavam descompassadas e agora o quarto estava quente demais. 
— E então, temos um acordo? — Ele perguntou, assim que conseguiu controlar a respiração, ainda segurando seu corpo contra o meu. 
— Acordo? — Perguntei confusa. Ainda tentando entender todas as reações desconhecidas dentro de mim.
— Vamos tornar essa viagem mais interessante? — Perguntou erguendo uma sobrancelha.
— E depois? 
— Depois a gente pensa depois. — Ele disse revirando os olhos.
— Ninguém poderia saber. — Mordi meu lábio inferior.
— Isso é óbvio. — Bufou. — Aceita logo e me deixa beijar essa boca. — Ele disse sem paciência, encarando os meus lábios e que deviam estar tão vermelhos quanto os seus. Não respondi com palavras. Puxei seu rosto contra o meu, trocando mais um beijo devastador.
Encarei Louis sentado do outro lado da mesa enquanto lambia o resto de doce da ponta de sua colher. Flashes da noite passada, onde ele usava a língua em lugares bem melhores fizeram meu corpo aquecer e minha garganta secar.
— S/N! — Phoebe praticamente gritou, me fazendo dar um pulo na cadeira e voltar para o mundo real. — Em que mundo você estava? — Perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.
— Não sei. — Menti. 
— Tem certeza porque você parecia… — Dei uma cotovelada naquele que se diz minha amiga, fazendo seu irmão segurar uma risada. 
— O que estava dizendo mesmo? — Tomei um gole do meu café.
— Que podíamos fazer uma noite de cinema.
— Acho ótimo. — Respirei fundo. 
Bocejei enquanto arrumava minha posição no sofá. Depois de dois filmes de terror, as meninas ganharam em uma votação - com a ajuda de Ryan - para o último filme da noite ser uma comédia romântica. 
Louis e eu havíamos chegado a um acordo de que na frente dos outros “manteríamos as aparências”, ou seja, brigávamos como gato e rato. E durante as madrugadas, eu fugia sorrateiramente do quarto de hóspedes para o dele. Mas a tarefa de brigar com Louis já não era mais exatamente fácil. Já que sua expressão de raiva, combinada com os sorrisinhos maliciosos que ele me jogava enquanto tecia comentários que com certeza repetiria na cama mais tarde me deixavam pegando fogo.
O casal principal do filme estava se conhecendo, o que indicava que pelo menos mais uma hora e meia de tortura estava em vista. Estávamos todos no mesmo sofá, cobertos por uma manta comprida e com as luzes apagadas. A televisão tão grande que dava a sensação de realmente estarmos em um cinema.
Senti meus músculos travarem quando a mão quente de Louis tocou minha coxa por cima do tecido da calça. Ele a subiu vagarosamente, sem chamar a atenção de ninguém, até finalmente chegar no elástico e com cuidado se enfiar lá dentro. Arregalei meus olhos para ele, que tinha um sorriso malicioso enquanto encarava a televisão, fingindo prestar atenção. Mordi o lábio inferior quando senti a ponta dos dedos brincando com minha intimidade por cima da renda da calcinha. Já havia descoberto que Louis sabia usar muito bem os dedos, e que não aguentaria muito tempo sem fazer barulho. Enfiei as mãos embaixo do cobertor, segurando seu braço com força. Louis piscou um olho para mim e retirou sua mão, antes de sair, puxando o moletom para baixo e disfarçando a ereção que provavelmente se formara.
Não fazia mais do que um minuto que ele havia subido quando meu celular vibrou dentro do bolso, me deixando em desespero com a breve conversa.
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Suspirei alto, tentando controlar o calor dentro de mim.
— Tudo bem, amiga? — Daisy perguntou, virando o rosto para mim.
— Tudo sim, só um pouco de dor de cabeça. — Fiz uma careta,  tentando simular dor. — Vocês se importariam se eu for deitar?
— Claro que não. — Phoebe respondeu. — Não quer um remédio?
— Não precisa, acho que só preciso dormir um pouquinho. — Falei me levantando, sentindo o olhar dos três em cima de mim. — Boa noite. — Falei andando até a escada, e correndo assim que saí de seu campo de visão. Não precisei nem bater na porta, assim que cheguei Louis a abriu e me puxou de uma vez, colando a boca na minha.
— Demorou. — Ele disse descendo os beijos molhados até meu pescoço, me fazendo gemer baixinho.
— Só temos uma hora, tenho certeza de que as meninas vão subir assim que acabar o filme. — Falei com dificuldade, enquanto Louis me empurrava com cuidado em direção á cama. 
— Não vamos perder tempo então. — Disse me empurrando, me fazendo cair de costas no colchão. O calor em seus olhos era enlouquecedor, o sorriso malicioso na boca fina. 
Louis tirou a camiseta e o moletom pela cabeça, antes de subir em cima de mim, terminando de me queimar com os beijos.
Joguei minha camiseta para algum canto do quarto, separando minha boca da dele apenas por alguns segundos. Louis me apertava com as mãos com vontade, arranhando a pele da minha cintura e me fazendo suspirar contra sua boca. 
— Gostosa. — Sussurrou, beijando minha bochecha e se dirigindo até minha orelha, onde mordeu. — Você me deixa louco. — Meu corpo encolheu, em um arrepio delicioso ao ouvir tão de perto a voz afetada. 
Louis abriu meu sutiã e se livrou dele, sugando um dos meus mamilos com força, antes de prendê-lo entre os dentes e me fazer erguer as costas do colchão com as sensações. 
Empurrei os jeans que ele vestia com os pés, e Louis se afastou levemente, me ajudando a se livrar da peça juntamente da cueca. Enquanto Louis me observava, se dirigindo para o lado da cama onde havia um pote repleto de preservativos. Aproveitei para me livrar da calça e da calcinha, ansiosa. Louis largou o pacote laminado em cima de um dos travesseiros brancos e voltou ao meu encontro. 
— Sempre prontinha pra mim. — Ele sussurrou, com a boca contra meu ouvido enquanto usava dois dedos para me acariciar na intimidade molhada. Fechei os olhos com força, deixando um gemido baixo escapar. — Tão molhada… Isso tudo é pra mim? — Provocou.
— Você sabe que sim. — Sussurrei de volta, ouvindo-o dar uma risadinha. 
— Então, é melhor eu resolver isso, não? — Perguntou, e eu assenti rapidamente, a ponto de explodir. — Mas como você quer isso, love? — Ele tirou os dedos, levando até a boca e sugando, com os olhos grudados aos meus. — Você quer que eu te foda devagar, ou rápido e forte? — Louis perguntou, esticando o braço até o travesseiro e pegando o preservativo. Observei cada um dos seus movimentos, hipnotizada, me sentindo escorrer entre as pernas. Já tinha certa experiência, mas nunca havia sido tocada como era por Louis. Ele parecia sempre saber o que fazer, onde beijar, morder e apertar para me levar a loucura e fazer gozar quantas vezes quisesse.
Se posicionando, ele deixava beijos e lambidas pelo meu colo.
— Você ainda não respondeu, linda. Como quer que eu te foda? — Provocou com a voz rouca.
— Com força. – Consegui dizer, mas antes mesmo de terminar a última palavra, ele já estava dentro de mim, mordendo meu ombro para não fazer barulho e apertando cada vez mais meu corpo contra o seu.
Não demorou muito para que estivéssemos os dois encarando o teto do quarto, com a respiração desregulada e extasiados de prazer.
— Acho melhor ir para o meu quarto. — Resmunguei me sentando. Louis também se sentou, deixando um beijinho na parte de trás do meu ombro.
— Fica mais um pouco. — Resmungou. Enquanto eu me levantava, pegando minha camiseta do chão e a vestindo. 
— Não dá, daqui a pouco as meninas vão subir, e se passarem no meu quarto preciso estar na minha cama. — Falei enfiando as pernas na calça.
— Volta depois? — Era mais um pedido do que uma pergunta. 
— Volto. — Prometi, deixando um selinho longo na boca que estava tão viciada.
Louis me acompanhou até a porta, me dando um beijo com gosto de quero muito mais antes que eu me esgueirasse para fora e me enfiar debaixo das cobertas na minha cama.  
Entrei na cozinha cumprimentando a todos. Daisy estava sentada no colo de Ryan, Phoebe conversava animadamente com o bebê loiro em seu colo, enquanto Lewis e Lottie tomavam café na mesa. Com toda a atividade recente, acabei me esquecendo da eminente chegada deles, o que trazia a tona que haveriam apenas mais dois dias na casa.
— Onde você estava ontem? — Daisy perguntou, enquanto eu servia café em minha xícara.
— No meu quarto. — Falei sentindo meu coração dar uma vacilada quando Louis entrou no recinto e deu um beijinho no pé do sobrinho. 
— Estranho… eu passei no seu quarto e você não estava lá. — A outra gêmea falou. 
— Eu devia estar no banheiro. — Tentei manter minha voz firme, o que não deu muito certo.
— Você é uma péssima mentirosa. — Ryan disse rindo e negando com a cabeça. — Qual é! Nós sabemos que vocês dois estão transado! — Ele apontou com o indicador para mim e Louis. 
— Como…? — Senti meus olhos arregalaram, e então os três romperam em uma gargalhada. Daisy e Ryan fizeram o high-five, me deixando ainda mais confusa.
— Era um blefe, linda. Você caiu. —  A voz de Louis soou em meu ouvido, e então ele deixou um beijinho em meu ombro.
— Louis! — O repreendi, sentindo meu rosto queimar.
— Eles já sabem! — Se defendeu, rindo junto com as irmãs. Me virei para ele, escondendo o rosto em seu peito e sentindo seus braços me rodearem.
Taglist: @cachinhos-de-harry / @say-narry / @alanaavelar Quer participar da nossa taglist para ser notificado das próximas postagens? Ou gostaria de falar o que achou desse imagine? Nos mande uma ask! Vamos adorar <;3
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Louis Tomlinson
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Dushback
n/a: Um imagine bem delicinha com nosso Tommo para rechear essa quarta-feira! Ele ficou curtinho, mas espero muito que gostem!
Mastelist Lista de diálogos
Contagem de palavras: 1,517
Respirei fundo para controlar a raiva, olhando para a fornada de biscoitos que havia feito para esperar por Louis e Freddie. Desde que a vida escolar do pequeno havia começado nossos encontros haviam diminuído drasticamente, acontecendo até mesmo de Louis precisar ficar em algum hotel por LA para passar o final de semana com o filho, e o nosso contato ficava limitado a algumas chamadas de facetime. Chamadas essas que Freddie parecia fazer muito mais questão de falar comigo do que o pai. 
Já faziam alguns meses que Louis estava em casa, a pausa entre uma turnê e outra foi necessária para que ele se dedicasse 100% ao novo álbum, ele estava se esforçando mais do que em qualquer outro, e eu me orgulhava muito disso. O que não quer dizer que me sentia deixada de lado. 
Já havia notado algumas mudanças no comportamento de Louis há algum tempo. No começo era sutil, seus beijos demorados assim que chegava do estúdio passaram a ser selinhos. Nossas tardes de domingo vendo algum filme passaram a ser acompanhadas pelo seu celular onde ele anotava qualquer coisa que pudesse render uma música. 
Ele não perguntava mais sobre o meu dia, e não desenvolvia o assunto quando eu iniciava a conversa. 
Por mais que nossa vida sexual fosse relativamente ativa, e Louis sempre se esforçasse para que eu chegasse ao ápice, ele não era mais carinhoso após o ato, não me enchia de beijos nem fazia seus costumeiros comentários idiotas sobre sua performance. 
As noites frias em uma conchinha gostosa mudaram, para que ficássemos juntinhos na cama, eu precisava abraçá-lo. 
E cada dia mais as bandeiras vermelhas piscavam na frente dos meus olhos me avisando que o meu relacionamento estava indo para o fundo do poço. 
Decidi não me martirizar até que Louis voltasse, então peguei meu celular para ligar para Olivia e ver se o convite que ela havia feito há alguns dias ainda estava de pé. 
— Hey, sou eu. — Falei depois de ser atendida. — Ainda vai para a praia?
— Vou sim. Você e Lou decidiram ir? 
— Só eu na verdade. Louis foi ver a família com Freddie. — Apertei os lábios, tentando não transparecer em minha voz o quão decepcionada eu estava.
— E por que você não foi junto?
— Não fui convidada. — Suspirei. — Nem avisada.
— uhh. — Ela respirou fundo. — Entendi… Posso passar aí em quarenta minutos? 
— Perfeito, obrigado. 
Arrumei uma mala pequena, com apenas coisas o suficiente para os três dias na praia e algumas mudas de roupa para o caso de decidirmos sair para comer algo fora ou algo do tipo. 
Antes do combinado Olivia já estava apertando a campainha, me puxando para um abraço apertado assim que entrou.
— Não vai entrar na água? — Ela perguntou voltando molhada e se sentando na espreguiçadeira ao meu lado. Larguei meu livro na pequena mesa que havia entre nós. 
— Acho que não. — Fiz uma careta. — Já saíram matérias sobre Louis estar com a família sem mim, não quero alimentar com fotos de biquíni. 
— O que está acontecendo entre vocês? Lou sempre fez questão de levar você para ver a família. — Disse dando um gole em seu drink que já devia estar quente. 
— Eu não sei. — Admiti me sentando. — Ele está diferente, parece não fazer questão de falar comigo quando está em casa… agora ele foi sem nem me avisar. — Dei de ombros. 
— Vocês têm transado? — Ela perguntou com uma sobrancelha erguida. Olivia era minha melhor amiga por anos, ela sabia cada detalhe sobre mim e Louis desde o momento em que confidenciei a ela que estava apaixonada por ele. 
— Sim… mas está diferente. — Cocei meu queixo, ela me olhava com atenção e eu sabia que era a deixa para explicar. — Ele não é mais tão carinhoso depois do sexo… e também não fala mais nada durante. — Respirei fundo. — Ele costumava falar coisas obscenas o tempo todo, e agora ele nem geme direito. — Olivia assentiu lentamente, absorvendo as informações antes de dizer qualquer coisa.
— Pode ter entrado na rotina… — Ela pendeu a cabeça para o lado. — Sabe, já fazem anos que vocês estão juntos e nunca estiveram por tanto tempo no mesmo lugar por causa das turnês. 
— E o que eu faço sobre isso? — Perguntei derrotada. 
— Use uma lingerie que ele goste, faça um strip… essas coisas. Louis te ama, S/N. Ele apenas está se esforçando com o novo álbum. 
— Espero que esteja certa. — Suspirei.
— Agora vem. De jeito nenhum vai passar o final de semana sem entrar na água. — Levantou animada, me estendendo a mão e me arrastando em direção à água.
Louis chegou em casa duas horas depois de mim, deixando um selinho rápido em meus lábios e avisando que iria para o estúdio recém montado em nosso porão. Preparei o jantar esperando poder trocar mais do que duas palavras, mas para a minha decepção, Louis pegou seu prato e voltou para onde estava, me deixando sozinha com a comida e os pensamentos gritantes em minha mente. 
Tomei um banho logo, passei meu hidratante mais cheiroso e vesti minha melhor camisola, aquela que quando viu pela primeira vez fez Louis perder a cabeça. 
Mas, assim que entrei no quarto vi Louis deitado, de costas para o meu lado da cama, com os olhos fixos na tela do celular. Me acomodei nas cobertas quentinhas, me aproximando um pouco mais dele. Com uma das mãos infiltrei a camiseta cinza, deixando um carinho em seu peito, descendo devagar pela barriga, mas antes que passasse do umbigo, Louis segurou minha mão.
— Desculpa, linda, eu estou morto hoje. E preciso acordar cedo para terminar umas coisas. — Ele disse sem sequer se mover para me olhar, fazendo com que um nó se formasse em minha garganta. 
Não demorou muito para que Louis dormisse, ressoando levemente. Mas eu não conseguia adormecer, os pensamentos gritavam, torturavam, machucavam e escorriam pelo meu rosto. Saí da cama com cuidado para não acordá-lo, com a lanterna do celular iluminei meu armário, vestindo a primeira muda de roupas que encontrei. 
Precisava espairecer, respirar ar puro e tentar colocar os meus pensamentos no lugar. 
Enfiando o celular no bolso do jeans, saí em direção à escada que dava acesso ao telhado, sentando em um cantinho para encarar as estrelas. 
Me encolhi, tentando evitar o ar frio que fazia minha pele se arrepiar, me arrependendo de não ter pego um casaco. 
Já era possível ver o sol se erguendo quando a porta do telhado foi aberta com violência, revelando um Louis afobado vestindo apenas a camiseta da noite passada e uma cueca. De onde estava ele não podia me ver, e por alguns segundos o observei virando o rosto para os dois lados. Me levantei em silêncio, saindo do meu esconderijo e vendo a expressão preocupada se suavizar. 
— Eu acordei e você não estava lá, me assustou pra caralho. — Falou se aproximando. — Achei que tivesse ido embora. 
— Por que pensou isso?
— Ontem Olivia me ligou. — Disse fazendo meu coração dar um pulo. — Ela me disse umas coisas que me deixaram pensativo… e a noite eu estava chateado, porque você foi falar com ela e não comigo sobre o que estava te incomodando. 
— Lou… — Comecei, mas ele deu um passo para a frente, segurando meus ombros. 
— Eu fui um idiota, deveria ter levado para ver a minha família. E eu tenho estado pilhado com o álbum e acabei me descuidando e não te dando atenção, mas isso não quer dizer que eu não te ame mais. — As lágrimas voltaram a se formar em meus olhos, Louis me encarava com as íris azuis presas nas minhas. — Vem cá. — Ele me puxou para o abraço que eu senti tanta falta. — Sempre que eu for um idiota, você pode me dizer. Pode me bater se for preciso, mas não some assim. 
— Você não foi um idiota. — Murmurei, enfiando meu rosto em seu peito enquanto o apertava mais com os braços. 
— Fui sim. Você estava linda ontem… uma delícia — Disse me fazendo soltar uma risadinha. — e eu desperdicei por orgulho bobo. 
— Desculpa. — Falei erguendo o rosto para olhá-lo. — Eu devia ter falado sobre isso com você. 
— Devia sim. — Suspirou. — Mas eu te perdoo se você me perdoar. 
— Eu não preciso te perdoar de nada. — Louis revirou os olhos antes de me olhar com uma falsa expressão de repreensão que o sorrisinho em seus lábios entregava. — Tá bem, eu te perdoo. 
— Ótimo, agora vamos entrar. Está frio pra caralho aqui e eu tô de cueca. — Reclamou, me fazendo dar uma risada. Tentei me soltar dos seus braços para fazer o que ele pediu, mas Louis me impediu, se abaixando um pouco, passando as mãos pela minha bunda e me erguendo em seu colo, me fazendo gritar seu nome em surpresa. — Estou cuidando de você, gata. Reparando o meu erro. — Falou dando os primeiros passos em direção a porta.
— Ah é? E o que vem depois? — Falei passando os braços em seu pescoço para me segurar.
— Te jogar na nossa cama e te comer bem gostoso, do jeitinho que você gosta. — Ele me lançou seu melhor sorriso malicioso, fazer um calor se acender em meu corpo.
Meu Louis estava de volta.
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1dpreferences-br · 2 years ago
Photo
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For his first Love On Tour show in Edinburgh, Harry wore a custom Gucci look featuring a black sleeveless top with a doughnut appliqué and black leather trousers. The look was completed with pink velvet sneakers. Photos by isthatgeorgiaa and sunflowrry28.
Custom Gucci look worn with Adidas x Gucci Gazelle pink velvet sneakers
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Harry Styles
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I Do.
Diálogos: Você faz com que eu queria me apaixonar de novo e de novo por você / Eu te amei desde o momento em que pousei meus olhos sobre você / Acho que fui feito(a) para te amar
Lista de diálogos
Contagem de palavras: 1,302
Enchi os pulmões de ar na tentativa de me acalmar. Acho que poucas vezes em minha vida estive tão nervosa. Mas diferente da maioria, essa era uma ansiedade boa. Queria que as portas da igreja se abrissem logo, para que eu visse meu lindo noivo me esperando no altar.
Mas, pelo visto, toda a equipe de produção discordava de mim, já que faziam questão de prolongar o momento ainda mais.
— Tudo bem, querida? — Meu pai perguntou pela quarta vez, enquanto eu apenas assentia em resposta. — Você tem certeza de que quer fazer isso? Parece bem nervosa.
— Pai! — O repreendi, ele deu uma risada enquanto ajeitava a gravata azul escuro.
— Harry é um garoto ótimo, sabe disso. Mas você parece estar a beira de um ataque. — Ele disse parando na minha frente. Os cabelos levemente grisalhos milimetricamente penteados para o lado, arrumado impecavelmente.
— E eu estou mesmo. — Bufei. — Eu estou prestes a casar! Como quer que eu esteja calma. — Meu pai soltou um risinho pelo nariz, passou as duas mãos em meus ombros como sempre fez para me acalmar.
— Querida, você está linda. Se acalme um pouquinho e aproveite esse momento. — Respirei fundo mais uma vez.
— Se preparem para a entrada da noiva! — Alguém da equipe disse alto, fazendo com que eu arrumasse minha postura automaticamente. Tentei dar um passo para a frente, para ficar na posição certa, mas o sapato de salto se prendeu em uma das camadas de tecido do enorme vestido, me fazendo escorregar um pouco para a frente e quase cair. Vários pares de mãos me seguraram. Uma imagem desesperadora se formou em minha mente: eu entrando na igreja e caindo bem na frente de todo mundo.
— Ei, está tudo bem. — Meu pai disse puxando meu braço e tomando com o seu. — Segure no papai e vai ficar tudo bem. — Concordei, mesmo que ainda incerta.
A maquiadora e a cabeleireira conferiram uma última vez se estava tudo certo, e então a cerimonialista avisou que estávamos prontos. As primeiras notas da marcha nupcial tocaram, fazendo meu coração saltar tão alto que achei que sairia pela boca. Mas as portas só foram abertas quando a primeira estrofe de Can’t Help Falling in Love foi cantada pela voz feminina.
Havia um chão de acrílico, cheio de luzinhas embaixo, em pé ao lado de seus bancos nossos convidados estavam virados para mim. E mais a frente, no final do caminho da minha vida estava ele. Harry estava de mãos dadas com a mãe e a irmã, vestindo um terno desenhado especialmente para seu corpo, no rosto um sorriso tão largo que as covinhas se afundavam mais do que nunca nos bochechas enquanto encarava os próprios pés dentro dos sapatos bem lustrados.
Dei o primeiro passo em sua direção e então, ele ergueu o rosto. Por um momento, o mundo inteiro parou. Éramos só nós dois ali, ansiando pelo momento em que finalmente seríamos oficialmente um do outro. Sempre tive certeza de que Harry era o homem certo para mim, mas quando ele se curvou, soltando as mãos para secar as lágrimas, eu me senti a mulher mais desejada do mundo inteiro, e a vontade de chorar também me irrompeu.
A caminhada até ele era curta, mas parecia eterna. Quando chegamos perto o suficiente, Harry desceu do degrau em que estava para nos encontrar. Meu pai soltou o meu braço, e puxou o genro para os seus.
— Esse é o meu bem mais precioso, filho. Cuide bem dessa garota. — Um soluço escapou da minha garganta quando ouvi a voz embargada do meu pai.
— É tudo que eu quero, cuidar dela. — Harry respondeu, agora virando para me olhar. Meu pai pegou o buquê da minha mão e se dirigiu para algum lugar, que eu não vi, pois meus olhos estavam grudados no homem à minha frente. Harry levou as duas mãos até meu rosto, acariciando minhas bochechas antes de deixar um beijo singelo em minha testa. — Você é a coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida. — Sussurrou, me oferecendo a mão. Entrelacei meus dedos nos seus, e nós nos viramos para o padre, que sorria antes de começar a cerimônia.
— Queridos amigos, estamos hoje reunidos para celebrar o amor. — O padre começou. Harry deu um pequeno aperto em minha mão, e eu apertei de volta. — Em primeiro Coríntios temos uma passagem que diz: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Pelo amor divino viemos ao mundo, e é pelo amor que vivemos. — O homem estendeu a mão para minha sobrinha, que ergueu a pequena cesta onde estavam as nossas alianças. Colocando os anéis sobre sua grande bíblia, ele fechou os olhos e convidou os presentes para uma oração. — Aqui, meu filho. — Ele estendeu o símbolo da nossa união para Harry, que sorriu ao pegar. 
Ficamos frente a frente um com o outro, com cuidado Harry segurou minha mão esquerda e a ergueu para colocar o anel ali.
— S/N, essa aliança é só mais um dos símbolos do nosso amor. — Ele ergueu os olhos, olhando no fundo dos meus. — Eu te amei desde o momento em que pousei meus olhos sobre você. — Ele olhou para cima, tentando evitar as lágrimas que se formavam ali. Enquanto as minhas já se espalhavam pelo meu rosto. — Você é a mulher mais bonita, é a minha melhor amiga, é a grande razão de eu conseguir seguir em frente todos os dias. Você me dá força, me faz rir quando eu quero chorar e me apoia mesmo quando não concorda comigo. Acho que fui feito pra te amar, S/N. E eu quero poder te amar desta forma por toda a nossa vida. — O anel fino e dourado estava posicionado em meu dedo, e então chegou a minha vez. 
— Harry, você me completa de formas que eu nunca pensei que fosse possível acontecer. Você faz com que eu me sinta a mulher mais feliz do mundo. Você é gentil, afetuoso, um gato… — Harry soltou uma risadinha, secando o rosto com uma das mangas. — Você faz com que eu queira me apaixonar de novo e de novo por você. E que o dia de hoje, seja o marco do dia em que selamos o nosso amor. — Empurrei o anel em seu dedo. — Eu te amo, mais do que amei ontem e menos do que vou amar amanhã. E prometo que mesmo quando você estiver bem velhinho e provavelmente careca — Harry revirou os olhos, fazendo nossos convidados rirem — eu ainda vou te achar o homem mais lindo do mundo, e vou seguir te amando cada dia mais. 
A cerimônia seguiu, o padre fez mais um discurso sobre a força do amor enquanto Harry me dava sorrisos cúmplices de lado. 
— Eu aceito.
— Eu aceito. 
— S/N, Harry. É com muita felicidade neste momento, diante a Deus e todos que amam vocês, que os declaro marido e mulher. 
— Posso beijar a noiva? — Harry perguntou arrancando uma gargalhada dos presentes. 
— Á vontade, filho. — Harry virou para mim novamente, levando as mãos com cuidado para o tecido cheio de pedrarias em minha cintura, me puxando para mais perto.
— Finalmente, Sra.Styles. — Ele sussurrou, roçando os lábios nos meus. Fechei os olhos com a expectativa, sentindo milhões de borboletas percorrerem o meu estômago. Em um movimento rápido, Harry me jogou um pouquinho para trás, ainda presa em seus braços e se curvou sobre mim, finalmente selando o nosso amor com um beijo. Palmas e gritos foram ouvidos, e eu sorri contra os lábios de Harry. 
Nossa vida juntos finalmente estava começando, e eu não podia estar mais feliz.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Niall Horan
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You Still The One
n/a: Gostaria de dizer que eu achei muito gostoso de escrever esse imagine! Espero que vocês gostem tanto quanto eu! Obs: Esse imagine se passa durante o lockdown!
Avisos: Contém conteúdo sexual explicito
Contagem de palavras: 2,449
— Sabe, isso pode ser uma oportunidade. — Christian dizia. Sua imagem na tela do telefone estava um pouquinho travada.
— Oportunidade de quê? — Perguntei confuso, tomando um gole do meu suco.
— De colocar tudo em pratos limpos com a S/N. — Ele disse como se fosse óbvio. — Aproveita esse tempo para acertarem as coisas. 
— Chris… sua irmã não me quer mais, você sabe disso. — Resmunguei, passando as unhas pela barba. 
— Sei… — Ele bufando. — Eu tenho certeza de que é só ela olhar esse olho azul aí e vai derreter. — Falou me fazendo rir. — Convida ela para passar a quarentena com você. Ela está sozinha, e você sabe como ela odeia ficar sozinha.
— E eu vou fazer o que? Faz quase um ano que eu não falo com ela. Vou ligar e dizer “ei, que tal passar um tempo indefinido aqui na minha casa?” — Falei com ironia.
— Não faz um ano que vocês não se falam. — Chris estreitou os olhos.
— Okay, eu disse oi pra ela no seu aniversário. Mas foi só isso, nosso último contato depois do término. — Desviei os olhos da tela, relembrando o quão idiota me senti ao vê-la lá, tão linda, e não poder abraçá-la como queria.
— Você a quer de volta, Horan? — Não respondi, fazendo com que ele revisasse os olhos. — Responda, irlandes! — Disse sem paciência. 
— Eu… eu quero. — Suspirei derrotado. — Tudo que eu quero é a sua irmã de volta. — Christian abriu um sorriso vitorioso, e eu senti meu rosto queimando com a confissão. Ele vivia tentando juntar a mim e a irmã de alguma forma, chegando até mesmo a nos trancar em seu quarto na sua festa de aniversário, o que obviamente não resultou em nada.
— Confia em mim, você vai voltar a ser meu cunhado. — Prometeu. Deus te ouça, Chris, Deus te ouça.
A realidade é que eu não precisei que a pandemia assolasse o mundo para sentir falta de S/N, no primeiro dia eu já tive vontade de ligar chorando para ela e implorar que me aceitasse de volta. Mas aquilo não era justo. Nosso relacionamento não terminou por brigas ou desentendimentos. Na verdade, pouco discutimos nos anos em que estivemos juntos, e sempre soubemos resolver. Mas no momento em que precisei começar a lutar para manter minha carreira solo, sempre dentro de estúdios, dando entrevistas ou fazendo shows, nossa convivência ficou quase nula. Ela também não podia ficar viajando para me ver, pois sua confeitaria estava em ascensão.
Foi uma decisão muito difícil. Desistir de nós. Desistir do nosso amor.
Na época eu não conseguia imaginar minha vida sem ela, sem os abraços calorosos, o sorriso tão lindo que podia aquecer o ambiente em um dia de inverno vigoroso. 
Mas precisei guardar meu coração no bolso, e seguir em frente. 
Nos primeiros dias, mantivemos algum contato, por mensagens, que foram ficando cada vez mais escassas, até que param completamente. 
Eu me enterrei no trabalho, escrevendo músicas e mais músicas, todas sobre ela. 
Christian era a minha única fonte de informações sobre ela. Eu sabia que nesse quase ano ela não tinha ficado com ninguém a sério, que a confeitaria ia cada vez melhor. Ela estava realizando seu sonho. E eu o meu. Pelo menos parte dele.
S/N’s pov
Respirei fundo, tentando fugir de Christian mais uma vez. Era a primeira vez que eu saía de casa desde o começo da pandemia, e só o havia feito porque ele me disse ter um assunto seríssimo para tratar.
— Você não pode nem considerar? — Meu irmão falava andando atrás de mim.
— Chris, não! — Disse já sem muita paciência.
— E por que não? 
— Porque não faz sentido! Nós não estamos juntos, não vou passar sabe se lá quanto tempo na casa dele! — Bati com a mão no mármore da pia da cozinha.
— S/A, ele sente a sua falta. — Chris suspirou, parando ao meu lado. — Ele quer muito que você vá.
— E como você sabe? — Perguntei com ironia.
— Ele me disse. — Deu de ombros. — Hoje mesmo.
— Você não está falando sério. 
— Estou sim. Niall ainda ama você, e eu sei que você o ama também. — Disse em tom presunçoso.
— Eu não. — Menti. 
— Sua mentirosa! — Ele fechou a cara. — Pelo menos considera. Pensa bem, eu tenho certeza de que vocês podem resolver tudo que ficou pendente. 
Voltei para minha casa com a pulga plantada atrás da orelha. Será que ele queria mesmo que eu fosse? Será que não é só mais um plano do Chris? 
Me joguei em meu sofá, colocando uma das músicas do último álbum de Niall. Faziam alguns dias que tinha tomado coragem para finalmente ouvir. E estava simplesmente perfeito, algumas músicas falando comigo que uma forma tocante. 
Tomei um susto quando vi a notificação em meu celular. 
Era ele.
A foto de perfil estava diferente, mas o apelido que eu havia colocado como contato, acompanhado do coração azul que passara a ser minha cor preferida no instante em que vi seus olhos pela primeira vez não deixavam dúvida. Era ele mesmo.
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Fiquei algum tempo martelado a ideia em minha cabeça. Meu lado racional dizia que era uma péssima ideia ficar trancada com meu ex (que eu ainda amava) por tempo indeterminado. Já meu coração gritava, me mandando aceitar. Por mais que achasse que Niall não queria nada além de uma amizade comigo, qualquer segundo ao lado dele valia a pena.
Fiz uma mala de mão correndo, pegando apenas o essencial. E fui, juntando o restinho de coragem que havia em mim.
Toquei a campainha, meu coração batendo tão forte que podia sentir em meu corpo inteiro. Não demorou mais do que alguns segundos para que ele abrisse a porta, usando uma máscara preta para se proteger. Mesmo com a boca coberta, eu podia ver pelos cantinhos dos olhos mais lindos que existem levemente repuxados que ele sorria.
— S/A, entra. — Disse dando um passo para trás, me dando passagem para aquele lugar que há algum tempo eu chamei de casa.
Os dias transcorreram mais tranquilos do que eu esperava. A cumplicidade entre nós dois era a mesma de sempre, o que fazia o idiota do meu coração vacilar cada vez que Niall me dirigia um sorriso ou chegava um pouco mais perto.
Em nenhum momento ele mencionou nosso relacionamento, ou o término dele. 
Passávamos os dias rindo de alguma idiotice que víamos na televisão, a noite revezamos com o jantar, ou pedimos algo de fora. De vez em quando Niall tocava violão baixinho, e eu acabava pegando no sono no sofá, acordando na manhã seguinte na cama confortável do quarto de hóspedes.
A chuva lá fora batia com força, a lareira acesa no canto da sala nos deixando aquecidos e confortáveis. Niall estava jogado no sofá, eu estava deitada com as costas encostadas em seu peito, sentindo seus dedos fazendo um carinho gostoso em meu coro cabeludo. Um programa de auditório passava na televisão, e Niall ria de vez em quando, balançando nossos corpos. 
A sala estava perfumada pelos pequenos cupcakes de amora que eu havia feito mais cedo, que da fornada
apenas dois sobraram e pairavam na mesinha de centro.
— S/A. — Niall chamou meu nome baixinho, fazendo meu corpo aquecer.
— Uh? — Perguntei sem desviar meus olhos da televisão.
— Você sabe que dia é hoje? — Franzi minhas sobrancelhas, tentando me lembrar. Desde que havia vindo para a casa de Niall havia perdido a noção do tempo. A contra gosto me afastei de seu peito, sentando no sofá e me esticando para pegar meu celular na mesinha. Uma onda repentina de tristeza me inundou, quando vi a data no ecrã.
— É nosso aniversário. — Sussurrei. — Quer dizer, era. — Me corrigi. 
Virei o rosto para a lareira, a fim de secar a lágrima sorrateira que escorreu sem aviso. Fechei os olhos, tentando conter a emoção que vinha. Não queria estragar o clima gostoso entre nós dois dessa forma, demonstrando a ele que não havia superado. 
Senti os dedos de Niall agarrarem meu queixo, me forçando a olhá-lo. 
As íris azuis, onde eu costumava adorar me perder, me encaravam. Ele estava tão perto que podia sentir o perfume suave que exalava de seu corpo.
— Niall, eu… — Respirei fundo, buscando as palavras.
— Shhh. — Ele fechou os olhos, encostando sua testa na minha. — Eu sei.
— Sabe? — Perguntei em um sussurro, aproveitando cada segundo de sua pele encostando na minha.
— Uhum. — Ele assentiu com leveza, roçando o nariz no meu. — Esses dias que você está aqui… parece que não passou nem um segundo. — Niall se afastou levemente, o suficiente para me olhar. — Como se… — Ele suspirou.
— Como se nunca tivesse acabado. — Confessei meu pensamento. O polegar do moreno fazia carinho em minha bochecha, afastando mais uma lágrima que escorreu por ali.
— Eu sinto tanto a sua falta, meu amor. — Ele disse baixinho. Fechei meus olhos com força, sentindo o coração pesar dentro do peito. O apelido que por anos ele me chamou, que eu tanto senti falta de ouvir em seu sotaque. 
— Eu também, babe. — Abri meus olhos, observando o sorriso contido que se formava nele.
Por alguns segundos, apenas nos encaramos. Meu coração batia tão forte que podia ouvir retumbar em meus ouvidos. 
Niall deu o primeiro passo, me puxando com a mão que ainda estava em meu rosto, colando nossos lábios. 
Sem conseguir me conter, enlacei seu pescoço com meus braços, deixando que ele aprofundasse o beijo maravilhoso.
Senti meu corpo inteiro amolecer quando a língua quente entrou em contato com a minha, em movimentos vagarosos, explorando com saudade cada cantinho. Nosso beijo sempre encaixou bem, mas o toque de saudade deixava tudo muito melhor. 
Infiltrei meus dedos entre seus cabelos, puxando levemente, e arrancando dele um suspiro. 
O beijo foi quebrado, nossas respirações estavam alteradas. As pupilas de Niall estavam dilatadas, do azul só restava um anel muito fino. Seus lábios levemente inchados e avermelhados pelo beijo recém dado. Devastador de tão lindo. 
— Fica comigo. — Ele sussurrou, puxando meu rosto para perto novamente, trilhando uma sequência de beijos molhados dos meus lábios até a clavícula. 
— Estou aqui. — Falei em um suspiro, sentindo minha pele arrepiar.
— Eu amo você. — Disse com a boca contra o meu pescoço. Não consegui conter o sorriso. 
— Eu te amo. — Sussurrei de volta, sentindo seu sorriso em minha pele.
As mãos grandes de Niall desceram até minha cintura, me puxando com facilidade para o seu colo. Voltei a colar nossas bocas, sentindo suas mãos se infiltrarem em minha camiseta. Ele acariciava minhas costas com cuidado, enquanto os dentes mordiam meu lábio inferior.
Nunca imaginei que em alguns dias juntos estaríamos assim, mas lembraria de agradecer aos céus mais tarde. 
Ergui os braços quando ele puxou a camiseta para cima, revelando o sutiã rosa bebê. Joguei a cabeça para trás quando a língua quente passou entre o vão dos meus seios, deixando um rastro molhado. Podia sentir o volume cada vez mais evidente, preso dentro da calça de moletom. 
Eu estava enlouquecendo, completamente entregue aos seus toques. E ele sabia exatamente o que fazer, onde tocar. 
Niall abriu o fecho do meu sutiã, se livrando a peça, jogando-a para trás. 
— Linda. — Murmurou, antes de descer o rosto até os meus seios. — Perfeita. — Continuou, antes de sugar um dos meus mamilos, enquanto apertava o outro entre o polegar e o indicador. 
Deixei que um gemido sofrido escapasse, me esfregando contra a ereção crescente atrás de algum alívio, o que fez Niall praticamente rosnar. 
Puxei a camiseta branca que ele vestia para cima, para logo após passar as mãos pela fina camada de pelos que havia ali. 
Ele subiu os beijos lentamente, voltando para minha boca, me devorando em um beijo muito mais quente que os outros.
Estávamos uma bagunça, sedentos um pelo outro. Morrendo de saudade. 
Me levantei, me livrando das minhas próprias calças, e Niall seguiu o meu exemplo. Estávamos totalmente nus agora, e eu voltei para onde estava, para o meu lugar. Em cima dele.
Podia sentir a glande gorda roçando em minha entrada, me deixando a ponto de explodir.
— Você têm certeza? — O moreno perguntou, com os olhos grudados aos meus.
— Sempre tive certeza sobre você, amor. — O sorriso que Niall abriu era capaz de fazer meu coração parar. Levando uma das mãos entre nós, ele se posicionou, entrando em mim lentamente.
Fiquei parada por alguns segundos, me acostumando com seu tamanho. Ele havia sido o último com quem eu estive, e já fazia algum tempo.
Comecei a me movimentar lentamente, me deleitando com a sensação de preenchimento, acompanhada dos gemidos roucos que escapavam da garganta de Niall. 
Ele me encarava com atenção, a luz laranja da lareira refletindo em sua pele, os lábios entreabertos, puxando o ar com força. 
Levando as mãos até minha bunda, ele me fez aumentar o ritmo, arrancando gemidos de ambos.
Colei minha testa na sua, os olhos fixos nos dele. O som de sua pele batendo na minha, as pequenas mordidas que ele dava em meus lábios, engolindo meu gemidos. 
— Senti tanta falta disso, amor. — Ele murmurou. — Vê como somos bons juntos? 
Eu não conseguia falar nada, o prazer me inundava. Apoiando as mãos em seus ombros, aumentei ainda mais os movimentos. 
— Eu te amo tanto, S/A. — Revirei meus olhos, as palavras doces fazendo do momento ainda mais perfeito.
— Eu te amo, Niall. — Sussurrei, seu nome saindo com dificuldade da minha boca, acompanhado de um gemido. — Você é tudo pra mim. 
Minha declaração pareceu tirá-lo do eixo. Niall apertou os dedos contra a pele da minha bunda, se empurrando contra mim com força, indo fundo. 
O orgasmo estava chegando, eu podia sentir ele se formando abaixo do meu ventre, espalhando calafrios por todo o meu corpo. Meus gemidos se tornaram mais finos, nossos movimentos mais necessitados.
Ergui uma das mãos, levando até seus fios escuros, puxando levemente. Sabia que ele adorava que eu mexesse em seu cabelo, principalmente durante a transa.
— Goza comigo, amor. — Niall implorou. Meu corpo o obedeceu, se estilhaçando em um milhão de pedacinhos, me fazendo gritar. Niall gozou com força, jorrando quente dentro de mim. 
Fiquei sentada em seu colo mais algum tempo, tentando controlar os tremores em meu corpo depois do orgasmo expendido. 
— Preciso te avisar, que depois disso, não vou te deixar ir nunca mais. — Niall disse depois de alguns minutos, me encarando fundo nos olhos.
— Não vou a lugar nenhum sem você, meu amor, nunca mais. — Fui presenteada com um beijo terno, lento. Niall se retirou de dentro de mim, e levantou comigo no colo, me fazendo soltar um gritinho. — O que está fazendo? — Perguntei rindo.
— Vamos tomar um banho. — Ele disse caminhando calmamente em direção ao banheiro. — E depois eu quero dormir muito agarrado em você.
— Muito agarrado? — Perguntei dando um beijinho em uma das bochechas.
— Muito agarrado. — Confirmou. — Para o resto da vida. Não vou te soltar nunca mais.
Me conte o que achou aqui! Se puder dar um 🧡 e reblogar para esse imagine chegar em mais pessoas, serei eternamente grata!
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Imagine com Harry Styles
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Taken
n/a: SIM, MAIS UM IMAGINE COM HARRY STYLES UHAUHAS. Mas, em minha defesa, vocês é que mandam pedidos incríveis com ele, então... Logo deve sair outro com outro boy ok? uashuah Esse imagine ficou simplesmente gigantesco, e eu espero que vocês gostem mesmo assim.
Avisos: Contém palavrões.
Contagem de palavras:4,864
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— Obrigado. — Falei forçando para o motorista. Desci do carro adentrando o apartamento escuro. Permiti que finalmente os sentimentos se mostrassem. Sentei no chão, ainda encostada na porta de entrada, e o choro alto que fugiu da minha garganta só me fazia sentir ainda mais patética. 
Os olhares de pena que me encararam há apenas alguns minutos estavam gravados em minha mente, enquanto eu olhava para o homem que amava abraçando aquela que mais de uma vez quebrou seu coração. 
Eu sempre soube que Harry e Daphne tinham uma história complicada, eles viviam terminando e voltando desde o ensino médio, mas, depois da última vez, em que ela foi embora para o outro lado do planeta deixando apenas um bilhete escrito “Desculpe” todos pensamos que não haveria volta dessa vez. 
Eu me aproximei de Harry quando ele estava em meio à fossa, sem segundas intenções, esperando apenas ser a amiga que eu gostaria de ter agora. Mas com o passar dos meses, os sentimentos foram brotando e ficando cada vez mais fortes. Sentimentos que eu esperava que ele correspondesse pelo menos um pouquinho, mas claramente estava errada. Faziam alguns meses que a nossa relação passou da amizade, começando com um beijo que envolveu muita bebida antes, e desde lá, nos tornamos quase um casal. Quase.
Não colocamos nenhum rótulo, apenas aproveitamos a presença um do outro, dando em passos calmos um rumo para a nossa história. Passos que agora sei que eu dei sozinha.
Pensando bem, Harry nunca havia contado seus sentimentos em relação a mim, ele era sempre amável, me tratava bem, me elogiava. Mas nunca disse estar apaixonado ou sequer gostar de mim dessa forma. 
Precisei juntar toda a minha confiança para sair de casa no dia seguinte, para ir até a casa de Harry, como fazia todo final de semana. Já fazia algum tempo que não ficávamos longe durante esses dias. E eu prendia fazer desse o último, aproveitar cada segundo, cada migalha de afeto.
— Daphne…— Meu corpo congelou quando ouvi a voz dele, antes de virar o corredor que dava acesso ao seu apartamento. 
— Eu senti tanto a sua falta. — A voz feminina fez meu coração afundar dentro do peito. — Pensei tantas vezes em ligar e…
— E por que não fez isso? Eu merecia pelo menos mais do que um bilhete com uma palavra só. — O tom de voz dele era magoado. 
— Merecia sim. Você merece muito mais. — Ela suspirou. 
— Olha, eu estou esperando alguém. 
— A sua amiga? Aquela que foi embora cedo ontem? — Senti meu coração dar um salto. Meu deus, eles tão falando de mim.
— Sim, então se puder…— De repente Harry ficou em silêncio, a curiosidade me atingiu, e mesmo sabendo que poderia me arrepender da decisão, dei um passo em frente. 
Encontrei a cena que transformou os cacos do meu coração em estilhaços. Harry e Daphne estavam se beijando. Ela segurava em sua nuca e ele a sua cintura.
Precisei colocar a mão sobre a boca, para não deixar escapar nenhum barulho. Dei meia volta, fugindo o mais rápido possível. 
Meu corpo doía com a força dos soluços que saíam de mim, meus olhos ardiam e o ar parecia não ser o suficiente para encher meus pulmões. A dor em meu coração era quase física. 
Observei a foto de Harry começar a piscar em minha tela pela quarta vez. Decidi atender. 
— Meu deus, você me assustou! O que aconteceu? Você está bem? — Ele despejava as palavras todas de uma vez, sua voz causando ainda mais dor. 
— Harry. — Minha voz saiu como uma lamúria.
— O que está acontecendo? Ainda está se sentindo doente? Eu vou te levar em um hospital, chego aí em… 
— Harry. — Falei um pouco mais firme, fazendo-o finalmente parar de se atropelar com as palavras. — Eu vi vocês. — Confessei.
— S/A… 
— Por favor, espera, me deixa terminar. — Suspirei. — Eu sempre soube que nós tínhamos um prazo de validade. Que algum dia ela voltaria e seria como sempre foi: você voltando pra ela — O choro em minha voz estava muito mais do que evidente agora. — Eu acho que esqueci de me preparar para esse momento. Eu achei que… — Engoli em seco, tentando desfazer o nó que se formava em minha garganta. Harry não falava nada, mas eu podia ouvir sua respiração calma do outro lado da linha. — Achei que podia fazer você esquecer dela. Mas ontem… 
— Não aconteceu nada ontem.
— Eu vi como você olha pra ela, Harry. — Encostei o rosto em uma das mãos, as imagens dos poucos minutos em que fiquei na festa voltando tão claramente que era quase possível ver. — Era como se nada mais existisse no mundo. Você nunca me olhou assim, e nunca vai olhar. — Por alguns segundos, me permiti chorar, esperando que diminuísse a agonia em meu peito. — Eu espero que ela mereça o seu amor, Harry. E desejo de todo coração que você seja feliz. — Sussurrei. 
— S/N. — Ele chamou, a menção do meu nome naquela voz me fazendo sentir ainda pior. — Não faz isso, não posso perder você.
— Você não vai me perder, nunca. — Funguei. — Eu só preciso de um tempo… eu não vou nunca conseguir te tirar do meu coração, mas preciso me acostumar com a ideia de você não ser mais meu. 
— Posso ir te ver? Vamos conversar pessoalmente.
— Não, por favor. — Implorei. — Eu não posso te ver agora. — Ele chamou meu nome mais uma vez, mas eu não conseguia mais fazer aquilo, desliguei a ligação. Sua foto apareceu mais uma vez, e então, eu joguei o celular com força em algum lugar, na tentativa de fazer a dor sumir. Mas ela não sumiu, apenas aumentava, me consumindo cada vez mais.
— Eu não quero ir. — Resmunguei.
— Thomas vai ficar magoado se você não for. — Candace disse em tom de aviso enquanto passava o delineador preto acima dos cílios.
— Eu sei. — Suspirei, pegando um espelho de mão na bolsa de maquiagens e passando pó com um pincel por cima da camada fina de base. — Só acho que é muito cedo para ver Harry. — Dei de ombros.
— Querida, ele não está com ela. — Ela me olhou pelo espelho da penteadeira.
— Como você sabe? Ele pode estar mantendo entre eles dois por enquanto…
— Você precisa parar de maquinar essas coisas na sua cabeça. Vocês dois precisam ter uma conversa sincera, mesmo que não fiquem juntos. — Ela ergueu as sobrancelhas, me fazendo suspirar mais uma vez. 
Talvez Candace estivesse certa, e talvez o que eu precisasse para poder finalmente seguir em frente fosse uma conversa com Harry, colocando os pingos nos ís. 
— Tom! — Falei ao encontrar o loiro assim que entrei no apartamento cheio. Ele sorriu me puxando para um abraço apertado. — Feliz aniversário. — Falei com dificuldade pelo seu aperto.
— Obrigado! Estou tão feliz que você veio. — Ele disse plantando um beijo em minha testa. 
— Seu presente. — Falei estendendo o embrulho que ele pegou com animação. 
— Fique à vontade, a casa é sua! — Ele disse antes de se afastar para ir até um grupo de pessoas que o chamavam.
Passei os olhos rapidamente pelo lugar iluminado apenas por luzes coloridas presas no teto, alguns conhecidos se divertiam dançando com copos de plástico nas mãos.
Caminhei com calma até a cozinha, desviando o máximo possível das pessoas já embriagadas. Peguei um copo na pequena pilha, enchendo com o líquido verde que tinha gosto de maçã. 
— Você está linda. — Senti um arrepio percorrer minha espinha quando reconheci a voz rouca soando atrás de mim. Me virei com um pouco de dificuldade em cima dos saltos enormes. 
— Você também. —  Falei com sinceridade. Ele vestia uma calça jeans de um azul claro com um rasgo em um dos joelhos, uma das clássicas camisas de estampa extravagante com os botões abertos revelando uma camiseta branca e lisa por baixo. Harry abriu a boca para dizer alguma coisa, mas sua atenção se voltou quando alguém chamou seu nome.
E lá estava ela, Daphne com um vestido vermelho e um batom da mesma cor ornado por um sorriso de orelha a orelha.
Engoli um gole grande da bebida, desejando que o teor alcoólico fosse mais alto.
Ele me olhou novamente, mas em silêncio eu me afastei.  
— Posso ir ao seu quarto um pouquinho? — Falei ao alcançar Thomas no meio da pista de dança improvisada. Ele me encarou confuso por alguns segundos e então eu apontei com a cabeça para a cozinha, onde agora os dois conversavam perto um do outro. O loiro soltou um suspiro longo antes de permitir. Agradeci deixando um beijinho em sua bochecha e me esgueirei para o meu novo esconderijo. 
Sentei na ponta da cama, tirei os sapatos fazendo uma leve massagem em meus dedos doloridos, e então, a porta abriu, deixando o som alto adentrar no recinto.
— Achei que você tinha ido embora. — Harry falou entrando e fechando a porta atrás de si, abafando o som novamente. 
— Estava com um pouco de dor. Candace me obrigou a vir com esse instrumento de tortura. — Falei soltando uma risada pelo nariz, parte do que eu dizia era verdade, ela realmente me obrigou. 
— Eu sei que veio se esconder por causa da Daphne. — Ele disse dando alguns passos até a cama, sentando ao meu lado. — Eu tentei te ligar todos esses dias. 
— Eu sei. — Falei encarando o tapete. — Mas acho que não estava pronta para falar com você ainda. 
— Está agora? 
— Eu não sei. — Suspirei. — Mas acho que é inevitável. — Finalmente ergui meu rosto para observá-lo, sendo atingida pela visão que me fez falta por tantos dias: aqueles olhos verdes que tinham o poder de encarar dentro da minha alma, os lábios desenhados e rosados em um sorriso fraco acompanhado por uma covinha do lado direito.
Mordi o lábio inferior e respirei fundo algumas vezes, tentando sair daquele feitiço que ele sempre me lançou. 
— Harry, eu…
— Não. — Ele esticou o braço na cama, tocando minha mão com a sua. A pele fria da ponta dos dedos fazendo um arrepio subir pelo meu braço, e a minha pulsação acelerando pelo contato depois de tanto tempo. — Aquele dia, na ligação, você não me deixou falar. Agora é a minha vez.
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Harry's pov
Joguei o celular no sofá, sentindo uma vontade imensa de gritar para acalmar a minha raiva, e foi o que fiz, sem sucesso algum. 
Daphne sempre dava um jeito de estragar tudo, sempre que eu construía algo ela vinha seja lá de onde fosse para demolir novamente. 
Joguei a primeira coisa que vi na parede, só depois ver que era um vaso de flores, já espatifado no chão, em cacos.
Puxei o cabelo entre os dedos, formando uma pressão em minha cabeça, ainda com muita vontade de gritar e quebrar mais alguma coisa. 
— O quê aconteceu aqui? — Gemma perguntou entrando na sala, observando o caos que eu havia causado.
— Daphne voltou. — Murmurei, me jogando no sofá. A expressão no rosto da minha irmã se tornou dura e depois de um longo suspiro ela se sentou ao meu lado. — Acabou de sair daqui na verdade.
— E o que ela queria?
— O que você acha? — Falei pressionando os dedos em minhas têmporas. 
— O que ela te disse? — Sem tom de voz era calmo, me trazendo alguma paz. Gemma era uma das poucas pessoas que sabia lidar comigo quando a raiva me consumia, me dando espaço para extravasar, mesmo que depois viesse um sermão, quando eu já estivesse mais calmo.
— Que sentia a minha falta, que queria ter ligado…— Dei de ombros. — E depois ela me beijou. 
— Você retribuiu? — Abri os olhos para encarar a minha irmã, vendo-a erguer uma sobrancelha esperando por uma resposta.
— Sei lá. 
— Harry, você não é burro, então responda logo.
— Acho que sim. — Suspirei. — Mas isso não é o pior. — Cocei minha cabeça, já sabendo o que viria pela frente.
— O que pode ser pior? 
— Acho que S/N viu. 
— O quê?! — Ela quase gritou, fazendo meu ouvido doer.
— Tínhamos marcado aqui hoje, ela não apareceu. Eu liguei como um louco e quando ela atendeu estava chorando e disse que nos viu aqui. — A culpa me corroía, meu coração estava pesado dentro do peito desde o segundo em que a ouvi chorando, sabendo que a culpa era minha.
— Cacete, Harry! — Gemma se levantou, me deixando atônito já que ela nunca falava palavrão. — Eu sabia que isso ia acontecer. 
— Sabia? 
— Claro, é sempre assim. — Ela deu de ombros, andando de um lado para o outro no tapete da sala. — Essa… garota aparece e estraga tudo sempre. — Bufou. — Mas você é pior. — Apontou o dedo para mim.
— Eu? — Falei ofendido.
— Sim, você. Harry, você sempre deixa essa garota entrar e virar sua vida de cabeça para baixo! Depois fica chorando pelos cantos, tentando montar tudo que ela fez questão de destruir. — Gemma puxou os cabelos loiros para trás, exatamente como eu havia feito momentos atras. — Eu avisei, mas ela não quis me ouvir.
— Ela? 
— S/N. — Ela disse se virando para mim, me encarando não com raiva, mas com uma decepção que fez meu coração doer ainda mais. — Todos nós avisamos, Harry. Assim que vimos que ela estava se apaixonando por você, avisamos que assim que Daphne passasse na sua frente você voltaria correndo. Ela tentou mentir para si mesma dizendo que não, que vocês eram amigos, mas olha só o que aconteceu. — As palavras carregadas de ironia me cortavam como dezenas de facas afiadas.
— Você disse para ela não ficar comigo? — Falei ainda um pouco surpreso com a revelação.
— Disse. Porque ela é uma garota incrível, que não merecia passar por isso. 
— Eu sei. — Murmurei culpado.
— E mesmo assim, fez exatamente o que nós dissemos. — Ela disse sentando novamente, escondendo o rosto entre as mãos em um suspiro muito longo. — Eu realmente achei que dessa vez seria diferente. — Me encarou. — Ela respeitou seu tempo, ajudou a curar seu coração. Acho que nunca vi você assim, Harry.
— Assim como? 
— Tão feliz, tão cheio de vida. — Ela passou as mãos pelo rosto, como sempre fazia agora se acalmar. — Pela primeira vez na vida, você teve uma mulher ao seu lado, te dando apoio. E jogou isso fora. 
— Eu não joguei. — Sussurrei. — Ela entendeu errado.
— Você afastou Daphne quando ela te beijou?
— Não. — Falei baixo, envergonhado como se confessasse um pecado. 
— Então jogou. Dessa vez, quem estragou tudo foi você, Harry.
Os dias se passavam em uma lentidão torturante. Todos os dias tentava ligar e mandar mensagem para S/N, sem nenhuma resposta. O que me deixava apreensivo e ansioso a cada segundo que passava.
Nunca percebi a falta que ela fazia, pareceu que S/N sempre esteve lá, me apoiando ou apenas fazendo companhia. Cada minuto que passava eu sentia mais falta, do seu sorriso, das piadas horríveis que ela fazia e somente ela ria, da risada escandalosa, o péssimo gosto para filmes. 
S/N estava marcada em mim. De alguma forma ela entrou quietinha e sorrateira, roubando meu coração e levando com ela para onde fosse. 
O medo que antes eu sentia de que Daphne nunca voltasse em algum momento se tornou o contrário. Eu sequer percebi quando comecei a temer que ela aparecesse e fizesse meu coração bater mais forte, porque estava tudo indo tão bem, e eu não queria que acabasse. 
Mas ela voltou, eu não fazia ideia de que ela estaria na festa de James, e meu coração deu um pulo, quase saindo fora do peito quando a vi. Mas não da forma que fazia antes, era apenas… surpresa.
E como um idiota perfeito, eu estava tão feliz que não me sentia afetado por ela que deixei que toda aquela merda acontecesse. 
O beijo que ela roubou em frente ao meu apartamento era a prova que eu precisava que aquele ciclo finalmente tinha se acabado e eu poderia seguir em frente com a garota certa. 
Entrei no estúdio carregando meu violão dentro da capa, Thomas estava sentado em uma poltrona enquanto rabiscava alguma coisa em um caderno.
— Ei! Decidiu trabalhar! — O loiro disse ao notar minha presença. O cumprimentei com um toque de mão antes de me jogar na poltrona à sua frente. — Como você está? Sumiu desde a festa do James. 
— Está tudo uma merda pra falar a verdade. — Suspirei. 
— O lance com Daphne? — Perguntou enquanto tirava meu violão da capa.
— A fofoca corre. — Resmunguei.
— S/A contou para Candy. — Ele deu de ombros. Claro, Candace era a melhor amiga dela, deve saber de cada detalhe sobre o grande idiota que eu fui.
— Como ela está? 
— Você sabe… é complicado. — Thomas suspirou enquanto eu apertava os olhos, sabendo que ele tentava fugir do assunto. — Prometi a Candy que não falaria sobre S/A com você. 
— Eu só quero saber como ela está. 
— Ela está chateada, H. — Ele deu de ombros. — Nós avisamos que isso iria acontecer, mas ela estava tão encantada…
— Qual é? Todo mundo falou coisas péssimas sobre mim pra ela? — Perguntei irritado.
— Você não pode nos culpar! Isso sempre aconteceu, e S/N não merecia ter o coração partido. 
— Eu sei. — Suspirei fundo. — Estou me sentindo péssimo. 
— Ótimo. — Ele disse deixando um sorrisinho escapar, o encarei com uma carranca o que fez o sorriso abrir. — Desculpe, cara. — Ergueu uma das mãos em sinal de rendição. — Meu aniversário é no próximo sábado, vou fazer uma festa no meu apê. Está convidado.
— Ela vai? — Perguntei tentando não parecer muito interessado, o que fez Thomas revirar os olhos.
— Eu não sei. Candy está tentando convencê-la. Mas você tem que prometer que não vai incomodá-la se ela for. 
— Eu só quero conversar, acertar as coisas, Tom. — Joguei o corpo para trás na poltrona. — Sinto falta dela. 
— Se você vai mesmo fazer isso, tem que dar um ponto final na sua história com a Daphne. — Thomas disse me encarando, tocando algumas notas no violão. 
Thomas estava certo, eu precisava dar um final definitivo. Desbloqueei o número da minha ex, e enviei uma mensagem pedindo que me encontrasse em um café que costumávamos frequentar. 
Daphne chegou quinze minutos atrasada, como sempre, algo que eu costumava não ligar, mas era impossível não comparar com S/N. Ela era sempre pontual com os compromissos, por mais simples que fossem, dando valor ao tempo das pessoas.
— Fiquei tão feliz que me convidou. — A loira disse sentando ao meu lado. Daphne usava uma maquiagem pesada, batom vermelho e algo que deixava cílios grudados e grossos, com uma aparência estranha. De alguma forma eu sabia que ela sempre fora assim, e não entendi porque por tantos anos a achei tão deslumbrante. 
S/N era mais simples nesse quesito, ela gostava de usar maquiagem mas na maior parte do tempo tinha preguiça de fazer algo mais elaborado. Não que ela precisasse, já que tinha os olhos mais expressivos que já vi em toda minha vida. 
Daphne tomou um gole do café que lhe foi servido e então se aproximou, fechando os olhos e eu sabia muito bem o que vinha depois.
— Daph, não. — Falei segurando em seus ombros, fazendo-a me encarar com confusão. — Não foi para isso que eu te chamei aqui. 
— Eu achei que… 
— Me desculpe, não quis dar a ideia errada. — Suspirei. — Na verdade, eu vim dizer que… acabou. De verdade dessa vez. 
— O quê? 
— Eu estou com alguém e não quero estragar isso. 
— Ora, isso não atrapalhou das outras vezes. — Disse com ironia, citando as duas vezes em que traí as garotas com quem estava com ela.
— É, eu sei. Mas parece que eu finalmente acordei, Daphne. Eu passei anos da minha vida rastejando, implorando por você. Eu já dormi na soleira da sua porta, implorei por uma chance. Você foi embora sem se despedir, e sempre que eu reconstruo a minha vida você aparece para me deixar confuso. — A garota me encarava com os lábios entreabertos, ouvindo tudo com atenção. — Mas eu não vou deixar que você faça isso de novo. Eu amo S/N, como eu nunca senti antes. — As palavras escaparam antes que eu pensasse sobre elas, fazendo Daphne arregalar um pouco os olhos.
— Nem por mim? 
— Nem por você. ��� Ela encarou os próprios dedos com cima da mesa por alguns segundos. 
— Eu… não sei o que dizer. — Disse baixo. — Espero que você seja feliz com ela. 
— Eu vou. Espero que encontre alguém legal também, Daph, e que dê valor quando isso acontecer.
— Acho que aprendi a minha lição. — Ela ergueu os olhos para me olhar mais uma vez.
— Eu preciso ir agora, obrigada por vir. — Falei levantando, enquanto ela me acompanhava com os olhos em silêncio. 
A sensação de peso saindo das minhas costas era ótima, mas a falta de S/N ainda me atormentava. Ela continuava ignorando qualquer tentativa de contato, e Thomas seguia com a mesma informação: não sabia se ela iria à festa. 
Troquei de roupa pelo menos cinco vezes antes de voltar para a primeira opção e decidir sair. Sentia as mãos suarem com o nervosismo e mesmo sem a certeza de que a veria, precisava arriscar. 
Já fazia quase uma hora que a festa havia começado, as pessoas já estavam embriagadas quando a vi entrando e indo direto até Thomas, que a abraçou com força antes de pegar o presente que ela oferecia. Com os olhos acompanhei seu trajeto até a cozinha, tomando cuidado para não trombar com ninguém e caminhando mais devagar que o normal por conta dos saltos que ela odiava. 
Tomei um gole longo da bebida para ir até ela. 
S/N estava simplesmente perfeita, com um vestido verde escuro que destacava a cor de sua pele, os cabelos soltos sobre os ombros e com uma maquiagem leve que mesmo de longe eu podia notar.
— Você está linda. — Falei vendo-a dar um pulinho com o susto. S/N se virou, me fazendo perder o fôlego por alguns segundos com a visão de seu rosto lindo depois de tantos dias de afastamento.
— Você também. — Ela disse dando um sorriso sincero, e eu tive certeza de que infartaria a qualquer segundo. Respirei fundo, tentando controlar o meu nervosismo, e iria pedir para conversarmos em algum lugar mais vazio quando ouvi meu nome ser chamado. 
O sangue gelou quando vi Daphne se aproximando animada e provavelmente bêbada. Antes que eu pudesse pedir que ficasse, S/N se afastou em silêncio.
— Daph, oi. — Falei acompanhando a única garota que eu queria com o olhar, ela caminhava entre as pessoas na pista de dança na direção de Thomas.
— É a sua namorada? — Ela perguntou acompanhando minha atitude.
— É. — S/N disse alguma coisa no ouvido de Thomas. — Quer dizer, eu ainda não consegui falar com ela. 
— Ela é linda. — Encarei Daphne, sem conseguir conter o sorriso.
— Ela é sim.
— Também é uma garota de sorte. — Suspirou. — Vá atrás dela. 
— Obrigado. — Falei dando alguns passos em direção à pista, mas ela não estava mais lá. Varri todo o lugar com os olhos, sem conseguir encontrá-la. O pensamento de que talvez ela tenha ido embora interpretando tudo errado me assolou, me arrasando. Caminhei apressadamente até Tom, que dançava em meio a muita gente. — Onde ela está? — Thomas me olhou com um ar de repreensão. — Tom, foi um mal entendido. Por favor, cara.
— Ela está no meu quarto. — Confessou, enquanto Candy o fuzilava como se tivesse entregado um segredo preciso. 
— Valeu. — Falei antes de sair correndo em direção às escadas.
Abri a porta afobado, encontrando-a sentada na ponta da cama, massageando os dedos avermelhados de um dos pés.
— Achei que você tinha ido embora. — Confessei, fechando a porta atrás de mim.
— Estava com um pouco de dor. Candace me obrigou a vir com esse instrumento de tortura. — Ela disse soltando uma risadinha pela nariz, crispando os lábios para o lado como sempre fazia ao contar uma mentira.
— Eu sei que veio se esconder por causa da Daphne. — Em passos cautelosos caminhei até a cama, e me sentei ao seu lado, ainda um pouco afastado. — Eu tentei te ligar todos esses dias. 
— Eu sei. — Ela disse encarando o tapete. — Mas acho que não estava pronta para falar com você ainda. 
— Está agora? 
— Eu não sei. — Suspirou. — Mas acho que é inevitável. — Finalmente ergueu o rosto para me olhar, fazendo com que eu me perdesse por alguns segundos em seus olhos. Mesmo com a maquiagem, dava para ver que estavam levemente inchados, como se ela tivesse chorado recentemente, o que me fez sentir pior do que já estava.
— Harry, eu…
— Não. — A cortei, esticando o braço e encostando minha mão na sua sob a cama. O choque de sua pele quente contra o frio da minha me fez estremecer. S/N prendeu o lábio inferior entre os dentes e respirou fundo algumas vezes, talvez tentando se recuperar do efeito que também me atingia ao sentir seu toque. — Aquele dia, na ligação, você não me deixou falar. Agora é a minha vez. — Ela me encarou incerta, e então assentiu com a cabeça. — Eu fui ver a Daphne há alguns dias e… — Percebi que havia sido um péssimo começo antes mesmo de terminar a frase. Uma expressão melancólica apareceu em seu rosto e S/N afastou a mão da minha, levantando rápido da cama.
— Acho que vou voltar para a festa.
— Você disse que iríamos conversar. — Levantei, ela estava de costas para mim, com a cabeça baixa.
— Eu sei. — Respirou fundo, o que pareceu quase um soluço. — Eu não estou preparada para ouvir sobre você e Daphne ainda, Harry. — Ela falou baixo, e eu fiz a volta, parando em sua frente.
— Não existe Daphne e eu, S/N. — Com cuidado ergui as mãos, pousando nos ombros nus e sentindo sua pele arrepiar com meu toque. — Acabou, de verdade. 
— Mas eu vi vocês…  — Ela ergueu o rosto, e foi como se eu tomasse um soco no estômago quando vi os olhos marejados. .
— O que você viu, foi uma das maiores burradas da minha vida. Me deixa explicar, por favor. — Implorei. — No dia da festa, você disse que eu olhei para ela como se não existisse mais nada no mundo, mas isso não é verdade. Uma parte de mim tinha medo que ela voltasse e ainda tivesse algum efeito em mim. — Confessei.
— Achei que era isso que você queria, que ela voltasse.
— E era. Antes de você aparecer. — Ergui uma das mãos para tocar a pele macia do seu rosto, fazendo um carinho. — Eu estava feliz aquele dia, não porque Daphne voltou, mas porque eu não senti nada por ela naquele momento.
— Eu vi o beijo, Harry. — Ela tentou se afastar, mas eu não deixei. 
— Eu sei. E esse foi o meu maior erro, permitir que isso acontecesse. — Encarei em seus olhos, esperando que ela sentisse que eu estava falando a verdade. Uma vez S/N me disse que era impossível mentir olhando para os olhos de alguém, pois eles eram a janela da alma. E era isso que eu estava fazendo, abrindo a janela para que ela visse tudo. — Aquele beijo não significou nada. Eu devia tê-la afastado. — Suspirei. — Eu sei que pode ser tarde demais pra isso, mas eu terminei tudo. Deixei claro para ela que acabou, de verdade. 
— Mas… .
— Acabou porque eu te amo. — Os olhos de S/N se arregalaram um pouco, criando pequenas lágrimas em seus cantos. Ela sugou um pouco de ar pelos lábios entreabertos, surpresa. — Eu não sei como ou quando aconteceu, mas eu te amo. Amo de verdade. Esses últimos dias foram um verdadeiro inferno sem você, amor. 
— Harry. — Ela sussirrou, mas eu ignorei.
— Eu sei que não sou quem você merece, que eu não te dei o valor que deveria. Mas eu te amo, S/N, e se você deixar, quero passar o resto da vida provando isso a você. 
— Acabou de verdade? Não tem mais volta? — Ela perguntou insegura.
— Nunca mais. — Falei seguro, porque era a verdade. Eu não queria mais ninguém. S/N me encarou em silêncio por alguns segundos, fazendo meu peito doer de tão forte que o meu coração batia. Então a ficou na ponta dos pés, deixando um selinho casto em meus lábios. Sem conseguir segurar o impulso que me percorreu, puxei sua cimtira em minha direção, grudando a boca na dela em um beijo longo e doce. Com tanta saudade que era quase arrebatador. 
— Eu amo você. — Ela sussurrou contra meus lábios, me fazendo finalmente sorrir aliviado. — Amo muito.
— Volta pra mim. — Implorei.
— Eu nunca fui, não de verdade. 
— Não some assim nunca mais, por favor. Achei que ficaria louco sem você. — Enterrei meu rosto em seu pescoço e respirando fundo o cheiro do shampoo de jasmim que me fez tanta falta. — Eu senti tanto a sua falta. — A apertei em meus braços.
— Eu também. — Eu podia ouvir o sorriso em sua voz, e a minha vontade era de gritar. Mas agora de felicidade. Gritar para o mundo inteiro ouvir que eu finalmente havia achado o amor da minha vida. 
— Eu te amo, não se esqueça disso, okay? — Subi uma trilha de beijinhos por seu ombro e pescoço, até chegar na boca.
— Eu te amo. — Ela disso com dificuldade entre meus beijos.
— Deus, como eu senti a sua falta. — Confessei mais uma vez, fazendo-a rir. — Eu não vou te soltar nunca mais. 
— Nunca mais? — Perguntou com divertimento na voz, ainda prensa entre meus braços.
— Nunca mais. — Confirmei.
— Ótimo.— Ela me encarou, antes de ficar na ponta dos pés de novo, selando os meus lábios com os seus.
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Imagine com Harry Styles
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Falling in love
n/a: Eu amei taaaaanto escrever esse imagine, vocês não tem noção! Espero que gostem tanto quanto eu!
Lista de diálogos Masterlist
Contagem de palavras: 2,535
— Você é a S/N, certo? — Harry falou encarando a nova funcionária de sua casa. Sem deixar de notar que mesmo vestido o uniforme era muito bonita. Ela tinha um sorriso tímido nos lábios e as bochechas pareciam coradas. Era um efeito ao qual Harry estava acostumado, depois de ver tantas vezes nos fãs. Mas tinha alguma coisa naquela cena que deixava a garota a sua frente adorável.
— Na verdade, é S/N, senhor Styles. — Ela corrigiu, em voz baixa.
— Ah, não. Pode me chamar de Harry. — Ele sorriu. Harry repetiu várias vezes o nome da garota, até acertar a pronúncia e ela sorrir dizendo que estava certo. — Você não é daqui, certo? Marta me disse que viria mas não falou mais nada sobre você. 
— Sou brasileira. — Ela mordeu o lábio inferior, chamando a atenção de Harry para a boca muito bonita e desenhada.
— Eu adoro o Brasil, já fui algumas vezes e todas as estadias foram incríveis.
— Fico muito feliz com isso, sen- Harry. — Ela se corrigiu quando ele ergueu uma sobrancelha. Em algum lugar da casa, Mitch gritava o nome do amigo, eles já estavam atrasados para o ensaio há algum tempo. 
— Bom, S/N. Eu preciso ir agora, fique a vontade. Nos vemos outra hora. — Sem conseguir conter o lado galanteador, Harry piscou um olho antes de sair do recinto, deixando uma S/N atônita depois disso. 
A garota já havia ouvido falar sobre Harry, e quem não havia no mundo inteiro? Mas não podia dizer que era realmente uma fã. Conhecia algumas músicas, aquelas que tocavam em festas e em algumas lojas na sua cidade natal, mas sequer sabia a letra. Mas algo não se podia negar, Harry Styles era um homem de presença. Ele parecia preencher o ambiente inteiro com seu sorriso, trazendo um calor confortável e fazendo todos se sentirem bem. 
S/N ficou confiante com o novo emprego. 
Por dois dias os dois não se viram, mas na manhã de terça-feira Harry desceu de seu quarto para o café da manhã.
— S/N, bom dia! — Ele disse sorrindo ao entrar na cozinha.
— Bom dia! — Ela falou animada. As manhãs eram sua parte preferida do dia, sempre acordava com disposição e sentia que tudo fazia mais sentido quando era feito pela manhã. Assim como ele.
— E então, como tem sido a sua estadia? — Harry perguntou se encostando na bancada da pia, levando uma torrada até a boca.
— Tem sido ótimo, todos são muito receptivos. — Ela sorriu, e depois fez uma careta. Harry ergueu uma sobrancelha, perguntando em silêncio o motivo. — Desculpe, o inglês não é a minha primeira língua e eu ainda fico um pouco insegura. — Ela admitiu. Harry gostava quando as pessoas admitiam suas inseguranças, geralmente todos que o rodeavam pareciam perfeitos demais para serem reais, enquanto a garota a sua frente parecia um retrato perfeito dele mesmo. 
— Você não precisa se desculpar. E se tiver alguma dúvida sobre o idioma, pode falar comigo. Ficarei feliz em ajudar. — S/N abriu um sorriso que mostrava todos os seus dentes, o que fez o coração de Harry dar um salto, fazia algum tempo que não via algo tão verdadeiro.
— Eu fiz um curso antes de me mudar. Mas a realidade é um pouco diferente. — Ela projetou os lábios para o lado, enquanto passava uma esponja cheia de espuma em um prato. 
— Eu te ajudo com o inglês e você me ajuda com o português, o que acha? Tenho certeza de que meus fãs ficariam felizes se eu souber falar algumas frases a mais quando voltar lá. 
S/N não tinha muitas dúvidas sobre a língua inglesa, ela apenas dizia as frases fazendo uma careta enquanto o moreno ria e dizia que ela estava falando certo. Já Harry aparecia com uma frase nova todos os dias para que ela traduzisse, então passavam minutos treinando e rindo.
A melhor parte das turnês para Harry era se sentir livre, saber que dormiria em uma cidade hoje e amanhã antes que amanhecesse poderia estar em outro país, no entanto, nas últimas semanas ele se viu ansioso para a volta, sabendo que seria recebido com um sorriso lindo e uma risada gostosa assim que arranhasse um "bom dia" no português escasso. 
— Você quer? — Ele ofereceu enquanto se servia de uma xícara de café. S/N como sempre sorriu gentilmente e negou com a cabeça. — Não gosta de café? — Perguntou dando um gole no líquido quente.
— Eu adoro. Mas não o daqui. — Ela enrugou o nariz enquanto crispava os lábios para o lado. Simplesmente encantadora foi o que Harry pensou.
— Está dizendo que o nosso café é horrível? — Perguntou cerrando os olhos, fingindo indignação. E então rompeu em uma gargalhada quando o vermelho atingiu as bochechas da garota enquanto ela gaguejava procurando palavras para se desculpar. — Eu estou brincando.
— Não é que seja ruim. — Ela disse um pouco mais calma. — Só é diferente. — Deu de ombros. — Na verdade, eu trouxe um pouco quando vim. Gostaria de provar? — O brilho que apareceu nos olhos junto do sorriso ansioso foram motivos o suficiente para ele aceitasse de pronto. 
S/N correu para o quartinho ao lado da lavandeira, trazendo consigo o pacote com o café e mais alguns utensílios.
Harry observou com atenção enquanto ela moía os grãos, colocava dentro do filtro de pano e por fim adicionava a água. Ela fechou os olhos, inalando o perfume que se espalhou quando a fumaça começou a subir, sentindo algo que não sentia há algum tempo: se sentiu em casa. O coração de Harry errou as batidas, sem conseguir tirar os olhos da cena, querendo guardar cada detalhe. 
— Você está certa, nosso café é horrível. — Harry disse depois de dar um gole na xícara que ela se estendeu. S/N deu mais um de seus sorrisos devastadores, soltando um suspiro de prazer depois de sorver o líquido.
Sem que ela notasse, Harry tirou uma foto da marca do café, a fim de providenciar mais para que aquele momento se repetisse mais vezes.
E então, chegou a hora de partir mais uma vez em viagem. A garota se despediu com um sorriso e votos de que a viagem fosse segura e que o trabalho fosse satisfatório. Harry queria abraçá-la, mas temia assustar a garota, então, simplesmente foi. Torcendo para que os dias passassem voando e ele pudesse voltar para aquele lugar onde ele finalmente se sentia em casa depois de tanto tempo.
Quando a assessora avisou que o show do dia seguinte fora cancelado por mau tempo, Harry pediu que ela marcasse o primeiro voo possível para casa. 
Ele chegou logo de manhã, ninguém o esperava. E ele agradeceu a dádiva quando entrou na cozinha, dando de cara com uma cena no mínimo engraçada. 
O chão inteiro estava molhado e cheio de espuma, S/N estava no meio do lugar, agarrada em uma vassoura enquanto balançava a cintura com o ritmo que tocava em seus fones de ouvido. Ele ficou parado, apenas observando. Ela se virou para continuar o trabalho, tomando um susto tão grande com a figura do patrão que escorregou e caiu.
Harry correu até ela, sem se importar em molhar as meias que usava e a encontrou rindo tanto que os olhos lacrimejavam, foi impossível não acompanhar a risada, e então, como um karma, ele também caiu.
— Você pode ouvir música no som, sabia? — Harry disse voltando depois de trocar de roupas. A cozinha agora já não estava mais molhada e tinha um cheiro suave de eucalipto. — O que estava ouvindo? 
— É um cantor brasileiro, acho que não conhece. — Ela disse alisando o uniforme recém trocado. — Me desculpe pela bagunça. — Mais uma vez seu rosto tomou o tom de vermelho que passava a ser o preferido do moreno. 
Harry insistiu até que a garota se rendesse e colocasse a música na Alexa. O ritmo animado preencheu o ambiente, enquanto ela cantava apenas mexendo os lábios e balançando levemente a cabeça no ritmo, mesmo sem perceber.
E assim se iniciou o novo ritual de domingo dos dois. Toda semana S/N escolhia uma música de um cantor diferente de sua terra natal, eles ouviam em silêncio e então ela traduzia a letra para ele.
Antes os finais de semana de Harry eram preenchidos por festas regadas à bebida e muitas mulheres, agora ele não conseguia pensar em uma forma diferente de passá-los além de conversar o dia inteiro com a funcionária. Aprendendo mais sobre sua vida no Brasil e contando um pouco de sua história também.
Harry descobriu que S/N trabalhava desde muito novinha para ajudar os pais, que boa parte do salário era enviado para eles, que ela sonhava em poder voltar a estudar um dia e exercer a carreira de corretora de imóveis. Ele prometeu que a ajudaria, e que seria o primeiro a comprar uma casa dela. 
Ele lhe contou sobre o trabalho na padaria da adolescência, que crescera em uma cidade pequena, o medo que o assolou quando sua banda acabou e ele achou que o sonho chegara ao fim. 
O tempo parecia passar muito rápido quando os dois estavam juntos, as conversas eram intermináveis, divertidas e interessantes.
— Vai fazer algo no sábado? — Harry perguntou em uma manhã. A garota negou com a cabeça, lhe lançando um olhar de dúvida enquanto estendia o prato com o queijo quente recém feito. — Vou te levar em uma balada brasileira. — Sentenciou antes de morder seu pão.
— Sério? — Ela arregalou os olhos em animação enquanto o moreno sorria e assentia. — Eu não quero atrapalhar seu final de semana. 
— Não vai atrapalhar nada. Eu quero ir com você. 
Harry precisou respirar fundo quando viu a garota em sua sala, com um vestido preto não muito curto, mas colado ao corpo revelando cada uma das curvas. Ela estava com os cabelos soltos e uma maquiagem leve. Por mais que em suas tardes ele a visse fora do uniforme, a visão em sua frente parecia ter sido pintada pelo melhor dos artistas, moldada perfeitamente para arrancar o ar de seus pulmões e fazer seu coração pular tão alto quando o fazia no palco.
Os dois entraram no ambiente cheio de luzes sorrindo. Ela estava radiante e Harry não conseguia tirar os olhos da acompanhante. 
S/N se permitiu beber um drinque ou dois, mesmo sabendo que era fraca para bebida. E quando a melodia conhecida tocou alto os dois sorriram. Harry segurou a mão da garota e a puxou para a pista de dança lotada. Ele colocou os braços dela em seus ombros e posicionou as mãos em sua cintura, balançando os corpos no ritmo agitado. 
— E eu tô na flor da idade! — S/N cantou alto. — Melhor se arrepender do que passar vontade. — Harry conhecia aquela letra, entendia o que dizia. Talvez fosse o álcool em sua mente dizendo que aquilo era uma boa ideia, e ela estava tão linda, com o corpo tão perto que ele podia finalmente sentir seu cheiro depois de tantos dias se perguntando qual era. Era doce, mas não muito. O perfume o envolvia, marcando em sua mente e ele torceu para sentir muitas outras vezes. 
Harry colocou subiu uma das mãos até o meio das costas da garota, a aproximando mais. Os olhos expressivos encaram os dele e foi como se uma bolha se formasse em sua volta. Como um mundo onde só os dois existiam.
Harry aproximou o rosto lentamente, dando a ela tempo o suficiente para se afastar, mas ela não o fez. Em vez disso, S/N umedeceu os lábios pintados de um rosa quase no tom natural em expectativa e fechou os olhos. Com o coração na garganta, Harry encostou a boca na dela, com suavidade. E ele podia jurar ouvir fogos de artifício explodindo no fundo de sua mente. Com a ponta da língua, pediu passagem, sendo recebido de bom grado em um beijo tão doce que Harry teve certeza que ficaria viciado naquele sabor. 
Muitos outros casais se beijavam naquele lugar, eles até mesmo haviam feito piadas sobre isso antes, mas nenhum com a mesma intensidade dos dois. Eles tinham certeza de que com apenas um beijo seria possível incendiar aquele lugar em apenas um segundo.
O beijo se quebrou pela falta de ar, Harry abriu os olhos esperando uma represália, um tapa, qualquer reação negativa. Mas foi recebido com um olhar tão intenso que foi impossível não colar sua boca na dela mais uma vez. 
Essa era a sua melhor noite em muito tempo. Se fosse possível sair voando por aí, Harry definitivamente conseguiria. 
Eles voltaram para o apartamento enorme durante a madrugada, ele a acompanhou até a porta de seu quarto, onde se despediu com mais um beijo de amolecer os joelhos e sussurrar um "boa noite" contra os lábios doces. 
Harry acordou exultante. Geralmente, após uma festa ele acordava com uma ressaca horrível, se sentindo um ser humano apenas depois de um café reforçado e um par de aspirinas. Muito diferente daquele instante. Ele decidiu malhar antes de ir para a cozinha. Depois de um banho revigorante, ele vestiu o conjunto moletom verde claro, espirrou um pouquinho de perfume e foi ao encontro daquela que não saia dos seus pensamentos. 
S/N estava em meio a cozinha, colocando água no filtro do café. Harry entrou exitante, mas assim que ela abriu um sorriso ele se aproximou mais, tomando-a em seus braços e grudando seus lábios nos dela.
Eles não mencionaram a noite anterior nas semanas que se seguiram, mas a relação estava muito diferente. Agora, sempre que estavam sozinhos Harry fazia questão de roubar beijos longos, abraçá-la tão forte que podia sentir seu cheiro impregnado na roupa quando ia se deitar à noite. Os domingos passaram a ser ainda melhores, eles se deitavam abraçados no sofá da sala, assistiam filmes, riam e namoravam. Nada podia ser mais perfeito.
— Harry! — A figura pequena da garota entrou no quarto como um mini-furacão, parando instantaneamente ao ver o moreno sem camisa no meio do lugar, vestindo apenas uma calça de moletom preta. — Meu deus, desculpa! — Falou rápido e se virando.
— Está tudo bem. — Ele disse sem se importar, se aproximando e a abraçando por traz, inalando seu cheiro enquanto a apertava em seus braços. — O que aconteceu? 
— Eu fui aceita! — Ela se virou, e só então Harry notou o papel em suas mãos. Já fazia algum tempo que S/N tinha feito uma prova para tentar a faculdade dos sonhos. Ele a tomou em seus braços novamente, rodopiando pelo quarto em comemoração. 
— Eu sabia que você ia conseguir, meu amor. — Ele sussurrou em seu ouvido, fazendo o corpo da garota tensionar no mesmo segundo. 
— Meu amor? — Ela perguntou em um fiozinho de voz, ainda erguida, se afastou o suficiente para olhar para ele. Harry assentiu com a cabeça, já havia aceitado que estava profundamente apaixonado por aquela garota, apenas não havia dito isso a ela ainda. — Eu gostei. — Ela disse antes de colar os lábios nos dele em um beijo casto. — Obrigado por todo o apoio, amor. — A palavrinha em português fez o coração de Harry bater tão forte que ele podia sentir no corpo inteiro. Em um beijo de verdade, eles comemoraram as duas coisas. O sonho da garota, e o amor confesso entre os dois.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Niall Horan
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You Still The One
n/a: Gostaria de dizer que eu achei muito gostoso de escrever esse imagine! Espero que vocês gostem tanto quanto eu! Obs: Esse imagine se passa durante o lockdown!
Avisos: Contém conteúdo sexual explicito
Contagem de palavras: 2,449
— Sabe, isso pode ser uma oportunidade. — Christian dizia. Sua imagem na tela do telefone estava um pouquinho travada.
— Oportunidade de quê? — Perguntei confuso, tomando um gole do meu suco.
— De colocar tudo em pratos limpos com a S/N. — Ele disse como se fosse óbvio. — Aproveita esse tempo para acertarem as coisas. 
— Chris… sua irmã não me quer mais, você sabe disso. — Resmunguei, passando as unhas pela barba. 
— Sei… — Ele bufando. — Eu tenho certeza de que é só ela olhar esse olho azul aí e vai derreter. — Falou me fazendo rir. — Convida ela para passar a quarentena com você. Ela está sozinha, e você sabe como ela odeia ficar sozinha.
— E eu vou fazer o que? Faz quase um ano que eu não falo com ela. Vou ligar e dizer “ei, que tal passar um tempo indefinido aqui na minha casa?” — Falei com ironia.
— Não faz um ano que vocês não se falam. — Chris estreitou os olhos.
— Okay, eu disse oi pra ela no seu aniversário. Mas foi só isso, nosso último contato depois do término. — Desviei os olhos da tela, relembrando o quão idiota me senti ao vê-la lá, tão linda, e não poder abraçá-la como queria.
— Você a quer de volta, Horan? — Não respondi, fazendo com que ele revisasse os olhos. — Responda, irlandes! — Disse sem paciência. 
— Eu… eu quero. — Suspirei derrotado. — Tudo que eu quero é a sua irmã de volta. — Christian abriu um sorriso vitorioso, e eu senti meu rosto queimando com a confissão. Ele vivia tentando juntar a mim e a irmã de alguma forma, chegando até mesmo a nos trancar em seu quarto na sua festa de aniversário, o que obviamente não resultou em nada.
— Confia em mim, você vai voltar a ser meu cunhado. — Prometeu. Deus te ouça, Chris, Deus te ouça.
A realidade é que eu não precisei que a pandemia assolasse o mundo para sentir falta de S/N, no primeiro dia eu já tive vontade de ligar chorando para ela e implorar que me aceitasse de volta. Mas aquilo não era justo. Nosso relacionamento não terminou por brigas ou desentendimentos. Na verdade, pouco discutimos nos anos em que estivemos juntos, e sempre soubemos resolver. Mas no momento em que precisei começar a lutar para manter minha carreira solo, sempre dentro de estúdios, dando entrevistas ou fazendo shows, nossa convivência ficou quase nula. Ela também não podia ficar viajando para me ver, pois sua confeitaria estava em ascensão.
Foi uma decisão muito difícil. Desistir de nós. Desistir do nosso amor.
Na época eu não conseguia imaginar minha vida sem ela, sem os abraços calorosos, o sorriso tão lindo que podia aquecer o ambiente em um dia de inverno vigoroso. 
Mas precisei guardar meu coração no bolso, e seguir em frente. 
Nos primeiros dias, mantivemos algum contato, por mensagens, que foram ficando cada vez mais escassas, até que param completamente. 
Eu me enterrei no trabalho, escrevendo músicas e mais músicas, todas sobre ela. 
Christian era a minha única fonte de informações sobre ela. Eu sabia que nesse quase ano ela não tinha ficado com ninguém a sério, que a confeitaria ia cada vez melhor. Ela estava realizando seu sonho. E eu o meu. Pelo menos parte dele.
S/N’s pov
Respirei fundo, tentando fugir de Christian mais uma vez. Era a primeira vez que eu saía de casa desde o começo da pandemia, e só o havia feito porque ele me disse ter um assunto seríssimo para tratar.
— Você não pode nem considerar? — Meu irmão falava andando atrás de mim.
— Chris, não! — Disse já sem muita paciência.
— E por que não? 
— Porque não faz sentido! Nós não estamos juntos, não vou passar sabe se lá quanto tempo na casa dele! — Bati com a mão no mármore da pia da cozinha.
— S/A, ele sente a sua falta. — Chris suspirou, parando ao meu lado. — Ele quer muito que você vá.
— E como você sabe? — Perguntei com ironia.
— Ele me disse. — Deu de ombros. — Hoje mesmo.
— Você não está falando sério. 
— Estou sim. Niall ainda ama você, e eu sei que você o ama também. — Disse em tom presunçoso.
— Eu não. — Menti. 
— Sua mentirosa! — Ele fechou a cara. — Pelo menos considera. Pensa bem, eu tenho certeza de que vocês podem resolver tudo que ficou pendente. 
Voltei para minha casa com a pulga plantada atrás da orelha. Será que ele queria mesmo que eu fosse? Será que não é só mais um plano do Chris? 
Me joguei em meu sofá, colocando uma das músicas do último álbum de Niall. Faziam alguns dias que tinha tomado coragem para finalmente ouvir. E estava simplesmente perfeito, algumas músicas falando comigo que uma forma tocante. 
Tomei um susto quando vi a notificação em meu celular. 
Era ele.
A foto de perfil estava diferente, mas o apelido que eu havia colocado como contato, acompanhado do coração azul que passara a ser minha cor preferida no instante em que vi seus olhos pela primeira vez não deixavam dúvida. Era ele mesmo.
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Fiquei algum tempo martelado a ideia em minha cabeça. Meu lado racional dizia que era uma péssima ideia ficar trancada com meu ex (que eu ainda amava) por tempo indeterminado. Já meu coração gritava, me mandando aceitar. Por mais que achasse que Niall não queria nada além de uma amizade comigo, qualquer segundo ao lado dele valia a pena.
Fiz uma mala de mão correndo, pegando apenas o essencial. E fui, juntando o restinho de coragem que havia em mim.
Toquei a campainha, meu coração batendo tão forte que podia sentir em meu corpo inteiro. Não demorou mais do que alguns segundos para que ele abrisse a porta, usando uma máscara preta para se proteger. Mesmo com a boca coberta, eu podia ver pelos cantinhos dos olhos mais lindos que existem levemente repuxados que ele sorria.
— S/A, entra. — Disse dando um passo para trás, me dando passagem para aquele lugar que há algum tempo eu chamei de casa.
Os dias transcorreram mais tranquilos do que eu esperava. A cumplicidade entre nós dois era a mesma de sempre, o que fazia o idiota do meu coração vacilar cada vez que Niall me dirigia um sorriso ou chegava um pouco mais perto.
Em nenhum momento ele mencionou nosso relacionamento, ou o término dele. 
Passávamos os dias rindo de alguma idiotice que víamos na televisão, a noite revezamos com o jantar, ou pedimos algo de fora. De vez em quando Niall tocava violão baixinho, e eu acabava pegando no sono no sofá, acordando na manhã seguinte na cama confortável do quarto de hóspedes.
A chuva lá fora batia com força, a lareira acesa no canto da sala nos deixando aquecidos e confortáveis. Niall estava jogado no sofá, eu estava deitada com as costas encostadas em seu peito, sentindo seus dedos fazendo um carinho gostoso em meu coro cabeludo. Um programa de auditório passava na televisão, e Niall ria de vez em quando, balançando nossos corpos. 
A sala estava perfumada pelos pequenos cupcakes de amora que eu havia feito mais cedo, que da fornada
apenas dois sobraram e pairavam na mesinha de centro.
— S/A. — Niall chamou meu nome baixinho, fazendo meu corpo aquecer.
— Uh? — Perguntei sem desviar meus olhos da televisão.
— Você sabe que dia é hoje? — Franzi minhas sobrancelhas, tentando me lembrar. Desde que havia vindo para a casa de Niall havia perdido a noção do tempo. A contra gosto me afastei de seu peito, sentando no sofá e me esticando para pegar meu celular na mesinha. Uma onda repentina de tristeza me inundou, quando vi a data no ecrã.
— É nosso aniversário. — Sussurrei. — Quer dizer, era. — Me corrigi. 
Virei o rosto para a lareira, a fim de secar a lágrima sorrateira que escorreu sem aviso. Fechei os olhos, tentando conter a emoção que vinha. Não queria estragar o clima gostoso entre nós dois dessa forma, demonstrando a ele que não havia superado. 
Senti os dedos de Niall agarrarem meu queixo, me forçando a olhá-lo. 
As íris azuis, onde eu costumava adorar me perder, me encaravam. Ele estava tão perto que podia sentir o perfume suave que exalava de seu corpo.
— Niall, eu… — Respirei fundo, buscando as palavras.
— Shhh. — Ele fechou os olhos, encostando sua testa na minha. — Eu sei.
— Sabe? — Perguntei em um sussurro, aproveitando cada segundo de sua pele encostando na minha.
— Uhum. — Ele assentiu com leveza, roçando o nariz no meu. — Esses dias que você está aqui… parece que não passou nem um segundo. — Niall se afastou levemente, o suficiente para me olhar. — Como se… — Ele suspirou.
— Como se nunca tivesse acabado. — Confessei meu pensamento. O polegar do moreno fazia carinho em minha bochecha, afastando mais uma lágrima que escorreu por ali.
— Eu sinto tanto a sua falta, meu amor. — Ele disse baixinho. Fechei meus olhos com força, sentindo o coração pesar dentro do peito. O apelido que por anos ele me chamou, que eu tanto senti falta de ouvir em seu sotaque. 
— Eu também, babe. — Abri meus olhos, observando o sorriso contido que se formava nele.
Por alguns segundos, apenas nos encaramos. Meu coração batia tão forte que podia ouvir retumbar em meus ouvidos. 
Niall deu o primeiro passo, me puxando com a mão que ainda estava em meu rosto, colando nossos lábios. 
Sem conseguir me conter, enlacei seu pescoço com meus braços, deixando que ele aprofundasse o beijo maravilhoso.
Senti meu corpo inteiro amolecer quando a língua quente entrou em contato com a minha, em movimentos vagarosos, explorando com saudade cada cantinho. Nosso beijo sempre encaixou bem, mas o toque de saudade deixava tudo muito melhor. 
Infiltrei meus dedos entre seus cabelos, puxando levemente, e arrancando dele um suspiro. 
O beijo foi quebrado, nossas respirações estavam alteradas. As pupilas de Niall estavam dilatadas, do azul só restava um anel muito fino. Seus lábios levemente inchados e avermelhados pelo beijo recém dado. Devastador de tão lindo. 
— Fica comigo. — Ele sussurrou, puxando meu rosto para perto novamente, trilhando uma sequência de beijos molhados dos meus lábios até a clavícula. 
— Estou aqui. — Falei em um suspiro, sentindo minha pele arrepiar.
— Eu amo você. — Disse com a boca contra o meu pescoço. Não consegui conter o sorriso. 
— Eu te amo. — Sussurrei de volta, sentindo seu sorriso em minha pele.
As mãos grandes de Niall desceram até minha cintura, me puxando com facilidade para o seu colo. Voltei a colar nossas bocas, sentindo suas mãos se infiltrarem em minha camiseta. Ele acariciava minhas costas com cuidado, enquanto os dentes mordiam meu lábio inferior.
Nunca imaginei que em alguns dias juntos estaríamos assim, mas lembraria de agradecer aos céus mais tarde. 
Ergui os braços quando ele puxou a camiseta para cima, revelando o sutiã rosa bebê. Joguei a cabeça para trás quando a língua quente passou entre o vão dos meus seios, deixando um rastro molhado. Podia sentir o volume cada vez mais evidente, preso dentro da calça de moletom. 
Eu estava enlouquecendo, completamente entregue aos seus toques. E ele sabia exatamente o que fazer, onde tocar. 
Niall abriu o fecho do meu sutiã, se livrando a peça, jogando-a para trás. 
— Linda. — Murmurou, antes de descer o rosto até os meus seios. — Perfeita. — Continuou, antes de sugar um dos meus mamilos, enquanto apertava o outro entre o polegar e o indicador. 
Deixei que um gemido sofrido escapasse, me esfregando contra a ereção crescente atrás de algum alívio, o que fez Niall praticamente rosnar. 
Puxei a camiseta branca que ele vestia para cima, para logo após passar as mãos pela fina camada de pelos que havia ali. 
Ele subiu os beijos lentamente, voltando para minha boca, me devorando em um beijo muito mais quente que os outros.
Estávamos uma bagunça, sedentos um pelo outro. Morrendo de saudade. 
Me levantei, me livrando das minhas próprias calças, e Niall seguiu o meu exemplo. Estávamos totalmente nus agora, e eu voltei para onde estava, para o meu lugar. Em cima dele.
Podia sentir a glande gorda roçando em minha entrada, me deixando a ponto de explodir.
— Você têm certeza? — O moreno perguntou, com os olhos grudados aos meus.
— Sempre tive certeza sobre você, amor. — O sorriso que Niall abriu era capaz de fazer meu coração parar. Levando uma das mãos entre nós, ele se posicionou, entrando em mim lentamente.
Fiquei parada por alguns segundos, me acostumando com seu tamanho. Ele havia sido o último com quem eu estive, e já fazia algum tempo.
Comecei a me movimentar lentamente, me deleitando com a sensação de preenchimento, acompanhada dos gemidos roucos que escapavam da garganta de Niall. 
Ele me encarava com atenção, a luz laranja da lareira refletindo em sua pele, os lábios entreabertos, puxando o ar com força. 
Levando as mãos até minha bunda, ele me fez aumentar o ritmo, arrancando gemidos de ambos.
Colei minha testa na sua, os olhos fixos nos dele. O som de sua pele batendo na minha, as pequenas mordidas que ele dava em meus lábios, engolindo meu gemidos. 
— Senti tanta falta disso, amor. — Ele murmurou. — Vê como somos bons juntos? 
Eu não conseguia falar nada, o prazer me inundava. Apoiando as mãos em seus ombros, aumentei ainda mais os movimentos. 
— Eu te amo tanto, S/A. — Revirei meus olhos, as palavras doces fazendo do momento ainda mais perfeito.
— Eu te amo, Niall. — Sussurrei, seu nome saindo com dificuldade da minha boca, acompanhado de um gemido. — Você é tudo pra mim. 
Minha declaração pareceu tirá-lo do eixo. Niall apertou os dedos contra a pele da minha bunda, se empurrando contra mim com força, indo fundo. 
O orgasmo estava chegando, eu podia sentir ele se formando abaixo do meu ventre, espalhando calafrios por todo o meu corpo. Meus gemidos se tornaram mais finos, nossos movimentos mais necessitados.
Ergui uma das mãos, levando até seus fios escuros, puxando levemente. Sabia que ele adorava que eu mexesse em seu cabelo, principalmente durante a transa.
— Goza comigo, amor. — Niall implorou. Meu corpo o obedeceu, se estilhaçando em um milhão de pedacinhos, me fazendo gritar. Niall gozou com força, jorrando quente dentro de mim. 
Fiquei sentada em seu colo mais algum tempo, tentando controlar os tremores em meu corpo depois do orgasmo expendido. 
— Preciso te avisar, que depois disso, não vou te deixar ir nunca mais. — Niall disse depois de alguns minutos, me encarando fundo nos olhos.
— Não vou a lugar nenhum sem você, meu amor, nunca mais. — Fui presenteada com um beijo terno, lento. Niall se retirou de dentro de mim, e levantou comigo no colo, me fazendo soltar um gritinho. — O que está fazendo? — Perguntei rindo.
— Vamos tomar um banho. — Ele disse caminhando calmamente em direção ao banheiro. — E depois eu quero dormir muito agarrado em você.
— Muito agarrado? — Perguntei dando um beijinho em uma das bochechas.
— Muito agarrado. — Confirmou. — Para o resto da vida. Não vou te soltar nunca mais.
Me conte o que achou aqui! Se puder dar um 🧡 e reblogar para esse imagine chegar em mais pessoas, serei eternamente grata!
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Why does this have to be that hard?
Pedido: “ Meu pedido vai ser do Liam, ela sendo brasileiro e a família dele tendo preconceito, nao gostam dela por ser latina, por algum motivo eles todos passam um tempo juntos e ela faz comidas brasileiras e vai falando um pouco da cultura e história do Brasil, isso vai interessando eles e quebrando o preconceito sobre o país, ela também ensina português pra eles e quando eles veem as fotos daqui ficam loucos pra conhecer e até combinam uma viagem para assim poderem conhecer a família dela e o Brasil.”
Meu bem, assim que terminei, vi que não ficou 100% fiel ao pedido, mas espero que você goste mesmo assim! Por favor, me digam o que acharam <3 Lembrando que a ask está aberta para pedidos. Boa leitura! 
Contagem de palavras: 2,369
— Vai ficar tudo bem, babe. — Liam disse massageando meus ombros tensos. Tentei sorrir, mas não estava dando muito certo. A família de Liam estava vindo de Wolverhampton passar os feriados de final de ano conosco. E eu estava mais do que nervosa, desde o inicio do nosso relacionamento, quatro anos atrás, a família de Liam demonstrava que não aprovava nossa relação, piorando muito há três meses, quando ele me pediu em casamento.
— Eu não sei, amor. — Suspirei. — Ainda acho que deveria passar esses dias em um hotel, para que você pudesse aproveitar a sua família. — Me virei para ele, colocando as mãos em seus ombros. Liam me olhou com censura, a mesma expressão de dias atrás, quando eu havia sugerido aquilo pela primeira vez.
— Não mesmo. Essa é a sua casa, você fica. — Ele disse segurando meu queixo com os dedos. — Além disso, a minha família só precisa te conhecer melhor, e vão te amar tanto quanto eu te amo. — Me deu um selinho. Eu esperava que aquilo fosse verdade, mas não estava muito esperançosa. No começo, pensamos que a família de Liam não gostava de mim pelo fato de não ser a Mãe de Bear, e eles serem uma família muito conservadora. Até que Liam me levou para passar seu aniversário na cidade natal, junto da família, e eu precisei ir embora, pois não aguentei ouvir as dezenas de comentários preconceituosos por ser latina. Esse era o grande problema. Por mais que a família de Liam convivesse por meses a fio comigo, eu nunca deixaria de ser brasileira, minhas origens eram muito fortes em mim, e eu tinha muito orgulho, mas ouvir os pais e as irmãs do homem que amo dizendo que se um dia tivéssemos um filho ele seria um “mestiço” ou um “bastardo” era demais para mim. Qualquer erro que eu cometesse, até mesmo falando com eles em uma língua que não era minha, era motivo de chacota.
Mesmo após cinco anos, os finais de ano eram muito dificeis de passar longe da minha família. Liam e eu havíamos ido ao Brasil no começo do ano, meus pais e meu irmão mais novo o adoraram, dando uma recepção digna do meu tão amado país. Pensar que passaria por essa época tão difícil tendo que aguentar comentários desnecessários era ainda mais desanimador. Mas, como minha mãe havia me dito na ligação que fiz lhe contando que eles viriam: Se eu quero ter Liam para o resto da vida, preciso aprender a lidar com a família dele.
Depois de fazer minha costumeira faxina de final de ano com a ajuda de Liam, decoramos a casa com enfeites de natal. E eu decidi comprar as coisas para fazer uma ceia gostosa. Na Inglaterra não era um costume a ceia de natal, diferente do Brasil, eles apenas comem frango frito com pijamas em frente à uma televisão. Liam avisou a mãe que a ceia seria no estilo brasileiro, e precisou ouvir um discurso de mais de uma hora ao telefone sobre “estar sendo castrado por uma latina”. 
A família de Liam chegou toda junta, na véspera de natal pela manhã, como de costume, ninguém retribuiu meu comprimento, apenas abraçaram Liam, que depois os levou para seus respectivos quartos antes de se desculpar pela atitude dos pais. 
— Você precisa ter paciência, s/n. — Minha mãe dizia pelo telefone, apoiado em um armário para que ela pudesse me enxergar pela câmera enquanto eu terminava de temperar o frango que logo iria para o forno. Como eu sabia que ninguém ali entenderia o que diríamos, não me preocupei em colocar fones de ouvido ou cuidar o que dizia.
— Eu não sei não. — Suspirei. — Eles me tratam como se eu estivesse “sujando” a família. — Disse fazendo aspas com as mãos sujas de tempero. 
— Quando eles te conhecerem melhor, vão te amar, filha. — Ela disse sorrindo.
— É o que Liam diz, mas eu acho que já tiveram tempo suficiente, e nada mudou. — Falei lavando as mãos. Liam entrou pela cozinha e sorriu para a sogra na tela do telefone.
— Oi. sogrinha. — Disse com o sotaque arrastado, fazendo minha mãe rir. Ela havia passado um dia inteiro tentando ensiná-lo a falar “sogrinha”.
— Olá, querido! Como está? — Ela perguntou com o inglês não muito utilizado. Assim que contei á minha família que havia começado a namorar um ‘gringo’, todos decidirm fazer um curso da língua estrangeira, para que pudessem conversar com aquele que me fazia tão feliz. Mais uma diferença gritante entre nossas famílias. Meus pais fizeram de tudo para que Liam se sentisse em casa quando estivesse lá, até mesmo aprendendo uma língua com a qual nunca tiveram contato para poder se comunicar bem com o novo integrante.
— Estou bem! Sentindo saudades de vocês. — Liam falou devagar, para que minha mãe entendesse cada palavra. Ele era maravilhoso. — Estão falando mal de mim? Ouvi meu nome. — Ele disse me abraçando por trás, deixando um beijinho em meu pescoço.
— Nunca. — Falei rindo ao sentir cócegas quando sua barba roçou em minha pele. — Nunca falo mal de você. — Falei fazendo um beicinho, e ganhando um selinho.
— Vou levar Nicola para comprar alguns presentes, não devo demorar. — Avisou me dando mais um selinho demorado. Liam se despediu da minha mãe e saiu acompanhado pela irmã. Do ângulo em que estava na cozinha, era possível ver Karen e Geoff sentados no sofá da sala, assistindo algo na televisão.
— Queria estar com vocês hoje. — Suspirei, olhando para minha mãe na tela do telefone. 
— Eu também, querida. Logo damos um jeito. — Ela disse fazendo uma careta. O plano inicial para o final de ano era juntar nossas duas famílias para se conhecerem antes do casamento, mas o visto da minha mãe não havia saído a tempo, então não foi possível.
— Espero que o seu visto saia logo. — Resmunguei, e ela sorriu.
— Eu também, bebê. — Disse me fazendo revirar os olhos. — Christian mandou um beijo. 
— Manda um enorme pra ele. — Suspirei. Depois de mais alguns minutos de conversa, precisei desligar, pois ainda haviam muitas coisas a se preparar para a ceia. Assim que desliguei a tela do telefone, Karen entrou na cozinha, com os braços cruzados.
— Quem é Cristian? — Ela perguntou parando do outro lado da mesa, enquanto eu embalava o frango em papel laminado. A encarei surpresa. — Se você acha que pode fazer o meu filho de idiota, e andar com outros caras por aí, você está muito enganada, garota. — A loira se abaixou, apoiando ambas mãos na mesa, me encarando com raiva. — O meu filho vai saber que você fala sobre outros homens dentro da casa dele. Acha que porque estava falando no seu idioma eu não saberia que está falando de outros homens? — Ergueu uma sobrancelha. Antes que Karen dissesse mais alguma besteira, eu a interrompi.
— Cristian é meu irmão mais novo. Minha mãe estava dizendo que ele me mandou um beijo. — Respirei fundo, tentando controlar meu coração, que já batia a toda. Sempre que ficava muito nervosa, acabava me confundindo nas palavras, e dar a ela mais um motivo de chacota seria um inferno. 
— E você espera que eu acredite nisso? — Ela disse com ironia. 
— Não espero que a senhora acredite em nada. Mas é a verdade. — Dei de ombros. — Você pode perguntar á Liam o nome do meu irmão se quiser, não me importo nenhum pouco.
— O meu filho pode ser cego em relação á você, mas eu não sou, e vou fazê-lo abrir os olhos. — Ela disse me encarando.
— Karen, eu amo o seu filho, e me desculpe, mas eu não ligo para o que você pensa de mim. Liam me conhece, conhece a minha família e sabe muito bem o tipo de pessoa que nós somos. Meus pais já o consideram da família, e o amam tanto quanto a mim. Eu tenho pena da senhora, por ter um coração tão pequeno á ponto de odiar uma pessoa que ama o seu filho tanto quanto eu amo. — Comecei a disparar as palavras, sem conseguir controlar. — Se você quiser ir até Liam e dizer mais uma vez, como eu não sirvo para ele, ou como eu mancho o nome da sua família, pode ir. O amor que há entre Liam e eu é muito mais forte do que qualquer comentário que a senhora possa fazer sobre mim. Eu sequer queria estar aqui hoje, Liam me impediu que sair durante os feriados, porque eu não quero afastá-lo de vocês, mas não aguento mais ter que ouvir todo o tipo de xingamentos e mentiras sobre mim. — Meu rosto queimava, e o dela parecia ter perdido a cor. Eu nunca havia falado nada para a família de Liam, apenas ficava quieta e fingia não ouvir. — Já está sendo difícil o bastante passar o final de ano longe da minha família, então, por favor, não piore as coisas. Eu não vou cruzar o caminho da senhor, por favor, não cruze o meu. — Quando proferi a última palavra, vi Liam entrar na cozinha. Eu já estava com os olhos transbordando meus sentimentos. Me dirigi para fora do lugar, vendo Liam caminhar até a mãe com uma expressão de desagrado. Corri para o meu quarto, e pelo olhar de todos na sala haviam ouvido cada palavra. 
Me sentei na cama deixando que as lágrimas escorressem, na esperança de que aquilo me acalmasse. Depois de alguns minutos, Liam entrou no quarto e se sentou ao meu lado. Depois de um longo momento apenas me abraçando, ele ergueu meu rosto e secou com os polegares.
— Me perdoa, babe, foi uma péssima ideia. — Disse baixinho. 
— Está tudo bem. — Funguei. — Eu passei do limite com a sua mãe…
— Não. — Ele me interrompeu. — Ela ultrapassou todos os limites te acusando de traição, além das piadinhas que sempre faz. Eu nunca deveria ter permitido isso, amor. Se tivesse cortado desde o primeiro momento isso nunca teria acontecido. — Beijou minha testa. 
— Você não controla os outros, meu bem. — Deixei um selinho em seus lábios. — Vou tomar um banho, colocar a cabeça no lugar. — Liam assentiu, selando nossos lábios mais uma vez e se dirigindo para fora do quarto. 
Tomei um banho rápido, mas foi o suficiente para fazer meu corpo relaxar um pouco. Coloquei uma roupa quentinha, já que estava muito frio e voltei para a cozinha. Karen ainda estava lá, quieta, e eu também não disse nenhuma palavra. Não me arrependia de ter dito coisas que estavam entaladas há tanto tempo, mas definitivamente havia escolhido uma péssima data para isso. 
Já era quase meia noite, Liam havia explicado aos parentes que no Brasil todos se arrumam para a virada do natal, o que eles fizeram. Eu estava na varanda, com uma taça de vinho na mão e sentindo meus olhos marejaram mais uma vez, agora de saudade.
— Feliz natal, s\n. — Meu corpo enrijeceu ao ouvir a voz da minha sogra se aproximando.
— Feliz natal, senhora Payne. — Respondi. Karen parou ao meu lado, apoiando os braços na sacada e respirando fundo.
— Liam me contou que Cristian realmente é seu irmão, lhe devo um pedido de desculpas. — Ela disse depois de algum tempo. 
— Está tudo bem. Me desculpe gritar com a senhora.
— Eu entendo. — Ela suspirou. — Nesses últimos anos você aguentou coisas realmente horríveis da minha parte. — Disse olhando para as próprias mãos. — Liam disse que sua família o recebeu como um filho, até mesmo aprenderam nossa língua para que ele ficasse confortável. — Sua voz começava a ficar embargada. — Enquanto isso, nós a tratamos muito mal. Espero que possa nos perdoar, e que possamos recomeçar. — Ela disse erguendo seu rosto, e me olhando com olhos marejados. Tenho certeza de que minha expressão era de pura surpresa.
— Cla… claro. — Falei tentando sorrir, mas ainda tentando digerir tudo aquilo. Será que eu estava bêbada demais e imaginando coisas?
— Posso te dar um abraço? — Ela perguntou, com relutância, e eu assenti. Karen se aproximou, me tomando em seus braços, em um abraço apertado que eu retribuí. Senti que em algum momento ela soluçou, e eu a apertei um pouquinho mais, tentando dar conforto. Não vi o momento em que Liam entrou no local, mas reconheci o perfume assim que ele passou os braços em nossa volta.
— Vocês não tem noção de como estou feliz com essa cena. — Ele disse, a felicidade em sua voz era evidente.
Voltamos para a casa, e fomos jantar. Todos comeram bem, e elogiaram a comida. Depois que a bebida alcóolica fez algum efeito, todos estavam rindo. E por mais que fosse estranho, aquele momento de intimidade repentina, me fez sentir muito bem.
Liam mostrou aos pais fotos dos nossos momentos no Brasil, fazendo seu pai rir alto com a minha imagem preferida, Liam sentado no sofá da minha casa enquanto meu pai estava em sua poltrona com nosso cachorro no colo, Cristian estava entre os dois com os braços cruzados fazendo uma cara de bravo, imitando uma cena de poderoso chefão. 
— Sua família parece muito engraçada. — Geoff disse, se dirigindo a mim. O que era novo, já que geralmente apenas me ignorava.
— Eles são. — Liam que o respondeu. — Cris têm onze anos, mas achei que ele fosse realmente me bater quando chegamos lá, s\n é a princesinha da família. — Ele disse fazendo meu rosto esquentar.
— Eu adoraria ir ao Brasil. — Karen disse, antes de tomar um gole de sua gemada.
— Meus pais estão loucos para virem. Talvez consigam no mês que vem. 
— É mesmo? — Ela disse surpresa, a bebida fazendo-a exagerar nos movimentos e um pouco no tom de voz. Eu assenti com a cabeça. — Precisamos aprender português! Para podermos conversar! — Ela disse largando a caneca na mesinha de centro da sala. — Eu e sua mãe precisamos começar a organizar o casamento. — Disse batendo as mãos, animada, me deixando ainda mais surpresa, e fazendo Liam sorrir o máximo que podia. 
— No fim, não foi uma má ideia. — Liam disse assim que deitamos em nossa cama. — Estou tão feliz que acho que posso sair voando. — Ele disse suspirando. Eu estava com a cabeça apoiada em seu peito e podia ouvir seu coração batendo levemente mais rápido.
— Estou feliz. — Admiti. — Quem diria que eu só precisaria surtar? — Brinquei, fazendo-o rir.
— Eu te amo. — Falou em português, fazendo meu coração derreter, como sempre acontecia quando ele fazia isso.
— Eu te amo.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Garota boba...
Pedido: "Oi, leio o tumblr de vocês desde que criei a minha conta e apesar de também escrever amo tudo que vocês postam. Gostaria de pedir um em que a S/N ouve que o Harry acha ela muito grudenta e começa a agir de forma distante, mas no final foi tudo um mal entendido e ele ama do jeito que ela é. Obrigada! Beijos!"
N/a: Escrevi esse imagine durante uma madrugada, e adorei escrevê-lo! Espero muito que gostem! <3 Boa leitura. Lari
Contagem de palavras: 1,715
Acordei procurando por Harry na cama. Minha pele estava arrepiada sentindo a falta do calor se seu corpo no meu, algo que pelos últimos seis dias não aconteceram, já que dormimos de conchinha. Levantei vestindo o moletom por cima da camisola de alcinhas. Caminhei em silêncio até a sala, coçando meus olhos tentando afastar o sono.
— Eu tô te falando, cara. — A voz de Harry soou. O cômodo era iluminado apenas pela televisão, e eu podia vê-lo sentado no sofá com o telefone encostado na orelha. Deviam ser umas quatro horas da manhã, o que ele faz no telefone há essa hora? — Não faz nem uma semana, e eu já não aguento mais! — Ele passou a mão pelo cabelo, parecendo nervoso. Pensei em anunciar minha presença, mas as palavras pareceram morrer em minha garganta. — Ela vive grudada em mim, parece que não existe mais nada nesse mundo. — O desconforto em minha garganta se tornou ainda maior, senti meu coração pesar. Harry ficou em silêncio por alguns segundos, ouvindo o que a pessoa do outro lado da linha tinha a dizer. — É sufocante. — Ele suspirou. Senti meus olhos arderem, e voltei para o quarto antes de ouvir o final da conversa. Tirei o moletom o colocando no mesmo lugar de onde havia tirado e voltei para baixo das cobertas. Alguns minutos depois ouvi a porta ser aberta, e respirei longamente, fingindo estar dormindo. Senti o colchão afundar, e a mão de Harry segurar minha cintura, me puxando para mais perto. Não demorou muito para que ele estivesse dormindo. Minha cabeça estava uma zona, não conseguia organizar meus pensamentos para conseguir dormir também. Realmente, nos últimos dias Harry e eu vivíamos grudados, ele acabara de voltar da Turnê, e teria apenas dois meses de descanso. Eu estava morrendo de saudades depois de tanto tempo separados, e pensei que ele também estava. Pelo menos era a forma como agia perto de mim, sempre fazendo carinho e dizendo o quanto sentiu minha falta durante o tempo longe.
Assim que vi que o dia já havia amanhecido, me esgueirei para fora da cama, tomando cuidado para não acordar Harry que respirava pesadamente. Peguei uma muda de roupas no armário e me troquei em silêncio. Saindo do apartamento logo em seguida. 
Eram oito horas quando liguei para Christopher, meu agente, dizendo que retomaria a pesquisa do próximo livro antes do esperado. Havia adiado minha viagem para poder ficar com Harry em sua folga. 
Já dirigia há algum tempo quando meu celular começou a tocar. O apelido carinhoso do meu namorado apareceu na tela do som do carro, me fazendo suspirar antes de atender.
— Babe? — Ele disse de forma sonolenta. — Acordei e você não estava aqui. — Falou manhoso. — Vai demorar? 
— Desculpa, amor. Não quis acordar você quando saí. — Tentei soar o mais normal possível.
— Onde você está? 
— Chegando em Canterbury.
— O quê? — Sua voz soava confusa.
— Desculpa, amor, Chris ligou cedo dizendo que o prazo para o livro diminuiu, não podia mais adiar a pesquisa. — Minha língua queimou com a mentira ensaiada.
— Achei que ficaríamos juntos esses dias… — Ele murmurou. 
— Eu sei, babe, me perdoa. — Suspirei. — Prometo voltar assim que puder, okay? 
— Eu posso encontrar você aí, podemos passear pela cidade enquanto você pesquisa…
— Não precisa, amor. Não vou demorar. — Engoli em seco. Harry adorava fazer as pesquisas de campo comigo, ou pelo menos era o que sempre me dizia. 
— Okay. — Disse depois de alguns segundos em silêncio. — Quando chegar vem direto pra cá. Ainda não matei a saudade de você e agora ela vai aumentar muito mais. 
— Pode deixar. — Suspirei. 
— Amo você. — Segurei o soluço que quis escapar quando sua voz soou pelo alto falante.
— Eu também. 
Os dias em Canterbury estavam sendo torturantes. A cidade era linda, mas eu só conseguia pensar nas palavras de Harry naquela madrugada. Tirei as fotos necessárias para as ambientações em meu novo romance nos primeiros dois dias, mas permaneci na pousada por mais algum tempo. Mesmo me sentindo cada vez mais confusa, queria dar um tempo para que Harry deixasse de se sentir sufocado.
Estava deitada na cama quando ouvi meu celular tocar, pensando que talvez fosse Harry, ignorei, mas assim que parou, ele voltou a tocar novamente. Atendi sem ver o nome.
— Posso saber que porra está acontecendo com você? — A voz de Louis soou do outro lado da linha. Após começar meu relacionamento com Harry iniciamos uma amizade que se tornou muito importante para mim. Louis era muito direto sempre, sem papas na língua quando algo o incomodava. Me sentei na cama, suspirando. — Harry está há dias se lamentando no meu ouvido dizendo que você foi viajar sem avisar e que agora não responde as mensagens dele. — Louis começou a alterar o tom de voz. — Qual seu problema, garota? Se quer terminar o namoro, fala com ele! 
— Lou. — Falei já em um soluço, e mais uma vez chorando. — Eu não quero terminar, só estava dando um pouco de espaço pra ele. — Falei com a voz ainda embargada.
— Espaço? Ele te disse que precisava de espaço?
— Não exatamente. — Suspirei. — Eu ouvi uma conversa dele. — Confessei. — E ele disse que estava se sentindo sufocado, que eu estava grudada demais…
— Por quê não conversou com ele, s/n? Porra! — Louis tinha a boca muito suja, geralmente seus conselhos vinham carregados de palavrões. — Já pensou que ele podia não estar falando sobre você?
— E de quem mais, Louis? Eu passei a semana inteira grudada nele, é obvio. — Falei, botando para fora mais uma vez um soluço. Louis suspirou do outro lado.
— Vocês têm que conversar. Os dois. Harry está achando que você quer largar ele. — Meu coração deu um salto. Isso era tudo que eu não queria, me separar de Harry. 
Depois de mais alguns minutos, de Louis me xingando por tê-lo feito passar por uma ligação enorme de um Harry choroso, me deitei novamente, deixando que as lágrimas escorressem novamente. 
Em algum momento acabei adormecendo, e acordei com batidas na porta. Estranhei, pois não havia pedido serviço de quarto. Levantei e abri a porta, dando de cara com Harry. Meu coração foi parar na garganta. Depois dos dias longe, e sem manter qualquer tipo de contato com ele, vê-lo era doloroso. Principalmente vendo que ele tinha olheiras embaixo dos olhos. 
— Como… — Comecei.
— Christopher me disse onde você estava. — Ele disse, a voz rouca me dando vontade de chorar novamente. Dei um passo para trás, para que ele entrasse. — Ele também me disse que o prazo do livro não mudou. — Ele colocou as mãos nos bolsos da calça jeans. 
— Harry… — Tentei procurar palavras para me desculpar, mas ele me interrompeu, erguendo um dedo e demonstrando que ainda não havia terminado de falar.
— Você quer terminar, é isso? — Harry se sentou na cama que antes eu dormia, me encarando.
— É claro que não, meu amor. — Falei me aproximando, e sentando ao seu lado. Harry estava com os olhos vermelhos, me fazendo sentir ainda pior.
— Então por que você sumiu? E não respondeu às minhas mensagens, não me atendeu… — Ele murmura, a voz chorosa que fez meu coração apertar. — Você odeia mentiras, e mesmo assim mentiu sobre o livro, eu… — Respirou fundo. — Se você quiser terminar, eu vou entender. Eu estou sempre longe, não posso te dar muita atenção e… — Algumas lágrimas escorreram pelo rosto linda, e eu não deixei que terminasse aquele pensamento ridículo, colocando meus dedos sobre seus lábios.
— Eu só queria te dar um pouco de espaço, amor. — Sussurrei, tirando minha mão. — Eu me empolguei com a sua chegada, e acabei te sufocando. — Tentei segurar o choro, mas a voz embargada me denunciava. Harry fixou os olhos nos meus.
— Não estou entendendo você, babe. Você não estava me sufocando, você nunca me sufoca…
— Harry, eu ouvi você falando ao telefone. — Olhei para minhas mãos, com vergonha. — Ouvi você dizer que eu sou grudenta e estava te sufocando… Não era a minha intenção. Eu só estava com tanta saudade e… —  Fui interrompida pelos lábios de Harry, colando nos meus. Suspirei com o contato após tanto tempo.
— Garota boba. — Ele disse quebrando o beijo. Harry segurou meu rosto entre as mãos. — Eu não estava falando sobre você, babe. Nunca diria nada disso sobre você. — Deu um sorrisinho. — Eu estava falando com Liam, sobre Hilary, a diretora do filme que vou fazer. Ela vive me ligando, querendo saber se eu já terminei de ler a nova versão do script, não respeita nem um pouco as minhas férias. — Harry sorriu de lado. — As férias que eu queria passar grudado na minha namorada fujona.
— Desculpa, amor…— Baixei meu rosto, sentindo aquecer.
— Por que não falou comigo, babe? Passei a semana inteira achando que você ia me largar. — Harry me puxou, me fazendo sentar em seu colo. — Achei que ia precisar chegar aqui e implorar para você ficar comigo. — Passou os braços pela minha cintura, e escondeu o rosto em meu pescoço.
— Eu fui uma idiota. — Acariciei os cabelos castanhos do meu amor. — Desculpa, babe. — Sussurrei, e recebi um beijinho no pescoço, antes que ele se afastasse.
— Foi mesmo. — Ri fraco. — Vai precisar me recompensar. — Roçou a boca na minha.
— Que tipo de recompensa você quer? — Falei sentindo sua mão entrar em meu moletom, acariciando a pele da minha barriga.
— Ah, uma muito muito longa. — Disse perto do meu ouvido, me fazendo suspirar.
 ~*~
— Conseguiu começar o livro? — Harry perguntou enrolando uma mecha do meu cabelo do dedo longo. Eu estava deitada em seu peito, ainda sentindo meu corpo relaxar depois do longo “exercício”.
— Nem uma palavra. — Admiti fazendo uma careta.— Só conseguia pensar em você… — Suspirei. — Tirei algumas fotos, mas não consegui começar o livro sem o meu muso inspirador. — Harry riu. Ele sempre era o personagem principal de todos os meus livros, sempre fazia parte de cada mínimo detalhe, cada cena de amor era inspirada em meus sentimentos por ele.
— Podemos dar uma volta pela cidade, então. — Disse acariciando meu rosto com o polegar. — Vou te ajudar a fazer a pesquisa, sua boba. 
— Me desculpa, meu amor. — Suspirei. Agora meu coração estava cheio de culpa.
— Eu já estou te perdoando, babe. Ainda falta um pouquinho, mas é um começo. — Harry disse virando nossa posição rápido, me fazendo rir quando subiu em cima de mim. Deus, não existe outro lugar que eu queira estar que não seja nos braços desse homem.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Can you forgive me?
n/a: Esse imagine é um pedido super antigo feito em anônimo, espero que gostem! 💘 Lembrando que os pedidos estão abertos e a ask também! Boa leitura.
Contagem de palavras: 3,597
Quatro meses antes de tudo desabar…
Sorri mais uma vez para o homem ao meu lado no balcão, com alguns bancos nos separando, sentia meu corpo inteiro arrepiado. Ele parecia esculpido de tão bonito. Como pode um ser humano ser tão lindo assim? Voltei meus olhos para a mimosa a minha frente e dei mais um gole, agora deixando o copo pela metade. 
— Posso te pagar uma bebida? — Os pelinhos da minha nuca arrepiaram quando a voz grossa soou em meu ouvido, seu sotaque carregado dando um toque ainda melhor. Virei meu rosto levemente, agora encarando aquela escultura de perto. Os olhos castanhos rodeados de uma camada grossa de cílios longos, os lábios muito bem desenhados abertos em um sorriso alinhado. Deus tem seus favoritos, e ele é o maior deles.
— A minha bebida ainda não acabou. — Falei mordendo meu lábio inferior, ainda sentindo o gosto de laranja na língua. 
— Minha cantada saiu errada então. — Ele disse dando um sorriso de lado. 
— Você pode começar de novo, se quiser. — O moreno se sentou no banco ao meu lado, apoiando os cotovelos no balcão em suas costas.
— Você vem sempre por aqui? 
— Sério? — Falei erguendo as sobrancelhas, fazendo-o jogar a cabeça para trás em uma risada gostosa.
— Eu desisto. — Ergueu as mãos, fingindo rendição.
— Por quê não começa se apresentando? — Perguntei me virando no banco, também ficando de costas para o balcão.
— Zayn. — Ele disse estendendo a mão tatuada para mim. A camisa social preta com os punhos dobrados se ergueu levemente, revelando um braço igualmente tatuado.
— s/n. — Falei segurando sua mão, sentindo uma corrente elétrica se iniciar no breve contato.
— Nome diferente. — Ele disse me olhando com atenção após soltar minha mão.
—  O seu também. — Devolvi.
— Minha família é descendente de paquistaneses. — Disse dando um sorrisinho de lado.
— E eu sou do Brasil. — Sorri. — Meu nome é bem comum lá.
— Um país lindo. — Zayn sorriu mais uma vez, agora abertamente, deixando os cantinhos da língua aparente entre os dentes.
— Já conheceu? — Ele me olhou por alguns segundos, antes de confirmar com a cabeça.
— Fui uma vez há alguns anos. Fiquei no rio. — Suspirei longamente. Fazia pouco mais de um ano que havia chegado á Inglaterra, já estava habituada a vida, mas sentia muita falta do Brasil. Por mais que boa parte das pessoas que conheci fizessem o possível para que eu me sentisse confortável, não era a mesma coisa, a energia era diferente. 
— Eu morava em uma cidade bem pequenininha lá. Sinto falta.
— Mora há muito tempo aqui? — Zayn passou a parte interna do polegar sobre o lábio inferior, chamando imediatamente minha atenção para lá.
— Pouco mais de um ano. — Falei, me obrigando a parar de olhar seus lábios muito convidativos.
— O que acha de sairmos daqui? Está bem barulhento. — Zayn falou, me fazendo sorrir com a desculpa horrivel. Chamei o Barman para pagar minha conta, mas o moreno não deixou, fazendo questão de pagar, prometendo que em uma próxima seria minha vez. 
Três meses antes de tudo desabar…
— Zayn? — Chamei entrando no apartamento completamente escuro. Estranhei o fato de ele não estar por lá, já que havíamos marcado de nos encontrar. Fazia um mês que havia conhecido Zayn em uma balada. Desde então, saíamos com certa frequência. As vezes ele aparecia na lanchonete onde eu trabalhava como garçonete para me buscar após meu expediente, em meus dias de folga ficávamos juntos em meu apartamento ou no dele. Eu ficava boba como ele era talentoso, seu apartamento era repleto de quadros pintados por ele mesmo, seus desenhos eram lindos, só não eram tão divinos quanto sua voz. Uma noite cheguei alguns minutos antes do combinado, e o vi sentado no sofá, sem camisa, tocando um violão e cantando. Ele tomou um susto enorme, e me disse ter pânico de cantar em público. Porém, depois daquele dia, ele passou a cantar sempre que eu estava junto, me deixando ainda mais derretida por ele.
Adentrei na sala do pequeno apartamento dando de cara com um Zayn sem camisa, com os olhos fechados, inerte nos próprios pensamentos. O cômodo era iluminado apenas pela lareira acesa logo a frente do sofá onde ele estava.
— Amor. — Ele disse assim que me viu o encarando. Caminhei até o sofá e o comprimentei com o já habitual selinho. — Como foi hoje na lanchonete? 
— Cansativo. — Suspirei. — Só conseguia pensar em chegar aqui e ganhar uma massagem bem gostosa. — Falei lhe lançando um sorriso.
Dois meses antes de tudo desabar…
— Você está me deixando louco sabia? — A voz rouca de Zayn soou em meu ouvido, exatamente como no dia em que nos conhecemos. 
Por mais que já estivéssemos “juntos” há algum tempo, não passamos dos beijos. Eu não era virgem, mas considerava o sexo algo muito além de prazer carnal. Nunca havia me entregado para homem algum sem sentir nada por ele. E Zayn respeitou minha opinião, ele dizia me entender e não passava dos limites quando eu pedia para parar. Algumas vezes até recorrendo a banhos frios quando os amassos eram um pouco demais. 
Já faziam alguns dias que eu havia decidido que queria Zayn. Nossa relação por mais que não rotulada era muito estável e sólida, me dando cada vez mais certeza de que tinha tirado a sorte grande com ele.
— O que acha de sairmos daqui? — Perguntei, sorrindo ao utilizar as mesmas palavras que meses atrás ele usou comigo, Zayn mordeu o lábio para conter uma risada, entendendo a referência.
— Muito barulho? — Perguntou, e eu assenti com a cabeça. 
O caminho até meu apartamento fora rápido, saímos do carro de aplicativo quase correndo, e antes mesmo de abrir a porta as mãos de Zayn já se encontravam em minha cintura. Assim que adentramos o ambiente, o moreno colou sua boca minha, me dando um beijo que espalhou calor por todo o meu corpo em apenas alguns segundos. O efeito de Zayn sobre mim era como acender um isqueiro perto de um tonel de gasolina. Me sentia pegar fogo com o menor dos toques, com o mais baixo dos sons que saíam dos lábios desenhados.
— Você é tão linda, amor. — Zayn dizia baixo, a boca colada em meu ouvido. Sentia que a qualquer momento eu poderia entrar em combustão espontânea, cada milimétrica parte do meu corpo gritava por ele. 
Senti a atmosfera fofa do colchão contra minhas costas quando Zayn me deitou na cama, ele se ergueu, levando as mãos até meus pés, retirando as sandálias de salto vagarosamente. Meus olhos estavam vidrados em cada movimento seu, absorvendo cada segundo daquele momento.
Me ajeitei na cama depois de ficar descalça e observei Zayn se livrar a jaqueta de couro preta, o ar badboy lhe caía muito bem, me fazendo inflamar ainda mais. Seus olhos também estavam grudados em mim, e eu podia sentir seu calor mesmo de longe.
Zayn se livrou dos tênis e subiu na cama junto de mim, colando nossas bocas novamente.
— Eu te quero tanto, baby. — Soprou contra os meus lábios. Antes de fazer qualquer outro movimento, Zayn se ajoelhou na cama, me olhando com atenção. — Você quer? 
— Sim, amor. — Me ajoelhei, passando os braços na volta do seu pescoço. — Me faz sua, Zayn. — Praticamente implorei, recebendo um beijo feroz como resposta.
Zayn levou as mãos até minhas costas, abrindo o zíper do meu vestido, deixando-o cair até meus joelhos ainda encostados na cama. 
— Tão linda… — Ele sussurrou, me empurrando levemente para deitar, e terminando de puxar o tecido pelas minhas pernas. — Poderia passar o resto da vida olhando para você. — Zayn dizia pausadamente, distribuindo beijos molhados, trilhando um caminho dos meus tornozelos até meus seios, cobertos pelo sutiã de renda preta.— A mulher mais linda que eu já vi. — Continuou, agora puxando o bojo com a ponta dos dedos, libertando meus seios. 
Suspirei alto quando senti o calor de sua boca em contato com o mamilo sensível, me sentia encharcar ainda mais a cada segundo. Gemi baixinho, fechando meus olhos com força, nunca tinha ficado tão vulnerável nas mãos de um homem, Zayn parecia saber exatamente onde tocar, o que fazer para me deixar ainda mais excitada, mesmo quando eu achava não ser mais possível. 
Levei minhas mãos até a barra da camiseta de Zayn, erguendo-a, revelando o tronco bem definido e muito tatuado. Passei minhas unhas levemente, indo do peito até a barra da calça, fazendo-o soltar um suspiro alto.
— Você parece ter sido esculpido por Deus. — Sussurrei. — Tão perfeito… 
— É tudo seu. — Ele sussurrou, roçando seus lábios contra os meus, me fazendo sorrir.
Zayn se livrou das próprias calças, jogando-as no chão, ficando apenas com a cueca preta, apertada no corpo por causa da ereção. Me livrei também do sutiã, e ele voltou para mim, mas eu troquei nossas posições, agora sentando em seu colo. 
O moreno mordeu o lábio inferior quando comecei a movimentar meu quadril vagarosamente, esfregando nossas intimidades ainda cobertas, ele fechou os olhos com força e disse algumas palavras que soavam como palavrões, mas em uma língua que eu nunca havia ouvido antes.
— Gostosa. — Ele sussurrou, levando as mãos até minha cintura a aumentando os movimentos, me fazendo gemer alto com a fricção do tecido da calcinha em meu clitóris. — Preciso entrar em você, amor. — Ele disse se sentando, colocando os braços na volta do meu corpo, me apertando ainda mais contra si. Quando senti que poderia explodir a qualquer minuto, saí de cima de Zayn, e ele desceu da cama, pegando a jaqueta no chão e tirando um preservativo de um dos bolsos.
Desci a calcinha pelas pernas enquanto observava Zayn se despir da última peça de roupa. Não consegui conter meus olhos quando o vi bombear seu membro, minha boca se encheu d'água com vontade de prová-lo, mas teria que ficar para outro momento. Agora eu precisava de Zayn, bem fundo dentro de mim.
— Se continuar me olhando assim, vou gozar antes mesmo de te foder, amor. — Ele disse subindo na cama novamente, se ajoelhando na minha frente enquanto desenrolava o preservativo no pau.
Me deitei novamente, sendo acompanhada por ele.
Meu corpo inteiro se arrepiou quando Zayn esfregou a glande em minha entrada vagarosamente. Uma, duas, três vezes antes de entrar, e me fazendo gemer alto quando o fez.
— Tão apertada, baby. — Ele sussurrou em meu ouvido ao começar a se movimentar. — Tão perfeita pra mim. 
Eu não conseguia formular uma frase com coerência, o prazer me inundava e eu só conseguia sussurrar palavrões em português e gemer seu nome. 
Os movimentos de Zayn eram rápidos, fundos, enlouquecedores. Sentia o orgasmo se formando em meu ventre quando ele se ergueu levemente, enlaçando minhas pernas em sua cintura, sem deixar de penetrar.
Sua expressão era de puro prazer, e os gemidos roucos que fugiam da boca linda levavam correntes elétricas por todo o meu corpo.
Zayn levou uma das mãos até a boca, molhando a ponta dos dedos com a língua, e então a levou entre nós, tocando meu clitóris.
Agarrei o lençol com força, meu corpo inteiro tremia, o orgasmo estava tão próximo, e a cena em minha frente era digna de um filme pornográfico do mais alto escalão. Aquele homem gostoso pra cacete, me tocando enquanto metia com força em mim.
Fechei meus olhos com força, sentindo que poderia explodir a qualquer segundo.
— Olha pra mim, amor. — Zayn disse com dificuldade. — Olha pra mim enquanto goza no meu pau. — O encarei, e sem conseguir segurar por nem mais um segundo, senti meu corpo inteiro resetar, me apertando nele e gemendo seu nome a plenos pulmões. Não demorou mais do que dois segundos para que Zayn se juntasse a mim no orgasmo, gemendo tão alto quanto eu, e se abaixando, colando sua testa na minha, me deixando um selinho antes de sair de mim e se deitar ao meu lado.
Ficamos alguns minutos imersos no nosso próprio mundo, controlando as respirações e olhando um para o outro. 
Até depois do sexo esse homem conseguia ser de tirar o fôlego.
Zayn se virou para mim, afastando uma mecha de cabelo para trás da minha orelha, murmurando uma frase em outra língua.
— Que língua é essa? — Perguntei sorrindo.
— Urdu. — Ele deu um beijinho na ponta do meu nariz.
— E o que significa o que disse?  
— Eu te amo. — Meu coração deu um salto gigantesco. Me ergui levemente, colando meus lábios nos seus em um selinho demorado.
— Eu te amo. — Sussurrei em português, sabendo que ele entenderia, e fazendo-o sorrir abertamente.
Um mês antes de tudo desabar…
— Amiga, você não acha estranho não saber nada sobre esse cara? — Becky dizia sentada a minha frente, enquanto eu sorria para a tela do celular trocando mensagens com meu namorado. Zayn estava em Londres, havia ido visitar sua família e entregar uma ilustração que havia sido encomendada.
— Mas eu sei se várias coisas. — Retruquei. — Ele é ilustrador, vem de uma família grande, é lindo… — Becky revirou os olhos.
— Ele não tem uma rede social, nada? 
— Ele é low profile. — Menti. A realidade é que eu não sabia. Sequer sabia o sobrenome dele. Zayn e eu ficávamos tão absortos em nosso mundo quando estávamos juntos que esses detalhes acabavam ficando esquecidos. E na realidade eu não me importava muito com isso.
— Pois eu acho isso muito estranho. — Ela disse franzindo o nariz. Becky havia visto Zayn apenas duas vezes, e apenas pela janela da lanchonete quando ele ia me buscar.
— Que bom que quem namora ele sou eu e não você. — Falei em provocação, e ela bufou dando de ombros.
O dia que tudo ruiu…
Estava sentada no sofá do apartamento de Zayn enquanto ele tomava um banho, havíamos combinado de jantar em algum lugar e passar o resto do final de semana juntos. 
Recebi uma mensagem de Becky, estranhando o fato de ser um link para um site de fofoca. 
Abri e senti meu estômago revirar no segundo em que vi as dezenas de fotos minhas e de Zayn. Foram tiradas sem que tivéssemos notado, em algumas estávamos andando de mãos dadas pela cidade em algum passeio e em outras trocamos alguns beijos.
"Após mais de um ano solteiro, Zayn Malik aparece com garota anônima.
Zayn Malik (30) foi clicado recentemente com uma garota desconhecida. O ex membro da One Direction estava solteiro desde outubro de 2021, quando terminou seu relacionamento com Gigi Hadid, com quem tem uma filha, a pequena Khai, de dois anos.
Não se sabe exatamente quando o relacionamento começou, mas os dois parecem muito apaixonados! Tentamos entrar em contato com a assessoria de Malik, mas não obtivemos resposta! 
Esperamos que o casal seja muito feliz? 
E vocês, shippam?" 
— Amor? — Zayn disse saindo do banheiro, enquanto esfregava uma toalha no cabelo molhado. Sequei rapidamente as lágrimas que estavam escorrendo e o encarei. — Aconteceu alguma coisa? — Disse se aproximando, mas eu me levantei, me afastando novamente. 
— Eu não sei, você não tem nada pra me contar? — Perguntei com a voz carregada de ironia. Zayn tinha uma expressão de confusão, fazendo meu estômago revirar ainda mais. — Sei lá, que você é mundialmente famoso? — Falei cruzando os braços, a cor em seu rosto pareceu sumir no mesmo segundo. — Ou então que você tem uma filha? 
— Amor, eu… — Zayn deu um passo em minha direção, e eu dei um para trás, estendendo um braço para que ele entendesse que eu não queria que se aproximasse. As lágrimas já molhavam meu rosto novamente, e meu coração estava apertado no peito.
— Você é um mentiroso. — Falei com asco. — Foi tudo a porra de uma mentira, uma brincadeira. — Solucei.
— É claro que não! Nada foi mentira. — Ele passou a mão pelo cabelo, sua expressão era de desespero.
— Ah não? — Ri pelo nariz. — E aquela história sobre você ter medo de cantar em público? E sobre ser ilustrador?
— Eu sou ilustrador, sou mesmo. — Suspirou. — Mas menti sobre cantar. — Ele se sentou no sofá, ainda me encarando. 
— Você mentiu sobre tudo. — Falei tentando secar o rosto. — Meu deus, como eu sou burra. — Solucei.
— Por favor, me deixa explicar. — Ele levantou novamente, se aproximando, e mais uma vez eu me afastei, causando-lhe uma expressão de mágoa.
— Não acha que já teve tempo suficiente pra explicar? — Passei a mão pelo cabelo, tentando achar alguma forma de aliviar minha angústia.
— Eu fiquei com medo. — Ele disse puxando o cabelo para trás. — Muita gente já se aproximou de mim por causa da fama, eu não aguentava mais esse tipo de relação e…
— Precisou de quatro meses pra perceber que eu não fazia ideia de quem você era? Ou pior, pra saber que eu nunca me aproximaria de você por ser famoso? 
— Não. — Ele suspirou. — Eu percebi tudo isso rápido. Eu nunca poderia imaginar que iria me apaixonar tão rápido, que iria te amar tanto e… — Ele começou a falar rápido, e eu o interrompi.
— Você não pode falar isso! Você mentiu o tempo todo! — Praticamente gritei. — Se eu não tivesse visto essa merda, iria viver uma vida escondida até quando? 
— Eu ia contar, juro que ia. — Ele agora estava com a voz embargada. — Eu só fiquei com medo de você reagir assim. — Uma lágrimas escorreu em seu rosto.
— E como você esperava que eu reagisse? — Suspirei. — O cara com quem eu namoro há meses é uma fraude! Você não confiou em mim, você tem uma família! Eu sou a porra de uma amante! 
— Não, amor, não fala isso. — Zayn se aproximou, agora rápido o suficiente para que eu não fugisse, segurando meu rosto entre suas mãos. — Eu não tenho mais nada com a mãe da minha filha desde antes de você, somos apenas amigos. Eu amo você, s/n. — Neguei com a cabeça.
— Se você me amasse, teria confiado em mim, não teria mentido. — Solucei. — Eu nunca teria ficado com você só por ser famoso. 
— Eu sei, babe, agora eu sei. — Ele sussurrou. — Me perdoa, por favor, eu te amo tanto. — Os olhos castanhos que por tantos dias me confortaram agora estavam melancólicos, molhados pelas lágrimas grossas.
— Eu preciso de um tempo. — Falei afastando suas mãos do meu rosto. — Preciso colocar minha cabeça no lugar e pensar sobre isso tudo.
— s/n. — Ele dizia como se implorasse.
— Tempo, Zayn. Preciso de tempo. — Suspirei, pegando minha bolsa que estava no sofá e saindo de seu apartamento, com o coração pesado.
Os dias que se seguiram foram um inferno. Zayn respeitou minha decisão de precisar de um tempo, mas isso de forma alguma tornava a situação mais fácil, eu sentia sua falta imensamente. Sentia falta dos beijos, das conversas bobas durante a madrugada, de tudo. 
Acabei pesquisando seu nome na internet e descobrindo muitas informações que eu não fazia ideia sobre Zayn, ele não era apenas um pouco famoso, ele era famoso para cacete. Fez parte de uma banda que lotava estádios pelo mundo inteiro. A viagem no Brasil que ele havia mencionado havia sido para shows. Ele havia viajado o mundo inteiro cantando.
Lembro de na época ouvir falar na banda, mas nunca procurei a fundo. 
Ouvi algumas de suas músicas, eram muito boas. E a voz de Zayn, mesmo depois de tudo, fazia o frio na barriga voltar sempre que a ouvia.
Estava fechando a lanchonete depois de um longo turno quando enxerguei Zayn do outro lado da rua, exatamente onde costumava me esperar. O clima da estava mais frio, ele usava uma jaqueta preta grossa e um gorro da mesma cor.
Assim que me viu saindo, ele atravessou a rua.
O rosto tão bonito agora parecia um pouco mais pálido, ele tinha bolsas embaixo dos olhos e os lábios pareciam mais brancos que o normal.
— Podemos conversar? — Ele perguntou, e eu confirmei com a cabeça. Caminhamos em silêncio as quatro quadras até meu apartamento. Entramos e caminhamos até a cozinha. Servi duas xícaras de café quente e lhe entreguei uma.
— Então? — Falei me sentando a sua frente na mesa. Aquela era uma cena estranha, geralmente sentávamos lado a lado.
— Primeiro, eu quero me desculpar, de novo. — Ele suspirou e deu um gole em seu café antes de continuar. — Eu fui um babaca, um idiota do pior tipo. Mas eu amo você. — Fechei os olhos, tentando conter as lágrimas que já insistiam em me deixar. — Eu gostaria de ter a chance de voltar no tempo, começar tudo de novo, do jeito certo…
— Mas isso não é possível. — Concluí, e ele assentiu.
— Mas o que a gente tem é tão lindo, amor. — Zayn estendeu a mão sobre a mesa, encontrando com a minha. — E eu te amo tanto. Esses dias foram um inferno. — Deu um sorrisinho de lado, tentando manter o assunto confortável, o que era quase impossível. — Eu quero te apresentar toda a parte da minha vida que eu não tive coragem antes… — Suspirou. — Mas nada do que vivemos foi uma mentira, amor. — Respirei fundo, assimilando cada uma de suas palavras. E ele ficou em silêncio, me encarando.
— Acho que… podemos começar de novo. — Zayn abriu um sorriso lindo e então se levantou, fazendo a volta na mesa e parando á minha frente.
— Sou o Zayn. — Ele disse estendendo a mão, como no dia em que nos conhecemos. — Malik. — Finalizou. Me levantei e segurei sua mão, sentindo o choquinhos habituais de toda vez que nos tocávamos.
— Acho que não precisa voltar tanto no tempo. — Falei o puxando levemente, enlaçando seu pescoço, em um abraço apertado. Zayn me apertou de volta, escondendo seu rosto do vão do meu pescoço. Inspirei seu cheiro, que por tantos dias me fez falta. — Eu te amo. — Sussurrei. — É a segunda e última chance.
— Eu te amo. — Ele disse erguendo o rosto, me olhando no fundos dos olhos. — Vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo. — Tocou seus lábios nos meus, selando a promessa.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Imagine com Niall Horan
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Finalmente aqui.
n/a: Esse é um pedido super antigo, espero muito que gostem <3 Boa Leitura!
Contagem de palavras: 1,553
Niall’s pov.
— Querido, você precisa se acalmar.— Minha mãe dizia com a voz calma ao telefone. Calma, a última coisa que eu poderia ter agora. 
— Eu vou pegar o primeiro avião para casa, agora. — Eu dizia enquanto andava em círculos viciosos pelo quarto de hotel. Já havia feito tanto aquele trajeto que me admirava de ainda não ter aberto um buraco no tapete. Minha pulsação estava muito acima do normal, suava como nunca na minha vida, e não ficava parado há mais de duas horas, quando s/n me ligou para avisar que James chegaria algumas semanas antes da hora.
— O estádio está cheio te esperando, você não pode deixar seus fãs esperando, Niall. — Ela disse de forma autoritária.
— O que eu não posso é perder o nascimento do meu filho! — Falei alto, em puro desespero.
— Querido, s/n não está sozinha. A família dela está lá, e eu já estou chegando. Faça o show, e depois venha.
— Mãe… — Falei em um suspiro. — Eu…
— Eu entendo que não queira perder esse momento, mas você também tem que pensar nas milhares de pessoas que estão esperando por você. — Eu sabia que ela estava certa, mas pensar em deixar s/n sozinha naquele hospital, perder os primeiros momentos de vida do meu filho. Imaginamos tantas vezes aquele momento, e agora eu estava longe deles. — Eu vou para o hospital agora, por favor, pense bem no que vai fazer, querido. 
A ligação terminou, mas eu não conseguia parar de pensar nela. Não conseguia ter calma, tudo que eu queria era entrar em um maldito avião e encontrar com a minha mulher.
— Niall, precisamos ir. — Kathy. minha assessora, avisou entrando no quarto. Suspirei alto antes de encará-la. — Eu sei o que vai me dizer, mas não podemos cancelar, Niall. 
— Kathy. — Murmurei.
— Eu vou fazer o possível para que o show de amanhã seja cancelado, mas você precisa ir agora. Se não for, além de quebrar um contrato milionário, vai decepcionar muitos fãs. — Bufei alta, segurando meus cabelos entre os dedos. — Niall, por favor. — Ela praticamente implorou, e eu segui para fora do quarto, ainda a contragosto.
O show fora um martírio, eu sempre me senti em casa no palco, mas, meu coração estava longe, e a minha mente mais ainda. 
Saí do estádio sem dar atenção aos fãs, pedi para que Kathy escrevesse uma nota oficial, me desculpando com aqueles que ficaram esperando e fui para o hotel. 
Assim que cheguei no hotel, sentei na cama e peguei meu celular, ligando para s/n em uma chamada de vídeo.
— Meu amor. — Ela disse com um sorriso cansado no rosto. Havia um rastro preto abaixo dos olhos, indicando que chorara enquanto usava maquiagem.
— Como você está? — Perguntei preocupado, ao ver seu estado, e ela abriu um sorriso ainda maior.
— Estou incrível. Quero que você conheça alguém. — Ela disse ajeitando sua posição, alguém apareceu na frente da câmera, largado alguma coisa em seu colo. Meu coração parou ao ver o bebezinho quase vermelho, enrolado em um cobertorzinho. — Esse é o papai. — Ela disse com a voz afinada. Meus olhos transbordavam alegria. s/n abriu o cobertor, para que eu pudesse vê-lo por inteiro. 
— Ele é tão perfeito. — Sussurrei.
— Ele se parece muito com você, amor. — A câmera ainda focava no bebê, mas era possivel ouvir a voz do meu amor. — O pé dele é igual o seu.
— Coitadinho. — Falei com humor, fazendo-a soltar uma gargalhada, e o bebê resmungar. — Me perdoe por não estar aí, meu amor. — Suspirei alto. — Me perdoe por perder esse momento.
— Temos uma vida inteira de momentos, meu amor. Não fique se culpando, okay? — Assenti com um movimento de cabeça, por mais que achasse que por um bom tempo sentiria culpa.
Depois de mais alguns minutos, minha sogra pegou o telefone, avisando que s/n estava muito cansada e precisava dormir antes de amamentar James mais uma vez. Lhes desejei uma boa noite e me deitei na cama, agora abrindo as centenas de mensagens da minha mãe. Fotos de James, de todos os ângulos possíveis, que me fizeram sentir cheio de amor.
Dormir foi uma tarefa difícil, mas o cansaço acabou me vencendo aquela noite.
Para o meu desespero, Kathy não havia conseguido cancelar o próximo show, por mais que tivesse conseguido liberar minha agenda após aquilo. 
Fazer mais um show fora complicado, mas saber que meu filho nasceu bem e saudável, e que a sua mãe estava bem, ajudaram muito.
s/n’s pov
Levantei da cama de hospital ainda sentindo um pouco de dor, o que de acordo com o médico sumiria em alguns dias. Depois de pegar receitas de remédios para o caso de sentir dores mais agudas, arrumei James para irmos para casa.
Tudo havia sido uma loucura, James havia chegado quase três semanas antes do previsto, mas forte e saudável. Fora um parto longo e difícil, principalmente sem ter Niall por perto.
O momento da chegada do nosso tão sonhado bebê fora aguardado ao longo dos nove meses de gestação. Niall pensara em cada detalhe, escolhera boa parte das músicas da Playlist, cada detalhe sonhado em conjunto. 
Mas, mesmo de longe, Niall se fez presente. E, como se soubesse que era a voz do pai que ecoava no ambiente, ao som de Heaven, James chegou ao mundo.
Tudo havia sido gravado, e eu havia pedido que ninguém lhe contasse sobre esse detalhe do nascimento. Queria que fosse uma surpresa.
Tomei um banho rápido enquanto James dormia tranquilamente sob os cuidados das avós corujas e vesti algo leve. Meu rosto denunciava o pós-parto, estava horrível, as olheiras fundas, o cabelo desgrenhado. Mas nunca havia me sentido tão completa.
Bobby dirigiu até minha casa com muito cuidado, como se no banco de trás carregasse o maior tesouro de sua vida. Bem, não deixava de ser. Ao descobrir que seria avô novamente, ele até mesmo soltou fogos de artifício. 
Ele entrou junto a mim, carregando as bolsas da maternidade enquanto eu ia atrás com meu pequeno pacote de amor. 
Meus olhos encheram de lágrimas ao ver os enormes buquês de girassóis que estavam logo na porta. Girassol era a nossa flor. A primeira flor que Niall me dera, o pedido de casamento feito em um campo de girassóis, meu buquê no dia do casamento. 
Tentei segurar a emoção, mas ao entrar na sala, o encontrei parado lá. Havia uma faixa de “bem vindo, James” e alguns balões coloridos espalhados pelo teto. 
Niall estava tão emocionado quanto eu, os olhos marejados, o nariz vermelho da vontade de chorar. Ele se aproximou devagarinho, os olhos grudados no bebê. O coloquei em seu colo com cuidado, e Niall não conseguiu mais segurar o choro, e eu também.
— Perfeito. — Ele sussurrou. — Tão lindo. — Ergueu os olhos emocionados para mim. — Não existem palavras para te agradecer meu amor, você foi tão forte.— Se inclinou um pouquinho, deixando um selinho salgado pelas lágrimas em meus lábios. — Eu te amo tanto. Amo vocês. 
— E nós amamos você. — Sussurrei, passando meu indicador pela penugem que cobria a cabecinha do bebê. — Papai. — Finalizei, fazendo-o derrubar algumas outras lágrimas. 
Nossos primeiros dias sozinhos com o bebê foram um desafio. James estava tendo cólicas, e o remédio não aliviava totalmente, então ele ficava resmungando. Meu coração se quebrava ao ver meu bebezinho sofrendo. Niall passava com ele durante todas as madrugadas, fazendo as posições que o pediatra havia ensinado para o alivio da dor, cantando baixinho para niná-lo, e conversando a noite inteira.
— Não está cansado? — Perguntei me sentando ao seu lado no sofá, era passada hora do almoço, e Niall ainda não havia dormido. Ele negou com a cabeça, mas seu rosto deixava muito claro que ele estava exausto. — Você sabe que eu posso levantar de madrugada, não sabe? Já me recuperei, e você também precisa descansar. — Falei passando a mão pelos cabelos castanhos, e ele se abaixou um pouco, deitando em meu ombro.
— Eu sei… — Suspirou. — Eu só quero passar o máximo de tempo possível com ele. Não sei quando vou estar longe em momentos importantes. 
— Meu amor, todos os pais em algum momento perdem algo. Eu posso ir ao banheiro um dia e perder o primeiro sorriso, ou os primeiros passos. Você não pode se culpar por trabalhar. — Dei um beijinho na ponta do seu nariz.
— Eu sei, eu sei. Mas ainda me sinto mal de não ter estado lá quando ele nasceu. 
— Você estava. — Ele ergueu a cabeça, me olhando confuso. Peguei meu celular, que estava na mesinha de centro a nossa frente. Com toda a confusão que era ter um recém nascido em casa, ainda não havia mostrado o vídeo á ele. Os olhos de Niall focaram nas imagens, eu urrava de dor, mas ainda era possível ouvir sua voz saindo das caixas de som. 
As lágrimas escorriam dos lindos olhos azuis, pingando pelo rosto bonito.
Quando o vídeo acabou, Niall me puxou para um abraço apertado, deixando um beijinho no meu pescoço.
— Eu te amo. — Ergueu o rosto para me olhar. — Prometo não perder o nascimento dos próximos. — Disse me fazendo rir. Pela baba eletrônica, ouvi James resmungar, já estava chegando a hora de se alimentar. Niall tentou levantar, mas eu o empurrei para sentar novamente.
— Eu vou. Você come alguma coisa e dorme um pouco. — Falei fingindo um tom autoritário, fazendo-o soltar uma gargalhada gostosa.
— Pode deixar, mamãe.
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1dpreferences-br · 2 years ago
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What do we do now? - Parte 1
Pedido: "lari um com o H que ela trabalha na equipe dele e eles sempre trocam olhares e flertam mas nunca tem nada aí um noite bebem muito transam e ela acaba engravidando E eles criam o bebê em "segredo" por um tempo sem estar juntos e vai se apaixonando e ficam juntos e o harry assume o bb pro mundo e tal n sei se fico confuso kkkk"
Contagem de palavras: 3,792
Esse imagine tem conteúdo sexual explicito!
Sorri para Mitch assim que o enxerguei no final do corredor de camarins, o moreno estava encostado em uma parede com o telefone no ouvido, provavelmente falando com a esposa. Ele sorriu de volta ao me ver passar, e me cumprimentou com um aceno de cabeça. Bati na porta com a plaquinha com o nome de Harry na porta. Entrei ao ouvir a permissão e encontrei o moreno sentado em sua cadeira na frente do espelho, enquanto Megan terminava de arrumar seu cabelo.
— Com licença. — Falei baixinho, para não atrapalhar a conversa animada dos dois. — Trouxe o figurino. — Balancei a roupa embalada á minha frente, fazendo-o sorrir abertamente. Harry levantou da cadeira e se dirigiu a mim, abrindo o zíper da capa de tecido, revelando o conjunto amarelo e cheio de brilhos. 
— Ficou ótimo, eu adorei. — Disse me olhando com um sorriso sincero. 
— Fico feliz, estava insegura com esse. — Admiti. Sentia meu rosto ruborizar ao tê-lo tão perto.
— Você sempre faz os melhores, gata. — Disse com um sorrisinho de lado, revelando a covinha da bochecha direita, e então piscou um olho. Meu coração foi na boca, mas tentei não transparecer, apenas sorrindo de volta e lhe entregando o cabide. — Já estou com os desenhos para o próximo mês. — Ele disse se afastando, estendendo a capa sobre o sofá pequeno que havia ali, e indo até a penteadeira onde estava. — Você não prefere que eu envie tudo para o seu telefone? Não seria mais fácil? — Ele diz se aproximando, com algumas folhas em sua mão.
— Pode ser. — Falei coçando minha nuca. — Eu sempre tiro fotos para o caso de perdê-los em uma das viagens. 
— Perfeito, então vou enviar para o seu telefone. — Ele sorriu mais uma vez, colocando a mão que segurava as folhas nas costas, e pegando o celular no bolso da calça de moletom, me estendendo em seguida para que colocasse o número. 
Assim que entrei na pequena sala que era direcionada ao figurino, senti meu celular vibrar no bolso traseiro da calça jeans.
“aqui seus desenhos, gata ”
Eram várias fotos, com os desenhos e inspirações de Harry para os figurinos dos shows, com as datas escritas em baixo. Uma boa parte eram apenas customizações, então não era realmente muita coisa para fazer. A última foto fez meu coração parar por alguns segundos. Era uma imagem de Harry, vestindo o figurino que eu acabara de entregar. O peito nú exposto pelo colete amarelho cheio de franjinhas aberto, as tatuagens escuras em evidência na pele clara. Ele segurava o telefone em frente ao rosto, e a mão livre apoiada na nuca. Esse homem não pode ser um ser humano. Deveria ser crime ser tão gostoso assim! 
“essa cor fica linda em você.” Enviei, me sentando em minha cadeira. Faltava quase uma hora para o show, então ele devia estar se preparando, não esperei que fosse responder.
“eu prefiro sem, uma pena que seria preso se subisse nú no palco haha”
— Uma pena mesmo.— Falei para mim mesma, rindo do meu pensamento.
“Pela sua segurança, acho melhor não fazer isso! Suas fãs são taradas” 
“aprenderam comigo 😉” 
Suspirei, sentindo apertando minhas pernas uma contra a outra, tentando diminuir o desconforto em meio ás minhas pernas. Fazia quase um ano que eu comecei a trabalhar para Harry, como auxiliar de sua figurinista, mas depois de ela descobrir que estava grávida, 3 meses atrás, ela precisou se afastar, pois as viagens constantes não estavam a fazendo bem, e eu precisei assumir seu lugar. Desde o primeiro dia, sempre que via Harry, me sentia como uma garota na puberdade, com os hormônios ás alturas, subindo pelas paredes. Não entendia seus efeitos em mim, com um simples sorriso me deixava incendiando. 
“Não conhecia esse seu lado!” 
Enviei, sentindo meu coração acelerar. O frio na barriga já era descontrolado.
“uma hora dessas, te apresento”
“Mas agora o dever me chama” 
“Bom show!” 
“Obrigado, gata” 
Respirei fundo, tentando normalizar a temperatura do meu corpo, me abanei com as mãos, e bebi um gole de água. Depois de alguns minutos, me olhei no pequeno espelho que carregava na bolsa e vi que já não estava tão vermelha. Decidi voltar para o hotel. Às vezes ficava para assistir o show, mas como já tinha todos os desenhos para os próximos figurinos, decidi descansar para poder começar cedo no dia seguinte. 
Um dos motoristas me deixou no destino. Assim que entrei no quarto muito arrumado, decidi tomar um longo banho de banheira. 
Já vestindo minha camisola de seda preta, me sentindo completamente relaxada, pedi o jantar pelo serviço de quarto. Coloquei um programa qualquer na televisão e peguei meu celular. 
“Não ficou para o show, babe?”
“Espero que não esteja trabalhando até muito tarde” 
“Pela falta de respostas já deve estar dormindo”
“Boa noite, gata”
As mensagens tinham vários minutos de diferença uma das outras, a última há quase quize minutos.
“Oi! Acabei voltando cedo para o hotel!”
“Estava no banho, desculpe a demora!”
“Todo esse tempo? Se divertiu lá?” 
Meu deus, agora ele me faz surtar com mensagens também.
“Como eu me divertiria em um banho?” 
Provoquei.
“Ah, eu conheço muitas, posso te mostrar se quiser.” 
“Estou entrando no banho agora mesmo…” 
Meu coração pulou, e eu pude sentir minha calcinha umedecer. Porra. Harry sempre dava alguns sorrisinhos de lado, fazia alguns comentários maliciosos, mas nunca flertamos dessa forma. E eu precisava admitir que estava adorando. Ia responder a mensagem quando alguém bateu na porta do quarto, avisando que meu jantar havia chegado. Corri até a porta, abrindo para o homem que empurrava o carrinho. Ele colocou a bandeja com minha comida na mesa, e saiu, me desejando uma boa noite. 
Peguei meu celular nervosa assim que ele saiu. Me sentindo então enxarcar. Uma foto. O rosto de Harru não aparecia, apenas o tronco tatuado, indo até um pouco abaixo do umbigo, com o braço livre do celular abaixado, dando impressão de que se tocava. Depois de longos segundos admirando aquela obra prima, decidi retribuir. Fui até o banheiro bem iluminado e parei em frente ao grande espelho que havia por ali, apoiei uma mão atrás na cintura, erguendo levemente o tecido da camisola, o suficiente para deixar minhas coxas a mostra, mas nada mais. Sem deixar meu rosto aparecer, fotografei e enviei.
Voltei para o quarto ainda sentindo meu corpo inteiro gritar. Minha vontade era atravessar o corredor e ir até o quarto de Harry acompanhar o banho. Mas eu nunca faria algo assim. Não sem um convite.
“Não sabia que tinha uma tatuagem na perna.” 
Ele disse depois de alguns segundos, se referindo á uma pequena parte do arranjo de flores que eu havia tatuado na coxa direita que aparecia na foto.
“Mas não dá para ver inteira”
Voltei ao banheiro, ergui a camisola, revelando a calcinha de renda da mesma cor, tirei uma foto, onde dava para ver bem a tatuagem, e um pequeno pedaço da perna onde era possível ver a calcinha, e enviei, dessa vez no modo de única visualização. Meu coração batia muito forte. Eu já havia mandando fotos sensuais para outros caras antes, mas nenhum deles causava o efeito que Harry causava em mim, e nenhum deles era HARRY FUCKING STYLES! 
Depois de longos minutos, que me fizeram quase surtar, pensando que havia imaginado tudo errado, recebi uma resposta. Uma foto também, de visualização única. Era uma imagem das pernas de Harry estendidas sobre o lençol branco da cama, vestindo apenas uma cueca boxer preta, o membro muito bem marcado, me deixando ainda mais molhada. Me deixei na cama também.
“acabei de tomar um banho frio e já estou assim de novo…” 
“tão triste ter que me aliviar sozinho…” 
“Entendo” 
“se alivia sozinha também?”
“com quem mais iria?” 
Provoquei.
“tenho uma ideia, mas é um segredo” 
Puxei o lençol, tapando minhas pernas até abaixo do umbigo. Baixei minha mão livre até minha intimidade, arrastando a calcinha para o lado. Tirei mais uma foto, que apenas mostrava meu braço embaixo do lençol em direção ao meu ponto sensível, e enviei. Assim que a foto foi aberta, o nome de Harry começou a piscar na tela. Ele estava ligando. Atendi, tentando controlar minha respiração, alterada pelo tesão.
— Decidiu se aliviar, hum? — Ele dise com a voz mais rouca que o normal.
— Sim… — Sussurrei. — Enviei a foto sem querer. — Provoquei.
— Mentirosa. — Ele falou baixo do outro lado. Seu tom de voz tão perto do meu ouvido me fazendo morder os lábios para não gemer. Meus dedos faziam movimentos vagarosos em meus clitóris, fazendo meu corpo inteiro ter sensações deliciosas. — Em quem está pensando? — Harry perguntou depois do meu silêncio, sua voz era muito baixa, o que me deixava ouvir o barulho característico de que ele também se tocava. Como se fosse possível, me senti ainda mais exitada.
— Em ninguém. —  Menti mais uma vez, fazendo-o soltar uma risadinha.
— É mesmo? Porque eu estou pensando em você, babe. — Não consegui conter o gemido com sua confissão. Meu corpo inteiro estava arrepiado. — Porra, seu gemido é uma delicia. — Ele disse com a respiração alterada. Desci meus dedos, penetrando dois em minha intimidade encharcada.
— Você é uma delícia. —  Sussurrei de volta, fazendo-o gemer.
— Fala que está se tocando pra mim, babe. — Pediu. 
— Estou me tocando para você, Harry. —  Sussurrei, aumentando os movimentos. A palma da minha mão roçava levemente em meu clitóris, me dando ainda mais prazer.
— Porra, s\n. — Ele disse após um gemido. — Você deve estar tão molhada e quente, babe. Adoraria te provar. 
— Deus… —  Falei baixo, sentindo o orgasmos se formar em mim, meu corpo inteiro fervia e eu não conseguia manter meus olhos abertos.
— Goza pra mim, babe, imagine que eu estou metendo em você bem gostoso. — Pude ouvir Harry aumentar seus movimentos, e eu fiz o mesmo. Minha cabeça se tornou nebulosa quando o orgasmo me atingiu, não consegui conter meu gemido, que saiu seguido de seu nome, e então Harry também gemeu alto. Por alguns segundos só podíamos ouvir nossas respirações muito descompassadas. — Isso foi ótimo, gata. — Harry foi o primeiro a falar quando voltamos a respirar novamente. Sentia meu coração ainda batendo forte, mas agora por outro motivo. Havia deixado o tesão me dominar e me masturbei com meu chefe ao telefone, não qualquer um, mas Harry Styles.
— Foi. — Sussurrei. — Não sei nem como vou falar com você amanhã! Estou morta de vergonha.
— Não precisa ficar assim, babe. Você não fez nada sozinha, além disso, somos dois adultos e desimpedidos. — Ele disse dando uma risadinha. — Se quiser, podemos fingir que não aconteceu. — Ele disse com certa insegurança em seu tom de voz.
— Não tem necessidade disso… — Falei na esperança de que aquilo se repetisse. — Mas, quando tiver alguém na volta, podemos fingir que isso nunca aconteceu?
— Claro, gata. — Ele parecia mais aliviado. Será que ele também gostaria que aquilo acontecesse de novo? Ou estou fantasiando como uma adolescente? — Tenha uma boa noite de sono, gata. Amanhã saímos cedo para pegar o avião. Sonha comigo.
— Boa noite. Você também, sonhe comigo. — Falei sentindo meu rosto aquecer.
— Ah, eu vou. Sonhos deliciosos.—  Ele disse rindo, antes de desligar a ligação. Fiquei alguns segundos ainda na cama, refletindo se aquilo realmente havia acontecido ou não. Decido finalmente comer meu jantar, que já estava frio, porém delicioso. 
Nos dias que se seguiram, como prometido, Harry fingia que nada havia acontecido quando estávamos acompanhados. Mas nos poucos minutos em que ficávamos sozinhos, fazia comentários maliciosos perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar por inteira. 
Quase uma semana depois da nossa ligação, estava terminando alguns dos figurinos. Ainda faltava um bom tempo para o show, mas como era meu aniversário, decidi que iria embora mais cedo e ficar no hotel bebendo um vinho. Odiava fazer comemorações, odiava ser o centro das atenções. Então pouquíssimas pessoas da equipe sabiam. Peguei as roupas em que estava trabalhando e me dirigi para o camarim de Harry, para a prova já marcada.
Ele estava sozinho, vestindo apenas um short curto, de tecido leve que deixava as pernas à mostra, o peito nú muito convidativo. Já estávamos na última peça, Harry fazia comentários de cunho profissional, indicando ajustes e coisas que gostaria de outra forma, enquanto eu anotava tudo em um bloquinho de post-it e colocava junto ás roupas para fazer as mudanças depois. 
A última calça pareceu ficar um pouco folgada, o que era um problema, já que Harry se movimentava muito no palco. Peguei minha almofadinha de alfinetes e me ajoelhei á sua frente, marcando conde deveria diminuir do tecido.
— Estou tentando não fazer nenhum comentário que não seja profissional, mas com você de joelhos na frente do meu pau fica difícil. — Harry disse suspirando. Uma ereção crescente era notável por baixo do tecido preto, me fazendo sorrir. — O que vai fazer hoje? É seu aniversário, não? — Ele perguntou me fazendo arregalar os olhos de surpresa. Nunca havia contado á ele. — Sou bem informado. — Falou sorrindo. Terminei de marcar os dois lados da calça e me levantei, indicando que poderia tirar.
— Vinho e filme. — Falei, enquanto ele se despia mais uma vez.
— Sozinha? —  Perguntou franzindo a testa, me entregando a calça.
— Não gosto muito de comemorações. —  Admiti, enquanto anotava o ajuste no post-it e colando-o na peça; — Acho que era só isso mesmo. Assim que estiver pronto trago para você dar uma olhada. — Me referi aos figurinos. Harry já havia vestido o short novamente.
— Quer companhia mais tarde? — Perguntou se aproximando. — O que quer de presente? — Perguntou baixinho, com a boca quase colada em minha orelha.
— Sem presentes. — Sussurrei de volta, sentindo meu coração errar a batida.
— E a companhia? — Ele se afastou um pouquinho, me encarando com aqueles olhos verdes lindos. Como pode um homem ser tão lindo? A barba por fazer em volta dos lábios os deixavam ainda mais convidativos.
— Seria ótimo. — Falei passando a língua pelos lábios, na tentativa de parecer menos nervosa.
— Perfeito. — Ele sorriu de lado. — Uma festa do pijama então? — Perguntou me fazendo rir, e confirmar em um movimento de cabeça.
Já havia trocado de roupa pelo menos dez vezes. Coloquei todos os pijamas que havia trago na mala. Decidi por fim, colocar uma camisola parecida com a que usava no dia das fotos, também preta, porém o busto era de renda. Coloquei um robe de tecido leve por cima, que combinava com todo o resto. Tomei um banho rápido, sem molhar os cabelos, os deixei soltas sobre os ombros, e decidi ficar sem maquiagem, para não dar a impressão de estar arrumada demais. 
Depois de alguns minutos pronta, ouvi leves batidas na porta, e fui até lá tentando controlar minha respiração. Harry estava parado do outro lado, vestindo uma calça de moletom cinza escura, e uma camiseta branca lisa. Mesmo de moletom esse homem era uma obra prima, ele segurava uma garrafa de vinho em uma mão, a outra estava no bolso da calça.
— Entra. — Falei dando um passo para trás para lhe dar espaço. Harry entrou, sorrindo para mim.
— Feliz aniversário! — Disse ao deixar a garrafa na mesa, bem ao lado da que eu também havia comprado.
— Obrigado. — Falei sentindo meu rosto aquecer. 
— Já escolheu o filme? — Perguntou se sentando nos pés da cama, apoiando as mãos atrás de si.
— Ainda não, queria saber o que você gosta de assistir. — Me sentei ao seu lado.
— O aniversário é seu, gata. — Ele disse me olhando de lado. 
— Mesmo assim. — Sorri, fazendo-o sorrir também. Depois de alguns minutos, decidimos assistir uma comédia romântica, onde Ashton Kutcher era o principal. 
Abrimos a primeira garrafa de vinho, e Harry fez um pedido de algo para comermos pelo serviço de quarto. 
Depois de comermos, voltamos para o filme. Uma garrafa e meia de vinho já haviam sido esvaídas, e mesmo tendo comido, já podia sentir o efeito do álcool. Estava sendo um momento leve, ríamos do filme, comentando uma coisa aqui e a ali.
— Finalmente! — Harry comemorou quando Ashton pegou a parceira no colo, levando-a para o quarto. — Achei que eles nunca iriam transar! — Ele disse, me fazendo rir, tomando mais um gole da minha taça.
— Que inveja. — Falei baixinho. Harry me olhou de lado, um sorriso malicioso se formando. Droga de vinho que me deixa de língua solta.
— Sua mão não está dando conta do trabalho, gata? — Ele perguntou fixando seus olhos na tela, como se estivéssemos falando sobre o que se passava ali.
— Não é a mesma coisa. — Suspirei. — E já faz muito tempo.
— Quanto? — Ele perguntou, os olhos ainda grudados na televisão.
— Desde que comecei a trabalhar para você. — Admiti. Fazendo-o me olhar, com uma expressão surpresa. Tomei um longo gole do vinho.
— Mas já fazem 11 meses! — Ele disse incrédulo, e eu assenti com a cabeça. Achei que Harry fosse rir de mim, mas não foi o que aconteceu. Ele estendeu a mão até mim, pegando a taça já quase vazia da minha mão. — Acho que vamos ter que resolver esse problema, gata. — Ele disse largando a taça no chão, e aproximando seu rosto do meu. Meu coração batia loucamente, minha mente estava nebulosa, imaginando milhões de cenários possíveis onde aquela boca linda me beijava em todos os lugares possíveis. 
Minha boca estava seca, então passei a ponta da língua, tentando umedecê-los. Harry mordeu o lábio inferior, colocando uma das mãos em meu rosto, passando o polegar pelo meu lábio inferior. Apenas com aquele pequeno toque, meu corpo inteiro incendiava. Eu poderia mentir e dizer que era efeito da bebida, mas não, era o efeito daquele homem. Antes que eu pudesse raciocinar para dizer alguma coisa, Harry me puxou, colando nossos lábios. Uma corrente elétrica me atingiu, correndo meu corpo inteiro, me fazendo soltar um suspiro. Harry aproveitou que entreabri os lábios, e inseriu sua língua, acariciando a minha. O beijo começou lento, mas logo já estava quase selvagem. As mãos de Harry foram parar na minha cintura, me puxando para o seu colo. 
Eu podia sentir a ereção já muito dura pelo tecido da calça de moletom. 
O beijo foi quebrado pela falta de ar. Os olhos de Harry estavam em uma cor diferente, quase cinzas, e a intensidade me fez arrepiar por inteiro. Me mexi em seu colo, roçando o tecido já molhado da calcinha em seu membro coberto, arrancando um gemido rouco da sua garganta. 
As mãos grandes se dirigiram á pequena fita que fechava o robe em meu corpo, abrindo-o e empurrando pelos meus ombros. A camisola estava levantada pela minha posição, deixando minha bunda exposta. 
— Porra, tão gostosa. — Ele disse baixinho, baixando a cabeça e passando a língua quente no vão entre meus seios, me fazendo cerrar os olhos com força e morder o lábio afim de conter um gemido. — Você colocou essa camisola pra mim, não foi? — Perguntou baixo, com a boca colada em meu ouvido, me fazendo suspirar. — Fala.
— Sim. — Suspirei. Meu corpo tomando controle das ações, me apertando mais em sua ereção. — Queria ficar bonita para você. — Confessei.
— Você está linda, gata. — Sussurrou. — Uma delícia. — Suas mãos agora apertavam minhas coxas, fazendo meu corpo aquecer ainda mais.
Harry se virou na cama, colocando minhas costas no colchão. Ele se levantou, afastando o corpo do meu, me fazendo resmungar. Harry se ajoelhou no chão, erguendo a barra da minha camisola até minha barriga. Gemi ao sentir a língua quente passear pela parte interna da minha coxa, provocando. Arqueei as costas ao sentir um beijo, por cima do tecido da calcinha.
— Tão molhada, babe. — Ele disse baixinho, eu não conseguia tirar meus olhos do que ele fazia, absorvendo cada segundo daquele momento. As mãos de Harry foram até as alças da minha calcinha, puxando-a para baixo. Apertei o lençol entre minhas mãos, na expectativa do que ele faria. Harry me dirigiu um sorriso malicioso, e com os olhos fixos nos meus, se abaixou mais uma vez, passando a língua vagarosamente pela minha intimidade, me fazendo gemer alto quando chegou ao meu clitóris, onde fixou sua atenção. Sua língua fazia movimentos lentos e intensos ao mesmo tempo, fazendo meu corpo inteiro arrepiar. Eu não conseguia segurar meus gemidos, fazia tempo demais que não era tocada por um homem, principalmente um que fazia exatamente o que estava fazendo. 
— Você é uma delícia, s/n. — Harry disse baixo, se erguendo e tirando a camiseta. Sentei na cama e passei o dedo indicador pelo tronco bem definido, descendo até a barra da calça de moletom, tocando-o por cima do tecido.
Harry se livrou da minha última peça de roupa, e logo após da sua calça junto da cueca, liberando a ereção proeminente. 
Senti minha boca encher d’água ao olhar para a cabecinha rosada. Me inclinei na cama, passando a língua pela gotinha de lubrificação que se formou na ponta. Coloquei a glande em minha boca, chupando-o levemente, saboreando seu gosto. Harry jogou a cabeça para trás, gemendo alto, me fazendo colocá-lo ainda mais, até onde conseguia, chupando agora com vontade. 
Harry desceu uma mão, pegando meus cabelos entre seus dedos, empurrando mais para mim, tocando á minha garganta.
— Que boca gostosa, amor. — Disse entre gemidos, me fazendo aumentar os movimentos. Harry revirou os olhos e gemeu baixo. Podia sentir seu pau endurecer ainda mais entre meus lábios, e então ele me afastou, me jogando de costas na cama. Harry subiu na cama, ficando de joelhos entre as minhas pernas, bombeando seu membro com a mão tatuada.  — Eu vou te foder como você merece, babe. — Ele sussurrou, se abaixando, roçando a cabeça em minha entrada. — E você só vai conseguir gritar o meu nome, pra esse hotel inteiro ouvir. 
Suspirei em expectativa, e sem aviso prévio, Harry entrou rápido e fundo, me fazendo gemer alto. Sem esperar que meu corpo se acostumasse com seu tamanho, ele começou a se mover, fundo. O barulho dos nossos corpos se batendo e dos nossos gemidos se misturavam. Harry sussurrava obscenidades em meu ouvido, e distribuia mordidas leves em meu pescoço. 
Podia sentir o orgasmo se formando, e apertei minhas coxas na volta da cintura de Harry, sem conseguir conter os gemidos.
— Goza, babe, goza gostoso no meu pau. — Depois de poucos segundos, senti a onda de prazer me percorrer. Gemi seu nome alto, meu corpo inteiro se apertando contra ele. Harry estocou forte mais algumas vezes, antes de gemer alto e me apertar, derramando o prazer dentro de mim. Harry jogou o corpo suado ao meu lado na cama, ambos com a respiração descompassada, ainda extasiados do acontecido.
Os dias que se passaram, pareciam saídos direto de uma fanfic, sempre que tínhamos uma oportunidade, Harry me puxava para qualquer lugar que pudéssemos nos trancar e tínhamos uma rapidinha. Além das visitas em nossos quartos. 
Depois de algumas semanas, estava chegando a data de pausa da turnê, para que Harry gravasse um filme. Então, por meses não nos veremos… E eu ainda não sabia o que sentir sobre isso.
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What do we do now? - Parte 2.
Parte 1 aqui.
N\a: Meus amores, durante o processo de escrita da segunda parte desse imagine, ele acabou ficando grande demais! Então acabei precisando separar no meio! A próxima parte já está prontinha, e assim que a quiserem, me avisem! Muito obrigado a quem mandou ask falando sobre a primeira parte, foi muito especial! <3 Uma ótima leitura! Lari
Contagem de palavras: 3,924
Três meses.
Tirei minhas malas do carro com a ajuda do motorista. Apoiando a capa de figurinos em cima de uma delas, me dirigi ao hall do grandioso hotel. Algumas semanas atrás recebi algumas mensagens da produtora de Harry, com as fotos de inspirações dos figurinos das primeiras semanas de volta em turnê. Desde o último show, Harry e eu pouco nos falamos. Na primeira semana ele dizia estar sobrecarregado com as gravações do filme, mas após duas ou três semanas, milhões de sites de fofoca especulavam que ele estava tendo um caso com a diretora do longa. Nunca tocamos no assunto, e com os dias, o contato foi esfriando até que por dois meses inteiros não trocamos nem uma letra. 
Mitch estava no Hall, junto a vários outros funcionários da equipe. O abracei e cumprimentei a todos, informando que deixaria as malas no quarto e logo voltaria. Combinamos de jantar todos juntos, para conversar e contar como foram os últimos meses. Após fazer o que havia dito, voltei. Agora já haviam mais alguns colegas que chegaram. A conversa estava divertida, um dos seguranças contava as peripécias do filho caçula que parecia ser um pestinha adorável. 
Harry chegou depois de cerca de meia hora, empurrando sua mala ao lado do corpo, cumprimentando um por um com um abraço. Não sendo diferente comigo, Harry me apertou em seus braços e me levantou, me fazendo soltar um gritinho de surpresa.
O jantar também fora agradável. Harry contou algumas coisas sobre a rotina de gravações, e como algumas fãs tentaram invadir o set.
O primeiro show chegou, como seria na mesma cidade do set de gravações, alguns atores que contracenaram com Harry estariam presentes. 
Desde a noite anterior, após o jantar me sentia estranha. Passara a manhã inteira me sentindo mal e vomitando qualquer coisa que encostasse em minha boca.
Estava terminando os últimos ajustes do figurino. O camarim estava cheio, a maquiagem e cabelo de Harry já estavam prontas, e faltava apenas a minha parte. 
Eu já estava guardando as coisas quando o camarim ficou em silêncio do nada. O motivo foi que na porta estava a tal diretora do filme. Harry deu um sorriso sem graça, me encarando de lado antes de convidá-la para entrar. E assim que o perfume muito doce (que eu podia jurar que ela tinha tomado um banho daquilo) entrou em contato com meu nariz, meu estômago revirou no mesmo segundo. Não foi possível disfarçar. Corri para o pequeno lavabo com a mão sobre a boca e me ajoelhei em frente a privada, colocando o pouco de comida que havia conseguido almoçar á algumas horas. 
Senti meus cabelos serem levantados, e vi Mitch me ajudando. A mão livre fazia um carinho em minhas costas e ele assoprava meu rosto. Sequei o suor da testa e lavei minha boca.
— Você está bem? — O moreno perguntou quando me recompus. 
— Sim, acho que comi algo que me fez mal. — Fiz uma careta e ele sorriu, me puxando para fora do banheiro pela mão. Todos me encaravam, e eu queria me enfiar em um buraco.
— Tudo bem? — Harry perguntou. Assenti com a cabeça e soltei a mão de Mitch, indo pegar as minhas coisas. — Não vai ficar para o show?
— Acho melhor descansar um pouco. — Falei apoiando a capa vazia nas costas. — Ainda estou me sentindo um pouco mal.
— Posso pedir para alguém te levar ao médico. — Disse pegando seu celular na mesa de maquiagens. Olivia, a diretora estava sentada na cadeira dele, e parecia alheia á tudo digitando algo na tela do seu aparelho.
— Não precisa, foi algo que eu comi. Só preciso dormir e amanhã estarei 100%. — Forcei um sorriso, Harry suspirou contrariado mas aceitou. Me despedi desejando um bom show a todos e voltei para o hotel.
Minha barriga roncava de fome, mas depois de mais uma tentativa frustada de me alimentar e acabar botando tudo para fora, decidi dormir.
Na manhã seguinte, acordei ainda me sentindo nauseada, e depois de mais um episódio tendo que fugir para o lavabo, não consegui fugir da consulta médica quase forçada, que Harry fez questão de ir para que eu não tivesse a oportunidade de escapar. 
Estava sentada em frente ao homem de jaleco branco, enquanto Harry estava sentado do lado de fora na recepção. Depois de um exame rápido, ele anotava algumas coisas em um bloco antes de me olhar.
— Quando foi sua última menstruação? — O homem loiro perguntou, tirando os olhos do papel para me observar.
— Cerca de duas semanas atrás. — Ele assentiu com a cabeça.
— Bem, vou lhe indicar alguns exames, para descartar a opção de uma infecção ou algum tipo de vírus alimentar. — Me estendeu a prescrição. — E aqui tem a receita de um remédio para ajudar na náusea. — Me entregou mais um papel. — Eu sugiro que faça um exame de gravidez, antes de tomá-lo, apenas para descartar esta opção. — Meu coração deu um salto.
— Eu não posso estar grávida, tomo anticoncepcional e meu ciclo é regular. — Ri fraco, como se aquilo fosse algum tipo de piada de muito mal gosto. 
— Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz, alem disso, uma boa parcela de mulheres passa por um fenômeno chamado de sangramento de escape, que pode tranquilamente ser confundido com a menstruação. É apenas um exame para descargo de consciência, digamos assim. — Disse cruzando as mãos á sua frente. — No hemograma que pedi, será possível saber se há uma gravidez, mas se quiser tomar o remédio antes pode até mesmo fazer um teste de farmácia. — Assenti, tentando assimilar suas palavras. 
Depois de algumas recomendações sobre o medicamento, o homem se despediu desejando melhoras, e assim que saí do consultório, Harry se levantou da cadeira, apertando a mão do médico e agradecendo o atendimento. 
Harry dirigiu até a farmácia, pensei que fosse ficar no carro, mas ele decidiu ir junto comigo. Não falei sobre a consulta, apenas entreguei a receita á farmacêutica e me dirigi até a ala de produtos femininos, pegando o bendito teste. Por mais que tivesse pela certeza de que o resultado seria negativo, a pontinha de dúvida gritava em meus pensamentos. Assim que me viu com o teste na mão, a postura de Harry ficou tensa, assim como seu rosto. 
Não dissemos uma palavra até chegarmos ao hotel.
— Obrigado pela consulta. — Falei ainda no estacionamento.
— Você acha que pode estar grávida? — Ele perguntou quase sussurrando, mesmo estando em um lugar vazio.
— Não. — Afirmei. — Mas o médico disse para fazer um teste antes de tomar a primeira dose do remédio. — Eu não queira ter aquela conversa, só queria correr até o quarto, tomar o maldito medicamento e conseguir comer algo sem botar para fora. 
— Se estiver, pode ser meu? — Ele disse segurando meu braço, quando tentei sair, me fazendo encara-lo. 
— É a única opção. — Admiti em um suspiro. — Não fiquei com ninguém depois de você.
Harry soltou meu braço e passou a mão pelos cabelos, puxando-os um pouco para trás, e soltou um suspiro longo. Depois de alguns segundos nos encarando, saímos do estacionamento. O silêncio no elevador era mortal, me causando um desconforto ainda maior do que o que sentia no estômago. 
Harry insistiu em ficar no meu quarto enquanto fizesse o teste, mesmo que eu insistisse que era desnecessário e que o resultado daria negativo. 
Porém eu não esperava pela bomba que cairia em meu colo assim que o segundo traço apareceu na varetinha. 
Já faziam vinte minutos que eu chorava soluçando, completamente apavorada. Harry caminhava de um lado para outro dentro do quarto sussurrando palavrões.
— Isso pode dar um resultado falso, não pode? — Ele perguntava pela quarta vez. Tão desesperado quanto eu.
— Eu já disse que não sei! — Afirmei novamente, fungando. 
— Vamos voltar lá, fazer um outro teste, ou exame, sei lá. — Ele falava muito rápido, e parecia tremer. — Algo que seja confiável.
Cerca de meia hora depois, estávamos novamente na clínica, Harry conversou com alguém na recepção e fomos direcionados para uma sala de ultrassom. Eu não fazia ideia de como ele conseguiu aquilo tão rápido, mas com certeza uma bela quantia em dinheiro estava envolvida. Uma enfermeira me levou até a maca pela mão, abriu o botão da minha calça jeans e ergueu minha camiseta, dando acesso total a minha barriga. Um outro médico entrou, depois de alguns minutos naquela situação horrível. Ele despejou um gel viscoso em mim, e encostou um aparelho ali, encarando uma tela em preto e branco. 
O silêncio era quase fúnebre, senso quebrado apenas pelos sons do aparelho, quando o médico digitava algumas coisas aqui e ali. Então um som ritmado tomou conta do ambiente.
— Você sabe o que é isso? — O senhor já um pouco grisalho perguntou. Neguei com a cabeça. — É o coração do seu bebê. — Acho que o meu coração parou nesse momento. Harry ficou totalmente pálido, em pé ao lado do médico, ele passou as mãos pelo rosto e suspirou algumas vezes. Eu já estava chorando novamente. Aquilo não podia ser verdade. — Têm aproximadamente 10 semanas. Ainda não é possível ver o sexo. — Disse observando a imagem que para mim parecia turva. — Está mais ou menos desse tamanho. — Demonstrou com os dedos. Era muito pequeno, talvez do tamanho de uma ameixa, menor que a palma da minha mão. — Vou deixá-los conversar. Quando estiverem prontos, podem pegar o exame impresso na recepção. — Ele disse se levantando, e me entregando alguns lenços para que limpasse a barriga. — Meus parabéns. — Falou antes de sair.
Por longos minutos ficamos em silêncio, eu chorava baixinho, e Harry parecia em choque, ainda olhando para a tela que agora estava desligada.
— Harry. — Chamei baixinho, o tirando do seu transe. — Me desculpa, eu nunca… — Comecei, sendo engolida pelo meu próprio choro. — Eu juro que… — Tentava encontrar as palavras, mas parecia que meu vocabulário inteiro havia sumido. 
Harry se sentou na maca, ao meu lado. Seu rosto já havia recuperado um pouco da cor, mas a expressão ainda era de desespero. 
— Eu sei. — Engoliu em seco. — Está tudo bem. — Respirou fundo. — Vai ficar tudo bem.
— Como? — Falei sentindo um nó gigantesco em minha garganta.
— Eu não sei. — Admitiu. — Mas vamos dar um jeito. — Ele suspirou novamente.
Depois de mais alguns minutos em completo choque, voltamos para o hotel. Fomos cada um para seu quarto, e eu me deitei na cama, ainda me sentindo horrível. Ele deveria pensar que eu queria dar o golpe da barriga ou algo do gênero. Minha cabeça estava uma zona. Não fazia ideia do que fazer ou pensar. Meus olhos ardiam de tanto chorar e meu corpo estava muito cansado pela falta de vitaminas. 
Quase duas horas depois de nosso último encontro, Harry foi até meu quarto, com uma sacola nas mãos, de onde tirou algumas laranjas, me deixando totalmente confusa.
— Minha mãe disse que essa era a única coisa que ela conseguia comer durante os primeiros meses de gestação. — Ele disse me entregando a fruta depois de descascar.
— Você contou a ela? — Perguntei surpresa.
— Eu precisava de um conselho. — Admitiu. — Deveria ter te consultado, desculpa.
— Está tudo bem. — Falei levando um pedaço da laranja a boca, ainda com medo de vomitar tudo. Fechei meus olhos ao sentir a acidez, meu corpo já agradecendo por ser alimentado. — O que ela te disse? — Perguntei antes de colocar mais um pedaço na boca. 
— Que preciso assumir a responsabilidade. — Me olhou de lado enquanto descascava mais uma fruta. Não respondi, apenas o observei. — Eu não vou te deixar sozinha nesse momento, não vou abandonar você. — Ele respirou fundo, agora me encarando de frente. — Não estou fazendo isso só porque minha mãe me disse, s/n. Eu nunca te abandonaria nesse momento. Eu só… entrei em choque. 
— Eu também. Nunca passou na minha cabeça que estivesse grávida. — Passei a mão pelo cabelo, e respirei fundo tentando não voltar a chorar. — Eu não sei o que fazer. — Confessei. 
Harry se aproximou mais na cama, levando uma das mãos até minha barriga, onde o bebê estava. 
— Eu também não sei. Mas ainda temos muito tempo para aprender. — Ele me encarava nos olhos, o medo ainda estava lá, mas eu também estava apavorada.
— Você quer quer esse bebê? — Perguntei em um fio de voz. Durante das horas em que estive sozinha, milhares de cenários passaram em minha cabeça, incluindo um em que Harry me pedia para tirar a criança. Por mais que eu não fosse devota a nenhum tipo de religião, nunca me imaginei abortando. Até pensei na possibilidade de ficar com o bebê e criá-lo sozinha caso Harry não o quisesse. 
— Você não quer? 
— Eu quero. — Comecei. — Pensei que um filho agora fosse atrapalhar a sua carreira, e…
— Não pense nisso agora. — Ele me interrompeu. — Precisamos pensar sobre a sua saúde e do bebê agora. Do nosso bebê. — Meu coração batia acelerado, e eu não podia deixar de sentir alívio em saber que não estava sozinha naquela situação. — Por enquanto pensei em não contar a ninguém. — Disse me olhando com receio.
— Eu concordo.
— Vou marcar alguns exames. Para sabermos se está tudo bem com vocês dois. Depois pensamos no que faremos no futuro. — Assenti com a cabeça, e Harry voltou a descascar a laranja.
Nas semanas que se seguiram, me afastei da turnê. Fiz uma bateria de exames e iniciei o processo de pré natal. Sempre que podia, Harry estava presente nas consultas, e quando não, mandava mensagens a todo momento para saber como eu e o bebê estávamos. 
Depois de uma longa conversa no meu apartamento em San Diego, decidimos manter a gravidez e o bebê em segredo. A exposição que a vida de Harry tinha era muito grande, e sabíamos que eu receberia todo tipo de comentário maldoso. 
Na 14° semana descobrimos ser uma menina. Harry parecia ainda mais apavorado do que quando descobriu sobre a gravidez, já sua mãe estava exultante. Não nos conhecíamos pessoalmente ainda, mas Anne mantinha contato frequente para saber sobre a gestação da neta.
A data provável do parto seria entre as últimas semanas de dezembro e o começo de janeiro, e para estar presente, Harry liberou a agenda nos dois meses, alegando precisar de férias depois de tanto tempo em turnê. 
As poucas pessoas que sabiam sobre a paternidade de Harry precisaram assinar um contrato de confidencialidade, todos os médicos, a doula, até mesmo a equipe que Harry contratou com muita antecedência para fotografar o parto. 
Ele prestava atenção em cada detalhe, tomando todo cuidado possível para que aquele período fosse o mais tranquilo para mim. 
Nos falávamos todos os dias, era uma relação muito estranha. As vezes parecíamos velhos amigos, comentando episódios de friends, horas a fio em chamadas telefônicas. Harry adorava ver cada mudança de humor que eu tinha, rindo a ponto de perder o fôlego quando contava que havia chorado por algum vídeo no Instagram e até mesmo de um comercial de cereal. Ele também pedia fotos toda a semana para acompanhar o crescimento de Grace em meu ventre.
Seu nome significava benevolência divina, exatamente o que ela era. O nome perfeito para um bebezinho tão amado por todos ainda antes de nascer. 
Harry me convenceu, depois de muita insistência a passar as últimas semanas de gestação em sua cidade natal, assim que fizesse seu último show ele me encontraria e ficaríamos juntos á espera da nossa pequena. 
Descobri que Anne era tão insistente quanto o filho, já que me convenceu a ficar em sua casa. Ela estava exultante. Embaixo da árvore de natal haviam presentes para Grace e até mesmo para mim. 
A gravidez estava sendo muito tranquila. Tudo corria muito bem. Eu gerava uma bebê linda e saudável, que pela ultrassom 3d descobrimos ser a cara do pai. 
Já fazia quase uma semana que eu estava na casa de Anne quando Harry chegou. 
— Uau. — Ele disse olhando para minha barriga. Fazia quase um mês desde a última que que nos vimos, por poucas horas durante uma das consultas, e minha barriga havia aumento de tamanho muito consideravelmente.
— Se essa é a sua forma de dizer que estou enorme, eu já sei. — Falei suspirando. Por mais que estivesse amando gerar a minha filha, mal conseguia me olhar no espelho. Me sentia uma bola enorme, perambulando por aí. 
— Você está linda. — Anne disse com censura, ainda abraçada ao filho.
— Minha avó costumava dizer que a menina suga toda a beleza da mãe, hoje eu acredito. — Falei fazendo uma careta, fazendo com que os dois revirassem os olhos. 
Meu sono era quase nulo há algum tempo. Minhas costas doíam muito e Grace parecia estar em um trampolim toda vez que eu me deitava. Decidi me levantar e da uma volta pela casa, para ver se a pequena se aquietava. Quando passei pela porta do quarto de Harry, a mesma se abriu, revelando-o sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado.
— Não. — O tranquilizei. — Apenas não consigo dormir. Essa menina vai ser dançarina. — Falei passando a mão pela barriga, fazendo Harry rir. Ele me puxou pela mão, fazendo me deitar em sua cama. O que me deixou nervosa, minha líbido nas últimas semanas estava às alturas, e estar sozinha com aquele homem que era o grande protagonista das minhas fantasias não ajudava muito.
Harry se deitou também, porém encostando o rosto em minha barriga, e cantando baixinho. Como sempre acontecia quando ele fazia isso, Grace ficou quietinha. Ela adorava ouvir a voz do pai, e eu também. 
Fiz menção de levantar, e Harry me segurou, deitando aí meu lado. 
— Melhor ficar aqui, caso ela acorde. — Ele disse baixinho, me fazendo rir fraco. Harry adormeceu acariciando minha barriga, e eu acabei me entregando ao sono também. 
Parecia não dormir bem assim á séculos. E depois dessa noite, Harry passou a me acompanhar em todas elas.
Eu não podia negar que meu coração batia muito mais forte quando estava com Harry, e que eu amava estar em sua presença. 
Gemma chegou com o marido duas semana antes do Natal, tão feliz quando a mãe com a chegada da sobrinha. 
E depois de ver como Harry e eu agiamos perto um do outro, sempre rindo de alguma besteira, ou até mesmo assistindo televisão enquanto ele fazia carinho na filha ainda no meu ventre, ela dizia ter certeza de que estávamos apaixonados.
E droga, eu sabia que eu estava. Mas esperava que fossem apenas os hormônios da gravidez me pregando uma peça. E Harry estava apenas muito feliz com a filha. Ele ficava perto de mim por ela ainda não ter nascido. Eu me convencia disso, negando qualquer tipo de ilusão que se aventurava em minha mente.
Havíamos entrado no consenso de que um parto domiciliar era o ideal em nossa situação, já que ir até um hospital era perigoso demais para o segredo. Harry havia contratado uma equipe inteira de médicos para que estivessem apostos a qualquer momento quando as últimas semanas de gestação se aproximavam.
Em uma madrugada, acordei sentindo a cama molhada. Balancei Harry com força, que acordou passando as mãos sobre os olhos.
— Harry, a bolsa estourou. — Falei sentindo a ansiedade me dominar. Ele arregalou os olhos, se levantando no mesmo segundo e pegando o celular. 
Em poucos minutos, Harry acordou a casa inteira, e todos estavam em meu quarto. Algum tempo depois eu já estava ligada a um aparelho que monitorava as contrações que já haviam começado, me fazendo urrar de dor. 
Ele não saia do meu lado em nenhum segundo. Segurava minha mão, secava o suor que brotava em minha testa e acariciava minha testa. 
— Okay, s/n, quando vier a próxima eu quero que você faça muita força. — Maya a obstetra e pediatra dizia. Assenti com a cabeça. Agora eu estava encostada no peito de Harry, que estava sentado atrás de mim me dando apoio, na maca que a equipe médica havia montado. 
A dor voltou, e eu fiz o máximo de força que pude, chorando.
— Eu não consigo. — Solucei.
— Consegue sim. — Harry disse massageando meus ombros. — Vamos lá, s/a, você consegue. — Harry deu um beijo na parte de trás da minha cabeça. O fotógrafo registrava tudo. Eu me sentia completamente exausta. 
Então mais uma onda de dor veio, Harry me abraçou, sussurrando palavras de apoio em meu ouvido, e eu fiz o máximo de força que pude. 
E então veio o alívio, seguido pelo grito estridente da bebê no colo da médica.
Maya colocou Grace em meu colo, que ainda chorava, eu a acompanhava e Harry também. 
— Você conseguiu. — Harry disse me olhando, virei meu rosto para observa-lo. Ele tinha um sorriso aberto, as covinhas fundas nas bochechas o deixando ainda mais lindo. — Obrigado, s/n. — Colou sua testa na minha. — Obrigado. — Disse novamente. E então, Harry colou seus lábios aos meus. Foi um beijo casto, apenas um encostar de lábios. Que fez com que aquele momento fosse ainda mais perfeito. 
— Bem vinda, meu amor. — Sussurrei para Grace, que já estava quietinha por ser se aquecido contra meu corpo. 
O Natal chegou dois dias depois. Harry havia ido ao centro da cidade quase disfarçado atrás de uma roupinha de bebê escrito "meu primeiro natal", ele se demonstrava um pai muito mais babão do que eu podia imaginar. Me dando todo o suporte que eu precisava. 
Harry e eu continuamos dormindo juntos depois do nascimento de Grace. Ele levantava durante a madrugada quando ela resmungava e só me acordava quando o motivo era fome. Ele passava as tardes conversando com a bebê, como se ela entendesse tudo que ele dizia. 
Em nenhum momento falamos sobre o beijo. E eu me convencia cada vez mais de que fora apenas euforia de momento. Estávamos muito felizes com a vinda ao mundo do nosso bebê. Éramos apenas dois pais eufóricos. Apenas isso.
— Eu queria poder ficar aqui mais um tempo. — Harry resmungou, balançando Grace em seu colo, que já havia crescido muito em seu primeiro mês de vida. Faltavam apenas alguns dias para que ele fosse embora e voltasse a rotina da turnê por mais alguns meses.
Já estávamos em San Diego, onde Harry me ajudou com a adaptação de Grace ao novo ambiente.
— Eu sei, é muito difícil se separar dessa coisinha linda. — Falei me aproximando, e acariciando o rostinho do bebê adormecido. Harry acomodou a pequena no bercinho ao lado da "nossa" cama, e se virou para mim. Já faziam quase dois meses desde a sua chegada, e ficamos grudados quase 24h durante esse período. Era estranho pensar que não o veríamos por algum tempo.
— Vai ser muito difícil ficar longe de vocês duas. — Harry disse baixinho, colocando uma das mãos na minha cintura e me puxando para perto, fazendo meu coração pular.
— Harry… — Sussurrei, mas quando senti seus lábios tocando os meus, senti que podia derreter em suas mãos. — Harry, não. — Falei o afastando pelos ombros. — Não vamos confundir as coisas. — Ele me olhava confuso.
— Eu não estou entendendo. — Admitiu. Desviei meu rosto, tentando me concentrar em alguma outra coisa. A verdade é que aquele sentimento que nutri por Harry durante a gravidez não sumiu como eu esperava. Na realidade só aumentou à medida que o via com a nossa filha. Harry segurou meu rosto, me obrigando a olhar em seus olhos novamente. — Confundir o que, s/n? 
— Isso aqui. — Apontei para nós dois com o indicador. — Nós não temos nada e… 
— É óbvio que temos! Temos a coisa mais importante que existe! — Ele disse olhando rapidamente para Grace que ainda dormia. 
— E exatamente por isso que não podemos nos confundir mais. — Suspirei, com o rosto ainda preso entre suas mãos. — Temos que pensar no melhor para a nossa filha agora. 
— Você não sente nada por mim, é isso?
Continua... (?)
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1dpreferences-br · 2 years ago
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What do we do now? - Parte 3 - Final -
N\a: Eu preciso admitir que ameeeeeeeei escrever esse imagine! Espero que tenham gostado tanto quanto eu! Queria agradecer também á todo mundo que mandou ask, comentou, curtiu e reblogou! Foi muito gostoso escrever esse imagine e melhor ainda ler os comentários de vocês <3
Parte dois aqui.
Contagem de palavras: 2,171
— Você não sente nada por mim, é isso? 
— Não. — Suspirei. — Sinto até mais do que deveria. — Confessei. 
— Então entendo ainda menos. — Me soltou, sentando na cama. — O que pode ser melhor para a nossa filha do que os pais juntos? — Olhou para os próprios pés. — Eu estou me apaixonando por você. — Disse baixinho. Coloquei minhas mãos em seus ombros, fazendo-o me olhar.
— Não, você não está. Você está se apaixonando pela mãe da sua filha, e não pela s/n. 
— E não são a mesma pessoa? — Ele perguntou me puxando, me fazendo sentar em seu colo. Tentei sair, mas ele me segurou.
— Não, Harry. — Levei uma das mãos ao rosto muito bonito. — Você só está confuso, está feliz com a chegada de Grace, e acha que está apaixonado por mim, mas não está. — Meu coração estava doendo, eu queria me enganar e fingir que Harry e eu estávamos apaixonados, e que éramos uma família feliz. Mas último resquício de razão que ainda estava em minha mente me dizia que eu não poderia fazer aquilo.
— Dá uma chance pra nós, gata. — Meu coração pulou ao ouvir o apelido que ele costumava usar comigo. — Vamos formar uma família, nós três. 
— Já somos uma família, Harry. Sempre seremos a família de Grace, mesmo não estando juntos. — Suspirei. 
— Você não quer tentar? Você não sente o mesmo? 
— Eu não quero falar sobre isso. — Falei ainda olhando nos olhos verdes. — Eu só acho que é cedo demais. Você ainda está eufórico com a chegada de Grace, e acha que está apaixonado por mim por ter sido eu quem a trouxe ao mundo. — Tentei me levantar, mas Harry passou os braços pela minha cintura, me mantendo em seu colo. 
— Estou apaixonado por você desde antes de Grace nascer. Desde que estivemos juntos pela primeira vez. — Seu tom de voz era muito rouco, seu rosto se aproximava novamente. Minha pulsação estava acelerada. 
— Você não pensava isso na época. Acredite em mim, você não está apaixonado, Harry. — Dei um beijinho em sua bochecha. — Tenho certeza de que logo você vai encontrar alguém por quem vai se apaixonar de verdade, e vai ver que está confundindo as coisas. — Harry bufou, mas antes que dissesse mais alguma coisa, me levantei e saí do quarto, sentindo meu coração apertar.
Os primeiro dias após a partida de Harry foram um inferno. Mesmo muito pequena Grace já sentia falta do pai, chorando muito no horário de dormir, que durante seu primeiro mês inteiro quem a ninou foi ele. Harry ligava todas as noites após os shows, e cantava uma canção para a pequena, depois que Grace dormia conversávamos um pouco. Ele estava feliz de voltar aos palcos, mesmo sentindo falta da bebê que a cada dia se parecia mais com ele.
Todos os dias eu o bombardeava com fotos da nossa pequena, de todos os ângulos possíveis, para que ele pudesse acompanhar seu desenvolvimento mesmo de longe. Eu entendia sua ausência, mas Harry sempre se fazia presente de alguma forma. Fossem por ligações extensas conversando com a filha e as visitas que fazia de vez em quando, passando pelo menos dois finais de semana por mês conosco. Meu apartamento não era pequeno, o havia comprado depois de começar a trabalhar para Harry, e o quarto que antes era de hóspedes se tornou o cantinho da nossa pequena. Harry dormia lá, em uma cama de solteiro sempre que vinha. 
Ele se sentia culpado por perder momentos importantes, como os primeiros dentinhos, a primeira vez que Grace engatinhou, o primeiro resfriado.
Mesmo exausto da temporada de shows, Harry ouvia atentamente meus monólogos intermináveis quando me sentia insegura com a maternidade, e sempre tinha uma palavra de afeto e de apoio. 
O frio já estava chegando, anunciando a minha nova estação favorita. Mais uma vez Harry separou o último mês do ano para ficar com a família. No começo de dezembro, como combinado, fui para a casa de sua mãe. Faríamos uma comemoração pequena para o primeiro aniversário de Grace em sua casa de infância, apenas com as pessoas mais próximas. Mitch, a esposa e o filho, Gemma e o marido, Louis com seu filho (que se demonstrou muito feliz quando descobriu que o amigo havia entrado para o mundo da paternidade). Quando Harry chegou a Holmes Chapel, Anne e eu conversávamos sentadas no sofá em frente á lareira da sala. Grace estava sentada com alguns brinquedos no tapete da sala, e assim que enxergou o pai saiu engatinhando em sua direção. Harry encheu a garotinha de beijos, que dava risadas gostosas.
Como haveriam mais pessoas para se hospedarem na casa, Harry e eu precisamos dividir o quarto. Os primeiros dois dias foram estranhos. Eu ainda sentia aquele frio na barriga estranho toda vez que o via entrar e sorrir para mim. Durante todo aquele ano, tentei me convencer que não estava apaixonada por Harry, o que era cada vez mais difícil. Ele parecia ainda mais lindo toda vez que eu o via, sua presença parecia surtir ainda mais efeito a medida que o tempo passava. 
Sempre me pegava pensando nos poucos momentos em que tivemos durante aquele tempo. Fosse o café da manhã antes de sua partida, sempre silencioso, ou os minutinhos assistindo televisão depois que Grace dormia. Eu sempre acabava pegando no sono no sofá, e acordava em minha cama embaixo das cobertas. Eram coisas bobas e pequenas que Harry fazia que me deixavam cada vez mais boba por ele, e deixavam a tarefa de esquece-lo muito mais difícil.
— Gemma sugeriu dormir com Grace hoje. — Harry disse entrando no quarto, eu estava sentada na cama separando as roupinhas para dar um banho na pequena. — Sabe, para dar uma folga para os pais. 
— Não posso negar que uma folga seria legal. — Fiz uma careta. Me sentia uma péssima mãe toda vez que pensava em algo nesse estilo.
— Podíamos sair, jantar ou algo assim. — Ele disse parando perto da cama, e pegando uma fralda dentro da bolsa de Grace para colocar junto das roupinhas. — O que acha? 
— Claro. — Falei tentando esconder o nervosismo. Harry sorriu em resposta, e informou o horário que sairíamos.
Depois do banho de Grace, a deixei com Anne e fui fazer o mesmo. Fazia muito tempo que não tomava um banho tão longo e relaxante. Coloquei um vestido preto, não muito curto. Me olhei no espelho, não gostando muito do que via ali. Meu corpo não havia voltado 100% ao anterior após o nascimento de Grace, e minha autoestima nunca havia estado tão baixa. Passei um pouco de maquiagem e fui esperar por Harry na sala de estar. 
Ele apareceu já pronto, com uma calça jeans preta colada ao corpo, e uma camisa de botões azul claro. Os primeiros botões abertos deixando aparecer algumas das tatuagens. Completamente lindo. 
Depois de nos despedirmos de nossa pequena, que estava muito distraída no colo da tia, saímos. 
Harry me levou a um restaurante, era um lugar muito bonito, extremamente intimista. 
A conversa fluía perfeitamente, como sempre foi. Pairando um clima de intimidade extremamente confortante. Após um jantar repleto de risadas, Harry me levou para a parte extrema do restaurante, onde havia um pequeno espaço com um violinista. Um casal de idosos dançava lentamente no ritmo da música. E o homem mais lindo que eu já vi agarrou minha mão, me puxando para a pequena pista de dança.
— Eu não sei dançar. — Falei quando Harry pousou uma mão em minhas costas, enquanto a outra segurava minha mão.
— Eu te levo. — Falou sorrindo, começando a se mover no ritmo vagaroso. Encostei minha cabeça em seu ombro, inalando seu cheiro enquanto nos moviamos. — Você estava errada. — Harry disse quando a segunda música começou. Ergui meu rosto, encarando as íris verdes que preenchiam meus sonhos. — Eu não estava confuso. — Harry parou de se mover. — Passei todos esses meses desejando voltar correndo para casa, não só por Grace, mas por você também. — Meu coração parecia que sairia pela boca. — Todas aquelas noites em que dormi no quarto de Grace, sentia vontade de bater na sua porta e implorar pra que me deixasse dormir te abraçando mais uma noite. Eu só conseguia dormir depois de ouvir a sua voz quando estava longe. — Senti meus olhos marejarem. Não conseguia reagir, suas palavras saíam da boca e iam diretamente para o meu coração. — Eu não posso mais esconder isso, s/n, eu amo você. — Sussurrou. — Amo você, lutei com a vontade de te dizer isso sempre antes de desligar o telefone, e eu…
— Harry. — Falei baixinho, o interrompendo. As íris verdes encaravam as minhas, sua boca estava entreaberta, sugando ar depois de falar tanto sem respirar. — Eu amo você. — Harry abriu o sorriso mais lindo possivel, e depois de todo aquele tempo que pareceu a eternidade, encostou nossos lábios. 
Foi um beijo lento, e intenso ao mesmo tempo. Talvez cheio de saudade daquele contato.
Entramos na casa em silêncio, já era perto da meia noite e todas as luzes estavam apagadas. Harry segurava a minha mão e me puxava para subir a escada que dava acesso aos quartos. Assim que entramos no nosso, ele me puxou, colando sua boca na minha. Um beijo muito diferente dos que havíamos trocado a noite inteira, era muito mais necessitado. Sua língua fazia movimentos rápidos contra a minha. As duas mãos foram para minha cintura, me empurrando para a cama. O quarto era iluminado apenas pelos feixes de luz que vinham da rua. Mesmo na penumbra podia distinguir Harry, abrindo os botões da camisa. 
Com o tronco desnudo, ele se abaixou, tomando minha boca novamente. 
Empurrei meus tênis para fora dos meus pés e senti meu vestido ser erguido, ficando apenas com o conjunto de lingerie que eu admitia não ser nada sexy. 
Meu corpo inteiro estava arrepiado, depois de ter Grace tive poucas experiências com homens, na tentativa mais do que inútil de esquecer de Harry. Nunca chegaram no ponto de uma transa, pois eu acabava dando para trás antes. Então ser tocada dessa forma depois de tanto tempo era enlouquecedor. Cada célula em mim implorava por ele.
Harry esticou o corpo ainda em cima de mim, ligando a luz do abajur ao nosso lado. No mesmo segundo a insegurança me atingiu. Harry havia visto meu antigo corpo, ele sabia como eu era. Em um movimento inconsciente, levei meus braços na tentativa de esconder um pouco o que me incomodava: a barriga com as estrias já brancas, e os seios que ficaram flácidos após a amamentação.
— Não se esconde de mim, amor. — Harry disse segurando meus pulsos com gentileza, e colocando meus braços em seus ombros. Seus olhos me encaravam com admiração, e ele mordia o lábio inferior. — Você é a mulher mais linda que existe, gata. — Ele disse se abaixando, deixando beijos molhados em meu pescoço, me fazendo soltar gemidos baixos. — Quer fazer amor com você, s\n.
Acordei com meu celular despertando. Suspirei me sentando na cama, e notando que Harry não estava lá. Imagens da noite passada reviraram minha mente. Por alguns momentos não conseguia distinguir se tudo havia sido real ou apenas um sonho.
Tomei um banho rápido e vesti um conjunto de moletom quentinho. Todos estavam na cozinha quando cheguei. Anne e Gemma estavam sentadas á mesa, conversando sobre os presentes de natal que dariam aos maridos.
— Bom dia, minha vida. — Falei beijando o pézinho de Grace, que segurava a mamadeira deitada no colo do pai, que estava em pé no meio da cozinha. Harry se abaixou, deixando um selinho em meus lábios.
— Bom dia, amor. — Soprou, me causando um sorriso bobo. As duas mulheres na mesa soltaram gritinhos de alegria, me fazendo sentir meu rosto quase arder de tão vermelho que deve ter ficado. Por mais que tivéssemos uma filha juntos, nunca havíamos tido qualquer interação deste tipo na frente de ninguém.
A festa de aniversário de Grace chegou. Harry e eu eramos os pais mais babões existentes, tirando milhões de fotos da nossa pequena, e aproveitando cada segundo daquele dia tão especial. 
Alguns dias após nosso jantar, fomos bombardeados por sites de fofocas que divulgavam fotos nossas dentro do restaurante, e do nosso beijo na área externa. Em primeiro momento decidimos ignorar, até que alguns dias depois, dezenas de paparazzis se encontravam em frente á casa de Anne. Decidimos em conjunto assumir nosso relacionamento para o mundo, e Harry apresentaria Grace para as fãs. Durante a festinha, recebi uma notificação em meu celular, Harry havia me marcado em uma publicação em seu instagram. 
Eram duas fotos. A primeira de um ano atrás, do dia do nascimento de Grace. Ela estava deitada de bruços em meu colo, não era possível ver seu rostinho, era a foto do nosso beijo. A segunda havíamos feito há apenas alguns minutos. Harry, Grace e eu na mesa decorada com flores. Grace estava deitada no ombro do pai, com o rostinho escondido em seu pescoço, e nós sorriamos abertamente. 
“Um ano da noite mais louca da minha vida. Um ano inteiro de aprendizado, medo e muito muito amor. Grace veio ao mundo para dar sentido a minha vida e sentimentos que eu apenas conhecia dos livros. Minha filha, que sua vida seja longa, cheia de felicidade, amor e travessuras que você já pratica. Papai estará sempre ao seu lado para te apoiar e amar eternamente.
@s\n\c obrigado pelo melhor presente da minha vida, e por me dar a oportunidade de ser pai dessa garota incrível! Eu amo você. p.s Grace me disse que quer um irmão 😉”
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1dpreferences-br · 2 years ago
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Masterlist organizada do imagine mais antigo para o mais novo ✨ Aqueles marcados com ** são imagines hot!
Parte 1 da Masterlist aqui.
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Zayn Malik (Aquele em que ele é lutador)
Harry Styles (Aquele em que ele tem uma crise de asma)
Harry Styles (Aquele em que o filho deles foge do banho)
Louis Tomlinson (Aquele em que ele está bravo)
Harry Styles (Aquele em que eles são um antigo amor)
Harry Styles (Aquele em que ele é um pai babão)
Liam Payne (Aquele em que a família dele a odeia)
Harry Styles (Aquele em que eles tentam ter um bebê) Parte 2
Niall Horan (Aquele em eles refletem sobre paternidade)
Harry Styles (Aqueles em que eles jogam eu nunca) Parte 2
Preference (Drunk Girl)
Preference (First Kiss)
Niall Horan (Aquele em que ele a defende)
Zayn Malik (Aquele em que a filha dá o primeiro beijo)
Louis Tomlinson (Aquele em que ele vacila com a filha)
Preference (Dia dos pais)
Harry Styles (Aquele em que ela está bêbada)
Liam Payne (Aquele em que ele está estressado)
Harry Styles (Aquele em que ele se sente culpado)
Harry Styles (Aquele em que ela é líder de torcida)
Louis Tomlinson (Aquele em que eles fazem besteira) Parte 2
Louis Tomlinson (Aquele em que ela cuida do filho dele)
Louis Tomlinson (Aquele em que ele faz uma grande bobagem)
Harry Styles (Aquele em que ele é o chefe dela)
Niall Horan (Aquele em que ele se esquece de algo)
Zayn Malik (Aquele em que ela tem um sonho erótico)
Liam Payne (Aquele em que a ex dele a destrata)
Harry Styles (Aquele em que ele é um anjo)
Liam Payne (Aquele em que ele faz uma burrada enorme) Parte 2
Harry Styles (Aquele em que ela é secretária dele)
Preference (Aquele em que ela quer sexo)
Harry Styles (Aquele em que ele tem um fetiche)**
Niall Horan (Aquele em que ela precisa dele)
Harry Styles (Aquele em que ela era directioner)
Zayn Malik (Aquele em que ela é treinadora dele)
Louis Tomlinson (Aquele em que ela está doente)
Louis Tomlinson (Aquele em que eles se reencontram)
Zayn Malik (Aquele em que ele finalmente a encontra) Parte 2
Louis Tomlinson (Aquele em que ele é garoto de programa)**
Imagine com quem quiser**
Zayn Malik (Aquele em que ele é mecânico)
Harry Styles (Same Old Love) Parte 1. Parte 2. Parte 3. Parte 4.
Harry Styles (Aquele em que eles estão separados mas se amam) Parte 2**
Louis Tomlinson (Aquele em que ela confessa seu amor)
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