Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
day 14.
“Festas fantasias são clichês, ainda mais em Ano Novo.” Taehyung comentava enquanto ele e Jimin desciam as escadas – pela milésima vez – daquela casa desconhecida. “E é por isso que todo mundo do Campus sempre comparece. Principalmente quando é aqui.”
Aqui, na linguagem de Taehyung, se referia a casa centro do Campus e casa dos Theta. Claro, festa fantasia de Ano Novo em uma fraternidade era o cúmulo do clichê, mas era a realidade de Jimin.
Taehyung já estava acostumado. Costumava ir a todas as festas dos Theta mesmo quando era proibido a entrada de Betas em qualquer comemoração na parte do Campus que fosse deles e Jimin bem sabia disso, pois todas as vezes que Taehyung se encrencava por ser pego ou enxotado, era ele quem deixava o dormitório e ia buscá-lo em alguma hora extremamente inoportuna da madrugada. Entretanto, era a primeira vez de Jimin, de fato, na casa dos Theta ou numa festa deles – desde que a proibição foi desfeita.
Haviam passado as últimas semanas combinando com que fantasia os dois usariam e se iam com fantasias iguais até que resolveram ir diferentes de uma vez por todas. Taehyung estava de vampiro, ostentando diversos olhares com suas lentes vermelhas, e Jimin estava de algo como a locadora de fantasias explicou em “Executivo não tão executivo-sexy”, ou seja, camisa social um tanto colada a seu corpo, gravata, calça preta social no mesmo estilo da camisa e sapatos pretos recém-lixados pra festa. Tinha total certeza de que não estava nada sexy executivo ou executivo sexy, mas Taehyung insistia de que a roupa e seu cabelo preto, junto com a maquiagem bem feita, estavam surtindo um efeito até então surreal onde Jimin não parecia o verdadeiro Jimin. Não que Jimin não tivesse nenhum tipo de charme, isso seria uma mentira. Nem era desajeitado ou desleixando com sua aparência. Ele só realmente estava outra coisa aquele momento, e mesmo que negasse, sua confiança batia mais alto do que já havia alcançado antes.
“Acho que vou pegar aquela coisa azul outra vez pra tomar.” Disse a Taehyung que pouco o ouvia. Havia encontrado alguma garota aleatória que Jimin jurava nunca ter conhecido e começado a conversar.
Deixou o amigo prolongar sua conversa fiada sobre não ter falado com a garota antes por motivos exagerados assim como a vontade de Jimin de chegar ao outro lado o mais rápido possível. Sabia que no líquido azul de nome desconhecido não havia tanto álcool e nem uma gota de algo pior do que álcool por não ter tido nenhum tipo de tontura ainda e esperava que, depois de atravessar todos os corpos suados e cheirando a sexo a três, ainda restasse no mínimo meio dedo de copo para encher.
A mesa de bebidas ficava logo ao lado de um imenso corredor com piso de mármore praticamente reluzente e portas que não ousara abrir. Porém, tinha curiosidade. Boa parte dos Theta seguia o caminho do corredor falando baixo – o contrário do que todos tinham que fazer para conversar ali – e trocando toques, entrando um grupo por uma porta e o outro esperava ou ia à porta do lado. Poderia ser qualquer coisa: drogas, mais bebidas, gente que eles prendiam para bater ou, o mais provável, garotas que esperavam a noite inteira por seus namorados ou ficantes Thetas e que tinham que ficar escondidas se fossem do time de líderes de torcida. Brigas entre times e porcarias assim, pelo visto. Era época das preliminares do time da Universidade e todos eles pareciam manter um acordo primitivo de que precisavam estar namorando com alguém antes e depois dos jogos pra que acabasse causando uma “melhor primeira impressão” em quem quer que fosse os assistir e babar com seu estilo de vida “perfeito”.
“Interessado no que não deve ficar?” Algum garoto estranho dos Theta apareceu em sua frente, pegando a concha e misturando as duas bebidas.
Jimin olhou por cima da beirada de seu copo, tomando um gole cheio. “Interessado em qualquer coisa menos você.” Respondeu ao sentir o gosto doce da bebida empregada em seus lábios. “Corta essa. Sério.” Fez um sinal com a cabeça para dispensar o garoto.
“Você não-”
“Ele disse corta essa Jihyun.”
Ambos olharam para trás, Jimin nem tanto. O corpo de estrutura notavelmente alta e palpavelmente mais definida que os que havia sentido em toda sua vida havia parado sua rotação em busca do dono da voz em menos de meio centímetro; ergueu seu olhar, dando de cara com uma expressão e rosto totalmente novos. Não o conhecia, mas ele tinha um sorriso de lado que foi extremamente difícil de decodificar se a sua moleza foi dada pelo álcool em seu sangue ou por ele. O garoto, em palavras sinceras lindo pra caramba em roupa de policial, passou para seu lado, tirando a arma falsa do pedaço de couro sintético que a prendia à sua perna para ameaçar o garoto que aparentemente era um conhecido e saiu dando uma risada.
Jimin permaneceu em silêncio atordoado pela chegada inesperada do garoto de policial, que, mesmo rindo da não reação de Jimin, o deixou encara-lo como se fosse nada, já que fazia o mesmo, e aqueles meros segundos que se tornaram minutos causavam impressão de que houvera, em tempos remotos, algum tipo de pendência extremamente sensual para que resolvessem. As respirações pesadas rodeando pelos dois corpos apenas confirmavam a persistência e dificuldade para que desviassem o olhar ou falassem algo. E nenhum dos dois se importava, como se fizessem aquilo há muito tempo, ignorando o fato de serem completos estranhos.
Jeongguk. Era o nome que estava bordado em linha preta contra o tecido azulado da camiseta que estava tão pregada ao peitoral que parecia que rasgaria se o mesmo respirasse outra vez, ou que viraria destroços se seus braços mexessem um centímetro ou as coxas bem marcadas forçassem pelo menos um pouco mais. Os acessórios só faziam tornar o tal Jeongguk ainda mais interessante e Jimin podia dizer que nunca houvera se perdido tanto por piercings quanto àquele momento. Ele tinha vários nas duas orelhas e pareciam combinar perfeitamente com as características do rosto de Jeongguk; o metálico ressaltava os olhos escuros e grandes, a boca fina e rosada, até mesmo a franja que caía sobre a sobrancelha meio grossa. Faltaram palavras e ar ao finalizar a descrição, o levando a dar o gole mais longo de sua vida e ainda tremer por sentir o olhar do outro sobre si e não parecia ser um olhar amigável.
“Peço desculpas pelo Jihyun.” Ele mal proferiu as palavras e Jimin dava mais goles ao encarar seus lábios. “Ele pode ser meio inconveniente e até mesmo grosso algumas vezes e pela forma como ia falar contigo seria mais ainda.”
“Não tem problema. Tô bem acostumado com garotos que nem o seu amigo.” Tentou soar o menos afetado possível.
O problema era que Jeongguk retribuía os olhares contra sua boca, assim como ele fazia. E quando olhava em seus olhos, ele fazia o mesmo. Seus olhos o seguiam, literalmente.
“Ele não é bem o meu amigo…” Arrastou as palavras, umedecendo os lábios enquanto olhava descaradamente para os de Jimin. “Acho que não iria querer que fosse de qualquer jeito. Ele é meio babaca.”
Deu goto a seco e a força. Esperava descer por sua garganta o início da frustração que Jeongguk causara em menos de um minuto de aparição.
“Quem não é meio babaca em uma festa de Ano Novo?” Brincou com a borda do corpo, tentando olhar para outro lugar que não fosse o garoto.
“Eu não acho que você seja meio babaca. Você parece ser bem legal.”
Jimin riu em sua garganta. “Posso ser a pessoa mais babaca da festa e você nem imagina, Jeongguk.”
O garoto pareceu tomado de surpresa pelo nome e então Jimin encostou a ponta de seu indicador no nome bordado da fantasia, passando um ou duas vezes, para que o Jeongguk acompanhasse seus passos e ele o fez; sorrindo de lado outra vez, mas fez.
“Babacas não se importariam em ler o meu nome ou me tratar bem como você fez, Jimin.”
“Como você sabe o meu nome?” Perguntou, tentou criar a sensação de medo em ele saber seu nome para substituir o fato de que tudo o que sabia era que ele falou seu nome e tinha sido surpreendentemente quente.
“Seu amigo. Taehyung.” Apontou para o único vampiro bem fantasiado e conhecido do outro lado da pista. “Ele me disse pra vir aqui te avisar pra ficar longe do Jihyun e dizer que você tem uma bunda gostosa.”
“Eu não acho que o Taehyung diria essa ultima parte.” Jimin devolveu com a voz baixa, olhando-o nos olhos. “Fraudou a mensagem, policial Jeongguk?” Não sabia como e nem em que a escala sua voz havia ido, mas, pelo morder de lábio e respirada funda de Jeongguk, tinha sido bom.
“Ela não se torna uma fraude se for comprovada, Jimin, e isso apenas policiais podem decretar.” A voz rouca e aveludada o enviou arrepios para a nuca inteira. “Mas pelo o que vi de lá até aqui me parecia verdadeiro.”
“Gostaria de descobrir, oficial Jeongguk?” Sua mente estava longe do ponto mais racional que possuía naquele momento. Não sentia nenhuma necessidade de ser outra coisa a não ser tão provocador quanto ele ou de se deixar ir pelo rumo diferente que a conversa estava tomando. “Digo, a coisa que se refere é minha, então só eu posso deixá-lo comprovar.”
Jeongguk riu. Não por graça. Riu de maneira que tudo o que a mente e Jimin pôde foi pensar foi ‘merda’, e a sua inclinação indiscreta para fazer o corpo de Jimin encostar ao seu comprovava isso. Aproximou-se de seu lóbulo, soltando o ar quente de sua respiração ali e quase levando o oxigênio de Jimin consigo. Era uma brincadeira perigosa e estavam mesmo dispostos a prosseguir com ela.
“Ela só é sua ainda. Vamos ver de quem ela vai ser quando eu te algemar, Jimin.” Sussurrou contra o pedaço de pele sensível do pescoço de Jimin, que quase rolou os olhos pela sensação eletrizante que Jeongguk surtia em si e teve de morder seu lábio para buscar algum tipo de controle.
“Então me algeme, Jeongguk.”
Jeongguk estudara com cuidado desde a vibração da voz desafiadoramente corrosiva de Jimin aos seus desejos ao cheiro natural que exalava aquele corpo tão exuberante que só os seus olhos não eram o suficiente e sabia disso. Não pôs os olhos em Jimin com inocência ao ouvir Taehyung, atual namorado de sua irmã, falar que trouxera um amigo, e que só ele poderia ser mais bonito do que o vampiro aquela noite. Taehyung por si só já era um garoto altamente atraente e Jeongguk o reconhecia por isso, então ter alguém ainda mais cativante do que ele soou atiçador demais e precisava comprovar aquilo em pessoa.
E assim o fez quando a chance de alerta-lo do maior tramador de humilhação dos Theta se aproximar do tal amigo e agir heroicamente querendo afastar outro predador de sua presa.
Jimin virou sua presa no momento em que se aproximou o suficiente para ver conjurar todos os seus pecados ao cabelo negro, o maxilar definido e que chamava seus lábios para contempla-lo, a forma que o corpo escultural e de outro mundo que o ele parecia ter ganhado em primeira mão, onde a segunda mão a toca-lo deveria ser a de Jeongguk; e ele ainda o encarou sem segurar nada com suas esferas escuras e cheia de mistério e uma ingenuidade que Jeongguk passou a questionar no segundo em que foi provocado pelo mesmo.
Jeongguk tinha um jogo acirrado, e não queria se chamar de narcisista e tampouco de egoísta, mas seus gostos eram altos e nunca haviam sido ultrapassados antes e muito menos com tanto desdém. Jimin simplesmente pisoteou no que conhecia como limite com perversão e dando o ar da graça.
Não se privou de depositar um beijo curto desde que tinha certeza de que seria algo que Jimin não esqueceria tão cedo e comprovou com o peitoral cheio e respiração ligeiramente descompassada do outro. Sorriu sem um pingo de misericórdia ao receber seu prêmio. “Tenha paciência, Jimin. Vamos com calma.” Afastou-se do corpo tão atraído quanto o seu e da áurea desconsertada de Jimin. “Por que não damos uma volta?” Perguntou ao tirar o copo de bebida das mãos pequenas e firmes de Jimin, que mal se importou e deixou ir. “Posso te mostrar o corredor que tanto encarava antes e te manter longe dessa coisa grotesca.” Referiu-se ao líquido azul completamente esquecido.
Jimin chutou para longe – pouca parte – do transe, assentindo. “Desde que não vá me matar e esconder meu corpo em um daqueles quartos estranhos ou que nenhum Theta queira pregar uma daquelas peças estúpidas em mim.”
“Não se preocupe.” Assegurou balançando a cabeça dando-o um sorrisinho tranquilizador. “Eles nunca mexeriam com você comigo ao seu lado e eu não deixaria nem mesmo que não estivesse.” E com essa afastou um pouco, mostrando o caminho com a mão e esperando Jimin tomar o primeiro passo.
“Só por causa da sua fantasia de policial?” Brincou um pouco quando ambos começaram a andar até o corredor, passando por outras pessoas estranhamente mais bêbedas do que deveriam pelo horário de começo da festa.
Jeongguk negou com a cabeça e uma risada baixa. “Sou líder da Theta Kappa Nu.” Respondeu com tanta simplicidade que chocara ainda mais Jimin. “Tudo o que acontece ou deixa de acontecer precisa passar por mim e ter a minha permissão.”
“Mas eu nunca te vi pelo Campus e estou aqui faz um bom, bom tempo…”.
“Passei o último período nos Lambda para negociar algumas coisas então meus estudos foram feitos lá e só vinha para cá quando ocorria alguma emergência.” Explicou, dando espaço pra Jimin ir a sua frente para subir a escadinha antes do último lugar que viu os Theta cochichando. “Esse é o saco de ser líder. Às vezes preciso me ausentar daqui e ficar em outro lugar tomando conta de assuntos estressantes.”
“Vê pelo lado bom.” A frase curta de Jimin trouxe toda atenção – literal – de Jeongguk para si, o fazendo dar o goto antes de continuar e torcer para não gaguejar. “Não precisa se preocupar em ser alvo de nada pelo Campus e é o fodão do lugar, imagino.”
Conseguiu arrancar do alto mais uma risada espontânea e que soava perfeitamente com o som que poderia ouvir outra vez. “Ser o fodão foi um dos meus motivos pra aceitar a posição.” Seus olhos se encontraram mais uma vez. “Não nasci para estar abaixo de ninguém, Jimin. Ordenar é o meu maior prazer e o meu universo.”
Jimin não pôde deixar de notar a superioridade de Jeongguk mais uma vez ao proferir aquelas palavras e, em seguida, dispensar dois outros garotos que provavelmente impediam a passagem daquela parte do corredor em diante com um único jogo de sinal. Jeongguk em si já exalava dominância ao partir de sua chegada e vê-lo coloca-lo em prática só mudou o estado de seu desespero íntimo para uma escala maior. Desejava em suplicas pra que entrasse no universo e maior prazer de Jeongguk em qualquer minuto seguinte daquele e não se sentiria nada mal em ser comandado por um garoto como Jeongguk.
“Deve ser um universo agradável.” Estava tão fraco em seus joelhos que as palavras não saíam com tanta claridade quanto formava em sua cabeça.
“Você tem passe-livre pra entrar e sair dele quando quiser.”
Dito isso, Jeongguk abriu a porta que Jimin pouco ligara de estar ali, e mostrou a que tanto os Thetas iam ver ali dentro. Parecia ser uma festa particular unicamente dos membros da fraternidade pelos casacos com o emblema que usavam em cima das fantasias, as cores do mesmo pelas paredes e pelo lema latim Theta escrito em uma caligrafia impecável no pilar central da sala; era, definitiva, uma área restrita a Thetas, e o líder deles acabara de deixar Jimin – o único Beta a estar ali – adentrar sem nem mesmo uma batida na porta e “por favor”.
“Pegue. Segure isso.” Jeongguk entregou um dos casacos com emblema para Jimin. ‘Jeon Jeongguk’ estava bem declarado no tecido do mesmo. Era o casaco de Jeongguk. “Assim eles não vão te olhar tanto. E cuidado com os copos roxos.” Puxou o corpo do outro para perto do seu em um passo perigosamente próximo demais, passando o braço em volta de seu pescoço. “Só aceite o que eu te oferecer, ok?” Jimin assentiu. “Perfeito.” Sorriu outra vez e quase enterrou o corpo fraco do outro ali mesmo.
Os olhos gulosos e curiosos de Jimin concentraram na quantidade dos tais copos roxos e de pequenos comprimidos pretos que alguns garotos colocavam abaixo de suas línguas e as garotas faziam o mesmo. Não ousou perguntar de cara a Jeongguk o que era pelo mesmo estar cumprimentando seus conhecidos sem sequer o dar um milímetro de distância, que parecia diminuir cada vez que algum deles apontava para Jimin e balbuciava algo que a proteção imediata de Jeongguk não o permitia descobrir o que era.
Subiram mais uma pequena escadinha, passando para o lado onde o som da música era bem mais alto do que as conversas e risadas, e que alguns casais não se preocupavam com como pareciam. O cheiro de sexo a três de mais cedo era ainda mais forte ali dentro, assim como as nuvens de fumaça e as garrafas de bebida. Ali Jeongguk deixara de falar com mais pessoas após pegar dois dos comprimidos pretos com um garoto que Jimin reconhecia apenas de vista para rodopiar o corpo de Jimin para o canto da parede perto de uma porta de madeira prateada.
“Me fale sobre você, Jimin.” Pediu num tom cortante ao da música, colocando um dos comprimidos debaixo de sua língua do jeito mais gritante pros sensores de Jimin. O outro ele segurou perto dos lábios do garoto, sorrindo pelo anriz. “Não se preocupe, não é nenhum tipo de droga.” E assim Jimin o deu passagem para jogar o comprimido e deixar com quem Jimin fizesse o resto. A capsula abria facilmente com o primeiro toque da língua e um sabor acido, ainda sim bom, tomou conta de sua boca. “Você é um Beta como Taehyung ou é de outra fraternidade? Também nunca tive a chance de te ver por aí.”
“Sou o tipo de Beta que você tirar a regra de que outras fraternidades eram proibidas nas suas festas pra finalmente vir até elas.” Zombou com leveza, garantindo que aquilo só fizesse Jeongguk dar um mais de seus sorrisos divertidos – e ele deu. “Só vinha para esse lado buscar Taehyung quando ele estava chapado demais para voltar sozinho.”
“Então nunca esteve com um Theta em pessoa até hoje?” Jimin assentiu. “E como está sendo sua experiência até agora?”
“Nenhum babaca de Ano Novo a vista ainda, oficial Jeongguk.” Não sabia por que chama-lo de oficial ou policial fazia Jeongguk dar um leve tique com a cabeça para o lado esquerdo, fechar os olhos por uns dois segundos e dar-lhe um sorriso que o fazia tremer mais do que já tremia ao lado dele. E era por essa sensação que descobrira gostar que continuava chamando.
Jeongguk respirou fundo, dando o último passo possível até que seu pé estivesse entre os dois de Jimin e o outro ao lado; de joelho quase perto demais da área que tanto aguçava desde cedo, voltou a olhar dentro dos globos de Jimin com um brilho cada vez mais intenso. “Você gosta disso, não é?” Questionou com mais autoridade em sua voz outra vez grossa, rouca e baixa. Combinação perfeita para uma catástrofe.
“Disso o que?” Esforçou-se para cada letra sair, erguendo o olhar com toda coragem que tinha e retribuindo com vigor o olhar de Jeongguk.
“Provocar.” Tirou as mãos de dentro dos bolsos para coloca-las contra a parede atrás de Jimin, que, de tão caído na forma como a língua de Jeongguk havia se mexido para dizer aquilo, não se importou de perder seu espaço. “Você já deve ter percebido do que gosto de ouvir e de como gosto de ser tratado e não falo sobre amizade, e ainda sim continua a testar os meus limites.”
Não teve tempo ou chance para devolver com petulância que guardara na ponta de sua lábia para aquela conversa. Jeongguk voltou a aproximar seu rosto sem desviar o olhar, deixando a boca entreaberta e o ar quente dela acertar os lábios abertos de Jimin. A música parecia acertar virtuosamente os sentidos necessitados de ambos; a letra não era mais sobre festejar ou amores divertidos, era sobre como os dois corpos se entregavam cada vez mais sem um único toque. Sobre como Jeongguk começou uma trilha viciosa do canto da boca de Jimin até seu maxilar e dali desceu para onde havia beijado mais cedo, enterrando seu rosto entre aquela abertura e não pegando leve com a pele sensível e arrepiada de Jimin.
Os beijos de Jeongguk continuam uma concentração alta de nicotina e as lambidas curtas anteriores as mordidas violentas serviam de kriptonita para Jimin, que se contorcia com tão pouco e segurava-se onde podia do tecido de Jeon, quase rasgando a ponta de seus dedos pela força e necessidade de ter onde encontrar equilíbrio. Jeongguk não o deixava raciocinar e não queria deixar, e, talvez, Jimin não estivesse disposto a pensar em outra coisa que não fosse perder todo seu controle e ser levado por Jeongguk para onde ele quisesse e como ele quisesse.
A visão turva causada pelos lábios agressivos de Jeongguk o fazia prender-se ao pensamento de finalmente sentir os dedos grossos do outro contra a sua pele, e pela reposta de chupões mais longos cada vez mais perto de seu maxilar outra vez aos barulhos que sua garganta não conseguia segurar, Jeongguk queria o mesmo.
“Cede, Jimin.” Murmurou de forma a piorar a necessidade entre as pernas de Jimin. “Não precisa se segurar comigo. Eu sei que você quer falar o que eu quero ouvir.”
“O que você quer ouvir?”
“Quero que me implore pra te beijar pra que assim eu possa engolir e aproveitar em todos os sentidos os gemidos que você tenta esconder de mim que eu preciso ouvir.”
“Merda. Merda. Merda.” Repetiam-se em alarme pelas células de todo seu corpo.
Jimin apertou com firmeza a camisa de Jeongguk, fazendo com que ele não tivesse outra opção a não ser afastar o rosto de seu pescoço e voltar a encara-lo. Ele não tinha mais o que esperar ou ignorar e não possuía mais numa tática para afastar a obvia atração e vontade de pôr-se em seu estado mais decadente e implorar pela boca de Jeongguk por todo seu corpo, por toda a noite e por toda chance que tiver com ele.
Ele não tinha, e ele não ia. Jimin estava prestes a se jogar fora com todo orgulhoso que o restava e não queria saber dela até que Jeongguk terminasse de foder sua sanidade até o último segundo daquela noite.
“Me beija, Jeongguk.” O efeito surtiu em Jeongguk após o mesmo dar-lhe o sorriso mais malicioso que havia visto aquela noite, obviamente aproveitando com deleite a voz fraca e o poder que estava tendo sobre Jimin. “Beija a porra da minha boca. Agora, por favor.”
Nenhuma outra sentença foi requisitada, ou poderia ser dita como menor das preocupações para nenhum dos dois. Os pulmões de Jeongguk queimavam a mil por hora para dar o que os lábios ferozes de Jimin precisavam e a sensação de tê-lo entregue de alma para cada torcer de sua língua o fazia enterrar-se ainda mais dentro da cavidade dele. A mão de Jimin se soltou de sua camiseta para agarrar sua nuca, arranhando-o levemente e arrancando na ponta daqueles dedos toda sua consciência. O beijo pendia cada vez para um abismo sem volta e nenhum dos dois queriam saber de desistir agora; não havia como parar a conexão bruta e as respirações pesadas e descontroladas e muito menos como afastar as mãos incessantes de Jeongguk do quadril de Jimin, que desciam cada vez mais para onde esperou a noite inteira e ainda jurava em sua cabeça e com a testemunha dos gemidos apressados de Jimin que tocaria e marcaria como sua. Afinal, uma presa não pode sair sem a marca de seu predador, só assim para verem que ela já tem dono.
E Jeongguk era dono do corpo e da mente de Jimin, assim como Jimin era dono dele por quanto tempo quisesse ser.
Agarrou as nádegas de Jimin com toda força que possuía, pouco se importando para delicadezas e códigos de honra prévios. “Puta merda.” Jimin gemeu contra seus lábios, o dando vontade de apertar cada vez mais e assim o fazendo. O prazer de Jimin era o seu maior prazer naquele momento e a única coisa que o importava e realizava a combustão de sede infinita que estava carregando até demais do rapaz.
“Como eu pensei…” Afastou-se apenas para dizer aquilo, quase se perdendo na falta de oxigênio. “Uma bunda gostosa. Gemido gostoso. Boca gostosa.” O som das palavras saindo da boca de Jeongguk causavam o mesmo efeito de seus beijos e a nuca de Jeongguk era castigada por isso. “Mas tem outra coisa que eu quero confirmar agora.” Os olhos curiosos de Jimin perguntavam por si só, já que seus lábios eram maltratados por seus dentes a cada vez que a mão de Jeongguk apertava uma nádega sua. “É bom você ter uma alta tolerância a minha mão e o que você vai receber assim que eu te colocar dentro desse quarto.” Apontou com a cabeça para a porta prateada quase ignorada pelos dois. “Diria para tentar ser o mais baixo possível, mas quero te ouvir gritar o meu nome e o ouvir ecoar por todo lado que eu for quando sair daqui.”
O que Jeongguk quis dizer com tolerância foi bravamente esquecido quando ele entrelaçou os dedos com os seus e o fez sair, incrivelmente bambo, da parede para dentro do quarto. Jimin só teve tempo de ouvir o clique da porta e o som da chave sendo girada e eles ficarem trancados ali dentro, sozinhos e famintos – descrito claramente pela forma que Jeongguk virou com rapidez e caminhou com os pés pesados até Jimin, expulsando da forma mais rude o espaço que o separava dos lábios carnudos de Jimin.
Ambos os lábios se conectaram da maneira mais bruta dada à urgência inegável e crescente, que de tão dura, os nervos deveria estar acionando o resto do corpo que força demais foi colocada em um lugar tão frágil. Porém, parecendo ser uma descoberta nova, o dolorido só serviu de forma prazerosa ao se misturar com a nova ardência entre suas pernas causadas pela crueldade que aquele desejo oferecia como resultado.
Jimin sentiu, em distância, ser levado até algum lugar por Jeongguk com as mãos presas a sua bunda outra vez, que só o largaram ao encostar-se a algo duro e que quase virou quando foi colocado ali. Não sabia dizer o que era. Talvez fosse um móvel pela espessura. Não conseguia ter um por cento de interesse em descobrir nada quando se tinha Jeon Jeongguk amaciando sua bunda e depois o pendendo com as suas mãos, o fazendo prender suas pernas ao redor de Jeongguk e jogar suas mãos para trás de sua nuca outra vez. Gemidos e mais gemidos escaparam pelos lábios entreabertos de Jimin quando Jeongguk começou a esfregar-se por cima do material da calça contra o seu membro, tantos que teve de pender sua cabeça para aproveitar ainda mais o prazer que aquele contato o dava. E aproveitando, Jeongguk começou a beijar e chupar sua clavícula, e, quando os botões começaram a ser problema, simplesmente os arrancou com os dentes.
“Jeongguk…” Foi a primeira vez que Jimin se deixou, inconsciente e domado pelo momento, gemer o nome do outro em alto e bom som, dando uma rebolada por cima de seu membro atrás de mais tração.
“Geme meu nome assim mais uma vez e eu vou não ter controle sobre minhas ações, Jimin.” Avisou o garoto, se sentindo pronto para explodir dentro de sua calça e desejando que Jimin entende-se o recado e fizesse justamente aquilo. Queria ouvi-lo gemer, implorar, gritar, o chamar. Queria tudo e queria agora.
Após uma rebolada mais lenta, quase fazendo o corpo de Jeongguk falecer pelo mais perto do paraíso que havia chegado, Jimin atendeu ao aviso. “Jeongguk, por favor…” Outra vez, que foi seguida de mais outra, e outra.
Era isso. A última ultrapassagem pra que sua linha vermelha fosse violada acabara de acontecer – e aquela noite, definitivamente, só tinha acabado de começar. A cabeça de Jeongguk martelava que só o deixaria sair daquela sala quando não sentisse suas pernas e não possuísse mais forças, e, pela vontade que tinha de foder Jimin incansavelmente, não pararia tão cedo.
Voltou a atacar o pescoço e a clavícula de Jimin sem poupar um pedacinho de sua pele sequer. Deixaria marcas de todas as cores e intensidades pelo corpo de Jimin para que ele não tivesse a mínima chance de cobri-las e para que todo mundo soubesse quem o tomou daquela maneira e a quem Park Jimin pertencia durante aquele tempo e era restritamente à Jeon Jeongguk.
“Mais.” Ouviu o murmuro de Jimin ao puxar de leve a pele abaixo de seu ouvido e esfregar-se com mais vitalidade contra o corpo já molenga de Jimin. “Não para, Jeongguk.”
“Eu não vou parar até…” E foi interrompido por um gemido saindo de sua boca. Alto, assim como os de Jimin.
Estava tão fissurado em marcar o corpo dele que não percebeu quando Jimin conseguiu se sentar totalmente no móvel e descer uma mão até seu zíper, muito menos de como ou quando tinha conseguido o abrir com tanta agilidade e segurar com sua mão fria o membro latejante e quente de Jeongguk.
“Até o que, Jeongguk?” Perguntou, bombeando uma única vez, lentamente. Jeongguk engolia o ar que puxava por sua boca, embebedando-se mais de como Jimin passava a língua por seu lábio e olhava em seus olhos e torturando-se de desejo e estar preenchendo sua boca outra vez. Mas os seus instintos estavam bloqueados pela mão ágil e provavelmente experiente demais de Jimin. “Até você me foder bem aqui e agora?” Continuou a provoca-lo, voltando a bombardear seu membro; aumentava de acordo com a respiração de Jeongguk. Se respirasse rápido, aumentava. Se parasse, diminuía. “Fala pra mim, Jeongguk.” Sussurrava como uma pequena cobra traiçoeira e em busca do pecado mais profundo que Jeongguk estava prestes a cometer. “E pra te deixar ciente…” Aproximou-se de seu lóbulo, mordendo-o e arrancando um gemido arrastado de Jeongguk. “Eu quero que você me foda o mais forte, rápido e fundo que puder.”
Jimin aumentou a velocidade em sua mão, prendendo Jeongguk no êxtase que sabia que o faria guardar todas as respostas e sentir-se ainda mais pressionado e necessitado. Voltou a atacar sua boca, deixando que, apenas ali, Jeongguk pudesse aliviar tudo o que conseguisse. Os gemidos de Jeongguk ficaram cada vez mais frequentes e Jimin sabia que sem não parasse o faria gozar em sua mão – e era isso que queria. Tomou vantagem de quando Jeongguk abriu mais uma pouco de espaço entre seus dentes e foi à procura da língua do outro, trazendo-a para fora com seus lábios e fazendo Jeongguk acompanhar todo o processo: envolveu-se ali, na frente de Jeongguk, e começou a sugar sua língua como seria se fosse lá embaixo.
Os olhos arregalados de Jeongguk e o barulho que suas mãos faziam ao apertar o móvel – que Jimin jurava que ele poderia quebra-lo, se quisesse – foram somados ao som desleixado de seu membro bombardeado, que, ao começar a despejar o líquido esbranquiçado e pegajoso, desacelerou em sua respiração e colocou a língua de volta para dentro quando Jimin o deixou ir.
“Jimin...” Jeongguk gemeu outra vez assistindo Jimin a se lambuzar com o gozo em sua mão.
Parecia que a boca bem desenhada, avermelhada e volumosa de Jimin havia sido feita para aquilo. Sugava os dedos como antes sugava sua língua, sem sequer piscar ou desviar o olhar de Jeongguk, que não conseguia fazer nada além de morder sua própria boca e criar mais fantasias e vontade de toma-la para si outra vez; de, por inteiro, ter Jimin ao seu dispor, e sabia que ele tinha plena noção disso por todos os jogos provocativos que estava fazendo. Não imaginara que Jimin teria um lado como aquele e muito mesmo que havia se entregado e virado a puta e própria definição do maior objetivo e desejo carnal de Jeongguk e duvidava de sua capacidade de encontrar alguém melhor do que ele; teria um vício incurável por Jimin.
“Policial Jeongguk?” Chamou-o com manha, mostrando cada vez mais do lado que Jeongguk era completamente devoto. “Me pune.” Sibilou lentamente, letra por letra, enrolando sua língua mais do que faria normalmente.
Não sabia o que Jimin tinha, ainda, mas cada momento como aquele era um tique em sua cabeça, e ele não se imaginava fazendo nada a não ser dando o máximo de prazer possível para o garoto.
Grudou o corpo do outro contra o seu com a mente rodopiando com o cheiro tóxico de Jimin, beijando-o arduamente e apertando com afinco sua cintura antes de vira-lo de vez contra o móvel, recebendo um pequeno tremor de Jimin com o movimento.
“Se você quer mesmo que eu te puna, Jimin,” A malícia era evidente em cada letra, e o calor transmitido do corpo de Jimin para a palma de sua mão apenas a aumentava. “seja um bom garoto e se deite por cima dessa mesa.” Não precisou aumentar o tom de voz para que Jimin entendesse que era uma ordem. E não mentiria com o sorriso ladino em seu rosto, gostava de ser ordenado por Jeongguk.
Jimin empurrou seu tronco para frente, colando seu corpo à madeira fria e escura do móvel e se apoiando por suas mãos; se fosse por isso já estaria ótimo, claro. Contudo, Jimin não se contentara em apenas seguir sua ordem. Um pouco na ponta de seus pés, empinou sua bunda – sem realmente precisar. Jeongguk sussurrou algo que não pôde entender, mas que fez com que seu interior explodisse e fosse juntado aos poucos ao sentir a mão pesada de Jeongguk a passear outra vez pelo o que o pertencia desde que se encontraram. O toque era tão preciso e bom que até mesmo os pequenos e contraídos gemidos de Jimin mal soavam ao escapar de seus lábios de tanta fraqueza, piorada em níveis altos quando os dedos de Jeongguk se enfincavam na carne de sua nádega para os apertos mais proveitosos que sentira em toda sua vida.
Jeongguk afastou as pernas de Jimin com seu joelho, encaixando-se no espaço e se deitando sobre o corpo e camisa suada de Park. Sua mão, antes na bunda alheia, subiu pelo móvel, indo até a de Jimin ao outro lado da mesa, deixando seu rosto cair entre o pescoço de Jimin.
Alcançou sua orelha com destreza, depositando uma mordida na mesma para arrancar uma arfada severa do outro. “Eu vou fazer doer, Jimin.” Começou, passando a mão livre por debaixo de Jimin, abrindo o zíper de sua calça e mergulhando a mão pelas bordas de suas peças. “Mas não se preocupe com isso. O que eu quero testar vai ser muito prazeroso pra você e pra bunda gostosa que o meu babyboy tem, e você nunca mais vai pedir para ser punido por mim outra vez.” Beijou gentilmente o maxilar de Jimin, que tremia bem mais após as palavras que saíram de si – acabara de descobrir mais pontos fracos do outro.
Abaixou a calça e a peça íntima de Jimin de uma vez, afastando-se e tendo a visão de mais uma das partes que eram completamente pecaminosas e que mais esperava tocar a noite inteira. Via, por cima, fracamente e avermelhadas, as marcas profundas de seus dedos de anteriormente e sorriu orgulhoso para si. “Eu quero tanto te foder agora mesmo, Jimin. Desse jeito. Deitado, inteiramente vulnerável e exposto pra mim com essa bunda empinada.”
“Então fode, Jeongguk.” Pediu, quase suplicou.
“Ainda não, babyboy.” Apertou sua bunda com toda autoridade que sabia que possuía. “Você pediu a noite inteira por isso, me provocando e me testando, então você vai ter.”
E assim deferiu-lhe a primeira tapa. Não tão forte, mas o suficiente para ter Jimin de boca aberta e olhos cerrados, apertando os próprios dedos contra o móvel. Deu-lhe outra, se deliciando de todo esforço que Jimin fazia para prender seus sons dentro de si. Queria fazer o garoto solta-los de uma vez e faria. Imediatamente.
Deitou por cima de seu corpo outra vez, atingindo o lugar já roxo do chupão que havia deixado em Jimin e mordendo ao lado dele, enquanto apertava e dava outra trapa, mais forte do que a outra. Beijou o canto da boca de Jimin, subindo e descendo a mão por sua coxa, e, quando o outro entreabriu os lábios outra vez, deslizou sua língua pelo seu lábio inferior e adentrou sua boca, aprofundando em meros segundos com a reciprocidade automática da língua de Jimin enroscando-se com a sua. Ao chegar ao topo de sua bunda, bateu com força – muita força. Jimin gemeu dentro de sua boca, suspirando, sem controle e sem noção alguma pela ardência satisfatória. Jeongguk sabia muito bem como dar prazer ao seu garoto, por isso, no segundo seguinte, aumentou as frequências das tapas e a força que utilizava até que Jimin não pudesse mais retribuir seu beijo selvagem e gritasse alto suficiente para todos ao lado de fora ouvir.
Sua mão foi para a outra nádega, deixando a outra – sensível a seu toque – para ser acariciada. Começou o mesmo processo: lento e suave para rápido e bruto. Jimin pouco se importava em poupar sua voz e era o que Jeongguk queria. Queria que ele não tivesse mais rédeas para se segurar, assim como segurar a beirada do móvel a cada tapa não lhe servia mais, então se arqueava um pouco, empinando cada vez mais sua bunda vermelha pelas tapas.
“Sua bunda fica ainda mais deliciosa vermelha desse jeito e marcada pela minha mão, sabia?” Parou de bater para dar um descanso a Jimin que mal respirava corretamente, agachando-se um pouco e encostado os lábios na vermelhidão Não adiantou. Jimin gemia outra vez apenas pelos beijos que distribuía, e, ainda por cima, gemia seu nome. “Geme bem gostoso de novo, geme.” Pediu, recebendo um gemido arrastado, piedoso e prolongado. “Você vai me deixar louco, Jimin. Puta que pariu.” Murmurou ofegante apenas de ouvir o garoto chamar por seu nome sem parar.
“Mais, Jeongguk. Por favor.” Remexeu sua bunda para que a boca de Jeongguk fosse para mais lugares, até, então, acertar seu íntimo em cheio e gemendo mais uma vez. “J-Jeongguk!”
Jeongguk sorriu ao ser chamado outra vez, usando seus dedos firmes para afastar suas nádegas e continuando com os beijos molhados em sua entrada, causando o suor mais que excessivo a escorrer pelas têmporas de Jimin e ao seu som mais predileto, seus gemidos. Os beijos viraram lambidas rápidas e bagunçadas, variando com as lentas e enlouquecedoras ritmadas com as reboladas notáveis que o impaciente Jimin dava e sua respiração completamente errada.
“Não para. Porra.” Implorava entre seus gemidos altos e a pressão tanto das mãos quanto da língua de Jeongguk contra sua entrada. Jeongguk, ao ouvi-lo, voltou a beija-lo com o uso da língua, ameaçando cada vez mais a ponta de sua língua pela entrada. “Puta merda, Jeongguk. Assim. Assim. Faz de novo.”
E Jeongguk fez. De novo, de novo e de novo.
Os sons de Jimin eram o suficiente para que lesse os pensamentos e desejos mais obscuros do outro, e, já imaginado e esperado por ambos, quanto mais Jeongguk, mais Jimin queria e mais ele pedia. Jeongguk, por mais que não insinuasse, estava próximo de chegar ao seu ápice mais uma vez daquela maneira tão simplória unicamente pela maneira que Jimin que o enlouquecia e tratava de fazer sua respiração bater quente e pesada, seus olhos fecharem e a ponta de seus dedos ficarem esbranquiçadas.
Jimin jogou sua cabeça para trás ao sentir a língua de Jeongguk finalmente penetrar a sua entrada, sem aviso algum. Foi preciso trazer todo controle de Jeongguk para segura-lo onde estava, de resto, nada. Jeongguk nunca tentaria conter os gritos de prazer de Jimin.
Extasiado e sem conseguir se conter, Jimin abriu seus lábios para falar. “Eu vou gozar se continuar desse jeito, Jeongguk, eu juro-“ O sorriso ladino e malicioso de Jeongguk brotou outra vez, junto com outra ação sem aviso: inseriu seu indicador. “Jeongguk!” Berrou ao sentir o toque no seu lugar mais sensível e no ponto que queria que Jeongguk tocasse há muito tempo. “De novo, por favor.”
“De novo, Jimin?” Fez o garoto assentir desesperadamente. “Desse jeito?” Fez outra vez, inserindo o segundo dedo, e Jimin maltratou seu lábio e continuou a assentir, rebolando com o dedo de Jeongguk dentro de si. “Quero te ver rebolar assim quando eu estiver te fodendo de verdade, Jimin.” Ordenou, abocanhando uma das nádegas de Jimin para morde-la e beija-la em seguida.
“Me fode. Me fode. Me fode.”
“Te foder?” Perguntou só para ouvir aquelas palavras outra vez.
Jimin respondeu rebolando ainda mais com o líquido esbranquiçado escorrendo pela lateral da região plana do móvel, ofegante e bambo. “Me fode pra eu rebolar assim em você, daddy.”
Retirou os dedos rapidamente da entrada de Jimin e puxou seu corpo contra si, encostando sua intimidade latente e dura contra a bunda de Jimin. “Rebola pro seu daddy agora.” Não foi preciso falar outra vez; Jimin começou com reboladas lentas e provocativas enquanto sentia a mão de Jeongguk subir pela sua fronte até os botões de sua camiseta, tirando um por um – mais especificamente arrancando.
Virou o rosto de Jimin ao puxar por seu cabelo, a fim de der aqueles lábios contra os seus mais uma vez. Começou lento, assim como as reboladas de Jimin, mas, assim que suas línguas se encostaram e Jeongguk gemeu um tanto alto, nada foi mais lento ou suave; suspiravam sem controle, ardentes pelo atrito, tanto em cima como embaixo, e precisavam de muito mais. Jeongguk descartou de vez a camiseta de Jimin, expondo sua nudez por completa, tendo que dispersar do beijo pra vira-lo e observar cada pedaço do corpo bem moldado, reluzente a pouca luz do cômodo e esperando para ser deliciado como deveria em cada pedacinho. De cima a baixo, de um lado para o outro; os olhos de Jeongguk batalhavam contra sua boca e ereção sobre quem tinha mais sede de Park Jimin.
Sem se importar, e, na verdade, mais atiçado para aquilo, Jimin aproveitou para terminar de tirar a calça de Jeongguk e sua cueca, passando propositalmente sua mão em volta do membro enrijecido de Jeongguk e lambendo seus lábios.
“Você vai ser o meu fim.” Jeongguk murmurou fissurado com o toque e, mais uma vez, boca de Jimin.
Sorriu para Jeongguk enquanto abria os botões da fantasia que acabou o rendendo o momento mais fantasioso e incrível de sua noite. “Sou o que você quiser que eu seja, daddy.” E desceu a camisa pelos braços definidos e grossos de Jeongguk, dedilhando cada centímetro de sua pele antes da camisa cair no chão.
“Daddy, hm?”
Jimin assentiu. “Daddy.” Pronunciou gradativamente, em um gemido arrastado e baixo, fazendo Jeongguk pender a cabeça para trás e tentar segurar o som que castigava seus lábios.
“Toda vez que você me chama assim” Voltou a falar, mesmo de olhos fechados e pescoço totalmente exposto, sentindo um ar quente contra seu peitoral e beijos úmidos. “toda santa vez... Todas elas me dão vontade de garantir que você não ande amanhã.” Sentiu algo suave em um de seus mamilos e sabia que era os lábios de Jimin; havia os decorado até ali. “O que você tá fazendo, Jimin? Quer acabar comigo?”
Subiu os beijos até o pescoço de Jeongguk, e, em seguida, sua mandíbula, até chegar a sua boca, que foi ferozmente atacada pelo outro. Os dedos de Jeongguk escorregaram pelas suas costas, chegando a sua entrada outra vez; ainda estava completamente lambuzada pela bagunça que Jeon havia feito nela antes e seus dedos entrariam facilmente se quisesse, e queria. Jimin tentou, mas acabou soltando o gemido alto, quase caindo em cima do móvel outra vez.
Jeongguk o empurrou contra o mesmo novamente, sem tirar os dedos ou parar a movimentação. “Empina bem pra mim, babyboy.”
Inconsciente, Jimin empinou, desfazendo-se em gemidos e grunhidos. Não demoraria a gozar com qualquer coisa que Jeongguk fizesse e sabia disso e, com seus dedos dentro de si e aquela sensação eletrizante percorrendo suas veias, sabia que estava próximo de se entregar por inteiro outra vez.
0 notes
Conversation
sos
yoongi: rapido gente
namjoon: o que houve??
taehyung: aquilo foi sério?????
hoseok: gente não pode ser
taehyung: eles não tão nem se olhando
yoongi: e nem se falando
namjoon: então eles realmente brigaram de vez agora?
hoseok: pelo jeito que tão acho que sim
namjoon: e agora?????
yoongi: e agora quero saber o motivo
yoongi: taehyung
taehyung: que
yoongi: vai descobrir
hoseok: anda a gente precisa saber o que ta rolando
taehyung: vocês não tem uma vida pra viver nÃO ou outra pessoa pra mandar fazer as coisas?
namjoon: não. vai vc.
yoongi: você é a unica pessoa que eles podem matar e tudo vai ficar bem
taehyung: so pq to solteiro????
yoongi: quem não ama não vive
hoseok: também te amo
namjoon: gente... jimin e jungkook...
yoongi: VAI TAEHYUNG
hoseok: vocês também tão ouvindo essas risadas?
hoseok: GENTE
taehyung: vocês são muito burros
namjoon:?????
yoongi: isso era...
jimin: pra vocês aprenderem a parar de fofocar da vida dos outros e não postarem mais uma texto fazendo teoria de fim da gente
hoseok: MAS NINGUÉM FEZ ISSO
jungkook: FIZERAM SIM
namjoon: QUEM FOI
taehyung: eu tenho um palpite
seokjin: eu pensei que fosse real...
0 notes
Conversation
kms by kim taehyung.
taehyung: vocês querem desfazer amizade agora ou deixam pra amanhã?
jungkook: só tem eu você e o jimin no grupo?
taehyung: é
jungkook: você tem que parar de fazer tanto grupo assim a gente ja tem 7 grupos so comigo você e o jimin
taehyung: e vocês tem que parar de usar meu quarto pra fazer putaria
jimin: mas não era a gente
jungkook: não mesmo
taehyung: ata
taehyung: e eu sou surdo
jungkook: deve ser
jimin: totalmente
jungkook: também acho
taehyung: VOCÊS ULTRAPASSAM MEUS LIMITES
jungkook: você falou que tava tudo bem a gente ir aí
taehyung: FAZ UM ANO QUE EU DISSE ISSO
jungkook: e dai
taehyung: E DAI QUE AS COISAS MUDAM
jungkook: agora é tarde
jimin: acho que fiquei com dor no pescoço
jungkook: como assim
jimin: na hora do
jungkook:
jungkook: ah
jungkook: to indo
taehyung: e ainda me deixam sOZINHO
taehyung: da proxima vez eu gravo e jogo no pornhub
taehyung: se for pra trepar na minha casa que pelo menos me enriqueçam
taehyung: tchau
1 note
·
View note
Conversation
what is life?
namjoon: amigos
hoseok: e aí ^~^
namjoon: yoongi...
yoongi: pode deixar ja tirei o celular da mão dele
jimin: deixem ele ser feliz
taehyung: chegou o defensor
seokjin: dos oprimidos?
yoongi: sempre
jimin: vocês me odeiam mesmo
jungkook: quem te odeia?
namjoon: vocês estão mudando o foco mais uma vez seus otarios
taehyung: mas você nem falou nada
namjoon: JURA QUE NÃO???
yoongi: não fique estressadinha
seokjin: calma amor, não se exponha
yoongi:
seokjin:
namjoon:
jungkook: todo mundo ja sabe que vocês se comem quando falam que vão comer num lugar romântico perto de uma igreja
taehyung: teve aquela vez que eles vieram pra cá
jimin: na sua casa???
taehyung: nO MEU QUARTO
yoongi: KKKKKKKKKKKSEUS LENÇÓIS DEVEM ESTAR COM UM GOSTINHO TÃO BOM
namjoon: vocês tiraram todo meu foco
seokjin: e o meu
yoongi: pelo menos a gente tirou o foco ja vocês tiraram a rola
jimin: e o cu
jungkook: e o gozo
taehyung: e os filhos
seokjin: taehyung, homens não engravidam. eu ja te falei.
taehyung: fala isso pro meu filho
namjoon: O SEU CACHORRO NÃO É O SEU FILHO
jungkook: QUEM DISSE QUE CACHORROS NÃO SÃO FILHOS
jimin: QUEM FOI
namjoon: QUERO O ME UFOCO CARALHO
yoongi: desiste
seokjin: o que era?
namjoon: ia perguntar o que era a vida pra vocês mas claramente não posso confiar em nenhum dos seres que aqui habitam
taehyung: você ta falando português?
jimin: alguém tira o celular do taehyung:
yoongi: deixa comigo ja tirei
jungkook: eu sei o que é a vida
namjoon: comida e musica não contam
jungkook: então eu to morto
jimin: VOCÊS FIZERAM ELE LARGAR O CELULAR
yoongi: um milagre ne
jimin: cala a boca
seokjin: se falar do jungkook pro jimin ele morde
jimin: quer testar?
seokjin: nAMJOON
namjoon: jIMIN
jimin: nAMJOON
yoongi:
yoongi: yOONGI
jimin: alguém tira o celular do yoongi
yoongi: deixa comigo eu mesmo me retiro
0 notes
Conversation
tf
jimin: chega pra lá
jungkook: não tem mais espaço
jungkook: a velhota dorminhoca ta ocupando tudo
jimin: mentiroso você ta com a perna TOTALMENTE ARREGANHADA
jungkook: e você ta sentado nelas
jimin:
jungkook:
jimin: chega pra lá
jungkook: jimin istg
jimin: EU QUERO ME DEITAR
jungkook: NÃO TEM COMO VOCÊ DEITAR AQUI SERA QUE JA NÃO PERCEBEU
jimin: insuportável.
jungkook: te amo.
jimin: também te amo.
jungkook: tira o bico
jimin: chega pra lá
jungkook: INSUPORTÁVEL É VOCÊ
jimin: tira o bico vocÊ
jungkook: não
jimin: vou te fazer cafuné
jungkook: tirei
0 notes
Conversation
GET OUT
jungkook: acabei de te ver falando sobre alguém que você gosta e acho bom que seja eu
jimin: oNDE
jungkook: park jimin 6h ago: "me perguntando quando foi que caí nesse amor e como tb"
jimin: PARA DE VER MINHAS COISAS
jungkook: FALA SE É PRA MIM OU NÃO
jimin: to indo esquiar
jungkook: aqui não neva
jimin: to indo esquiar na areia
jungkook: não tem praia nessa cidade
jimin: to indo esquiar no banheiro
jungkook: o que custa admitir?
jimin: to indo esquiar jeon jeongguk
jungkook: esquia no meu amor
jimin: o que
jungkook: o que
jimin: O QUE VOCÊ DISSE
jungkook: ERA PRA MIM OU NÃO
jimin: to indo esquiar
0 notes
Conversation
what are you doing online?
yoongi: posso saber qual o motivo de você estar online tão tarde da madrugada assim?
jimin: estou em crise.
yoongi: que crise?
jimin: uma crise muito séria.
yoongi: você ta passando mal? cadê o jungkook?
jimin: ele ta dormindo
jimin: e eu to passando mUiTo mal
yoongi: aCoRdA eLe EnTãO
jimin: não posso, é por causa dele.
yoongi: brigaram? ele não comprou outra fantasia?
jimin: nah
jimin: a fantasia ta enterrada
jimin: e a gente não briga
yoongi: então não entendi nada
jimin: é algo muito complicado min yoongi
yoongi: ok?
yoongi: e então? o que é?
jimin: estou uma crise soft.
yoongi: eu não acredito nisso
jimin: yoongi
yoongi: EU NÃO VOU CAIR NESSE ABISMO DE NOVO
jimin: o jungkook é tão lindinho dormindo
yoongi: NÃO NÃO NÃO DE NOVO NÃO
jimin: amo tanto o jungkook ):
yoongi: PUTA MERDA
yoongi: POR ACASO EU JOGUEI MERDA EM ALGUM SANTO QUANDO EU ERA JUDAS NA VIDA PASSADA?
jimin: mas sério ele é meu amor ):
yoongi: JIMIN CALA A BOCA
yoongi: espera o que
jimin: jungkook eu te odeio
yoongi: mas você acabou de dizer que ele era o seu amor e que você amava ele
jungkook: ele só disse isso pq eu tava lendo
yoongi: ah
jimin: era tudo mentira. tava bêbado. boa noite.
yoongi: você sabe que não é né?
jungkook: deixa ele
0 notes
Conversation
rlly?
jimin: jeon jeongguk é uma ameaça. um distúrbio a paz. deveria ser aniquilado.
taehyung: pelo amor do deus, o que foi que vocês fizeram agora?
jimin: o jungkook não quer fazer uma única coisa que eu pedi pra ele a viagem inteira!!!!!!!
jungkook: pela centésima vez EU NÃO VOU USAR AQUELA FANTASIA HORRÍVEL
jimin: GRRRRRR VOCÊ ME ODEIA
taehyung: que fantasia?
jungkook: uma estúpida de um filme horrível que eu nem gosto e ele quer que a gente compre e use
jungkook: na verdade
jungkook: ele ja comprou
taehyung: mas do que seria ela?
jimin: jungkook cadê as fantasias que eu deixei em cima da mesa?
jungkook: que fantasias?
taehyung: hm...
jimin: JUNGKOOK QUE BARULHO É ESSE
jungkook: que barulho?
jimin: JUNGKOOK EU TO TE VENDO JOGAR ELA PELA JANELA
taehyung: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
jimin: JEON JEONGGUK VOLTA JA AQUI. EU NÃO TERMINEI COM VOCÊ AINDA.
jungkook: é o que pensas.
0 notes
Conversation
are you mad?
yoongi: COM CERTEZA que o hoseok me ama mais do que você ama o jimin. aceita.
jungkook: ? bom dia yoongi?
yoongi: bom dia
yoongi: o hoseok me ama mais do que você ama o jimin.
jungkook: quando foi que eu...?
yoongi: já aceitou?
jungkook: yoongi, isso tudo é só por causa de que você finalmente ta namorando o hoseok?
yoongi:
jungkook: então ékkkkk
yoongi: mas você ja aceitou?
jungkook: eu nunca nem disse...
jimin: do que vocês tanto falam? são DUAS da manhã e eu quero dormir e vocês NÃO calam a boca.
yoongi: vocês não podem usar o mesmo celular? vocês não tão dormindo no mesmo quarto?
jungkook: eu falei que a gente poderia mas ele insistiu em pegar o celular e falar por ele.
jimin: EU EXIJO QUE PAREM DE FALAR!!!!
yoongi:
jungkook:
yoongi: então jimin, ja que você ja está aqui...
jimin: fala
jungkook: la vem
yoongi: ... você ja aceitou que o hoseok me ama mais do que você ama o jungkook?
jimin: eu não amo o jungkook.
jungkook: eu sempre soube.
jimin: eu amo o jungkook mas não fala pro jungkook yoongi
yoongi: VOCÊ MANDOU NO CHAT ERRADOKKKKKKKKKKKK
jimin: tchau
jungkook:
jungkook: que porra foi essa????
0 notes
Text
day thirteen.
O vento estava mais forte que o habitual – ou o que era antes deles entrarem na sala do cinema para assistirem pela trigésima vez o filme favorito de Jeongguk, Fight Club. Os dois saíram comentando alto sobre cada cena como se fosse a primeira vez e discutindo sobre minuto por minuto desde a ida até a saída do local, aproveitando, também, o aconchego dos bolsos de seus casacos pelo caminho até onde quer que fossem levados e que houvesse chocolate quente.
“Que horas são Jimin?” Perguntou depois da última risada uníssona dos dois.
O outro olhou rápido em seu celular. “Cinco e dez em ponto.” Guardou o eletrônico em seu bolso de trás. “Acha mesmo que dá tempo da gente pegar o chocolate quente e ir até o píer?” Foi simples e rápido; sabia que ambos estavam cansados e não queria ultrapassar os limites de Jeon que já tinha sido legal demais em sair num tempo como aquele.
“Você acha mesmo que eu vou perder um chocolate quente vendo por do sol com você no píer por causa de cansaço?”
Antes que Jimin pudesse responder alguém do dobro do tamanho de Jeongguk passou por entre os dois, quase levando, literalmente, o ombro de um e outro. Jeon olhou para trás, observando a expressão grosseira no rosto do cara que esbarrou por eles.
“Olhem por onde andam pombinhos!” Poderia ter soado simpático – como fora com a senhorinha que os chamou de “casal apaixonado” na sala do cinema e eles, mais simpáticos e envergonhados ainda, negaram–, mas a maneira rude como as palavras saíram só trouxeram irritação e desconforto.
“Olha você por onde anda seu me-”
“De que cor você acha que o céu vai estar no por do sol daqui, Jeon?” Jimin trouxe toda atenção para ele ao cortar sua fala e entrelaçar seus braços. Jeongguk nem sequer lembrou outra vez de que estava prestes a xingar o desconhecido ou que estava irritado depois disso e simplesmente deixou ir, se entregando a doce pergunta do garoto ao seu lado.
“Azul e roxo.” Disse sem nem saber como havia dito e na maior naturalidade possível. “E você?”
Deu de ombros, sorrindo abobado para o céu e depois para Jeon, que nada fez além de sorrir de volta. “A gente vai ter que ir ver para descobrir.”
“Sim, a gente vai.”
-
Murmuravam um para o outro sobre o quão era bom ter algo aquecido como o a xícara do chocolate em mãos e de como o por do sol realmente era lindo visto daquele píer. Não havia ninguém além deles e mais algumas pessoas espalhadas pela plataforma, mas aquilo nem era um detalhe.
“Consegue ouvir o barulhinho?” Jimin perguntou e apontou para os pedaços de madeira que os sustentavam.
Jeon esperou por um segundo, tentando ouvir com toda concentração que tinha. Conseguia ouvir e entender o motivo para os olhos de Park brilharem tanto quando iam para um lugar como aquele. Era, de fato, algo que trazia sensações boas – sim, Jeongguk também falava aquilo para os barulhos da água.
“E o céu está avermelhado com azul bem longe.” Comentou outra vez. “Parece que você errou dessa vez, Jeongguk.”
Jeon olhou para cima, confirmando mais uma vez que estava realmente avermelhado, exatamente como Jimin disse que estaria quando deixaram a cafeteria a caminho do píer.
“Vermelho e azul.” Voltou o olhar para Jimin. “Até nisso...”
Jimin concordou com a cabeça, sorrindo ladino junto ao outro. Vermelho e azul eram suas cores prediletas.
Um tempo depois estavam tontos e entorpecidos pelo céu, pela maneira como o vento bagunçava as mechas das cores de cabelo diferentes entre os dois e como, de algum jeito, os dois fatores combinados fizeram Jimin encostar-se mais ao banco e descansar sua cabeça no ombro de Jeongguk com um suspiro.
Não era a primeira vez que viam um por do sol juntos graças aos inúmeros pedidos antigos de Park quando tinham tempo e chances de saírem juntos. Entretanto, era a primeira vez que enxergavam o céu e as nuvens de uma maneira diferente após tanto tempo e faziam isso com calma e com um sentimento de cumplicidade sutil. E era bom, muito bom.
O peitoral de Jeon subia e descia lentamente e a mão tímida de Jimin o agarrava a cintura na mesma velocidade. Ambos soltaram um risinho baixo e ficaram assim por longos minutos, aproveitando a vista e a companhia que tinham.
As batidas do coração de Jeongguk pareciam como o barulhinho da água abaixo do píer e entrava por seu ouvido como o maior sossego em meio de qualquer algazarra que pudesse existir ao seu redor. Sentia-se leve como uma pena, reluzente como os raios a beijarem a maré e protegido como se ele fosse o píer e Jeon o mar, e só tivessem eles dois ali, cercados um pelo outro.
Os dedos de Jeon, livres da xícara de chocolate, foram até as madeixas escuras de Jimin. Sua cabeça se deitou levemente sobre a dele, deixando espaço suficiente para o carinho – mais conhecido como cafuné – que começara a fazer, recebendo um abraço mais apertado de Jimin contra seu tronco e sentindo o canto dos lábios do mesmo encostar-se ao tecido fino de sua camisa. Não precisava olhar para seu rosto para que soubesse que havia fechado seus olhos também. E assim ficaram. Abraçados e trocando carinhos aqui e acolá quando Jimin despertava para mexer seus polegares na cintura de Jeongguk e fazê-lo sorrir sem restrições, da mesma maneira como o toque de Jeongguk fazia Jimin sorrir acanhado e todas suas borboletas do estomago voarem para além daquele por do sol.
0 notes
Photo
LEIA ISSO PRIMEIRO!
Oi, anjinho.
Aqui começa a listinha do seu aniversário pra você seguir (na ordem que quiser, tá?):
1. sábado.
2.texto.
3. minific.
4. playlist.
5. thread.
0 notes
Text
day twelve.
“Tá ficando muito bom, Jimin.” Jeon comentou tentando não se mexer muito pra não atrapalhar o trabalho de quarenta minutos que estava levando para terminarem a Lua em seu braço.
Jimin escolheu fazer um Sol para combinar com Jeon, e pelas sobrancelhas erguidas e os lábios partidos a maior parte do tempo, estava gostando da escolha.
“Isso tudo porque não podemos fazer tatuagens.” Park riu baixinho, fazendo Jeon sorrir para ele e assentir. “Pelo menos uma de henna sai.”
“Quem sabe uma de verdade também.”
Jimin o olhou desacreditado, quase revirando os olhos e rindo como se fosse uma piada, mas a piscadela desprevenida de Jeongguk o fez ficar do jeitinho que estava e apenas abaixar a cabeça com vergonha.
“Olha o que tá passando bem ali.” Jeon alertou, acenando com a cabeça para a direção.
Era um carrinho de doces com uma promoção de Snicerks em letras enormes. Jimin suspirou, fazendo biquinho e olhando para Jeongguk, que, através do véu fino que os separava, ao olhar para Jimin, sentiu vontade de ir e compra-lo uma barra.
“Prometo que te dou uma depois.” Mostrou-lhe o dedinho de promessas.
Jimin fez o mesmo com seu mindinho. “Prometo que vou te dar duas depois.”
“Nem pense nisso, Park Jimin.”
“Tarde demais para isso.”
Tentou dar-lhe um olhar de repreensão, mas só encontrou Jimin animado em ter terminado seu desenho e indo imediatamente para o seu lado com a mão pintada com o Sol, como se fosse uma criancinha exibindo seu primeiro trabalho individual a espera da opinião dos pais naturalmente orgulhosos.
“O Sol sempre se pareceu muito com você, mesmo.” Apertou a bochecha rosada de Jimin após a frase, vendo-o suspirar e descansar a mão em sua coxa. Por algum motivo, e nem sendo só a mão, se tornou um pouco mais difícil de se concentrar na Lua em seu braço depois daquilo. “Só mais uma pontinha.” E a contagem regressiva começou em sua cabeça.
Jimin assistiu atentamente a Lua de Jeongguk ser finalizada, brincando com os fiapos da calça rasgada do outro. Ansioso demais para o final e olhando para os olhos gulosos de Jimin, Jeon se remexeu sobre a cadeira, tentando alcançar a mão de Jimin e segura-la. Simplesmente porque sim. Porque queria e porque iria. Achou que Park retiraria sua mão, e, ao contrário disso, foi recebido com dedos entrelaçados e um sorriso tímido.
Quando a tatuagem de hena de Jeon finalmente foi terminada os dois deixaram o estabelecimento não só de mãos dadas como abraçados – mais colados, impossível. Entraram e saíram das outras lojas daquele jeito, sem se afastar por um segundo, nem mesmo quando Jimin disse que iria pegar um panfleto de exposição de arte que aconteceria a noite.
Conversaram abraçados, riram abraçados, andaram abraçados, dividiram um copo de refrigerante por falta de suco abraçados, tiraram fotos abraçados e até mesmo seguraram mãos abraçados, quando e se possível de alguma maneira. Se perguntassem se estariam fazendo aquilo em algum dia daquela viagem a resposta seria um definitivo não, porém, às vezes, nem tudo sai como planejado ou como deveria ser, e Jeongguk não soltaria de Jimin, assim como Jimin não deixaria Jeongguk sair de seu toque.
0 notes
Text
day eleven.
Jimin tentou descobrir, em detalhe por detalhe, como a cama da Jeongguk simplesmente apareceu colada a sua quando acordou, esfregando a mão em seu rosto. Sonolento e ainda debatendo sobre isso enquanto o observava dormir, bocejou e deitou-se outra vez, ficando cara-a-cara com o rosto todo amassado, os lábios juntinhos e o nariz que tanto gostava de ver e o outro não gostava.
“Olha pra isso... Isso é impossível...” Disse a si mesmo com um pouco de nervosismo, que aumentava a cada respirada funda que Jeon dava.
Quis passar a mão e tirar a mecha de franja de cima do olho de Jeongguk, mas sua mão suava o suficiente para fazê-lo desistir e ficar na mesma – pouca – distância que estava do garoto; as esfregava pelo lençol da cama, indo cada vez mais perto da mão de Jeon, e prestes a toca-la, voltava ao seu lugar.
Jeongguk enrugou um pouco seu nariz, soltando uma longa respiração, remexendo um pouco os lábios. Jimin parou na hora achando que havia o acordado e permaneceu quieto, de olhos esbugalhados. Jeon caiu no sono outra vez, pouco notando o outro acordado e de coração acelerado ao seu lado.
Deitou mais uma vez, suspirando e voltando a assisti-lo. Era uma mania terrível sua que ainda não tinha perdido, e, graças àquilo, não perderia tão cedo. Gostava do silêncio, de estar perto, de vê-lo dormir com tanta paz que tudo parecia entrar no mesmo ritmo e estado: tranquilo e bom.
Comprimiu os lábios, se arrependendo de ter começado a relembrar dessa mania e de sequer ter se dado a chance de decorar mais uma vez todos os centímetros do rosto de Jeongguk. Viraria e continuara desconfortável até dormir para se esquecer de tinha caído no mesmo abismo, no entanto, Jeongguk ainda era muito melhor do que a visão da parede.
“E, aliás, fui eu.”
Fechou os olhos, prendendo o tecido do lençol em seus dedos e inalando o perfume ultra duradouro de Jeon para enlouquecer de vez.
Aquilo não poderia acontecer. E era o que o repetia a si mesmo, até quando abriu os olhos, se aproximou da bochecha de Jeongguk e depositou um beijo tão rápido quanto anos-luz, desejando que ele dormisse tão bem quanto estava antes e sonhasse com algo extremamente bom. Foi o beijo mais dolorosamente rápido que Jimin havia dado na vida.
Voltou para seu travesseiro, encostando a cabeça pesada de tantos pensamentos e desejando que simplesmente dormisse, como se nada tivesse acontecido, mas os planos eram outros.
“Nem pense...” O murmuro atingiu seu ouvido em alerta, arrepiando lhe cada fio do corpo e atrapalhando a circulação do oxigênio. O braço de Jeon o puxou com delicadeza ao tempo que passava o outro por debaixo de Jimin, o fazendo deitar por cima dele, enquanto o outro repousava em sua perna. “Em ir outra vez.”
0 notes
Conversation
day ten.
Jimin: Você está acordado?
Jeongguk: Jimin, eu tô dormindo na cama ao lado.
Jeongguk: Você poderia ter simplesmente me cutucado.
Jimin: Eu sei que poderia...
Jeongguk: Não consegue dormir?
Jimin: Você consegue?
Jeongguk: Não...
Jeongguk: Perdi meu sono.
Jimin: Você parecia que estava dormindo.
Jimin: Quase nem mandei a mensagem com medo de te acordar.
Jeongguk: Então você tava me encarando esse tempo todo?
Jimin: Tecnicamente eu estava encarando a sua cabeça e não você como um inteiro, ok?
Jeongguk: Então você estava me encarando esse tempo todo.
Jeongguk: Perseguidor.
Jimin: Boa noite, Jeon.
Jeongguk: Não!
Jeongguk: Relaxa por aqui. Quero conversar com você.
Jimin: Pensei que fosse só cutucar...
Jeongguk: Eu também pensei, mas parece que me enganei.
Jimin: E por que sua câmera tá virada pra mim?
Jeongguk: Hm?
Jeongguk: Câmera? Pra você?
Jimin: JEONGGUK VOCÊ LIGOU O FLASH NA MINHA CARA!!!
Jeongguk: Opa...
Jeongguk: Não fui eu.
Jeongguk: Bela carinha de cansado.
Jimin: Segura, algo chegou no meu e-mail.
Jeongguk: Faculdade?
Jimin: Por incrível que pareça, não. É de um e-mail desconhecido.
Jimin: Ok. Estranho.
Jeongguk: O que diz nele?
Jimin: “Eu te amo.”
Jimin: ?
Jimin: Será que os prisioneiros agora assaltam por e-mail?
Jeongguk: Provavelmente sim...
Jeongguk: Qual o endereço do e-mail?
Jimin: São letras estranhas misturadas. Não faz sentido algum...
Jimin: Vou deletar.
Jeongguk: Por que apagar? Não é importante?
Jimin: Um “eu te amo” de alguém que não conheço a essa hora?
Jimin: Duvido muito.
Jeongguk: Não deixa de ser um “eu te amo”, Jimin.
Jimin: Bom...
Jimin: Não deixa de não ter importância se não sei de quem veio e se realmente é verdadeiro.
Jimin: É alguma brincadeira, só isso.
Jeongguk: Pelo menos alguém te ama.
Jimin: Como se você não fosse muito amado, né, Jeongguk...
Jeongguk: Por quem?
Jimin: Duh? Isso não é obvio?
Jeongguk: Tá tentando dizer que me ama sem se entregar?
Jimin: Não.
Jimin: Nem estava falando de mim...
Jeongguk: Ah, ok.
Jimin: Mas...
Jeongguk: Mas…?
Jimin: Eu também.
Jeongguk: Por essa eu realmente não esperava tão cedo.
Jeongguk: Pensei que nunca mais sairia de você.
Jimin: É, eu também pensei que não... Mas não deixa de ser verdade.
Jeongguk: Por quê? Planejava não dizer que me amava outra vez?
Jimin: Boa noite, Jeon.
Jeongguk: É um sim. Tudo bem. Já esperava.
Jimin: Ainda tira conclusões precipitadas que nem antes...
Jeongguk: Eu tiro o que me parece ser.
Jimin: Então tá parecendo errado...
Jeongguk: Tem certeza disso?
Jimin: Segredo.
Jeongguk: Sem segredos.
Jimin: Com segredos.
Jeongguk: Você me ama ou não?
Jimin: Segredo...
Jeongguk: Sussurra o seu segredo no meu ouvido e eu o guardarei pra sempre.
Jimin: Vai dormir Jeongguk. Isso tudo é sono.
Jeongguk: Dorme primeiro, Jimin.
Jimin: Não vou te deixar me gravar enquanto durmo com esse flash horrível!
Jeongguk: Como você sabia?!
Jeongguk: Droga.
Jimin: Perseguidor.
Jimin: S-T-A-L-K-E-R.
Jeongguk: Seus olhos estão fechando...
Jeongguk: Você vai dormir...
Jeongguk: Quase...
Jeongguk: Dormiu.
Jeongguk: Boa noite, Jimin. Durma bem.
Jeongguk: E, aliás, fui eu.
Jeongguk: Bons sonhos.
0 notes
Text
day nine.
Entraram no lugar com uma única saída, mesa e duas cadeiras. Tinham uma hora no evento mais destoante que já ouviram falar e caíram de braços na ideia do desconhecido. Na verdade, tinha sido ideia de Jeongguk ir até lá e participar daquela loucura que seria hilária, mas, sobretudo, difícil para ambos que haviam desacostumado a fazer aquele tipo de coisa.
Jeongguk levou Jimin até um evento chamado “Elogio-me que eu te elogiarei de volta”.
A mulher que os explicara as regras – não sair antes da hora de término, elogiar sinceramente, nunca tirar a venda e não parar para reagir ao elogio anterior – acabara de deixa-los sentados e prontos, um de frente para o outro, e sair da sala.
Era um jogo rápido e cronometrado pelo relógio pequeno com contador na ponta da mesa cinzenta decorada com vários corações e sorrisos feitos a mão com tinta branca e prateada, que Jimin e Jeon os sentiam pelas pontas dos dedos, já que as casquinhas da tinta estavam a sair.
Depois de minutos de bocas bem fechadas e risadinhas quando seus dedos aventureiros se encostavam, Jimin forçou um pouco a garganta, quebrando o silêncio agradável.
“Quanto foi que te pagaram pra vir até um lugar desse com uma ideia tão louca?” Perguntou com o tom de brincadeira. Jeongguk sabia que Jimin não toparia ir se não quisesse.
“Pior que fiz isso de graça.” Entrou no clima, continuando a rir um pouco. “Acho que vou adicionar a minha lista de caridade no final do mês.”
“Ora essa se não tem um garoto caridoso aqui na minha frente.” Tateou até achar a mão de Jeon e dar-lhe um peteleco qualquer, arrancando mais uma risada do garoto.
Jeon relaxou mais na cadeira enquanto brincava com os dedinhos de Jimin e o mesmo nem disse nada. Fazia parte da rotina da viagem fazer algo com a mão ou os dedinhos de Jimin, assim como fazia parte da de Jimin seguir as linhas das mãos de Jeongguk e fazer carinho em sua palma, que era exatamente o que fazia com a mão livre.
Perto de perguntarem quando deveriam começar o tempo e os elogios, bateram estabanados, no ferrinho que iniciava o cronômetro, fazendo o relógio zumbir em quatro toques diferentes anunciando que era a hora.
“Eu começo ou você?” Jeon perguntou largando apenas uma mão – a que mexia com os dedos de Jimin – para passá-la entre os seus fios de cabelo, não deixando ir da outra mão.
Apesar de saber que Jeon não veria Jimin se encolheu na cadeira, dando de ombros. “Você conseguiria começar?”
“Não exatamente.” Admitiu envergonhado.
Jimin percebeu pela diferença em sua risada; Jeon só ria daquela maneira quando se sentia com pé para trás sobre algo, e, ainda mais sendo sobre aquilo, era totalmente compreensível. Jimin nunca o julgaria por isso, então se ajeitou na cadeira, chegando mais perto da mesa, agarrando a mão um tanto esfriada de Jeongguk com mais força.
“Deixe que eu comece, está bem? Deixe comigo.” Não sabia por que motivo realmente sabia daquilo, mas sentiu que o outro havia dad0 o sorriso de canto de sempre. Respirou fundo, buscando alguma forma de começar aquilo, já que, no final, também estava enferrujado. “Já te disse que você é lindo?” Disparou com o tom de voz que sabia que o relaxaria. “Você sabe que acho poucas coisas lindas na vida e a lista é só de duas coisas: dormir e comer. Mas, de alguma maneira, depois de te conhecer, você se tornou a terceira.” Jeongguk riu em sua garganta, querendo responder ao elogio descontraído e lembrando-se que não podia. “Você conseguiu ser mais lindo do que dormir e comer pra mim desde que te conheci. Sabe o quanto quis te xingar por isso a vida inteira?”
“O que foi você acabou de dizer...” O mais novo sussurrou baixinho, deixando um pouquinho do riso preso sair ao balançar sua cabeça. “Você é uma das pessoas mais interessantes que já conheci na minha vida, e interessante pra mim, você sabe, só o meu celular e minhas músicas. Você é tão interessante que te transformaria numa música pra tocar sempre no meu celular.”
Jimin tentou, mas não conseguiu segurar o sorriso. Eram os tipos de elogios que só eles faziam e era exatamente como ele mais gostava de ser elogiado e de elogiar, e estava feliz de que Jeongguk se sentiu confortável e bem para fazer aquilo com ele.
“Você é tão importante pra mim que é a única pessoa que deixo apertar tanto minha mão quanto está apertando agora.” Jeongguk soltou um pequeno “ah” e tentou desvencilhar-se um pouco, achando que estava machucando a mão do outro, porém só recebeu um puxão de volta como resposta. “E é a única pessoa que eu quero que continue apertando. Relaxa Jeongguk.”
“Seu nariz é muito bonitinho e eu queria dar um beijinho nele agora.”
“O que-.”
“Sem responder elogios.”
Algo no modo como Jeon apertou sua mão tinha deixado ele com a sensação de que realmente não deveria responder ou reagir ao elogio. Deixou ir, mesmo que encucado e avermelhado. Não deveria tratar de elogios assim, de qualquer maneira. Não deveriam causar algo mais grave.
“Seus poemas me derretem e são as melhores coisas que eu já li em toda a minha vida.” Sem ver, Jeongguk acenou negativamente com uma mão, negando o elogio. “Não adianta negar nem no seu pensamento, mocinho. Você continua sendo o anjo poeta por aqui. Não negue e apenas aceite que escreve bem e tem poemas incríveis e que eu gostaria de lê-los todos os dias.”
“Você continua parecendo com o Sol. Inclusive, você tem claramente cor da luz dos meus dias.”
Jimin mordeu a ponta de sua língua, tentando não ceder-se de uma vez e pensando em outro elogio. “Você continua parecendo com a Lua. Inclusive, você tem claramente o mesmo efeito que ela sobre as marés nos meus dias.”
“Até tímido e vermelho é fofinho.” Respondeu na lata, como se pudesse ver através da venda como o outro estava. “Mas esse não é meu elogio ainda, segure.” E segurou. “Seus olhos e voz.”
“Meus olhos?” Perguntou quando nada veio após aquelas palavras.
“Sim.” Deu uma risadinha fraca, fazendo carinho na palma da mão quando o outro parou pela confusão. “Não tem elogio maior que os dois. Sua vez.”
“Se for assim: seus olhos, voz, covinhas, pintinhas e voz. Não tem elogio maior que eles.”
“Me imitando, Park Jimin?”
“Apenas contando fatos.”
“Um fato é que eu não teria feito essa viagem com mais ninguém além de você.”
“Eu nunca faria com ninguém além de você, também.”
“E eu...-.”
“Eu também, Jeon.”
O corte de palavras foi rápido, só não tão rápido quanto foi para Jimin captar as pausas de Jeongguk antes das palavras e Jeongguk captar a reciprocidade de Jimin sem quer te terminar sua frase. Depois disso, pelo menos por alguns minutos, o silêncio agradável voltou um tanto arrastado; a mão de Jeon continuava a esfriar cada vez mais e a de Jimin começara a ficar escorregadia demais, fazendo com o que o outro fosse atrás de cada pedaço de seu polegar para trazê-la de volta. O carinho das mãos continuou, tecnicamente, o mesmo. O ‘tic’ do relógio ecoava, junto das respirações fundas e desaceleradas, como se não precisassem fazer nada além de respirar e segurar mãos pelos próximos segundos. E, de fato, não precisaram e nem fizeram.
Jeongguk queria tentar dizer outra vez, mas sabia que Jimin não o deixaria terminar a palavra seguinte assim que o ouvisse e soubesse o que era. Jimin nunca abundou de tanta coragem para cortar suas palavras e ambos sabiam sem admitir o porquê e sem contestar pelo mesmo fazer isso com tanto jeito e tanta rapidez. Estava bom daquele jeito e era daquele jeito que Jimin faria continuar. Como havia dito, não deveriam causar nada mais grave do que aquilo. E era grave e sério demais cada palavra que pudesse sair dali em diante, dependendo de como sairiam, e os toques na mão, no punho e o jeito como Jeon segurava o punho do Park relutante diziam exatamente como terminaria e como eles não podiam deixar que terminasse.
“Jimin, eu...” Tentou começar outra vez e o corte veio em sinal de Jimin se soltar de sua mão. “Você não...”
“Acho que meia hora já foi.” Disse baixo, diferente e quase inaudível demais para o bom gosto de Jeongguk.
“Talvez... Sim...”
“Talvez sim.”
“Talve-“
“Jeongguk?”
“Hm?”
“Eu também.”
0 notes
Text
day eight.
Jeongguk colocou todas as músicas que queriam para tocar, principalmente as que levantam o ânimo dos dois que precisavam de animação o suficiente para sair na chuva ou sequer esperar ela passar.
Enquanto as fatias de pão assavam na torradeira Jimin enchia um copo de água gelado para Jeon, servindo de lembrete humano de que ele precisava tomar mais água e sendo um grude em seu sapato. Assim que chegou com o copo e o beicinho, a expressão de cachorro que caiu do caminhão de vizinhança e o “por favorzinho” o recado foi entendido e Jeongguk não teve como recusar, pegando o copo da mão dele, dando-lhe um beijo na testa e tomando a água.
Quando Jimin tirou as torradas da torradeira e as colocou no prato, já pronto para chamar o outro para comer, tinha o som estalado de um tapa e um Jeon extremamente energético dançando conforme a música, praticamente berrando as letras garganta a fora.
“Se juntou com a amiga e o que Jimin?!” Chegou pertinho do outro, dançando ao seu redor, barrando o caminho dele pra qualquer lado. “Abre a geladeira e faz o que, Jimin?!” Começou a rodar com o copo de água na mão, provavelmente fingindo que era um copo de bebida e que estava bêbado, fazendo Jimin continuar a jogar a cabeça para trás e rir ainda mais.
“Vai comer Jeongguk!” Acrescentou a tentativa de fazê-lo sentar em vão, sendo rodado para longe da mesa e obrigado a seguir os passos do outro.
Aproximou o garoto a ponto de encostar a ponta de seu nariz no dele. “Só se você dançar e cantar essa comigo e eu não vou aceitar um não como resposta.”
Quando Jeon finalmente conseguiu prende-lo a si, não tinha como Jimin sequer conseguir dizer palavra alguma. Se deu por vencido e se concentrou unicamente em cantar cada parte da música, dançar cada segundo, rir quando ele ria e ignorar a reclamação de barulho vindo do quarto ao lado e, durante o meio da música, se entregar a todas as outras que Jeon queria tocar e dançar com ele. As torradas foram esquecidas, o copo de água também. Continuaram, outra vez, no seu pequeno mundo, e embora precisassem ir a outro lugar para passear, necessitavam compartilhar mais daquele momento e assim fizeram.
Dançaram e cantaram musica por musica, separados ou juntos. Quando se deram conta da hora já era tarde pra um café da manhã, então se jogaram na cama do quarto e aumentaram o volume para continuar o que faziam antes. Não teve uma musica sequer que ambos não sabiam a letra ou não tentaram dançar de mil e um jeitos.
Era uma chance em um milhão. Quem mais iria querer cantar e dançar funk as seis da manhã desse jeito?
0 notes
Text
day seven.
“Me coloca no chão!” Depositava vários soquinhos nas costas de Jeon que o carregou de volta até a cadeira encharcada depois de ter dito que desistia do desafio da água com piadas.
Jeongguk o sentou na cadeira, tirando a água da testa que Jimin tinha cuspido da última rodada e com a blusa totalmente grudada em seu corpo da rodada anterior. “Você vai terminar esse desafio querendo ou não.” Disse pegando a garrafa de água. Era mais para molhar Jimin pelo o que tinha o molhado da última vez. “Não levei cuspida pra ninguém vencer.”
Jimin bateu os pés como uma criança birrenta, pois sabia que mesmo que a piada não tivesse graça Jeongguk cuspiria a água inteira no rosto e na roupa já ensopada e eles terminariam de melecar o quarto inteiro do hotel por preguiça de simplesmente sair e fazer algo lá fora.
“Faz a piada.” Mandou antes de botar o último gole dentro das bochechas cheias.
“Ok...” Jimin respirou fundo e buscou a pior piada que conhecia no fundo da sua memória. “Você sabe a piada da foto? Se falar não faz o sinal de cabeça do por que.” Ele negou com a cabeça e fez a jogada de cabeça quando precisava dizer o “por que”. “Eu também não sei por que ela não foi revelada.”
Escondeu o rosto atrás das mãos, acanhado na cadeira, esperando pelo jato de água que viria de Jeon, mas nada veio. Olhou por uma brecha e viu o garoto com cara de sério e de bochechas vazias, braços cruzados e cara que só quem tinha o gostinho da vitória como ele poderia usar.
“Nada?” Abaixou as mãos apreensivo. Jeon negou. “Tá bravo comigo?” Negou outra vez. “Então o que-“ E levou uma garrafa inteira de água na cabeça.
“JEON JEONGGUK!”
-
“Qual é a religião do gato inglês?” Jimin, com as bochechas doloridas de tanta água, de tanto rir e de tanto levar água na cara, negou com a cabeça. “Cat-ólica.” Jimin cuspiu a água inteira na cara de Jeon, começando a rir e a se jogar pra frente de tanto rir. “Vai pra uma merda, Jimin!”
“Você sabe quem mandou ela?” Jeon negou, já começando a rir. “Foi Nelson que Mandoela.” Jeon riu e cuspiu pelo quarto inteiro, principalmente no Jimin.
“A professora de interior mandou o Joãozinho copiar a atividade na lousa dizendo “Cupia, Joãozinho!” e o Joãozinho disse “Não, professora. Cu peida.” Resultado: Jimin se encharcou e encharcou todo resto.
“Outro pintinho...” Jeon ameaçou rir. “Segurou!” Jimin riu o quanto pode antes de continuar. “Outro pintinho tinha os pés de palito de fósforo. Foi ciscar e pegou fogo.” Jeon perdeu mais uma vez e menos uma garrafa de água deixou de existir.
“O que um bujão de gás disse pro outro?” Jimin negou, deixando um pouco de água sair pelo canto da boca e Jeongguk voltou rindo. “Vamos vazar?” E a água inteira saiu.
“Qual a cor mais barulhenta?” Jeon balançou a cabeça, cansado e pronto pra perder. “A corneta.”
“Um cara fez um cigarrão de canabis sativa num jornal, qual o nome do filme? Baseado em fatos reais.”
“O que a impressora falou quando cruzou a linha de chegada? Imprimeiro lugar.”
“O que tem bico mas não bica e tem asa mas não voa? Uma galinha morta.”
“O que o Saci Pererê falou pra namorada dele? Fica de três.”
0 notes