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a gente se mata todo dia pra nada meu bem eu tô cansada

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Eu queria te pedir uma coisa. Mesmo com toda essa distância entre nós, com tantas pessoas entrando em nossas vidas, eu queria te pedir pra ficar comigo, ficar mesmo. Não entre e depois saia, fique. Fique aqui comigo, vamos superar tudo isso juntos e, no futuro, ver que valeu a pena todo esse sofrimento.

K. Shibahara. (via pseudomorte)

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Um roteiro sobre ansiedade e expectativas

Não sabemos muito como o roteiro dos próximos dias se desenvolverá, o momento exato em que o vazio adentrará ou até mesmo quando sairá.

Você pode estar sentado lendo um livro, tomando um café ou fazendo as mais variáveis coisas, não importa, você será tombando por ele.

E é um pouco difícil seguir quando as nossas mãos e pés estão atados por cordas e mais cordas de traumas que marcam a nossa psique como se fosse um corte profundo, difícil de cicatrizar.

E de cortes novos e cicatrizes velhas vem os lembrete de “Calma. Seja cuidadoso!”

Mas acontece que somos seres irracionais, constante, rebeldes — e até burros porque no final de tudo somos atraídos por aquilo que sabemos que irá nos fazer mal. Criamos uma ilusão, um filme, um roteiro onde os péssimos atores não saberam atuar conforme as linhas perfeitas de uma vida digna do mais clichê dos filmes — e não é a obrigação deles atuar conforme a nossa imaginação.

Ninguém é obrigado a suprir as suas expectativas.

Você vai carregar várias cicatrizes em seu corpo, várias memórias — tantos as boas como as más — e mesmo assim você será tombando pelo vazio.

E não existe escudo.

Ele vai chegar, deitar no seu peito, vai fazer o seu coração bater mais rápido que o normal enquanto o suor frio escorre pela sua testa e você, que nunca vai se acostumar com a sensação esmagadora, vai desabar.

E isso vai acontecer mais vezes do que você imagina. E sinto muito por isso, por mim e por você.

O vazio existencial é pior acompanhado da ansiedade e você, que está atado pelas cordas que agora sufoca também a sua garganta, se encontrará mais uma vez sozinho, perdido em si e no infinito espaço que há na sua cabeça.

Você vai transbordar lágrimas, que logo se tornaram ressaca, teu quarto irá alagar desespero, seus quadros e livros favoritos serão apenas meros objetos danificados com histórias que pertencem somente ao passado.

Assim como todos os traumas que você sofreu no linear de seus dias, desde o nascimento até o agora, você irá sobreviver porque com o tempo você aprendeu que nenhum trauma ou crise definirá quem você é.

Você estará caminhando sozinho pela calçada da sua rua e será tombando por mais uma crise de ansiedade e você, que já passou tanto tempo convivendo com ela, não saberá o que fazer.

O coração vai bater mais rápido. As mãos começaram a suar frio. Você espera — e não sabe o quê. Você sente — mas não sente. Você vira uma confusão, olhos percorrem todos os cantos, você treme de frio num calor de 32 graus e não é febre. Você para, pensa — mas não há o que pensar. E ao mesmo tempo toneladas de pensamentos, perguntas cuja respostas você não encontra no fundo de qualquer bebida barata comprada em um barzinho em decadência no fim da rua.

Tudo se tornará segundo plano, os amores, as pessoas, você, eu. O tempo se perde. O espaço inexistente se torna pequeno demais e você se pega tendo um ataque de claustrofobia sem saber que tinha, sem saber o momento que aquilo tudo começou.

Há mãos invisíveis apertando sua garganta. Você chora. Se descabela. Cansa e no final você dorme numa cama de espinhos.

E você acorda sem sentir, leva a vida no automático. E o ciclo se torna vicioso mas sem data e hora de chegada ou partida.

Algumas crises nunca nos abandonam por completo, e no final ela já está acomodada no seu quarto, na sua cama, na sua cabeça. E você não sabe como se livrar delas.

E no final, é só mais uma crise que se tornará roteiro de um texto qualquer.

- Noah.

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poderíamos ser estrelas, mas nos satisfazemos sendo pó.

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Eu queria te pedir uma coisa. Mesmo com toda essa distância entre nós, com tantas pessoas entrando em nossas vidas, eu queria te pedir pra ficar comigo, ficar mesmo. Não entre e depois saia, fique. Fique aqui comigo, vamos superar tudo isso juntos e, no futuro, ver que valeu a pena todo esse sofrimento.

K. Shibahara. (via pseudomorte)

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e tudo aquilo acabou tão rápido se dissipou que até parece que nem existiu parece que só partiu não deixando nada além de saudade

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