adroptotheocean - Tumblr blog

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Se Você. Se você pudesse ver como eu era por dentro, você teria deixado os outros pra lá! Você teria esquecido os segredos que precisava guardar, nós teríamos lidado com eles juntos por conta própria! Então perdi minhas esperanças, eu estava sempre sonhando acordado. Eu fui tão fraco e desisti de acreditar! Não foi tão fácil tentar seguir em frente. Estava sempre olhando para trás procurando seus olhos nos olhos de todo mundo. Se você pudesse se ver como eu eu te via, você teria se esquivado do que eles poderiam dizer! Não conseguimos nos libertar daquele velho tabu idiota. Eu ainda, às vezes, desejo você aqui pra te amar a noite inteira.

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Me Ame! Eu era aquele cara desleixado escondido pela multidão, aquele cara instável espalhando suas tristezas por todos os lugares. Ainda assim cuidava da minha vida. E fiz amizade com a minha timidez. Então, como na cena de um filme. Eu destranquei a porta e vi uma luz brilhando. Eu fui cego por aquele brilho! A noite estava tão fria quando eu vi seus olhos. Eu não posso explicar aquela mistura de dor e prazer... Ei agora, o que devo fazer? Você não vai me amar. Eu não sei consertar minha vida e isso não pode ser bom. Você ainda alcança meus sonhos. Eu ainda construo castelos no ar (onde) você me ama. Eu rolei pela cama por muitas noites. Agora, o que você vai dizer? Você não tinha planos de me bagunçar nem de me enlouquecer desse jeito? Quando você falava seus lábios implicavam meus lábios tocando os seus. Seus olhos não disseram nada ao contrário.

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Suavize o Impacto das Coisas Ruins. Agora assisto acontecendo na vida de outras pessoas, o que pensei que só aconteceria na minha. Todos os dias assisto na minha vida, o que pensei que só aconteceria na vida de outras pessoas. Eu estava atento que isso aconteceria, apesar de estar um pouco atrasado, quando eu vi acontecendo caí fora. É estranho, mas sempre fiquei meio paralisado na frente de qualquer coisa que me incomoda. Com o tempo, fiquei incapaz de dizer coisas em voz alta. Fiquei deprimido demais para me levantar para fazer qualquer coisa. Eu não tenho estima por mim mesmo, isso é certeza! Sempre tive tanta certeza sobre tudo. E me sentia orgulhoso de tomar posições ridículas, procurando o prazer de estar certo. No final isso não me levou a lugar algum. Eu deveria ter me ensinado a sonhar, se tivesse sonhado com força, seria forte! Eu deveria ter descansado da minha certeza exigente. Isso afastou as pessoas que me levantariam da minha queda. Suavize o impacto das coisas ruins. Suavize o impacto das coisas ruins. Uma dessas noites ele se tornou um diabinho. Saiu da minha cabeça e sentou na minha cama. Todas as suas provocações doem porque todas fazem sentido. Ele me contou sobre as promoções de trabalho e as viagens e tudo que as pessoas da minha idade acumularam. E então Deus, neste momento tudo o que eu poderia implorar: "Não me deixe ficar amargo, não me deixe ficar louco." No fundo da minha escuridão, deitado na cama da resignação, tenho medo que Deus não me escute! Não me faça ficar bêbado com grandes expectativas que qualquer sonho traria! Você nem mesmo por favor me deixe sonhar. Suavize o impacto das coisas ruins! (Pra que eu possa aceitá-las melhor.) Suavize o impacto das coisas ruins! (Pra que eu possa aceitá-las melhor.) Tenha misericórdia, porque tudo isso já é muito que posso carregar. Suavize o impacto de ter que ser comum!

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Lua de Sangue. Você ilumina a rua, não há crianças nela. Elas cresceram, eu me tornei um desajustado. Se apenas aquele sangue espalhado em seu rosto fosse meu! O caos em seus olhos me faz sorrir. Seu crime, essa noite, é me fazer pensar: Como eu acabei aqui, vivendo esta vida sem graça? Bem, eu deveria correr. Eu deveria até me esconder. Mas você invade as lacunas. E eu ainda estou olhando para trás. Bem, eu vou aceitar. Eu não vou brigar... Eu não sou tão forte sob a luz do luar, Eu ainda estou preso no passado ... (Lua de sangue) acima das luzes da cidade: (Lua de sangue) aquela que eu disse que, um dia, iria dominar. (Lua de sangue) Que piada estúpida eu sou! (Lua de sangue) Acabei por ser o trevo do mau da minha família. (Lua de sangue) No espelho, não há homem algum. (Lua de sangue) Aquele adolescente irritado se tornou meu remanescente. (Lua de sangue) Ele não sabe falar ou fazer planos! (Lua de sangue) Ele mal começou e já está acabado... Você brilha como o sol para destacar a noite solitária para trazer à tona erros que cometi, para me culpar por ter sido deixado para trás! Ninguém está em casa ... O tempo passou por nós! Demora muito até o amanhecer e aqui sozinho não posso acreditar no nascer do sol.

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Morto-vivo. Há uma invasão no lado esquerdo do peito, e a indiferença toma conta do coração. Mudanças continuam chegando, mas essa não é um das melhores! Eu costumava evitar ficar sozinho no escuro. Agora isso parece algo comum! Eu acho que nem me importaria em desmoronar. Um morto vivo! Acho que estou me transformando... ... Em um morto vivo. Existe quaisquer remédios para deixar de ser um morto vivo? Preciso refazer todos meus sonhos, minha autoestima e minha vida. Por mais que eu tente encontrar vontade dentro de mim. Essa grande mancha escura me deixa indiferente. Eu adoraria sair disso, mas estou realmente preso nessa pele. E ninguém ficou para ajudar a me libertar. Eu deveria me sentir culpado e deveria lutar. Mas me sinto bem, mesmo com uma provável derrota!

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Ísis. Brincávamos juntos. O filho do desfortúnio e a filha da sorte! Não vou me esquecer do som das suas risadas, (elas ainda ecoam nos meus pensamentos,) nem das suas palhaçadas (os seus movimentos de menina doce foram sóis e céis azuis de muitas manhãs de potencial cinza.) E se, de olhos fechados, eu te vejo de novo então uma súbita briza sopra dançando leve, feliz e agradável. Nunca encontrei alguém mais fascinante que você! Nada deu certo - se você perguntasse. Mas eu estou feliz por ver que no seu mundo não neva. E se algum dia você se lembrar de mim, me veja desenhando, Correndo na rua, rindo com você. Sentado na varanda vendo a vida passar, se perdendo em roupas, rostos, doutrinas, gritos, mortes. Veja-me sempre rindo para você, porque eu sempre estarei. (Só para você.)

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Velha Praia. Quando olho pra trás e penso na velha praia, se pudesse, voltaria no tempo e diria a mim mesmo que resistir seria inútil, mas que ceder não machuraria menos. “Você precisa de influência se quer mostrar seus sentimentos. Não menospreze a multidão, diga o que é que tenha que ser dito pra fazer eles acreditarem.” Um dia, criei um pedestal e lá subi, gritei, então, que tomaria conta de tudo. Mas no outro, me inclinei no mar e vi que meu reflexo sumia! Minhas lágrimas embaraçaram minha vigia e assim invandiram. Não tive escolha: apenas entreguei meu destino. Me persuadiram a seguir as regras do homem perfeito: “Drene a nascente de suas lágrimas e arrume um coração de pedra! Esconda seus medos, não aceite derrotas e sempre ganhe no final!” Mas quando pensava que eu estava me tornando o centro dos planos deles: Aquela já era a primeira derrota! Minha cabeça estava sempre nas brumas, flutuando ao lado da névoa. Como eu poderia conhecer as águas quando minhas fantasias eram ter asas? Morfeu nunca tinha aparecido como um marinheiro e minha determinação era colocar meu destino seguro, em um lugar distante de mãos tão maldosas!

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As Mãos de Netuno. Eu corri incansavelmente e ainda assim, acordei no meu quarto, perturbado pela velha sombra azul na parede dançando loucamente perto da tocha. Toda noite eu deixava a janela aperta, esperando o nascer da lua para que ela guiasse minhas mãos pelas páginas de um livro que se transformaria, pouco a pouco, em cinzas flutuantes na briza noturna. No cavalete, tintas escorriam como lágrimas da minha tela que, aos poucos, desaparecia. Elas correram pelo chão do meu quarto como um rio e o caminho que elas seguiram me levou ao mar. ... E água do mar tentou me arrastar, batendo nas docas em ondas altas de coerção. Meninos tinham que encontrar felicidade na estrada reta sem retorno, ao ancoradouro. Mas toda vez que meus olhos se abriam, eles se encantavam com o sol nascendo na direção oposta. Eu corri incansavelmente, e ainda assim, Hipnos me pegou em suas mãos, escureceu o céu e me jogou em um trireme. Mais tarde, fui acordado por vozes berrando para que me levantasse. Tudo o que eu sabia fazer era remar. E eu via as velhas manchas verdes dando lugar a uma pele áspera, avermelhada e gasta. Meu castelo flutuante caiu - aquilo abriu meus olhos e foi fazendo de mim inútil. Do lado de fora não haviam estrelas cadentes, só ondas altas se levantando por toda parte. Elas cobriam tudo e tentavam, ferozmente, nos afundar. Meu lábios cantavam para amendontrar meus medos! Mas marinheiros bêbados não entendem de poesia. As mãos apertando meu pescoço disseram que aquilo era magia negra, e no meio de relâmpagos, eles rapidamente se reuniram para declarar que eu era um blasfêmia e eles tinham que se livrar daquilo. Do nada, a escuridão bateu na minha cabeça e me obrigou a fechar meus olhos. Tinha chegado a hora de ficar, sozinho a deriva, nas mãos de Netuno.

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Alto Mar. Eu poderia ficar aqui, olhando para o céu atentamente, agora que as estrelas estão brilhando. Mas em alto mar, as ondulações não param de chacoalhar meu barco. …É tão difícil ficar acordado a noite toda e lutar o dia inteiro para continuar resistindo. Não posso me descuidar! Estou cabisbaixo e há um silêncio na minha garganta. Que dia maravilhoso seria aquele em que eu pudesse sair dessa vivo! Porém de vez em quando, me agacho pela proa e faço com que minhas forças mergulhem profundamente. Eu deveria estar grato a lua só porque ela saiu pra brilhar essa noite? Ela sorri ironicamente, monstruosamente e então ilumina e aponta para a popa e proa vazias. Mostrando falsa compreensão, ela intesifica seu luar e agora estou ciente dos monstros lá fora esperando pra me devorar. Em alto mar, eu suspirei de como estava distante de tudo. Ela caiu na risada enquanto dizia "mas o quão perto você já esteve?" Pelas águas do alto mar escurecidas, vejo que meu reflexo está sozinho. Eu tentarei poupar minhas lágrimas ou então elas arrastariam o mar pra dentro. Hei! Mercúrio, me encontre e me mostre uma pintura minha sendo feliz sozinho. Eu preciso me aceitar pra voltar a remar, porque assim sequer me sentiria cansado. Será que vou aguentar a vastidão do oceano e a noite que segue sem parar? E é mais difícil do que eu poderia dizer - reunir forças para trazer o sol de volta.

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Presente de Netuno. Sentado na popa do barco, eu pensava no tamanho do oceano. Talvez minha dor tenha se exalado, talvez Eros sentiu pena de mim. Logo então, acho que fui acertado por uma flecha: Porque desmaiei e meu corpo desabou pela borda. Mais tarde, acordei no meio de uma visão, não vi seu rosto, mas sabia que era você. Agora, no meio do oceano, choro, todo machucado um hino ao arrependimento! Se não tivesse te visto, não estaria assustado com o horizonte. Quando tiver chance, eu afundarei minhas lágrimas. Espero que Netuno torne real aquelas fantasias na minha cabeça - você seria um presente maravilhoso vindo dele. Quando Nix escurece o céu, meus medos aparecem para me assombrar. Meus pensamentos atrapalhados e assustados já não podem me ajudar. Quando eles se recompõe - eles te conjuram! Você se apresenta em cores ardentes e gentilmente tira o remo da minha mão e nos guia ferozmente com seus dedo. Você toma a direção, você nutre meu corpo. Você beija minhas pálpebras e me coloca pra descansar. Você abre as nuvens, faz as estrelas brilharem e faz Selene aparecer. Você acalma os deuses do vento, corrige nosso rumo e acalma o mar. Sentado na popa do barco, eu pensava no tamanho do oceano. Por tão vasto quanto ele é, meus pensamentos velejam em você durante toda noite.

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Sonhos de Sereia. Fantasmas visitam minha ilha e dão risada do meu barco que afundou, assopram no meu ouvido erros que outrora foram esquecidos. Eu abro meus olhos de náufrago e já não posso evitar. Eu penso em você o tempo todo! Mas se os fecho novamente o céu fica escuro. Uma luz polar azul emerge do meu coração, ela faz o tempo voltar e então sou levado para aqueles dias de má sorte. Sempre que você vinha, você trazia magia e era somente aí que Apolo saia com suas carruagens! As pontas de nossos dedos mal tocavam o mar mas eu sei, garota, com o que você sonhava quando se agachava perto da margem dele! Sonhos de sereia, borbulhando até o céu. Você sempre foi tão esperta, você nunca fechava seus olhos! E eu desperdicei meu tempo, como um tolo, delirando no meu trono insignificante. Meu reino de idiotices me deixava vaidoso! Eu estava em êxtase, desvairado como Momo, providenciando desgostos, queimando, ferozmente, pontes, escancarando de propósito as portas para deixar entrar a enxente da chuva forte. Mas se Cronos me ouvisse! Eu voltaria e despojaria aquele velho eu. Você teria me inspirado a mergulhar e então, eu não sofreria agora nesse mar cruel. Recluso aqui, pensamentos de erros antigos não vão me deixar em paz. Você mergulhou para o seu destino nas mãos de Galena e não vai voltar mais. O que resta pra mim, é me defender dessa chuva forte repentina, caindo nos meus olhos.

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Selvagemente. Se por um acaso, Cronos aparecer de repente não evitarei mais. Cantarei, até que ele se deite na areia da praia e caia em sono profundo, a minha canção de ninar... ... Que em tempos atrás, eu escrevi e re-escrevi com meus próprios dedos. E eles sangraram tentando me levar a qualquer custo, através de seus versos, a tempos de verão. Enquanto tiver os poderes de Cronos em minhas mãos a chuva forte parará imeditamente e as nuvens negras desaparerão em um segundo. Eu forçarei a aparição da luz do sol! Apedrejarei os corvos e, dos seus galhos destruídos, um novo barco será construído. Eu começarei de novo daqui e dessa vez, selvagemente. Há algum tempo atrás, me abstive do meu silêncio e o coloquei em um baú logo depois, lancei o baú enquanto navegava em mar aberto. Agora que eu o recuperei flutuando na borda, sei que devo usar esse tesouro em abundância. Eu deixei Lissa ficar. Ela sentou na borda e assumiu a liderança. Mas eu afastei as mãos dela. Não deixarei que ela interfira nos meus pontos de vista. Enquanto eu vou e penso no mar. Eu sei que quando não morri nele, eu acabei me tornando parte dele. E eu não fui feito de remanso.

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Mestre do Mar. Quando meu barco virou no meio do mar, eu pensei imediatamente "Bem, esperançosamente, isso será bem rápido" e então eu implorei para que realmente fosse assim! Naquela época eu ainda tinha restos de trovões na minha alma. Meu corpo tinha sido tragado pelos monstros da conformidade. E minha dor me assombrava todas as noites. Eu estava determinado a terminar com ela. Eu me sentia tão fraco. Mas aquela constante necessidade me deu um último ânimo e eu o usei pra me colocar nos pensamentos de Tânato. Então meus olhos pesados semi-cerraram e a luz do sol, pouco a pouco, desapareceu. (Agora não parece tão normal, quando penso em mim mesmo tão sobriamente feliz! E ainda me senti sortudo no outro dia quando meus olhos se abriram e viram meu corpo deitado em terra firme.) Pensei que o acaso tinha mãos tão generosas! Mas o acaso não cuida de ninguém! Sempre foi você... E agora eu sei! O vulto no precipício alto, imponente como um farol, a luz que ele emetia, magicamente, arrumou a corrente e me arrumou em meu destino. Eu ouvia a lua como se ela estivesse dizendo que ele nunca deixaria a escuridão ser plena. E agora durante o dia eu sei que só preciso respirar porque o ar que entra, (aquele que ele assopra) me faz querer continuar. E isso já é agradecimento o bastante. Viver já é uma oração e o templo dele é o mundo. Você conhece precisamente todos os marinheiros e toda a água desse oceano que é tão assustaradomente funda. Você é o mestre dele, e eu posso dizer que tenho aprendido que estar de pé e não ajoelhado é o que você espera de mim.

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Velho Marinheiro. Ei! Velho marinheiro. Eu vejo um relógio arremessado e lágrimas inundando o maquinário dele. As suas mãos estão manchadas de sangue. Você teve uma daquelas brigas sangrentas contra os ponteiros de novo? Ei! Velho marinheiro. Ele não vai baixar a guarda e você não pode intimidá-lo! Ele tem o coração duro. Ele só vai cansar você, até que você se pegue falando que não pode vencê-lo. Ei! Velho marinheiro. Você arremessou a bússola, rasgou o único mapa. Seus olhos estão avermelhados. Você tem buscado pensamentos que fazem sentido, mas esqueceu que você os deixou naquela tempestade remota? Agora você vive amendrontado, tentando encontrar um porto para se abrigar caso aja uma próxima. Quando você está remando, às vezes o mar está sem tempestade, o céu está sem nuvens, o sol está brilhando forte. Então você joga suas mãos para o alto e grita "qual é a pegadinha?" Você evoca a chuva e reclama do sol que nunca aparece. Na sua caça aos tesouros, o tesouro é a dor. Ei! Velho marinheiro. Os barcos no horizonte, uma vez na vista de seus olhos inseguros se tranformam em caravelas magníficas. Mas você deveria dizer a você mesmo sobre os cascos deles que não são inafundáveis. Você deveria se perguntar: "Eles sobreveriam se tivessem passado por aquelas noites de grande terror?" (Você tem que lembrar a você mesmo que você sobreviveu!)

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O Vento. O vento sopra. E então me pego desejando ser guiado para a terra sólida dos meus sonhos. Muitas coisas foram embora com ele enquanto eu confrontava o exército de Hera, formado dessa vez por memórias pungentes. E elas me cortavam profundamente até que eu desmoronasse e alcançasse o fundo. Agora eu vivo na borda do mar, querendo tocar o céu. Mas se com o vento, mudanças vem, eu cruzo meus dedos e rezo para que ele venha em rajadas fortes. Desgastando os nós dessas algemas invisíveis que me amarram e me proibem de ter sentimentos, de expressá-los, de começar a cantar em um instante qualquer, de chorar em voz alta se eu sentir necessidade. O vento sopra direcionando sempre o norte. Eu cruzo meus dedos e rezo para que ele venha em rajadas fortes. Enferrujando o ferro das algemas nos meus pés e me libertando dessas repetições.

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Um Homem Feliz. Se você quer Moros comendo na palma de suas mãos, não o alimente com o seu coração. Porque essa será a isca para que ele te devore. Se você, alguma vez, construir uma escada para as nuvens e de lá ousar a olhar pra você aqui embaixo, pequeno como um grão de areia da praia, Moros não virá ao seu banquete. Você morrerá louco! Se por um acaso chove atrás dos seus olhos coloque uma capa de chuva e sempre fale sobre o sol. Moros gostaria de ouvir sobre qualquer coisa, exceto sobre a tempestade violenta na sua vida. A calma de hoje, ela é traiçoeira! Os velhos marinheiros fingem alegria. Você pensa que eles estão felizes porque você voltou e vai ficar. Mas eles ainda querem que você se ajuste antes de se aportar nas docas. Se você quer Moros comendo na palma de suas mãos, deixe-se ser moldado. Eu tentei arrumar minha vida. Mas eu me perdi conversando com as paredes. Apesar de elas serem fiéis ouvintes, como será que eu poderia conseguir alguém disposto a me encorajar? O vento sopra e eu, então, loucamente desejo ser levado ao porto certo. Porque Moros esteve aqui e eu o alimentei com meu coração por isso me largaram no mar sem nada. Ele não apareceu no meu banquete. Mas há não muito tempo atrás, eu guardei pedaços de um castelo no ar, e agora eles flutuam nas pontas dos meus dedos. O vento sopra, e com ele vem novos planos. Nas noites de pesadelos, colocaram em mim novos sonhos para semear. Agora eu imploro para ser levado a terra firme porque tenho essa nova receita infalível. E quando chegar o tempo da colheita, eles serão servidos em um novo banquete. Moros comerá na palma de minhas mãos. Eu tomarei os remos e seguirei meu próprio caminho. Eu serei um homem feliz.

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Ninguém Se Importa Mais. Eu engolia palavras e me retraia ao canto escuro da minha alma e do meu quarto. Eu tinha certeza de que ninguém ali mais queria me ver. Eu ensaiei um bater de porta. Mas no silêncio, um eco estridente dizia “Ninguém se importa mais,” “ninguém se importa mais,” “ninguém se importa mais…” Eu abaixava minha cabeça. Porque a carência em seus olhos te faz ver as coisas mais do que elas são. Mas a lua não sairia, nem as estrelas brilhariam só para a noite parecer menos escura para mim. Eu fechava meus olhos e lágrimas que meticulosamente, um dia, congelei - agora se derretiam.