afrotriste

[afrotriste]

Quando me perguntam o que quero do futuro nunca sei o que responder, é tudo um preto sem fim. Não tenho grandes sonhos, não há sonho algum. Não consigo ver um futuro brilhante ou até mesmo, algo mediano. Não vejo nada além de um vazio. Um grande buraco negro e eu sendo puxada para ele.

Carol Hissnauer.

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Cara, viver é uma eterna loucura, fazer planos pro futuro seja ele daqui minutos, horas, dias, meses ou até mesmo anos é uma das coisas mais sem noção que fazemos, na minha opinião. Veja bem, parando pra analisar o rumo que minha vida vem tomando, esse lance de planos, é um pouco contraditório. Bom, há um ano atrás eu acreditava que iria, faria, viveria tanta coisa e hoje percebo que tô tão distante de tudo isso e nem tenho mais certeza se essas são as escolhas que quero. Na verdade, parando pra pensar é muito estranho a ideia de ter que seguir um caminho e ser fiel a ele, poxa, eu sou jovem, quero amar, desamar, escolher, errar na escolha, recomeçar, quero viver na certeza de que posso ser tudo, posso querer ser mãe e também médica, advogada, engenheira, posso até querer não ser mãe, viajar o mundo, posso escolher uma profissão aos 18, abandonar o curso e abrir uma lanchonete, eu quero a sensação de que tá tudo bem voltar atrás nas escolhas (desde que elas não machuquem ninguém) e sim, eu sei que algumas escolhas são imutáveis mas sei também que elas são tomadas no momento certo e não por pressão de A ou B, é que eu não acho justo todo esse escarcéu sobre futuro e sobre "ser alguém na vida". Primeiro que o futuro não é de nossa responsabilidade até que ele vire presente, não fazemos ideia do que vai acontecer daqui 5 minutos e quem dirá se x profissão vai nos fazer feliz, então, o importante é viver o agora e acreditar que as escolhas chegam no momento certo e acontecem naturalmente, não essa coisa pressionada que tanto vemos. Segundo, cada um de nós já somos alguém, alguém que ri, que chora, que ama e desama, que bebe, que não bebe, que sonha em ter uma casa na cidade grande, que sonha com uma chácara no meio do nada. Alguém que é amado pela família (seja ela biológica ou não), alguém que faz todos rir, alguém que fala pouco mas é sempre lembrado nas reuniões de amigos. A real é que ninguém precisa de escolhas pra ser alguém, somos alguém, com nome, sobrenome e com defeitos, qualidades e sonhos. Pra ser "alguém na vida" basta ser alguém e estar vivo, o resto a gente vai conquistando depois.

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Chega um momento em que já não há vontade de levantar da cama,

o céu não parece tão azul,

o café já não é tão saboroso,

o cigarro está apagado há algum tempo,

e você nem nota.

Esse momento chega tão rápido que

Quando vemos já veio, já foi, já está

Vem devagar, vai tomando conta, vai ficando

Mas o que fazer então?

Como voltar a ter gosto pela vida?

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Sinceramente

  Eu ando tão na incógnita, com medo, desespero, pensamentos ruins, querendo viver e morrer. Não sei o que anda acontecendo comigo, tudo isso está me matando aos poucos. Minha cabeça explode de tanto pensar, coração fica acelerado só de pensar no futuro, esse  desespero percorre pelo meu corpo, me deixa tão desanimada. Tudo isso fez com o que eu perceba que quero desistir das coisas, minhas coisas. Eu realmente penso em melhorar, porém, tudo isso que aconteceu, não deixa! As coisas que mais gosto de fazer perderam ânimo, eu me olho na frente do espelho e pergunto “ Quem é você? O que está fazendo aqui? O que você quer da vida?” E etc… Mas, lá no fundo eu só queria encontrar alguém especial, terminar a faculdade, ser alguém que tenha um objetivo ótimo e várias coisas, dar orgulho para aqueles que eu amo, queria ser feliz! E por fim, eu só quero sumir… Ass: Larissa Fernandes de Oliveira  09/11/2020 - 19:41

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dizem que às vezes esbarramos no amor e deixamos ele passar por não estarmos prontos. dizem que às vezes encontramos a pessoa certa na hora errada. no dia errado. no mês errado. no ano errado. e eu, que sou toda errada, me pergunto se algum dia estarei pronta ou se a hora certa realmente existe. por aqui, ela nunca deu sinal. ainda assim, eu espero. espero pela chance de esbarrar contigo novamente. a chance de esbarrar contigo em uma outra hora, em um outro dia, em um outro mês, em um outro ano, ou ainda, em uma outra vida. 

uma que não seja tão errada assim.

Eduarda Paiva

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mood diário

procurava por memes engraçados, séries, canções, filmes, livros e jogos imersivos, queria enganar a si mesmo. por alguns instantes, queria ficar longe de todo o caos do mundo, não queria admitir que estava no meio de mais um surto. funcionava por alguns minutos.

@kaiobrunodias

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não é mais querer tá perto, é só te manter por perto.

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Quando será que a preocupação toma do campo expressivo afetivo? Será ela a mais usada para demonstrar amor? Eu pensei um pouco sobre as formas que se tem para demonstrar o amor, quais são elas, como são, quando e como usamos, e quais mais usamos. Eu demonstro amor quando eu expresso o que sinto através de palavras, faço uma carta de aniversario de namoro, faço um poema em uma data aleatória ou simplesmente falo “Bom dia, amor da minha vida! Tenha um ótimo dia, se cuida! Até mais tarde”.  Eu demonstro amor com gestos e toques, um segurar a mão no meio da multidão, um cafuné no sofá quando estamos vendo série, um dormir de conchinha abraçados, coladinhos uma noite inteira. Eu demonstro amor com presentes, sim, presentes! Uma joia cara mas que é a sua cara, uma caneca personalizada com uma frase que só faz sentido pra nós, ingressos para um show daquele cantor que você ama ou um chocolate na manhã seguinte de um encontro super perfeito e certeiro. Eu demonstro amor através do tempo, quando deixo o celular de lado e me coloco a disposição para você, para te ouvir, saber como foi seu dia, saber dos casos da sua vó com sua tia, reparar suas risadas, tom e covinhas fofas engraçadas, eu demonstro amor quando eu estou ali, sem pensar no lá, no amanhã ou no depois. Eu demonstro amor quando posso ajudar, servir, dar conselhos, fazer um favor, consertar algo que quebrou, te emprestar uma grana, te ajudar a estudar para uma prova… São muitas e muitas formas de demonstrar o amor, mas a pergunta é: e a preocupação? Acredito que ela possa sim ser mais uma forma de demonstração do amor. E isso acontece quando quando se espera que outro esteja bem, quando você sente que quando o outro não está bem isso te afeta também. Quando você não quer que nada de mal ou de ruim aconteça mas também não tem muito que você pode fazer sobre. Você se preocupa porque você quer o bem e isso é amor também.

Nayara Guedes - Alvos fáceis.

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você sempre amou e idolatrou mulheres brancas. sempre sonhou com filmes de estética branca. sempre quis dar o tapa numa bunda branca. é nela a cor que tu quer que fique. é dela a cor que tu quer que seja. você nunca teve o direito de falar sobre nada disso. esteve inserido nesses meios. esteve entregue a esses vícios. a arte que você consumia era branca. os poetas. a narrativa. como que eu entraria no teu ciclo. como que eu caberia no teu colo. como que eu seria a mulher pra você? eu vejo agora, tentando te mapear na memória. você nunca amou nada que parecesse comigo. eu fui tão burra, tão cega. eu sempre fui escura demais pros teus sonhos. eu sempre fui escura demais pros teus planos. dá nojo de pensar em todas as vezes que me chamou de preta. você não valeu o que disse. o significado que é. não valeu.

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hora ou outra eu volto aqui, leio tudo que escrevi, choro por algumas perdas que me inspiraram pra textos tão lindo, percebo minhas mudanças e olho pro céu procurando a resposta pra pergunta que não importa o tempo, ela sempre vai estar aqui.

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É pra frente que se anda

mas às vezes dá vontade de parar num cantinho,  se encolher e  ficar.

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é isso que os computadores entendem: zero e um. eu não era um computador programado nem programável, xxxxx. não era. eu era uma região afetada por erosões e era uma bacia sedimentar constru��da para se autodestruir depois de um tempo. você sempre dizia que eu precisava cuidar da minha saúde mental e foi o que busquei depois de tudo. foram tantas guerras que travamos juntos, tantas brigas por qualquer coisa e tantas feridas que ambos costuraram um no peito do outro. e eu só estava exausto. cansado. cê também estava. e daí que o amor também tem seu time. não é igual uma CPU ou HD, claro, mas ele tem um período de avançar. e estávamos tão cansados, não? te falo sobre isso de coração aberto porque depois do trauma, a gente retroalimenta todas as esperanças e se reconstrói. então tô te dizendo que poderíamos ter evitado a fadiga. veja bem: não éramos computadores que ficam lado-a-lado dentro de um laboratório. éramos dois seremos humanos à procura de uma paz de espírito que julgávamos estar um no colo do outro. erramos, tudo bem. mas você me feriu e eu te feri e, como máquinas, seguimos nossas vidas. eu não queria ter sido programado para sair da sua vida com a metáfora do adeus. eu não queria ter sido expulso do invólucro que nos unia assim, violadamente. não queria que você fosse um aço desertando minha pele e me quebrando inteiro, destituindo minha fé na humanidade.

não somos computadores, somos?

esse texto, xxxxx, está sendo escrito porque estou digitando de um computador que só entende a linguagem do um e do zero. e fomos tão imprudentes ao batermos no peito e afirmarmos que deveríamos seguir e só seguir, sem olhar para trás. entramos no jogo da programação do mundo contemporâneo que prega as relações a partir de uma ótica falha de que “precisamos nos mostrar fortes, incongruentes e plenos em nós mesmos”. e eu não sou assim, cê sabe. eu, falho e humano, quis ser 2. nunca gostei do 1 ou do 0. se fosse para escolher, seria 100. porque me jogo de cabeça e morro nas quinas da vida. e esse texto está sendo escrito porque, ao contrário do computador o qual digito agora, eu sou diferente e sinto. e eu sinto por você e pelos outros caras que escaparam dos meus dedos e que não voltam. você, não volta. e não há código binário que restitua o cataclisma que cê se dispôs a ser na minha vida quando foi embora, quando eu fui.

mas não somos programados para abandonar as memórias que nos afetam, somos?

mas não somos programados a apagar as memórias como quem decide esquecer um pedaço da vida, renunciando às vezes em que se viveu intensamente a ponto de explodir, somos?

mas não somos programados a abraçar a ideia de seguir em frente em detrimento da dor do outro, somos?

não somos computadores contemporâneos que se acham deuses intactos e protegidos de qualquer tipo de ferida aberta, somos?

me diz que não somos, me diz que você não esqueceu do dia em que eclodimos e sedimentamos juntos.

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não é justo eu despejar todos os meus traumas em cima de você porque você não tem culpa do universo ter colocado a gente frente a frente num momento caótico das nossas vidas. de deus ter decidido por nós que seria interessante que ambos tivessem uma desilusão amorosa capaz de estragar com a paz entre o oriente médio e a Rússia. de alguém ter brincado com nossos corações e eles terem se fechado pro ácido que é viver. não é justo ficar realimentando esse retrovírus que tem a propriedade de comer da minha sanidade até nos dias mais bonitos do outono. eu não estou conseguindo viver em paz. e isso não é justo comigo. não é justo com a preservação imaculada que eu nutro (mesmo sendo patético, uma vez que você me feriu mais do que eu suportaria) por você. eu quero a minha paz de volta. como é que a gente se recupera da asma quando à nossa volta existem oceanos incalculáveis? eu alimento toda essa cicatriz profunda todas as vezes que escrevo sobre você. e você pensa o quê? que eu gosto? que é bom? que me alivia? cada vogal que redijo é um pedaço da minha vida indo embora e eu não consigo parar; e sei que isso não é justo comigo, como sei que vomitar todas as verdades agora, depois de tanto tempo, também não é. mas talvez seja a única maneira lúcida que eu tenho para não enlouquecer, para preservar a memória num lugar sacro, livre do que chamam de lugar-comum

entre não ser justo e deixar meu amor por você no lugar-comum, eu prefiro minha alma escorrendo cada sentença de cada frase de cada texto de cada fim.

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eu só queria não ser esse caos errante que tudo atravessa

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Hoje eu resolvi escrever sobre como tudo é tão calmo e silencioso sem você aqui e sobre como eu percebi que eu adoro calmidade.

Eu sei que eu te disse diversas vezes sobre eu adorar a bagunça que éramos mas então: a verdade é que eu prefiro tudo arrumadinho sabe?

Hoje, decidi fazer uma faxina no meu coração e desapeguei de toda a bagunça que cê me fez, doei todas as suas camisetas e moletons, joguei fora as músicas que costumávamos ouvir juntos e finalmente só sobrou minhas coisinhas bregas e clichês, meus livros, minhas músicas, meus moletons "exagerados demais pro meu tamanho". Tá tudo tão organizadinho, tão limpinho, tá tão calmo, tão eu. Pois é, foi no meio de toda essa bagunça que você foi que eu consegui de fato me encontrar.

#tumblr #desapego #amor #faxina #status #legenda

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descobri a constelação  que brilha nos seus olhos,  e comecei a me reescrever;

essa noite quero ser estrela. 

cr.

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“Eu fico contente simplesmente por saber que você existe.”

— A Última Carta de Amor.