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E então ele não me olhou de volta, e foi aí que eu percebi que aquilo também era um sonho.
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agraphosnomos · 5 years ago
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Madrugada de 16/05/2020
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Como de costume, quando me dou conta, eu já estou aqui.
Eu e ela estamos deitados num sofá de 3 lugares, fingindo estar assistindo algo. Eu sinto que estamos em minha casa, mas também sinto que mais pessoas moram ali.
De repente, estou na rua da casa, um lugar que conheço fora daqui, mas nunca se tratou de ser a rua onde morei. Não tenho certeza se acordei, ou se adormeci dentro do próprio sonho – não teria sido a primeira vez –, o que por si só já me causa uma sensação estranha... eu vim até aqui adormecido dentro do próprio sonho?
Eu caminho com muita leveza. Estou coberto por um tecido que esconde completamente os meus braços. Uma mulher me para e pergunta se eu sei onde é tal lugar, mas infelizmente tenho tão pouca informação que nem sei o que é este lugar. Mudo o rumo e vou em direção à casa. Ao contrário de sonhos que tentamos desesperadamente nos movimentar e nada acontece, eu pareço caminhar vários metros com apenas um passo. Olho para os meus pés, e sinto que se nem tentasse ficar de pé, ainda assim continuaria caminhando.
Chego na casa.
É noite.
Nenhuma luz acesa.
A porta da frente está totalmente aberta.
Uma sensação sombria aos poucos me invade. Entro na casa e vejo ela sentada no canto do sofá, com os olhos vermelhos de quem não dormiu bem, e com uma expressão de pavor, o que entra de acordo com a minha ideia de ter ido até a rua sonhando.
Peço se aconteceu algo. Parece que ela está olhando na minha direção, mas noto que seus olhos estão focados em algo atrás de mim:
-São essas presenças. 
Um calafrio me toma a razão. Toda sensação de leveza se foi. Sinto como se nunca mais fosse passar um dia sem sentir medo.
-Uma é a mãe da outra.
Algo muito triste deve ter acontecido aqui.
Instintivamente, antes mesmo do desespero começar a me fazer tremer, me ajoelho e começo a tentar confortá-la, aquecendo os seus braços.
-Eu não sei qual vai ser a reação delas. Elas nunca estiveram ali quando alguém estava por perto.
Não ouso olhar para trás.
Acordo.
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agraphosnomos · 5 years ago
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02/05/2020
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https://www.youtube.com/watch?v=xpk9JdiqiNg&feature=youtu.be&t=68 
Com dificuldade de abrir os olhos, vou sendo levado a outro prédio do condomínio no banco do carona do carro. Éramos em três, um homem de uns 40 anos, e um jovem aparentemente mais novo que eu. Chegamos em uma sala entupida de móveis, como se fosse um depósito. É escuro. Caminhamos em direção a um corredor largo, bem iluminado com uma luz difusa, e com paredes com cor de madeira clara. Um elevador que caberia um carro inteiro se abre, mostrando dentro dele um pôster de propaganda, muito colorido, mostrando uma família feliz tirando férias em um clube paradisíaco. Entramos lá, e nos perdemos do outro jovem. Enquanto o elevador anda o homem começa a me explicar que ali, todas as atitudes que eu tomar terão uma consequência muito mais grave, mas algumas regras comuns não se aplicam.
O elevador para.
Ele me pede para atravessar a parede, e em seguida, o faz.
Caminho com cautela, e então acontece. Ao encontra-lo do outro lado, ele segue me explicando alguns fatos daquele lugar. Ele olha para mim e diz:
-Você ainda está um pouco “chill”.
Olho para a minha mão, e a vejo perdendo sua forma original. Me concentro e ela retorna. Passo a mão atravessando a parede para sentir novamente a sensação de estar sentindo como se ela fosse feita de água. Ele me explica que, em caso de emergência, eu devo ligar para um certo número, e dizer que não suporto mais. Então ele diz:
-Vamos praticar um pouco mais.
Ele pula em direção a mais uma parede, e eu o sigo fazendo o mesmo.
Estamos numa área externa, porém coberta. Tudo possui uma coloração em tons pastéis. A julgar pela vista, estamos em um dentre vários arranha-céus. Logo à frente, uma piscina ocupando todo o teto do prédio em que estamos, com coqueiros e cadeiras de praia, porém, sem uma pessoa sequer.
O lugar está intocado, quase surreal de tão limpo. Utópico.
Caminhamos para a direita, e vemos um outdoor, que parece girar objetos 3D. O homem me explica que um programa havia sido capaz de codificar como a mente humana visualiza objetos em três dimensões, os mapeando, e podendo então criar estes objetos. Olho para o outdoor, e vejo uma cena que sinto vontade de gravar.
A imagem congela, mas não consigo voltar alguns segundos. Descubro que preciso voltar no princípio daquilo tudo.
Volto para a sala cheia de móveis, e agora há uma televisão na parede. Ela é o programa que codificou a visão da mente humana. Descubro que preciso desligá-la para que as coisas retornem a aquela situação. Arranco-a da parede, e começa um colapso, como se tudo antes fosse conectado a ela. Uma pessoa corre em minha direção e diz que precisamos socorrer “ele”.
Parece que não faço parte daquele momento.
Corremos para o mesmo ambiente externo, e encontramos um robô com forma de criança. Ele está em pane, ou em outras palavras, morrendo.
Volto para a sala, e vejo a eu mesmo ligando e dizendo que não suportava mais. Este eu, atira o telefone no chão, e corre subindo as escadas no canto da sala.
Volto para fora.
Tudo pisca.
Acordo.
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agraphosnomos · 5 years ago
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agraphosnomos · 5 years ago
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24/03
https://www.youtube.com/watch?v=vP343vmGGuw
Já era o segundo sonho. Conversas sobre coisas engraçadas que diziam muito sobre como seria conviver com ela. Até o novo corte de cabelo estava lá. Pergunto se ela namoraria. Ela diz que sim, mas teríamos que ver os resultados das nossas escolhas. A satisfação já tinha tomado conta de mim. Talvez era só a curiosidade de saber se era recíproco. Odeio o meu ego. Mas assim como a minha ira, ele também merece tempo para amadurecer. Por que ela tinha que sorrir tanto quando ficávamos juntos?
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agraphosnomos · 5 years ago
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agraphosnomos · 5 years ago
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Data incerta.
https://www.youtube.com/watch?v=KqZKJLJeK-c  
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Entre penhascos, o circo se mantinha nas formações rochosas. Fazia muito tempo que alguém não ia visita-lo, mas por algum motivo eu estava lá. Era como se fizesse parte da peça teatral, ter que atravessar os escombros pendurados. Tudo dependia da pontuação, e pontuar, não se tratava de chegar ao outro lado, mas como eu o faria. Ao entender, começo a agir, e logo vejo outros, mas não tenho como interagir. Era difícil se movimentar, a física do lugar não respondia como na vida real. Desisto de alcançar a pontuação que o meu ego desejava, e penso em procurar um lugar que não me cause desconforto por estar sobre algo há quilômetros de altitude, prestes a cair. Ouço dizer que se deve passar pelo ônibus, mas não vejo quem fala. O ônibus se equilibra sobre o cume de uma formação rochosa extremamente fina, sendo extremamente arriscado passar por ele. Além disso, a Besta mora dentro dele, e ela não gosta de aventureiros, sem falar que ela sabe exatamente como se equilibrar lá dentro. Pulo no teto, e nada acontece. Olho ao redor. O horizonte não parece nem um pouco perto, mas um guindaste me oferece um plano B. Dou um passo, e o ranger do ônibus começa. O guindaste está no lado oposto ao do meu destino. 
Preciso tentar. 
Corro.
O ônibus começa a virar.
Escuto o grito da Besta. 
Acordo. 
O caminhão de lixo faz um bocado de barulho às 7 e pouco.
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agraphosnomos · 5 years ago
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Amanhecer de 07/02/2020
https://www.youtube.com/watch?v=3uF3x_MBEa4 
Um ginásio de tamanho médio, com arquibancada apenas de um dos lados com as saídas as dividindo em partes. Um evento escolar acontecia, com apresentações em um palco improvisado com pallets. Fiquei encarregado desta criança, a qual eu aparentava ter um vínculo de afeto. Fomos procurar sorvete fora do ginásio, e vimos que do outro lado da rua havia um quiosque. Conforme nos aproximávamos da faixa de pedestres, inúmeras vias de tráfego de veículos pareciam surgir. Os semáforos pareciam durar apenas cinco segundos para a nossa passagem. A criança estava inquieta. Me puxava pelo braço para que chegássemos do outro lado o quanto antes. O espaço entre as vias parecia minúsculo, e ainda assim precisávamos passar um de cada vez. Atravessamos para o outro lado, mas a criança parecia querer voltar imediatamente. Passamos alguns semáforos, e então restava apenas um. Este possuía três ou quatro vias para os carros, e o fluxo era extremamente acelerado. Alguns carros continuavam passando mesmo com o sinal fechado. Com a criança inquieta e trânsito incessante, parecia não haver momento certo. A criança puxa meu braço com força, e caímos no meio das vias. Fiquei em choque. Os carros continuavam vindo. A criança continuava a me puxar pelo braço, sendo a única coisa que me levava alguns passos para frente. Como numa cena irônica de um filme, saímos ilesos.
-Você não pode fazer isso. E se a gente acabasse se machucado? Não solte a minha mão, e pare de puxar antes que algo de ruim aconteça.
Voltando em direção ao ginásio, a mãe da criança chorava. Não tinha visto o ocorrido. Estava preocupada pela demora que tivemos. Entreguei-a à mãe, e voltei para o ginásio.
Enfurecido, precisava fazer uma reclamação para a Autoridade sobre a situação inviável do trânsito. Ao escrever as coisas no chat (foi o que o sonho me ofereceu), quem me respondia usava apenas figuras como resposta. Enquanto eu tentava ser o mais claro possível, as coisas que eu digitava, da mesma forma se tornavam figuras que não representavam o que eu queria dizer. Dou um soco na tela e o computador queima.
Prefiro não contar o resto.
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agraphosnomos · 9 years ago
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Amanhecer de 27/10/16
https://www.youtube.com/watch?v=YyknBTm_YyM        
   Éramos em torno de cinco. Uma sala fechada, como de um pequeno escritório, com janelas cobertas simetricamente com persianas num tom de prata fosco tão inacreditavelmente absoluto que quase engolia o amarelo claro dos poucos móveis no tom. Puxo o celular no intuito de diminuir o desnorteio de ter sido jogado no meio daquilo sem explicação, mas começa-se a vazar um liquido espesso com cor de petróleo, o que me impossibilita de qualquer tentativa de uma localização no tempo. Logo após checarem os relógios de pulso, abrem as persianas, e instantaneamente lhes é estampado uma surpresa pálida baseada na descrença de seus resultados terem sido corretos.
               Um plano absolutamente em branco pouco iluminado. Dois humanos do lado de fora olhavam com ar esperançoso, em busca de algum contato com o nosso lado.
               -Alguém consegue ouvir?
               “Sim”, respondeu a moça de cabelos negros, e puxou seu celular aparentando estar a informar alguém sobre algo. Alguns segundos, os quais o som foi assassinado, se passam tão lentamente que eu poderia descrever esse desconforto rasgando a coluna ao meio e sufocando a alma como se tivesse sido atirado ao espaço, desprendido de uma gravidade como plano de apoio para as pernas, por horas. Até que se retorna a um fluxo descontrolado de informações. Um diálogo com sorrisos diabolicamente pregados com as bochechas levantadas começa-se entre os dois lados, e apresenta-se um mundo ao outro. Fornecem-nos passagem por uma janela estreita. Entramos e admiramos o nada com um falso espanto em prol do ego alheio, e aos cochichos comentamos:
               -Você seria capaz de imaginar um mundo onde não se pode ser algo, pois não se existe algo para ser?
               Eles possuíam cenários teatrais no formato de fachadas de arranha-céus, e apenas isto.
               -Eles produziram a única coisa que foram capazes de ver no nosso lado, através da janela.
               Rapidamente começa-se um toque de recolher, e corremos para a janela, atravessando-a com certo esforço.
Estão agitados. Fazem anotações, pensam profundamente. Olho para trás e vejo algo como um germe que flutua, soltando um ar denso de malicia consumidor da alma, tentando chegar à brecha da janela antes que ela se feche. A janela se fecha e seu aspecto se altera para algo muito parecido com o sorriso diabólico plantado nos rostos dos humanos do mesmo lado.
               Todos se movimentam e direcionam-se para a porta, como se fosse a saída do ambiente experimental. Tenho a impressão de acordar e olhar as horas no celular para novamente tentar me localizar no tempo, fecho os olhos, caminho em direção à porta e abro os olhos definitivamente.
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agraphosnomos · 9 years ago
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Madrugada de 13/10/16
Eu estava indo pra algum lugar, caminhando rápido. Um homem chega ao meu lado e começa a correr junto, porém ele me empurra. Pedi a ele o propósito daquilo, ele me olha e fala ''lembra daquilo?” -se referia a um outro sonho que tive em outra noite, em que outro homem me contara sobre três demônios de nomes parecidos - “Pois bem, eu sou outro dos três''. Começou a tentar me causar remorso, mas não me falava o que queria. Levei-o pra um lugar retirado da cidade, como uma casa de campo. Entramos num quarto sem móveis, com apenas um muito grande espelho na parede. Começou uma conversa sobre amigos que já morreram, e então dois espíritos apareceram dentro do espelho. Se movimentavam como se estivessem num quarto idêntico dentro do espelho. Era dia. As coisas tinham um contraste tão forte que se precisava apertar os olhos para enxergar sem sentir dor. 
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agraphosnomos · 9 years ago
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Machines have less problems
https://www.youtube.com/watch?v=wny9pEfP4oA
.
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agraphosnomos · 9 years ago
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Pensar? Eu não penso. Eu aconteço, só.
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agraphosnomos · 10 years ago
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agraphosnomos · 10 years ago
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agraphosnomos · 10 years ago
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agraphosnomos · 10 years ago
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agraphosnomos · 10 years ago
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Thence we talk
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agraphosnomos · 10 years ago
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G Thielker
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