alcapao
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alcapao · 3 years ago
Text
how could I leave my love?
all the stars point to an oasis
far away from where your body lies
all the lightness shout - run!
before desire ends in the middle of
nowhere.
winds dispute my heart
till it’s dried as raisin
that you swallow moved by fatigue
in an too late christmass.
after years of sorrow and dust
i get to fall in oracle’s eyesight.
i pass the night deprived of speech
and it gives me a bunch of candles
in response to my sweet devotion
i leave without asking
about the fire.
and how could I follow star’s fingers
without burning
your marks
in my throat
before?
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alcapao · 3 years ago
Text
Inevitável
e outras mil coisas diferentes
o rumo que nos toma.
Mamãe toma sol
por mais que eu avente
tece um melanoma.
Balbucio em tua orelha
travos desta história:
A paixão sem memória
Em derreter vermelha,
O burburinho invisível
Recobrindo a superfície,
O futuro deslumbre
Com malignas constelações.
[escondes
a expressão no Sol]
é uma paixão dela
em me desentender,
em queimar às custas
do meu horror…
é um, um, e um desamor.
[tornas-te para mim
afastando a orelha:]
não arrastarei seu corpo para dentro,
então esquece tua mãe
ao cair da tarde.
cala esse lamento
de X
- é tua pele que arde,
inevitável
e outras mil
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alcapao · 3 years ago
Text
enxurrada de coca-cola
em xícara mal-lavada
- nojenta nostalgia
do chá das cinco.
faltei à hora.
reencontro-a sob o travesseiro
apodrecida.
o número de um descaso
dizendo tudo o que não posso.
sequer lavei as meias.
sequer declarei a grande obssessão
que pauta o rumorejo diabólico
da minha vida.
prefiro pedir que lave as meias
onde suei de correr
para chegar à indiferença,
a declarar.
inclusive porque as meias espantariam;
a grande obsessão - quê há de mais compreensível?
novamente deito à sombra de tudo
o que não sou
e tento arrancar das suas mãos as chaves
e novamente prefiro as mãos
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